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RADIOATIVIDADE:
COMO SÃO FEITAS AS BOMBAS ATÔMICAS
CIÊNCIAS APLICADAS
PROFESSOR XAVIER
TURMA - 1ºD
GRUPO:
ANA LUIZA NAKAZONE, LUIZ EDUARDO ZARONI, MARINA ARGUELLO, THEODORO PECORA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
- A INVENÇÃO - 4
- AS CAPACIDADES - 5
- A EVOLUÇÃO - 6
CONSIDERAÇÕES FINAIS 7
BIBLIOGRAFIA 8
INTRODUÇÃO
Os eventos descritos foram, até hoje, o maior e mais avassalador exemplo do uso
científico como armamento em prática, e para os historiadores, o começo da Era Atômica. Pois,
ao contemplar armas que sozinhas conseguiram garantir a morte de mais de 100.000 indivíduos,
fica claro que o cenário dos conflitos nunca mais será o mesmo. O professor Robert A. Jacobs, do
Instituto de Paz de Hiroshima, afirma que: num mundo de armas com capacidade apocalíptica, a
segurança é fragilmente estabelecida apenas com o medo da retaliação.
- A INVENÇÃO -
Num contexto de tensão e necessidade bélica, aos anúncios da Segunda Guerra Mundial,
em 1939 os Estados Unidos deram início ao Projeto Manhattan, em função de pesquisar,
desenvolver e ao mesmo tempo evitar a tecnologia teorizada na Carta Einstein-Szilárd, carta essa
assinada por Albert Einstein e entregue ao presidente Franklin D. Roosevelt, alertando sobre a
possibilidade das ‘armas de urânio’ e pedindo o acelerar da pesquisa de Enrico Fermi. O motivo
para a criação desse projeto foi o medo dos possíveis conhecimentos sobre a energia atômica dos
alemães, muito influenciado pelas pesquisas de Otto Hahn..
Na preparação para o ataque dois tipos de bombas foram desenvolvidas: a bomba por
explosão, geralmente usada com o urânio e a sua alternativa, a bomba por implosão, geralmente
utilizada com o elemento plutônio. Ambas funcionavam pela fissão atômica em cadeia, atirando
nêutrons contra os elementos radioativamente instáveis para dividi-los, formando mais nêutrons,
que viriam a dividir mais átomos, e assim por diante, gerando o máximo de energia possível.
- AS CAPACIDADES -
Apesar do teste de Trinity, o ataque a Hiroshima foi, de fato, o primeiro momento no qual
o armamento nuclear foi usado militarmente, com o claro objetivo de causar destruição. A
bomba, apelidada de 'Little Boy’ (Garoto Pequeno), devido ao seu formato, foi lançada na cidade
de Hiroshima em 6 de agosto de 1945. Era constituída de Urânio-235 com uma potência estimada
de 16 quilotons. Ela explodiu a uma altitude de cerca de 570 metros acima do solo e produziu
uma fumaça espessa de até 18 quilômetros, eternizando a imagem da ‘explosão de cogumelo’,
característica das explosões nucleares, como um símbolo para uma nova escala de destruição
nunca antes vista, sem precedentes. O tal ‘cogumelo’ funcionou também como uma enorme bola
de fogo, pois suas temperaturas chegaram a 300ºC, e seus efeitos alcançaram tudo que se
encontrava num raio de dois quilômetros. Isso resultou na morte de mais de 80.000 vítimas
diretas e um total indireto de mais de 140.000. As mortes variam, seja por queimaduras, por
ferimentos relacionados e por danos causados pela exposição à radiação.
Já a bomba de plutônio, ‘Fat Man’ (Homem Gordo), foi usada na cidade de Nagasaki,
apenas três dias depois do primeiro acontecido. Seu impacto foi de aproximadamente 21
quilotons e a explosão, que pode ser sentida a 60 quilômetros de distância, matou entre 50 e 100
mil pessoas. No momento, esse fato já deve ter ficado perceptível, mas é importante ressaltar o
fato que o poder destrutivo de uma bomba nuclear é medido em quilotons ou megatons, e a
unidade está relacionada ao poder destrutivo da carga explosiva, o trinitrotolueno, ou, TNT.
Demonstrando mais uma vez a chegada em um outro nível de destruição pela espécie humana.
Pode-se dizer que após os ataques nucleares ao Japão, o mundo inteiro ingressou nas
pesquisas para esse tipo de armamento, tentando alcançar minimamente a ameaça de um
contra-ataque, todos apavorados pelo poder na mão de só alguns. Logicamente, com a presença
mundial no âmbito das bombas de destruição em massa, diversas evoluções vieram para
aumentar os limites alcançáveis por esta tecnologia. As inovações voavam, e na natureza
interligada da sociedade isso claramente apontava para a evolução e propagação cultural do tema.
Exemplos como: a febre comercial no mundo dos ‘brinquedos científicos’ com temática de
radioatividade, um período cultural e artístico no Japão pós-guerra conhecido como ‘trauma
atômico’, a representação quase suprema da tecnologia nuclear nos produtos literários do
ocidente, e ainda a errônea mas compreensível iniciativa de movimentos de oposição científica.
Contudo, a incerteza do futuro em relação ao uso das bombas nucleares ainda tem como
área de seu maior impacto as políticas internacionais, que no momento em que vivemos preza
pela doutrina militar chamada M.A.D. (o acrônimo pode ser traduzido para ‘loucura’), ‘Mutual
Assured Destruction’ ou ‘Destruição Mútua Assegurada’. O M.A.D. funciona pelas regras do
Jogo de Intimidação, tendo a ameaça como única forma de garantir a segurança, mostrando assim
a importância, apesar de arriscada, da construção de armamento de mesmo nível. O sistema prega
pela obtenção e reconhecimento de armas como defesa numa espécie de ‘Equilíbrio de Nash’,
mas se opõe ao uso.
Em conclusão, durante todo o trabalho e como tema comum dentre os textos produzidos a
capacidade destrutiva e a natureza assustadora das armas nucleares foram apresentadas e
reiteradas por diversas vezes, isso pois acreditamos que a visão geral do contexto no qual a
produção bélica nuclear está envolvida é a base para principal para entender os seus mecanismos,
sabendo que a realidade científica foi explicada para o fácil entendimento.
A separação da explicação em três subtemas foi para que pudéssemos mesclar os fatos
científicos e a explicação técnica com a análise histórica e social. Sobre a invenção da bomba
atômica foi clarificado o processo histórico do Projeto Manhattan, e a nomenclatura básica para a
parte científica, explicitando o que é comum dentre todas as bombas, independentemente do
elemento e do sistema de ativação. Sobre as capacidades da bomba atômica, foi narrado a história
do uso nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, e os dados técnicos para a compreensão da escala
foram apresentados. Por último, sobre a evolução das bombas atômicas foi falado das
repercussões do uso na sociedade, dos sistemas que tentam prevenir o uso destrutivo de acontecer
novamente e da elaboração das bombas de hidrogênio, como opções ainda mais fortes.
O trabalho foi uma experiência de aprendizado, e esperamos que o que aprendemos tenha
sido passado para os textos tão bem quanto compreendemos. A história e a ciência por trás dos
poderes nucleares podem parecer assustadoras e até pessimistas, mas se queremos esperar algo
melhor devemos conhecê-las.
BIBLIOGRAFIA
Links:
● https://www.hiroshima-cu.ac.jp/english/category0031/
● https://www.bbvaopenmind.com/en/science/physics/oppenheimer-from-the-atomic-bomb-to-pacifism/
● https://www.dw.com/pt-br/1938-otto-hahn-descobre-a-fiss%C3%A3o-nuclear-do-ur%C3%A2nio/a-359236
● https://www.sciencealert.com/what-are-the-actual-differences-between-a-hydrogen-and-an-atomic-bomb
● https://socientifica.com.br/qual-e-a-diferenca-entre-uma-bomba-atomica-e-uma-de-hidrogenio/
● https://www.icrc.org/pt/document/armas-nucleares-uma-ameaca-intoleravel-para-humanidade
● https://www.dw.com/pt-br/1945-testada-a-primeira-bomba-at%C3%B4mica/a-592473
● https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/projeto-manhattan.htm
● https://www.bbc.com/portuguese/internacional-58191505
● https://brasilescola.uol.com.br/historiag/tsar-bomb-a-bomba-mais-potente-historia.htm
Livros: