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Bomba nuclear

Bomba nuclear é um dispositivo explosivo que deriva sua força destrutiva das reações
nucleares, tanto de fissão (conhecida como bomba atômica) ou de uma combinação de
fissão e fusão (conhecida como bomba termonuclear). Ambas as reações liberam grandes
quantidades de energia a partir de quantidades relativamente pequenas de matéria. O
primeiro teste de uma bomba de fissão (bomba atômica(pt-BR) ou atómica(pt-PT?)), o
teste Trinity, marco para a entrada na Era Nuclear, liberou a mesma quantidade de energia
de cerca de 20 mil toneladas de TNT. O primeiro teste de uma bomba
termonuclear (bomba de hidrogênio) liberou uma quantidade de energia equivalente a
cerca de 10 milhões de toneladas de trinitrotolueno (TNT). Uma arma termonuclear
moderna, pesando pouco mais de 1,1 quilograma, pode produzir uma força explosiva
equivalente à detonação de mais de 1,2 milhão de toneladas de TNT.[nota 1] Assim, mesmo
um pequeno dispositivo nuclear não muito maior do que bombas tradicionais, pode
devastar uma cidade inteira através da gigantesca explosão e por incêndios
e radiação subsequentes. As armas nucleares são consideradas armas de destruição em
massa e seu uso e controle têm sido um dos principais focos da política de relações
internacionais desde a sua criação.
Apenas duas armas nucleares foram utilizadas durante uma guerra: quando os Estados
Unidos bombardearam duas cidades japonesas no fim da Segunda Guerra Mundial. Em 6
de agosto de 1945, uma bomba de fissão de urânio cujo codinome era "Little Boy" foi
detonada sobre a cidade japonesa de Hiroshima. Três dias depois, em 9 de agosto, um
tipo de bomba de fissão de plutônio, de codinome "Fat Man", explodiu sobre a cidade
de Nagasaki, no Japão. Estes dois ataques resultaram na morte de cerca de 200 mil
pessoas — a maioria civis — por causa dos graves ferimentos decorrentes das explosões
e da radiação.[1] O papel dos bombardeamentos nucleares na rendição do Japão e se seu
uso foi ético ainda são questões que continuam a serem alvos de discussão atualmente.
O Japão criou seu programa próprio para o desenvolvimento armas nucleares mas,
mesmo seus físicos nucleares sendo tão capazes quanto os do Ocidente,[2] dificuldades
diversas impediram o progresso do programa japonês de armas nucleares.
Depois dos bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki, armas nucleares foram
detonadas em mais de duas mil ocasiões, durante testes e demonstrações.
Apenas algumas nações possuem tais armas ou são suspeitos de as terem. Os únicos
países conhecidos por terem detonado armas nucleares e que são reconhecidos por
possuírem esse tipo de armamento são (em ordem cronológica, de acordo com a data do
primeiro teste): Estados Unidos, União Soviética (sucedida como uma potência nuclear
pela Rússia), Reino Unido, França, República Popular da China, Índia, Paquistão e Coreia
do Norte. Além disso, é quase consenso que Israel também possui armas nucleares,
embora o governo israelense não reconheça isso. [3][4][nota 2] Apenas um país, a África do Sul,
fabricou armas nucleares no passado, mas desmontou todo o seu arsenal após o fim do
regime do apartheid, quando o país aderiu ao Tratado de Não Proliferação de Armas
Nucleares (TNP) e aceitou completamente as salvaguardas internacionais. [5]
De acordo com estimativas de 2012, obtidas pela Federação de Cientistas Americanos,
existem mais de 17 mil ogivas nucleares no mundo, sendo que cerca de 4 300 delas são
consideradas "operacionais", ou seja, estão prontas para uso. [3]

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