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INTRODUÇÃO

Considera-se como explosivo um material que, sob a influência de um choque térmico


ou mecânico, se decompõe rápida e espontaneamente, com expansão súbita de gases e
grande liberação de energia. No aspecto químico, é intrigante notar que a maioria dos
explosivos são substancias orgânicas que contem nitrogênio.O primeiro explosivo a
ser produzido foi a pólvora, que era uma mistura inventada pelos chineses, que
constituía aproximadamente 65% de salitre (NaNO3), 20% de carvão e 15 % de
enxofre, em massa, inicialmente usada apenas para criar fogos de artificio. Os
explosivos diferem muito quanto à sensibilidade e à potencia.
Tanto em tempos actuais como em tempos passados, o termo explosivos teve sempre
associado ao factor destruição, tudo por causa das enormes guerras e acidentes que até
hoje ainda acontecem. Embora tenham contribuído bastante para a destruição de vidas
humanas, os explosivos possibilitaram também a execução de grandes obras de
engenharia, que seriam física, ou economicamente, impossíveis sem a utilização destes
agentes.
Projetos de engenharia como a Barragem de Laúca e actividades mineiras como as
realizadas na mina de diamantes Catoca levariam muitos anos para serem concluídos
se o trabalho tivesse usado apenas a força braçal dos trabalhadores, os explosivos
incluem-se entre os mais poderosos serventes da humanidade sem falar é claro, na
aplicação dos explosivos para fins militares.
.
História dos explosivos

O primeiro explosivo descoberto e usado pelo Homem foi a pólvora negra. A


descoberta deste explosivo remonta ao século III A.C. e é atribuída aos Chineses,
porém os Árabes também reclamam para si tal feito. Embora não exista uma conclusão
definitiva sobre a origem da descoberta pensa-se que tenha sido uma obra do acaso,
um acidente ao invés do resultado de uma investigação específica-º com o objetivo de
dar uma resposta a alguma necessidade.
Em 1803, o químico britânico, Edward Howard, produziu pela primeira vez fulminato
de mercúrio, um composto altamente sensível à fricção e ao impacto. Esta descoberta
teve um papel fundamental, pois promoveu os primeiros passos para o
desenvolvimento dos detonadores atuais.
Em 1845, o químico italiano Ascanio Sobrero produziu pela primeira vez
nitroglicerina a partir de glicerina, dando início à era dos explosivos modernos. A
nitroglicerina é um explosivo líquido de elevada perigosidade devido à sua fácil
iniciação térmica ou mecânica.
O maior passo na história dos explosivos teve na autoria do sueco Alfred Nobel, em
1865 através do seu conhecimento profundo do processo de combustão explosiva,
transformou a perigosa nitroglicerina em dinamite, um explosivo simultaneamente
poderoso e seguro. A Dinamite é uma mistura explosiva composta por 75% de
nitroglicerina e 25% de um agente estabilizante. Nobel inventou ainda o detonador de
fulminato de mercúrio usado para iniciar a dinamite o que potenciou o crescimento
exponencial da produção de nitroglicerina.
Alfred Nobel, no fim da sua vida, entristecido com o crescente uso dos explosivos que
criou de forma bélica, tentou “compensar” a humanidade deixando toda a sua fortuna à
fundação Nobel edificando através desta o prémio Nobel.
No início do século XX, principalmente devido à primeira guerra mundial foram
inventados novos e mais poderosos explosivos como o TNT, o Tretil e o RDX.
Produção de explosivos em Angola(MAXAM.CPEA)

A produção de explosivos em Angola ainda não é uma actividade muito conhecida no


nosso país, tudo porque só existe uma unica fábrica de explosivos em Angola e a
mesma é muito restrita apenas aos funcionários e compradores dos produtos da
empresa.A MAXAM-CPEA(Fábrica Santa Bárbara) é uma empresa vocacionada no
fabrico, armazenamento, comercialização de explosivos civis e sistemas de iniciação,
onde a Segurança e Saúde no Trabalho são tidas como prioridades.A fábrica produz
tres tipos de explosivos, o Riogel kupula, o ANFO e o Amonite e produz também uma
materia prima para produção do Riogel que é a Matriz oxidante, comercializando
também accesorios de detonação como detonadores simples e eléctricos, cordel
detonante e cartuchos com explosivos.

A CPEA, Companhia de Pólvoras e Explosivos de Angola SA, é uma empresa


Angolana de Direito Privado constituída em 1959 e que desde essa data sempre vem
produzindo e comercializando explosivos e acessórios de tiro. Encontra-se registada
na Conservatória do Registo Comercial de Luanda sob o número 2.337, afolhas 31 do
Livro C-8. Nunca paralisou a sua actividade nem mesmo nos conturbados anos do pós
independência de Angola o corrida a 11 de Novembro de1975. Numa altura de grande
estagnação, a CPEA conheceu um período de recuperação entre 1986 e 1992. O
empreendimento hidroeléctrico de Capanda, e o projecto de Diamantes de Luzamba
tornou-o possível, tendo sido fornecidas grandes quantidades de dinamite.As
actividades realizadas na fábrica resumen-se em manipulação de substancias químicas,
transporte e armazenamnto de explosivos, produção de explosivos civis e operação de
maquinas e viaturas .

Composição das instalações fabris:

 Secções produtivas:
• ANFO / Amunite
• Riogel KUPULA
• MATRIZ
 Armazéns de matéria-prima / produtos acabados;
 Unidade Policial
 Edifício administrativo
 Área técnica
 Cozinhas & Refeitórios;
 Balneários;
 Posto Médico
 Paióis

Combustão, Deflagração e Detonação

A reação química de decomposição do explosivo pode dar-se sob a forma de


combustão, deflagração e detonação em função das características químicas da
substancia explosiva, bem como das condições de iniciação e confinamento desta.

Combustão- E uma reação química de oxidação e geralmente ocorre por conta do


oxigênio do ar. O fenômeno ocorre em baixas velocidades e tem como exemplo a
queima de um pedaço de carvão.

Deflagração- Quando a velocidade da reação de decomposição da substancia


explosiva é maior que o caso anterior, chegando em alguns casos a 1.000 m/s, ocorre a
deflagração. Nesta reação há a participação não só do oxigênio do ar mas também
daquele intrínseco a substancia. E o caso da decomposição das pólvoras, ou ainda de
explosivos mais potentes (se submetidos a condições desfavoráveis de iniciação e
confinamento).

Detonação- É uma reação de decomposição com a participação exclusiva do oxigênio


intrínseco da substancia explosiva, ocorrem com velocidades que variam de 1.500 m/s
a 9.000 m/s. Em função da quantidade de energia envolvida no processo, far-se-á
sempre acompanhada de uma onda de choque, também chamada onda de detonação. E
esta onda de choque que com sua frente de elevada pressão dinâmica, confere a
detonação um enorme poder de ruptura.
Na seguinte figura está representado o triângulo do explosivo, que representa os
elementos que devem estar presentes para que ocorra uma explosão.

Classificação dos explosivos:

Quanto à potência:

Explosivos Primários ou Iniciadores: São materiais utilizados nos processos de


iniciação dos explosivos propriamente ditos: Espoletas, Cordel Detonante, Boosters,
etc. .. Os mais usados industrialmente são: Azida de Chumbo, Estifinato de Chumbo,
Fulminato de Mercúrio, Nitropenta, etc. Não tem força para detonar a rocha, apenas
iniciar a explosão. Muito sensíveis.

Explosivos secundários ou Altos explosivos: São os explosivos propriamente ditos


ou explosivos de ruptura. São tão potentes quanto os explosivos primários, porem por
serem mais estáveis necessitam de uma maior quantidade de energia para iniciar o
processo de detonação, energia esta geralmente fornecida pela ação direta da
detonação de um explosivo primário. E o caso das Dinamites, Gelatinas, ANFOS,
Lamas, Etc. ..
Quanto ao desempenho:

Explosivos Deflagrantes: São aqueles que se decompõe através de uma reação de


deflagração. São também denominados baixos explosivos. produzem queima rápida,
sem grande onda de choque. Usados na produção de mármores, paralelepípedos de
calçamento, etc. O único ainda usado é a pólvora negra.
Explosivos Detonantes: Decompõe-se pela reação de detonação e apresentam grande
capacidade de trabalho pelo que são também conhecidos como explosivos de ruptura.
São os explosivos industriais propriamente ditos.

Do ponto de vista químico, podem ser classificados em:

Simples (uma só substância química) – nitroglicerina, nitroglicol, nitrocelulose, trotil


e ciclonite.
Mistos: formados por substâncias que isoladamente não são explosivas – nitratos
inorgânicos, cloratos e percloratos. O principal é o nitrato de amônio, que se torna
explosivo quando misturado com óleo diesel.
Compostos: mistura de explosivos simples com substâncias também capazes de
consumir e produzir oxigênio. São a maioria, por permitirem dosagens que os tornam
mais – ou menos – destruidores.

Quanto à consistência, são chamados:

Plásticos e semiplásticos: moldam-se ao furo, podendo preencher maior volume.


Sólidos: cartuchos contendo o explosivo em pó (dinamite);
Líquidos: os mais fáceis de fazer o carregamento (ex. nitroglicerina)

Tipos de explosivos

Pólvora Negra: Baixa velocidade, baixo explosivo, higroscópica.


Semigelatinosos : consistência plástica, densidade 1 a 1,3 g/cm3 .
Gelatinosos : consistência plástica , caixas com 25 kg com 96 a 220 cartuchos,  7/8"
a 1 ½ Granulados : geralmente carbonitratos em forma de grãos, precisam explosão
iniciante(booster). Baixa densidade, sem resistência à água. Facilmente manuseáveis á
granel, e no carregamento pneumático ou por derrame nos furos. Principal uso em
carga de coluna.
Lamas explosivas: pasta fluida, com nitroglicerina e água. Alta densidade e – pela
plasticidade – alta razão linear de carregamento. Uso: carga de fundo ou – alternando
com Anfo – em carga de coluna. Qualquer tipo de rocha. Cartuchos de polietileno,  2
a 5 ".
Pastas: (Aquagel) : semelhantes à lamas explosivas, mas sem nitroglicerina. Tem
partículas metálicas finas que aumentam a quantidade de energia liberada. 32 a 96
cartuchos  7/8 a 1 ½" por caixa de 25 kg . Fogachos, túneis, aplicação geral.
Emulsões: Líquidos, fácil carregamento por bombeamento. Densidade maior que a da
água, conseguem expulsá-la. Excelentes resistência à água e densidade de
carregamento. Exigem "booster" reforçador com diâmetro próximo do furo. Muito
estável ao atrito e choque. Iniciação com cordel detonante ou espoleta n.º 8 . alta
velocidade, cartuchos de polietileno em caixas de 25 kg .
Bombeados : pastas explosivas, emulsões ou granulados, bombeados diretamente de
caminhões para os furos. Seguros no transporte, porque só se tornam explosivos após
mistura (nos furos). Exigem reforçador (booster) na explosão iniciante. Inconveniente:
vazam, quando a rocha é fraturada.

Principais propriedades dos explosivos

Força: traduz a quantidade de energia liberada. Medido pela prova de Trauzi, que
compara com a de uma gelatina composta de 92% de nitroglicerina com 8% de
nitrocelulose, e expressa como percentagem em relação a este padrão. Outro padrão
utilizado é o nitrato de amônio.
Velocidade: a velocidade de detonação de um explosivo é descrita com a velocidade
com a qual a onda de choque se propaga na massa explosiva. Em outras palavras,
corresponde a velocidade com que o explosivo se decompõe quimicamente. Alguns
fatores como o tipo de explosivo utilizado, a temperatura, a umidade, a densidade da
carga, o confinamento e o diâmetro do cartucho, influenciam na velocidade de
detonação. A velocidade de detonação define o ritmo com o qual ocorre a liberação de
energia. O conhecimento da velocidade de detonação é importante para otimização do
desempenho do explosivo (bom ou ruim)..Podemos considerar como explosivo de
baixa velocidade todo aquele que detonar com até 3.000 m/s e de alta velocidade todo
aquele que superar isto.
Densidade: a densidade da maioria dos explosivos varia entre 0,8 e 1,6 g/cm3 e
igualmente à velocidade de detonação, quanto maior, maior o efeito de ruptura do
explosivo.
A densidade de um agente explosivo pode ser um fator crítico, pois se muita baixa,
torna-se sensível ao cordel detonante, iniciando a carga de explosivo ao longo do furo
antes que se inicie o reforçador (booster), normalmente localizado no fundo do furo.
Do contrário, densidade alta, esse agente torna-se insensível e não detona.
Resistência à água: é a capacidade de um explosivo resistir à uma prolongada
exposição à água, sem que comprometa o seu desempenho.

Sensibilidade: a sensibilidade de um explosivo é uma propriedade intrínseca,


relacionada com a iniciação e à propagação da onda de choque. Assim sendo, está
relacionada com a facilidade de um explosivo ser iniciado por um explosivo
iniciador28 , geralmente uma espoleta, um cordel, um reforçador, entre outros. Quanto
maior a sensibilidade de um determinado explosivo, menor a será a quantidade de
energia necessária para acionar o mesmo, ou seja, romper a resistência do explosivo à
detonação. Essa quantidade de energia baseia-se no conceito de energia de ativação de
um determinado processo químico.

Acessorios de detonação

Reforçadores (boosters): cargas explosivas de alta potência usadas para iniciar a


explosão de explosivos de baixa sensibilidade, como anfos, pastas detonantes, e para
assegurar a continuidade da onda explosiva ao longo da coluna. Combinam alta
velocidade de detonação (VOD) com alta energia (AWS). Geralmente são iniciados
com cordel detonante, espoleta simples ou elétrica. Aumentam a segurança contra
detonações falhas.

Espoletas simples : cápsulas de alumínio com tetranitrato de penta-eritritrol (ou


nitropenta) e carga iniciadora de azida de chumbo. Ligam o explosivo ao estopim
comum por pressão de alicate especial. Usadas quando se quer ou pode haver
seqüência de explosão, não quando o fogo é simultâneo. Acoplamento perigoso,
porque a carga explosiva está aberta ao ligar.
Espoleta elétrica: Permitem detonações simultâneas. Podem ser instantâneas ou "de
tempo" :

Instantâneas                                               "de tempo".

Cordéis detonantes:Forma mais segura para a detonação de fogo a céu aberto. São
explosivos, e dispensam espoletas, funcionando como escorvas. Tem núcleo de alto
explosivo (PETN – tetranitrato de pentaeritritol) e revestimento (fibras de PVC ou
náilon) conforme a finalidade.

METODOLOGIA

O trabalho foi focado no processo de produção do ANFO e do Amunite que são


explosivos confeccionados na fábrica da CPEA, desde apresentação das matérias
primas até a explicação dos processos até a obtenção dos produtos finais.

Explosivos e matérias primas


ANFO

ANFO é uma abreviatura que representa mistura entre o nitrato de amônio


(“ammonium nitrate”) e óleo combustível (“fuel oil”). Para o preparo do ANFO, é
necessário 5,5% em massa de combustível e 94,5% de nitrato de amônio no formato
de grão ou (prill) do tipo agrícola industrial. Esta proporção assegura o balanço de
oxigênio da reação e libera uma quantidade de calor 0,93 kcal/g.

Para a produçao de ANFO as materias primas envolvidos são:

Nitrato de amónio, NA ou ainda NH4NO3

O nitrato de amônio é um sólido branco semelhante a um cristal que é feito em


grandes quantidades industriais sua densidade é de 1,72 g/cm³ decompõe-se a 170 °C e
funde a  169,6 °C.
Nitrato de amônio (NA) foi primeiramente sintetizado em 1659, quando J. R. Glauber
combinou ácido nítrico e carbonato de amônio. Durante os séculos XVIII e XIX foi
utilizado como medicamento e finalmente como fertilizante no início do século XX.
NA tem sido um ingrediente de agentes explosivos desde 1870, quando numerosas
patentes mostrando misturas de nitrato de amônio e combustíveis foram registradas
(Hopler, 1993).Existem dois tipos de nitrato de amonio, o denso e o poroso, o denso é
mais utilizado na fabricação de fertilizantes e o poroso é empregado na produção de
explosivos, esse mesmo nitrato de amônio possui prills, em um palavreado mais
rústico são como ‘’Buracos’’ que em reação absorvem o óleo combustível no ANFO,
também por isso são tão sensíveis á água, sendo assim o NA poroso de baixa
densidade é melhor aproveitado em explosivos pois assim gerará maior absorção do
óleo .O Nitrato de Amônio é produzido pela reação química. Amônia + ácido nítrico
que forma o nitrato de amônio.

NH3 + HNO3  NH4NO3


Óleo combustível

O óleo combustível é um derivado do petróleo obtido no processo de refino. De


acordo com os processos e misturas que passa nas refinarias, ele apresenta uma
diversidade de tipos que atendem as mais variadas exigências do mercado. Óleo Diesel
é um Combustível derivado do petróleo, constituído basicamente por hidrocarbonetos,
o óleo diesel é um composto formados principalmente por átomos de carbono,
hidrogênio e em baixas concentrações por enxofre, nitrogênio e oxigênio e
selecionados de acordo com as características de ignição e de escoamento adequadas
ao funcionamento dos motores diesel. É um produto inflamável, medianamente tóxico,
volátil, límpido, isento de material em suspensão e com odor forte e característico,.É o
agente combustível mais utilizado para explosivos a base de nitrato de amônio,
comumente chamado de ANFO (Em inglês Amoniun Nitrate + Fuel Oil).

Amunite

O Amunite é um explosivo tipo ANFO de cor cinzenta, formado pela mistura entre o
NA, óleo comustivel e aluminio atomizado.A função do aluminio no ANFO é de
funcionar como um combusivel, ou seja ele é um aditivo que confere mais energia ao
explosivo.Quanto a sua constituição ele diferencia do ANFO pelo de facto de conter o
aluminio atomizado.

Aluminio atomizado

Diferente do aluminio convecional, este se apresenta como um pó meio brilhante e


cinza muito inflamável, ele serve de aditivo para a mistura explosiva aumentado assim
a energia e o poder de destruição do mesmo.

Processo de produção

Como já foi referido, as matérias primas utilizadas para a produção de ANFO são o
nitrato de amónio o gasóleo, e para o Amunite o diferencial é a adição de alumínio
atomizado.

1- O primeiro a seguir antes do arranque da produção são os de realizar a inspeção


diária da instalação verificar a existência de matérias-primas e verificar o estado dos
materiais.
2- Registar o número de lote na folha de controlo de Qualidade, Produção e
Registo de Rastreabilidade da instalação (mQCP.BUCE.ANG.305.001A01).Manter os
materiais identificados até ao seu consumo total e as folhas de registos de controlo e
rastreabilidade com preenchimento actualizado.

3- Alimentação de nitrato de amônio: inspecionar o estado dos big bags antes


de transporta-los (controlo visual pelo operador).Transportar o Big-Bag de Nitrato de
Amónio do local de armazenamento até à tolva de fora ou interna, utilizando a
empilhadora colocar o Big-Bag de Nitrato por cima da lâmina ou usar a faca caso não
haja corte. Inspecionar visualmente o produto e verificar presença de objectos
estranhos que possam vir a cair na tolva.

4- Alimentação de gasóleo: abastecer o depósito externo a partir da cisterna de


armazenamento e abrir as válvulas de alimentação do gasóleo com observação e
acompanhamento do operador.

5- Alimentação de alumínio se o objetivo for produzir Amunite: abrir o saco


de alumínio e abastecer a máquina com uma quantidade considerável.

6- Produção Amunite /ANFO: verificar todas as condições de funcionamento,


da linha de produção ligar o botão verde com a descrição Gasóleo/Nitrato no quadro
eléctrico para permitir a entrada de gasóleo e Nitrato de Amónio na produção ligar o
variador de frequência com a descrição Alumínio somente para produção de Amunite
proceder à colocação de novo big-bag na tolva externa.

7- Esacamento: verificar a existência de sacos para enchimento antes de iniciar a


operaçãoAntes de iniciar o enchimento verificar se o saco está em boas condições,
verificar a existência da data de produção, nº do lote e o tipo de produto a ser
fabricado.Colocar o saco na boca de enchimento e abrir a alavanca encher o saco de
acordo com o peso estipulado que é 25 kg (Mín. 24,85kg, Max. 25,15kg) retirar o saco
da balança e costurá-lo.Colocar o saco no pré-tapete e tapete transportador.

8- Auto controlo: determinar a composição de Gasóleo em Anfo.Verificar se


tem todo o material necessário para realizar o ensaio.Verificar se os balões
volumétricos se encontram limpos e secos.Ligar a placa de aquecimento, regulando o
botão para a posição III Levar a aquecer num copo de vidro de 100 ml cerca de 75 ml
de água destilada.Ligar a balança efectuar taragem da balança.A determinação é
sempre executada em duas amostras.Pesar duas amostras de Anfo de 20 g cada para
dois copos de 100 ml, introduzir as amostras, com auxílio de um funil, para os balões
volumétricos.Quando a água estiver quente, retirar o copo da placa de aquecimento,
colocar um copo de vidro (capacidade de 1000 ml) com um pouco de água da torneira
a aquecer, para servir de banho-maria.A cada balão volumétrico, adicionar cerca de
30ml de volume de água destilada quente, de modo a facilitar a dissolução da
amostra.Agitar com cuidado para melhor dissolução inserir os balões volumétricos, no
banho-maria, durante alguns segundos.Repetir a acção anterior durante as vezes que
for necessárias até à total dissolução das amostras.Deixar repousar durante 30 minutos
as duas amostras.Passados 30 minutos, efectuar a leitura do valor apresentado no balão
volumétrico.Com o valor obtido consultar a Tabela de cálculo de % de Gasóleo e
registar o valor na folha de controlo.

Determinação da densidade aparente do Amunite/Anfo: Verificar se tem todo o


material necessário para realizar o ensaio.Pesar a proveta ou cilindro e anotar o peso
registado (A).Em seguida, encher a proveta com Amunite/Anfo até perfazer a
proveta.Voltar a pesar a proveta. Anotar o peso registado (B).Determinar a densidade
aparente recorrendo à fórmula:

Densidade (g/cm3) = (B-A)/v


Onde v=Volume da proveta
Registar na folha de controlo

Determinação da Percentagem de Gasóleo de Anfo: Determinar a quantidade de


Anfo/Amunite produzido multiplicando o número de sacos por 25 kg e anotar como
(A).Determinar a quantidade de gasóleo consumido e anotar como (B) em seguida
determinar a percentagem de gasóleo recorrendo a seguinte fórmula: %G=(B/A)X100
e registar na folha de controlo.
Determinação da Percentagem de Nitrato de Amónio: Determinar a quantidade de
Anfo/Amunite produzido multiplicando o número de sacos por 25 kg e anotar como
(A).Determinar a quantidade de Nitrato de Amónio Produzido multiplicando o número
de sacos por 900kg e anotar como (B) em seguida determinar a percentagem de
Nitrato de Amónio recorrendo a seguinte fórmula: %NA=(B/A)X100 e registar na
folha de controlo.

Determinação da Percentagem de Alumínio: Determinar a quantidade de Amunite


produzido, multiplicando o número de sacos por 25 kg e anotar como (A).Determinar
o consumo de Alumínio em função da quantidade de sacos utilizados e anotar como
(B) em seguida determinar a percentagem de Alumínio recorrendo a seguinte fórmula:
%Al=(B/A)X100 e registar na folha de controlo.

9-Transportar os explosivos para os paios de armazenamento.

Fluxogramas de produção ANFO/Amunite

Importância e aplicações dos explosivos

É fundamental mostrar a importância do uso de explosivos. Graças à utilização desses


materiais, temos hoje acesso a matérias-primas que seriam extremamente caras ou até
impossíveis de produzir. Praticamente toda a matéria-prima utilizada pela sociedade
vem da mineração e a utilização de explosivos é fundamental para a extração dessas
rochas.
Olhando para casas, carros, telemoveis e joias, muita gente não imagina que foi
atraves dos explosivos que esses bens foram confeccionados.Por exemplo, o minério
de ferro é a principal matéria-prima do aço, encontrado nos automóveis,
eletrodomésticos, na estrutura de nossas casas, escolas, hospitais, estradas, viadutos,
ferramentas, máquinas, além de possuir outras infinidades de aplicações.
Não é exagero dizer que os explosivos têm um grande papel para o funcionamento do
nosso país actualmente, é só partimos do pensamento de que a forma de energia mais
utilizada em Angola é a hidrica gerada através de barragens e usinas hidreletricas , e
estas mesmas estruturas são todas construidas com auxilio dos explosivos é claro que
sem eles essas estruturas importantes levariam anos para serem realizadas.
Hoje em dia é comum acompanharmos notícias de uso dos explosivos para ações
ilegais, mas eles estão mais presentes e trazem mais benefícios do que nós
imaginamos.

Explosivos na mineração

A Mineração é a forma mais autêntica de obtenção de bens primários que permitem ao


ser humano o desenvolvimento de praticamente toda cadeia produtiva, trazendo maior
conforto e bem-estar. Contudo, para a obtenção de tais bens, é necessária a realização
da explotação os quais ocorrem de forma natural nas formações rochosas da crosta
terrestre. Algumas dessas rochas, dada a sua composição e arranjo de seus minerais,
possuem elevada dureza, o que dificulta a sua obtenção por meio de máquinas e
equipamentos de corte.
Apesar do avanço tecnológico da mineração, uma vez que existem equipamentos
extremamente poderosos, quanto a realização de desmonte, para alguns casos, a
detonação por explosivos, ainda é mais indicada.É perigoso Sim, mas depende muito
de como é utilizado, existe tecnologias avançadas e técnicas que reduzem muito os
riscos.

Explosivos na construção civil

O uso de explosivos na construção civil é mais comum do que imaginamos, o emprego


de explosivos na construção civil pesada por meio de obras como hidrelétricas, portos
e estradas consome boa parcela dessa ferramenta da engenharia de escavação.
Reforçando o conceito citado no inicio do trabalho, projetos de engenharia como a
Barragem de Laúca e o empreendimento hidroeléctrico de Capanda foram obras que
nessecitaram do uso de explosivos para a sua contrução.
Um exemplo muito comum envolvendo o uso de explosivos na construção civil é a
demolição. Seja ela de menor escala como pilares de pontes, ou edificações complexas
como prédios, a demolição precisa de técnicos e peritos no assunto.
Formas de uso de explosivos na contrução civil:

Explosivos em túneis

Nesse tipo de obra, é natural que exigências feitas à prestadora de serviço se façam
ainda mais presentes, tendo em vista o emprego de material explosivo nas adjacências
de moradias e outras estruturas.
Uma das técnicas muito conhecidas em desmonte de rochas com explosivos,
envolvendo túneis, é o embocamento a ser realizado com solo proveniente da própria
escavação. Em outras palavras, essa técnica é um tapamento da abertura do túnel afim
de se evitar o lançamento de fragmentos rochosos além dos limites de segurança pré-
definidos.

Explosivos em demolições

De pilares de pontes a edificações complexas como prédios, a demolição com


explosivos enseja técnicos peritos no assunto. Um exemplo é a operação para remoção
de estruturas de concreto como pilares submersos, a partir do emprego de explosivos,
qual também carece em medidas de contenção e segurança.
Nesse caso é feita a circunscrição dos pilares utilizando estacas-pranchas formando
ensecadeiras que atuam como elementos de cautela em face da possibilidade do
lançamento de fragmentos rochosos.Desmonte de rochas com explosivos envolve
diversas medidas de segurança e controle, quais tornam-se mais intensas no caso de
obras civis.

Impactos ambientais

A maior parte dos processos e actividades realizadas em industrias ou fábricas


acarretam diversos riscos e males para o meio ambiente, consideramos assim que, por
mais simples que seja uma atividade industrial ela pode gerar resíduos e algum tipo de
impacto . Falando sobre o processo de produção dos explosivos que é realizado na
fabrica em que foi feito o estágio as actividades envolvem maioritariamente o
uso,transporte e armazenamento de substâncias quimicas altamente tóxicas e de
material explosivo.
Com o envolvimento de substancias toxicas a possibilidade de ocorrer acidentes, e
derrames é muito grande, e podem acabar por poluir o ar e ainda prejudicar os diversos
animais que habitam por perto.Durante o estagio pode observar o acontecimento de
um derrame de acido adipico durante o transporte do mesmo, e passando pelo local do
ocorrido mesmo com mascara dava para sentir uma grande irritação no nariz pois o
acido já havia contaminado o ar.Temos ainda a geração de residuos como sacos de
nitrato, restos de material explosivo entre outros que de alguma forma poluem o
ambiente.A fabrica também efectua a queima desses residuos que infelizmente
também acabam por poluir o meio ambiente.

A produção de exploivos é destinada a vários usos, sabendo que o explosivo é um


material perigoso é claro que a sua utilização gera grandes impactos em função das
diferentes areas de sua aplicação,os explosivsos produzidos pela CPEA são
simplesmente para fins de utilização civil, como exploração mineira e contrução civil.
Devido ao frequente uso de explosivos para demolicões ou desmonte de rochas existe
a grande geração de poeira , bem como a geração de muitos ruidos e tremores que
acabam por afetar o ambiente, o mesmo se segue para os explosivos usados na
mineração.

Impactos económicos

A produção de explosivos é uma actividade muito rentavel em volta do mundo,


e não deixa de ser diferente aqui em Angola. O nosso país vive em constante
evolução, e as actividades de construção civil e mineração estão directamente ligadas a
essa evolução sendo os explosivos proporcionadores da execução destas tarefas.

Para abordarmos sobre o impacto economico da produção de explosivos, primeiro


devemos saber que os explosivos feitos em Angola são apenas destinados as
actividades de construção civil e exploração minera. A contrução civil é muito
importante para desenvolvimento do país, tendo em conta que através dela nós
obtemos diversos tipos de infraestruturas que representam uma boa percentagem de
sustento pro país, por exemplo, certas infraestruturas criadas acabam por eliminar uma
certa percentagem de desemprego no nosso país e prestam serviços a população e não
só ainda temos estradas, pontes, barragens e etc que impactam de alguma forma a
ecocómia do país.

A Mineração em Angola é uma atividade com grande potencial econômico, Angola é


dos maiores paises produtoeres de diamantes em África e só tem explorado
aproxidamente 40% do diamante.
Segundo o site do Jornal de Angola ``Angola comercializou, no ano passado, 9,19
milhões de quilates, que corresponde a uma receita bruta avaliada em 1,96 mil
milhões de dólares, anunciado, pelo director do Gabinete de Estudos,
Planeamento e Estatística do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás´´,
através destes valores já podemos perceber que a exploração minera e muito
importante para economia do país.

Mas não é só do diamente que vive a exploração minera temos também outros
recursos como o cobre, ferro e o manganês entre outros.Todos essas actividades têm
em comum o uso de explosivos, desde a demolição de prédios para se construir novas
infraestruturas até ao desmonte de grandes rochas para se obter os variados mineros, é
muito importante salientar que quando falamos do impacto do explosivo na economia
não o vimos como um agente que fornece certas mudanças na economia mas sim
como um agente ou servente da humanidade que contribui bastante para a evolução da
economia do país.

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