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24 horas por dia, 365 dias por ano estamos expostos a radiações das mais
diversas.
Muitas delas transitam pelo universo e atingem nosso planeta, outras são
produzidas artificialmente pelo ser humano, para os mais diversos fins, como o
tratamento do câncer, o desenvolvimento de aparatos para exame de imagem, o
cozimento de alimentos em fornos de micro-ondas e até mesmo o desenvolvimento
de artefatos de guerra nuclear capazes de extinguir a espécie humana as superfície
terrestre.
De maneira geral, radiação é tudo aquilo que irradia; ou seja, tudo o que sai
em raios de algum lugar.
Podemos defini-la assim:
Radiação é todo processo de emissão de energia, seja por meio de ondas ou
de partículas.
As radiações podem surgir tanto do núcleo quanto da eletrosfera de átomos,
dependendo de onde ocorre excesso de matéria ou energia.
As aplicações das radiações são as mais diversas. Podem ser utilizadas em
métodos de diagnóstico e terapêutica, assim como em estudos metabólicos.
Quando desejamos conhecer o caminho que uma determinada substância
percorre no organismo, podemos marcá-la com radiação e, por meio de aparelhos
que medem as radiações, identificar seu metabolismo, observando, inclusive, se essa
substância é estocada em algum tecido e como ele é eliminada do organismo.
Muito do que se sabe hoje em dia sobre as rotas bioquímicas envolvidas no
metabolismo celular se deve à contribuição das radiações.
Podemos ligar medicamentos a substâncias radioativas e, pela medida da
radioatividade, estudar sua farmacocinética e farmacodinâmica.
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Outra aplicação interessante: datação radioativa Processo que faz a
estimativa da idade de fósseis e outras substâncias com grande precisão.
Todo ser vivo assimila uma quantidade média de C¹⁴ todos os dias, mantendo
uma concentração conhecida desse átomo no organismo; quando o ser vivo morre,
ele para de assimilar perda progressiva de C¹⁴ nos seus tecidos. Dessa maneira
somos capazes de determinar há quanto tempo o ser morreu.
Ionização
Uma das classificações das radiações está de acordo com o efeito que causam
no sistema para o qual a energia é transferida.
1 – Radiações Ionizantes
2 – Radiações Não-ionizantes
Elétrons livres: elétrons que não estão presos na vizinhança do núcleo atômico,
podendo se mover aleatoriamente entre os átomos, com alta velocidade. São
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encontrados com frequência nos metais e são responsáveis pelo fenômeno da
corrente elétrica.
Os elétrons livres são espécies químicas altamente reativas que reagem com
qualquer matéria que esteja ao seu alcance, alterando a sua estrutura química,
podendo, muitas vezes alterar sua função.
No corpo humano as estruturas são determinadas por proteínas. Se uma
radiação ionizante atinge um tecido humano, os elétrons livres formados poderão
atuar de duas maneiras: uma direta e outra indireta.
Pela atuação direta, muitas vezes, os elétrons livres reagem diretamente com
o DNA das células, atacando principalmente suas pontes de hidrogênio.
O DNA pode sofrer alterações estruturais que irão interferir diretamente nos
processos de reprodução celular e síntese proteica, podendo ocasionar diversos tipos
de câncer.
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Entretanto, se as mesmas radiações forem dirigidas de modo controlado para
o DNA de células cancerosas, estas poderão ser destruídas fundamento da
Radioterapia.
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Isótopos
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Normalmente as radiações que transportam mais energia se originam em
núcleos atômicos, já que levam consigo a energia das forças nucleares.
Radiações Ionizantes
Núcleo com excesso de energia termodinâmica garante que ele apresenta baixa
estabilidade.
Como ele deve transferir essa energia em busca da estabilidade, essa energia
é transferida como radiação (radioatividade); o átomo é, então, radioativo.
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Na natureza existem muitos radionuclídeos e, também existem, os que são
produzidos pelo ser humano, por meio de aceleradores de partícula ou bombardeio
ao núcleo do átomo por reatores em usinas nucleares.
Meia-vida
Sim.
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Meia-vida num gráfico: podemos observar que o decaimento radioativo é
exponencial.
A desintegração total dos átomos irá demorar bilhões de anos. Mas, a meia-
vida pode ser variável: há radionuclídeos que apresentam meia-vida de segundos, já
outros uma eternidade.
Radiação Alfa
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₁₀₀Y²¹⁵ - ₂α⁴ = ₉₈X²¹¹
A radiação alfa tem alta probabilidade de colidir com outros átomos e produzir
ionização.
Como uma pedra arremessada contra uma tela: quanto maior a pedra, maior
a possibilidade de colidir contra a malha da tela e ter sua trajetória interrompida ou
desviada.
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Penetrância: capacidade que uma determinada radiação tem de atravessar
obstáculos físicos.
Devido ao seu alto poder de ionização, as radiações alfa não são utilizadas em
humanos, pois poderiam causar enormes estragos no DNA das células. São comuns
em raios cósmicos, e seu uso é mais frequente em usinas nucleares, uma vez que a
energia liberada é muito alta.
❖ São partículas
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₆C¹⁴ passa a ser ₇N¹⁴, que agora, sim, é estável; tem igual número de
prótons e nêutrons.
Conclusão
Como as partículas beta têm muito menos massa que as alfa, seu poder de
colisão (ionização) é menor; porém elas apresentam maior poder de penetração e
para detê-las, é necessária uma folha de alumínio.
❖ São partículas
Radioterapia
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um feixe de partículas exatamente sobre a área da pele adjacente ao local em que
existe um processo cancerígeno. As substâncias radioativas que emitem partículas
beta (–) podem ser injetadas com agulhas diretamente sobre o câncer e o processo
recebe o nome de Braquiterapia.
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Radiação Gama
Após uma emissão gama, não ocorre alteração no número atômico, nem no
número de massa do átomo emissor.
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Radiação gama Natureza ondulatória
Ausência de massa
Para deter uma radiação gama é necessário uma parede de chumbo. Por isso,
os centros de medicina nuclear precisam ser construídos com paredes que possuem
camadas de chumbo e os funcionários devem utilizar aventais de chumbo.
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Cintigrafia da tireoide
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