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RESUMO - RADIOATIVIDADE

COMPORTAMENTO NUCLEAR DE ELEMENTOS RADIOATIVOS


Quais são as partículas fundamentais existentes no átomo?
Um átomo é formado por duas regiões distintas: núcleo e eletrosfera.
Mas quais são as partículas fundamentais de um átomo?
Como é o núcleo do átomo?
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O núcleo do átomo é formado por subpartículas fundamentais denominadas prótons (p ) e nêutrons (n ). Quase toda a massa do átomo está
concentrada no núcleo e a outra porção de massa é distribuída entre os elétrons.
O núcleo atômico é pequeno, central e possui toda a carga positiva do átomo, também denominada por número atômico (Z).
De acordo com princípios físicos, a tendência seria que os prótons se afastassem uns dos outros, porém, há no núcleo, a força nuclear forte
(uma das quatro forças essenciais para a natureza) que os mantém unidos. No entanto, quanto maior o núcleo do átomo menos estável ele se
torna.
O que são elementos químicos radioativos?
Existem cerca de 90 elementos químicos estáveis, isto é, com núcleo e eletrosfera eletricamente estável. Conforme o número de prótons
aumenta, o núcleo se torna instável, ou seja, elementos químicos que apresentam um número atômico igual ou superior a 84 (Z ≥ 84), emitem
radiações e são denominados elementos químicos radioativos. Quanto maior o número de prótons, maior a massa do núcleo e,
consequentemente, maior a probabilidade de emissão de radiação.
Portanto, um elemento químico radioativo é aquele que possui a capacidade de emitir radiações na forma de partículas e ondas
eletromagnéticas para se tornarem estáveis. A esse fenômeno nuclear chamamos de Radioatividade.
Comparativo entre núcleos estáveis e instáveis
Onde:
α - partícula alfa;
β - partícula beta;
γ - onda eletromagnética gama.

O que é Radioatividade?
A Radioatividade é um fenômeno nuclear espontâneo em que núcleos instáveis emitem radiações (energia), na forma de partículas e ondas
eletromagnéticas, com a finalidade de se tornarem estáveis e leves.
O estudo da radioatividade permitiu um maior conhecimento da estrutura atômica (partículas subatômicas) e consequentemente, da matéria.
A radioatividade pode ser natural ou artificial:
Radioatividade Natural e Artificial
Radioatividade Natural é aquela que ocorre espontaneamente na natureza a partir de elementos químicos radioativos.

Radioatividade Artificial é aquela que acontece quando há o bombardeamento de um átomo com partículas aceleradas (alfa, beta, nêutron,
próton, pósitron, dêuteron).

Como classificamos as Radiações?


São classificadas em dois grupos devido a diferença de energia:
1. Radiação Ionizante: são radiações com energia suficiente para retirar elétrons de um átomo. São exemplos de radiação ionizante:

- Partículas carregadas: alfa e beta (Tratamento contra o câncer).


- Ondas eletromagnéticas: gama (Esterilização de equipamentos cirúrgicos e irradiação de alimentos) e raios-X (Radiografias).

2. Radiação não-ionizante: radiações que não apresentam energia suficiente para retirar elétrons de um átomo. Exemplo de radiação
ionizante:
Ultravioleta: Luz ultravioleta pode ser aplicada em: inspeções em incêndios em postos de combustíveis, inspeções em obras de arte, cenas de
crimes e outros.
EMISSÕES RADIOATIVAS – ALFA, BETA E GAMA
Radioatividade
É um fenômeno nuclear espontâneo pelo qual um núcleo instável
emite partículas e ondas, tornando-se um elemento químico mais
estável e mais leve.

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Ocorre no núcleo de um átomo, que contém, prótons (p ) e nêutrons (n ).
O que são Emissões Radioativas?
São denominadas emissões radioativas ou radiações naturais o deslocamento de energia na forma de partículas ou ondas, liberadas pelo
núcleo de um átomo quando são submetido a um campo magnético ou elétrico, sofre uma subdivisão em três tipos bem distintos: partículas
ou radiação alfa e beta e onda eletromagnética gama.

Sobre as partículas carregadas – Radiação Ionizante


Sobre as ondas eletromagnéticas – Radiação Ionizante
As emissões radioativas ionizantes são três: emissões radioativas das partículas alfa (α) e beta (β), a onda eletromagnética gama (γ).

Radiação alfa (α): formada por dois prótons e dois nêutrons (núcleo de hélio).
São partículas que apresentam massa e carga elétrica positiva.
Podem ser facilmente detidas por uma folha de papel, porém não conseguem ultrapassar camadas externas de
células mortas da pele de uma pessoa.
- Assim, são quase inofensivas, porém, podem penetrar no organismo por meio de ferimentos ou aspiração
causando lesões graves.
São empregadas no tratamento de câncer.
É uma radiação ionizante.
Radiação beta (β): não é composta por prótons ou nêutrons, mas por um elétron. Logo, apresenta carga elétrica
negativa.
A partícula beta possui uma interação com a matéria tem um alcance maior e um poder ionizante cerca de um
décimo maior quando comparado com a partícula alfa.
Podem ser bloqueadas por uma folha de alguns milímetros de alumínio.
Quanto à saúde, as partículas beta penetram moderadamente em tecidos vivos e podem causar mutações
genéticas espontâneas.
As fontes de emissão da partículas beta podem ser utilizadas em terapias de radiação no combate ao câncer.
É uma radiação ionizante.
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Raios ou Radiação Gama (0γ ):
Ondas eletromagnéticas de alta frequência.
Geralmente associados com decaimento alfa e beta.
Produzidos a partir de decaimentos radioativos ou máquinas.
Podem arrancar elétrons de diversos materiais.
O que é Energia Nuclear?

Trata-se da energia produzida em usinas termonucleares, tendo como


combustível o elemento químico radioativo Urânio (U), bem como, outros
elementos denominados radioativos.
O funcionamento dessas usinas fundamenta-se na produção de calor
(energia) produzida a partir de reações nucleares (matéria-prima
radioativa) para gerar eletricidade.
Energia Nuclear – Usina Termonuclear

Será que a Energia Nuclear é renovável?


Antes de tudo, precisamos entender o que é uma fonte de energia renovável, caso contrário, não conseguiremos responder ao
questionamento, certo?!
São consideradas fontes de energia renováveis recursos naturais considerados inesgotáveis e empregados na produção de energia.
E então, será que podemos dizer que a Energia Nuclear é uma fonte de energia renovável?
Será que a Energia Nuclear é renovável?
Não, este tipo de energia não é renovável. Produz uma grande quantidade de lixo nuclear, é relativamente arriscado e utiliza fissão nuclear ou
cisão nuclear. Assim, é preciso núcleos de urânio e sabe-se que o material radioativo é escasso e não se regenera.
O que é Fissão Nuclear?
Fissão nuclear é um processo natural que consiste no decaimento* de núcleos atômicos instáveis em núcleos atômicos menores por meio da
captura de nêutrons lentos.
*Decaimento nuclear é o fenômeno responsável pela emissão radioativa.

Após a captura de um nêutron, elementos pesados, como o urânio, tornam-se instáveis e acabam dividindo-se em núcleos menores, emitindo
outros nêutrons, o que forma uma reação em cadeia com grande liberação de calor e radiação.
Fissão Nuclear – Bomba Atômica
Durante a Segunda Guerra Mundial, a humanidade se deparou com uma arma que chocou o mundo. A destruição das cidades de Hiroshima e
Nagasaki, em 1945, mostrou ao mundo o grande poder de destruição da fissão nuclear.
A bomba tinha dois gatilhos: um de tempo e outro acionado conforme a pressão do ar. Eles dispararam um projétil de urânio que, como uma
bala de revólver, atingiu um alvo, também de urânio, para começar a fissão nuclear. Na reação em cadeia, a matéria se desintegrou e liberou
energia equivalente a 20 mil toneladas de TNT.
Como ocorre a Fusão Nuclear?
É o processo no qual dois ou mais núcleos atômicos se juntam e formam um outro núcleo de maior número atômico.
A fusão nuclear requer muita energia para acontecer, e geralmente libera muito mais energia do que a energia consumida.
As estrelas são formadas de hidrogênio, cujo núcleo é leve. A alta temperatura promove a fusão formando um núcleo de hélio, elemento mais
pesado.
Fusão Nuclear e Bomba de Hidrogênio
A bomba de Hidrogênio é uma bomba termonuclear que produz muito mais energia que uma bomba atômica.
Tanto que a detonação de uma bomba H é uma bomba atômica. A primeira explosão gera temperaturas de milhões de graus, criando energia
suficiente para forçar a aproximação de seus dois núcleos leves,
combinando-os num segundo estágio conhecido como fusão nuclear – no caso, de isótopos de hidrogênio.
Energia Nuclear: Principais Impactos Ambientais
Contaminação do solo e vegetação;
Animais que se alimentarem desta vegetação também sofrerão as consequências da radioatividade;
O solo não fica infértil, mas tudo o que nasce dele carrega consigo a radioatividade;
A água contaminada também propagará a radioatividade por onde passar, afetando desde peixes até a vegetação de rios e mares;
Desequilíbrio nos organismos que compõem estes ecossistemas.
DECAIMENTO
RADIOATIVO OU ESTUDO DE MEIA VIDA
A descoberta de um fóssil é um momento de realização para os arqueólogos, daí se começa o processo de datação do achado e quanto mais
antiga for a relíquia maior será seu valor para a paleontologia. Mas, como é possível descobrir a idade de um fóssil?
A radioterapia é uma forma comum de tratamento do câncer. De acordo com a American Society of Radiation Oncology (ASTRO), dois em cada
três pacientes com câncer são tratados com radioterapia, isoladamente ou em combinação com outros métodos terapêuticos, como cirurgia e
quimioterapia.
Para essa terapia é possível utilizar as fontes de emissões radioativas?
Qual a diferença entre as emissões radioativas utilizadas nesta terapia?
Construa um Mapa Conceitual para responder a estes questionamentos e para estabelecer uma relação entre as emissões radioativas, o mapa
conceitual pode ser realizado no seu caderno ou on-line.
Você já ouviu falar no termo DESINTEGRAÇÃO?
Quando buscamos em dicionários, encontramos que o vocábulo “desintegração” está relacionado a ação de desintegrar; destruição total.
Em Química, desintegração ou decaimento radioativo corresponde ao fenômeno de transformação de um átomo em outro por meio da
emissão radioativa a partir de um núcleo instável.
Para entender a desintegração ou decaimento foram elaboradas leis da radioatividade que estudam a transmutação natural do núcleo atômico
quando emitem partículas alfa ou beta.
Decaimento ou Desintegração Radioativa
Esquematicamente temos que, a partir de um núcleo instável (isótopo pai), ocorre o decaimento ou desintegração radioativa transformando-
se em núcleos menores (isótopo filho) mais a liberação das emissões radioativas.

Para entender a desintegração ou decaimento foram elaboradas leis da radioatividade que estudam a transmutação natural do núcleo atômico
quando emitem partículas alfa ou beta.
Que leis regem a Radioatividade?
1ª Lei da Radioatividade (Lei de Soddy): “Quando um núcleo emite uma partícula alfa (α) , seu número atômico diminui duas de suas unidades
e seu número de massa diminui de quatro unidades”.
Exemplo

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2ª Lei da Radioatividade (Lei de Soddy-Fajans): “Quando um átomo emite uma partícula -1β , o seu número atômico (Z) aumenta em 1 unidade
e o seu número de massa (A) não se altera”.
Equação Geral:

Exemplo:

Poder de Penetração das Emissões Radioativas


A partícula alfa (α) possui um poder de penetração baixo, a partícula beta (β) possui um poder de penetração médio e as ondas
eletromagnéticas gama (γ) possui um poder de penetração elevado.

Mas o que é Tempo de Meia – Vida?


É o intervalo de tempo em que uma amostra deste elemento se reduz à metade. Este intervalo de tempo também é chamado de período de
semidesintegração.

Onde encontramos o Tempo de Meia-Vida?


O tempo de meia-vida de um elemento químico radioativo é utilizado para:
A determinação da idade de fósseis (imagem), rochas e objetos arqueológicos, pois o carbono 14 (isótopo radioativo) é incorporado pelos
organismos vivos.
A idade da Terra foi determinada por meio da desintegração radioativa do urânio.
Para a estimativa de quanto um lixo radioativo deve ser isolado.
Em radiofármacos, sem ação farmacológica, é utilizado na medicina nuclear para diagnóstico e terapia de várias doenças.
Decaimento ou Desintegração Radioativa
Desintegração ou decaimento radioativo corresponde ao fenômeno de transformação de um átomo em outro por meio da emissão radioativa
a partir de um núcleo instável.
Tempo de Meia – Vida
É o intervalo de tempo em que uma amostra deste elemento se reduz à metade. Este intervalo de tempo também é chamado de período de
semidesintegração (P).

Radiofármacos: sabe o que são eles?


São substâncias químicas marcadas com algum radioisótopo (isótopos instáveis), são reconhecidas pelo organismo como similares às
produzidas por um órgão ou tecido.
São consideradas fontes não seladas*, inseridas no organismo, por meio de injeção, ingestão ou inalação.
Esses compostos são utilizados na Medicina Nuclear tanto em diagnósticos quanto em tratamentos.
*É aquela que não há nenhum tipo de proteção que impeça o contato dela com o meio ambiente.
Radiofármacos: aplicações
Os radiofármacos agem a partir da liberação de energia pelo radioisótopo contidos nos mesmos. As principais aplicações são:
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Cintilografia da Tireoide: utiliza moléculas marcadas com radioisótopos como tecnécio ( Tc) e iodo ( I). Na imagem, está representada
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cintilografia da tireoide com o radioisótopo I.

Tomografia computadorizada (exame de imagem não invasivo).


Radiografia ou raio-x (exame de imagem não invasivo que detecta facilmente fraturas). Na imagem, à esquerda, uma radiografia pélvica de um
adulto.
Outras aplicações de Radioisótopos
O decaimento radioativo é um parâmetro importantíssimo na determinação do tempo na arqueologia, tanto que é conhecido como “relógio
geológico”. Isto ocorre devido ao tempo de meia-vida dos isótopos radioativos.
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O tempo de meia-vida varia de isótopo para outro. Para essa aula, usaremos como exemplo o carbono-14 ( C) e o potássio-40 ( K).
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Carbono-14 ( C)
O isótopo radioativo do carbono está presente no CO2 que é absorvido pelas plantas e facilmente incorporado na cadeia alimentar. Quando um
ser vivo morre, a quantidade de carbono-14 diminui por meio de decaimento radioativo.
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Sabe-se que o tempo de meia-vida do C corresponde a 5730 anos, ou seja, se um organismo vivo morreu há 5730 anos, terá a metade da
massa de carbono-14. Desta forma, os cientistas conseguem prever a idade de um artefato arqueológico.
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Potássio-40 ( K)
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O K é utilizado quando a idade do fóssil ou artefato ultrapasse a idade de 65 milhões de anos, pois, torna-se mais preciso a utilização de
isótopos radioativos de minerais. Uma vez que, a técnica se baseia na liberação de argônio. Isto ocorre por que, ao sofrer decaimento
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radioativo, o K forma argônio-40. Assim, para determinar a idade do fóssil ou artefato, faz-se a relação entre K e Ar (argônio).

A imagem ao lado é de um fóssil de um escorpião de 437 milhões de anos, é considerado a criatura terrestre mais antiga.

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