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A-AA+
Raios X
22 minutos
Aula 2 - Raios X
24 minutos
22 minutos
21 minutos
Referências
3 minutos
Aula 1
LEIS DE TRANSIÇÕES NUCLEARES
É muito importante você saber como funcionam as leis de
transições nucleares, como elementos radioativos geram outros
elementos radioativos, o tempo de meia-vida, como é o processo de
decaimento nuclear, a transmutação, o que são partículas
carregadas, o que são partículas sem cargas, e como funcionam os
decaimentos.
22 minutos
INTRODUÇÃO
Caro estudante, nesta aula você aprenderá não somente conceitos novos a respeito da
física radiológica, de forma teórica, mas também vai conhecer os conceitos que serão
utilizados no seu cotidiano em um setor de imagens médicas de um hospital. Para você
que vai trabalhar com radiação ionizante, saber diferenciar fontes artificiais e naturais é
imprescindível, pois isso trará segurança para o ambiente de trabalho.
É muito importante você saber como funcionam as leis de transições nucleares, como
elementos radioativos geram outros elementos radioativos, o tempo de meia-vida, como
é o processo de decaimento nuclear, a transmutação, o que são partículas carregadas, o
que são partículas sem cargas, e como funcionam o decaimento alfa (�), o decaimento
beta (�) e o gama (�).
CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
Sabemos que radiação é energia eletromagnética ou corpuscular em trânsito, assim
como calor é energia térmica em trânsito. Portanto, podemos afirmar que a radiação
eletromagnética é uma forma de energia, emitida por uma fonte (natural ou artificial)
que é transmitida pelo ar, por meios materiais e no vácuo. São consideradas radiações as
partículas subatômicas e partículas atômicas, como partículas alfas, elétrons, prótons,
nêutrons, pósitrons, denominadas radiações corpusculares. Já as ondas eletromagnéticas
são denominadas radiações ondulatórias, e como radiação exemplo temos os raios gama
e raios X. As radiações corpusculares como partículas alfa (�), beta (�+) e beta (�-)
são emitidas de forma espontânea pelos núcleos instáveis de elementos radioativos.
Além disso, feixes dessas e de outras partículas também podem ser produzidos
artificialmente em aceleradores de partículas ou em reatores nucleares. As ondas
eletromagnéticas, como no caso dos raios-X e gama (�), são constituídas por um
campo elétrico e um campo magnético perpendiculares entre si, que se propagam no
vácuo na velocidade da luz:
�=3×108�/�
(Eq. 1)
Onde c é a constante da velocidade da luz.
Essas radiações eletromagnéticas recebem denominações diferentes dependendo da sua
frequência: radiação infravermelha, luz visível e radiação ultravioleta, entre outras. Em
elementos radioativos naturais ocorre a desintegração nuclear, quando há a emissão
espontânea de partículas de um átomo instável. Cada elemento químico tem suas
propriedades e decaem de formas diferentes, emitindo partículas diferentes ou ondas
eletromagnéticas. Vamos utilizar o exemplo do plutônio-242, como mostra a equação
química a seguir:
�94242�→�92238+�24�
(Eq. 2)
1ª Lei: Quando um átomo emite uma partícula alfa (�),seu núcleo atômico
diminui em duas unidades e sua massa atômica diminui em quatro unidades.
2ª Lei: Quando um átomo emite uma partícula beta (�), seu número atômico
aumenta em uma unidade.
Quando ocorre a emissão de raios gama (ᵞ), o átomo não altera seu número atômico ou
número de massa. Portanto, quando há a emissão de ondas gama, dizemos que o átomo
sofreu uma desintegração. A radiação gama tem como número de massa e número
atômico 0 (zero).
TRANSIÇÕES NUCLEARES
Sabendo o que é radiação, como diferenciar as radiações corpusculares das radiações
eletromagnéticas, e conhecendo os tipos de decaimento que ocorrem nos átomos
radioativos instáveis, vamos partir para os exemplos, a fim de aprofundar seu
conhecimento nessa área.
Como já foi abordado, cada elemento radioativo instável emite partículas ou energia
durante o processo de decaimento radioativo. O conceito de meia-vida é o tempo
necessário para que a atividade de um elemento radioativo seja reduzida à metade da
atividade inicial. Como exemplo, podemos usar o iodo, cujo número atômico é 131 e o
tempo de meia-vida é de 8,02 dias – ou seja, após 8,02 dias, a atividade dessa amostra
será exatamente a metade da amostra inicial. O tempo de meia-vida varia muito,
dependendo do elemento analisado, horas, dias, meses e anos. Como exemplo, temos o
tempo de meia-vida do tecnécio-99m, que é de apenas seis horas, enquanto o tempo de
meia-vida do urânio-238 é de 4,5 bilhões de anos. As meias-vidas vão acontecendo até
que a atividade da amostra fique insignificante, pois a cada meia-vida, sua atividade
diminui pela metade; é um decaimento exponencial.
Tipos de decaimentos
Decaimento alfa (�): ocorre espontaneamente dos núcleos de átomos radioativos,
principalmente dos átomos pesados – aqueles cujo número atômico Z ≥ 83. Nesse caso,
existem aproximadamente 400 radionuclídeos, naturais e artificiais, que são emissores
espontâneos de partículas alfa. Uma equação genérica de decaimento alfa você vê a
seguir:
���→�−2�−4�+24��
(Eq. 3)
���→��−1�+�+1+�00
(Eq. 4)
���→��+1�+�−1+�¯00
(Eq. 5)
VIDEOAULA
Neste vídeo abordaremos assuntos de extrema importância para sua vivência em um
ambiente hospitalar. Saiba diferenciar os tipos de radiação e conheça os tipos de
decaimentos radioativos. Veja por que o tempo de meia-vida é tão usado quando se trata
de radioatividade. Conhecendo esses conceitos, você vai cuidar da sua segurança e de
todos que trabalham em seu entorno.
Videoaula
Saiba mais
Caro estudante, para entender um pouco melhor como age o poder de penetração da
radiação em nosso organismo e seu impacto, segue a sugestão de leitura de um
artigo: Uma Visão Acerca Dos Impactos Da Radiação No Corpo Humano
Habitualmente.
Disponível em: https://propi.ifto.edu.br/ocs/index.php/jice/10jice/paper/viewFile/
9669/4354.
Aula 2
RAIOS X
Nesta aula você saberá diferenciar radiação X de radiação gama,
conhecerá a história da descoberta dos raios X e como são
produzidos os raios X.
24 minutos
INTRODUÇÃO
Caro estudante, nesta aula você aprenderá não somente conceitos novos a respeito da
física radiológica, de forma teórica, mas também vai conhecer os conceitos que serão
utilizados no seu cotidiano em um setor de imagens médicas de um hospital. Para você
que vai trabalhar com radiação ionizante, saber diferenciar fontes artificiais e naturais é
imprescindível, pois isso trará segurança para o ambiente de trabalho.
Nesta aula você saberá diferenciar radiação X de radiação gama, conhecerá a história da
descoberta dos raios X e como são produzidos os raios X.
Esse tubo era uma ampola de raios X muito primitiva, de vidro e a vácuo, com um
cátodo que emite os elétrons que ganharão energia cinética e colidirão com o alvo,
denominado ânodo. A luminescência surge quando os elétrons são submetidos a uma
grande diferença de potencial.
Portanto, durante um experimento com tubo de Crookes, Roentgen analisava a
condução da eletricidade por esse tubo. No decorrer do experimento, seu ajudante lhe
chamou a atenção, dizendo para o professor olhar para a tela.
Nas proximidades do tubo, havia uma tela coberta com platinocianeto de bário, na qual
se projetava uma leve luminosidade, resultando na fluorescência do material. Nesse
momento ele girou a tela e colocou sua mão entre o fluxo luminoso e a tela, e viu seus
ossos projetados. Assim, Roentgen viu, pela primeira vez, o que futuramente seria
chamado de raio X.
Essa descoberta foi um marco na história cientifica. Após um ano, já havia
aproximadamente 49 livros e panfletos e mais de mil artigos publicados sobre esse
assunto.
A ampola de raios X que era considerada uma válvula termoiônica, devido a emissão de
elétrons do catodo após atingir uma certa temperatura no filamento. Essa ampola é
encontrada no mercado tanto em vidro, quanto em metal, ambas com seu interior a
vácuo, onde ficam localizados o catodo e o ânodo, como mostra a imagem Figura 2.
Figura 2 | Ampola de raios X ou tubo de Coolidge para raio X
Na Figura 2, podemos observar: alta tensão, ânodo, alvo de tungstênio, janela, feixe de
raios X, janela, copo focalizador, cátodo, filamento, feixe de elétrons, ampola de vidro.
Esse esquema relata como é o funcionamento do tubo para que ocorra a produção dos
raios X que serão utilizados no exame. Esse tubo é alimentado por uma fonte elétrica,
que causará um efeito Joule em um filamento chamado de cátodo. Esse filamento sofre
um processo de aquecimento e, em um certo nível de calor, ocorre o processo
termoiônico, quando ocorrerá a saída dos elétrons, os quais serão acelerados devido à
diferença de potencial (ddp), em direção ao ânodo (alvo). Como o ânodo normalmente
tem uma angulação, o feixe de raios X sairá em direção à janela do tubo.
���*→���+�
(Eq. 1)
O que conseguimos interpretar é que quando um átomo está com excesso de energia
dentro do seu núcleo e não há um excesso de prótons ou nêutrons, sendo apenas uma
energia em excesso, ele emite a radiação gama. Essa radiação não tem carga nem massa
e não há um processo de transmutação, ou seja, o elemento pai é o mesmo elemento que
o filho nessa reação. Somente há a dissipação de energia. Elemento “pai”, é o elemento
inicial da equação, aquele que vai sofrer o processo de decaimento, que fica do lado
esquerdo, antes da “seta”. Já o elemento “filho” é o originado após a reação de emissão
tanto de partículas alfa, beta ou gama.
�=��
(Eq. 2)
VIDEOAULA
Neste vídeo abordaremos assuntos de extrema importância para a sua vivência em um
ambiente hospitalar. Saiba diferenciar os tipos de radiação, como ocorre a produção dos
raios X e radiação gama, onde se aplicam e como se aplicam, tanto no diagnóstico como
em tratamento. Conheça a descoberta que mudou a história da medicina moderna.
Videoaula
Saiba mais
Você que ficou entusiasmado com o conteúdo desta aula e quer aprofundar mais seus
conhecimentos na área de radiologia, segue a indicação de um artigo: Verificação das
doses de radiação absorvida durante a técnica de irradiação de corpo inteiro nos
transplantes de medula óssea, por meio de dosímetros termoluminescentes.
Link: https://www.scielo.br/j/rb/a/XZnBMxqWCQ4hdM4BnSxkj5k/?
format=pdf&lang=pt.
Aula 3
FONTES DE RADIAÇÕES IONIZANTES
Nesta aula você verá as fontes de radiações ionizantes, conceitos e
aplicações, além de conhecer as fontes de radiação interna e
externas e suas aplicações na medicina, na indústria, no ensino e
na pesquisa.
22 minutos
INTRODUÇÃO
Caro estudante, nesta aula você aprenderá não somente conceitos novos a respeito da
física radiológica, de forma teórica, mas também vai conhecer os conceitos que serão
utilizados no seu cotidiano em um setor de imagens médicas de um hospital. Para você
que vai trabalhar com radiação ionizante, saber diferenciar fontes artificiais e naturais é
imprescindível, pois isso trará segurança para o ambiente de trabalho.
Nesta aula você verá as fontes de radiações ionizantes, conceitos e aplicações. Vai
conhecer as fontes de radiação interna e externas, além das suas aplicações na medicina,
na indústria, no ensino e na pesquisa.
Fontes seladas
Fontes seladas de materiais radioativos são elementos incorporados em uma matéria
solida ou inativa, ou ainda encapsulados e hermeticamente fechados de tal forma que
em condições normais de uso não oferecem risco para a sociedade e meio ambiente.
Logo, a fonte selada só pode ser aberta se for destruída.
Esse tipo de fonte é utilizado em diversos segmentos e técnicas:
Medidas de vazão.
Medidas de eficiência de filtração de gases.
Medidas de velocidade de líquidos e gases.
Determinação do tempo de residência de líquidos ou partículas sólidas em
equipamentos.
Detecção de vazamento.
Avaliação de desgaste de equipamentos.
As aplicações das radiações de forma não selada são feitas na área médica, como para
avaliar o funcionamento de diversos órgãos, podendo ser usadas in vivo, administrando
um radiofármaco para examinar o paciente, ou in vitro, retirando uma amostra do
paciente e usando traçadores radioativos para análise e diagnóstico. Por fim, as fontes
não seladas também são empregadas para fins terapêuticos, como na medicina nuclear,
para tratamento de câncer na tireoide.
Radionuclídeos mais frequente utilizados em pesquisa:
H-3: Trítio.
C-14: Carbono.
P-32: Fósforo.
S-35: Enxofre.
Kr-85: Criptônio.
Br-82: Bromo.
Tc-99m: Tecnécio.
I-125: Iodo.
I-131: Iodo.
Radiação ultravioleta
Os raios ultravioletas, que são emitidos pelo Sol e por lâmpadas junto com o espectro
visível, são classificados pelo seu comprimento de onda. Dentre as radiações não
ionizantes, a ultravioleta tem papel preponderante. O DNA, portador da informação
genética na célula, devido à sua estrutura molecular, absorve radiações na faixa do UV.
O máximo de absorção se dá em torno de comprimentos de onda da ordem de 260 mm
(UVC), diminuindo para comprimentos de onda maiores (UVB e UVA), sem absorção
na faixa do visível. Os raios UV interagem, portanto, diretamente com o DNA, podendo
provocar sérias alterações nos seres vivos (eritemas, bronzeamento, diminuição da
resposta imunológica, indução do câncer de pele etc.).
Os raios UVC (germicidas), os mais danosos aos seres vivos, são completamente
absorvidos na estratosfera pela camada de ozônio. Os UVB e UVA, entretanto, atingem
a superfície terrestre.
A interação com o UVB e UVA tem também consequências benéficas e mesmo
essenciais à sobrevivência, tais como a síntese da provitamina D e a prevenção de
distúrbios no metabolismo do cálcio e fósforo, que podem gerar má formação óssea e
redução na defesa do organismo.
A maior parte dos danos induzidos por radiação impede a transcrição da informação
genética no RNA mensageiro e bloqueia a replicação semiconservativa. Em células
desprovidas de qualquer mecanismo de reparação das lesões um único dano no DNA
pode acarretar a inativação celular. Os principais produtos gerados pelo UVC a partir de
sua interação com o DNA são os dímeros de pirimidinas (especialmente de timina),
hidratos de bases pirimidínicas, ligações cruzadas entre bases pirimidínicas e
aminoácidos. Os produtos da interação com o UV longo (UVA e UVB) são análogos aos
causados pelas radiações ionizantes e germicidas, embora com eficiências diferentes e
através de mecanismos distintos. Assim, dímeros de pirimidinas, timina-glicóis e roturas
de cadeia polinucleotídicas são observadas em preparações de DNA expostas ao UV
longo.
As roturas no DNA são dependentes de oxigênio e mediadas por oxidações induzidas
por fótons que conduzem a formação de espécies ativadas de oxigênio (OH·, peróxido
de hidrogênio e oxigênio singleto) verdadeiras responsáveis pela quebra da cadeia.
Portanto, a energia transferida pelo UV longo na célula ocasiona formação de radicais
livres, espécies químicas altamente reativas, e excitações moleculares, que
posteriormente reagem quimicamente no meio.
Reações de fotoadição também podem ser promovidas pelo UV longo, entre elas são
importantes as que ocorrem com as furocumarinas. Estas, quando expostas a radiações
de comprimento de onda entre 320nm e 380nm interagem com ácidos nucléicos ou com
proteínas, causando eritemas, pigmentação da pele, a inibição da biossíntese de
macromoléculas, a inativação celular e a mutagênese.
Os cuidados com as radiações solares são de suma importância na prevenção de doenças
como o câncer de pele (não melanoma). Deve-se evitar os raios solares entre 10:00 h e
16:00 h ou, caso inevitável, utilizar protetor solar com fator de proteção elevada e agir
com cuidado ao manusear frutas como o limão e figo (que contém furocumarinas) sob o
Sol pois podem ocorrer queimaduras gravíssimas e até fatais.
VIDEOAULA
Neste vídeo abordaremos assuntos de extrema importância para a sua vivência em um
ambiente hospitalar. Saiba diferenciar os tipos de radiação, como são as fontes
radioativas empregadas na área do radiodiagnóstico, os conceitos e aplicações das
fontes seladas e não seladas, e compreenda os benefícios e malefícios da radiação
ionizante. Isso trará segurança para você, pacientes e profissionais do setor.
Videoaula
Saiba mais
Prezado estudante, chegou a hora de conhecer um pouco mais sobre os efeitos
biológicos causados através da radiação.
O artigo: Uma síntese sobre os efeitos biológicos da radiação ionizante e o papel da
alanina utilizada para dosagem de radiações, aborda um levantamento teórico a
respeito das propriedades da alanina utilizada para dosagem de radiação e os efeitos
biológicos causados para os complexos biológicos.
Link: https://www.redalyc.org/pdf/500/50021097016.pdf.
Aula 4
EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO IONIZANTE
Nesta aula, você vai aprender que para trabalhar com radiação
ionizante, é importante conhecer o funcionamento da exposição a
radiações ionizantes e suas consequências, e outras informações.
21 minutos
INTRODUÇÃO
Caro estudante, nesta aula você aprenderá não somente conceitos novos a respeito da
física radiológica, de forma teórica, mas também vai conhecer os conceitos que serão
utilizados no seu cotidiano em um setor de imagens médicas de um hospital. Para você
que vai trabalhar com radiação ionizante, conhecer o funcionamento da exposição a
radiações ionizantes e suas consequências, saber diferenciar o conceito de irradiação e
contaminação (que ainda causa dúvidas até mesmo nos profissionais de radiologia) e
saber como ocorre o controle ambiental fará de você um profissional diferenciado no
mercado de trabalho. Bons estudos!
Tipos de exposição
No trabalho: indivíduos (instituições médicas ou laboratórios) trabalhando em
torno da indústria nuclear ou equipamentos de radiação; trabalhadores
subterrâneos em minas hematita (por causa da exposição ao radônio).
Meio ambiente: todos estamos expostos a diferentes intensidades de radiação,
incluindo radiação de fontes naturais ou artificiais.
Condutas de segurança
Recomenda-se planejar corretamente as atividades no ambiente de trabalho para reduzir
as doses pessoais, o número de pessoas expostas e a possibilidade de exposição
acidental. Todos os trabalhadores devem utilizar equipamentos de proteção individual e
coletiva (EPI e EPC).
Exposição única.
Exposição fracionada.
Exposição periódica.
As consequências na saúde
Quando aplicada em pequenas doses e em longos períodos, a radiação dificilmente irá
causar danos biológicos, colocando assim em risco a saúde do indivíduo. Como se trata
de eventos probabilísticos em baixas doses, quanto menor a frequência de exposição,
menor será a probabilidade de danos futuros.
Nosso corpo tem mecanismos de defesa que substituem as células que sofreram os
danos, contudo o número de células não deve ser extremamente alto, pois dependendo
do tecido ou órgão ele poderá perder a sua funcionalidade, dependendo do nível de
mortes celulares locais.
Normalmente, quando aplicada em pequenas doses, a radiação ionizante é eficaz no
diagnóstico e tratamento de doenças.
As radiações causam mudanças nas propriedades das células como cargas elétricas nos
elementos celulares e suas consequências irão depender da dose empregada, do tempo
de exposição e a região do corpo atingida.
Quanto maior a diferenciação celular, ou seja, locais onde há maior proliferação e troca
celular (cabelo, unha, papila gustativa, medula óssea) que estão em constante
proliferação, são mais sensíveis a radiação. Sendo assim, sofrem mais severamente e
mais rapidamente os danos causados pela radiação ionizante. Já células que não se
proliferam muito, ou que não se proliferam (como no caso dos neurônios) são menos
sensíveis a radiação. Portanto, sofrerá os danos da radiação em doses mais altas, ou
longos períodos através do tempo de exposição. Devido a esse fator, foi que a
radioterapia teve um avanço tão grande no tratamento de câncer. Como as células
cancerígenas não tem mecanismos de reparo, elas se multiplicam de forma desordenada
e extremamente rápida, sendo assim, mais sensíveis a radiação ionizante. Em um
tratamento com radiação ionizante, as células cancerosas irão morrer mais rapidamente
do que as células saudáveis do organismo. Graças as radiossensibilidade dos diferentes
tecidos a radiação, foi que tivemos esse avanço tecnológico no tratamento de neoplasias
malignas.
VIDEOAULA
O vídeo aborda assuntos de extrema importância para a sua vivência em um ambiente
hospitalar. Conhecer os tipos de exposições das radiações ionizantes, saber diferenciar
irradiação de contaminação – um assunto que causa dúvidas até mesmo aos
profissionais em radiologia – e conhecer os controles ambientais, tornará você um
profissional com um nível diferenciado de conhecimento.
Videoaula
Saiba mais
Caro estudante, para enobrecer seu conhecimento, segue indicação de leitura de um
artigo: Avaliação do conhecimento de médicos não radiologistas sobre aspectos
relacionados à radiação ionizante em exames de imagem.
O objetivo deste artigo é avaliar o conhecimento dos médicos não radiologistas sobre a
utilização da radiação ionizante em exames de imagem.
Link: https://www.scielo.br/j/rb/a/Wz3CbzFdLMzPpRn33zD4V3p/?
lang=pt&format=html.
REFERÊNCIAS
3 minutos
Aula 1
BUSHONG, S. C. Ciência Radiológica para Tecnólogos: curso de física, biologia e
proteção. Houston, Texas: Professor Of Radiology Center, 2008. 1580 p.
OKUNO, E.; YOSHIMURA, E. Física das Radiações. São Paulo: Editora de Oficina e
Textos, 2010. 296 p.
SANTIAGO, A. Efeitos da radiação no corpo humano. Radioproteção na prática, [s.
d.]. Disponível em: https://radioprotecaonapratica.com.br/efeitos-da-radiacao-no-corpo-
humano/. Acesso em: 20 dez. 2021.
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em: http://www.conter.gov.br/uploads/legislativo/portaria_453.pdf. Acessado em:
09/03/2022.
TAUHATA, L.; SALATI, I.; PRINZIO, R. di; PRINZIO, A. R. di. Radioproteção e
Dosimetria: Fundamentos. 2014. Curso de Radioproteção e Dosimetria, Instituto de
Radioproteção e Dosimetria Comissão de Energia Nuclear do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2014. 372 f.
Aula 2
BUSHONG, S. C. Ciência Radiológica para Tecnólogos: curso de física, biologia e
proteção. Houston, Texas: Professor Of Radiology Center, 2008. 1580 p.
MUNIZ, S. R. Constituintes do átomo – O elétron. Estrutura da Matéria, curso de
Licenciatura em Ciências, USP, 2014. Disponível
em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/179954/mod_resource/content/0/
T3_Capitulo3_v2.pdf. Acesso em: 20 dez. 2021.
OKUNO, E.; YOSHIMURA, E. Física das Radiações. São Paulo: Editora de Oficina e
Textos, 2010. 296 p.
TAUHATA, L.; SALATI, I.; PRINZIO, R. di; PRINZIO, A. R. di. Radioproteção e
Dosimetria: Fundamentos. 2014. Curso de Radioproteção e Dosimetria, Instituto de
Radioproteção e Dosimetria Comissão de Energia Nuclear do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2014. 372 f.
Aula 3
BUSHONG, S. C. Ciência Radiológica para Tecnólogos: curso de física, biologia e
proteção. Houston, Texas: Professor Of Radiology Center, 2008. 1580 p.
OKUNO, E.; YOSHIMURA, E. Física das Radiações. São Paulo: Editora de Oficina e
Textos, 2010. 296 p.
TAUHATA, L.; SALATI, I.; PRINZIO, R. di; PRINZIO, A. R. di. Radioproteção e
Dosimetria: Fundamentos. 2014. Curso de Radioproteção e Dosimetria, Instituto de
Radioproteção e Dosimetria Comissão de Energia Nuclear do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2014. 372 f.
Aula 4
AZEVEDO, A. C. P. Radioproteção em Serviços de Saúde, FIOCRUZ Escola
Nacional de Saúde Pública – CESTH e Programa de Radioproteção e Dosimetria.
Disponível em: http://www.fiocruz.br/biossegurancahospitalar/dados/material10.pdf .1
p.
BUSHONG, S. C. Ciência Radiológica para Tecnólogos: curso de física, biologia e
proteção. Houston, Texas: Professor Of Radiology Center, 2008. 1580 p.
OKUNO, E.; YOSHIMURA, E. Física das Radiações. São Paulo: Editora de Oficina e
Textos, 2010. 296 p.
TAUHATA, L.; SALATI, I.; PRINZIO, R. di; PRINZIO, A. R. di. Radioproteção e
Dosimetria: Fundamentos. 2014. Curso de Radioproteção e Dosimetria, Instituto de
Radioproteção e Dosimetria Comissão de Energia Nuclear do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2014. 372 f.