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 Em sistemas de classificação mais antigos, os protozoários foram
considerados um filo do reino Animalia - Protozoa, e as algas
unicelulares foram colocadas entre várias divisões de plantas.
 Muitas formas foram colocadas em ambos os reinos e pesquisadas
por zoólogos e botânicos.
 Eventualmente o reino Protista foi criado para colocar estas formas,
com as classes de Protozoários referidas acima sendo promovidas
a filos.
Características Gerais
 Unicelulares;
 Eucariontes;
 Heterotróficos;
 Isolados ou coloniais.

Classificação
 Quatro classes: Sarcodina, Flagellata, Ciliata e Sporozoa.
 Critério: estrutura de locomoção.
Filo Sarcodina ou Rhizopoda
 Locomovem-se por meio de
pseudópodes.
 Podem ser de vida livre ou
parasitas.
 Os pseudópodes também
são utilizados para realizar a
fagocitose.
 Ex. Entamoeba coli,
Entamoeba histolytica,
Amoeba proteus, radiolários,
foraminíferos e heliozoários.
Filo Ciliophora
 Podem apresentar cílios
durante toda vida ou apenas
quando jovens.
 Esses cílios servem para a
locomoção e auxiliam na
captura de alimento,
podendo ser substituídos por
tentáculos.
 A maioria é de vida livre.
 Ex.: Paramecium,Vorticella.
Filo Actinopoda
 Apresentam pseudópodes
afilados, retos e finos;
 A Classe dos Radiolários
têm exoesqueleto de quitina
e SrSO4. Já os Heliozoários
com ou sem exoesqueleto;
 Vivem em simbiose com
zooxantelas (algas
endossimbióticas);
 Vivem em água doce e com
algumas raízes de plantas.
Filo Foraminifera
 Exoesqueleto de CaCO3 e
constituem o plâncton;
 Foram muito abundantes no
passado, hoje podemos
observá-los nas rochas da
Pirâmides do Egito,
indicando regiões
petrolíferas e formando
vasas, placas calcárias
oceânicas.
Filo Apicomplexa
 Podem se chamar de
Esporozoários ou
Apicomplexos.
 Causam doenças como a
malária, toxoplasmose e
pneumonia em pessoas
infectadas com o HIV.
Filo Zoomastigophora ou Flagelados
 Movimentam-se com um ou
mais flagelos e, às vezes,
com uma membrana
ondulante.
 Podem ser de vida livre,
comensais, mutualísticos
(intestino dos cupins) ou
parasitas (Trypanosoma
cruzi, Trichomonas vaginalis,
Leishmania brasiliensis,
Leishmania donovani).
Reprodução
 REPRODUÇÃO ASSEXUADA:

 Cissiparidade (divisão binária ou bipartição


Reprodução
 REPRODUÇÃO ASSEXUADA:

 Esporulação (divisão múltipla)


Reprodução
 REPRODUÇÃO SEXUADA

 Conjugação: os dois indivíduos


estabelecem uma ponte
citoplasmática, através da qual
trocam materiais genéticos.

 No final do processo, os
conjugantes se separam e
sofrem reprodução assexuada.
União de 2
Paramécios

Meiose dos
micronúcleos

Degeneração de
Mitoses e 3 micronúcleos
degeneração de 4
micronúcleos

Reprodução
assexuada
Fusão dos
micronúcleos e Conjugação
recombinação
PRINCIPAIS DOENÇAS
 Disenteria Amebiana ou Amebíase
 Agente etiológico: Entamoeba histolytica (Classe Sarcodina), a
popular ameba.
 Contágio: ingestão de água ou alimentos contaminados por cistos
de E. histolytica.
 Os cistos são dotados de uma parede espessa e pode sobreviver
por muito tempo fora do intestino do hospedeiro.
 Eles duram em média 30 dias na água, 12 dias em fezes frescas,
24 horas em pães e bolos e 20 horas em laticínios.
 Os cistos atravessam a parede gástrica e na cavidade intestinal
sofrem desencistamento e liberam os trofozoítos.
 Os trofozoítos se alimentam de sangue e continuar parasitando o
intestino.
 Alguns trofozoítos sofrem encistamento originando cistos que serão
eliminados com as fezes.
 Eventualmente, os trofozoítos podem, através da corrente
sanguínea, atingir e causar lesões em outros órgãos, como
pulmões, fígado e cérebro.
Ciclo da E. histolytica
Profilaxia
 Saneamento básico (construção
de fossas, tratamento e
distribuição de água, coleta e
tratamento de esgoto, coleta e
tratamento de lixo).
 Lavar bem as mãos antes e
após as refeições;
 Lavar bem frutas e hortaliças e
deixá-las de molho em uma
solução de água com água
sanitária (1 colher de sopa de
água sanitária de boa qualidade
para cada litro de água);
 Ferver (por pelo menos 20 min)
e filtrar águas de poço ou rios
antes de bebê-las;
 Evitar o contato direto e indireto
com fezes humanas (use
luvas!).
PRINCIPAIS DOENÇAS
 DOENÇA DE CHAGAS ou TRIPANOSSOMÍASE AMERICANA
 AGENTE ETIOLÓGICO: Trypanosoma cruzi Chagas, 1909.
 HOSPEDEIROS VERTEBRADOS: homem, gambás, morcegos,
roedores, tatus, tamanduás, macacos,
 HOSPEDEIROS INVERTEBRADOS: Triatoma infestans,
Panstrogylus megistus, Rhodnius prolixus,... (popularmente
chamados de barbeiros ou chupanças).
PRINCIPAIS DOENÇAS
Mecanismos de transmissão
 Transmissão pelo vetor (triatomíneo): a infecção
ocorre pela penetração de T.cruzi eliminados
nas fezes ou urina, durante o repasto
sanguíneo.
 Transfusão sanguínea.
 Transmissão congênita: de mãe para filho
através da placenta.
 Transmissão oral: amamentação (fase aguda),
alimentos contaminados com fezes ou urina de
barbeiros.
 Transplante.
Sintomas da fase aguda

 Pode ser sintomática ou assintomática.


 Manifestações locais: sinal de Romanã ou
chagoma de inoculação, que regridem em 1 ou
2 meses.
 Febre, edema localizado, hepatomegalia,
esplenomegalia e, ás vezes insuficiência
cardíaca e perturbações neurológicas.
 Miocardite aguda, que pode levar a morte.
Sintomas da fase crônica

 Fase indeterminada ou latente: 10 a 30 anos


assintomático.
 Cardiopatia chagásica crônica: insuficiência
cardíaca, arritmias, tromboembolia.
 Megaesôfago e megacólon.
 Perda ou diminuição de neurônios que pode
levar à isquemia.
Profilaxia
 Melhoria das habitações rurais;
 Combate ao barbeiro no interior dos domicílios e no peridomicílio;
 Controle do doador de sangue e de órgãos;
 Controle de transmissão congênita.
 NÃO HÁ VACINA.

TRATAMENTO

 Continua parcialmente ineficaz.


 Alguns medicamentos são utilizados para amenizar os sintomas.
Malária, impaludismo, maleita ou febre intermitente

 Doença causada por protozoários


esporozoários.
 A malária é uma doença que acomete o homem
desde a pré-história.
 Chegou as Américas em viagens transpacíficas
em tempos remotos, bem como viagens de
colonizadores espanhóis e portugueses a partir
do século XVI.
Agentes etiológicos no Brasil:
 Plasmodium vivax: acessos febris de 48 em 48 horas (febre terçã
benigna – ocorre de 3 em 3 dias).
 Plasmodium malariae: acessos febris de 72 em 72 horas (febre
quartã benigna – ocorre de 4 em 4 dias).
 Plasmodium falciparum: acessos febris irregulares, de 36 a 48
horas (febre terçã maligna, pois as hemácias parasitadas aglutinam-
se e provocam a obstrução de vasos, podendo levar o indivíduo à
morte).
Espécies transmissoras no Brasil

Anopheles albitarsis

Anopheles aquasalis

Anopheles darlingi
Ciclo de vida do Plasmodium
Modos de Transmissão
 Natural: através da fêmea do Anopheles
contaminada.
 Induzida: transfusão de sangue; uso
compartilhado de agulhas e/ou seringas
contaminados; malária adquirida no momento
do parto(congênita) e acidentes de trabalho em
pessoal de laboratório ou hospital.
 Cerca de 40% da população mundial vive em áreas com risco de
transmissão de malária, resultando em não menos que 300 milhões
de pessoas infectadas no mundo a cada ano.
 Mais de três mil crianças morrem de malária por dia na África,
segundo um relatório da OMS e da Unicef divulgado no Dia
Mundial da Malária.
PROFILAXIA
 Tratamento dos doentes.
 Medidas de controle populacional dos mosquitos.
 Não há vacina eficiente.

TRATAMENTO
 Medicamentos à base de quinino, que destrói os
protozoários presentes no sangue, mas não afeta aos
alojados no fígado.
 Uso contínuo de quinino tem selecionado cepas
resistentes ao medicamento.
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA (úlcera-
de-Bauru)

 Agente etiológico:o
protozoário flagelado
Leishmania braziliensis
 Transmissor: fêmea do
mosquito do gênero
Lutzomyia (Phebotomus),
conhecido popularmente
como mosquito-palha,
cangalhinha ou birigüi.
 O mosquito é silvestre,
podendo ser encontrados
em tocas de animais.
 Gostam de lugares com
pouca luz, úmidos, sem
vento e que tenham
alimento por perto. Para
seu desenvolvimento
requerem temperaturas
entre 20 e 30ºC, umidade
superiores a 80% e
matéria orgânica.
 Picam a partir do por do
Sol até de madrugada.
 A doença originariamente estava restritra ao ambiente
silvestre ou em pequenas localidades rurais.
 Todavia, as transformações ocorridas no meio ambiente,
como desmatamento, expansão das áreas urbanas e
condições precárias de habitação e saneamento, estão
causando uma incidência crescente desta enfermidade
em centros urbanos de médio porte, em área domiciliar
ou peri-domiciliar.
 É um crescente problema de saúde pública no país e
em outras áreas do continente americano, sendo uma
endemia em franca expansão geográfica.
 Reservatórios naturais: São mamíferos silvestres como
roedores, gambás, raposas, tamanduá, bicho-preguiça e
mamíferos domésticos como cães e gatos.
Ciclo evolutivo da úlcera-de-Bauru
Sintomas
 Há o aparecimento de pequena lesão no local da picada do vetor,
onde há multiplicação do protozoário.
 Posteriormente há formação de um nódulo que dá origem a uma
úlcera.
 A lesão inicial pode ser única ou múltipla, dependendo do número
de picadas infectantes.
 Podem ocorrer lesões mucosas, na maioria das vezes secundária
às lesões cutâneas, surgindo geralmente meses ou anos após a
resolução das lesões de pele.
 São mais frequentemente acometidas as cavidades nasais,
seguidas da faringe, laringe e cavidade oral.
Leishmaniose Mucocutânea Parasita, vetor e ferida típica da
leishmaniose tegumentar

Leishmaniose Visceral Úlcera


Profilaxia
 Proteção individual,
quando frequentar a mata
(usar roupas adequadas e
repelentes);
 Tratamento dos doentes;
 Eliminação dos cães com
feridas suspeitas;
 Controle dos mosquitos
nas habitações, através de
inseticida e tela nas casas.
 Construção de casas a
100 m da orla da mata.
 Controle da população
canina errante.
 Há vacina.
Toxoplasmose
 Agente etiológico: esporozoário Toxoplasma gondii.
 Hospedeiro definitivo: gato.
 Hospedeiros intermediários: mamíferos e aves.
 Os gatos se tornam infectados após a ingestão de animais caçados, ou de carne
crua contendo os trofozoítos.
 Após a infecção, os gatos eliminam oocistos em suas fezes, durante uma ou
duas semanas.
 Os oocistos se tornam infectantes em dois ou três dias, e podem sobreviver no
ambiente por diversos meses.
 Ingestão direta dos oocistos infectantes existentes no solo (crianças com as
mãos sujas de terra) ou através de alimentos (saladas mal lavadas, moscas);
 Ingestão de carne crua ou mal passada de animais infectados (bois, carneiros e
porcos);
 De mãe para filho, por via transplacentária;
 Transplante de órgãos.
Sintomas
 Em pessoas com defesas imunes normais, até 90% de casos de
toxoplasmose não causam qualquer sintoma, assim a infecção
frequentemente não é reconhecida.
 Nos relativamente poucos casos nos quais os sintomas se
desenvolvem, os mais comuns são: inchaço indolor dos linfonodos,
dores de cabeça, mal-estar, cansaço, febre baixa.
 No entanto alguns pacientes podem apresentar febre, dores nos
músculos e articulações, cansaço, dores de cabeça e alterações
visuais, quando ocorre comprometimento da retina,dor de garganta,
surgimento de pontos avermelhados difusos por todo o corpo (
como uma alergia, urticária) e aumento do fígado e do baço; menos
comumente ocorre inflamação do músculo do coração.
 A corioretinite pode provocar visão borrada e pontos cegos no
campo visual que podem permanecer ou até levar à cegueira do
olho comprometido se não adequadamente tratado.
 Após uma fase aguda de infecção, a doença fica latente, como se
estivesse “adormecida” assim permanecendo para sempre ou
podendo reapresentar-se mais adiante espontaneamente ou como
decorrência de uma queda do nível de imunidade
Bebê com hidrocefalia decorrente da
infecção da mãe por toxoplasmose
Toxoplasmose congênita
 A importância da doença durante a gestação é o risco elevado de
comprometimento fetal.
 Pode ocorrer: abortamento, crescimento intra-uterino retardado (o
feto cresce menos que o normal), morte fetal (morte após 20
semanas de gestação), prematuridade (nascimento antes de 37
semanas);
 malformações diversas: microftalmia (olhos pequenos), micro-
encefalia (cabeça pequena), hidrocefalia, retardo mental,
pneumonite, hepato-esplenomegalia (aumento com alteração da
função do fígado e do baço), lesões de pele e calcificações dentro
do cérebro.

PROFILAXIA

 Atenção médico-veterinária a animais domésticos e de criação;


 Remoção cuidadosa de fezes de gatos, com o uso de luvas e
desinfecção de locais em que foram depositadas;
 Não consumir carnes cruas ou malcozidas, (deve ser submetida a
um tratamento térmico de no mínimo 60°C por 20 min, garantindo
que o calor penetre igualmente por todo o alimento).
Giardíase
 Agente: Giárdia lamblia.
 Sintomas: diarreia e dor na região abdominal, flatulência e anorexia
(que pode gerar perda de peso e anemia).
 Infecção: contado direto ou indireto com as fezes de pessoas
infectadas. A contaminação indireta ocorre através da ingestão de água
e alimentos contaminados.
 Profilaxia: adoção de medidas preventivas como a ingestão somente
de água filtrada, saneamento básico, lavar bem as mãos após utilizar o
banheiro, higienizar frutas, legumes e verduras.
Tricomoníase
 Agente: Tricomonas vaginalis.
 Sintomas: nas mulheres, desconforto ao na micção e um prurido
(coceira) vaginal. Nos homens, é assintomático.
 Infecção: relações sexuais desprotegidas..
 Profilaxia: uso de preservativos.
Exercício 1

(Unicamp-SP) O processo de regeneração pode ocorrer tanto em organismos uni


como pluricelulares, conforme já demonstrado em vários experimentos. A
apresentação do resultado de um desses experimentos pode ser observado na figura
A, que mostra a regeneração de apenas um fragmento da alga unicelular
acetabulária. A figura B mostra a regeneração de todos os fragmentos de uma
planária (platelminto).

a) Por que no experimento com acetabulária não houve regeneração de todos os


segmentos?
b) Explique por que o processo de regeneração das planárias difere do ocorrido na
acetabulária.
Exercício 2

(UNISA) A definição "abertura permanente da membrana, permitindo a ingestão de


partículas alimentares" aplica-se a:

a) citopígeo.
b) citofaringe.
c) citoprocto.
d) citóstoma.
e) peristoma.
Exercício 3

Indique a correspondência falsa entre órgãos de animais superiores e organelas de


protistas:

a) vacúolo digestivo - estômago;


b) vacúolo pulsátil - coração;
c) vacúolo contráctil - rim;
d) citóstoma - boca;
e) citopígeo - ânus.
Exercício 4

(AGRONOMIA) Determinados indivíduos, quando são picados por um inseto do


gênero Anopheles, em seguida apresentam uma doença conhecida vulgarmente
pelos nomes de: malária, maleita, impaludismo ou febre intermitente. Conclui-se que
este indivíduo apresenta um parasita chamado:

a) Plasmodium.
b) Trypanosoma.
c) Leishmania.
d) Paramecium.
e) n.d.a.
Exercício 5

(FAAP) Se um indivíduo com a malária coabitar com pessoas sadias, a transmissão


da doença poderá ocorrer através:

a) do uso de instalações sanitárias;


b) do contágio direto;
c) das picadas de algumas espécies de mosquito;
d) da ingestão de alimentos contaminados pelo doente;
e) das fezes de algumas espécies de insetos (como a mosca doméstica, por
exemplo).
Exercício 6

(UNICAMP-SP) Uma certa quantidade de água de lagoa com amebas foi colocada
em frasco numerados de 1 a 5. Foram adicionadas quantidades crescentes de sais a
partir do frasco 2 até o frasco 5. Observando-se, em seguida, em seguida, as amebas
ao microscópio, constatou-se uma gradual diminuição da velocidade de formação de
vacúolos pulsáteis a partir do frasco 2. No frasco 5 não se formaram esses vacúolos.

a) O que aconteceria se as amebas do frasco 1 não tivessem a capacidade de formar


vacúolos? Por quê?
b) Por que no frasco 5 não se formaram vacúolos?

Respostas

a) Elas estourariam, pois muita água penetra por osmose na célula através da
membrana plasmática.

b) Porque o meio externo tornou-se isotônico com relação ao meio interno, a


quantidade de água que entra e sai das amebas é a mesma.
Exercício 7

(VUNESP-SP) O mal de Chagas é uma doença que afeta grande número de pessoas
em áreas rurais do Brasil. Sobre essa doença, responda as se¬guintes questões:

a) Como essas pessoas são infectadas?


b) Qual o agente transmissor?
c) Qual órgão do corpo é afetado pelo agente patogênico?
d) Qual a medida profilática para erradicar a doença?
Respostas

a) As pessoas são infectadas por meio das fezes que o percevejo barbeiro (triatomídeo)
deposita na pele da pessoa, ao picá-la para sugar o sangue. Ao coçar, o indivíduo transfere o
protozoário que se encontrava nas fezes do inseto para as lesões na pele, permitindo que ele
atinja a corrente sanguínea.
b) O agente transmissor é o inseto (percevejo), conhecido como barbeiro, chupança, procotó ou
bicho-de-parede.
c) O agente patogênico pode atingir vários órgãos (como fígado, intestino (colo), esôfago, entre
outros), mas afeta, principalmente, o coração.
d) Deve-se combater o percevejo barbeiro com inseticidas, tratar os doentes, substituir as casas
de pau-a-pique por alvenaria (sem esconderijos para o inseto), usar cortinados de filó sobre as
camas, além de portas e janelas protegidas por telas e ter cuidado com as transfusões de
sangue.
Exercício 8

(UFG) Os protozoários são organismos unicelulares e predominantemente


heterotróficos, com maioria de vida
aquática e apresentam diversificadas relações com os demais seres vivos. Esses
organismos, embora unicelulares, são complexos, pois desempenham todas as
funções de animais pluricelulares, como a respiração, a alimentação e a
reprodução. Em uma experiência laboratorial, protozoários coletados em uma represa
foram colocados num recipiente com água do mar. Dessa forma, explique: (6 escores)

a) Determine o que acontecerá a esses protozoários. (3 escores)


b) Explique o mecanismo celular relacionado a essa experiência. (3 escores)

Respostas

a) Protozoários de água doce possuem citoplasma hipotônico em relação à água do


mar, sendo que, nesse caso, a célula (protozoário) murcharia em função da maior
saída de água para o meio externo (água do mar).
b) Trata-se de um mecanismo de osmorregulação, com transporte passivo e seletivo,
denominado osmose, no qual apenas o solvente (água) se difunde pela membrana
celular.
Exercício 9

(UNICAMP-SP) "Com 12 mil habitantes e arrecadação mensal de R$ 120 mil, Gouveia, no Alto Jequitinhonha,
norte mineiro, tornou-se referência nacional em saúde pública (...). Até 1979, 42% das casas de Gouveia
tinham barbeiros (...) e 22% dos moradores estavam doentes. Em 1995, a Prefeitura anunciou que não houve
nenhum novo caso de Doença de Chagas, graças, sobretudo à água potável e à rede de esgotos"
(Adaptado do artigo Cidade com pouco recurso é modelo de saúde em MG, Ecologia e Desenvolvimento, nº 59, 1996).

a) A erradicação da Doença de Chagas em Gouveia não pode ser atribuída às causas apontadas pelo artigo.
Indique uma forma eficaz de combate a essa doença que possa ter sido utilizada nesse caso.
b) Qual o mecanismo natural de transmissão da Doença de Chagas para o ser humano?
c) Cite duas doenças parasitárias cuja incidência possa ter diminuído como conseqüência da melhoria nas
redes de água e esgotos.
Respostas
a) Realmente, a erradicação da doença citada não pode ser atribuída ao uso de água potável e
à rede de esgoto porque as ações eficazes no combate à doença de Chagas são: eliminar o
transmissor (barbeiro) com o uso de inseticidas; melhorar as condições de moradia, substituindo
as casas de pau-a-pique rebocadas com barro, por moradias de alvenaria. O simples uso de
reboco (cal) nas paredes das casas já dificulta a sobrevivência do barbeiro.

b) A transmissão se dá por meio das fezes que o barbeiro deposita na pele da pessoa, ao picá-la
para sugar o sangue; ao coçar , o indivíduo transfere o protozoário que se encontrava nas fezes
do inseto para as lesões na pele, permitindo que ele atinja a corrente sanguínea.

c) Citam-se: amebíase, giardíase, cólera (bactéria), ascaridíase, cisticercose humana, teníase,


ancilostomose, hepatite (vírus), entre outras.

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