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TIPOS DE LAJES

LAJES MACIÇAS (CONVENCIONAIS)


Lajes Maciças
• Armadas em uma
ou duas direções
• Cálculo dos
esforços por meio
de tabelas
(esforços nas
duas direções)
• Dimensionamento
das armaduras
positivas e
negativas.
Discretização do
Lajes Maciças pavimento
Armaduras positivas e
Lajes Maciças negativas
Instalações embutidas
Lajes Maciças
Concretagem
Lajes Maciças
LAJES PRÉ-FABRICADAS
Lajes Treliçadas

- Capazes de vencer grandes vãos;


- Baixo peso próprio;
- Melhor aderência concreto-viga;
- Possibilita parede sobre a laje desde que
tenha sido previamente definida;
- Economia de escoramento e de fôrmas;
- Melhor isolamento termo-acústico utilizando
como enchimento o EPS
Lajes Treliçadas

Unidirecional Bidirecional
Lajes Treliçadas

Detalhe da laje
nervurada bidirecional
Detalhes
Detalhes
Detalhes
Detalhes – apoio em vigas
Lajes Pré-moldadas (convencionais)

Variação das alturas de uma laje


pré-fabricada comum.
Lajes Pré-moldadas (convencionais)
- Utilizadas há anos em todo o Brasil;
- Limitações à baixa sobrecarga e
incapacidade de vencer grandes vãos;
- Baixa aderência entre concreto da
capa e viga (uso de desmoldante);
- Não permite cargas concentradas sobre
a laje. Exemplo: parede sobre a laje;
- Vantagem: baixo custo produtivo.
Materiais de
Enchimento
EPS (isopor)

Cerâmica
LAJES NERVURADAS
Definição: A laje nervurada é constituída
por um conjunto de vigas que se
cruzam, solidarizadas pela mesa.

Objetivo:

Eliminação de concreto abaixo da linha neutra,


propiciando redução do peso próprio e melhor
aproveitamento do aço e do concreto.
Dimensionamento:
Como laje maciça, respeitados certos
espaçamentos e espessuras.

• MESA: camada de concreto comprimido;


• NERVURAS: região tracionada onde é
posicionada a armadura.
• MATERIAL DE ENCHIMENTO: substituição do
concreto, sem função estrutural.
Critérios de projeto:
Dependem do espaçamento e entre eixos
das nervuras:
Critérios de projeto:
• Para e ≤ 65cm:
• flexão da mesa dispensada;
• cisalhamento da região das nervuras:
consideração dos critérios de laje;
• Para e entre 65 e 110cm:
• verificação da flexão da mesa;
• Cisalhamento: nervuras verificadas como
vigas. Permite-se esta verificação como
laje se e  90cm e bw  12cm;

• Para e > 110cm:


• A mesa deve ser projetada como laje
maciça, apoiada na grelha de vigas.
Materiais de Enchimento

Material plástico
Materiais de Enchimento

Material plástico
Materiais de Enchimento

Concreto
celular
autoclavado
LAJES PLANAS
Lajes Planas - considerações

Podem ser
com ou sem
capitéis.

• Não devem ser empregadas em qualquer


situação. Nos edifícios residenciais,
geralmente a disposição dos pilares
não é regular, podendo acarretar
situações anti-econômicas.
Lajes Planas - considerações
• Para garantir que não ocorra ruptura
por punção, estas lajes são
dimensionadas em função, justamente,
da resistência à punção nas ligações
com os pilares. São empregadas
algumas técnicas, como:
• utilização de capitéis,;
• aumento da espessura das lajes;
• utilização de armadura específica
para o cisalhamento.
Lajes Planas - considerações
• No caso de edifícios altos, a
ausência de vigas diminui a
estabilidade global diante de ações
horizontais. Portanto, a eficiência
de um sistema estrutural laje-pilar
sempre será inferior à de um sistema
aporticado, ou seja, de estruturas
convencionais tipo laje-viga-pilar,
sendo necessário vincular as lajes
sem vigas a núcleos rígidos ou
paredes estruturais, responsáveis
pela absorção das ações laterais.
Revista Téchne 97 – Abril/2005
Alerta! Deformações excessivas
Reportagem: Heloísa Medeiros

Profunda mudança na forma de construir


nos últimos 10 anos:
• O concreto evoluiu.
• As tipologias das estruturas são
mais arrojadas.
• As alvenarias são mais precisas.
Revista Téchne 97 – Abril/2005
Patologias devidas às deformações
imediata e lenta (fluência)

• Paredes de vedação estão se


rompendo.
• Trincas nas alvenarias são
visíveis.
• Problemas nos revestimentos são
mais freqüentes.
Revista Téchne 97 – Abril/2005

Paredes se
rompendo

Trincas na
alvenaria
Revista Téchne 97 – Abril/2005
Edifícios de hoje (estruturas mais
deformáveis):
• São mais altos e esbeltos.
• A concepção privilegia grandes vãos.
• Há menos pilares.
• As lajes possuem espessuras reduzidas.
• As alvenarias são mais rígidas com o
advento dos blocos vazados (mais
resistentes e de dimensões maiores),
reduzindo a capacidade das paredes de
absorver deformações.
Revista Téchne 97 – Abril/2005
Tipos mais comuns de patologias:

Alvenarias Fissuras, rompimento de parede

Empenamento de portas e
Caixilharia
janelas

Fissuras, destacamento do
Argamassas
revestimento

Danos em instalações embutidas


Instalações
nas alvenarias
Revista Téchne 97 – Abril/2005
A execução torna-se uma etapa
fundamental para minimizar as patologias
decorrentes de deformações. Depois de
fazer apologia do ciclo cada vez mais
curto, o mercado começa a rever esse
comportamento. Já existe a consciência
de que não se deve carregar a estrutura
precocemente e dar um tempo razoável
para que ocorram as reações do cimento.
Quanto mais curto o ciclo de execução,
mais a estrutura sofre.
Revista Téchne 97 – Abril/2005
Valério Paz Dornelles, da Tecno Logys,
empresa especializada em projeto e
execução de alvenarias:
"O enxugamento talvez tenha ido além
da conta. Algumas construtoras já
reduziram a velocidade das obras para
cerca de três lajes por mês, para
ganhar em qualidade. Outras até
voltaram a fazer o transporte manual
do concreto, para não utilizar
concreto bombeável, que tem grande
resistência à compressão, mas módulo
de deformação menor.”
Revista Téchne 97 – Abril/2005

Ricardo França, da França e Associados


"Levar em consideração apenas a
resistência à compressão já não é
mais suficiente para prever o
comportamento da estrutura. Nas
novas tipologias construtivas, o
módulo de elasticidade, a
resistência à tração e a fluência
se tornam mais importantes"
Revista Téchne 97 – Abril/2005

Milton Rontani, mestrando do IPT:

“As deformações estruturais


iniciais tendem a ser maiores em
função do aumento da velocidade de
execução da estrutura, períodos
menores de escoramento e início
antecipado das alvenarias."
Revista Téchne 97 – Abril/2005

Nelson Gomes, projetista de estruturas:


“Quando os edifícios eram mais
baixos e tinham vãos menores, não
havia tantos problemas. Depois,
tornou-se uma questão séria. Por
isso, sou contra a apologia dos
grandes vãos e poucos pilares.”
Revista Téchne 97 – Abril/2005

Nelson Gomes, projetista de estruturas:


“Outra causa importante das
deformações é o concreto. Antes, o
concreto na obra tinha brita 1 e brita
2, o que influi bastante no módulo de
elasticidade. Hoje, o concreto é um
argamassão, com pouca brita, que
precisa deslizar para que possa ser
bombeado, além de ter muito
superplastificante.”
Revista Téchne 97 – Abril/2005
Paulo Sanchez, diretor da Sinco
Construtora, de São Paulo:
“Assim que a construtora constatou
problemas com a alvenaria, ampliou o
tempo de escoramento de lajes e
vigas.”
“A cura é um ponto fundamental. Para o
concreto atingir as características
contratadas e para que o cimento
consiga ter tempo para desenvolver
todas as suas propriedades, a Sinco
realiza cura úmida.
Revista Téchne 97 – Abril/2005
Paulo Sanchez, diretor da Sinco
Construtora, de São Paulo:

“Tanto as deformações lentas


quanto as instantâneas são uma
preocupação de todas as
construtoras hoje em dia.”
Estudo Experimental
Aline P. de Azevedo

João Bento de Hanai

Cadernos de Engenharia de Estruturas, São Carlos, n. 21 ( 2003)


Estudo Experimental
F. I. M.

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