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Apostila de Geometria Analítica

Professor: Leonardo Tizatto Weinfurter


1ª Versão - 2021
1. Ângulos e Trigonometria
1.1. Ângulos
Ângulo é a medida entre dois segmentos e reta ou semi reta.

Θ é o ângulo entre as retas AO e OB


Um ângulo pode ser expresso em Graus [°] ou em Radianos [rad]. A medida grau é um
arco unitário igual a 1/360. Por este motivo uma circunferência possui 360°. E o radiano
é a razão do comprimento de um arco unitário pelo seu raio. Assim temos as relações:
360° = 2 𝜋 𝑟𝑎𝑑
180° = 𝜋 𝑟𝑎𝑑
Lembrando que π é uma constante igual a 3,14...
Demonstração de quanto vale 1° em rad
Exercícios de Conversão
1.2. Trigonometria
Trigonometria estuda as relações entre ângulos e os lados de um triangulo retângulo.
Representação de um triângulo retângulo:

Características do triângulo retângulo:


• Possuí um ângulo de 90°;
• A soma de seus ângulos internos sempre resulta em 180°.
𝜃 + 𝛼 + 90° = 180°
Ou simplificando
𝜃 + 𝛼 = 90°
Denominamos seus lados como:
• Cateto Oposto: Lado oposto ao ângulo de referência;
• Cateto Adjacente: Lado adjacente (que acompanha) o ângulo de referência;
• Hipotenusa: Lado sempre oposto ao ângulo de 90°.
Identificar os lados para os ângulos θ e α
Relação de Pitagoras no triângulo retângulo:
“A soma dos catetos ao quadrado é igual a hipotenusa ao quadrado”
𝑎2 + 𝑏 2 = 𝑐 2
Exercícios
1.2.1. Razões trigonométricas no triângulo retângulo
Definidas como seno, cosseno e tangente. Elas relacionam os lados do triângulo “a,b e c”
com seus ângulos “θ e α”.

• Seno: é a razão entre o cateto oposto e a hipotenusa do ângulo de referência;


o Para o ângulo θ:
𝑏
sen θ =
𝑐
o Para o ângulo α:
𝑎
sen α =
𝑐
• Cosseno: é a razão entre o cateto adjacente e a hipotenusa do ângulo de referência;
o Para o ângulo θ:
𝑎
cos θ =
𝑐
o Para o ângulo α:
𝑏
cos α =
𝑐
• Tangente: é a razão entre o cateto oposto e o cateto adjacente;
o Para o ângulo θ:
𝑏
tan θ =
𝑎
o Para o ângulo α:
𝑎
tan α =
𝑏
Outras razões
• Secante
1
sec =
𝑐𝑜𝑠
• Cossencante
1
𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 =
𝑠𝑒𝑛
• Cotangente
1
𝑐𝑜𝑡𝑎𝑛 =
𝑡𝑎𝑛
Exercícios
• Relação entre seno e cosseno:
𝑠𝑒𝑛2 + 𝑐𝑜𝑠 2 = 1
• Razões em um triângulo com catetos iguais
Um triângulo com catetos iguais é denominado de triângulo retângulo isósceles.

Demonstrar relação da diagonal deste triângulo, D = Cateto.Raiz (2)


Como o cateto oposto e adjacentes são iguais, os seus ângulos opostos também serão.
Sendo a soma dos ângulos igual a 180°:
𝜃 + 𝜃 + 90° = 180°
2. 𝜃 = 90°
∴ 𝜃 = 45°
As razões trigonométricas para este triângulo:

𝑎 𝑎 1 √2
𝑠𝑒𝑛 45° = = = =
𝑐 𝑎√2 √2 2

√2
𝑐𝑜𝑠 45° = 𝑠𝑒𝑛 45° =
2
𝑎
tan 45° = =1
𝑎
1.2.2. Razões trigonométricas em triângulos quaisquer

• Lei dos Cossenos


Considerando o triângulo

Sendo:
α < 90°
𝑚+𝑛 =𝑐
∴𝑛 =𝑐−𝑚
Para o 1º triângulo:
𝑎 2 = 𝑚 2 + ℎ2
Para o 2º triângulo:
𝑏 2 = ℎ2 + 𝑛2
Igualando ℎ2 = ℎ2 , chegamos a:
𝑎 2 − 𝑚 2 = 𝑏 2 − 𝑛2
Substituindo n
𝑎2 − 𝑚2 = 𝑏 2 − (𝑐 − 𝑚)2
𝑎2 − 𝑚2 = 𝑏 2 − 𝑐 2 + 2. 𝑐. 𝑚 − 𝑚2
𝑎2 = 𝑏 2 − 𝑐 2 + 2. 𝑐. 𝑚
Do 1º triângulo temos o cosseno:
𝑚
cos α =
𝑎
∴ 𝑚 = 𝑎. cos 𝛼
Substituindo m e ordenando a equação ficamos com:
𝑏 2 = 𝑎2 + 𝑐 2 − 2. 𝑐. 𝑎. cos 𝛼
Esta equação determina o comprimento do lado oposto ao ângulo referenciado. Ela
funciona para qualquer lado, se alterado o ângulo corretamente.
Exercício
• Lei dos senos
Considerando o triângulo em uma circunferência circunscrita.

No triângulo retângulo pontilhado temos:


𝑎
𝑠𝑒𝑛 𝛼′ =
𝐷
𝑎
∴𝐷=
𝑠𝑒𝑛 𝛼′
Para todo triângulo inscrito nesta mesma circunferência a razão entre os comprimentos
de um lado pelo seno do ângulo oposto é igual ao diâmetro, sendo assim:
𝑎 𝑐 𝑏
𝐷= = =
𝑠𝑒𝑛 𝛼 𝑠𝑒𝑛 𝛾 𝑠𝑒𝑛 𝛽
Exercício
1.2.3. Razões trigonométricas na circunferência
Consideramos uma circunferência com raio igual a 1. Neles definimos que o eixo x é o
eixo dos cossenos, o eixo y é o eixo dos senos. A reta que passa no ponto (1;0) e paralelo
ao eixo y é denominado de eixo as tangentes.
Considerando o ponto P no 1° Quadrante da circunferência:

Por convenção o sentindo do ângulo é sempre positivo quando anti-horário e negativo no


sentido horário. O ponto P possuirá 2 imagens sobre os eixos, Px e Py. Como podemos
reparar há a formação de um triângulo retângulo dentro da circunferência. E com isso
podemos afirmar que:
𝑃𝑥 = 𝑅. cos 𝛼
Para este caso Px é crescente e positivo;
𝑃𝑦 = 𝑅. 𝑠𝑒𝑛 𝛼
E Py é crescente e positivo;
A tangente será a interseção da reta P no eixo da tangente em que:
𝑃𝑡 = tan 𝛼
𝑃𝑦
𝑜𝑢 𝑃𝑡 =
𝑃𝑥
E para este caso a tangente é crescente e positiva. (Demonstrar no SpaceClain)
Fazer o mesmo para o 2°, 3° e 4° quadrante e mostrar que a tangente de 90° e 270° não
existe.
Assim os sinais dos senos, cossenos e tangente são:

2. Cálculo de Parábolas
Parábolas são figuras com concavidade, representadas em 2 dimensões. Elas podem ser
orientadas pelo eixo x ou y em um plano cartesiano.

Identificando na parábola:
𝐹 = 𝐹𝑜𝑐𝑜
𝑑 = 𝑅𝑒𝑡𝑎 𝐷𝑖𝑟𝑒𝑡𝑟𝑖𝑧
𝑉 = 𝑉é𝑟𝑡𝑖𝑐𝑒
𝑝 = 𝑝𝑎𝑟â𝑚𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜
O foco (F) é o ponto central onde as retas perpendiculares a curva da parábola se
coincidem. A reta diretriz (d) é uma região onde, a distância entre um ponto qualquer na
parábola e a reta diretriz é a mesma entre o ponto e o foco (F). Vértice (V) é o extremo
inferior ou superior da parábola e ponto mais próximo a reta diretriz. E o parâmetro (p) é
a distância entre o foco e a diretriz.
Para as parábolas orientadas pelo eixo y. Chamamos de equação reduzida da parábola:
𝑥 2 = 2. 𝑝. 𝑦
A constantes p e a variável y possuirão sempre o mesmo sinal. Quando p > 0 e y > 0 a
concavidade da parábola é voltada para cima, se p < 0 e y < 0 ela é voltada para baixo.
Caso o vértice da parábola não se localize na origem do plano cartesiano, as constantes h
e k são adicionados a equação:
(𝑥 − ℎ)2 = 2. 𝑝. (𝑦 − 𝑘)
Demonstrar
Para parábolas com a concavidade orientadas para o eixo x:
𝑦 2 = 2. 𝑝. 𝑥
A constantes p e a variável x possuirão sempre o mesmo sinal. Quando p > 0 e x > 0 a
concavidade da parábola é voltada para a direita, se p < 0 e y < 0 ela é voltada para a
esquerda. E de forma análoga ao caso anterior, para parábolas com vértice fora de sua
origem, a equação fica:
(𝑦 − 𝑘)2 = 2. 𝑝. (𝑥 − ℎ)
Exercícios
3. Cálculo de Circunferências
Considerando a círculo de raio R

Definimos que seu diâmetro é:


𝐷 = 2. 𝑅
Sua área pode ser determinada por:

2
𝜋. 𝐷2
𝐴 = 𝜋. 𝑅 𝑜𝑢 𝐴 =
4
Sua circunferência ou perímetro:
𝐶 = 2. 𝜋. 𝑅 𝑜𝑢 𝐶 = 𝜋. 𝐷
3.1. Arcos
Considerando o arco de raio R:

Circunferência do arco ou seu comprimento é:


𝑐 = 𝑅. 𝜃
Mostrar a relação com a circunferência do círculo.
Exercício
4. Cálculo de Elipses
Elipse é uma figura geométrica formada por um conjunto de pontos com dois focos, em
que soma da distância dos pontos aos focos é sempre constante.

Características importantes:
𝐶 = 𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜
𝐹1 𝑒 𝐹2 = 𝐹𝑜𝑐𝑜𝑠
2𝑐 = 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑓𝑜𝑐𝑎𝑙
2𝑎 = 𝐸𝑖𝑥𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
2𝑏 = 𝐸𝑖𝑥𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
𝑐
𝑒 = 𝑒𝑥𝑒𝑛𝑡𝑟𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑎

A1, A2, B1 e B2 são os vértices.


A distância do foco 1 (F1) até a borda em um ponto P e do foco 2 (F2) até o mesmo ponto
sempre será igual ao eixo maior (2a):
Da figura temos:
𝑑1 + 𝑑2 = 2𝑎
𝑑3 + 𝑑4 = 2𝑎
∴ 𝑑1 + 𝑑2 = 𝑑3 + 𝑑4
A equação reduzida da elipse
• Orientadas sobre o eixo x:
𝑥2 𝑦2
+ =1
𝑎2 𝑏 2
o Com centro deslocado da origem:
(𝑥 − ℎ)2 (𝑦 − 𝑘)2
+ =1
𝑎2 𝑏2
• Orientadas sobre o eixo y:
𝑥2 𝑦2
+ =1
𝑏 2 𝑎2
o Com centro deslocado da origem:
(𝑥 − ℎ)2 (𝑦 − 𝑘)2
+ =1
𝑏2 𝑎2
Com essas equações é possível construir elipses a parir de seu cetro e de qualquer outro
ponto. As constantes h e k são as distâncias do centro da elipse, sendo k no eixo y e h no
eixo x, a origem do sistema.
Exercício
5. Secções Cônicas
São interações de um plano em um cone, formando as geometrias vistas anteriormente.
O cone é uma geometria formada por uma reta chamada geratriz que gira com um eixo
de simetria.
• Quando passamos um plano perpendicular ao eixo de simetria temos a formação
de uma circunferência;

• Quando passamos um plano oblíquo ao eixo de simetria temos a formação de uma


elipse;
• Quando passamos um plano paralelo a geratriz temos a formação de uma
parábola;

• Quando passamos um plano paralelo ao eixo de simetria temos a formação de uma


hipérbole;

Demonstração no Inventor
6. Coordenadas Cartesianas
É um sistema para localizar e especificar pontos, podendo formar geometrias e gráficos.
Um sistema de coordenadas pode ser definido em 2 dimensões ou 3.
A letras x, y e z definem os eixos que ajudarão a definir as coordenadas de um ponto. Eles
podem possuir graduação diferentes ou iguais, dependendo do que se deseja expressar.
Uma coordenada costuma ser expresso da forma:
𝐶(𝑥; 𝑦) 𝑜𝑢 𝐶(𝑥; 𝑦; 𝑧)
Exemplo:
O ponto C (7;5) está localizado em x=7 e y=5.
Lembrando que x, y e z podem assumir valores negativos.
Exercícios
7. Coordenadas Polares
Criada para simplificar e facilitar as coordenadas cartesianas, principalmente quando se
deseja trabalhar com ângulos, raios e circunferências. As coordenadas passam a ser
definidas por:
𝐶 (𝑟; 𝜃; 𝑧)
Onde, θ é um ângulo e r o raio. A representação das coordenadas polares no plano de 2
dimensões:

Em que é possível converter os valores polares e cartesianos:


𝑥 = 𝑟. cos 𝜃
𝑦 = 𝑟. 𝑠𝑒𝑛 𝜃
Coordenadas polares em 3 dimensões:
Exercícios
8. Equação reduzida da reta
Considerando um plano cartesiano de 2 dimensões, contendo os pontos A e B:

Definimos os pontos como:


𝐴 (𝑥1 ; 𝑦1 )
𝐵 (𝑥2 ; 𝑦2 )
Entre os dois pontos é possível definir uma reta, que estará limitada pelos pontos A e B.
Se observamos é possível formar um triângulo retângulo em que as distâncias x1 – x2 e y1
– y2 são os catetos dele. Definimos como coeficiente angular (a), a tangente do ângulo
formado da reta com o eixo x.

(𝑦2 − 𝑦1 )
∴ tan 𝜃 = = 𝑎 (𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟)
(𝑥2 − 𝑥1 )
Se estendermos a reta até ela cruzar o eixo y, ou seja, em x = 0, temos o coeficiente linear
(b). Assim definimos a Equação Reduzida da reta como:
𝑦 = 𝑎. 𝑥 + 𝑏
Onde a é o coeficiente angular e b o coeficiente linear.
Exercício
Desenhando uma reta no espaço x, y e z:

A reta AB é formada pelos pontos A, de coordenadas (x1;y1;z1), e B de coordenadas


(x2;y2;z2). É possível fazer projeções desta reta sobre o plano XY e XZ, mantendo as
coordenadas dos pontos.

Semelhante ao demonstrado com as retas de 2 dimensões, temos a Equação Reduzida da


Reta para 3 dimensões:
𝑦 = 𝑎. 𝑥 + 𝑏
𝑧 = 𝑚. 𝑥 + 𝑛
Onde
𝑎 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑋𝑌
𝑏 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟 𝑋𝑌
𝑚 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑋𝑍
𝑛 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟 𝑋𝑍
Exercícios
9. Estudo das superfícies quadráticas
Superfícies quadráticas podem ser divididas em quatro categorias, são elas:
• Centradas;
• Não centradas;
• Cônicas;
• Cilíndrica;
Em todas estas categorias, as equações são simplificações da equação:
𝑎. 𝑥 2 + 𝑏. 𝑦 2 + 𝑐. 𝑧 2 + 2. 𝑑. 𝑥. 𝑦 + 2. 𝑒. 𝑥. 𝑧 + 2. 𝑓. 𝑦. 𝑧 + 𝑚. 𝑥 + 𝑛. 𝑦 + 𝑝. 𝑧 + 𝑞 = 0
As letras a, b, c, d, e, f, m, n, p e q são constantes, sendo a, b, c, d, e e f diferentes de 0. E
x, y e z são variáveis.
9.1. Superfícies quadráticas centradas
Estas possuem um centro e são descritas pela equação:
𝑥2 𝑦2 𝑧2
± ± ± =1
𝑎2 𝑏 2 𝑐 2
Como há apenas 3 coeficientes, é possível descrever 3 superfícies quadráticas centradas.
Sendo que se todos os sinais da equação forem negativos, não há formação de geometria.
As superfícies centradas são:
• Elipsoide;
• Hiperboloide de uma folha;
• Hiperboloide de duas folhas;

9.1.1. Elipsoide

Formada quando todos os coeficientes da equação forem positivos, ou seja:

𝑥2 𝑦2 𝑧2
+ + =1
𝑎2 𝑏 2 𝑐 2

Onde a, b e c são os extremos da geometria.


Quando zeramos x, y ou z criamos traços sobre os planos. Por exemplo se z for igual a
zero, temos a formação de uma elipse sobre o plano XY:

Demonstração no inventor

𝑥2 𝑦2
+ =1
𝑎2 𝑏 2

Zerar z e mostrar que a fórmula atingida é igual a fórmula da elipse estudada


anteriormente.

Assim o elipsoide pode ser formado apenas fazendo a revolução de uma das elipses da
geometria. O mesmo acontece com x e y. Caso dois dos valores de a, b ou c forem iguais,
há a formação de uma circunferência. Por exemplo se z igual a zero e a=b, temos uma
circunferência no plano XY.

Demonstração no inventor

𝑥2 𝑦2
+ =1
𝑎2 𝑎2

𝑥 2 +𝑦 2 = 𝑎2

E quando os coeficientes a, b e c forem iguais, para x, y e z existentes, temos a formação


de uma esfera:

𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 = 𝑎2

Demonstração o inventor

Onde “a” será o raio da esfera.


9.2. Superfícies quadráticas não centradas
As superfícies não centradas são aquelas que não possuem um centro geométrico e
descritas pelas equações:
𝑥2 𝑦2
± ± = 𝑐𝑧
𝑎2 𝑏2
𝑥2 𝑧2
± 2 ± 2 = 𝑏𝑦
𝑎 𝑐
𝑦2 𝑧2
± ± = 𝑎𝑥
𝑏2 𝑐 2
9.2.1. Paraboloide Elíptico
Quando todos os sinais das equações acima forem todos positivos, temos a formação do
paraboloide elíptico.
𝑥2 𝑦2
+ + = 𝑐𝑧
𝑎2 𝑏2
𝑥2 𝑧2
+ 2 + 2 = 𝑏𝑦
𝑎 𝑐
𝑦2 𝑧2
+ + = 𝑎𝑥
𝑏2 𝑐 2
Em que os termos cz, by e ax indicam a orientação da geometria formada e os sinais de
c, b e a, indicaram o sentido dela como mostra a figura abaixo:

𝑥2 𝑦2
O caso acima é resultado da equação + 𝑎2 + 𝑏2 = 𝑐𝑧, com o coeficiente c positivo.
Notando que o sinal de z sempre será igual ao do coeficiente. O mesmo para as outras
equações. Isso acontece porque o lado direto da equação (cz, by e ax) sempre deve ser
maior que 0 ou com sinal positivo (Demosntrar)
Nota que as figuras formadas pelos planos, XZ e YZ são parábolas e pelo plano XY, serão
elipses ou circunferências quando os coeficientes do lado esquerdo da equação forem
iguais. (Demonstrar)
9.3. Superfícies Cônicas
A equação da superfície cônica é determinada por:
𝑥2 𝑦2 𝑧2
+ − =0
𝑎2 𝑏 2 𝑐 2
Em que o termo negativo, dará o sentido do cone no plano cartesiano. Para determinar as
retas geratriz que formam a geometria, basta zerar x ou y, resultando nas equações:
𝑏 𝑏
𝑦= 𝑧𝑒𝑦=− 𝑧
𝑐 𝑐
𝑎 𝑎
𝑥= 𝑧𝑒𝑦=− 𝑧
𝑐 𝑐
Quando a = b temos a formação de circunferências ao longo do eixo z. (Demonstrar no
inventor)
O mesmo ocorre para outras orientações, em basta trocar o sinal:
• Eixo x:
𝑥2 𝑦2 𝑧2
− + + =0
𝑎2 𝑏 2 𝑐 2
• Eixo y:
𝑥2 𝑦2 𝑧2
− + =0
𝑎2 𝑏 2 𝑐 2
9.4. Superfícies Cilíndricas
As superfícies cilíndricas são formadas por uma reta geratriz que percorre uma geometria
plana, chamada de diretriz, mantendo-se perpendicular a ela. A diretriz pode ser circular,
elíptica, hiperbólica ou parabólica.
10. Vetores
Vetores são retas que possuem módulo, direção e sentido. O módulo representa o
comprimento como grandeza escalar. A direção tem relação as componentes do plano
cartesiano, podendo ser unicamente x, y ou z, ou uma combinação destes. E o sentido
condiz ao sinal positivo ou negativo da direção anteriormente descrita.
O vetor é composto de vetores unitários que possuem as direções dos eixos cartesianos e
sentido positivo. Normalmente eles são denominados de i, j e k. O vetor unitário i tem
mesma direção do eixo x, j de y e k de z, sendo os sentidos sempre positivos:

Um vetor é representado matematicamente da seguinte forma:

𝑣⃗ = ±𝑎1 . 𝑖̂ ± 𝑎2 . 𝑗̂ ± 𝑎3 . 𝑘̂
Em que a1, a2 e a3 são constantes quaisquer que multiplicam os vetores unitários.
(Demonstração)
10.1. Operações Matemáticas
Assim como grandezas escaleres, vetores também podem ser somados, subtraídos e
multiplicados.
10.1.1. Soma e Subtração
Admitindo os vetores 𝑣⃗ e 𝑢
⃗⃗:

𝑣⃗ = 𝑎1 . 𝑖̂ + 𝑎2 . 𝑗̂ + 𝑎3 . 𝑘̂

⃗⃗ = 𝑏1 . 𝑖̂ + 𝑏2 . 𝑗̂ + 𝑏3 . 𝑘̂
𝑢
Para realizar uma soma ou subtração, deve-se fazer operação apenas nas constantes com
mesma dimensão (i, j e k), por exemplo:

⃗⃗ + 𝑣⃗ = (𝑏1 + 𝑎1 ). 𝑖̂ + (𝑏2 + 𝑎2 ). 𝑗̂ + (𝑏3 + 𝑎3 ). 𝑘̂


𝑢
O mesmo ocorre para a subtração

⃗⃗ − 𝑣⃗ = (𝑏1 − 𝑎1 ). 𝑖̂ + (𝑏2 − 𝑎2 ). 𝑗̂ + (𝑏3 − 𝑎3 ). 𝑘̂


𝑢
Tanto a soma, quanto a subtração, podem ser representadas vetorialmente, como as
imagens a seguir, note que para soma a ordem não faz diferença, porém na subtração a
ordem da operação altera o resultado:

10.1.2. Multiplicação ou divisão por um escalar


Multiplicar ou dividir um vetor por um escalar significa realizar a operação em cada um
dos componentes do vetor por uma constante, por exemplo:

𝑐. 𝑣⃗ = 𝑐. (𝑎1 . 𝑖̂ + 𝑎2 . 𝑗̂ + 𝑎3 . 𝑘̂)

𝑐. 𝑣⃗ = 𝑐. 𝑎1 . 𝑖̂ + 𝑐. 𝑎2 . 𝑗̂ + 𝑐. 𝑎3 . 𝑘̂
O mesmo ocorre para a divisão. (Exemplo)
10.1.3. Multiplicação Escalar de Vetores
Quando se multiplica dois vetores, em uma multiplicação escalar, o resultado obtido será
um número inteiro ou um escalar (por isso o nome). Nestes casos multiplica-se as
componentes com mesma direção, como a soma e a subtração. Exemplificando com os
mesmos vetores 𝑣⃗ e 𝑢
⃗⃗:

⃗⃗. 𝑣⃗ = (𝑏1 . 𝑖̂ + 𝑏2 . 𝑗̂ + 𝑏3 . 𝑘̂). (𝑎1 . 𝑖̂ + 𝑎2 . 𝑗̂ + 𝑎3 . 𝑘̂)


𝑢
⃗⃗. 𝑣⃗ = (𝑏1 . 𝑖̂. 𝑎1 . 𝑖̂) + (𝑏2 . 𝑗̂. 𝑎2 . 𝑗̂) + (𝑏3 . 𝑘̂ . 𝑎3 . 𝑘̂)
𝑢

⃗⃗. 𝑣⃗ = (𝑏1 . 𝑎1 . 𝑖̂ . 𝑖̂) + (𝑏2 . 𝑎2 𝑗̂. 𝑗̂) + (𝑏3 . 𝑎3 . 𝑘̂. 𝑘̂)


𝑢

Note que dentro de cada multiplicação temos as operações 𝑖̂. 𝑖̂, 𝑗̂. 𝑗̂ e 𝑘̂. 𝑘̂, esses resultados
são iguais a 1, ou seja:
𝑖̂. 𝑖̂ = 1
𝑗̂. 𝑗̂ = 1

𝑘̂. 𝑘̂ = 1
Assim a multiplicação fica igual a (Exercício):
𝑢
⃗⃗. 𝑣⃗ = (𝑏1 . 𝑎1 ) + (𝑏2 . 𝑎2 ) + (𝑏3 . 𝑎3 )
10.1.4. Multiplicação Vetorial
Diferente da multiplicação escalar, o resultado desta operação, resultara em um vetor.
Esse formará um ângulo de 90° com ambos os vetores multiplicados. E para operação o
ocorrer, é necessário que os dois vetores estejam em direções diferentes. Caso a direção
seja a mesma, independente do sentido, o resultado desta multiplicação é 0 Olhando
apenas para os vetores unitários, se realizarmos uma multiplicação vetorial com mesma
direção, teríamos:
𝑖̂𝑥𝑖̂ = 0
𝑗̂𝑥𝑗̂ = 0

𝑘̂𝑥𝑘̂ = 0
Agora se realizamos esta operação usando i e j, temos:

𝑖̂𝑥 𝑗̂ = 𝑘̂
Que é formação do plano cartesiano com 3 dimensões (x, y e k). Para descobrir essas
relações pode-se utilizar a regra da mão direita. Assim temos outras relações vetoriais
unitárias: (Demonstrar regra da mão direita e o círculo ijk)

𝑗̂𝑥 𝑖̂ = −𝑘̂
𝑘̂𝑥𝑖̂ = 𝑗̂ 𝑖̂𝑥 𝑘̂ = −𝑗̂
𝑘̂𝑥𝑗̂ = −𝑖̂ 𝑗̂𝑥𝑘̂ = 𝑖̂
Para resolver a multiplicação vetorial, consideramos os vetores 𝑣⃗ e 𝑢⃗⃗, porém com apenas
duas direções, i e j:
𝑣⃗ = 𝑎1 . 𝑖̂ + 𝑎2 . 𝑗̂
𝑢
⃗⃗ = 𝑏1 . 𝑖̂ + 𝑏2 . 𝑗̂
Realizando a multiplicação vetorial:
⃗⃗𝑥𝑣⃗ = (𝑏1 . 𝑖̂ + 𝑏2 . 𝑗̂)𝑥(𝑎1 . 𝑖̂ + 𝑎2 . 𝑗̂)
𝑢
Para este caso realizamos a distributiva:
⃗⃗𝑥𝑣⃗ = (𝑏1 . 𝑖̂. 𝑎1 . 𝑖̂) + (𝑏1 . 𝑖̂. 𝑎2 . 𝑗̂) + (𝑏2 . 𝑗̂. 𝑎1 . 𝑖̂) + (𝑏2 . 𝑗̂. 𝑎2 . 𝑗̂)
𝑢
Reorganizando:
⃗⃗𝑥𝑣⃗ = (𝑏1 . 𝑎1 . 𝑖̂. 𝑖̂) + (𝑏1 . 𝑎2 . 𝑖̂. 𝑗̂) + (𝑏2 . 𝑎1 . 𝑗̂. 𝑖̂) + (𝑏2 . 𝑎2 . 𝑗̂. 𝑗̂)
𝑢
Como visto anteriormente as relações com os vetores unitários chegamos ao resultado:

⃗⃗𝑥𝑣⃗ = (𝑏1 . 𝑎2 . 𝑘̂) − (𝑏2 . 𝑎1 . 𝑘̂)


𝑢

O mesmo ocorre para vetores de 3 direções. (Exercício)


10.2. Módulo
O módulo de um vetor representa o comprimento do mesmo, na unidade em que está
representado. Assumindo um vetor com 2 direções i e j:
𝑣⃗ = 𝑎1 . 𝑖̂ + 𝑎2 . 𝑗̂

Sendo a componente na direção x, a1, e a componente na direção y, a2. É possível notar a


formação de um triângulo retângulo, em que os catetos são a1 e a2 e a hipotenusa o próprio
vetor. Assim para determinar seu comprimento, basta usar o teorema de Pitágoras:
𝑣⃗ 2 = (𝑎1 . 𝑖̂)2 + (𝑎2 . 𝑗̂)2
Resultando em:

|𝑣⃗| = √(𝑎1 )2 + (𝑎2 )2

Para um vetor com 3 direções, temos:

|𝑣⃗| = √(𝑎1 )2 + (𝑎2 )2 + (𝑎3 )2

Onde a3 é a constate que multiplica o vetor unitário 𝑘̂. (Exercício)


11. Distância entre dois pontos
Para determinar a distância entre dois pontos em um plano cartesiano é necessário
descrever um vetor entre eles e determinar o módulo do mesmo. Considerando os pontos
A e B:
𝐴 (𝑥1 ; 𝑦1 )
𝐵 (𝑥2 ; 𝑦2 )
Para determinar o vetor é possível ver que a componente na direção x será 𝑥2 − 𝑥1 , e na
direção y é 𝑦2 − 𝑦1 . Assim escrevemos o vetor que liga o ponto A e B como:
⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 = (𝑥2 − 𝑥1 ). 𝑖̂ + (𝑦2 − 𝑦1 ). 𝑗̂

Determinando o módulo deste vetor, temos como resultado:


⃗⃗⃗⃗⃗⃗ | = √(𝑥2 − 𝑥1 )2 + (𝑦2 − 𝑦1 )2
|𝐴𝐵

Para um ponto em um plano cartesiano com 3 dimensões o procedimento é o mesmo.


(Demonstrar)
12. Matrizes
Matrizes são operadores matemáticos constituídos de linhas e colunas. Elas são usadas
para representar e facilitar a solução de sistemas de equações, vetores, entre outras
funções. Abaixo é possível ver exemplos de matrizes:
𝑎11 𝑎11 𝑎12 𝑎11 𝑎12 𝑎13
[𝑎11 𝑎12 ]1𝑥2 [𝑎 ] [𝑎 𝑎22 ]2𝑥2 [𝑎 𝑎22 𝑎23 ]2𝑥3
21 2𝑥1 21 21

Genericamente podemos escrevemos uma matriz como:


𝑎11 … 𝑎1𝑛
[ ⋮ ⋱ ⋮ ]
𝑎𝑚1 ⋯ 𝑎𝑚𝑛 𝑚𝑥𝑛

Onde m representa o número de linhas e n o número de colunas. Quando m e n forem


iguais, ou seja, temos o mesmo número de linhas e colunas, essa matriz é dita como
quadrada. Possuindo uma diagonal principal e secundária. Considerando a matriz
genérica 3x3 como exemplo:
𝑎11 𝑎12 𝑎13
[𝑎21 𝑎22 𝑎23 ]
𝑎31 𝑎32 𝑎33 3𝑥3

A diagonal principal é composta pelos valores de a11, a22 e a33. E a diagonal secundária,
pelos valores a31, a22 e a13. Isso ocorre apenas para matrizes quadradas. É possível escrever
uma matriz, trocando suas linhas, pelas colunas, essa matriz é chamada de Transposta.
Considerando a matriz A 2x3 como exemplo:
𝑎11 𝑎12 𝑎13
𝐴 = [𝑎 𝑎22 𝑎23 ]2𝑥3
21

Sua transposta será escrita como:


𝑎11 𝑎21
𝐴 = [𝑎12
𝑇 𝑎22 ]
𝑎13 𝑎23 3𝑥2

A representação de vetores é feita da seguinte forma, considerando o vetor 𝑣⃗


𝑣⃗ = 𝑎1 . 𝑖̂ + 𝑎2 . 𝑗̂ = [𝑎1 𝑎2 ]1𝑥2

E sistemas de equação:
𝑎1 . 𝑥 + 𝑏1 . 𝑦 = 𝑐1
{
𝑎2 . 𝑥 + 𝑏2 . 𝑦 = 𝑐2
𝑎1 𝑏1 𝑥 𝑐1
[ ] [𝑦 ] = [𝑐 ]
𝑎2 𝑏2 2𝑥2 2𝑥1 2 2𝑥1

12.1. Operações Matemáticas


Matrizes podem ser somadas, subtraídas e multiplicadas. Assim como vetores e grandezas
escalares. Para suas operações é necessário ter atenção com alguns cuidados, como
veremos adiante.
12.1.1. Soma e subtração
A soma e subtração de matrizes só é possível quando elas possuem a mesma dimensão,
ou seja, o número de linhas e colunas de uma e igual a da outra. As operações ocorrem
sempre nos termos de mesma posição. Tome como exemplo as matrizes A e B:
𝑎11 𝑎12 𝑎13
𝐴 = [𝑎 𝑎22 𝑎23 ]2𝑥3
21
𝑏11 𝑏12 𝑏13
𝐵=[ ]
𝑏21 𝑏22 𝑏23 2𝑥3

Sua soma resulta em:


𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝑏11 𝑏12 𝑏13
𝐴 + 𝐵 = [𝑎 𝑎22 𝑎23 ]2𝑥3 + [𝑏21 ]
21 𝑏22 𝑏23 2𝑥3
𝑎11 + 𝑏11 𝑎12 + 𝑏12 𝑎13 +𝑏13
𝐴+𝐵 =[ ]
𝑎21 + 𝑏21 𝑎22 + 𝑏22 𝑎23 + 𝑏23 2𝑥3

E sua subtração em:


𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝑏11 𝑏12 𝑏13
𝐴 − 𝐵 = [𝑎 𝑎22 𝑎23 ]2𝑥3 − [𝑏21 ]
21 𝑏22 𝑏23 2𝑥3
𝑎11 − 𝑏11 𝑎12 − 𝑏12 𝑎13 −𝑏13
𝐴+𝐵 =[ ]
𝑎21 − 𝑏21 𝑎22 − 𝑏22 𝑎23 − 𝑏23 2𝑥3

12.1.2. Multiplicação por escalar


Para multiplicar uma matriz por um escalar ou constante, basta realizar a operação em
todos os termos de dentro da matriz. Para a matriz A 2x2 de exemplo:
𝑎11 𝑎12
𝐴 = [𝑎 𝑎22 ]2𝑥2
21

Multiplicando-a pela constante c, temos:


𝑎11 𝑎12
𝑐. 𝐴 = 𝑐. [𝑎 𝑎22 ]2𝑥2
21

𝑐. 𝑎11 𝑐. 𝑎12
𝑐. 𝐴 = [𝑐. 𝑎 𝑐. 𝑎22 ]2𝑥2
21

Esse procedimento ocorre para qualquer matriz.


12.1.3. Multiplicação de Matrizes
Para realizar a multiplicação entre matrizes é necessário que o número de colunas da
primeira matriz tenha o mesmo número de linhas da segunda. A matriz resultante desta
operação terá o número de linhas da primeira e o número de colunas da segunda.
Considerando como exemplo a matriz 𝐴2𝑥3 e a matriz 𝐵3𝑥2, sua multiplicação será
descrita como:
𝐴2𝑥3 . 𝐵3𝑥2 = 𝐶2𝑥2
Note que a matriz C resultante terá 2 linhas, como a matriz A e 2 colunas como a matriz
B. A multiplicação dos termos ocorre entre linhas e colunas. É necessário multiplicar as
linhas da primeira matriz, pelas colunas da segunda, somando os termos de cada
multiplicação. Para os exemplos 𝐴2𝑥3 e 𝐵3𝑥2:
𝑎11 𝑎12 𝑎13
𝐴 = [𝑎 𝑎22 𝑎23 ]2𝑥3
21
𝑏11 𝑏12
𝑏
𝐵 = [ 21 𝑏22 ]
𝑏31 𝑏32 3𝑥2

Sendo a matriz C resultante:


𝑐11 𝑐12
𝐶 = [𝑐 𝑐22 ]2𝑥2
21

A primeira operação será multiplicar e somar os termos da 1ª linha da matriz, pela 1ª


coluna da matriz B, resultando em c11:
𝑐11 = 𝑎11 𝑏11 + 𝑎12 𝑏21 + 𝑎13 𝑏31
Note que os índices coincidem com a linha e a coluna que estão sendo multiplicadas. Por
exemplo o elemento c12 é resultado da multiplicação e soma da 1ª linha da matriz A com
a 2ª coluna da matriz B:
𝑐12 = 𝑎11 𝑏12 + 𝑎12 𝑏22 + 𝑎13 𝑏32
Assim continuamente até determinar todos os termos:
𝑐21 = 𝑎21 𝑏11 + 𝑎22 𝑏21 + 𝑎23 𝑏31
𝑐22 = 𝑎21 𝑏12 + 𝑎22 𝑏22 + 𝑎23 𝑏32
Note que a multiplicação de A por B, é diferente da multiplicação de B por A, que
resultaria em matriz C3x3. (Exercício e demonstração)
12.2. Determinante
Assim como vetores possuem módulos, as matrizes possuem um determinante que
relaciona todos os elementos que a constituem. Esse valor pode ser definido como uma a
área de um quadrilátero formado por vetores que são as linhas da matriz. Ou um
paralelepípedo formado por 3 vetores. Uma matriz possui determinante apenas se é
quadrada, ou seja, o número de linhas é igual ao número de colunas.
Para calcular o determinante é necessário multiplicar em diagonais. Considerando a
matriz A2x2:
𝑎11 𝑎12
𝐴 = [𝑎 𝑎22 ]2𝑥2
21

Um procedimento simples para cálculo é repetir as primeiras colunas ao lado da matriz:


𝑎11 𝑎12 𝑎11
𝐴 = [𝑎 𝑎22 | 𝑎21
21
𝑎11 𝑎12 𝑎11 𝑎11 𝑎12 𝑎11
𝐴 = [𝑎 𝑎22 | 𝑎21 𝐴 = [𝑎 𝑎22 | 𝑎21
21 21

Os valores em vermelhos são multiplicados e somados, sendo subtraídos dos valores em


amarelos, que também são multiplicados e somados. Assim o determinante é descrito
como:
𝐷(𝐴) = 𝑎11 . 𝑎22 + 𝑎12 . 𝑎21 − (𝑎21 . 𝑎12 + 𝑎22 . 𝑎11 )
(Demonstrar com uma matriz 3x3)
Com determinantes é possível calcular a multiplicação vetorial de vetores. Usando como
exemplo os vetores 𝑣⃗ e 𝑢
⃗⃗
𝑣⃗ = 𝑎1 . 𝑖̂ + 𝑎2 . 𝑗̂
𝑢
⃗⃗ = 𝑏1 . 𝑖̂ + 𝑏2 . 𝑗̂
A multiplicação vetorial será o determinante de uma matriz 3x3, em que, a primeira linha
temos os vetores unitário i, j e k.

𝑖̂ 𝑗̂ 𝑘̂
𝑢
⃗⃗𝑥𝑣⃗ = [ 𝑏1 𝑏2 0]
𝑎1 𝑎2 0 3𝑥3

Repetindo as primeiras colunas para calcular o determinante, chegamos em:

𝑖̂ 𝑗̂ 𝑘̂ 𝑖̂ 𝑗̂
𝑢
⃗⃗𝑥𝑣⃗ = [𝑏1 𝑏2 0| 𝑏1 𝑏2
𝑎1 𝑎2 0 𝑎1 𝑎2

⃗⃗𝑥𝑣⃗ = (𝑖̂. 𝑏2 . 0) + (𝑗̂. 0. 𝑎1 ) + (𝑘̂. 𝑏1 . 𝑎2 ) − [(𝑎1 . 𝑏2 . 𝑘̂) + (𝑎2 . 0. 𝑖̂) + (0. 𝑏1 . 𝑗̂)]
𝑢

Tirando os termos multiplicados por zero:

⃗⃗𝑥𝑣⃗ = (𝑘̂. 𝑏1 . 𝑎2 ) − (𝑎1 . 𝑏2 . 𝑘̂) 𝑜𝑢


𝑢

⃗⃗𝑥𝑣⃗ = (𝑏1 . 𝑎2 . 𝑘̂) − (𝑏2 . 𝑎1 . 𝑘̂)


𝑢

Se comparado com exemplo de multiplicação vetorial no item 10.1.4, vemos que o


resultado é o mesmo.

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