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1.2.1. Siderúrgicas
Estágio inicial de toda fundição é nas siderúrgicas onde o minério de ferro será
transformado em ferro gusa, que consequentemente será transformado em ferro fundido
ou aço. Isso acontece em equipamentos chamados alto forno, estruturas que podem chegar
a de 30 a 40m de altura e diâmetros de 9 a 11m [3],[4]. Para que acorra a combustão,
gases são forçados em altas taxas na parte mais baixa da torre. As temperaturas internas
podem chegar a 1650 °C [3].
Para produzir 1T de ferro gusa, são necessários aproximadamente 7T de matéria
prima, entre elas, 2T de minério de ferro, 1T de coque, 0.5T de calcário e 3.5T de gases.
Os gases são produzidos durante a própria fusão que são reaproveitados [3].
Para produzir o ferro gusa são necessários 4 ingredientes:
o Minério de ferro: Hematita (Fe2O3), magnetita (Fe3O4), siderita (FeCO3), limonita
(Fe2O3–xH2O) e outros minérios, com menores concentrações de ferro também
são usados, como a pirita de ferro (Conhecido como ouro dos tolos, FeS2), que é
usado para se obter variados elementos, como cobre, níquel, zinco, ouro e prata
[3],[4];
o Coque: Produzido na coqueria, pelo aquecimento de carvão em temperaturas
superiores a 550°C, na ausência de ar, isso faz a eliminação de substâncias
voláteis. O coque servirá como combustível para o aquecimento e fundição dos
minérios [4]. Ele também ajuda na redução de minério de ferro ao produzir
monóxido de carbono (CO) [3];
o Calcário: Ajuda a formar a escória sobre o ferro gusa líquido, sendo separado,
despejado em conchas. A escoria é formada por óxido de silício, alumínio, cálcio
e magnésio [4];
o Ar aquecido.
4. Tratamento Térmico
O principal objetivo de um tratamento térmico alterar as propriedades mecânicas do
material, como por exemplo dureza, ductilidade e resistência mecânica. Em resumo
consiste em aquecer o metal a temperaturas definidas e resfriá-lo, lentamente ou
abruptamente e repetir este processo alterando as variáveis envolvidas no processo. Essas
variáveis, temperatura de aquecimento, tempo e resfriamento, vão variar conforme o
objetivo desejado [3].
Os tratamentos térmicos se fazem necessários para corrigir os problemas gerados nos
processos de fabricação. Que muitas vezes geram tensões residuais, deixam o material
com dureza e resistência acima do necessário, ou reduzem estas propriedades. Podem ser
listados os seguintes objetivos e benefícios desses processos [6]:
• Remoção de tensões residuais;
• Aumento ou diminuição da dureza;
• Aumento da resistência mecânica;
• Melhora da ductilidade;
• Melhorar a usinabilidade;
• Melhorar a resistência a corrosão;
• Melhorar a resistência ao calor;
• Modificação das propriedades elétricas e magnéticas.
5.3.4. Metalização
Este método consiste em aquecer o metal em formato de fio até sua forma fundida e
forçar sua passagem por uma fonte de calor e ar comprimido, fazendo o fio se desfazer
em partículas sendo arremessadas sobre a superfície do metal base. Consiste em aumentar
a resistência a corrosão, oxidação, abrasão, erosão e impacto. Pode ser usado para
restaurar máquinas ou peças desgastadas ou usinadas erroneamente. Quase todos os
metais podem ser usados para deposição e materiais não metálicos, podem ser
metalizados como, papel, vidro, madeira, entre outros [6].
5.3.5. Difusão
As peças são postas em tambores com o pó que fara o revestimento. Eles são
aquecidos e rotacionados fazendo a união do pó com a superfície. São usados como
revestimentos neste processo alumínio, zinco e silício. Este processo não é usual no
mercado, se comprado aos anteriores [6].
5.4. Revestimentos não-metálicos: inorgânicos
Nesses processos acontece a criação de filmes não metálicos, normalmente óxidos,
sobre a superfície do metal base. Podem ser feitos com ataques químicos e por células
galvânicas [3].
5.4.1. Anodização
Principalmente usado em alumínio, consiste na formação de uma camada de óxido
de alumínio na superfície, por um processo de corrosão em célula eletrolítica. Metais que
também podem ser aplicados anodização, titânio, magnésio e zinco. Entre os principais
objetivos da anodização estão [6] e [9]:
• Aumentar a resistência a corrosão;
• Aumentar a adesão de tintas;
• Melhorar aparência superficial;
• Dar isolamento elétrico;
• Aumentar a dureza, sendo comparado com aços tratados;
5.4.2. Cromatização
Criação de um revestimento de cromo com espessuras de 0.01 a 1 mícron. Neste
caso a superfície do metal base é convertido em filmes de cromo. Aplicado
principalmente em alumínio, magnésio, zinco e cádmio, mas pode ser usado em ferro
fundido, aço, cobre, ligas de níquel, titânio e zircônio [3] e [6].
5.4.3. Fosfatização
Usada antes de aplicações de pinturas. Esse processo apresenta uma alta resistência
a corrosão, se comparado aos outros processos. Usado em ferro fundidos e aços e em
peças como parafusos, porcas, peças estampadas de pequena dimensão. Carcaças de
geladeiras também podem passar por um processo de fosfatização [6].
5.4.4. Esmaltação á porcelana
Aplicados em chapas e produtos de aço, ferro fundido e alumínio. Para dar resistência
a corrosão e melhorar o aspecto visual. Feito com uma mistura de materiais cerâmicos
que será aplicado sobre a superfície do metal, por imersão ou reação química. Essa
aplicação necessita de um processo de secagem e queima. A secagem é feita em fornos a
120°C e a queima entre 800 a 925°C para aço e para alumínio 540°C [6].
5.5. Revestimento não-metálicos orgânicos: tinas
Tinta é uma solução temporária, principalmente em metais com grande tendencia de
sofrer com corrosão [9]. Porém é o método mais usado, por ser de fácil aplicação e
normalmente de baixo custo. As tintas possuem uma imensa variedade de métodos de
aplicação, como de composição químicas, que variam conforme os custos e os objetivos
da aplicação [6]. Meio de aplicação [3]:
• Pincel e rolos;
• Spray;
• Spray Eletroestático;
• Imersão;