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ESM/Ficha 02 de apoio e exercícios 𝑑𝑒 𝐹í𝑠𝑖𝑐𝑎/ Física Atómica 12a Classe

Física atómica
𝑭í𝒔𝒊𝒄𝒂 𝒂𝒕ó𝒎𝒊𝒄𝒂: é o ramo da Física que estuda as camadas electrónicas dos átomos, um conjunto de orbitais
em um átomo, na qual há maior possibilidade de e encontrar os electrões.

Raios catódicos, suas propriedades e aplicações

Raios catódicos são radiações compostas de electrões que se originam


no interior de tubos cheios de gás rarefeito (tubos de Crookes) e
submetidos a uma diferença de potencial eléctrico entre suas
extremidades metálicas ou pólos. Os electrões emergem do pólo
positivo do eléctrodo, chamado Cátodo e se propagam em forma de um
feixe de partículas negativas.

A pesquisa dos raios catódicos teve início em 1838, quando Michael Faraday começou a estudar as descargas
eléctricas em gases submetidos a baixas pressões. Tendo alcançado maior desenvolvimento depois que o
alemão Heinrich Geissler conseguiu construir tubos de vidro selados que continham eléctrodos de metal.

Com esses tubos, o matemático e físico alemão Julius Plucker realizou, em 1858, uma serie de experiencias.
Plucker notou que, próximo ao cátodo, formava-se uma luminescência de cor verde e, mais ainda que a sua
posição variava com a aproximação de campos magnéticos.

Os raios catódicos produzem ionização nos gazes que atravessam, causam fluorescência nas paredes de vidro
dos tubos de Crookies e em algumas substâncias como o sulfato de zinco. Alem disso, têm baixo poder de
penetração, aquecem as superfícies sobre as quais incidem e são
independentes da natureza do gás existente no tubo.

Os raios catódicos são um feixe de electrões que se propagam em


linha recta e altamente energéticos devido à sua elevada energia
cinética, pois viajam a velocidades muito próximas à da luz (cerca
de 300000km/s).

Esquema de produção dos raios catódicos

Propriedades dos raios catódicos

 Movimentam-se em linha recta;


 Provocam fluorescência em algumas substâncias;
 Possuem energia cinética devido a sua velocidade;
 Atravessam pequenas espessuras de materiais;
 Sofrem defecção em campos eléctricos e campos magnéticos;
 Podem produzir raios-X no choque com a matéria;
 Propagam-se a grandes velocidades muito próximas à da luz (3 ∙ 108 𝑚/𝑠).

Aplicações dos raios catódicos

 Nos oscilógrafos de raios catódicos (usados nos processos dinâmicos de curta duração)
 Nos microscópios electrónicos
 Na medição da carga eléctrica do electrão bem como sua massa

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 Nos aparelhos de televisão (O tubo de imagem é uma ampola de 𝐶𝑟𝑜𝑜𝑘𝑒𝑠 (alto vácuo) com certas
adaptações. Os raios catódicos incidem na superfície interna do vidro, que é revestida com tinta
fluorescente. Durante a descarga, a tela fica iluminada)
 Na iluminação (a luz emitida pelas lâmpadas de sódio e de mercúrio resulta da descarga eléctrica em
tubos, que são os cilindros de vidro, contendo vapor de sódio e vapor de mercúrio como gás residual e
estando a baixa pressão).
 Hoje encontramos os tubos dos raios catódicos (TRC) em várias aplicações: os tubos de televisão,
monitores de computadores, radar, ecografia, lâmpadas fluorescentes, válvulas em amplificadores
valvulados, aparelhos de raios x. os actuais aceleradores de partículas e microscópios electrónicos
também são um aperfeiçoamento tecnológico dos TRC.

Emissão termoeléctrica e fotoeléctrica

Nos metais os electrões da última camada são chamados electrões livres ou de valência, pois são os electrões
que se movimentam livremente no átomo e são responsáveis pela valência que caracteriza a ligação do metal
com qualquer outro elemento.
Os electrões livres da superfície de um metal podem ser retirados do átomo de duas formas:
 Através do aquecimento de energia térmica ao átomo, isto é, aquecendo o metal a altas temperaturas -
emissão termoelectrónica;
 Através de energia luminosa, isto é, fazendo incidir a luz sobre a superfície de um metal - emissão
fotoelectrónica.

Assim podemos concluir que:


 Emissão termoelectrónica: é a emissão dos electrões livres da Superfície de um metal à custa de
energia térmica.

 Emissão fotoelectrónica: é a emissão dos electrões livres da superfície de um metal submetida a


radiação electromagnética.

Conceitos básicos
Radiação incidente: é a radiação ou luz que incide sobre a superfície do metal e que provém da fonte luminosa.
Fotoelectrões: são os electrões emitidos da superfície do metal com uma determinada velocidade 𝑣.
Corrente fotoeléctrica (𝐼): é o número de fotoelectrões (electrões emitidos) por unidade de tempo durante o
fenómeno fotoeléctrico.
Leis do fenómeno fotoeléctrico
1 Lei do fenómeno fotoeléctrico: “ a intensidade da corrente fotoeléctrica, ou seja, o número de electrões
a

emitidos por unidade de tempo é directamente proporcional à intensidade da fonte luminosa ”.

2a Lei do fenómeno fotoeléctrico: “ a velocidade máxima dos fotoelectrões (electrões emitidos) é


directamente proporcional à frequência da radiação incidente ”.
A frequência da radiação incidente (𝑓) cuja a 𝑣𝑚á𝑥 = 0; diz-se frequência limite ou limite vermelho(𝑓0 )

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3a Lei do fenómeno fotoeléctrico: “ existe uma frequência mínima, chamada frequência limite ou limite
vermelho, a partir da qual se dá início ao fenómeno fotoeléctrico ”.
 Se a 𝑓 > 𝑓0 ⟹ Ocorre o fenómeno fotoeléctrico
 Se a 𝑓 < 𝑓0 ⟹ Não ocorre o fenómeno fotoeléctrico
 Se a 𝑓 = 𝑓0 ⟹ ocorre o fenómeno fotoeléctrico, mas a velocidade máxima dos fotoelectrões é nula.

Teoria Quântica
Nos finais do seculo XIX a teoria ondulatória começou a mostrar-se incapaz de dar resposta a determinados
fenómenos, especialmente por estarem relacionados com a interacção das radiações electromagnéticas com
matéria como por exemplo, a radiação do corpo negro e a emissão fotoeléctrica.

Em 1900, Planck tentou descobrir uma teoria que pudesse explicar a radiação do corpo negro. Enquanto outros
cientistas consideravam que a radiação era emitida de forma continua, Planck propôs que ela era emitida
intermitentemente em valores fixos múltiplos de um “átomo” ou quantum de energia.

“ Energia da radiação é emitida em forma de ≪ 𝑝𝑎𝑐𝑜𝑡𝑒𝑠 ≫ ou ≪ 𝑝𝑒𝑑𝑎ç𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 ≫ chamados


quanta”.
Onde:
𝑬=𝒉∙𝒇 𝐸 ⟹ Quantum de energia
↳ Equação de Planck ℎ ⟹ Constante de Planck
𝒉∙𝒄 ℎ = 6,625 ∙ 10−34 𝐽. 𝑠
𝑬=
𝝀 𝑓 ⟹ Frequência da radiação incidente
↳ Equação de Planck 𝜆 ⟹ Comprimento de onda

Equação de Einstein para o fenómeno fotoeléctrico


Einstein provou que a radiação não é só emitida na forma de quanta, mas também é absorvida na forma de
quanta, chamados fotões.
Teoria Quântica: radiação é emitida e absorvida na forma de quanta de energia chamado fotões.
 O fenómeno fotoeléctrico consiste no arranque dos electrões da superfície de um metal a custo da
energia luminosa, para tal é necessário gastar energia ou realizar trabalho.
Onde:
𝑬 = 𝝓 + 𝑬𝑪𝒎á𝒙 Com: 𝐸 ⟹ Quantum de energia
↳ Equação de Albert Einstein 𝑚∙𝑣 2 𝜙 ⟹ Função trabalho
𝐸𝐶 = 2
𝐸𝐶𝑚á𝑥 ⟹Energia cinética máxima
Função trabalho (𝝓): é a energia mínima necessária para o arranque dos fotoelectrões da superfície do metal
sem lhe comunicar energia cinética, isto é, com velocidade nula.
 Da energia da radiação incidente (𝐸) uma parte é usada no arranque dos electrões da superfície do
metal (𝝓) e a outra parte é transformada em energia cinética máxima dos fotoelectrões (𝑬𝑪𝒎á𝒙 )
𝒉 ∙ 𝒇 = 𝝓 + 𝑬𝑪𝒎á𝒙
 Se: 𝑓 = 𝑓0 ⟹ 𝐸𝐶𝑚á𝑥 = 0
𝒉∙𝒇
⟺ 𝝓 = 𝒉 ∙ 𝒇𝟎 e 𝝓 = 𝝀𝟎
Gráfico da energia cinética em funcão da frequência da radiação incidente
Da equação de Einstein
𝑬𝑪 = 𝒉 ∙ 𝒇 − 𝝓

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Potencial de paragem (𝑈𝑝 ): é o potencial mínimo necessário para parar os electrões emitidos durante o
fenómeno fotoeléctrico.
 Quando o potencial é pequeno, nem todos os electrões atingem o outro eléctrodo. Se se aumentar a
diferença de potencial entre os eléctrodos e não se alterar o feixe de luz, a intensidade da corrente
aumenta, atinge o valor máximo e permanece constante.
 O valor máximo da intensidade da corrente 𝐼𝑠 Chama-se corrente de saturação. A corrente de saturação
é determinada pelo número de electrões emitidos num segundo pelo eléctrodo iluminado.

Figura 2a: Emissão de corrente fotoeléctrica num tubo de vácuo Figura 2b: a corrente fotoeléctrica aumenta com o aumento
da tensão, mas logo a seguir, torna-se constante.

Durante o seu movimento, a energia potencial do electrão (𝐸𝑝 = 𝑞𝑒 ∙ 𝑈 ); 𝑞𝑒 ⟹ carga do electrão 𝑞𝑒 = 1,6 ∗ 10−19 𝐶

𝑬𝑪 = 𝑬𝒑 = 𝒒𝒆 ∙ 𝑼𝒑
Da equação de Einstein sobre o fenómeno fotoeléctrico:
𝒉 𝝓
𝒉 ∙ 𝒇 = 𝝓 + 𝒒 𝒆 ∙ 𝑼𝒑 ⟹ 𝑼 𝒑 = 𝒇−𝒒
𝒒𝒆 𝒆

Gráfico do potencial de paragem em função da frequência da radiação incidente

Exemplos:

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Raios X, produção, propriedades e aplicações


Em 1895, o físico Alemão 𝑊𝑖𝑙ℎ𝑒𝑟𝑚 𝑅ö𝑛𝑡𝑔𝑒𝑛 (1845 - 1923), verificou que num tubo de descargas eléctricas a
baixas pressões além dos raios catódicos são emitidos igualmente raios de natureza diferente até então
desconhecidos, susceptíveis de atravessarem inúmeros corpos opacos. Posteriormente esses raios foram
chamados raios x.

Raios X são ondas electromagnéticas cujo comprimento de onda se situa entre 0,01Å e 800Å que se obtêm
pela travagem dos raios catódicos a alta velocidade no impacto com o ânodo.

Produção dos raios X

O aparelho usado para a obtenção dos raios X é constituído por dois eléctrodos aos quais se aplica uma elevada
tensão da ordem dos 50 a 200𝑘𝑊 .
Os electrões emitidos pelo cátodo são acelerados pelo campo eléctrico de grande intensidade que se forma no
espaço entre o cátodo e o ânodo. Animados de uma elevada velocidade, chocam com o e em consequência
desse impacto são emitidos da superfície do alvo, os raios x que atravessam o vidro e se propagam para o
exterior.

tubos de raios X

𝒉∙𝒄
𝑬𝒓𝒂𝒊𝒐𝒔𝑿 = 𝒉 ∙ 𝒇𝒎á𝒙 ou 𝑬𝒓𝒂𝒊𝒐𝒔𝑿 = 𝝀
𝒎í𝒏

Na produção dos raios X, tendo em conta as transformações de energia, são válidas as seguintes igualdades:
𝒒𝒆 ∙ 𝑼 = 𝟏 = 𝒉 ∙ 𝒇𝒎á𝒙 = 𝒉∙𝒄
𝒎 ∙ 𝒗𝟐
𝟐 𝝀𝒎í𝒏
↑ ↑ ↑ ↑
Energia Energia Energia Energia
Potencial Cinética dos raios X dos raios X
eléctrica
Onde:
𝑞𝑒 ⟹ Carga do elctrão (𝑞𝑒 = 1,6 ∙ 10−19 𝐶) 𝑐 ⟹ Velocidade da luz (𝑐 = 3 ∙ 108 𝑚/𝑠)
𝑈 ⟹ d.d.p. entre o cátodo e o ânodo ℎ ⟹ Constante de Planck (ℎ = 6,625 ∙ 10−34 𝐽𝑠)
𝑚 ⟹ Massa do electrão (𝑚 = 9,11 ∙ 10−31 𝑘𝑔) 𝑓𝑚á𝑥 ⟹ Frequência máxima dos raios X produzidos
𝑣 ⟹ Velocidade linear 𝜆𝑚í𝑛 ⟹ Comprimento de onda máxima dos raios X
produzidos

Propriedades dos raios X


 Propagam-se linha recta;
 Não sofrem deflexão quando submetidos a um campo eléctrico ou magnético;
 Quase não se refractam ao passar de um meio para o outro, pois o seu índice de refracção é
aproximadamente igual a um;

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 Emulsionam chapas fotográficas;


 Provocam descarga eléctrica sobre corpos electrizados;
 Provocam efeito fotoeléctrico;
 Atravessam corpos opacos devido ao seu grande poder de penetração;
 Provocam fluorescência quando incidem sobre certas substâncias, especialmente em sais.

Aplicações dos raios X

Os raios X têm numerosas aplicações práticas na medicina, na técnica, na arte e noutras áreas do
conhecimento.
 Na medicina, os raios X podem ser usados como meio de diagnóstico e de terapia. Como meio de
diagnóstico, os raios X podem ser usados na detenção de ossos partidos, investigação de desordens
respiratórias ou digestivas. Como meio de terapia os raios X podem ser usados no tratamento de
cancros malignos;
 Na arte, os raios X são usados na verificação de imagens ocultas em pinturas antigas, estudo da idade e
técnicas usadas, bem como a investigação de obras falsas;
 Na técnica, devido ao seu grande poder de atravessar corpos opacos, os raios X são usados na detenção
de imperfeições em peças, fissuras e outros defeitos de fabrico;
 Na segurança dos aeroportos, portos e fronteirasos raios X para examinar as bagagens dos passageiros
(os objectos metálicos são mais opacos aos raios X, sendo por isso visto por contraste)
Nota: os raios X podem destruir tecidos vivos, razão pela qual se deve evitar que uma pessoa esteja
constantemente a ser radiografada.

Espectro dos raios X.


O espectro dos raios X apresenta – se como um espectro continuo com uma série de picos. Na estão
apresentadas curvas obtidas a dois valores de 𝑑. 𝑑. 𝑝. diferentes sendo 𝑼𝟏 < 𝑼𝟐 .

O espectro contínuo dos raios X é devido à súbita desaceleração dos raios catódicos que não produziram a
ejecção de electrões (fotões) dos átomos do alvo metálico.

Figura: Espectro dos raios X

Parte dos electrões que colidem com os átomos do alvo metálico, tendo adquirido energia suficiente, deslocam
um dos electrões interiores de um átomo do alvo metálico, por exemplo, um da camada K. O espaço vago ou
lacuna é imediatamente ocupado por um dos electrões da camada L, M ou N. isso ocorre com a diminuição da
energia do átomo e com a emissão de um fotão de raios X.

Os picos de intensidade no espectro dos raios X têm características únicas para cada material usado no alvo.
Esses picos correspondem a transições electrónicas de electrões de níveis superiores para níveis mais
profundos do átomo deixados vagos após a colisão.

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Níveis de energia no átomo de hidrogénio


Segundo o cientista dinamarquês 𝑁𝑖𝑒𝑙𝑠 𝐵𝑜ℎ𝑟, os
electrões ocupam certas camadas no átomo.
A cada camada é atribuída uma determinada energia
que é designado nível de energia do átomo.
 Os níveis de energia são usualmente representados por uma série de linhas horizontais;
 A energia cresce de baixo para cima assumindo valores negativos;
 O nível de energia mais baixo do electrão é chamado estado fundamental.

 Para o hidrogénio a energia do estado fundamental é de −13,6𝑒𝑉. (𝑠𝑎𝑖𝑏𝑎 𝑞𝑢𝑒: 1𝑒𝑉 = 1,6 ∗ 10−19 𝐽)
 A energia de todos os estados de energia do átomo de hidrogénio pode ser determinada pela relação:

𝟏𝟑, 𝟔 Onde:
𝑬𝒏 = −
𝒏𝟐 𝐸𝑛 ⟹ Energia da orbital ou camada
𝑛 ⟹ Número da orbital (no quântico principal)

 Os estados acima do estado fundamental até infinito 𝑛 = ∞ são chamados estados excitados;
 Durante a subida de nível, o electrão absorve energia, e durante a descida liberta energia;
 Quanto mais baixo for o nível energético ocupado pelo electrão, maior será a atracção deste ao núcleo;
 Quanto mais alto for o nível energético ocupado pelo electrão, menor será a atracção deste ao núcleo;
 As transições que ocorrem para o nível K (𝑛 = 1) pertencem a série de Lyman (Radiação Ultravioleta)
 As transições que ocorrem para o nível L (𝑛 = 2) pertencem a série de Balmer (Radiação Visível);
 As transições que ocorrem para o nível M (𝑛 = 3) pertencem a série de Paschen (Radiação
Infravermelha).
 As transições que ocorrem para o nível N (𝑛 = 4) pertencem a série de Brackett.
 A frequência ou comprimento de onda da radiação emitida ou absorvida durante qualquer transição
pode ser determinada pelas expressões:

|∆𝑬| = 𝒉 ∙ 𝒇 Onde:
𝐸𝑖 − Energia inicial
ou Com: 𝐸𝑖 − Energia final
𝒉∙𝒄 ∆𝐸 = 𝐸𝑖 − 𝐸𝑓
|∆𝑬| =
𝝀

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Exercícios DE APLICAÇÃO

Assinale a alternativa que, pela ordem, preenche correctamente as lacunas:


1. Seleccione a alternativa que apresenta as palavras que completam correctamente às lacunas, pela ordem,
no seguinte texto relacionado com o efeito fotoeléctrico.
O efeito fotoeléctrico, consiste na emissão de ______________ devido a acção da luz sobre superfícies
metálicas. Em 1905, ao analisar esse efeito, Einstein fez a suposição revolucionária de que a luz, até então
considerada como fenómeno ondulatório, poderia também ser concebida como constituída por conteúdos
energéticos que obedecem a uma distribuição ______________, os quanta de luz, mais tarde denominados
_________________.
A. Fotões – contínua – fotões B. Fotões – contínua – electrões
C. Electrões – discreta – electrões D. Electrões – discreta – electrões

2. “ De acordo com a teoria formulada em 1900 pelo físico alemão Max Planck, a matéria emite ou absorve
energia electromagnética de maneira ____________ emitindo ou absorvendo ________, cuja energia é
proporcional à _________ da radiação electromagnética envolvida nessa troca de energia.”
A. Continua – quanta – amplitude B. Descontinua – protões – frequência
C. Descontinua – fotões – frequência D. Continua – electrões – intensidade
3. À custa de que tipo de energia ocorre a emissão termoeléctrica?
A. Energia luminosa B. Energia química
C. Energia térmica D. Energia mecânica
4. À custa de que tipo de energia ocorre a emissão fotoeléctrica?
A. Energia luminosa B. Energia química
C. Energia térmica D. Energia mecânica
5. Assinale com V as afirmações verdadeiras e com F as afirmações falsas:
a) Os electrões emitidos da superfície do metal constituem a radiação incidente.
b) O fenómeno fotoeléctrico consiste na emissão de todos os electrões de um corpo à custa da
energia luminosa.
c) A corrente fotoeléctrica é directamente proporcional à potência da fonte que ilumina a superfície
do metal.
d) Quanto menor é a intensidade luminosa da fonte, menor é o número de fotoelectrões emitidos na
unidade de tempo.
e) Os electrões emitidos da superfície do metal são também chamados fotoelectrões.
f) Para aumentar a velocidade máxima dos fotoelectrões é necessário aumentar a frequência da
radiação incidente.
g) A função trabalho é o trabalho necessário para o arranque dos electrões da superfície do metal.
6. Quando a luz incide sobre uma foto-célula ocorre o evento conhecido como fenómeno fotoeléctrico.
Nesse evento …
A. É necessária uma energia mínima dos fotões da luz incidente para arrancar os electrões do metal.
B. Os electrões arrancados do metal saem todos com a mesma energia cinética.
C. A quantidade de electrões emitidos por unidade de tempo depende da frequência da luz incidente.
D. O quantum de energia de um fotão da luz incidente é directamente proporcional a amplitude.

7. Qual é, em 𝑒𝑉 , a energia de um fotão de radiação de comprimento de onda 𝜆 = 300𝑛𝑎𝑛ó𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠?


(ℎ = 4,14 ∙ 10−15 𝑒𝑉 , 𝑐 = 3 ∙ 108 𝑚/𝑠).
A. 3,14 B. 4,14 C. 5,14 D. 6,14

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8. Uma lâmpada de 200𝑊 emite 3 ∙ 1020 fotoelectrões por segundo, quando a sua luz incide sobre a
superfície de um metal. Quantos fotoelectrões serão emitidos na unidade de tempo caso se troque a fonte
por outra de 600𝑊 ?
A. 9 ∙ 1020 B. 7 ∙ 1020 C. 3 ∙ 1020 D. 2 ∙ 1020

9. A função trabalho de uma superfície metálica é de 4,2 𝑒𝑉 (1 𝑒𝑉 = 1,6 ∙ 10−19 𝐽; ℎ = 6,625 ∙ 10−34 𝐽 ∙ 𝑠). O
limite vermelho do metal (a frequência mínima para que ocorra o fenómeno fotoeléctrico), é de cerca de:
A. 1 ∙ 1015 B. 2 ∙ 1015 C. 3 ∙ 1015 D. 4 ∙ 1015
10. O esquema seguinte representa uma das possíveis transições no átomo de hidrogénio. Na transição III, um
fotão de energia…
A. 2,86𝑒𝑉 é 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑜
B. 2,86𝑒𝑉 é 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜
C. 3,94𝑒𝑉 é 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑜
D. 3,94𝑒𝑉 é 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜

11. Um fotoelectrão de cobre é retirado com uma energia cinética máxima de 4,2𝑒𝑉. Qual é, em 𝐻𝑧 a
frequência do fotão que retirou esse electrão, se a função trabalho (W) do cobre é de 4,3𝑒𝑉?
(1𝑒𝑉 = 1,6 ∙ 10−19 𝐽; ℎ = 4,14 ∙ 10−15 𝑒𝑉 ∙ 𝑠; 𝑐 =∙ 3,0 ∙ 108 𝑚/𝑠)
A. 1,20 ∙ 1015 B. 2,05 ∙ 1015 C. 3,15 ∙ 1015 D. 4,20 ∙ 1015
12. Na transição IV, um fotão de comprimento de onda … (ℎ = 4,14 ∙ 10 𝑒𝑉 ∙ 𝑠, 𝑐 = 3,0 ∙ 108 𝑚/𝑠).
−15

A. 4,1 ∙ 10−7 𝑚 é emitido B. 4,1 ∙ 10−7 𝑚 é absorvido


−7
C. 1,2 ∙ 10 𝑚 é emitido D. 1,2 ∙ 10−7 𝑚 é absorvido

13. O diagrama mostra os níveis de energia (𝑛) de um electrão em um certo átomo. Qual das transições
mostradas na figura representa a emissão de um fotão com menor frequência?
A. IV
B. III
C. II
D. I

14. Qual das afirmações seguintes não é característica do efeito fotoeléctrico?


A. Há um limiar de frequência 𝑓0 Abaixo do qual nenhum electrão é emitido da superfície
B. Para dada frequência 𝑓 > 𝑓𝑜 Emitem se electrões com uma distribuicao de energias cinéticas
C. A 𝐸𝑐 Máxima dos fotoelectrões depende quadraticamente da frequência da luz incidente
D. Não há um retardamento entre a incidência da luz na superfície e a emissão dos electrões.

15. O limite vermelho para uma superfície de lítio é 5,5 ∙ 1014 𝐻𝑧. Isto equivale à (ao)…
A. Frequência mínima a partir da qual se dá início o efeito fotoeléctrico
B. Frequência máxima a partir da qual se dá início o efeito fotoeléctrico
C. Potencial mínimo necessário para parar os fotoelectrões emitidos
D. Potencial máximo necessário para parar os fotoelectrões emitidos
16. Determine em 𝑒𝑉 a energia cinética máxima dos fotoelectrões se a função trabalho do material é de 2,3𝑒𝑉
e a frequência da radiação é de 3,0 ∙ 1015 𝐻𝑧. O valor é de…
A. 10,12 B. 10,24 C. 10,48 D. 10,60
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17. A figura representa um tubo que produz uma radiação muito usada em certas aplicações médicas. Neste
caso, I, II, III e IV são respectivamente…
A. Raios X, cátodo, alvo e electrões.
B. Raios X, cátodo, electrões e alvo.
C. Raios X, alvo, electrões e cátodo.
D. Raios X, alvo, cátodo e electrões.

18. Um feixe de electrões de 35𝑘𝑒𝑉 atinge um alvo de molibdénio gerando raios X cujo espectro esta
representado na figura. Qual é, em metros, o comprimento de onda de corte 𝜆𝑚𝑖𝑛 ?
𝑚
(ℎ = 4,14 ∙ 10−15 𝑒𝑉 ∙ 𝑠; 𝑐 = 3 ∙ 108 𝑠 ; 𝑒 = 1,6 ∙ 10−19 𝐶 )
A. 0,25 ∙ 10−11
B. 2,55 ∙ 10−11
C. 3,55 ∙ 10−11
D. 4,50 ∙ 10−11
19. Pretende-se construir um tubo de raios x cujo comprimento de onda mínimo dos raios x produzidos seja
de 0,05 Å (onde 1Å = 10−10 𝑚, ℎ = 6,625 ∙ 10−34 𝐽 ∙ 𝑠 ; 𝑞𝑒 = 1,6 ∙ 10−19 𝐶 ). Qual deve ser a diferença de
potencial mínima entre o cátodo e o ânodo?
A. 2,5 ∙ 10−4 B. 2,5 ∙ 10−5 C. 2,5 ∙ 104 D. 2,5 ∙ 105

20. Qual é em metros o comprimento de onda da radiação emitida por um tubo de raios X quando a voltagem
de aceleração é de 30𝑘𝑉? (ℎ = 7 ∙ 10−34 𝐽 ∙ 𝑠; 𝑐 = 3 ∙ 108 𝑚/𝑠 )
A. 6,4 ∙ 10−11 B. 4,4 ∙ 10−11 C. 3,4 ∙ 10−11 D. 2,4 ∙ 10−11

21. A função trabalho do sódio é de 2,3𝑒𝑉. Qual é em 𝑒𝑉 , a energia cinética máxima dos fotoelectrões
emitidos se a luz com comprimento de onda de 200𝑛𝑚 incidir sobre uma superfície de sódio?
(ℎ = 4,14 ∙ 10−15 𝑒𝑉 ∙ 𝑠; 𝑐 = 3 ∙ 108 𝑚/𝑠; 1𝑛𝑚 = 10−9 𝑚).
A. 2,91 B. 3,91 C. 4,91 D. 8,51
22. A função trabalho de um certo material é de 3,0 𝑒𝑉. Qual é em Hz, a frequência da luz incidente se a
energia cinética máxima dos fotoelectrões emitidos é de 3,6eV? (ℎ = 4,14 ∙ 10−15 𝑒𝑉 ∙ 𝑠)
A. 1,6 ∙ 1015 B. 3,0 ∙ 1015 C. 3,6 ∙ 1015 D. 6,6 ∙ 1015

23. A função trabalho do sódio é 2,3𝑒𝑉 . Qual é em 𝑛𝑚, o comprimento de onda máximo da luz que deve ser
usada para conseguir obter fotoelectrões emitidos a partir de uma superfície de sódio?
(ℎ = 4,14 ∙ 10−15 𝑒𝑉; 𝑐 = 3,0 ∙ 108 𝑚/𝑠; )
A. 5,4 B. 54 C. 540 D. 5400

24. Qual é em KV, a voltagem que deve ser aplicada num tubo de raios-X de modo a produzir radiação cujo
comprimento de onda mínimo é 𝜆 = 0,1Å?
(ℎ = 6,625 ∙ 10−34 𝐽 ∙ 𝑠; 𝑐 = 3,0 ∙ 108 𝑚/𝑠; 1Å = 10−10 𝑚; 𝑒 = 1,6 ∙ 10−19 𝐶 )
A. 124 B. 200 C. 230 D. 300

25. Faz-se incidir um feixe luminoso de frequência igual a 1,0 ∙ 1015 𝐻𝑧 sobre uma superfície metálica de
potássio, e como resultado, são arrancados electrões com uma energia cinética máxima de 2,14𝑒𝑉. Qual é,
em 𝑒𝑉, a função trabalho do potássio? (ℎ = 4,14 ∙ 10−15 𝑒𝑉 ∙ 𝑠; 𝑐 = 3,0 ∙ 108 𝑚/𝑠).
A. 1,2 B. 2,0 C. 3,1 D. 4,14

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26. No gráfico a seguir, representamos a variação da energia cinética máxima dos electrões emitidos por um
metal, em função da frequência da radiação incidente. Qual é, em eV, a função trabalho do metal?
(ℎ = 4,14. 10−15 𝑒𝑉 ).
A. 1,1
B. 2,28
C. 5,5
D. 6,1
27. Considere uma usina capaz de converter directamente massa em energia eléctrica. Qual é, em gramas, a
massa necessária para produzir 180𝐾𝐽? (𝑐 = 3,0 ∙ 108 𝑚/𝑠)
A. 2 ∙ 10−3 B. 2 ∙ 10−6 C. 2 ∙ 10−8 D. 2 ∙ 10−9

28. Pretende-se construir um tubo de raios –x cujo comprimento de onda mínimo dos raios –x produzidos
seja de 0,05Å (onde 1 Å = 10−10 𝑚; ℎ = 6,625 ∙ 10−34 𝐽 ∙ 𝑠; 𝑞 = 1,6 ∙ 10−19 𝐶 ). Qual deve ser a diferença de
potencial mínima entre o cátodo e o ânodo?
A. 2,5 ∙ 10−4 B. 2,5 ∙ 10−5 C. 2,5 ∙ 104 D. 2,5 ∙ 105
29. O gráfico representa a energia cinética dos fotoelectrões em função da frequência da radiação incidente.
(use ℎ = 6,625 ∙ 10−34 𝐽 ∙ 𝑠)
Com base nos dados da figura, o valor representado pela letra “W” é de…

A. 3,3125 ∙ 10−19 𝐽
B. 6,625 ∙ 10−19 𝐽
C. 3,3125 ∙ 10−18 𝐽
D. 5,25 ∙ 10−18 𝐽

30. O electrão do átomo de hidrogénio, ao emitir um fotão, passa do estado fundamental (𝑛 = 1) para o
segundo estado excitado (𝑛 = 3). Qual é, em 1015 𝐻𝑧, a frequência da radiação envolvida nesta
transição? (ℎ = 4,14. 10−15 𝑒𝑉 ).
A. 0,51
B. 2,92
C. 3,92
D. 5,52

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