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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE FÍSICA

CURSO: FÍSICA

ÓPTICA E ONDAS

Efeito fotoeléctrico
EXERCÍCIO A RESOLVER: 13 (AP11)

Discente:

Samuel Abílio Maunde Junior

Regente da cadeira: Prof. Dr. Carlos A. A. Alejandro

Assistente: Dr. Phinifolo Cambalame

Maputo, agosto de 2021


Resumo teórico

ONDAS DE LUZ SE COMPORTANDO COMO PARTÍCULAS

Segundo Young & Freedman (2016, p.202), Maxwell, Hertz e outros estabeleceram que a luz é
uma onda eletromagnética. Fenômenos como a interferência, a difração e a
polarização,forneceram novas comprovações da natureza ondulatória da luz. No entanto, quando
observamos de perto a emissão, a absorção e o espalhamento da radiação eletromagnética,
descobrimos um aspecto completamente diferente da luz. Verificamos que a energia de uma
onda eletromagnética é quantizada; ela é emitida e absorvida em pacotes semelhantes a
partículas com energias definidas, chamados de fótons ou quanta. A energia de um único fóton é
proporcional à frequência da radiação. A luz e outra radiação eletromagnética exibem uma
dualidade onda-partícula: às vezes a luz age como onda e outras vezes, como partícula.
Interferência e difração demonstram comportamento ondulatório, ao passo que emissão e
absorção de fótons demonstram comportamento de partículas.

A física quântica (também conhecida como mecânica quântica e como teoria quântica) é,
principalmente, o estudo do mundo microscópico. Nesse mundo, muitas grandezas físicas são
encontradas apenas em múltiplos inteiros de uma quantidade elementar; quando uma grandeza
apresenta essa propriedade, dizemos que é quantizada. A quantidade elementar associada à
grandeza é chamada de quantum da grandeza (o plural é quanta) (Halliday, 2010, p.395).

O EFEITO FOTOELÉTRICO

Foi em 1886 e 1887 que Heinrich Hertz realizou as experiências que pela primeira vez
confirmarama existência de ondas eletromagnéticas e a teoria de Maxwell sobre a propagação da
luz. Hertz descobriu que uma descarga elétrica entre dois eletrodos ocorre mais facilmente
quando se faz incidir sobre um deles luz ultravioleta. Lenard, seguindo alguns experimentos de
Hallwachs, mostrou logo em seguida que a luz utravioleta facilita a descarga ao fazer com que
elétrons de uma superfície, devida à incidência da luz sobre essa superfície, é chamada efeito
fotoelétrico(Eisberg & Resnick, 1979, p.51).

A radiação do corpo negro foi o primeiro fenômeno a ser explicado por meio de um modelo
quântico. No fim do século XIX, ao mesmo tempo que dados sobre a radiação térmica eram
coletados, experimentos demonstraram que a luz incidente sobre determinadas superfícies
metálicas fazia com que estas emitissem elétrons. Este fenômeno, é conhecido como efeito
fotoelétrico e os elétrons emitidos são chamados fotoelétrons(Jewett & Serway, 2012, p.174).

Um fenômeno que nos ajuda a esclarecer a natureza da luz é o efeito fotoelétrico, no qual um
material emite elétrons de sua superfície quando iluminado (Figura 1). Para se desprender da
superfície, um elétron tem de absorver energia suficiente da luz para superar a atração dos íons
positivos do material. Essas forças de atração constituem uma barreira de energia potencial; a luz
fornece o “chute” que permite o desprendimento do elétron(Young & Freedman, 2016, p. 202).
Figura 1. O efeito fotoelétrico.

Frequência e potencial de corte

Segundo Eisberg & Resnick (1979, p.52) e Halliday (2010, p.398), a figura 2 mostra um
aparelho usado para estudar o efeito fotoelétrico. Um invólucro de vidro encerra o aparelho em
um ambiente no qual se faz vácou. na qual uma luz de frequência f incide em um alvo T,
ejetando elétrons. Uma diferença de potencial V é mantida entre o alvo T e o coletor C usado
para recolher esses elétrons, que são chamados de fotelétrons. Os elétrons ejetados produzem
uma corrente fotelétrica i que é medida pelo amperímetro A.

Figura 2. Montagem usada para estudar o efeito fotelétrico.

Segundo Young & Freedman (2016, p.204) e Tipler & Ralph (2017, p.146), dois eletrodos
condutores encontram-se no interior de um tubo de vidro a vácuo, são conectados por uma
bateria e o catodo é iluminado. Dependendo da diferença de potencial 𝑉𝐴𝐶 entre os dois catodos,
os elétrons emitidos pelo catodo iluminado (chamados de fotoelétrons) podem atravessar o
anodo, produzindo uma corrente fotoelétrica no circuito externo (o tubo é submetido a uma
pressão residual de 0,01 Pa ou menor para minimizar as colisões dos elétrons com as moléculas
gasosas). O catodo iluminado emite fotoelétrons com várias energias cinéticas. Se o campo
elétrico aponta para o catodo, como na Figura 3a, todos os elétrons são acelerados em direção ao
anodo e contribuem para a corrente fotoelétrica. No entanto, ao reverter o campo e ajustar sua
intensidade, como vemos na Figura 3b, podemos evitar que elétrons com energia menor
alcancem o anodo. De fato, podemos determinar a energia cinética máxima 𝐾máx dos elétrons
emitidos fazendo o potencial do anodo relativo ao catodo, 𝑉𝐴𝐶 , negativo o suficiente para que a
corrente pare. Isso ocorrerá quando 𝑉𝐴𝐶 = 𝑉0 , onde 𝑉0 é chamada de potencial de corte. Na
medida que um elétron se move do catodo para o anodo, o potencial diminui por 𝑉0 e o trabalho
negativo -e𝑉0 é exercido sobre o elétron (carregado negativamente). O elétron com mais energia
2 1
deixa o catodo com energia cinética 𝐾máx = 2 𝑚𝑉máx e possui energia cinética zero no anodo.
Usando o teorema trabalho - energia, obtemos:

𝑊𝑡𝑜𝑡 = −e𝑉0 = ∇𝐾 = 0 − 𝐾máx onde 𝑒 = 1,602. 10−19


1 2
e𝑉0 = 𝑚𝑉máx (Eq.1)
2

Figura 3. Uma experiência testando se o efeito fotoelétrico é consistente com o modelo ondulatório da luz.

Portanto, medindo o potencial de corte 𝑉0, podemos determinar a energia cinética máxima com a
qual os elétrons deixam o catodo. (Estamos desprezando qualquer efeito provocado pela eventual
diferença nos materiais do catodo e do anodo).

Segundo Young & Freedman (2016, p.204) e Eisberg & Resnick (1979, p.53), há trés aspectos
principais do efeito fotoelétrico qua não podem ser explicados em termos da teoria ondulatória
clássica da luz:

• Modelo ondulatório – previsão 1: a intensidade de uma onda eletromagnética depende


de sua amplitude, mas não de sua frequência. Assim, o efeito fotoelétrico deve ocorrer
para luz de qualquer frequência e a magnitude da corrente fotoelétrica não deve depender
da frequência da luz.
• Modelo ondulatório – previsão 2: é preciso uma certa quantidade de energia mínima,
chamada de função trabalho, para que um único elétron salte de uma superfície em
particular (veja a Figura 1). Se a luz que incide sobre a superfície é muito fraca, algum
tempo pode decorrer antes de a energia total absorvida pela superfície ser igual à função
trabalho. Dessa forma, para uma iluminação fraca, esperamos um atraso de tempo entre o
momento em que a luz é ligada e quando os fotoelétrons aparecem.
• Modelo ondulatório – previsão 3: como a energia que incidiu sobre a superfície do
catodo depende da intensidade da iluminação, esperamos que o potencial de corte
aumente com o aumento da intensidade da luz. Uma vez que a intensidade não depende
da frequência, esperamos que o potencial de corte não dependa da frequência da luz.

Segundo Young & Freedman (2016, p.205) e Jewett & Serway (2012, p.175), o resultado
experimental mostra-se muito diferente dessas previsões. A seguir, são apresentados os
resultados obtidos entre os anos de 1877 e 1905:

• Resultado experimental 1: a corrente fotoelétrica depende da frequência da luz. Para


um determinado material, a luz monocromática com uma frequência abaixo da
frequência de corte mínima não produz nenhuma corrente fotoelétrica,
independentemente de sua intensidade. Para a maioria dos metais, a frequência de corte é
a ultravioleta (que corresponde a um comprimento de onda 𝜆 entre 200 e 300 nm), mas
para outros materiais, como óxido de potássio e óxido de césio, ela está no espectro
visível (𝜆 entre 380 e 750 nm).
• Resultado experimental 2: não existe um intervalo de tempo mensurável entre o
instante em que a luz é ligada e aquele em que o catodo emite fotoelétrons (supondo que
a frequência da luz supere a frequência de corte). Essa é uma verdade,
independentemente do quanto a luz é fraca. Os elétrons são emitidos da superfície do
metal quase instantaneamente (menos de 10−9s após a superfície ser iluminada), mesmo
para intensidades de luz muito baixas.
• Resultado experimental 3: o potencial de corte não depende da intensidade, mas da
frequência. A Figura 4 mostra um gráfico da corrente fotoelétrica em função da diferença
de potencial 𝑉𝐴𝐶 para a luz com uma determinada frequência e em duas intensidades
diferentes. A diferença de potencial -𝑉0 invertida, necessária para reduzir a corrente a
zero, é a mesma para ambas as intensidades. O único efeito do aumento da intensidade é
o aumento do número de elétrons por segundo e, consequentemente, a corrente
fotoelétrica i. (As curvas se estabilizam quando 𝑉𝐴𝐶 é suficientemente grande e positiva,
pois nesse ponto todos os elétrons emitidos são coletados pelo anodo.) Se a intensidade
da luz permanece constante, mas a frequência aumenta, o potencial de corte também
aumenta. Em outras palavras, quanto maior a frequência da luz, maior é a energia dos
fotoelétrons liberados.
Esses resultados contradizem diretamente a descrição da luz feita por Maxwell, como uma onda
eletromagnética. Uma solução para esse dilema foi fornecida por Albert Einstein em 1905. Sua
proposta consistia em nada menos que uma nova teoria para a natureza da luz.

Figura 4. Corrente fotoelétrica i em função do potencial 𝑉𝐴𝐶 do anodo em relação ao catodo para uma
frequência da luz f constante.

Teoria do fóton proposta por Einstein

Em 1905, Einstein propôs que a radiação eletromagnética (ou, simplesmente, a luz) é quantizada;
a quantidade elementar de luz hoje recebe o nome de fóton. Einstein fez um postulado radical de
que um feixe de luz era constituído por pequenos pacotes de energia, chamados fótons ou quanta.
Esse postulado foi uma extensão de uma ideia desenvolvida cinco anos antes por Max Planck
para explicar as propriedades da radiação de corpo negro, Na teoria de Einstein, a energia E de
um fóton é igual a uma constante vezes a frequência f. De acordo com a relação f = c/λ para
ondas eletromagnéticas no vacou temos:
𝑐
𝐸 = ℎ𝑓 = ℎ 𝜆 (Eq.2)

onde h é uma constante universal, chamada de constante de Planck. O valor numérico dessa
constante, com a precisão conhecida hoje, é h =6,625. 10−34 J · s e c = 3. 108 m/s (Young &
Freedman, 2016, p.205).

Na teoria de Einstein, um único fóton chegando em uma superfície na Figura 1 é absorvido por
um único elétron. Essa transferência de energia é um processo de tudo ou nada, contrastando
com a transferência contínua de energia que existe na teoria de onda da luz; o elétron absorve
toda a energia do próto ou absolutamente nenhuma. O elétron pode se desprender da superfície
somente se a energia que ele adquirir for maior que a função trabalho f. Dessa forma, os
fotoelétrons serão emitidos somente se hf > 𝜙 ou f > 𝜙/h. Portanto, o postulado de Einstein
explica por que o efeito fotoelétrico ocorre apenas para frequências superiores a um limite
mínimo de frequência. Esse postulado também é consistente com a observação de que maior
intensidade provoca maior corrente fotoelétrica (Figura 4). Maior intensidade em uma frequência
específica significa maior número de fótons absorvidos por segundo e, portanto, maior número
de elétrons emitidos por segundo e uma maior corrente fotoelétrica (Young & Freedman, 2016,
p.206).
Segundo Young & Freedman (2016, p.206) , o postulado de Einstein também explica por que
não existe intervalo algum entre a iluminação e a emissão de fotoelétrons. Assim que fótons com
energia suficiente atingem a superfície, elétrons podem absorvê-los e ser liberados. Finalmente, o
postulado de Einstein explica por que o potencial de corte para uma determinada superfície
depende apenas da frequência da luz. Lembre-se de que 𝜙 é a energia mínima necessária para
remover um elétron de uma superfície. Einstein aplicou a conservação da energia para descobrir
1
2
que a energia cinética máxima 𝐾máx = 2 𝑚𝑉máx para um elétron emitido é a energia hf obtida de
um fóton menos a função trabalho 𝜙:
1 2
𝐾máx = 2 𝑚𝑉máx = ℎ𝑓 − 𝜙 (Eq.3)

1 2
Substituindo e𝑉0 = 𝑚𝑉máx da Equação 1, encontramos:
2

e𝑉0 = ℎ𝑓 − 𝜙 (Eq.4)

Segundo Tipler & Ralph (2017, p.147), de acordo com a Equação 4, a inclinação da reta que
representa o potencial de corte 𝑉0 em função da frequência f é igual a h/e. Na época em que
Einstein fez esta previsão, não havia nenhuma comprovação experimental de que a constante de
Planck estivesse relacionada ao efeito fotelétrico. Também não havia provas de que o potencial
de corte fosse função da frequência. Experimentos realizados por Millikan em 1914 e 1916
mostraram que a Equação 4 estava correta e o valor de h calculado a partir desses experimentos
concordou com o valor obtido por Planck. A Figura 5 mostra um dos gráficos de Millikan. A
frequência mínima para que o efeito fotelétrico seja observado, denominada 𝑓𝑡 nos gráficos da
Figura 5, e o comprimento de onda máximo correspondente, 𝜆𝑡 , podem ser obtidos a partir da
função trabalho fazendo 𝑉0 = 0 na Equação 4:
𝑐
𝜙 = ℎ𝑓𝑡 = ℎ 𝜆 (Eq.5)
𝑡

Figura 5. Dados obtidos por Millikan para o potencial de corte em função da frequência e Potencial de
corte em função da frequência para dois materiais do catodo que possuam uma função trabalho
diferente.
Einstein propôs ainda que, sempre que a luz é absorvida ou emitida por um objeto, a absorção ou
emissão ocorre nos átomos do objeto. Quando um fóton de frequência f é absorvido por um
átomo, a energia hf do fóton é transferida da luz para o átomo, um evento de absorção que
envolve a aniquilação de um fóton. Quando um fóton de frequência f é emitido por um átomo,
uma energia hf é transferida do átomo para a luz, um evento de emissão que envolve a criação de
um fóton. Isso significa que os átomos de um corpo têm a capacidade de emitir e absorver
fótons. Quando um objeto contém muitos átomos, podem predominar os eventos de absorção,
como acontece nos óculos escuros, ou os eventos de emissão, como acontece nas lâmpadas. Em
qualquer evento de absorção ou emissão, a variação de energia é sempre igual à energia de um
fóton (Halliday, 2010, p.396).

A teoria do fóton também explica outros fenômenos nos quais a luz é absorvida. Um
bronzeamento solar é causado quando a energia da luz solar dispara uma reação química nas
células da pele que leva ao aumento da produção do pigmento melanina. Essa reação pode
ocorrer somente se uma molécula específica na célula absorve uma certa quantidade mínima de
energia. Um fóton com comprimento de onda curto ultravioleta possui energia suficiente para
disparar essa reação, mas uma luz visível com comprimento de onda maior não consegue. Sendo
assim, a luz ultravioleta causa o bronzeado, mas a luz visível, não (Young & Freedman, 2016,
pp.207).

Momento linear do fóton

Segundo Young & Freedman (2016, p.206), o conceito de fóton se aplica a todas as regiões do
espectro eletromagnético, inclusive as ondas de rádio, os raios X e assim por diante. Um fóton de
qualquer frequência f e comprimento de onda 𝜆 possui uma energia E dada pela Equação 2.
Além disso, de acordo com a teoria especial da relatividade, toda partícula que possui energia
também deve possuir momento linear. Os fótons têm massa de repouso igual a zero e um fóton
com energia E possui momento linear com módulo p obtido da relação E = pc. Logo, o módulo p
do momento linear do fóton é:
𝐸 ℎ𝑓 ℎ
𝑝= = =𝜆 (Eq.6)
𝑐 𝑐

A direção e o sentido do momento linear do fóton são simplesmente a direção e o sentido da


propagação da onda eletromagnética.
Resolução do exercício

Exercício 13 (AP11 )

Para um certo material catódico, em um experimento sobre o efeito fotoeléctrico, mede-se um


potencial de freado de 1 V para luz de comprimento de onda 600 nm, de 2 V para 400 nm e de 3
V para 300 nm. Determine, graficamente, o trabalho de extracção desse material e o valor da
constante de Planck.

Dados Formula/Resolução
𝑐
ℎ =? e 𝜙 =? 𝑐 = 𝑓. 𝜆 ⇒ 𝑓 = 𝜆 e e𝑉0 = ℎ𝑓 − 𝜙

𝑐 3.108
𝑉0 = 1𝑉 → 𝜆1 = 600𝑛𝑚 𝑓1 = 𝜆 = 6.10−7 = 0,5. 1015 𝐻𝑧
1

𝑐 3.108
𝑉0 = 2𝑉 → 𝜆2 = 400𝑛𝑚 𝑓2 = 𝜆 = 4.10−7 = 0,75. 1015 𝐻𝑧
2

𝑐 3.108
𝑉0 = 3𝑉 → 𝜆3 = 300𝑛𝑚 𝑓3 = 𝜆 = 3.10−7 = 1. 1015 𝐻𝑧
3

Quando 𝑓 = 0 na equação e𝑉0 = ℎ𝑓 − 𝜙 então a e𝑉0 = − 𝜙 . 𝜙 = e𝑉0 = 1,602. 10−19 𝐽


ℎ 𝜙 𝑒𝑉0 ℎ
Quando 𝜙 = 0 na equação 𝑉0 = 𝑒
𝑓 −
𝑒
, ficamos com e𝑉0 = ℎ𝑓 ⇒ ℎ =
𝑓
onde 𝑎 = =
𝑒
ℎ ∆𝑉0 𝑉−𝑉0 2−1
inclinação. 𝑎 = 𝑒 = ∆𝑓
= 𝑓−𝑓0
= 0,75.1015 −0,5.1015
= 4. 10−15 𝐽. 𝑠/𝑐

ℎ = 𝑎. 𝑒 = (1,602. 10−19 ). ( 4. 10−15 ) = 6,417. 10−34 𝐽. 𝑠

R: A função trabalho de extracção desse material é 1V e a constante de Planck vale


6,417. 10−34 𝐽. 𝑠.
𝜙 1
Quando 𝑉0 = 0 , temos que ℎ𝑓 = 𝜙 ⇒ 𝑓𝑡 = ℎ
= 4.136−15 = 0,25. 1015 𝐻𝑧 que é a frequência corte.

Figura 6. Potencial de corte como uma função da frequência.


Conclusão

O efeito fotoelétrico possui um grande número de aplicações. Câmeras digitais e óculos de visão
noturna o utilizam para converter energia luminosa em um sinal elétrico que é reconstituído em
uma imagem . A luz do Sol incidindo sobre a Lua faz que a poeira de sua superfície libere
elétrons, deixando as partículas de poeira com uma carga positiva. A repulsão elétrica mútua
dessas partículas de poeira carregadas faz que elas se ergam acima da superfície da Lua, um
fenômeno que foi observado a partir da órbita lunar pelos astronautas da Apollo. A fotemissão de
elétrons se tornou um método importante para investigar a estrutura dos cristais e moléculas e foi
responsável pela descoberta de processos que eram totalmente desconhecidos na época de Hertz.
O uso de fontes de raios X e detectores de precisão permitiu determinar as configurações exatas
dos elétrons de valência nos compostos químicos, o que levou a uma melhor compreensão das
ligações químicas e das diferenças entre as propriedades dos átomos na superfície e no interior
dos sólidos. Os microscópios baseados no efeito fotelétrico que hoje estão sendo desenvolvidos
poderão revelar o estado químico de cada elemento em uma amostra, uma informação
extremamente importante para a biologia molecular e a microeletrônica.
Referencias bibliográficas

• Eisberg , R., & Resnick, R. (1979). Física Quântica. Editora Campus. Revista ELSEVIER.
Retirado de https://www.academia.edu/50902822/Física_Quântica_Eisberg_e_Resnick

• Serway, R. A. & Jewett Jr., J. W. (2012). Física para cientistas e engenheiros, volume 4 : luz,
óptica e física moderna. 8a edição norte-americana ; tradução All Tasks ; revisão técnica Carlos
Roberto Grandini. São Paulo : Cengage Learning. Retirado de
https://in.1lib.limited/book/4991271/965f7f

• Halliday, D., Resnick, R., & Walker, J. (2016). Fundamentos de física, volume 4 : óptica e física
moderna (Vol. IV). (R. Sérgio, Trad.) Rio de Janeiro: LTC — Livros Técnicos e Científicos
Editora Ltda. Obtido em 23 de Julho de 2021. Retirado de http://clkme.in/qUMWiu

• Young, H. D., & Freedman, R. A. (2016). FÍSICA IV: ÓTICA E FÍSICA MODERNA. São
Paulo: Pearson Education do Brasil Ltda. Obtido em 25 de Julho de 2021. Retirado de
http://www.mediafire.com/file/xhq12hzcs5cn46m/Vol._4.pdf/file

• Tipler, P. A. & Llewellyn, R. A. (2017). Física moderna. tradução e revisão técnica Ronaldo
Sérgio de Biasi. 6. ed. Rio de Janeiro : LTC. Retirado de
https://www.academia.edu/49273042/Física_Moderna_6a_Edição

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