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Interação radiação-matéria

Ao longo dos tempos, os físicos foram-se apercebendo que a radiação que incidia sobre a
matéria interatuava com ela.

Ao interpor uma solução corada entre uma fonte emissora de luz branca e um espetroscópio,
a solução absorve determinadas radiações, correspondentes às energias necessárias para excitar
os eletrões dos átomos do soluto corado.

As radiações absorvidas, quando os eletrões são promovidos a estados de energia mais


elevados (excitados), também podem ser emitidas quando eles regressam ao seu estado
energético inicial.

De que modo se traduz esta interação da radiação com a matéria foi um problema cujas
respostas, nem sempre pacíficas, tardaram a encontrar consenso.
Interação radiação-matéria
Em 1887, Heinrich Hertz descobriu o efeito fotoelétrico
quando percebeu que a luz ultravioleta, ao incidir num
elétrodo, facilitava uma descarga elétrica.

Em 1900, Planck sugeriu que a interação entre a radiação


eletromagnética e a matéria se traduziria na troca de
quantidades discretas de energia (a que chamou “quantum”),
proporcionais à frequência da radiação.

Em 1905–1906, Albert Einstein baseado nos estudos de


Planck considerou que a radiação seria constituída por um
feixe de partículas, denominadas fotões, cuja energia seria
dada pela equação:
E = n∙h∙f
E – energia (unidade SI: joule, J);
Relação entre frequência (ν) e n – número de fotões;
comprimento de onda (λ): h – constante de Planck ( h = 6,626 x 10-34 J s);
f – frequência da radiação (unidade SI: hertz, Hz);
c = λ∙ν λ – comprimento de onda (unidade SI: metro, m)
c – velocidade da luz no vácuo (c ≈ 3,00 x 108 m s-1)
Interação radiação-matéria – Aplicações
O conhecimento de como radiação e matéria interagem permitiu o desenvolvimento de
aparelhos, com o objetivo de aumentar a qualidade de vida do Homem.

Micro-ondas
Os fornos de micro-ondas permitem o aquecimento de
alimentos por causa da excitação das moléculas de água dos
alimentos.

LASER (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation)


O laser é utilizado nas mais diversas aplicações: médicas (cirurgias), fisioterapeuticas
(anti-inflamatório, regenerador e analgésico), industriais (cortar metais, medir
distâncias), comerciais (fibras óticas, leitores de códigos de barra), bélicas (miras laser)
e mesmo todos os dias nas nossas casas (leitor de CD e DVD, laser pointer).

Raio-X
São utilizados na medicina (análise dos órgãos internos, tratamento
de tumores e doenças ósseas) e na indústria (exame de fraturas de
pelas, condições de fundição).

Radiação visível (lâmpadas); Infravermelhos (controlo remoto de


aparelhos) e outras radiações com as suas múltiplas aplicações.
Efeito fotoelétrico
O que é?
O efeito fotoelétrico consiste na emissão de eletrões, com uma determinada
velocidade (energia cinética), por um metal, quando sobre este se faz incidir radiação
eletromagnética com uma energia superior à energia mínima necessária para ionizar
esse metal (Energia mínima de remoção), no estado sólido.

– Se E radiação incidente < E mínima de remoção eletrão radiação


não se verifica o efeito fotoelétrico;

– Se E radiação incidente ≥ E mínima de remoção


metal
verifica-se o efeito fotoelétrico;
Quando Eradiação incidente > Emínima de remoção os eletrões ejetados apresentam energia
cinética.
Energia da rad. incidente = Energia mín. de remoção + Energia cinética
1
h  Eremoção  melectrão v 2
2
NOTA: O n.º de eletrões ejetados depende da intensidade (brilho, no caso da radiação
visível) da radiação incidente.
Efeito fotoelétrico
simulação do efeito fotoeléctrico
O endereço do link está apresentado em baixo:

http://phet.colorado.edu/sims/photoelectric/photoelectric_en.jar
Aplicações do Efeito fotoelétrico
O efeito fotoelétrico é frequentemente utilizado no dia a dia em inúmeros instrumentos e
aparelhos de grande utilidade.

As células fotoelétricas Uma célula fotoelétrica


são instrumentos que transforma energia
funcionam com base no radiante em energia
efeito fotoelétrico. elétrica.

Porta automática Detetor de fumo

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