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Departamento de Física
Lic. Meteorologia
Óptica e Ondas
Efeito fotoeléctrico
Discente:
Carimo Lazima
Docentes:
1. Introdução ........................................................................................................................ 4
4. Conclusão ........................................................................................................................ 11
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivos gerais
Estudar o efeito fotoeléctrico.
3. Resultados e discussões
Quando iluminamos a superfície de um metal com um raio luminoso, de comprimento de onda
suficientemente pequeno, a luz faz com que electrões sejam emitidos pelo metal. O fenómeno,
que recebe o nome de efeito fotoeléctrico, é essencial para o funcionamento de equipamentos
como câmaras de TV e óculos de visão nocturna. Einstein usou a ideia do fotão para explicar
esse efeito. Vamos analisar dois experimentos básicos que envolvem o efeito fotoeléctrico.
Ambos fazem uso da montagem, na qual uma luz de frequência f incide em um alvo T,
ejectando electrões. Uma diferença de potencial V é mantida entre o alvo T e o colector C usado
para recolher esses electrões, que são chamados de fotelétrones. Os electrões ejectados
produzem corrente fotoeléctrica i que é medida pelo amperímetro A.
3.1. Efeito fotoeléctrico
O efeito fotoeléctrico foi descoberto em 1886 pelo físico alemão Heinrich Hertz (1857-
1894). Na ocasião, Hertz percebeu que a incidência da luz ultravioleta em chapas metálicas
auxiliava a produção de faíscas. A explicação teórica para o efeito fotoeléctrico, entretanto, só
foi apresentada pelo físico alemão Albert Einstein, em 1905. :(Addison-Wesley, p.843-844)
3.1.1. Fotões
Os fotões são as partículas que compõem a luz e podem ser definidos como pequenos “pacotes”
que transportam a energia contida nas radiações electromagnéticas. Segundo Einstein, um fotão
deve possuir uma quantidade fixada e energia, definida pela seguinte equação).(Young;p202-
209).
𝐄 = 𝐡. 𝐟 (1)
Onde:
3.1.2. Electrão-volt
O electrão-volt é a quantidade de energia potencial eléctrica experimentada por uma partícula
carregada com o menor valor de carga existente, a carga fundamental, quando colocada em
uma região de potencial eléctrico igual a 1 V. Logo, 1 eV é equivalente a 1,6. 10−19 J.
Além do electrão-Volt, é comum o uso de prefixos como: keV (quiloeletrao-Volts, 103 eV),
MeV(megaelétron-Volts,106 eV), TeV (teraelétron-Volts, 109 eV).(Young;p202-209)
Caso a energia de um fotão seja grande o suficiente, ela pode arrancar electrões do material. A
energia cinética de um electrão ejectado pode ser calculada por meio da seguinte equação:
𝐄𝐜 = 𝐄 − 𝚽 (2)
Onde:
De acordo com a expressão acima, a energia cinética adquirida pelos electrões (𝐸𝑐 ) depende da
energia dos fótons incidentes (E) e também de Φ (função trabalho). Tal grandeza mede a
quantidade de energia potencial pela qual os electrões encontram-se ligados ao material, trata-
se da energia mínima necessária para arrancá-los. Portanto, toda a energia excedente é
transferida para os electrões em forma de energia cinética. Aqui é importante perceber que a
energia cinética adquirida pelos electrões depende exclusivamente da frequência da luz
incidente e não da intensidade da luz que é emitida. (Halliday.Resnick;4ºEdição, p.414-450)
3.2. Aplicações do efeito fotoeléctrico
Hoje há diversas aplicações para esse efeito, sendo a principal a transformação de energia
luminosa (como a solar) em energia eléctrica, como é o caso das células fotovoltaicas utilizadas
nos painéis solares.
Células fotovoltaicas;
Relés;
Sensores de movimento;
Fotoresistores.
Os painéis solares utilizados para produção de energia eléctrica são exemplos de aplicação do
efeito fotoeléctrico.
Outro equipamento comum que utiliza esse efeito é o sensor de movimento que detecta a
radiação infravermelha de quando algo se move.
3.3. Experiências
3.3.1. Primeira experiência
Ajustamos a diferença de potencial V, usando o contacto deslizante, para que o colector C fique
ligeiramente negativo em relação ao alvo T. A diferença de potencial reduz a velocidade dos
elétrons ejectados. Em seguida, aumentamos o valor negativo de V até que o potencial atinja o
valor, Vcorte, chamado potencial de corte, para o qual a corrente medida pelo amperímetro A
é nula. Para V = Vcorte, os elétrons de maior energia ejectados pelo alvo são detidos pouco
antes de chegar ao colector. Assim, Kmáx, a energia cinética desses elétrons, é dada por:
O segundo experimento consiste em medir o potencial de corte Vcorte para várias frequências
f da luz incidente. Mostra um gráfico de Vcorte em função de f. Note que o efeito fotoeléctrico
não é observado, se a frequência da luz for menor que certa frequência de corte f0, ou seja, se
o comprimento de onda for maior que certo comprimento de onda de corte λ0 = c/f0. O
resultado não depende da intensidade da luz incidente. Esse resultado constitui outro mistério
para a física clássica. Se a luz se comportasse apenas como uma onda electromagnética, teria
energia suficiente para ejectar electrões, qualquer que fosse a frequência, contanto que a luz
fosse suficientemente intensa. Entretanto, não é isso que acontece. Quando a frequência da luz
é menor que a frequência de corte f0, não são ejectados electrões, por mais intensa que seja a
luz. A existência de uma frequência de corte é explicada naturalmente quando pensamos na luz
em termos de fotões. Os electrões são mantidos na superfície do alvo por forças eléctricas. (Se
essas forças não existissem, os electrões cairiam do alvo por causa da força gravitacional.) Para
escapar do alvo, um elétron necessita de uma energia mínima, que depende do material de que
é feito o alvo e recebe o nome de função trabalho. Se a energia hf cedida por um fóton a um
elétron é maior que a função trabalho do material (ou seja, se hf > Φ), o elétron pode escapar
do alvo; se a energia cedida é menor que a função trabalho (ou seja, se hf < Φ), o elétron não
pode escapar.
ℎ𝑓 = 𝑘𝑚𝑎𝑥 + Φ (4)
Como as razões h/e e Φ/e são constantes, é de se esperar que o gráfico do potencial de corte
Vcorte em função da frequência f da luz incidente seja uma linha recta. Além disso, a inclinação
da linha recta deve ser igual a h/e. Para verificar se isso é verdade, medimos ab e bc e
escrevemos:
ℎ 𝑎𝑏 2,35𝑉 − 0,72𝑉
= = = 4,1𝑥10−15 𝑉. 𝑆
𝑒 𝑏𝑐 (11,2𝑥1014 − 7,2𝑥1014 𝐻𝑍
Multiplicando este resultado pela carga elementar 𝑒, obtemos
ℎ = (4,1𝑥10−15 𝑉. 𝑆)(1,6𝑋10−19 𝐶) = 6,6𝑋10−34 𝐽. 𝑆
Que está de acordo com o valor de h medido por outros métodos.
Resultado clássico esperado: os electrões devem absorver a energia, de modo contínuo, das
ondas electromagnéticas. Quando a intensidade da luz incidente sobre um metal aumenta, a
energia deve ser transferida para ele a uma proporção maior e os electrões serem ejectados com
uma energia cinética maior.
Resultado experimental: A energia cinética máxima dos fotoelectrões é independente da
intensidade da luz.
YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. (2016). Física. Ótica e Física Moderna. 4 14 ed.
São Paulo: Pearson. p. 202-209.ISBN 978-85-430-0671-0.