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Material Elaborado por Caio Guimarães

Física Moderna:
Análise da Aplicação da Teoria
nos Exercícios do ITA

Capítulo 1: Como tudo Começou


Catástrofe do Ultravioleta e Efeito Fotoelétrico

Nota do Autor
A idéia desse artigo é apresentar os conceitos (geralmente incomuns nos
cursos de ensino médio) do inicio da teoria de Física Moderna. Não nos
preocuparemos muito com a demonstração rigorosa de todos os resultados
que aqui discutiremos, até porque muitos deles se baseiam em teorias
avançadas demais (e desnecessárias no momento) para os alunos do ensino
médio (ou que querem prestar o vestibular do ITA). Lembrando aos que
prestarão ITA, esse assunto como é cobrado no vestibular, não chega a ser de
complexidade tão alta, porém são coisas que o aluno precisa ter tido contato
para entender. Sugerimos que o leitor leia com atenção a teoria, e pratique
todos os exercícios que estão aqui apresentados. Bons estudos!

Introdução
A Física é um ramo da ciência que se preza pela sua consistência de sua
teoria. Uma Lei da física é algo que deve ser seguida independentemente da
situação em que esteja sendo analisada. No início do século XIX a física
parecia já ter mapeado grande parte dos fenômenos naturais com suas leis.
Até o momento grandes nomes já haviam sido consagrados com suas teorias
explicando fenômenos como o movimento de corpos (mecânica newtoniana e
gravitação), movimento da luz (óptica), máquinas térmicas,
eletromagnetismo... Foi exatamente então que começaram surgir furos na
teoria clássica; furos esses que só seriam explicados com teorias
completamente inovadoras e bem diferentes das tendências estudadas até
então. Apresentaremos agora alguns fenômenos (esses furos) que foram
analisados, e que consequentemente deram inicio à Mecânica Quântica.
A Catástrofe do Ultravioleta
A teoria clássica da física apresentava um dos seus primeiros furos ao se
estudar a emissão de um corpo negro. Corpo negro é qualquer corpo que
absorve totalmente a energia emitida sobre ele. Um corpo negro ao ser
incidido com certa energia emitirá energia na forma de energia
eletromagnética (produzindo luz e calor). Naturalmente, deveria existir uma
lei matemática que nos dá a dependência da intensidade emitida com a
temperatura e a freqüência emitida. Os conhecimentos da Física Clássica nos
davam a seguinte expressão (elaborada pelo trabalho de Rayleigh-Jeans e
Boltzmann):
8 kT
I 4

O gráfico da intensidade em função do comprimento de onda é decrescente


com o aumento do comprimento de onda. Isso gera o absurdo em questão.
Para freqüências no espectro do ultravioleta teríamos uma intensidade
tendendo a infinito, o que viola a lei da conservação de energia.

Os gráficos experimentais mostravam que a função deveria ter um máximo


global, o que não acontecia até então com as teorias conhecidas.

O Efeito Fotoelétrico
O efeito fotoelétrico foi primeiramente estudado por Hertz, e posteriormente
Einstein. O fenômeno consiste do seguinte. A partir de uma placa metálica,
incide-se uma freqüência crescente de energia. A partir de certo instante,
elétrons são arrancados dessa placa.
Isso pode ser evidenciado com o
seguinte experimento de Einstein.
Um circuito é montado com duas
placas metálicas. Ao aumentarmos a
freqüência de luz incidida sobre a
placa metálica, o amperímetro
indica passagem de corrente.

Tal fenômeno ajudará nas teses


(que veremos mais a frente) da
dualidade partícula onda. Por enquanto fique registrado o caráter não usual
de que apenas a partir de certa freqüência houve emissão de elétrons, não
importando a intensidade de energia emitida.

Por quê?
Teoria de Max Planck

Diante de tais impasses Planck propôs uma


teoria que revolucionaria física. E se tudo
aquilo que até então acreditássemos fosse
apenas uma parte da verdade? Obviamente a
teoria clássica não pode estar errada. Ela possui
uma consistência suficiente para acreditarmos
nela. Planck então propôs um modelo que,
apesar de alterar os conceitos físicos já
imaginados na época, funcionaria apenas como
uma extensão da realidade. Ou seja, a teoria de
Planck, de certa forma engloba a teoria clássica
no mundo macroscópico, mas também explica
coisas novas no mundo microscópico.

A teoria de Planck primeiro surgiu ao tentar atacar o impasse do Corpo


Negro. Planck descobriu uma expressão, que nem ele mesmo conseguiu
demonstrar teoricamente ao apresentar para seus colegas da Berlin Physical
Society. Em 1900, Planck apresentou a função que se ajustava a todos
experimentos da emissão do corpo negro, porém que seguia uma teoria
completamente inovadora. Eis a teoria de Planck:

Segundo Planck, um átomo oscilando com freqüência f só pode absorver ou


emitir energia em múltiplos inteiros de h.f onde h é uma constante
(conhecida como Constante de Planck). Essa quantidade h.f foi denominada
pelo cientista como quantum de energia ou fóton.

E n.h. f n
A constante de Planck, determinada para que a equação matemática se
ajustasse aos dados experimentais (que a principio Planck não sabia se de
fato tinha ou não um significado físico) é dada por:

34
h 6, 63 .10 J .s

É comum encontrar o termo h em livros do assunto (usaremos essa notação


h
mais a frente). Por convenção: h .
2
Voltando ao problema: Corpo Negro
Com base na sua recém teoria era possível encontrar uma função matemática
que se ajustasse aos experimentos feitos (uma que não violasse o principio da
conservação de energia). A expressão apresentada por Planck foi a seguinte:

8 hc 1
I 5
. hc
KT
e 1

Fica como exercício para o leitor mostrar que essa função possui um maximo
global (usando noções básicas de derivada, ver artigo de derivadas no site
rumoaoita.com).

A figura abaixo mostra o gráfico dessa função.

Encontrando o máximo da função teremos que:


b
I max
T

Tal expressão é conhecida como lei do deslocamento de Wien, e a constante


3
de Wien é dada por: b 2,89.10 m.K
Exercício contextualizado
Sabemos que a temperatura média da superfície da estrela polar é de 8300K.
Qual das opções propostas pode melhor representar o comprimento de onda
relativo a radiação espectral máximc?

(a) 3500 Angstrons (b) 2100 Angstrons (c) 4500 Angstrons


(d) 1500 Angstrons (e) 5000 Angstrons

Solução:
A expressão que nos dá o comprimento de onda para o pico de intensidade
para uma dada temperatura é a Lei de Deslocamento de Wien. Para obter a
expressão, como foi visto anteriormente, bastaria derivar a expressão de Planck
para I em função de lambda e T. O resultado nos diz que:

0, 00289 0, 00289 10
I max I max 3500.10 m
T 8300

Resposta: Item a

Voltando ao problema: Efeito Fotoelétrico


O fato que causava problema na compreensão de a intensidade da luz
incidida não ser fator no arrancamento dos elétrons podia ser agora
explicada pela teoria de Planck. A energia emitida é meramente função da
freqüência.

Discutimos que para que o elétron seja libertado é preciso que receba uma
freqüência mínima, chamada de freqüência de corte. Recebendo uma energia
correspondente a uma freqüência maior ou igual à de corte há liberação de
elétrons (obrigatoriamente deverá ser no mínimo o valor da de corte).

Incidindo uma energia h.f numa placa metálica (maior que a energia de corte)
parte da energia será usada para superar o corte e o restante dará energia para
os elétrons (a menos que haja uma força dissipativa, essa energia será
transformada em cinética). A conservação de energia, ou equação de Einstein
para o efeito fotoelétrico é dada por:

hf h. f 0 Emax

OBS: A energia de corte (h. f o) é também denominada de função trabalho.


Sendo essa energia máxima transferida totalmente à energia cinética, temos:
1
mV
. ² h. f f0
2

Sabendo que a energia de corte pode ser dada em função de um potencial


(pela definição física Energia = Potencial x Carga), temos:
E0
V0
e

Segue que:
h
V0 . f f0
e

Isto é, o potencial de corte é uma reta em função da freqüência de luz


incidente. Um experimento de laboratório interessante é determinar a
constante de planck utilizando dados experimentais (é só lembrar que o
coeficiente angular da reta resultante será h/e). É importante então concluir
que o potencial de corte depende do material porém seu coeficiente angular
h/e é constante para todos os materiais.

Podemos inclusive fazer uma análise de como é o comportamento do gráfico


da corrente de elétrons liberados em função da voltagem estabelecida.

Para uma dada intensidade de luz incidida temos um aumento de corrente


com o aumento da voltagem. Notar que basta aplicar uma ddp com a
voltagem de corte negativa para zerar a corrente. Tal ddp que zera a corrente é
a mesma independente da intensidade do feixe incidido, porém a corrente de
saturação não é (veja a figura acima).
Exercício contextualizado resolvido
Sobre um circuito de efeito fotoelétrico são incididos radiações de duas
freqüências diferentes, de comprimentos 1 e 2 (maiores que a frequência de
corte do material). Os elétrons liberados por cada incidência têm velocidades
V 1 e V2 tais que a razão entre V1 e V2 é dada por k. Determine o valor da
função trabalho do material usado em função de k, h, c (velocidade da luz), 1
e 2.

Solução:
Da conservação de energia (lembrando que a função trabalho é constante para
um dado material):
1
mV
. 1 ² hf1 E0
2
1
mV
. 2 ² hf 2 E0
2

Dividindo as duas equações:


2

V1 hf1 E0
V2 hf 2 E0
k

Lembrando que c = .f , segue:


hc
E0
1 hc.k ² hc
k² k ² E0 E0
hc
E0 2 1

1 k²
1 k ² E0 h.c.
1 2

h.c 1 k²
E0
1 k² 1 2
Exercícios Propostos:
1. (ITA) Incide-se luz num material fotoelétrico e não se observa a emissão de
elétrons. Para que ocorra a emissão de elétrons do mesmo material basta que
aumente(m):

a) a intensidade de luz
b) a frequência da luz
c) o comprimento de onda da luz
d) a intensidade e a freqüência da luz
e) a intensidade e o comprimento de onda da luz

2. Uma luz monocromática de comprimento de onda 450 nm incide sobre uma


19
placa de sódio cuja função trabalho é 3, 7.10 J . Qual é a energia cinética
máxima dos elétrons emitidos? Qual é a freqüência de corte para o sódio?

3. Qual é o valor da razão entre a função trabalho e a freqüência de corte do


efeito fotoelétrico?

4. (ITA 2006) Aplica-se instantaneamente uma força a um corpo de massa


m=3,3 kg preso a uma mola, e verifica-se que este passa a oscilar livremente
com a frequência angular de 10 rad/s. Agora, sobre esse mesmo corpo preso à
mola, mas em repouso, faz-se incidir um feixe de luz monocromática de
freqüência f=500.1012 Hz, de modo que toda a energia seja absorvida pelo
corpo, o que acarreta uma distensão de 1mm da sua posição de equilíbrio.
Determine o numero de fótons contido no feixe de luz. Considere a constante
de Planck h=6,6 .10-34 Js

5. Uma luz de comprimento de 7000 A incide sobre uma placa metálica cuja
função trabalho vale 1,79 eV. O que é correto dizer a respeito do que
acontecerá?
a) não ocorrerá efeito fotoelétrico
b) apenas existe energia para romper o vínculo com a placa
c) depende da intensidade de luz incidente
d) elétrons são emitidos da placa com energia cinética de 1,768 eV
e) depende da área luminada da placa.

Gabarito:
1. b 2. f= 0,56. 1015 Hz ; E=0,7.10-19 J 3. h
4. 5. a
Créditos
O material é de origem original, digitado e compilado por mim, porém com
várias referencias. Utilizei o caderno de um professor, um dos melhores
professores de física do ensino médio Brasil em minha opinião: Ricardo Luiz,
para o acervo de questões propostas. Foram utilizadas informações de pesquisa
no wikipedia.org . O material tem como intuito ser utilizado para estudo
apenas, principalmente para aqueles que não têm acesso tão facilmente a
informação, e JAMAIS ser vendido ou utilizado com objetivos financeiros.
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Física Moderna:
Análise da Aplicação da Teoria
nos Exercícios do ITA

Capítulo 2:
Postulados de Bohr

Rydberg e Balmer
No final dos século XIX , início do século XX a física mostrava ter mudanças
em sua teoria com a recente formada teoria de Planck a respeito da
quantização de emissão/absorção de energia. Enquanto isso, cientistas como
Rydberg e Balmer estudavam o fenômeno da emissão de luz na passagem de
um elétron de uma camada de seu átomo para o outro. O estudo ainda era
muito limitado, mas Rydberg conseguiu encontrar uma expressão matemática
que relacionasse o comprimento de onda da freqüência emitida com o
número dos níveis do qual o elétron estaria saltando. O trabalho de Balmer
foi semelhante porém menos geral que o de Rydberg (incorporando apenas
alguns níveis). Vale ressaltar que o trabalho de Rydberg foi encontrar uma
função de dados encontrados experimentalmente, e daí a complexidade de tal
trabalho.
1 1 1
RH .
ni2 n 2f
Onde RH é a constante de Rydberg, obtida experimentalmente.

Modelo de Niels Bohr


O cientista dinamarquês Niels Bohr, no inicio do século XX
se propôs a explicar a tese de Rydberg, criando um modelo
atomístico diferente do que já se conhecia na época. Os
experimentos até então, realizados por Rutherford
mostravam que o átomo consistia de uma nuvem
eletricamente carregada em torno de um centro, denso, e
positivamente carregado chamado núcleo.
Tal proposta de Rutherford leva ao mundo da física propor o modelo
planetário para os elétrons, onde o núcleo estaria agindo como o Sol e os
elétrons em volta do núcleo como planetas em órbita.

Importante!
O modelo planetário tinha uma falha muito aparente, talvez uma das
questões mais interessantes a surgir na física moderna. Naquela época, os
trabalhos de eletromagnetismo desenvolvidos pelo modelo de Maxwell
explicavam toda e qualquer manifestação eletromagnética conhecida. Uma
das leis de Maxwell dizia que uma carga acelerada, obrigatoriamente, emite
radiação eletromagnética.

Ora, um elétron em volta de um núcleo está acelerado (aceleração centrípeta)!


Se esse elétron emitir onda eletromagnética, ele estará perdendo energia, e
com isso sua órbita deveria diminuir gradativamente até chegar ao núcleo,
gerando uma colisão catastrófica. Sabemos que isso não é verdade, e não
poderia ser, uma vez que a estabilidade da matéria é algo concreto.

Uma esperança de explicação


Experimentos da época de descarga elétrica em tubos de gás a baixa pressão
mostravam que a emissão de luz ocorre (a emissão eletromagnética), mas
apenas em freqüências discretas.

Baseado nisso e nas recém descobertas de Max Planck de quantização, no


início do século Bohr propôs um modelo que explicaria tais impasses. O
modelo de Bohr foi apresentado em 1913 por meio de postulados (regras não
demonstradas matematicamente, mas que explicariam o comportamento
observado). A seguir, estão os postulados de Bohr.

- O elétron se move numa órbita circular em torno de um núcleo sob ação da


força elétrica como força centrípeta.

- As órbitas do elétron são restritas, isto é, nem todas órbitas são permitidas
em qualquer situação. A restrição é que o momento angular do elétron é
necessariamente quantizado:

h
mv r n. n. h
2
- Os elétrons em órbita NÃO emitem energia eletromagnética enquanto na
órbita, e com isso não perdem energia. A emissão de energia (ou absorção) só
ocorre na passagem de níveis (quando um elétron muda de um nível para
outro).

- Cada órbita tem uma energia associada, e a diferença de energia entre dois
níveis é igual à energia emitida/absorvida na mudança.

A Matemática do Modelo de Bohr

Sabemos dos postulados de Bohr que a interação eletrostática núcleo/elétron


atua como força centrípeta no movimento circular. Sendo e a carga do elétron,
a carga do núcleo será Z.e onde Z é o numero atômico do átomo:

mv ² k .e² Z e²
Z. mv ² .
r r² 4 0 r

A energia total do elétron no átomo de Bohr é dada pela soma de sua energia
cinética e energia potencial:

Etotal Ecinética E potencial


1 k .Z .e²
mv ²
2 r
1 Z e²
mv ² .
2 4 0 r
1 Z e² Z e²
. .
2 4 0 r 4 0 r
Z .e² 1
.
8 0 r

Esse resultado é muito importante, e nele concluímos que a energia da órbita


é uma função do seu Raio de órbita.

1
Etotal
r
Exercício contextualizado

Mostre que o momento linear do elétron no átomo de hidrogêneo é dado por:


m.e²
4 0r

Vamos tentar expressar o raio da órbita em função do n.

Do postulado:
h h²
mvr n. v2 . n²
2 4.m².r ² ²

Lembrando que:
Z e²
mv ² .
4 0 r
h² Z e²
m. .
4.m².r ² ² 4 0 r
.h²
0
. n² r
m.e².Z .

Ou seja, o raio da órbita é uma função do numero n do nível:

.h²0
r ( n) . n² r n²
m.e².Z .

Ou seja, conhecido o raio da primeira órbita R, teremos que o da 2ª será igual


a 4R (ou seja, 2².R), o da 3ª será 9R, o da 4ª será 16 R e assim em diante.
h
Do postulado de Bohr que diz mvr n. , é possível expressarmos a
2
energia total do elétron como sendo uma função de n (ou seja, do nível em
que se encontra o elétron), tornando-se possível então determinar a energia
de cada nível.

Vimos que:
Z .e² 1
E .
8 0 r

Como sabemos que a energia do nível é inversamente proporcional a r ,


podemos expressar a energia como função do número n do nível, também.

m.Z ².e4 1 1
E ( n) . E
9.h². 02 n² n²
A

Substituindo os valores das constantes para o caso do Hidrogênio teremos:


1
E ( n) 13, 6. eV

Esse resultado se aproxima do resultado de Balmer e Rydberg, uma vez que a


energia emitida num salto será dada pela diferença das energias dos níveis
em questão:

1 1 1 1
E A. A. E A.
n 2f ni2 ni2 n 2f

h.c
Lembrando do resultado de Planck que E h. f , chegamos

matematicamente (a partir do modelo de Bohr) à função proposta por Balmer


e Rydberg numa abrangência ainda maior.

1 1 1
R.
ni2 n2f
Exercício contextualizado Resolvido
Determine, no átomo de Hidrogênio de Bohr, o valor do menor comprimento
de onda possível emitida por um fóton num salto de um elétron de um nível
para seu adjacente.

Solução:
A partir da expressão da diferença de energia entre 2 níveis adjacentes:

1 1 1 1
E 13, 6. 13, 6. 2
ni2 n 2f n² n 1
2
n 1 n² 2n 1
13, 6. 2
13, 6.
n² n n².(n 1)²

A expressão da diferença de energia em módulo em função de n é estritamente


decrescente pois:
d 2n².(n 1)² 2n 1 ².2(n 1).n
E 13, 6.
dn n 4 .(n 1)4
( n 1) ( n 1)

2n².(n 1)² 2(n 1).(2n 1).n.(2n 1)


13, 6. 0
n 4 .(n 1)4

Portanto a diferença de energia é máxima no salto do nível 2 pro nível 1.


Queremos a diferença máxima para que a freqüência seja máxima e com isso, o
comprimento de onda seja mínimo.

1 1 3
Emax 13, 6. 13, 6. 10, 2 eV
4 1 4

Segue que:
c
h Emax 10, 2 eV
min

10, 2
min
hc
unidades de comprimento
Exercícios Propostos:
1. (ITA 99) A tabela abaixo mostra os níveis de energia de um átomo do
elemento X que se encontra no estado gasoso.

E0 0
E1 7, 0 eV
E2 13, 0 eV
E3 17, 4 eV
ionização 21, 4 eV

Dentro as possibilidades abaixo, a energia que poderia restar a um elétron


com energia de 15eV, após colidir com um átomo de X seria de:
a) 0 eV b) 4,4 eV c) 16,0 eV d) 2,0 eV e) 14,0 eV

2. (ITA 2006) O átomo de hidrogênio no modelo de Boh é constituído de um


elétron de carga e e massa m, que se move em órbitas circulares de raio r em
torno do próton, sob a influência da atração coulombiana. Sendo a o raio de
Bohr, determine o período orbital para o nível n, envolvendo a
permissividade do vácuo.

3. Suponha que o átomo de hidrogênio emita energia quando seu elétron


sofre uma transição entre os estados inicial n=4, e final n=1. Qual é a energia
do fóton emitido? Qual é a freqüência da radiação emitida (Constante de
Planck = 6,63 .10-34 J.s)

4. (ITA 2002) Sabendo que um fóton de energia 10,19 eV excitou o átomo de


hidrogênio do estado fundamental (n=1) até o estado p, qual deve ser o valor
de p? Justifique.

5. (ITA 2003) Utilizando o modelo de Bohr para o átomo, calcule o número


aproximado de revoluções efetuadas por um elétron no primeiro estado
excitado do átomo de hidrogênio, se o tempo de vida do elétron, nesse estado
excitado, é de 10-8 s. São dados: o raio da órbita do estado fundamental é de
5,3 . 10-11 m e a velocidade do elétron nessa órbita é de 2,2.106 m/s

6. Determine a expressão para a velocidade do elétron na órbita em função do


numero n do nível.
Gabarito:
4 0 .n³. 0 .m.a
1) d 2) T 3) E= 12,75 eV f = 3,07.1015 Hz
e
4) p=1 . A energia não é suficiente para levar ao nível 2 . A energia necessária
seria no mínimo 10,2 eV

5) Aproximadamente 8 milhões de revoluções


e² 1 1
6) v ( n) . v
2 0 .h n n

Créditos
O material é de origem original, digitado e compilado por mim, porém com
várias referencias. Utilizei o caderno de um professor, um dos melhores
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para o acervo de questões propostas. Foram utilizadas informações de pesquisa
no wikipedia.org . O material tem como intuito ser utilizado para estudo
apenas, principalmente para aqueles que não têm acesso tão facilmente a
informação, e JAMAIS ser vendido ou utilizado com objetivos financeiros.
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Física Moderna:
Análise da Aplicação da Teoria nos Exercícios do ITA

Capítulo 3:
A Dualidade Partícula Onda
& Hipótese de De Broglie ; Princípio de Incerteza

Introdução
A resposta à dúvida do caráter ora ondulatório e ora de partícula das emissões
eletromagnética pôde ser analisada com o experimento do efeito fotoelétrico
de Einstein. O choque de uma emissão eletromagnética contra uma placa
arrancava elétrons da mesma, evidenciando sob certas condições (como
vimos, a freqüência para o fenômeno é restrita) o caráter de partícula por
parte de ondas. Estudaremos a seguir um segundo fenômeno que corroborou
a tese de Einstein.

Efeito Compton
O fenômeno descoberto pelo físico Arthur Holly Compton em 1923, chamado
Efeito Compton, analisa a diminuição de energia de um fóton quando esse
colide com matéria. A diminuição de energia ocorre com a mudança no
comprimento de onda (aumenta). Tal mudança nos evidencia que a luz, por
exemplo, não tem caráter puramente ondulatório (assim como Einstein já
havia evidenciado em seu experimento do efeito fotoelétrico). Usaremos um
resultado do Eletromagnetismo de que radiações eletromagnéticas carregam
momento linear (p) :
hf
E p.c hf p
Eletromagnetismo
Planck
c

A situação descrita no efeito


Compton está ilustrada ao lado.

Deduziremos agora uma expressão


para o aumento no comprimento de
onda do fóton após o choque.
É importante deixar claro que algumas passagens da dedução parecerão
complicadas a primeira vista, pois utilizaremos resultados da Física
relativística. Pedimos que mesmo que o conceito ainda não esteja
completamente claro ainda (veremos mais isso mais a frente nesse curso de
Física Moderna), que o leitor acredite nos resultados que estaremos usando.

Tais resultados são:

Energia associada à matéria (energia de repouso): E mc²

Energia associada a matéria com velocidade: E mc² ² p.c ²

Voltando ao problema, considerando uma colisão entre o fóton e um elétron


em repouso (veja figura), temos da conservação de energia:
Erepouso E foton Evelocidade E foton
particula inicial particula final

mc ² hf1 mc ² ² pe .c ² hf 2

2
mc ² hf1 hf 2 mc ² ² pe .c ²

2
mc ² hf1 hf 2 mc ² ²
pe ²

Na direção da colisão, não há forças externas, portanto podemos conservar


também a quantidade de movimento naquela direção e na direção
perpendicular a mesma.:

p foton p foton peletron


inicial final final

p foton peletron .cos p foton .cos


inicial final final

p foton .sen p foton .sen


inicial final

f1 f2
Lembrando que p foton h p foton h
inicial c final c
Temos então o sistema:

hf1 hf 2
pe .cos .cos
c c
hf1 hf 2
.sen .sen
c c

Resolvendo e eliminando o parâmetro (Fica como exercício para o leitor),


chegamos à seguinte expressão para pe:

h² f1 ² h² f 2 ² h². f1. f 2 .cos


pe ² 2
c² c² c²

Da conservação de energia já tínhamos obtido que:


2
mc ² hf1 hf 2 mc ² ²
pe ²

Logo:

2
mc ² hf1 hf 2 mc ² ² h ² f1 ² h² f 2 ² h ². f1. f 2 .cos
pe ² 2
c² c² c² c²

Arrumando a igualdade e lembrando que c= f (fica como exercício),


chegamos à expressão conhecida do efeito Compton:

h
2 1 1 cos
mc

Exercício Proposto
1. Calcule a modificação percentual do comprimento de onda no
espalhamento de Compton a 180o

a. de um raio X de 80 keV;
b. de um raio g oriundo da aniquilação de um par elétron-pósitron
em repouso.
Hipótese de DeBroglie

A esse ponto não restava dúvida de que de fato ondas


poderiam se comportar como partículas em certas
situações (Efeito Fotoelétrico, Efeito Compton).

Até esse ponto na física sempre foi razoável testar o


efeito contrário de cada fenômeno. No eletromagnetismo,
Faraday e Lenz estudaram o fenômeno de geração elétrica
a partir de uma variação no campo magnético local, e foi
razoável aceitar a tese provada por Ampére de que uma
variação do campo elétrico também gera campo
magnético. Esse é apenas um dos inúmeros exemplos de simetria que
ocorrem na física.

Bom, os resultados conhecidos diziam que para ondas vale:

c
E hf p.c h pc

h
p

D e Broglie propôs então que a matéria teria um comprimento de onda


associado a ela, dado pela expressão:

h
materia
mv

D e acordo com a expressão o caráter ondulatório da matéria só seria


perceptível para massas extremamente pequenas. Ou seja, seria um absurdo
propor que se atirássemos inúmeras bolas de tênis numa fenda única, haveria
difração...

A hipótese de D e Broglie foi comprovada em 1927 (3 anos após a data em que


De Broglie fez sua proposta), por Davisson e Germer ao estudarem a natureza
da superfície de um cristal de N íquel. Eles perceberam que ao incidirem um
feixe de elétrons (partículas) contra a superfície, ao invés de haver reflexão
difusa, houve uma reflexão similar à observada na incidência de raios X. A
incidência de raios X num cristal geram uma forte reflexão a certo ângulo de
tal maneira que haja interferência construtiva e um reforço seja perceptível.
Analisando os ângulos nos quais isso aconteciam para o Raio X e os ângulos
nos quais isso aconteciam para os elétrons, percebeu-se que nessas situações
os elétrons possuíam o exato comprimento de onda proposto por De Broglie.

Ora, então D e Broglie estava certo! A interferência construtiva observada nos


cristais NUNCA ocorreria de acordo com a teoria corpuscular do elétron.

Conseqüências da hipótese de De Broglie pro átomo de Bohr

Uma das mais importantes conseqüências da teoria de D e Broglie é que a


mesma justificava os antes indemonstráveis postulados de Bohr (ver capítulo
2).

D e Broglie explicou que cada elétron do átomo de Bohr é acompanhado de


uma onda estacionária associada guiando seu movimento, dessa maneira a
aceleração não estaria contribuindo para a emissão de energia
eletromagnética. Para que uma onda estacionária se ajustasse à órbita circular
do elétron, devemos ter que o comprimento da órbita circular equivalha a um
número inteiro de comprimento de ondas do elétron. Ou seja:

2 r n n
comprimento
da orbita circular

h
Da hipótese de De Broglie:
mv

h
2 r n n
mv

h
mvr n n
2

A expressão acima já é conhecida! É mais de uns previamente


indemonstráveis postulados de Bohr. Concluímos que a teoria de D e Broglie
foi bastante razoável e apresentava total consistência com a teoria de Bohr!
Exercício Contextualizado Resolvido
1. Um elétron em movimento manifesta uma onda de matéria com
comprimento de onda de De Broglie igual a 10-10 m . Sendo a massa do elétron
igual a 9,1. 10-31 kg, sua carga é 1,6.10-19 C e a constante de Planck igual a 6,63 .
10-34 J.s, qual a DDP necessária para acelera-lo do repouso até a velocidade
necessária?

Solução:
Da Hipótese de De Broglie, segue:
h h 6, 63.10 34
v 7, 28.106 m
mv m 9,1.10 31.10 10 s

Utilizando o Teorema do Trabalho e Energia Cinética, desconsiderando o efeito


relativístico do elétron:
Wcampo Ecinetica
elétrico

1
U .q m.v ² 0
2
m.v ² 9,1.10 31 .7, 28².1012
U 150, 7 V
2q 2.1, 6.10 19
A DDP necessária é de aproximadamente 150,7 V.

Princípio de Incerteza de Heisenberg

Conforme foi dito na introdução desse artigo, muitos dos conceitos aqui
apresentados carecem de demonstrações rigorosas. Isso é compreensível se
formos pensar que a teoria que estamos estudando levou a criação da
Mecânica Quântica, um ramo da física que envolve muita teoria e matemática
pesada (fugindo então dos propósitos desse curso). É importante que
entendamos os conceitos extraídos dos resultados desses cientistas, e
sabermos como aplica-los (principalmente nos exercícios do ITA, como o
curso se propõe a fazer).

Werner Heisenberg é um cientista alemão que se propôs a


mostrar, ou exprimir matematicamente, sua tese de que a
posição e velocidade do elétron em torno do núcleo do
átomo são impossíveis de precisar simultaneamente.
Para medir experimentalmente a posição do elétron precisamos de
instrumentos de medidas (um dos métodos conhecidos na época consistia de
incidir um tipo de radiação sobre o mesmo). Os instrumentos de medida, por
sua vez possuem incertezas de medição. Quanto menor a incerteza, mais
precisa é a localização do elétron.

Com base na base da teoria da mecânica quântica já desenvolvida,


Heisenberg enunciou que o produto da incerteza da posição pela incerteza do
momento linear de um elétron não pode ser inferior (em ordem de grandeza)
à metade da constante de Planck reduzida. Ou seja:

h h
p. x
2 4

A conclusão é que o elétron não está bem definido na sua órbita do átomo.
Quanto mais preciso soubermos sua posição, menos preciso para nós será sua
velocidade, tornando assim impossível descrever o elétron em cada instante.
Esse enunciado é conhecido como Princípio da Incerteza de Heisenberg.

Exercícios Propostos de Revisão


1. Um arma dispara um projétil de 20 g a uma velocidade de 500 m/s .
Determine o comprimento de onda de De Broglie associado ao projétil e
explique por que o caráter ondulatório não é aparente nessa situação.

2. Um microscópio eletrônico pode resolver estruturas de pelo menos 10 vezes


o comprimento de onda de De Broglie do elétron. Qual é a menor estrutura
que pode ser resolvida num microscópio eletrônico, usando elétrons com
energia cinética de 10000 eV ?

3. (ITA 2003) Marque verdadeiro ou falso.


I No efeito fotoelétrico, quando um metal é iluminado por um feixe de luz
monocromática a quantidade de elétrons emitidos pelo metal é diretamente
proporcional à intensidade do feixe incidente, independente da freqüência da
luz.
II As órbitas permitidas ao elétron em um átomos são aquelas em que o
momento angular é nh/2 para n=1,3,5...
III Os aspectos corpuscular e ondulatório são necessários para a descrição
completa de um sistema quântico.
IV A natureza complementar do mundo quântico é expressa, no
formalismo da Mecânica Quântica, pelo princípio de incerteza de
Heisenberg.

4. (ITA 2004) Um elétron é acelerado a partir do repouso por meio de uma


diferença de potencial U, adquirindo uma quantidade de movimento p. Sabe-
se que, quando o elétron está em movimento, sua energia relativística é dada
por E (m0c ²)² p ²c ² em que mo é a massa de repouso do elétron e c é a
velocidade da luz no vácuo. Obtenha o comprimento de onda de De Broglie
do elétron em função de U e das constantes fundamentais pertinentes.
OBS do autor: Essa questão é muito parecida com o exercício contextualizado
resolvido.

5. (ITA 2005) Um átomo de hidrogênio inicialmente em repouso emite um


fóton numa transição do estado de energia n para o estado fundamental. Em
seguida, o átomo atinge um elétron em repouso que com ele se liga, assim
permanecendo após a colisão. Determine literalmente a velocidade do
sistema átomo + elétron após a colisão. Dados: a energia do átomo de
E0
hidrogênio no estado n é En ; o momento linear do fóton é hf/c , e a

energia deste é hf, em que h é a constante de Planck, f é a freqüência do fóton
e c é a velocidade da luz.

6. (ITA 2005) Num experimento, foi de 5,0.10³m/s a velocidade de um elétron,


medida com precisão de 0,003%. Calcule a incerteza na determinação da
posição do elétron, sendo conhecidos: massa do elétron 9,1.10-31 kg e constante
34
de Planck reduzida h 1,1.10 J .s

Gabarito:
1) 6,63.10-35 m 2) 5.10-10 m 3) F-F-V-V
4) 5)

6) A incerteza mínima é de, aproximadamente, 0,04 %


Créditos
O material é de origem original, digitado e compilado por mim, porém com
várias referencias. Utilizei o caderno de um professor, um dos melhores
professores de física do ensino médio Brasil em minha opinião: Ricardo Luiz,
para o acervo de questões propostas. Foram utilizadas informações de pesquisa
no wikipedia.org . O material tem como intuito ser utilizado para estudo
apenas, principalmente para aqueles que não têm acesso tão facilmente a
informação, e JAMAIS ser vendido ou utilizado com objetivos financeiros.
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Material Elaborado por Caio Guimarães e Eurico Nicacio

Física Moderna: Análise da Aplicação da Teoria nos Exercícios do ITA

Capítulo 4:
Relatividade de Einstein

Introdução Histórica
Com a publicação Sobre a Eletrodinâmica de Corpos
em Movimento , Albert Einstein em 1905 enunciou
sua teoria restrita da Relatividade. Nele é explicado
que a teoria até então seguida pelos físicos, proposta
por Galileu, que explicavam os conceitos de
velocidade e movimento de um corpo de acordo com
um dado sistema referencial não valeriam mais para o
eletromagnetismo (que havia sido fortemente
enriquecido pelo modelo de Maxwell). Estudaremos agora no que consiste
essa teoria.

O porquê da proposta
De acordo com os recentes estudos do eletromagnetismo, observar um
fenômeno eletromagnético depende do referencial do observador. Ou seja,
dependendo da velocidade com que um observador se aproxima da luz ele
pode observar um campo magnético ou um campo elétrico. Isso vai contraria
as teorias da relatividade de Galileu que dizia que um fenômeno mantinha
sua natureza independente do referencial. Tal teoria era válida para a física
Newtoniana, porém precisaria ser reavaliada para incluir os conceitos do
eletromagnetismo.

A nova idéia de Simultaneidade


Antes de enunciarmos os dois postulados que regem a teoria da relatividade,
vamos descrever um fenômeno que nos dará uma noção da diferença do
conceito de Galileu para o conceito novo proposto por Einstein.

Imagine um trem passando por uma estação com velocidade constante. No


momento exato em que o trem está passando, duas pessoas (uma em cada
extremidade do trem) enviam um sinal luminoso para uma pessoa localizada
no centro do trem. Para alguém fora do trem o sinal deve chegar ao centro
simultaneamente, é claro.
Agora imagine o ponto de vista dessa pessoa que está fora do trem. Para ela o
observador do centro do trem está se aproximando na direção do ponto de
partida de um dos raios luminosos, e se afastando do ponto de partida de
outro raio luminoso. Obviamente, então, para o referencial inercial o sinal
luminoso de um chegará ao observador central antes do outro.

Isso é um absurdo de acordo com a teoria da relatividade de Galileu. Para


Galileu o tempo é único independente do referencial (o tempo passa
independentemente para todos, simultaneamente). Então, como dois raios
luminosos, emitidos ao mesmo tempo, percorrendo a mesma distância, teriam
tempos de chegadas diferentes?

A Transformação de Lorentz Dilatação do Tempo


Em 1913, Einstein publicou um texto explicando como poderiam ser aplicadas
transformações conhecidas como transformações de Lorentz, para descrever a
diferença na simultaneidade de eventos de acordo com o seu sistema
referencial.

Imagine dois espelhos paralelos, separados de uma distância d, no qual um


deles manda um raio luminoso retilíneo para o outro. O espelho receptor
passa a se mover com velocidade v para um lado. Vamos considerar essa
situação em dois referenciais distintos.

(i) Para um referencial fixo ao espelho receptor (Receptor II).

Nesse caso o sinal continua sendo vertical. O tempo de


percurso nesse referencial é ta que: t2 .c d

(ii) Para um referencial fixo ao espelho emissor (Referencial I)

Nesse caso o sinal é oblíquo em relação a vertical.


Para o observador fixo ao espelho em movimento, o
sinal ainda será vertical. De tal forma que podemos
tirar a seguinte relação de Pitágoras.

(t1.c)² d ² (vt1 )²
Das duas observações, eliminando o parâmetro d:

t1 ². c ² v ² t2 ².c ²

c² v²
t1 t2


t2 t1. 1

Devido a esse resultado, comumente encontramos em materiais didáticos a


expressão fator de Lorentz , que é dado por:
1

1

Ou seja, para um referencial com velocidade v em relação ao outro
referencial, o tempo é dividido pelo fator de Lorentz.

t1 t0

Nesse caso to = t2 é o tempo de travessia do raio sem o movimento de


referencial.

Mostraremos com mais detalhes mais a frente que a velocidade de um corpo


não pode exceder a velocidade da luz, o que está coerente com nossa
expressão uma vez que o radicando deverá ser positivo. Vale notar que para
quanto maior for a relação v²/c² mais influente fica o fator de Lorentz (que é
sempre um número maior que 1). É comum ouvir-se falar de um objeto como
sendo relativístico ou não-relativístico. O objeto será relativístico quanto
mais próximo de 1 for a razão v/c.

No caso da velocidade entre dois referenciais, temos que o tempo é dilatado


para o observador do referencial I. O observador I vê o tempo dilatado em
relação ao tempo medido no referencial II. A esse fenômeno denominamos
Dilatação do Tempo.

O tempo passa mais lentamente para o referencial em movimento


Contração do Espaço
Semelhantemente ao que fizemos para deduzir a expressão de Lorentz para a
dilatação do tempo, poderíamos ter percebido uma alteração no espaço para
os dois referenciais. Considere o seguinte problema:

Uma pessoa A se encontra numa plataforma de trem de tamanho natural Lo.


Um trem com uma velocidade v muito alta passa pela estação. A pessoa A
mede o tempo de travessia do trem (tempo entre o instante em que a frente do
trem passou pelo começo da plataforma e o instante em que a frente do trem
L0
passou pelo final da plataforma). Sua medida foi: t A
v

Uma pessoa B, dentro do trem faz o mesmo procedimento. O seu tempo de


LB
medida é dado por: tB . Da dilatação do tempo temos que: t A tB .
v

Logo:
L0 LB L0
. LB
v v

Ou seja, para o referencial em movimento, o comprimento da plataforma


diminuiu. A esse fenômeno chamamos de Contração do Espaço .

Experimento de Michelson e Morley

Antes de 1905, muitos acreditavam que o universo estava preenchido com um


meio com propriedades peculiares, conhecido com éter. Acreditava-se que a
luz era uma onda mecânica, que induzia vibrações em tal meio elástico. Este
meio teria que ser ao mesmo tempo um sólido com elevada densidade para
suportar a luz propagando a altíssimas velocidades e um fluido
extremamente leve para que não exercesse qualquer interferência no
movimento dos planetas.

No meio científico, o experimento de Michelson e Morley não foi capaz de


detectar a presença do éter e, além disso, indicou a invariância da velocidade
da luz, ou seja, a velocidade da luz era sempre a mesma, independentemente
do movimento relativo entre fonte e observador. É importante ressaltar que
os experimentos de Michelson-Morley nos anos de 1881 e 1887, mesmo não
tendo detectado o movimento da Terra em relação ao éter, foram
interpretados por diversos cientistas sem descartar a teoria do éter.
Portanto é inverídico do ponto de vista histórico que tenham sido cruciais
para a física clássica. O próprio Michelson aferrou-se à teoria do éter até o
final de sua vida. Tais experimentos também foram secundários para a
gênese da teoria da relatividade restrita de Einstein.

Com esse experimento, Michelson e Morley concluíram que a velocidade da


luz não é influenciada pelo movimento da Terra. Tal resultado é facilmente
compreendido em termos dos postulados de Einstein.

Para maiores informações, visite:


http://en.wikipedia.org/wiki/Michelson-Morley_experiment

Postulados de Einstein
Mais a frente, discutiremos algumas conseqüências do que acabamos de ver.
Mas, primeiramente, vamos citar os postulados de Einstein que definiram a
teoria da relatividade:

- Todas as leis da física tornam a mesma forma em todos os referenciais


inerciais; É impossível realizar experiência, num determinado referencial,
para medir o seu próprio movimento do sistema de referência. (Princípio da
Relatividade)

- A luz se propaga através do espaço vazio com uma velocidade constante c,


independente do estado do movimento do corpo emissor (independe do
referencial). (Postulado da Luz)

Note que o segundo postulado justifica o primeiro, uma vez que um


experimento que medisse a luz num determinado referencial nos
possibilitaria detectar o movimento do mesmo.

O Múon

O múon é uma partícula de origem cósmica com um tempo de vida muito


pequeno (em torno de 2,2 microsegundos). Uma das evidencias para o estudo
de contração do espaço (dilatação do tempo) foi a evidência de abundância de
partículas múon no nível do mar. O tempo de queda da sua origem (cerca de
2km acima do nível do mar) até o nível do mar seria maior do que seu tempo
de vida, e portanto seria um absurdo ter abundância dessas partículas a nível
do mar.
Vamos ver que, com a teoria de Einstein, o fato evidenciado torna-se possível.
A velocidade em que viaja o múon é de aproximadamente 0,9952c.

O tempo de vida do múon, considerando a dilatação do tempo (para o


referencial terra é):

2, 2 s 2, 2 s
tvida 22,5 s
2 2
v 1 0,9952
1
c

A distância que o múon pode percorrer a essa velocidade antes de desintegrar


é:
s 0,9952.c.tvida 6, 712 m

Como a distância permitida é maior que a distância que o múon teria que
percorrer para chegar ao lugar onde foi observado (devido à contração de
espaço), a observação torna-se possível.

Paradoxo dos Gêmeos


Vamos analisar a seguinte situação. Dois gêmeos idênticos A e B são tais que
A passará por uma viajem numa nave espacial sob uma velocidade muito
próxima da velocidade da luz, enquanto que B permanecerá parado na Terra.
Sabemos que para o gêmeo B, que está na Terra, a nave está se movendo,
então, segundo a teoria que vimos, ele afirma que o tempo para o seu irmão
gêmeo dentro da nave está passando mais lentamente. Enquanto isso, o irmão
A vê a Terra se afastar dele com velocidade perto de c, e afirma que o tempo
passa mais de vagar para o seu irmão. Qual dos dois está correto?

Na verdade, com o problema proposto, ambas as afirmações estão erradas.


Segundo o postulado de Einstein, não é possível comparar o passar do tempo
entre duas pessoas com referenciais movendo-se um em relação ao outro. O
correto, sim, seria dizer que o tempo passa mais devagar para B quando
medido no referencial de A, e vice-versa.
Porém, se analisarmos um problema segundo o referencial inercial Terra,
existe uma resposta para qual dos dois irmãos está mais envelhecido? . O
gêmeo viajante A mudou de referencial inercial ao sair da Terra, passando a
um referencial com velocidade constante próxima a da luz, e mais tarde, ao
retornar voltou ao referencial da Terra. Ou seja, como a comparação final é
feita no referencial da Terra, conclui-se que B está mais envelhecido que A,
devido à dilatação do seu tempo em relação ao referencial.

Massa de Repouso

Podemos definir massa pela segunda Lei de newton, como sendo:

F
m
dv
dt

Note que aumentando a força indefinidamente estaríamos aumentando


indefinidamente sua velocidade. Ora, mas sabemos que a velocidade tem um
limite (velocidade da luz no vácuo c). Portanto é de se esperar que haja uma
alteração no valor da massa para velocidades próximas da luz.

A partir da 2ª lei de Newton e da Lei da conservação do Impulso é possível


demonstrar que:

m0
m m0

1

Onde mo é a massa do objeto em repouso.

Não incluímos a prova nesse artigo, por ser de complexidade matemática


excessiva, fugindo ao interesse do artigo.
Energia Relativística

Junto com seu trabalho matemático sobre relatividade, Einstein mostrou que
a expressão relativística precisa para a energia de uma massa de repouso mo e
momento linear p é:
2
E m0 .c ² pc ²

Devemos então notar a consistência, para os casos:

- Objeto de massa de repouso não-nula, com velocidade nula:


p 0 E m0 .c ²
(Famosa Relação de Einstein para energia de repouso)

- Objeto de massa de repouso nula:


m0 0 E pc
(Consistência com o resultado do eletromagnetismo)

Método Mnemônico de lembrar a expressão da energia

O Triângulo ao lado resume as expressões de


energia:

E E0 Ecinetica E m0 c ² Ecinetica

Onde, E é a energia relativística total e Eo é a


energia de repouso.

Do teorema de Pitágoras:
E² E0 ² pc ²

E m0 c ² ² ( pc)²
Exercícios Propostos
1) Uma régua move-se com a velocidade v=0,6c na direção do observador e

paralelamente ao seu comprimento.

a) Calcular o comprimento da régua, medida pelo observador, se ela


possui um metro no seu próprio referencial
b) Qual o intervalo de tempo necessário para a régua passar pelo
observador?

2) A vida média própria dos mésons é 2,6.10 8 s. Imagine um feixe destas


partículas, com velocidade 0,9c.
a) Qual seria a vida-média medida no laboratório?
b) Que distância percorreriam antes de desintegrar-se?
c) Qual seria a resposta do item anterior, se desprezássemos a
dilatação do tempo?

3) A energia liberada quando o sódio e o cloro se combinam para formar


NaCl é 4,2 eV.
a) Qual é o aumento de massa (em unidades de massa atômica)
quando uma molécula de NaCl se dissocia em um átomo de Na e
outro de Cl?
b) Qual o erro percentual que se comete ignorando essa diferença de
massa?
Dados: A massa atômica do Na é cerca de 23 u e a do Cl vale 35 u.

4) Um elétron, com energia de repouso 0,511 MeV, tem energia total 5 MeV.
a) Calcular o seu momento em unidade MeV/c.
b) Calcular a razão da sua velocidade e da velocidade da luz.

5) A energia em repouso de um próton é 938 MeV. Sendo a sua energia


cinética também igual a 938 MeV, calcular o seu momento linear em unidade
MeV/c.

6) Um elétron desloca-se a uma velocidade tal que pode circunavegar a Terra,


no Equador, em 1,00 s no referencial da Terra.
a) Qual é a sua velocidade, em termos da velocidade da luz?
b) Qual é a sua energia cinética K?
c) Qual é o erro percentual cometido se a energia cinética K for
calculada pela fórmula clássica?
Gabarito:
1) a) 0,8 m.
b) 4,44 ns.

2) a) 5,96.10-8 s.
b) 16,1 m.
c) 7,02 m.

3) a) 4,5.10-9 u.
b) 8.10-9 %.

4) a) 4,974 MeV/c.
b) 0,9948.

5) 938 3 MeV/c.

6) a) 0,134c.
b) 4,62 keV.
c) 1,36 %.

Créditos
O material é de origem original, digitado e compilado por mim, porém com
várias referencias. Utilizei o caderno de um professor, um dos melhores
professores de física do ensino médio Brasil em minha opinião: Ricardo Luiz,
para o acervo de questões propostas. Foram utilizadas informações de pesquisa
no wikipedia.org . O material tem como intuito ser utilizado para estudo
apenas, principalmente para aqueles que não têm acesso tão facilmente a
informação, e JAMAIS ser vendido ou utilizado com objetivos financeiros.
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Física – Turma: ITA/IME
Prof. Matheus Pinheiro
Rumo ao ITA
Aluno(a):

Lista de Exercícios – Física Moderna 4 ⋅1015 eV ⋅ s .


Dado: h =

Questão 01 – (Prof. Matheus Pinheiro)


Com o intuito de estudar o efeito fotoelétrico, faz-se
incidir luz de comprimento de onda λ sobre três placas
metálicas diferentes, P1 , P2 e P3 , de modo que em
todas ocorre a emissão de fotoelétrons. Observa-se que
as velocidades máximas V1m , V2m e V3m dos
fotoelétrons emitidos nas placas P1 , P2 e P3
respectivamente, satisfazem as relações V2m = 2 · V1m e
V3m = 3 · V1m . Determine o valor da grandeza 10
κ = ( φ2 − φ3 ) ( φ1 − φ2 ) , onde φn é a função trabalho da
(nm)
placa Pn , com n = 1,2,3. 240

Questão 02 Questão 05
Acima de qual potencial máximo uma esfera de cobre Considere o arranjo experimental mostrado abaixo.
inicialmente neutra, afastada de todos os outros corpos,
será carregada, quando irradiada por radiação
eletromagnética de comprimento de onda λ =140nm ? A Luz
função trabalho do cobre é ϕCu =
4,47 eV .

Questão 03 E C
Em um experimento fotoelétrico, uma placa de metal de
função trabalho 2,0 eV é irradiada com feixe de luz A
monocromática. O gráfico da corrente fotoelétrica i, em
µ A , versus a diferença de potencial aplicada U, em V J
volts, é mostrada na figura. Sabe-se que a eficiência da A B
fotoemissão é de 10−3% . Calcule a potência da luz
incidente na placa de metal.

i ( A)
Incide-se luz ultravioleta de comprimento de onda de
350nm na placa emissora (E) cuja a função trabalho é
2,2eV . O trecho AB é um resistor de fio uniforme com
10 comprimento 100cm . A resistência do fio AB é 10 Ω e a
força eletromotriz da bateria é V = 10 volts . O contato
deslizante J pode ser movido ao longo do fio AB. Quando
o contato deslizante é colocado na extremidade B do
resistor de fio, o microamperímetro mostra uma leitura de
U (V) i = 6mA . Para responder os itens a seguir, assuma que
5
a corrente fotoelétrica é pequena em comparação com a
corrente através da célula.
Questão 04 a) Determine a leitura do microamperímetro quando o
Em um experimento fotoelétrico luz de diferentes controle deslizante for movido para o final A do fio.
comprimentos de onda são utilizadas em uma superfície b) O deslizador é movido gradualmente para longe de A.
de um metal. Para cada comprimento de onda a Trace a variação da leitura do amperímetro versus a
diferença de potencial de corte é registrada. O gráfico distância do deslizador medido de A.
dado mostra a variação da diferença de potencial de c) Encontre a velocidade máxima com a qual um elétron
corte ( Vs ) versus o comprimento de onda ( λ ) da luz atingirá a placa coletor (C) se o cursor J for colocado a
uma distância de 95 cm de A.
usada. Encontre o valor de V0 mostrado no gráfico.
Prof. Matheus Pinheiro Física – ITA/IME 2
Questão 06 Questão 10
Na montagem da experiência fotoelétrica, a energia Um fóton, com energia excedendo η =2 vezes a energia
cinética máxima (K máx ) dos fotoelétrons emitidos foi de repouso de um elétron, sofreu uma colisão de frente
medida para diferentes comprimentos de onda ( λ ) da luz com um elétron livre estacionário. Encontre o raio de
curvatura ρ da trajetória do elétron de Compton, num
1
utilizada. O gráfico de K máx versus foi obtido como campo magnético B = 0,12 T . Considera-se que o elétron
λ
mostrado na figura 1. Na mesma configuração, mantendo de Compton move-se a ângulos retos em relação à
direção do campo.
o comprimento de onda da luz incidente fixado em λ , a
diferença de potencial U aplicada foi variada e a corrente Questão 11
fotoelétrica foi registrada. O resultado foi mostrado no
Em um espalhamento Compton entre um fóton, de
gráfico da figura 2.
frequência f, e um elétron, de massa me , o fóton é
i (mA) desviado de um ângulo θ , enquanto o elétron, que
encontrava-se em repouso, passa a se mover em uma
direção que faz um ângulo ϕ em relação à direção de
0,8 incidência do fóton. Mostre que:
θ  h⋅ f 
cotg   =  1 +  ⋅ tgϕ
 2   me ⋅ c 2 
U (V)
1
( ) onde h é a constante de Planck e c a velocidade da luz.

Figura 1 Figura 2 Questão 12


Mostre que a razão entre a energia cinética K de recuo
a) Determine λ em Å. dos elétrons e a energia E do fóton incidente no efeito
b) Considerando que 2% dos fótons incidentes ejetam Compton é dado pela relação:
fotoelétrons, determine a potência da luz incidente na
placa emissora do experimento. K α 2 ⋅h ⋅ f θ
= =
, com α ⋅ sen2  
E 1+ α me ⋅ c 2 2

Questão 07 onde h é a constante de Planck, c a velocidade da luz no


Explique os seguintes aspectos da dispersão de vácuo, me a massa de repouso do elétron, f a frequência
Compton da luz pela matéria:
a) o aumento no comprimento de onda ∆λ é do fóton incidente e θ o ângulo de espalhamento do
independente da natureza da substância dispersora; fóton.
b) a intensidade da componente deslocada da luz
dispersa, cresce com o aumento do ângulo de dispersão Questão 13
e com a diminuição do número atômico da substância; Um fóton de energia 200MeV é espalhado por um
c) a presença de uma componente não deslocada na próton estacionário. Sabendo que a massa de repouso
radiação dispersa. do próton é 938MeV c 2 , a máxima energia transferida
d) o motivo pelo qual não se evidencia efeito Compton
para a luz visível. para o próton, após o espalhamento, vale
aproximadamente
a) 40MeV .
Questão 08 b) 50MeV .
Um fóton sofre espalhamento Compton por parte de um c) 55MeV .
elétron livre estacionário. O ângulo de espalhamento é
d) 60MeV .
90° em relação à direção inicial e o comprimento de onda
inicial é 3,0 ⋅10−12 m . Determine a energia cinética do e) 65MeV .
elétron, em MeV, após o espalhamento.
Questão 14
Um fóton com energia 1,00MeV é disperso por um
Questão 09 elétron livre estacionário. Se o comprimento de onda do
Um fóton, com momento p = 1,02MeV c , onde c é a fóton mudou em 25% devido ao espalhamento Compton,
velocidade da luz, é disperso por um elétron livre a energia cinética do elétron, depois da dispersão, vale
estacionário mudando, no processo, seu momento para a) 0,10MeV .
o valor p' = 0,255MeV c . A energia de repouso do b) 0,20MeV .
elétron é 0,511 MeV . A qual ângulo o fóton é disperso? c) 0,25MeV .
d) 0,30MeV .
e) 0,45MeV .
Prof. Matheus Pinheiro Física – ITA/IME 3
Questão 15 Questão 18
Uma fonte pontual (S) de luz com potência de 500 W é Um campo magnético constante que possui módulo B é
mantida no foco de uma lente de diâmetro de abertura d. aplicado nas proximidades de uma placa metálica cuja
2d função trabalho é igual a φ0 . Quando uma radiação
A distância focal da lente é . Suponha que 40% da eletromagnética incide sobre essa lâmina metálica, os
3
elétrons que saem da placa descrevem circunferências
energia da luz incidente seja transmitida através da lente
de raio R devido ao efeito do campo magnético. Se a
e que toda a luz transmitida incida normalmente em uma
massa e a carga do elétron possuem módulos iguais a m
superfície perfeitamente refletora colocada atrás da
e q, respectivamente, determine a frequência da radiação
lente. Calcule a força exercida pela luz na superfície
direcionada para a placa metálica. Considere a constante
refletora.
de Planck como sendo h.

Questão 19
Faz-se incidir luz de comprimento de onda λ em duas
superfícies metálicas diferentes, A e B, de funções
trabalho φA e φB , respectivamente. Determine λ de
d
S modo que os elétrons mais enérgicos obtidos a partir do
efeito fotoelétrico na superfície A tenham o dobro da
velocidade dos que os obtidos na superfície B.

Dados:
- Constante de Planck: h;
- Velocidade da luz no vácuo: c.

Questão 16 Questão 20
Coloca-se uma fonte de luz de frequência f inicialmente Um capacitor de placas paralelas, de capacitância igual
em repouso em frente a uma placa metálica, cuja função a 120,0 μF e separação entre as placas de 1,0 cm, é
trabalho é ϕ , com o intento de fazer a placa emitir carregado com uma bateria de 10,0 V. Após seu
fotoelétrons. Contudo, nenhum elétron é emitido do carregamento, a bateria é desconectada, e uma onda
metal. Qual deve ser o módulo V e o sentido eletromagnética incide em t = 0 na placa carregada
(afastamento ou aproximação da placa) da velocidade negativamente. Os elétrons emitidos por efeito
mínima imposta a fonte para que ocorra a emissão de fotoelétrico possuem energias cinéticas, que variam de
elétrons? Considere a velocidade da luz como sendo c. zero até 1,5 eV. O gráfico a seguir ilustra o
 ϕ2 − h2 · f 2  comportamento da corrente i que flui entre as placas do
a) V =   · c e afastamento da placa.
 ϕ2 + h2 · f 2  capacitor em função do tempo t, após o desligamento da
 
 ϕ −h ·f 
2 2 2 bateria.
b) V =   · c e aproximação da placa.
 ϕ2 + h2 · f 2 
 
ϕ +h ·f 
2 2 2
c) V =   · c e aproximação da placa.
 ϕ2 − h2 · f 2 
 
 ϕ2 
d) V =   · c e afastamento da placa.
 ϕ2 + h2 · f 2 
 
 ϕ2 
e) V =   · c e aproximação da placa.
 ϕ2 + h2 · f 2 
 

Questão 17
Iluminando-se sucessivamente a superfície de um metal
com luz de dois comprimentos de ondas diferentes, λ1 e Então, o instante de tempo t A e o potencial entre as
λ 2 , encontra-se que as velocidades máximas dos placas do capacitor em tB , respectivamente, valem
fotoelétrons emitidos estão relacionadas por: a) 1min e 1,0 V .
V1máx = α · V2máx . Demonstre que a função trabalho ϕ b) 1min e 1,5 V .
do material é dado pela expressão: c) 2 min e 1,0 V .
d) 2 min e 1,5 V .

ϕ=
( α 2 · λ1 − λ 2 ) · h · c e) 3 min e 1,0 V .

( α2 − 1) · λ1· λ2
Prof. Matheus Pinheiro Física – ITA/IME 4
Questão 21 Questão 23 – (Desafio)
Um fóton com comprimento de onda λ se espalha de um O processo de espalhamento Compton inverso é um
elétron livre em A, veja figura, produzindo um segundo dos mecanismos para a produção de fótons de alta
energia a partir da colisão entre elétrons relativísticos e
fóton com comprimento de onda λ ' . Depois, esse fóton
fótons de baixa energia. Um exemplo é o caso de
se espalha de outro elétron livre em B, produzindo um elétrons de altas energias que se propagam pelo espaço
terceiro fóton com comprimento de onda λ '' deslocando- e podem colidir com fótons da radiação cósmica de
se no sentido oposto ao do fóton original, como mostrado fundo, gerando fótons na região de raios–X.
na figura. Determine o valor de ∆λ = λ ''− λ . Considere o processo de espalhamento Compton inverso
Dado: Comprimento de onda Compton: entre um elétron e um fóton, conforme esquematizado na
λc =
2,43pm (
1 pm 10−12 m . ) figura abaixo. A energia do fóton incidente é Ei . Após a
colisão, o elétron (ainda em movimento) tem energia final
menor do que a inicial enquanto o fóton resultante é mais
energético (Ef > Ei ) .
Elétron 1
Antes da colisão Após colisão
A α (Inicial) (Final)

Prof. Matheus Pinheiro

λ θ
Fóton Fóton
Elétron Elétron

λ′ Ei pe (inicial)
x
pe (final)
x

Ef
B
Elétron 2
λ′′ β Mostre que a energia Ef do fóton após o espalhamento
em termos de Ei , do fator γ relativístico do elétron
incidente e da energia de repouso do elétron me c 2 é
Questão 22 dada por:
A figura abaixo mostra a intensidade dos raios–X
espelhados I ( λ ) com comprimento de onda λ por um
γ + γ2 − 1
alvo de grafite no famoso experimento Compton de 1923. Ef = · Ei
Os raios–X são detectados a um ângulo θ fixo em  2 ·E 
 i + γ − γ2 − 1
relação à direção de incidência do alvo. Parte dos fótons  m · c2 
 e 
sofre espalhamento elástico (sem perda de energia) e
outra parte sofre espalhamento Compton. Como
Questão 24 – (Prof. Matheus Pinheiro)
resultado, nota-se que I ( λ ) apresenta dois picos em
Além dos efeitos fotoelétricos e Compton há um outro
comprimentos de onda λ1 e λ 2 ( > λ1 ) . processo no qual os fótons perdem sua energia na
interação com a matéria, que é o processo de produção
I de pares. A produção de pares é também um ótimo
exemplo da conservação de energia radiante em massa
de repouso e energia cinética. Nesse processo, um fóton
de alta energia perde toda sua energia em uma colisão
com um núcleo, criando um par elétron-pósitron, com
uma certa energia cinética. Um pósitron é uma partícula
que tem todas as propriedades de um elétron, exceto o
sinal de sua carga que é oposto ao do elétron; o pósitron
é um elétron positivamente carregado.
Intimamente relacionado com a produção de pares está
1 2 o processo inverso, chamado aniquilação de pares. Um
elétron e um pósitron, estando essencialmente em
a) Qual o comprimento de onda dos raios–X incidentes e repouso próximos um do outro, se unem e são
o dos raios–X que sofreram espalhamento Compton? aniquilados. A matéria desaparece e em seu lugar
Justique sua resposta. obtemos energia radiante. Já que o momento inicial do
sistema é zero, e como o momento deve se conservar no
Considere um evento de espalhamento Compton em que processo, não podemos ter apenas um fóton criado, pois
a energia do fóton incidente no alvo é de 23 keV o ângulo um único fóton não pode ter momento zero. O processo
de espalhamento é θ= 60° . que tem maior probabilidade de ocorrer é a criação de
dois fótons que se movem com o mesmo momento em
b) Calcule o comprimento de onda do fóton incidente. sentidos opostos. Menos provável, mas possível, é a
c) Calcule o comprimento de onda do fóton espalhado. criação de três fótons.
d) Calcule a energia cinética do elétron após o
espalhamento. Dados: h = constante de Planck e c = velocidade da luz
no vácuo.
Prof. Matheus Pinheiro Física – ITA/IME 5
a) Suponha que a figura abaixo represente o processo de
aniquilação em um sistema de referência S no qual o par
elétron-pósitron esteja em repouso e os dois fótons P
resultantes da aniquilação movam-se ao longo do eixo x.
Determine o comprimento de onda λ desses fótons em
função de m0 , a massa de repouso de um elétron ou de
um próton.
S g

Antes Depois
b) Agora considere a mesma aniquilação sendo
observada no referencial S' , que se move com
velocidade V para a esquerda de S. Que comprimento de
onda este observador (em movimento) mede para os
fótons?
Questão 28
Questão 25 – (Prof. Matheus Pinheiro)
Considere dois íons hidrogenóides, A e B, de massas
Aplica-se uma diferença de potencial em um tubo de atômicas diferentes e cada qual contendo um número
raios X de modo que os elétrons partem do cátodo, a igual de prótons e nêutrons. A diferença de energia entre
partir do repouso, alcançando velocidades máximas de a primeira linha de Balmer emitida por A e B é de
V = β · c (com 0 < β < 1 ), imediatamente antes de 5,667 eV. Quando os átomos A e B se movem com a
atingirem o ânodo. Considerando o caso em que β é um mesma velocidade, eles atacam um alvo pesado e voltam
número próximo de 1, determine uma expressão para a com a mesma velocidade. Nesse processo, o átomo B
frequência dos fótons mais enérgicos liberados devido ao transmite o dobro de momento para o alvo do que o A
freamento desses elétrons no ânodo. Essa é a radiação transmite. Identifique os elementos A e B.
de frenagem ou Bremsstrahlung. Explique possíveis
aproximações ou considerações. Questão 29
Duas partículas idênticas não relativísticas A e B movem-
Dados: se perpendicularmente entre si, com comprimentos de
– Massa de repouso do elétron: me ; ondas λ A e λB , respectivamente. O comprimento de
– Constante de Planck: h; onda de De Broglie de cada partícula em seu centro de
– Velocidade da luz no vácuo: c. massa de referência é:
a) λ A + λB .
Questão 26
2 · λ A · λB
Um sensor exposto em um tempo t a uma lâmpada de b) .
potência P e distante L. O sensor quando aberto possui λ 2A + λB
2
um diâmetro 4d. Assumindo que toda energia da
lâmpada é luminosa, encontre o número N de fótons que λ A · λB
c) .
podem entrar no sensor quando aberto nas condições λ 2A + λB
2
citadas.
λ A + λB
d) .
Dados: 2
– Comprimento de onda dos fótons incidentes: λ ;
– Constante de Planck: h; e) λ 2A + λB2 .
– Velocidade da luz no vácuo: c.
Questão 30
Questão 27 – (Prof. Matheus Pinheiro) Um elétron de massa m e carga e, que se encontrava
Coloca-se uma fonte pontual de luz S no foco de um inicialmente em repouso, é acelerado por um campo
espelho parabólico de modo a criar uma onda luminosa elétrico E constante. A taxa de variação do comprimento
plana de intensidade I. Em seguida, lança-se um corpo de onda de De Broglie no tempo t é:
esférico P, perfeitamente negro, de densidade ρ em uma
direção paralela ao eixo principal do espelho, numa Observação: Desconsidere os efeitos relativísticos.
região atravessada pela onda plana descrita h e ·h· t
a) − . b) − .
anteriormente; veja figura abaixo. Considere a gravidade e ·E · t 2 E
local como sendo g. Sabendo que o corpo esférico fica
m·h h
em equilíbrio dinâmico, determine seu raio em termos c) − . d) − .
dos parâmetros fornecidos. e ·E · t 2 e ·E
e ·h
Dado: velocidade da luz no vácuo = c. e) − .
E·t
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Questão 31 Questão 33
Uma partícula instável de massa igual a 3 vezes a massa Suponha que um planeta extra-solar esteja a uma
de um próton se origina devido ao choque de alta energia distância de c · T anos–luz da Terra (c é a velocidade da
e a incerteza da massa é de 1% da sua própria massa. luz e T é o tempo, em anos, que esta leva para viajar da
Encontre a incerteza do tempo de meia vida dessa Terra até lá). Uma expedição é planejada para enviar
partícula. Considere mp = massa do próton, h a astronautas ao planeta de tal forma que eles envelheçam
constante de Planck e c a velocidade da luz no vácuo. 3·T
anos durante a viagem de ida. A viagem é quase
100 · h 4
a) ∆t ≥ .
π · mp · c 2 toda feita a uma velocidade constante. Por isso,
desconsidere os pequenos trechos com movimento
h acelerado.
b) ∆t ≥ . a) Qual deverá ser o módulo da velocidade constante dos
mp · c 2
astronautas, em relação à Terra, na ida?
100 · h b) De acordo com os astronautas, qual será a distância a
c) ∆t ≥ . ser percorrida na ida?
3 · π · mp · c 2 c) A cada ano (de acordo com o relógio da nave) os
99 · h astronautas enviam um pulso de luz para a Terra. Qual é
d) ∆t ≥ . a periodicidade dos pulsos recebidos na Terra?
3 · π · mp · c 2 d) Na metade da jornada de ida um casal de astronautas
25 · h decide retornar à Terra em um módulo espacial. De
e) ∆t ≥ . acordo com os astronautas que permanecem na nave, o
3 · π · mp · c 2 5·c
módulo retorna em direção à Terra com velocidade .
6
Questão 32 Calcule o tempo total (medido na Terra) que o casal de
A cada dois anos, mais ou menos, o The New York Times astronautas terá ficado fora do nosso planeta.
publica um artigo no qual algum astrônomo alega que
encontrou um objeto viajando a uma velocidade maior Questão 34
que a da luz. Muitos desses relatos resultam da falha em O acelerador de partículas LHC (Large Hadron Collider)
distinguir o que é visto do que é observado – ou seja, da produz feixes de prótons com velocidades relativísticas e
falha ao considerar o tempo de viagem da luz. Eis um energias (medidas no referencial do laboratório, S) da
exemplo: uma estrela está viajando à velocidade V com
ordem de teraelétron-volts ( 1,0 TeV = 1,0 · 1012 eV ).
um ângulo θ em relação à linha de visão (veja figura
a) Um próton possui energia relativística total igual a
abaixo).
5,0 TeV , medida no referencial S do laboratório. Calcule
a a velocidade desse próton (no referencial S)
considerando-se que a sua energia de repouso é igual a
V 1,0 GeV = 1,0 · 109 eV .
θ Dica: Como a velocidade do próton é muito próxima à
velocidade da luz no vácuo, c, use V= (1 − ∆ ) · c e
b
encontre o valor de ∆ . Lembre-se que (1 ± ε ) ≈ 1 ± n · ε
n
Δs
se ε << 1 .
b) Um próton A, com energia relativística total E A , colide
frontalmente com outro próton B com a mesma energia
viajando em sentido contrário no referencial S. Suponha
que está colisão produza uma partícula X não vista
anteriormente através da reação A + B ⇒ X . Calcule a
massa de repouso da partícula X em termos de E A .
Para a Terra c) Em um outro experimento, um próton C, com fator
relativístico γ (medido no referencial do laboratório S) e
a) Qual a sua velocidade aparente (chamemos de u) massa de repouso m0 , colide frontalmente com outro
através do céu? (Suponha que o sinal de luz de b chega
próton D inicialmente em repouso. Suponha que esta
à Terra em um tempo ∆t após o sinal de a, e a estrela,
colisão produza uma partícula Y através da reação
nesse meio tempo, avançou uma distância ∆s através
C + D ⇒ Y . Calcule a massa de repouso de Y em
da esfera celeste; por “velocidade aparente” quero dizer
∆s ∆t ). termos de γ e m0 .

b) Que ângulo θ dá a máxima velocidade aparente?


c) Mostre que a velocidade aparente pode ser muito
maior que c, mesmo que V seja menor do que c.
Prof. Matheus Pinheiro Física – ITA/IME 7
Questão 35 Questão 40
Um próton cuja o fator de Lorentz é γ , colide Um píon em repouso decai em um múon e um neutrino.
elasticamente com um outro próton em repouso. Se após (a) Encontre a energia do múon emitido em termos das
a colisão os prótons saem com energias iguais, o ângulo duas massas, mπ (massa do píon) e mµ (massa do
θ entre eles é dado pela expressão: múon) (assuma que a massa do neutrino é mν = 0 ). (b)
a) arcsen  γ + 1  . Encontre a velocidade do múon. Considere a velocidade
γ −3 da luz como sendo c.

b) arcsen  γ − 1  .
γ +3
 γ +1
c) arccos  .
γ −3

d) arccos  γ − 1  .
γ +3
e) arctg  γ − 2  .
γ +3

Questão 36
Um átomo em seu estado fundamental possui massa M.
Ele fica inicialmente em repouso em um estado excitado
de energia de excitação ∆ε , em seguida, faz uma
transição para o estado fundamental emitindo um fóton.
Encontre a frequência do fóton, levando em
consideração o recuo relativístico do átomo. Expresse
sua resposta também em termos da massa M do átomo
excitado.
Dados: h = constante de Planck; c = velocidade da luz.

Questão 37
Um disco horizontal está girando com velocidade angular
ω . Existe um relógio no centro do disco e outro a uma
distância r do centro. Em um referencial inercial em
relação ao qual o centro do disco está em repouso, o
relógio fora do centro está se movimento com velocidade
u = ω · r . Mostre que, de acordo com o fenômeno da
dilatação dos tempos da relatividade restrita, a relação
entre o intervalo de tempo medido pelo relógio em
repouso, ∆t0 , e o intervalo de tempo medido pelo relógio
em movimento, ∆t , é dada por:

∆t − ∆t0 r 2 · ω2
≅ se r · ω << c
∆t0 2 · c2

Questão 38
Um veleiro é fabricado de modo que o mastro se incline
em um ângulo θ em relação ao convés. Um observador
parado em uma doca vê o barco passar na velocidade
V = β · c , onde c é a velocidade da luz no vácuo. Que
ângulo esse observador diz que o mastro faz em relação
ao convés?

Questão 39
Uma partícula de massa m cuja energia total é o dobro
da sua energia de repouso colide com uma partícula
idêntica que está em repouso. Se elas aderirem uma á
outra, (a) qual será a massa da partícula composta
resultante? (b) Qual a sua velocidade?
Prof. Matheus Pinheiro Física – ITA/IME 8
Gabarito: 3 ·h·c
19. Resposta: λ = .
4 · φB − φA
5
01. Resposta: κ = 20. Resposta: item D.
3 21. Resposta: ∆λ = 4,86 pm .
h·c h·c
02. Resposta: − ϕCu = 4,39 volts . 22. Resposta: a) A energia dos fótons Efóton = é
λ·e λ
03. Resposta: Pot = 7 W . inversamente proporcional ao comprimento de onda.
04. Resposta: V0 = 25 volts . Portanto, os fótons espalhados, que transferiram parte
05. Resposta: a) Zero, de sua energia aos elétrons, têm comprimento de onda
b) maior que os incidentes. Segue que o comprimento de
onda dos raios–X incidentes é λ1 e o comprimento de
i ( A)
onda dos fótons espalhados é λ 2 > λ1 .
0,54 Å , c) λ espalhado =
b) λincidente = 0,55 Å ,
6
d) 0,5keV.
23. Resposta: a) Demonstração.
h c−V
24. Resposta: a) λ = , b) λ '1 =λ · e
Distância de m0 · c c+V
0 87 100 A (cm)
c+V
λ '2 =λ· .
c) 0,8 eV . c−V

me · c 2  1 
06. Resposta: a) 5536 Å , b) 0,089 W .
07. Resposta a) A dispersão de Compton é a =
25. Resposta: f · − 1 .
h  1 − β2 
dispersão de luz pelos elétrons livres. Por elétrons  
livres quero dizer elétrons cuja a energia de ligação
com o átomo é muito menor do que as energias P ⋅λ ⋅ d2 ⋅ t
26. Resposta: N = .
envolvidas no processo de dispersão. Por essa razão, h ⋅ c ⋅ L2
o aumento no comprimento de onda ∆λ é
3 ⋅I
independente da natureza da substância dispersa. 27. Resposta: r = .
b) Isso ocorre porque o número efetivo de elétrons 4 ⋅ρ⋅ c ⋅ g
livres aumenta em ambos os casos. Com o aumento
do ângulo de dispersão, a energia transferida para os
28. Resposta: O elemento A é o deutério ( 2 H) e o

elétrons aumenta. Com a diminuição do número átomo B é o He+ .


atômico da substância, a energia de ligação dos 29. Resposta: item B.
elétrons diminui. 30. Resposta: item A.
c) A presença de um componente não deslocado é a 31. Resposta: item E.
radiação espalhada é devido à dispersão de elétrons V · senθ
(internos) fortemente vinculados, bem como núcleos. 32. Resposta: a) u = ;
 V
Para dispersar por estes, o átomo essencialmente  1 − c  · cos θ
recua como um todo e há muito pouca transferência de  
energia. V
d) Os comprimentos de onda associados a luz vísivel b) θ =cos−1   ;
c
são da mesma ordem de grandeza das energias de
ligação dos elétrons com o átomo. c) Demonstração.
08. Resposta: Ecinelétron = 18,5MeV .
4·c 3·c ·T
θ m · c · ( p − p' ) 33. Resposta: a) , b) , c) 3anos ,
09. Resposta: sen=
  = 120,2° . 5 5
2 2 · p · p'
45 · T
2 · η · (1 + η) d)
8
.
10. =
Resposta: ρ = 3,412cm .
m·c 2 · EA
(1 + 2 · η) · 34. Resposta: a) ∆ =2 · 10−8 , b) mx = ,
B·e c2
11. Resposta: Demonstração.
12. Resposta: Demonstração. =
c) m y 2 · ( γ + 1) · m0 .
13. Resposta: item D. 35. Resposta: item D.
14. Resposta: item B. ∆ε  ∆ε 
= · 1 − .
15. Resposta: 1,33 ⋅10−7 N .
36. Resposta: f
h  2 · M · c2 
16. Resposta: item B. 37. Resposta: Demonstração.
17. Resposta: Demonstração.
 tan θ 
φ0 q2 · B2 · R2 38. Resposta: α =tan−1  .
18. Resposta:=f + .  1 + β2 
h 2· m · h  
Prof. Matheus Pinheiro Física – ITA/IME 9
c
39. Resposta: a) M = 6 · m , b) V = .
3

40. Resposta: a) Eµ =
( m2π + mµ2 )
· c2 ,
2 · mπ
 m 2 − m2 
π µ 
b) Vµ =  ·c
 m2π + mµ2 
 

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