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Efeito Fotoelétrico

Disciplina: Física - Ótica e Princípios de Física Moderna


Professor: Cristiano Cruz

Curso: Engenharia Unidade: Garcez


EFEITO FOTOELÉTRICO
Introdução
Quando iluminamos a superfície de um metal com um raio luminoso, de comprimento de
onda suficientemente pequeno, a luz faz com que elétrons sejam emitidos pelo metal. O fenômeno,
que recebe o nome de efeito fotelétrico, é essencial para o funcionamento de equipamentos como
câmaras de TV e óculos de visão noturna. Einstein usou a ideia do fóton para explicar esse efeito,
resumindo os resultados dos experimentos do efeito fotelétrico na equação:
풉풇 = 푲풎á풙 +

Esta equação nada mais é que a aplicação da lei de conservação da energia à emissão
fotelétrica de um elétron por um alvo cuja função trabalho é . Uma energia igual à energia do
fóton, hf, é transferida a um elétron do alvo. Para escapar do alvo, o elétron deve possuir uma
energia pelo menos igual a . Qualquer energia adicional (hf – ) recebida do fóton aparece na
forma da energia cinética K do elétron emitido. Nas circunstâncias mais favoráveis, o elétron pode
escapar do alvo sem perder energia cinética no processo; nesse caso, aparece fora do alvo com a
maior energia cinética possível, Kmáx.
Os estudos sobre o efeito fotoelétrico levaram à aplicação destes conceitos na criação de um
material conhecido como célula fotoelétrica, na qual o efeito fotoelétrico gerado produz uma
corrente elétrica de baixa intensidade, muito sensível à radiação incidente. Neste caso, qualquer
variação na intensidade da radiação incidente, que equivale a variar a quantidade de fótons
incidentes, gera uma alteração nesta corrente elétrica. Esse efeito, dentro de uma célula
fotoelétrica, torna-se um dos grandes instrumentos de controle automatizado de ambientes, tais
como acesso de pessoas, contador de produtos em esteiras industriais, monitoramento de fumaça
para detecção de incêndio, entre outros.
Por meio da interação da onda eletromagnética com a chapa metálica, uma corrente elétrica
é estabelecida neste circuito. Nos setores industriais, e até em aplicações residenciais, essa
corrente elétrica pode atuar como um sinal elétrico para o acionamento de sistemas, como portas,
esteiras, sirenes e outras funcionalidades. Neste experimento você vai ver como se comporta a
frequência da radiação incidente e a corrente elétrica gerada devido à ejeção de elétrons, além de
obter a constante de Planck.

Objetivo

• O objetivo neste experimento, utilizando o modelo corpuscular da radiação de Einstein e os


conceitos relativos ao efeito fotoelétrico, é obter a função trabalho para o material bombardeado
e, consequentemente, a constante de Planck, que é universal, ou seja, não depende do material
ou do tipo de onda utilizado.

Material Utilizado

• Tubo fotoelétrico,
• Fonte de luz policromática,
• Fonte de baixa tensão variável,
• Inversor de polaridade elétrica,
• Fonte de luz UV,
• Atenuador,
• Voltímetro,
• Amperímetro,
• Fotodetector,
• Cabos com conectores para fazer as devidas ligações elétricas.
Roteiro Experimental

1 - A bancada para a realização do experimento tem os seguintes objetos, posicione o mouse sobre ele
para identifica-lo: tubo fotoelétrico, fonte de luz policromática, fonte de baixa tensão variável, inversor
de polaridade elétrica, fonte de luz UV, atenuador, voltímetro, amperímetro, fotodetector e cabos com
conectores para fazer as devidas ligações elétricas.
Confira as conexões da fonte variável, do inversor de polaridade elétrica e dos medidores no tubo
elétrico.
Mantenha a fonte de luz UV de comprimento de onda = 365 nm, a uma distância de 2 cm do
tubo fotoelétrico, para isso, clique com o botão direito sobre o tubo fotoelétrico e selecione a opção “A
2cm da luz ultravioleta”.

Visualize a chave inversora clicando com o botão esquerdo do mouse na câmera com o nome
“Chave inversora” localizada no painel de visualização no canto superior esquerdo da tela. Se preferir,
também pode ser usado o atalho do teclado “Alt+2”.

Mova a chave inversora para a posição direta clicando com o botão direito do mouse sobre a
chave e selecionando a opção “Posição direta”.
Em seguida, ajuste a fonte de tensão para 5 V, multímetro da direita e anote o valor da
fotocorrente correspondente no multímetro da esquerda. Gire o seletor da fonte de tensão clicando
sobre ele com o botão esquerdo do mouse e arrastando para direita até que atinja a tensão de 5 Volts.
Esta tensão está sendo aplicada entre o cátodo e o ânodo do tubo fotoelétrico.

Anote o valor da fotocorrente encontrada na tabela 1.

2 - Mude a tensão para: 4; 3; 2; 1; 0,5 e 0 Volts. Para isso clique com o botão esquerdo do mouse sobre
o seletor e arraste para girar o botão. O seletor da esquerda corresponde ao ajuste grosso da tensão e
o seletor a direita ao ajuste fino. Logo depois, anote os valores de fotocorrente correspondente a cada
medida na tabela 1.

3 - Mude a polaridade da chave inversora para a posição inversa, clicando sobre o inversor de polaridade
com o botão direito do mouse e selecionando a opção “Posição reversa”.
Regule a fonte de voltagem para fornecer -0,1 V clicando com o botão esquerdo do mouse sobre a chave
seletora e movendo até que atinja a tensão desejada. Anote o valor da foto corrente encontrado.

Repita o procedimento anterior para cada um dos valores de tensão: -0,2; -0,4; -0,6; -0,8; -0,9; -1,0;
-1,2; -1,3; -2,0; até que a fotocorrente seja zero e anote na tabela 1 os valores da fotocorrente
encontrados para cada tensão na tabela de dados 1.

4 – Para minimizar erros, repita o procedimento 2 e 3 mais duas vezes e faça uma média dos resultados
encontrados.

5 – Retorne à visualização, câmera Bancada, clicando no painel esquerdo. Posicione o mouse sobre a
fonte de luz UV, clique com o botão direito e selecione “Na luz policromática”.
6 – Clique na visualização, Fonte policromática, e anote o valor do comprimento de onda, = 440 nm,
clique na visualização, Chave inversora, e no seletor de voltagem da fonte, altere lentamente a tensão
até obter a fotocorrente igual a zero para o menor valor de tensão, chamado potencial de corte Vo.
Anote o valor da tensão na tabela 2 para o respectivo comprimento de onda.

7 – Clique na visualização, Fonte policromática, e altere o seletor do comprimento de onda da luz para
4 70 nm, anote este valor.

8 - Clique na visualização, Chave inversora, no seletor de tensão, altere a tensão para o menor valor
onde a corrente fotoelétrica é zero. Anote o potencial de corte encontrado completando a tabela 2.

9 – Clique na visualização, Fonte policromática, altere o comprimento de onda para 490 nm e repita o
procedimento obtendo o potencial de corte Vo para este comprimento de onda, em seguida faça o mesmo
para os comprimentos de onda, 530 nm e 645 nm. Anote o potencial de corte para cada respectivo
comprimento de onda na tabela de dados 2.
Análise e Resultados

1. O ser humano sempre buscou entender os fenômenos da natureza. A luz sempre esteve presente
no ambiente humano, a ponto de despertar a curiosidade sobre sua natureza. A busca pelo
entendimento sobre a luz revelou, entre outras coisas, que essa pode ser tratada tanto como onda,
quanto como partícula. O efeito fotoelétrico é um desses fenômenos intrinsecamente relacionados à
luz, nesse sentido, explique o efeito fotoelétrico.

2. Tabela de dados 1:

Tensão
5 4 3 2 1 0,5 0 -0,1 -0,2 -0,4 -0,6 -0,8 -0,9 -1,0 -1,2 -1,3 -2,0
(voltz)
Foto
Corrente(i)

Com os valores da tabela de dados 1, faça o gráfico da fotocorrente (i) em função da tensão aplicada
entre o cátodo e o ânodo do tubo fotoelétrico.

3. A corrente fotoelétrica é formada pelos elétrons ejetados que chegam na placa coletora. Esta
corrente fotoelétrica atinge um valor de saturação, permanecendo constante em função da diferença
de potencial elétrico entre as placas dentro do tubo. Neste contexto, que condição física gera a
saturação dessa corrente fotoelétrica?

4. Por que, mesmo para radiações incidentes monocromáticas, os fotoelétrons são emitidos com
diferentes velocidades?

5. Tabela de dados 2:
Comprimento de onda ( ) nm Potencial de corte (Vo) Voltz Frequência da luz (푓 = 푐 ) Hertz

440

470

490

530

645

Calcule a frequência da luz incidente pela relação c = .f, onde a velocidade da luz no vácuo c =
299792458 m/s. Com os valores da tabela de dados 2, faça o gráfico do potencial de corte Vo em função
da frequência da luz incidente, V(f).

6. Obtenha a equação que descreve o gráfico V(f), compare esta equação com a equação do efeito
fotoelétrico proposta por Einstein.
푒. 푉표 = ℎ. 푓 −
Onde a carga do elétron e = 1,6.10-19C, h é휙a constante de Planck e é a função trabalho.

7. Comparando a equação obtida no gráfico com a equação do efeito fotoelétrico, encontre o valor da
constante de Planck pelo coeficiente angular e a função trabalho pelo coeficiente linear.

8. O potencial de frenagem ou potencial de corte é aquele para o qual é possível impedir que a corrente
fotoelétrica se forme. O que você espera que aconteça se este potencial for invertido?

9. A função trabalho representa a energia mínima necessária para retirar um elétron do material e o
fóton incidente precisa vencê-la. O que pode acontecer quando a onda for uma micro-onda?

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