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Universidade Federal do Amazonas - (UFAM)

Instituto de Ciências Exatas - (ICE)


Laboratório de Física Moderna I - (IEF822)
Professor. Dr. Haroldo de Almeida Guerreiro

Efeito fotoelétrico - Quantização da radiação

Aluno: Edson Darlan M. Ferreira - 21950129

Manaus, 14 de março de 2022


Sumário
1 Introdução 5

2 Fundamentação Teórica 5
2.1 A emissão dos elétrons . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Quantização da Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

3 Objetivos 6

4 Parte Experimental 6
4.1 Material Necessário: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4.2 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

5 Resultados e Discussões 8

6 Conclusão 9

Referências 9
Lista de Figuras
1 Albert A. Michelson, Albert Einstein e Robert A. Millikan em um encontro em Pasa-
dena, Califórnia, em 1931. [AP/Wide World Photos.][1] . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2 Montagem experimental para medida da constante de Planck pelo efeito fotoelétrico
(separação de linhas por rede de difração). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3 Gráfico feito a partir dos dados experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Lista de Tabelas
1 Medidas feitas remotamente do experimento efeito fotoelétrico pelo site: remote
Lab SDK da Universidade de Czech. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1 Introdução
Neste relatório, pretende-se determinar as constante de Planck, onde será abordado
o efeito fotoelétrico externo, função trabalho, adsorção, energia do fóton. Para isso, este relató-
rio está divido em uma fundamentação teórica onde será falado sobre Einstein e sua equação de
quantização da carga, Lenard e a descoberta dos raios catódicos, a quantização usada por Planck
no problema do corpo negro. Objetivo, que é determinar a constante de Planck. Parte experi-
mental, onde será descrito em detalhes o experimento proposto. Em resultados, mostraremos os
cálculos feitos a partir da coleta dos dados e uma breve discussão do mesmo. E por fim, uma
conclusão, onde será feito uma análise dos resultados se foi possível ou não atingir o objetivo e
porque.

2 Fundamentação Teórica
2.1 A emissão dos elétrons
É uma das grandes ironias da história da ciência que no famoso experimento, reali-
zado em 1887, em que Hertz produziu e detectou ondas eletromagnéticas, confirmando assim a
teoria ondulatória da luz de Maxwell, tenha sido observado também, pela primeira vez, o efeito
fotelétrico, que levou diretamente à descrição da luz em termos de partículas. Hertz, que estava
usando um circuito sintonizado com um centelhador para gerar as ondas e um circuito seme-
lhante para detectá-las, observou acidentalmente que, quando a luz proveniente do centelhador
do transmissor deixava de incidir no centelhador do receptor, era necessário reduzir a distância
entre os eletrodos do segundo centelhador para continuar recebendo os sinais. A luz facilitava,
portanto, a produção de centelhas.
A descoberta inesperada do efeito fotelétrico incomodou Hertz porque interferia em
sua pesquisa principal, mas o cientista reconheceu imediatamente que se tratava de um fenô-
meno muito importante e interrompeu todos os outros trabalhos durante seis meses para estudá-
lo mais de perto. Seus resultados, publicados naquele mesmo ano, foram complementados por
outros pesquisadores. Descobriu-se que partículas negativas eram emitidas quando uma superfí-
cie limpa era exposta à luz. Em 1900, P. Lenard submeteu essas partículas a um campo magnético e
descobriu que apresentavam uma razão carga-massa da mesma ordem que a observada nos raios
catódicos estudados por Thomson; em outras palavras, as partículas emitidas eram elétrons [1].

Figura 1: Albert A. Michelson, Albert Einstein e Robert A. Millikan em um encontro em Pasadena,


Califórnia, em 1931. [AP/Wide World Photos.][1]

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2.2 Quantização da Energia
Segundo Einstein, a quantização da energia usada por Planck no problema do corpo
negro era, na verdade, uma característica universal da luz. Em vez de estar distribuída unifor-
memente no espaço no qual se propaga, a luz é constituída por quanta discretos, de energia h f .
Quando um desses quanta, denominados fótons, chega à superfície do catodo, toda a sua energia
é transferida para um elétron. Se ϕ é a energia necessária para remover um elétron da superfície
(ϕ recebe o nome de função trabalho e varia de metal para metal), a energia cinética máxima dos
elétrons emitidos pelo catodo é dada por h f − ϕ em virtude da lei de conservação da energia, al-
guns elétrons têm uma energia menor do que este valor por causa da energia gasta para atravessar
o metal. Sendo assim, o potencial de corte V0 é dado por
µ ¶
1 2
ϵV0 = mv = h f − ϕ → Equação do efeito fotoelétrico (1)
2 max
Se a expressão a que chegamos estiver correta, V0 , quando representada em coordena-
das cartesianas em função da frequência da luz incidente, deverá ser uma linha reta cuja inclina-
ção não depende da natureza da substância emissora.
De acordo com a Equação (1), a inclinação da reta que representa o potencial de corte
V0 em função da frequência f é igual a h/e. Na época em que Einstein fez esta previsão, não havia
nenhuma comprovação experimental de que a constante de Planck estivesse relacionada ao efeito
fotelétrico. Também não havia provas de que o potencial de corte fosse função da frequência.
Experimentos realizados por Millikan em 1914 e 1916 mostraram que a equação (1) estava correta
e o valor de h calculado a partir desses experimentos concordou com o valor obtido por Planck.

3 Objetivos
Determinar a constante Planck e obter a função trabalho ϕ.

4 Parte Experimental
4.1 Material Necessário:
• Suporte de Lâmpada E27 • Fenda, ajustável

• Fotocélula, para h-det., com encaixe • Lâmpada de Hg 80 W

• Rede de difração, 600 linhas/mm


• Multímetro digital
• Suporte de diafragma, ajustável
• Cabo de conexão, 32A, 50 cm, vermelho
• Amplificador de medidas universal
• Cabo de conexão, 32A, 50 cm, azul
• Fonte de alimentação para lâmpadas es-
• Lente montada f= 100 mm pectrais

4.2 Procedimento Experimental


Foi montado uma lâmpada de vapor de mercúrio e a fotocélula nos extremos do banco
óptico. Colocamos a rede de difração em um suporte de diafragma, e montou-se sobre a articu-

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lação com a ajuda de um suporte de lentes. Foi posicionado a fenda a aproximadamente 9cm.
Usamos também a lente convexa (a aproximadamente 20cm), focalizado finamente a fenda no
diafragma de entrada da fotocélula. Foi selecionado a abertura da fenda de modo que a largura
de sua imagem seja de aproximadamente 1cm. Para melhor ajuste, fixamos com fita durex, uma
tira de papel branco com aproximadamente 3cm de largura sobre o diafragma de entrada. Com
este expediente, praticamente invisíveis linhas UV podem ser vistas, devido a leve fluorescência
do papel.
Giramos um dos braços do banco óptico, que superpôs sucessivamente as imagens
da fenda com diferentes cores sobre o diafragma de entrada e aguardamos vários segundos para
obter valores estáveis dos níveis de voltagem correspondentes. Para que fosse evitado incidência
residual de UV de segunda ordem de difração contaminando as medidas das linhas espectrais
amarela e vermelha, foi colocado os filtros correspondentes sobre o diafragma de entrada com
a ajuda de um suporte de diafragma (lâmina colorida de 525nm para a linha espectral verde e
lâmina colorida de 580 nm para a linha espectral amarela).
Antes de cada medida, foi descarregado o capacitor de entrada do amplificador de me-
didas e verifique seu ponto zero com o diafragma fechado. O amplificador de medidas está pronto
para ser utilizado após estar ligado por aproximadamente dez minutos. Os parâmetros de ajuste
para as medidas foram os seguintes:
Amplificador de medidas:

• Eletrômetro = R e > 1013 Ω

• Amplificador = 100

• Tempo constante = 0

Voltímetro : 2V DC

Figura 2: Montagem experimental para medida da constante de Planck pelo efeito fotoelétrico
(separação de linhas por rede de difração).

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5 Resultados e Discussões
A tabela 1 mostra as medidas experimentais, a partir dela foi possível construir um
gráfico (3) da cntra-tensão em função da frequência a fim de encontra a constante de Planck.

Frequência (1014 Hz) Contra-Tensão (V) Comprimento (nm)


8,19 1,4637 365
7,5 1,119 407
6,81 0,9695 436
6,12 0,4792 546
5,43 0,3998 578

Tabela 1: Medidas feitas remotamente do experimento efeito fotoelétrico pelo site: remote Lab
SDK da Universidade de Czech.

Figura 3: Gráfico feito a partir dos dados experimentais

Usando a expressão dada pelo gráfico (3) e usando a equação de Einstein (1), podemos
compará-las a fim de obtem o valor da constante de Planck h da seguinte maneira

ϵV0 = h f − ϕ
hf ϕ
V0 = −
ϵ ϵ
Assim, de acordo com os valores obtidos pelo ajuste linear, teremos o valor da constante de Planck
e a função trabalho, respectivamente

h
= 4 × 10−15 → h = 4 × 10−15 × 1, 602 × 10−19 = 6, 408 × 10−34 J .s (2)
ϵ
ϕ
= 1, 8453 → ϕ = 1, 8453 × 1, 602 × 10−19 = 2, 956 × 10−19 J (3)
ϵ

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6 Conclusão
O fenômeno do efeito fotoelétrico consiste na liberação de elétrons pela superfície de
um metal, após a absorção da energia proveniente da radiação eletromagnética incidente sobre
ele, de tal modo que a energia total da radiação é parcialmente transformada em energia ciné-
tica dos elétrons expelidos. Esse experimento, fotoelétrico, mostra também que a ocorrência da
emissão de elétrons não depende da intensidade da luz incidente, havendo emissão, a corrente
é proporcional à intensidade da luz, quando a frequência e o potencial retardador são mantidos
constantes. Outro ponto importante é que a emissão depende da frequência da luz e para cada
metal há um limiar de frequência, abaixo do qual não há emissão, para dada frequência o po-
tencial de corte independe da intensidade da luz . E por fim, a energia cinética dos elétrons e o
potencial de corte crescem com a frequência da luz.
Referências
[1] Ralph A LLEWELLYN and Paul A TIPLER. Física moderna, 2014.

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