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FISI06 • Laboratório de Física B •2023

Relatório - Aula prática

EXPERIMENTO DISPERSÃO DA LUZ

BRUNA DE LIMA FURTADO


Matrícula : 2018011670, Curso: ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
HUGO ALVES DE ALMEIDA
Matrícula : 2021020751 , Curso: ENGENHARIA ELÉTRICA
IARA MARINA COSTA SOUZA
Matrícula : 2021022738, Curso: ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

RESUMO: O relatório descreve um experimento realizado com o objetivo de estudar o


fenômeno da dispersão da luz em um prisma e analisar as propriedades espectrais da luz
branca. O experimento foi conduzido em um simulador online, utilizando um prisma de
vidro óptico e uma fonte de luz branca, que consistia em um feixe de luz contendo várias
cores. O primeiro objetivo do experimento foi observar a dispersão da luz ao passar pelo
prisma. Ao incidir o feixe de luz branca no prisma, notou-se que a luz se separava em
diferentes cores, formando um espectro contínuo. Em seguida, foram analisadas as
propriedades espectrais da luz dispersa. Utilizando um anteparo, foram observados os
diferentes comprimentos de onda das cores que compõem o espectro, desde o vermelho
até o violeta. Foi possível constatar que cada cor possuía um comprimento de onda
específico e uma frequência associada. Outro objetivo do experimento foi estudar o ângulo
de desvio da luz ao atravessar o prisma. Medindo o ângulo de incidência e o ângulo de
desvio para diferentes cores, foi possível estabelecer a relação entre o desvio angular e o
comprimento de onda. Verificou-se que o desvio angular era maior para as cores de maior
frequência, ou seja, as cores mais próximas do violeta. Além disso, o relatório também
abordou a formação do espectro contínuo da luz branca. Ao analisar os diferentes
comprimentos de onda presentes no espectro, constatou-se que a luz branca é composta
por uma combinação de todas as cores do arco-íris. Essa combinação resulta em um
espectro contínuo, onde cada cor contribui com uma intensidade específica. O experimento
concluiu que a dispersão da luz em um prisma ocorre devido à refratividade diferenciada das
cores, causando a separação das mesmas. Além disso, permitiu compreender a formação do
espectro contínuo da luz branca e estabelecer a relação entre o desvio angular e o
comprimento de onda.

Palavras-chave: Lei de Snell; prisma; dispersão da luz; espectro contínuo.

INTRODUÇÃO

A dispersão da luz em um prisma é fundamental para entendermos a natureza da luz


e suas propriedades espectrais. O relatório aborda detalhadamente esse fenômeno,
descrevendo um experimento realizado com o objetivo de investigar as propriedades ópticas
envolvidas nesse processo. O estudo foi conduzido em um laboratório, utilizando um prisma
de vidro e uma fonte de luz branca.
A dispersão da luz em um prisma ocorre quando um feixe de luz branca incide em
um prisma transparente, e a luz se separa em diferentes cores, formando um espectro
contínuo que vai do vermelho ao violeta. Esse fenômeno é resultado da refração da luz nas
diferentes faces do prisma, que possuem índices de refração distintos para cada
comprimento de onda.
A compreensão da dispersão da luz em um prisma é essencial para diversos campos
da ciência e tecnologia. O estudo desse fenômeno permite a análise dos diferentes
comprimentos de onda presentes na luz, bem como a determinação da relação entre o
ângulo de desvio e o comprimento de onda. Essa relação, conhecida como dispersão
angular, é de grande importância na espectroscopia, onde a análise da luz dispersa em um
prisma é utilizada para identificar substâncias químicas e estudar suas propriedades.
Além disso, o conhecimento sobre a dispersão da luz em prisma é fundamental na
área da óptica, contribuindo para o desenvolvimento de dispositivos como lentes, prismas e
filtros ópticos. Esses componentes ópticos são amplamente utilizados em instrumentos de
medição, sistemas de comunicação e aplicações tecnológicas diversas.
O relatório apresenta uma abordagem sistemática e detalhada do experimento
realizado, descrevendo os procedimentos, resultados e análises obtidas. Ao
compreendermos a natureza desse fenômeno, podemos aprofundar nosso conhecimento
sobre a luz e explorar suas aplicações práticas em diversas áreas científicas e tecnológicas.

MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais e métodos utilizados no experimento de dispersão da luz em um prisma


em laboratórios são os seguintes:
● Prisma de vidro óptico: Foi utilizado um prisma de formato triangular, feito de
vidro óptico. O prisma possui duas faces inclinadas e uma base plana.
● Fonte de luz branca: Uma fonte de luz branca foi utilizada para fornecer o
feixe de luz incidente no prisma. Essa fonte pode ser uma lâmpada de luz
branca ou uma fonte de luz de espectro amplo.
● Suporte e mesa óptica: Um suporte foi utilizado para posicionar o prisma de
forma estável e permitir o ajuste adequado dos ângulos de incidência e
desvio. Uma mesa óptica foi utilizada para garantir a estabilidade e precisão
durante o experimento.
● Anteparo: Um anteparo foi colocado atrás do prisma para permitir a
visualização e medição dos ângulos de desvio das diferentes cores.
● “Interactive Simulations for Science and Math”,

Os seguintes métodos foram adotados durante o experimento:

Configuração experimental: O prisma foi colocado sobre o suporte, garantindo que


estivesse nivelado e centralizado. A fonte de luz branca foi posicionada de forma que o feixe
de luz incidente atingisse uma das faces inclinadas do prisma.
Ângulo de incidência: Foi selecionado um ângulo de incidência adequado para o
experimento. Esse ângulo foi medido utilizando um transferidor ou um goniômetro e
registrado para análises posteriores.
Observação e medição do espectro: O anteparo foi posicionado de maneira a
capturar o feixe de luz disperso pelo prisma. As cores do espectro foram observadas e, para
cada cor, o ângulo de desvio em relação à direção original do feixe incidente foi medido e
registrado.
Análise dos resultados: Com base nos ângulos de desvio medidos, foi possível
estabelecer a relação entre o desvio angular e o comprimento de onda das diferentes cores.
Essa relação permitiu compreender a dispersão angular da luz em um prisma.
É importante ressaltar que os métodos e materiais podem variar de acordo com o
equipamento disponível e o objetivo específico do experimento. No entanto, a configuração
básica descrita acima é comumente utilizada para estudar a dispersão da luz em um prisma.

RESULTADOS E ANÁLISE DE DADOS


Ajustamos as posições da fonte luminosa e do prisma: posicionando a fonte luminosa
de forma que o feixe de raios incidia em uma das faces do prisma. Ajustamos a distância
entre a fonte luminosa e o prisma conforme necessário. Observamos a incidência dos raios
luminosos, os raios de luz ao incidirem na face do prisma. Percebemos a direção e o ângulo
de incidência. Observamos também os raios de luz ao passarem pela primeira face do
prisma e refratarem. Notamos a mudança de direção e o ângulo de refração. Os raios de luz
ao saírem da segunda face do prisma, percebemos a direção e o ângulo de emergência, o
desvio angular dos raios emergentes em relação aos raios incidentes. A Figura 1 demonstra a
montagem do experimento no simulador “Bending Light (HTML5)”.

Figura 1 - Dispersão da luz em um prisma.

Fonte: Captura de tela do Simulador "Bending Light (HTML5)" 27/05/2023.

Podemos ver que quando o raio de luz incide na face da esquerda, isto é, na 1° face
do prisma, ele sofre a primeira refração que pode ser equacionada da seguinte forma:
1° 𝑓𝑎𝑐𝑒: 𝑛1 * 𝑠𝑒𝑛 𝑖1 = 𝑛2 * 𝑠𝑒𝑛 𝑟1

Onde:

● i1 é o ângulo de incidência da primeira face;


● r1 é o ângulo de refração da primeira face.

Em seguida, vemos que o raio de luz sofre a segunda refração, isto é, sofre refração a
2° face do prisma, portanto, temos:

2° 𝑓𝑎𝑐𝑒: 𝑛2 * 𝑠𝑒𝑛 𝑟2 = 𝑛2 * 𝑠𝑒𝑛 𝑖2

Onde:

● r2 é o ângulo de incidência da segunda face;


● i2 é o ângulo de refração da segunda face.

De acordo com a Figura 2, podemos ver que o ângulo de abertura (A) é dado por:

𝐴 = 𝑟1 + 𝑟2 = 15° + 15° = 30°

E o desvio angular (Δm) pode ser calculado através da seguinte relação matemática:

∆𝑚 = 𝑖1 + 𝑖2 − 𝐴 = 22, 5° + 22, 5° − 30° = 15°

Figura 2 - Desvio da luz produzida por um prisma de secção triangular

Fonte: (SILVA, 2023)

Usando o transferidor, conseguimos os valores do ângulo de incidência i1 = 22,5° da


primeira face e o ângulo de refração r1 = 15° da primeira face, com isso encontramos na
internet o valor do índice de refração do ar n1 = 1,0003, substituindo na primeira equação
conseguimos encontrar o índice de refração do prisma.
𝑛1*𝑠𝑒𝑛 𝑖1
𝑛2 = 𝑠𝑒𝑛 𝑟1

1,0003*𝑠𝑒𝑛 22,5
𝑛2 = 𝑠𝑒𝑛 15
= 1, 48

O valor de 1,48 como índice de refração de um prisma de vidro está dentro da faixa
típica para certos tipos de vidro, como o vidro de silicato de sódio ou vidro de silicato de
potássio. No entanto, é importante notar que o índice de refração específico de um prisma
de vidro pode variar dependendo da composição exata do vidro e de outros fatores.
Para estabelecer uma relação com dados reais, é necessário considerar o tipo exato
de vidro utilizado no prisma em questão. O índice de refração de vidros comuns pode variar
de cerca de 1,50 a 1,90, dependendo da composição específica do vidro. Portanto, um valor
de 1,48 está dentro dessa faixa.
No entanto, para obter uma correspondência precisa com dados reais, é necessário
conhecer a composição exata do vidro utilizado no prisma. Cada tipo de vidro terá um índice
de refração específico e pode haver variações mesmo dentro do mesmo tipo de vidro,
dependendo do processo de fabricação.
A reflexão interna total é caracterizada pela luz sendo refletida de volta para o meio
original sem refratar para o segundo meio. Se você posicionar uma tela ou uma superfície de
projeção em um ângulo adequado em relação ao prisma, poderá observar o feixe de luz
refletido pela reflexão interna total, na Figura 3 podemos observar as reflexões do prisma.

Figura 3 - Reflexão no prisma.

Fonte: Captura de tela do Simulador "Bending Light (HTML5)" 02/06/2023

Ao observar a dispersão da luz pelo prisma como pode ser visto na Figura 1, é
possível notar uma sequência ordenada de cores, conhecida como espectro de cores ou
espectro de dispersão. As cores que compõem o espectro são, na ordem tradicionalmente
observada:
1. Vermelho
2. Laranja
3. Amarelo
4. Verde
5. Azul
6. Anil (ou ciano)
7. Violeta

Essas cores representam as diferentes frequências ou comprimentos de onda da luz


visível. A luz branca incidente é composta por uma mistura de todas essas cores, mas
quando atravessa o prisma, cada componente é refratado em um ângulo ligeiramente
diferente, resultando na separação das cores e na formação do espectro.
Ao anotar a ordem das cores na dispersão da luz pelo prisma, é importante observar
a sequência em que elas aparecem e registrar os nomes correspondentes a cada cor. Essa
observação experimental permite comprovar a dispersão cromática da luz e a separação das
cores individuais pelo prisma.
Para inverter o espectro após a dispersão da luz, geralmente é utilizada uma lente
convergente chamada de lente dispersiva ou lente cilíndrica. Essa lente possui uma forma
específica que permite a correção de dispersão cromática, ou seja, ela refrata a luz de
diferentes comprimentos de onda de forma diferente, invertendo a sequência das cores.
A lente dispersiva é mais espessa nas bordas e mais fina no centro, e sua curvatura é
calculada para que a dispersão da luz seja corrigida e ocorra a inversão do espectro. A luz
que passa por essa lente é refratada de forma que as cores se separem e, em seguida, sejam
recombinadas na ordem inversa, invertendo o espectro como pode ser observado na Figura
4 realizado no experimento.
Quando o espectro de cores é invertido após a dispersão da luz, a sequência de cores
observada será a mesma do espectro original, porém invertida. Isso significa que a ordem
das cores será a seguinte:

1. Violeta
2. Anil (ou ciano)
3. Azul
4. Verde
5. Amarelo
6. Laranja
7. Vermelho

Ao passar pelo prisma e, em seguida, por uma lente convergente, a luz é refratada e
focalizada novamente. A lente convergente possui um perfil curvo que faz com que os raios
de luz sejam refratados em direção a um ponto focal, onde ocorre a inversão da imagem.

Portanto, ao utilizar uma lente convergente para inverter o espectro de cores após a
dispersão da luz, você poderá observar as cores na ordem inversa em relação ao espectro
original, com o vermelho aparecendo no final e o violeta no início.
Essa lente é frequentemente utilizada em instrumentos ópticos, como
espectroscópios, para analisar a dispersão da luz e estudar o espectro de diferentes fontes
luminosas.
Figura 4 - Inversão do espectro após a dispersão da luz.

Fonte: Captura de tela do Simulador "Bending Light (HTML5)" 02/06/2023

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O experimento do prisma é uma demonstração clássica e fascinante da dispersão da luz e
dos princípios da refração. Ao realizar esse experimento, podemos obter uma série de observações e
conclusões importantes. A dispersão da luz no prisma separa a luz branca em diferentes
componentes coloridos, revelando o espectro de cores. Essa separação ocorre devido à refração
diferencial das diferentes cores da luz. Índice de refração no experimento do prisma nos permite
explorar o conceito de índice de refração, pois a maneira como a luz se curva ao atravessar o prisma
depende das propriedades ópticas do material. Reflexão interna total quando o ângulo de incidência
é maior do que o ângulo crítico, ocorre a reflexão interna total na interface entre o prisma e o ar. Isso
é uma consequência das leis da refração e pode ser observado no experimento. Ao utilizar uma lente
convergente após o prisma, é possível inverter a sequência de cores do espectro disperso,
fornecendo uma compreensão adicional sobre o comportamento da luz. O experimento do prisma
tem várias aplicações práticas. Ele é a base para a construção de instrumentos ópticos como prismas
de dispersão, espectroscópios e até mesmo óculos prismáticos. Em resumo, o experimento do
prisma oferece uma oportunidade valiosa para explorar e compreender os princípios da óptica e da
dispersão da luz. Ele nos permite investigar o comportamento da luz e suas propriedades, além de
ser uma experiência visualmente impressionante. Ao realizar esse experimento, podemos
aprofundar nossa compreensão sobre os fenômenos ópticos e suas aplicações em diversos campos
da ciência e da tecnologia.

REFERÊNCIAS

Desvio angular mínimo. Calculando o desvio angular mínimo - Brasil Escola. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/desvio-angular-minimo.htm> . Acesso em: 2 jun.
2023.
Dispersão e refração da luz. Disponível em:
<https://cref.if.ufrgs.br/?contact-pergunta=dispersao-e-refracao-da-luz>. Acesso em: 2 jun.
2023.

REDAÇÃO. Reflexão total - Lâmina de Faces Paralelas - Colégio Web. Disponível em:
<https://www.colegioweb.com.br/lamina-de-faces-paralelas/reflexao-total.html>. Acesso
em: 2 jun. 2023.

SILVA. Conhecendo o desvio angular. Calculando o desvio angular. Disponível em:


<https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/conhecendo-desvio-angular.htm>. Acesso em: 2
jun. 2023.

MARIA, J. CURIOSIDADES DA FÍSICA. [s.l: s.n.]. Disponível em:


<https://seara.ufc.br/wp-content/uploads/2019/03/folclore408.pdf>. Acesso em: 2 jun.
2023.

FRAGNITO, H.; COSTA, A. DISPERSÃO DA LUZ POR UM PRISMA. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<https://sites.ifi.unicamp.br/hugo/files/2013/12/prism.pdf>. Acesso em: 2 jun. 2023.
FISI06 • Laboratório de Física B •2023

Relatório - Aula prática

EXPERIMENTO LEI DE SNELL

BRUNA DE LIMA FURTADO


Matrícula: 2018011670, Curso: ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
HUGO ALVES DE ALMEIDA
Matrícula: 2021020751 , Curso: ENGENHARIA ELÉTRICA
GABRIEL VITOR LAGE DUARTE SIQUEIRA
Matrícula: 2017011854 , Curso: ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO

RESUMO: Este relatório tem como objetivo investigar a aplicação da Lei de Snell no contexto
do uso de lentes semicirculares. As lentes semicirculares são dispositivos ópticos que
refratam a luz de forma controlada e são amplamente utilizadas em várias aplicações, desde
óculos de leitura até equipamentos científicos e médicos avançados. O estudo busca
compreender como as lentes semicirculares aplicam a Lei de Snell para alterar a trajetória da
luz que passa por elas. Para isso, serão realizados experimentos práticos nos quais feixes de
luz serão direcionados para as lentes em diferentes condições. Serão analisadas as
mudanças nas trajetórias dos feixes de luz e como essas alterações estão relacionadas aos
ângulos de incidência e aos índices de refração dos materiais envolvidos. Os objetivos
específicos incluem a análise das propriedades ópticas das lentes semicirculares, a
compreensão das relações entre os ângulos de incidência e refração e a exploração das
aplicações práticas dessas lentes, como correção de problemas de visão e ampliação de
imagens. Os métodos consistem na realização de experimentos nos quais serão direcionados
feixes de luz para as lentes semicirculares. Serão variados o ângulo de incidência e o índice
de refração dos materiais envolvidos, registrando as mudanças na trajetória da luz através
de medições precisas. Os resultados obtidos permitirão uma análise detalhada do
comportamento da luz, corroborando a aplicação da Lei de Snell no contexto das lentes
semicirculares.

Palavras-chave: Lei de Snell; lentes; refração; luz; índice de refração.

INTRODUÇÃO

A Lei de Snell, também conhecida como Lei de Refração, é um princípio fundamental


da óptica que descreve a mudança na direção de um raio de luz ao passar de um meio para
outro. Esta lei é de extrema importância na compreensão do comportamento da luz e é
amplamente aplicada em diversas áreas da ciência e da tecnologia. Neste relatório, vamos
explorar a aplicação da Lei de Snell no contexto do uso de lentes semicirculares.
As lentes semicirculares são dispositivos ópticos que possuem uma forma
semelhante a metade de um círculo. Essas lentes podem ser feitas de diferentes materiais,
como vidro ou plástico, e têm a capacidade de refratar a luz de forma controlada. Elas são
utilizadas em uma variedade de aplicações, desde óculos de leitura até equipamentos
científicos e médicos avançados.
O objetivo deste relatório é investigar a maneira como as lentes semicirculares
aplicam a Lei de Snell para alterar a trajetória da luz que passa por elas. Ao
compreendermos o comportamento da luz ao atravessar essas lentes, poderemos analisar
suas propriedades ópticas e como elas podem ser utilizadas para corrigir problemas de
visão, ampliar ou reduzir imagens, entre outras aplicações.
Para alcançar esse objetivo, serão realizados experimentos práticos nos quais feixes
de luz serão direcionados para lentes semicirculares em diferentes condições. Serão
analisadas as mudanças nas trajetórias dos feixes de luz e como essas alterações estão
relacionadas aos ângulos de incidência e aos índices de refração dos materiais envolvidos.
Espera-se que este relatório contribua para o entendimento dos princípios ópticos
subjacentes à Lei de Snell e seu papel no funcionamento das lentes semicirculares.

MATERIAIS E MÉTODOS

O relatório sobre a Lei de Snell utilizando lentes semicirculares emprega uma


abordagem experimental para investigar as propriedades ópticas e o comportamento da luz
ao passar por essas lentes. Os materiais e métodos utilizados neste estudo são descritos a
seguir:

Materiais:

● Lentes semicirculares: Serão utilizadas lentes semi circulares feitas de


materiais ópticos, como vidro ou plástico, com um raio de curvatura
específico;
● Fonte de luz: Será utilizada uma fonte de luz monocromática e colimada, que
emite feixes de luz paralelos e de comprimento de onda controlado;
● Suporte experimental: Será utilizado um suporte ou mesa óptica para
posicionar as lentes e os demais componentes ópticos com precisão;
● Instrumentos de medição: Serão utilizados instrumentos de medição, como
réguas, disco graduado para realizar medidas precisas dos ângulos de
incidência e refração;
● Fonte de alimentação: Se necessário, uma fonte de alimentação será utilizada
para alimentar a fonte de luz.

Métodos:

Configuração experimental: A montagem experimental consistiu em posicionar a


lente semicircular na trajetória do feixe de luz emitido pela fonte de luz. A lente foi colocada
em diferentes posições e ângulos em relação ao feixe incidente para variar o ângulo de
incidência.
Medição dos ângulos: Foram realizadas medições dos ângulos de incidência e
refração utilizando instrumentos de medição apropriados. O ângulo de incidência será
medido antes de o feixe de luz atingir a lente, enquanto o ângulo de refração será medido
após a passagem pela lente.
Variação de parâmetros: Serão realizados experimentos com diferentes ângulos de
incidência e, possivelmente, isso permitiu a análise das mudanças na trajetória da luz.
Registro de dados: Os dados experimentais, incluindo os ângulos de incidência,
ângulos de refração e quaisquer outras observações relevantes, serão registrados com
precisão.
Análise dos resultados: Os dados registrados serão analisados para identificar
tendências e relações entre os ângulos de incidência e refração, além de comparar com as
previsões teóricas baseadas na Lei de Snell.
Discussão e conclusões: Com base nos resultados e análises, serão feitas conclusões
sobre o comportamento da luz ao passar por lentes semicirculares e a aplicação da Lei de
Snell nesse contexto.

RESULTADOS E ANÁLISE DE DADOS


Posicionamos a lente semicircular na trajetória do feixe de luz emitido pela fonte de
luz. A lente foi colocada em diferentes posições e ângulos em relação ao feixe incidente para
variar o ângulo de incidência. Na Tabela 1 temos os valores obtidos neste experimento, onde
o ângulo de incidência (θ₁), o ângulo de refração (θ₂), o seno desses ângulos e a razão dos
senos são apresentados a seguir:

Tabela 1 - Medidas dos ângulos de incidência e de refração.

Fonte: Autores

De acordo com a Lei de Snell, afirma que a razão entre os senos dos ângulos de
incidência (θ₁) e refração (θ₂) é igual à razão entre os índices de refração dos meios
envolvidos. Sendo assim os valores encontrados na Tabela 1 é constante, confirmando os
cálculos realizados, encontramos o índice de refração no valor de 1,53 ± 0,01. Essa relação é
expressa pela fórmula matemática:

𝑠𝑒𝑛(θ₁) / 𝑠𝑒𝑛(θ₂) = 𝑛₂ / 𝑛₁
Onde:

● n₁ é o índice de refração do meio de incidência (meio inicial)


● n₂ é o índice de refração do meio de refração (meio final)
● θ₁ é o ângulo de incidência do raio de luz
● θ₂ é o ângulo de refração do raio de luz

Essa relação expressa a lei fundamental da refração e nos permite calcular o ângulo
de refração de um raio de luz ao passar de um meio para outro, conhecendo os ângulos de
incidência e os índices de refração correspondentes. É importante ressaltar que a razão
entre os índices de refração é uma constante para um par específico de meios.
Utilizando uma função linear esboçamos um gráfico, a partir daí iríamos extrair o
índice de refração da lente. Essa função linear pode ser expressa pela fórmula matemática:

𝑛₁ * 𝑠𝑒𝑛(θ₁) = 𝑛₂ * 𝑠𝑒𝑛(θ₂)

Essa equação é fundamental para descrever como a luz se comporta ao passar de


um meio para outro. Ela estabelece uma relação direta entre os ângulos de incidência e
refração e os índices de refração dos meios envolvidos. Ao conhecer os valores dos ângulos
e dos índices de refração, podemos utilizar essa fórmula para determinar o ângulo de
refração correspondente. O Gráfico 1 representa a lineanizaração sen(θ₁) x sen(θ₂), através
dele encontramos o índice de refração da lente o valor encontrado foi de 1,53 ± 0,01.
exatamente igual ao valor encontrado da razão entre os senos dos ângulos de incidência (θ₁)
e refração (θ₂).

Gráfico 1 - Linearização sen(θ₁) x sen(θ₂)

Fonte: Autores

Os ângulos de reflexão interna total ocorrem quando a luz passa de um meio de


maior índice de refração para um meio de menor índice de refração com um ângulo de
incidência além de um valor crítico.
Nesse caso, em vez de refratar-se, a luz é totalmente refletida de volta para o meio
de maior índice de refração. Para ângulos de incidência maiores que o ângulo crítico (θ >
θc), a luz sofre reflexão total interna, sem refratar-se para o meio de menor índice de
refração. Nesses casos, todo o feixe de luz é refletido dentro do meio de maior índice de
refração.
Os ângulos de reflexão interna total são, portanto, aqueles correspondentes aos
ângulos de incidência maiores que o ângulo crítico. Esses ângulos variam de acordo com os
índices de refração dos meios envolvidos, conseguimos achar o ângulo crítico de 43° graus,
como pode ser visto pela Tabela 2, através dele calculamos o índice de refração da lente
novamente através da razão dos senos como pode ser visto na equação abaixo, encontrando
o valor de 1,46 para o material da lente:

𝑠𝑒𝑛(θ₂) / 𝑠𝑒𝑛(θ₁) = 1, 46

Tabela 2 - Ângulo crítico de reflexão interna total

Fonte: Autores

É importante destacar que a reflexão total interna tem diversas aplicações práticas,
como nas fibras ópticas, onde a luz é guiada através de múltiplas reflexões internas totais,
permitindo a transmissão de sinais ópticos de forma eficiente e com baixas perdas de
energia.
A distância focal é uma propriedade das lentes ópticas que determina a capacidade
de convergência dos raios de luz. É definida como a distância entre o centro óptico da lente
e o ponto focal, onde os raios paralelos à direção do eixo óptico convergem após passarem
pela lente. A distância focal pode ser positiva, indicando uma lente convergente, ou
negativa, indicando uma lente divergente.
As lentes usadas no experimento foram lentes convexas, conseguem convergir a luz
em um ponto focal quando imersas em algum meio de menor índice de refração. Lentes
convexas sempre apresentam bordas finas, como pode ser visto pela Figura 1.

Figura 1 - Lente plano-convexa


Fonte: (HELERBROCK, 2019)
Quando um raio de luz incide na superfície plana da lente, ele continua em linha
reta, sem sofrer desvio significativo. No entanto, ao atingir a superfície convexa, ocorre o
fenômeno de refração. A refração faz com que o raio de luz seja desviado em direção ao eixo
óptico da lente.
Os raios de luz paralelos ao eixo óptico, ao passarem pela lente, convergem em um
ponto específico chamado de ponto focal, a Figura 2 demonstra o processo. A distância
entre o ponto focal e o centro óptico da lente é conhecida como distância focal. Quanto
maior o raio de curvatura da superfície convexa, menor será a distância focal da lente e
maior será sua capacidade de convergir os raios de luz.
Assim, o processo nas lentes plano-convexas para obtenção da distância focal
envolve a refração dos raios de luz na superfície convexa, que os direciona para convergir em
um ponto focal específico.

Figura 2 - Distância focal de uma lente plano-convexa

Fonte: (“Moodle USP: e-Disciplinas”, [s.d.])

Utilizando uma régua medimos o raio da lente, encontramos o valor de 4,5 ± 0,05
cm, fizemos o lançamento da luz no eixo principal em ambos os lados da lente, na parte
plana e convexa, medimos a distância entre a saída da luz da lente até o ponto em que as
luzes se convergem, no plano encontramos o valor de 9,5 ± 0,05 cm, e no plano convexo 6,5
± 0,05 cm, utilizando a equação abaixo conseguimos encontrar a distância focal das lentes
em ambos os lados.

4,5
𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑓𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 = 2
+ 9, 5 = 11, 75 𝑐𝑚.

4,5
𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑓𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑥𝑜 = 2
+ 6, 5 = 8, 75 𝑐𝑚.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O índice de refração do acrílico, também conhecido como polimetilmetacrilato


(PMMA), varia de aproximadamente 1,49 a 1,50. Esse valor indica a medida de como a luz se
propaga através do material em comparação com o vácuo. O acrílico é um material
transparente amplamente utilizado em aplicações ópticas, como lentes, prismas e visores,
devido às suas propriedades de transmissão de luz e resistência mecânica. É importante
ressaltar que o índice de refração pode variar ligeiramente dependendo da composição
específica do acrílico e das condições de fabricação.
Comparando os resultados obtidos para o índice de refração, o valor encontrado
graficamente foi de 1,53, o valor pela média dos resultados contidos na tabela foi de 1,53 e o
valor encontrado a partir do ângulo crítico foi de 1,46 com isso podemos dizer que os
valores condizem com o esperado, várias variáveis pode influenciar como:
Composição do material: A composição química do material pode afetar o índice de
refração. Por exemplo, diferentes elementos ou substâncias adicionadas ao material podem
alterar suas propriedades ópticas.
Comprimento de onda da luz: O índice de refração geralmente varia com o
comprimento de onda da luz utilizada para a medição. É comum fornecer o índice de
refração em relação a uma determinada faixa de comprimento de onda, como o vermelho
ou o azul.
Temperatura: A temperatura também pode afetar o índice de refração de um
material. Geralmente, o índice de refração diminui à medida que a temperatura aumenta.
Pressão: Em alguns casos, a pressão pode ter um efeito significativo no índice de
refração de certos materiais. Aumentos ou diminuições na pressão podem alterar a
densidade do material e, portanto, seu índice de refração.
Pureza do material: Impurezas ou irregularidades na estrutura do material podem
causar variações no índice de refração. Materiais mais puros tendem a ter índices de
refração mais consistentes.
Essas são algumas das variáveis que podem interferir no cálculo do índice de refração
de um material. É importante considerar esses fatores ao realizar medições ou usar valores
de índice de refração em aplicações práticas.
Com base nos experimentos realizados e nos dados coletados, podemos concluir que
a lei de Snell é uma relação matemática precisa entre os ângulos de incidência e refração,
juntamente com os índices de refração dos meios envolvidos.
Ao analisar esses resultados, pudemos confirmar a importância da lei de Snell na
compreensão dos fenômenos ópticos, como a formação de imagens, a reflexão total e a
dispersão da luz. Essa lei nos fornece uma base teórica sólida para explicar e prever o
comportamento da luz em diferentes situações, permitindo-nos compreender e projetar
sistemas ópticos complexos.
Em suma, a lei de Snell é um princípio essencial da óptica que nos permite entender
e quantificar o desvio da luz ao passar de um meio para outro. Sua aplicação abrange uma
ampla gama de áreas, desde a óptica básica até aplicações avançadas, como a criação de
lentes, prismas e fibras ópticas. O estudo da lei de Snell é fundamental para a compreensão
e avanço da ciência e tecnologia óptica.

REFERÊNCIAS
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COM VARIAÇÃO DOS ÂNGULOS DE INCIDÊNCIA. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<https://editorarealize.com.br/editora/anais/conapesc/2019/TRABALHO_EV126_MD1_SA7_
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FASSARELLA, L. Lei de Snell generalizada. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 29, n. 2,
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HELERBROCK, R. Convergência de uma lente esférica. Disponível em:


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Lei de Snell-Descartes. Entendendo a Lei de Snell-Descartes - Brasil Escola. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lei-snell-descartes.htm>. Acesso em: 26 maio. 2023.

Lei de Snell-Descartes: o que é, como calcular, exemplos e muito mais. Disponível em:
<https://www.todoestudo.com.br/fisica/lei-de-snell-descartes>. Acesso em: 23 maio. 2023.

Leis da Refração da Luz. Disponível em:


<https://www.sofisica.com.br/conteudos/Otica/Refracaodaluz/leis_de_refracao.php>.
Acesso em: 23 maio. 2023.

Moodle USP: e-Disciplinas. Disponível em:


<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3760269/mod_resource/content/1/Experi%C3%
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<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/7007883/mod_resource/content/1/6%20-%20Lei
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Refração da Luz. [s.l: s.n.]. Disponível em:


<https://www.ufjf.br/joaoxxiii/files/2008/12/otica-2-refracao-da-luz-e-aplicacoes.pdf>.

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<https://sites.ifi.unicamp.br/laboptica/roteiros-do-laboratorio/4-verificacao-experimental-d
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