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Na tabela seguinte, estão exemplificados os valores

REFRAÇÃO DA LUZ

1
dos índices de refração de algumas substâncias.
Índice de refração
Substância Velocidade
René Descartes foi um filósofo, físico e (ou índice do meio)
matemático francês. Durante a Idade Moderna,
ar 𝑐
também era conhecido por seu nome latino 𝑛𝑎𝑟 = = 𝑛𝑣á𝑐𝑢𝑜 𝑣𝑎𝑟 = 𝑐 = 3 ∙ 108 𝑚/𝑠
Renatus Cartesius. (e vácuo) 𝑣𝑎𝑟
Nascimento: 31/03/1596, Descartes, França 𝑐
Falecimento: 11/02/1650, Estocolmo, Suécia água 𝑛á𝑔𝑢𝑎 = = 1,33 v água = c = 2,56 .10 8 m / s
Principais interesses: Metafísica, 𝑣á𝑔𝑢𝑎
epistemologia, matemática, ciência. 𝑐
vidro
Escola/Tradição: Cartesianismo, 𝑛𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜 = = 1,5 v vid. = c = 2.108 m / s
racionalismo. comum 𝑣𝑣𝑖𝑑𝑟
Influências: Aristóteles, Platão, Tomás de
Aquino. sulfeto de 𝑐
𝑛𝑠𝑢𝑙𝑓 = = 1,7 v sulf. = c = 1,76.108 m / s
carbono 𝑣𝑠𝑢𝑙𝑓
Willebrord Snell van Royen ou Willebrord
Snellius foi um astrônomo e matemático 𝑐
holandês, mais conhecido pela lei da refração, diamante 𝑛𝑑𝑖𝑎𝑚 = = 2,5 v diam. = c = 1,2.108 m / s
conhecida como Lei de Snell-Descartes. Em 𝑣𝑑𝑖𝑎𝑚
1613 ele sucedeu seu pai, Rudolph Snel van
Royen como professor de matemática na Observação:
Universidade de Leiden. 1ª) os valores anteriores são aproximados e valem para
Nascimento: 13/06/1580, Leida, Países Baixos
Falecimento: 30/10/1626, Leida, Países Baixos a luz amarela emitida pela ionização do vapor de sódio.
Formação: Universidade de Leiden Para as outras cores, os índices de refração absolutos
Pais: Rudolph Snellius são diferentes: a luz vermelha (de maior velocidade) é
Orientador Acadêmico / Orientadora Acadêmica: Ludolph van
Ceulen, Rudolph Snellius a que tem menor índice e a luz violeta (de menor
velocidade), maior índice. No vácuo, todas as luzes (de
1. REFRAÇÃO DA LUZ qualquer cor) têm a mesma velocidade.
Anteriormente, foi visto que a refração nada mais é 2ª) as substâncias que constituem os meios
do que a passagem da luz de um meio transparente transparentes são denominados meios refringentes.
Nos exemplos da tabela, as substâncias estão em
ou translúcido para outro. Estudaremos agora esse
ordem crescente de refringência.
fenômeno óptico com mais detalhes, suas
3ª) se duas substâncias tiverem índices de refração
aplicações e consequências. iguais, um é invisível em relação ao outro (há
A refração da luz permite explicar por que uma continuidade óptica entre os meios).
piscina com água parece ser mais rasa do que é, ou
uma régua parcialmente mergulhada em água Resumindo → Refringência: resistência que o meio
parece “quebrada”. A verificação desses fenômenos oferece a passagem da luz.
resume-se no fato de a luz ter velocidades diferentes
ao se propagar em meios distintos. Desta maneira: Meio mais Meio menos
Refração da Luz é o fenômeno da variação da refringente (+) refringente (–)
velocidade que a luz sofre ao passar de um meio Maior densidade Menor densidade
para outro. Menor velocidade Maior velocidade
Essa variação na velocidade é perceptível devido ao Menor comprimento de onda Maior comprimento de onda
desvio que o raio incidente oblíquo sofre ao se
refratar. Vamos exemplificar num esquema:
2. ÍNCIDE DE REFRAÇÃO Luz passando do meio menos para o meio mais
Sabe-se que a velocidade da luz em qualquer meio refringente:
transparente é sempre menor que no vácuo (ou
aproximadamente no ar). Assim, define-se índice de
refração absoluto (n) para um dado meio como figura 01
sendo o quociente entre a velocidade da luz no
vácuo (c) e a velocidade da luz (v) no meio em
questão, ou seja:
𝑐
𝑛 = 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑐 ≥ 𝑣
𝑣
O número n que define o índice de refração absoluto
indica quantas vezes a velocidade da luz, 𝑐 = 3 ∙
108 𝑚/𝑠 (constante), é maior que a velocidade v da Neste caso podemos dizer que o raio refratado
mesma luz, no meio considerado. se aproxima da normal.
Luz passando do meio mais para o meio menos 3. LEIS DA REFRAÇÃO DA LUZ

2
refringente: Nos esquemas anteriores um raio de luz
monocromático incidente (𝑹𝒂𝒊𝒐 𝑰𝒏𝒄𝒊𝒅𝒆𝒏𝒕𝒆) num
figura 02
ponto da superfície plana, que separa dois meios
transparentes, 𝑰 e 𝑹, de índice de refração,
respectivamente, iguais a 𝒏𝟏 e 𝒏𝟐 . O correspondente
raio refratado (𝑹𝒂𝒊𝒐 𝑹𝒆𝒇𝒓𝒂𝒕𝒂𝒅𝒐), isto é, que passa
para o outro meio, pode sofrer desvio no sentido de
𝒂𝒑𝒓𝒐𝒙𝒊𝒎𝒂çã𝒐 na normal (𝑵), se o 𝒎𝒆𝒊𝒐 𝟐 for
𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒓𝒆𝒇𝒓𝒊𝒏𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 que o 𝒎𝒆𝒊𝒐 𝟏 (𝒇𝒊𝒈𝒖𝒓𝒂 𝟏);
𝒂𝒇𝒂𝒔𝒕𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 da normal, se o 𝒎𝒆𝒊𝒐 𝟐 for
𝒎𝒆𝒏𝒐𝒔 𝒓𝒆𝒇𝒓𝒊𝒏𝒈𝒆𝒏𝒕𝒆 que o 𝒎𝒆𝒊𝒐 𝟏 (𝒇𝒊𝒈𝒖𝒓𝒂 𝟐) ou
não sofrer desvio, se o 𝒎𝒆𝒊𝒐 𝟐 tiver igual refringência
do 𝒎𝒆𝒊𝒐 𝟏 (𝒇𝒊𝒈𝒖𝒓𝒂 𝟑) ou incidir na normal. Os
Neste caso podemos dizer que o raio refratado ângulos 𝒊 e 𝒓 são formados, respectivamente, pelos
se afasta da normal. raios incidente e refratados com a normal N
(perpendicular a S).
Luz passando do meio mais para o meio menos Conhecidos esses aspectos preliminares, podem-se
refringente. enunciar as duas leis da refração:
figura 03
1ª) LEI: “O raio incidente (𝑅𝑖), a normal (𝑁) e o raio
refratado (𝑅𝑟) são coplanares.”

2ª) LEI: (ou Lei de SNELL-DESCARTES)


Para um raio de luz monocromático
passando de um meio para outro, é constante o
produto do seno do ângulo, formado pelo raio e a
normal, com o índice de refração em que se encontra
esse raio.

Neste caso tivemos uma refração sem desvio. Matematicamente:


Desvio angular do raio refratado
sin 𝑖 ∙ 𝑛1 = sin 𝑟 ∙ 𝑛2
São conhecidas outras formas da Lei de Snell –
Descartes:
sin 𝑖 𝑛2
= = 𝑛21
sin 𝑟 𝑛1
Índice de refração do meio 2 em relação ao meio 1

sin 𝑖 𝑉1
Como =
sin 𝑟 𝑉2
Onde 𝑽𝟏 𝑒 𝑽𝟐 são, respectivamente, as velocidades
de propagação da luz nos meios 𝟏 e 𝟐.

Atenção: Incidência normal é aquela onde 𝑅𝑖 é


perpendicular à superfície; portanto 𝑅𝑟 não sofre
desvio.
𝑖 = 𝑟 = 0°
10. (MED. BARBACENA) Um raio luminoso amarelo

3
incide do ar para um meio X com um ângulo de 60° e
refrata-se, formando um ângulo de 30° com a normal.
Determine o índice de refração do meio X.
11. (UEL) Um feixe de luz está se propagando nos
01. (UFBA) A luz reduz sua velocidade em 20% ao meios I e II separados por uma superfície plana S,
penetrar numa placa de vidro. Sabendo que a conforme o esquema a seguir.
velocidade da luz no vácuo é de 3 ∙ 105 𝑘𝑚/𝑠, determine Dados:
o índice de refração do vidro e a velocidade da luz
𝛼1 𝛼2
nesse meio. 𝟎, 𝟕𝟎𝟕 𝟎, 𝟓𝟕𝟒
𝑠𝑒𝑛
02. (UFPA) A luz se propaga em um meio A com a 𝑐𝑜𝑠 𝟎, 𝟕𝟎𝟕 𝟎, 𝟖𝟏𝟗
metade da velocidade de sua propagação no vácuo e
com um terço em um meio B. Assim, calcule o índice De acordo com o
de refração do meio A em relação ao meio B. esquema e a tabela de
03. (MACKENZIE) A velocidade de propagação da luz dados, determine o
em determinado líquido é 80% daquela verificada no índice de refração do
vácuo. Calcule o índice de refração desse líquido. meio II em relação ao
meio I.
04. (FED. PELOTAS-RS) Um pincel de luz se propaga
do vácuo para um meio material de índice de refração
4. ÂNGULO LIMITE
absoluto 4/3. Sendo a velocidade de propagação da
O ângulo limite (𝑳) é o maior ângulo (de incidência
luz no vácuo de 3 ∙ 105 𝑘𝑚/𝑠, determine a velocidade
ou refração) para que ocorra o fenômeno da refração
da luz no meio material.
e corresponde a um ângulo (de incidência ou de
05. (AMAN-RJ) A velocidade da luz num certo óleo refração) igual a 𝟗𝟎º.
mede 2/3 da velocidade no vácuo. Determine o índice Observe, que o ângulo limite (𝑳) ocorre sempre no
de refração absoluto deste óleo. meio mais refringente.
06. (ENG. S. J. DOS CAMPOS) O índice de refração
do vidro em relação ao vácuo vale 1,50. Sabendo-se
que a velocidade da luz no vácuo é de 3 ∙ 108𝑚/𝑠,
calcule a velocidade de propagação da luz no vidro.
07. (UNIFOR) No vácuo, ou no ar, a velocidade da luz
é de 3 ∙ 108 𝑚/𝑠. Num vidro, cujo índice de refração é
1,50, qual é a velocidade da luz, em m/s?
08. (UEMS) Um raio de
luz, propagando-se no
ar incide sobre uma
placa de vidro
conforme mostra a
figura.
Sendo o índice de Como o ângulo de incidência máximo é 𝑖 = 90º, o
refração do ar (n) igual correspondente ângulo de refração máximo 𝑟 = 𝐿 é
a 1, qual é o índice de denominado ângulo Limite.
refração do vidro? Para um par de meios, o ângulo limite é obtido
através da Lei de Snell – Descartes aplicado aos
09. (UEL) O esquema a
seguir representa um raio de luz 𝛼 que se propaga do
raios 𝐼3 (incidência máxima) e 𝑅3 (refração máxima).
meio 1 para o meio 2. Assim:
De acordo com os
dados, calcule o
sin 𝑖 ∙ 𝑛1 = sin 𝑟 ∙ 𝑛2
seno do ângulo limite
de refração do meio
2 para o meio 1.
sin 90° ∙ 𝑛1 = sin 𝐿 ∙ 𝑛2
Dados:
Como o sin 90° = 1; temos:
√3
sin 𝛼 =
2
sin 𝛽 =
1 𝑛1
2 sin 𝐿 =
𝑛2
Pela Lei da Reversibilidade dos Raios Luminosos, Exemplo prático – Fibra óptica

4
vista anteriormente, poder-se-á inverter o sentido do
percurso dos raios da figura anterior.

Consiste em um fio flexível de material transparente,


feito de tal modo que uma luz incidente em uma das
extremidades percorra seu interior sofrendo
sucessivas reflexões totais até emergir na outra
ponta.

5. REFLEXÃO TOTAL
Existem duas condições para a ocorrência da
reflexão total:
1ª) A luz incidente deve estar-se propagando do
meio mais refringente para o menos refringente.
2ª) O ângulo de incidência deve ser maior que o
ângulo limite (𝒊 > 𝑳) Observações:
a) Para ângulos de incidência menores que o ângulo
limite, há sempre uma pequena parcela de luz que
se reflete e uma grande parcela que se refrata; mas,
na reflexão total, nenhuma parcela de luz se refrata.
b) Quando 𝒊 = 𝟗𝟎° ou 𝒓 = 𝟗𝟎°, diz-se que os raios
têm, respectivamente, incidência ou emergência
rasante.

Quando um raio de luz incide com um ângulo igual


ao ângulo limite (L), não há nem refração, nem 01. (UEL) Um raio de luz se propaga do meio (1), cujo
reflexão. índice de refração vale √2, para outro meio (2)
Observe na figura abaixo: seguindo a trajetória
• o ângulo de incidência é maior que 𝑳 indicada na figura a
seguir.
• o índice de refração do meio 1 é maior que o do
Dados:
meio 2.
𝑠𝑒𝑛 30° = ½ , 𝑠𝑒𝑛 45° =
√3
√2/2 e 𝑠𝑒𝑛 60° = 2
Calcule o ângulo limite
para esse par de meios.
02. (PUCCAMP) Pesquisadores da Fundação Osvaldo
Cruz desenvolveram um sensor a laser capaz de
detectar bactérias no ar em até 5 horas, ou seja, 14
vezes mais rápido do que o método tradicional. O
equipamento, que aponta a presença de
microrganismos por meio de uma fibra óptica, pode se
tornar um grande aliado no combate às infecções
hospitalares. A transmissão de raios laser através de
uma fibra óptica é possível devido ao fenômeno da:
Quando um raio de luz incide com um ângulo maior a) refração. b) difração. c) polarização.
que o ângulo limite (𝑳), ele sofre reflexão total. d) interferência. e) reflexão total.
6. DIOPTRO PLANO
Denomina-se dioptro todo sistema óptico constituído

5
por dois meios transparentes, homogêneos e distintos.
Os dioptros podem ser: planos e esféricos etc.
O dioptro plano é aquele constituído por uma
superfície plana separando os dois meios. O exemplo
mais simples de um dioptro plano é o par de meios ar
e água, com o qual estudar-se-á a vista do ponto
imagem virtual 𝑷’ de um objeto real 𝑷, por um
observador O fora d’água e vice-versa.

O observador O fora d’água vê o peixe mais


próximo da superfície.

Esquema simplificado da situação acima.

Esquema simplificado da situação acima.

Nas figuras, têm-se:


 O – Observador (vê a imagem 𝑷’).
 𝑑𝑜 – Profundidade (ou altura) real do objeto.
 𝑑𝑖 – Profundidade (ou altura) aparente da
imagem.
 𝑛𝑎𝑟 – Índice de refração do meio onde se situa
o observador.
 𝑛á𝑔𝑢𝑎 – Índice de refração do meio onde se
situa o objeto e também a sua imagem virtual.
Demonstra-se facilmente que:
𝑑𝑜 𝑛2
=
𝑑𝑖 𝑛1
Atenção: Essa expressão SÓ É VÁLIDA para raios
que formam ângulos pequenos (𝒂𝒕é 𝟏𝟎°) com a
normal, ou seja, o observador visa a imagem numa
direção quase vertical.
O observador O dentro d’água vê o pássaro mais
afastado da superfície.
c) o fato de a luz estar mudando de meio não interfere

6
na percepção visual do observador.
d) a luz não irá conseguir passar da água para o ar.
e) o ponto luminoso não será percebido pelo
observador.
01. Se quisermos atingir, com um tiro de revólver, um 07. (FUVEST) Um pássaro sobrevoa em linha reta e a
peixe parado a uma certa profundidade em um tanque baixa altitude uma piscina em cujo fundo se
(admitindo que o cano da arma é colocado encontra uma pedra. Podemos afirmar que:
obliquamente à superfície da água e que a trajetória da a) com a piscina cheia o pássaro poderá ver a pedra
bala é retilínea), devemos: durante um intervalo de tempo maior do que se a
a) apontar diretamente para o ponto onde o peixe piscina estivesse vazia;
parece estar; b) com a piscina cheia ou vazia o pássaro poderá ver a
b) apontar um pouco acima do ponto onde o peixe pedra durante o mesmo intervalo de tempo;
parece estar; c) o pássaro somente poderá ver a pedra enquanto
c) apontar um pouco abaixo do ponto onde o peixe estiver voando sobre a superfície da água;
parece estar; d) o pássaro, ao passar sobre a piscina, verá a pedra
d) apontar muito acima do ponto onde o peixe parece numa posição mais profunda do que aquela em que
estar; ela realmente se encontra;
e) apontar muito abaixo do ponto onde o peixe parece e) o pássaro nunca poderá ver a pedra.
estar. 08. (UFU-MG) A profundidade de uma piscina é tal que
02. Um tijolo encontra-se no fundo de uma piscina na sua parede, revestida com azulejos quadrados de
qual a profundidade da água é 2,8 𝑚. O índice 12 𝑐𝑚 de lado, contém 12 𝑎𝑧𝑢𝑙𝑒𝑗𝑜𝑠 justapostos
de refração absoluto da água é 4/3. Um observador verticalmente. Um banhista, na borda da piscina, cheia
4
fora da água, na vertical que passa pelo objeto, visa o de água (nágua = ), olhando quase
3
mesmo. Determinar a elevação aparente do tijolo. perpendicularmente, verá a parede da piscina formada
03. (UFMG) Qual a alternativa que melhor explica por:
porque a profundidade aparente de uma piscina é a) 12 azulejos de 9 cm de lado vertical
menor do que a real? b) 9 azulejos de 16 cm de lado vertical
a) A luz refletida na superfície da água é perturbada c) 16 azulejos de 9 cm de lado vertical
pela luz refletida pelo fundo da piscina. d) 12 azulejos de 12 cm de lado vertical
b) A luz refletida pela superfície da água sofre refração e) 9 azulejos de 12 cm de lado vertical
no ar. 09. (UFES) Vemos um peixe dentro de um aquário em
c) A luz refletida pelo fundo da piscina sofre reflexão uma posição aparente diferente da real, porque a luz,
total na superfície da água. ao atravessar a água, sofre o fenômeno da:
d) A luz refletida pelo fundo da piscina sofre refração a) difração
ao passar da água para o ar. b) refração
e) A luz é refratada ao passar do ar para a água. c) reflexão
04. (UFCE) Coloca-se água num aquário de modo a d) interferência na interface ar-água
ocupar 60 𝑐𝑚 de sua altura. Quando visto verticalmente e) polarização
de cima para baixo, a água parece ocupar uma altura 10. (UFRJ) Temos dificuldade de enxergar com nitidez
diferente ℎ. Supondo que a velocidade de propagação debaixo da água porque os índices de refração da
da luz no ar seja de 3,00 ∙ 105 𝑘𝑚/𝑠 e na água, córnea e das demais estruturas do olho são muito
de 2,25 ∙ 105 𝑘𝑚/𝑠, determine a altura aparente ℎ. 4
próximos do índice de refração da água (nágua = 3). Por
05. (UFBA) Um helicóptero faz um voo de inspeção isso usamos máscaras de mergulho, o que interpõe
sobre as águas transparentes de uma certa região uma pequena camada de ar (nar = 1),) entre a água e
marítima e detecta um submarino a uma profundidade o olho.
aparente de 450 𝑚 no momento em que seus centros
estão unidos pela mesma vertical. O índice de refração
absoluto da água do mar é 1,5 e o do ar é
1,0. Determinar a profundidade do submarino.
06. (UFG) Um ponto luminoso, encontra-se imerso na
água em uma piscina totalmente limpa, quando visto
por um observador que esteja fora da piscina (no ar) e
que olha com uma inclinação de 45° em relação ao eixo
normal da superfície da água, é CORRETO afirmar que Um peixe está a uma distância de 2,0 𝑚 de um
a) o ponto luminoso parecerá mais afastado da mergulhador. Suponha o vidro da máscara plano e de
superfície da água do que realmente está. espessura desprezível. Calcule a que distância o
b) o ponto luminoso parecerá mais próximo da mergulhador vê a imagem do peixe.
superfície da água do que realmente está.
11. (ITA) Um pescador deixa cair uma lanterna acesa 17. (PUCAMP) Um peixe está parado a 1,2 𝑚 de

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em um lago a 10,0 𝑚 de profundidade. No fundo do profundidade num lago de águas tranqüilas e
lago, a lanterna emite um feixe luminoso formando um cristalinas. Para um pescador, que observa
pequeno ângulo 𝜃 com a perpendicularmente à superfície da água, determine a
vertical (veja figura). profundidade aparente em que o peixe se encontra.
4
Dados: nar = 1; nágua = 3.
Considere:tan 𝜃 ≅
sin 𝜃 ≅ 𝜃 e o índice de 18. (FUVEST) Um pássaro sobrevoa em linha reta e a
refração da água 𝑛 = baixa altitude uma piscina em cujo fundo se encontra
1,33. Então, calcule a uma pedra. Podemos afirmar que:
profundidade aparente ℎ a) com a piscina cheia o pássaro poderá ver a pedra
vista pelo pescador. durante um intervalo de tempo maior do que se a
piscina estivesse vazia
12. (F. O. de Lins-SP) Na figura abaixo, A e B b) com a piscina cheia ou vazia o pássaro poderá ver a
representam dois observadores, respectivamente na pedra durante o mesmo intervalo de tempo.
água (𝑛 = 4/3) e no ar (𝑛 = 1). É correto afirmar que: c) o pássaro somente poderá ver a pedra enquanto
a) B vê A 10 m abaixo da estiver voando sobre a superfície da água.
superfície S d) o pássaro, ao passar sobre a piscina, verá a pedra
b) B vê A 16 m abaixo da numa posição mais profunda do que aquela em que
superfície S realmente se encontra.
c) A vê B na mesma e) o pássaro nunca poderá ver a pedra.
distância com que B vê
d) A vê B 12 m acima da 7. LÂMINA DE FACES PARALELAS
superfície S A lâmina de faces paralelas é um sistema de três
e) A vê B 16 m acima da meios homogêneos e transparentes separados dois
superfície S a dois através de superfícies planas e paralelas. Dos
três meios, normalmente o segundo meio é a lâmina
13. (Mack-SP) Um mergulhador que se acha a 2 𝑚 de
profundidade da água, cujo índice de refração é 4/3, de faces paralelas. Como exemplo, pode-se citar
olha um pássaro que esta voando a 12 𝑚 de altura. uma placa de vidro de uma janela.
Para esse mergulhador, determine a altura aparente do Um raio monocromático de luz, ao incidir
pássaro. obliquamente sobre uma das faces da lâmina,
atravessa-a, emerge da outra e sofre um desvio
14. Um índio quer atingir um peixe que está a uma lateral 𝑑. Sendo o segundo meio a lâmina, se o
profundidade h da superfície de um lago, utilizando-se primeiro e o terceiro meio forem iguais, o raio
de uma lança. Como o índio está fora da água, ele deve incidente será paralelo ao emergente; caso o
atirar a lança em direção ao peixe que está: primeiro meio seja diferente do terceiro, o raio
a) acima da imagem que ele vê. incidente não será paralelo ao emergente.
b) abaixo da imagem que ele vê. A figura e seu respectivo esquema ilustram o caso
c) na imagem que ele vê. de uma lâmina de faces paralelas feita de vidro e
d) não há elementos para conclui. imersa no ar.
e) n. d. a.

15. (UECE) Um peixe encontra-se a 100 𝑐𝑚 da


superfície da água, na mesma vertical que passa pelo
olho do observador. O índice de refração da água é
4/3. A imagem do peixe, conjugada pelo dioptro água-
ar e vista pelo observador, é:
a) virtual, situada na água, à profundidade de 75 𝑐𝑚.
b) virtual, situada no ar, 20 𝑐𝑚 acima da superfície da
água.
c) real, situada na água, à profundidade de 75 𝑐𝑚.
d) real, situada na água, à profundidade de 4/3 𝑚.
e) virtual, situada na água, à profundidade de 1 𝑐𝑚.

16. (FEI-SP) Numa aula de natação, o professor atira


uma moeda na água e pede a um de seus alunos que
vá buscá-la. O aluno observa a moeda e estima que a
profundidade da piscina é 1,5 𝑚. Então calcule a
verdadeira profundidade da piscina. Dados: nar = 1;
4
nágua = 3.
O desvio lateral 𝒅 é obtido geometricamente através da 03. (UFPR) Uma película de óleo flutua sobre um

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figura abaixo: líquido. Um raio luminoso atinge a superfície da
película em contato com o ar sob ângulo de incidência
de 53°. Este raio atravessa a película e após penetrar
no líquido forma um ângulo de 37° com a normal.
Determine o índice de refração do líquido considerando
o índice de refração do ar igual a 1,0; sin 37° =
0,60 𝑒 sin 53° = 0,80
04. A figura representa o comportamento de um raio de
luz monocromática ao incidir sobre uma lâmina de
faces paralelas, imersa no ar. Sabe-se que o desvio
lateral sofrido pelo raio ao atravessar a lâmina é de
√12 𝑐𝑚. Calcule:

𝐈𝟏 – Ponto de incidência na 1a face


𝐈𝟐 – Ponto de incidência na 2a face
𝒏𝟏 – Índice de refração do meio onde está imersa a
lâmina
𝒏𝟐 – Índice de refração do material que constitui a
lâmina
𝐝 – Desvio lateral sofrido pelo raio
𝐞 – Espessura da lâmina
𝛉=𝐢−𝐫 a) O índice de refração do material que constitui a
lâmina, para esse raio luminoso;
Pela Lei de Snell-Descartes, tem-se: b) a espessura da lâmina.

sin 𝑖 ∙ 𝑛1 = sin 𝑟 ∙ 𝑛2 8. PRISMA ÓPTICO


O prisma óptico é uma lâmina de
Pelo triângulo 𝐈𝟏 𝐈𝟐 𝑨: 𝒄𝒐𝒔 𝒓 =
𝐈𝟏 𝐀
=
𝒆
(𝑰) faces não – paralelas. O ângulo
𝐈𝟏 𝐈 𝟐 𝐈𝟏 𝐈𝟐 formado pelas faces não –
paralelas é denominado ângulo
𝐈𝟐 𝐁 𝒅
Pelo triângulo 𝐈𝟏 𝐈𝟐 𝑩: 𝒔𝒆𝒏 𝜽 = = (𝑰𝑰) de refringência (ou abertura -
𝐈𝟏 𝐈𝟐 𝐈𝟏 𝐈𝟐
A) e a intersecção das mesmas
Dividindo-se membro a membro, (I) e (II): corresponde a uma reta
cos 𝑟 𝑒 𝑒 ∙ sin 𝜃 denominada aresta.
= ⇒𝑑= Estuda-se comportamento de um rio de luz, ao
sin 𝜃 𝑑 cos 𝑟 atravessar um prisma, através da sua secção principal,
que é um plano perpendicular 𝝅 que secciona as duas
Como temos que 𝛉 = 𝐢 − 𝐫, então: faces, conforme mostra a figura.
Um raio de luz monocromática, ao atravessar a secção
principal de um prisma óptico, sofre um desvio
𝒆 ∙ 𝐬𝐢𝐧(𝒊−𝒓)
𝒅= angular,
𝐜𝐨𝐬 𝒓 diferentemente
Fórmula do desvio lateral do que ocorre na
lâmina de faces
paralelas, onde
sofre um desvio
lateral.
Considerando-se
a secção principal
01. Determine o desvio lateral sofrido por um raio de de um prisma,
luz monocromática ao incidir sobre uma placa de imerso num meio,
sendo
vidro imersa no ar, sob ângulo de 45° com a normal,
atravessado por um raio monocromático de luz, têm-
sabendo que a espessura da lâmina é de 5 𝑐𝑚. se:
Dados: 𝑛𝑎𝑟 = 1 𝑒 𝑛𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜 = √2; sin 15° = 0,26
➢ 𝑨 – Ângulo de refringência do prisma.
02. Um raio luminoso monocromático incide numa ➢ 𝑹𝐢 – Raio incidente na 1ª face.
lâmina de faces paralelas, imersa no ar, segundo um ➢ 𝑹𝒆 – Raio emergente da 2ª face.
ângulo 60° com a normal. Sendo de 4 cm a ➢ 𝒏𝟏 – Índice de refração do meio que envolve o
espessura da lâmina, cujo material tem índice de prisma.
refração √3, determine o desvio lateral que o raio ➢ 𝒏𝟐 – Índice de refração do material que constitui o
sofre ao atravessá-la. prisma.
➢ 𝒊𝟏 – Ângulo de incidência na 1ª face. Daí:

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➢ 𝒊𝟐 – Ângulo de refração (emergência) na 2ª face.
➢ 𝒓𝟏 – Ângulo de refração na 1ª face.
𝐴 = 𝑟1 + 𝑟2 = 2𝑟
➢ 𝒓𝟐 – Ângulo de incidência na 2ª face.
➢ ∆𝟏 – Desvio angular parcial na 1ª face.
𝐴 = 2𝑟
➢ ∆𝟐 – Desvio angular parcial na 2ª face.
e
➢ ∆ – Desvio angular total.
➢ M – Ponto de intersecção dos raios incidente e
∆= 𝑖1 + 𝑖2 − 𝐴
emergente.
➢ N – Ponto de intersecção das retas normais às
∆𝑚í𝑛 = 2𝑖 − 𝐴
faces.
∆𝑚í𝑛 = 2𝑖 − 2𝑟
∆𝑚í𝑛 = 2(𝑖 − 𝑟)

01. Considere um prisma angular de refringência igual


a 60°, imerso no ar. O valor do índice de refração do
material que constitui o prisma é √2 para um
determinado raio de luz monocromática que incide sob
ângulo de 45° na primeira face. Determine:
a) o ângulo de refração na 1ª face;
b) o ângulo de incidência na 2ª face;
Aplicando-se a geometria elementar nos triângulos
c) o ângulo de emergência da 2ª face;
𝐼1 𝐼2 𝑁 e 𝐼1 𝐼2 𝑀, têm-se, respectivamente:
d) o desvio angular total sofrido pelo raio.
𝑨 = 𝒓𝟏 + 𝒓𝟐 e ∆= ∆𝟏 + ∆𝟐 02. (MACK – SP) É dado um prisma de vidro de ângulo
refringente A e índice de refração √2 no ar. Um raio de
No ponto 𝐼1 : ∆1 = 𝑖1 − 𝑟1 . luz incide normalmente sobre uma face, atravessa o
prisma, incide sobre a outra face e emerge rasante.
No ponto 𝐼2 : ∆2 = 𝑖2 − 𝑟2 . Quanto mede o ângulo refringente do prisma?
Como: 03. (UFSC) o índice de refração absoluto do prisma da
∆= ∆𝟏 + ∆𝟐 = (𝑖1 − 𝑟1 ) + (𝑖2 − 𝑟2 ) figura abaixo é √2 , e seu ângulo, de refrigerância ou
de abertura, A, é igual a 60°. Considerando o ângulo
∆= (𝑖1 + 𝑖2 ) − (𝑟1 + 𝑟2 ) de incidência de um raio luminoso em relação à normal
e NN' igual a 45°, determine, em graus, o desvio angular
𝐴 = 𝑟1 + 𝑟2, conclui-se que: total D, sofrido pelo raio de luz incidente, ao atravessar
o prisma.
∆= 𝑖1 + 𝑖2 − 𝐴
FÓRMULA DO DESVIO ANGULAR TOTAL
Juntamente com as três fórmulas geométricas
anteriores, para a resolução de exercícios, é útil saber
aplicar a Lei de Snell – Descartes na:

1ª face: sin 𝑖1 ∙ 𝑛1 = sin 𝑟1 ∙ 𝑛2


2ª face: sin 𝑟2 ∙ 𝑛2 = sin 𝑖2 ∙ 𝑛1
Observação: Uma decorrência importante, no estudo
dos prismas ópticos, é a condição geométrica do
Considere o índice de refração do ar, onde o prisma se
desvio angular mínimo (∆𝑚í𝑛 ). Verifica-se que isso
encontra imerso, como igual a 1,0.
ocorre num dado prisma, quando os ângulos de
incidência na 1ª face e de emergência da 2ª face
forem iguais, isto é, 𝒊𝟏 = 𝒊𝟐 = 𝒊. Nessa condição,
pela Lei de Snell – Descartes, resulta: 𝒓𝟏 = 𝒓𝟐 = 𝒓.
9. PRISMAS DE REFLEXÃO TOTAL

10
Os prismas têm larga aplicação na óptica e comumente
são usadas para obter desvios num raio luminoso,
sendo mais usados os prismas de reflexão total, que
substituem com muito mais eficiência os espelhos.
Os prismas de reflexão total são aqueles nos quais
01. Na figura, qual
ocorre o fenômeno da reflexão total em uma ou mais
deve ser o índice
faces.
de refração do
O tipo mais comum desses prismas é aquele feito de
material que
vidro, cuja secção principal é um triângulo retângulo
constitui o prisma,
isósceles, imerso no ar.
suposto no ar, para
Lembrando-se que o raio no interior do prisma está no
que o raio luminoso
meio mais refringente e que o ângulo limite para o par
representado sofra
de meios ar-vidro é aproximadamente:
𝒏 reflexão total no
𝐬𝐢𝐧 𝑳 = 𝒏 𝒂𝒓 = 𝟎, 𝟔𝟔𝟔, portanto 𝑳 ≅ 𝟒𝟐°, verifica-se seu interior?
𝒗𝒊𝒅𝒓𝒐
que com ângulos de incidência maiores que 𝟒𝟐° ocorre
02. Na figura ao
a reflexão total, pois satisfaz a condição 𝒊 > 𝑳.
lado, ABC é a
Nas figuras seguintes, tem-se 𝒊 = 𝟒𝟓°(maior que 42°) secção principal de
no interior dos prismas, o que ocasiona a reflexão total um prisma imerso
em uma ou duas faces, dependendo da face por onde na água, cujo
penetra, perpendicularmente, a luz. índice de refração é
Reflexão total na Reflexão totais nas 4⁄ . Determine qual
face BC. faces AB e AC. 3
deve ser o índice de
refração do
material do prisma para que ocorra reflexão total do
raio II’ na face BC.
03. (EFOA-MG) Um raio luminoso incide normalmente
sobre a face AB de um prisma de vidro imerso no ar,
cuja secção é um triângulo retângulo, como mostra a
figura.
a) Se o ângulo 𝚽,
indicado na figura,
for igual a 50º, qual
A luz é desviada de 90° A luz é desviada de 180°
será o valor do
ângulo de
Como exemplo de uma aplicação prática, poderíamos incidência do raio
construir um periscópio (figura abaixo) um mais luminoso na face
elaborado 𝑨𝑪?
b) Se o ângulo
limite entre o vidro е о ar é igual a 𝟒𝟐º е 𝚽= 50°, pode-
se dizer que o raio incidente na face 𝑨𝑪 será totalmente
refletido? justifique sua resposta.
10. Decomposição da Luz Branca
Um feixe de luz branca (do Sol ou de uma lâmpada
incandescente), ao passar de um meio para outro,
como por exemplo, do vácuo para o vidro, devido à
refração, decompõe-se em infinitos raios de luzes
monocromáticas, conhecidas como as sete cores do
arco-íris. Esse fato constitui a decomposição da luz
branca.
Já foi visto que a luz monocromática vermelha é a que
menos desvia (velocidade maior no vidro) e a violeta, a
que mais desvia (velocidade menor no vidro). Em vista
disto, o índice de refração da luz vermelha (𝒏𝑽𝒆) é
menor que a da Violeta (𝒏𝑽𝒊). Dessa maneira, ao se
aplicar a Lei de Snell-Descartes para as duas radiações
extremas do leque multicor, conforme a figura a seguir,
verifica-se que para o mesmo ângulo de incidência 𝒊, o
ângulo de refração da radiação vermelha (𝒓𝑽𝒆) é maior
que o da violeta (𝒓𝑽𝒊), caracterizando a dispersão da
luz branca.
02. (PUC-SP) Responda à questão seguinte, do ponto

11
de vista da Óptica geométrica: quando a iuz solar
”branca” atinge a superfície de separaçäo entre dois
meios, por exemplo, ar e água, о desvio sofrido pelas
suas cores (componentes de frequências diferentes) é
desigual, sendo que, na água, a luz vermelha é a que
menos se desvía e a luz vioIeta se desvia mais (ver
figura a seguir).

Fazendo-se a mesma experiência, agora com um


prisma, verifica-se uma decomposição mais Qual das duas componentes se desloca na água com
acentuada, pois ocorre a dispersão da luz branca ao maior velocidade? justifique.
penetrar na primeira face e, ao emergir na outra, abre-
se ainda mais о leque de cores. A figura a seguir ilustra 03. Um feixe cilíndrico fino de luz branca incide, sob
a trajetória do feixe. ângulo de 𝟒𝟓° com a normal, no ponto 𝑰 do dioptro
plano formado por ar e vidro, conforme ilustra a figura.
A tabela anexa fornece vários valores aproximados dos
senos e os seus respectivos ângulos. Sabendo que no
vidro a luz azul possui índice de refração 𝟏, 𝟔𝟎 e a
amarela, 𝟏, 𝟑𝟎, determine, de acordo com a tabela, os
seus respectivos ângulos de refração.
Seno Ângulo
0,24 14°
0,34 20°
0,44 26°
0,54 33°
0,64 40°
Dispersão da luz branca num prisma
04. (Mapofei-SP) Ао incidir sobre a superfície plana de
separação de um cristal com vácuo, um raio de luz
branca se abre em leque multicor de luz visível, de
ângulo de abertura β, Iimitado pelos raios 𝟎𝟏 e 𝟎𝟐. O
raio 𝟎𝟏 está contido no plano de separação dos dois
meios. A tabela fornece os índices de refração
absolutos do cristal para as diferentes luzes
01. Sabe—se que, para о vidro comum, os índices de monocromáticas, que Compõem a luz incidente.
Luz n
refração absoluto da cor violeta é 𝟑𝟗⁄𝟐𝟎 е da cor incidente (índice)

vermelha, 𝟐𝟓⁄𝟐𝟎. A figura mostra um feixe de luz Violeta 1,94

branca incidindo no dioptro plano formado por ar e vidro Azul 1,60


comum. Determine, de acordo com a tabela anexa, os Verde 1,44
ângulos de refração das radiações vermelha e violeta.
Amarela 1,35
Seno Ângulo
Alaranjada 1,30
0,20 11,5°
0,25 14,5° Vermelho 1,26

0,30 17,5° a) Calcule os ângulos α e β (aceita-se, como resposta,


uma função trigonométrica de cada ângulo, em lugar
0,35 20,5°
do seu valor).
0,40 23,5° b) A que cores correspondem os raios 01 e 02?
0,45 26,5° justifique.
11. Consequências III – ARCO-ÍRIS

12
Neste segmento, serão citadas algumas Dois fenómenos ópticos envolvem a formação do arco-
conseqüências importantes decorrentes do fenômeno íris: a refração, com decomposição da luz branca,
da refração da luz, sob o ponto de vista da teoria seguida da reflexão total no interior de uma gotícula de
estudada anteriormente. água em suspensão na atmosfera.
I – REFRAÇÃO ATMOSFÉRICA
O ar atmosférico vai-se tornando rarefeito à medida que a
altitude aumenta. Consequentemente, meio 𝒂𝒓 não é
homogêneo em toda a sua extensão, tendo, próximo à
superficie da Terra, índice de refração maior. A luz
proveniente de uma estrela 𝑷, à medida que vai
penetrando na atmosfera terrestre percorre inicialmente
regiões de menores índices de refração (menores
densidades — maiores desvios) para em seguida
percorrer regiões cujos índices de refração são cada vez
maiores (maiores densidades—menores desvios). Desse
modo, a luz não se propaga em Iinha reta; mas um O esquema (figura acima) mesma a luz branca do Sol
observador 𝑶, situado na superficie da Terra, tem sempre incidindo sobre uma face de uma gotícula de água, que
a impressão de que a luz chega em linha reta e, portanto, tem forma esférica. Ао penetrar na gotîcula, a luz se
vê a imagem aparente 𝑷′ da estrela, conforme о esquema. decompõe em um leque multicor de luzes
monocromáticas, sendo a vermelha a que desvia menos
e a violeta, mais. Na face interna oposta, as cores sofrem
reflexão total e emergem da primeira face, sofrendo nova
refração, formando um feixe divergente; a luz vermelha
forma um ângulo de 42° e a violeta, 40°, em relação à
direção da luz branca incidente. Por motivos geométricos,
um observador só vê o arco—íris estando de costas para
Sol.

Muitas vezes, uma estrela é vista cinrilando (piscando),


isto é, há rápidas variações no seu brilho. Esse fenômeno
é causado pelas mudanças na direção da luz proveniente
da estrela, provocadas pelos bruscos deslocamentos das
camadas de ar quente e frio, que possuem indice de
refração diferentes.
II – MIRAGEM
О ar atmosférico bem próximo à superfície da Terra pode
ser considerado homogêneo. No entanto, em regiões
quentes, como nos desertos, a camada de ar diretamente
em contato com a superfície terrestre (areia) é muito mais
quente que a restante. Na superficie de separação dessas
duas camadas de ar, uma mais quente (menor
densidade—menor índice de refração—maior desvio) e
outra menos quente (maior densidade—maior indice de
refração—menor desvio), ocorre refração total da luz
proveniente de um ponto P(coqueiros), longe do
observador O, que vê a imagem aparente P’(coqueiros) As gotículas de água situadas num determinado círculo,
invertida, conforme a figura. conforme a figura a figura acima , refletem a luz que chega
ao observador. O arco de maior raio corresponde à cor
P vermelha e o de menor raio, à cor violeta.

IV – BRILHANTE
O diamante bruto encontrado na natureza, quando
devidamente lapidado, torna-se um brilhante. Ao incidir
luz sobre esse brilhante, ocorre uma ou mais reflexões
totais em seu interior, e a luz
emerge novamente para о
ambiente. O alto valor do
P’ Índice de refração do
Por esse mesmo motivo, as pessoas têm a impressão de
ver poças d'água no asfalto da estrada, em dias quentes. diamante (cerca de 𝟐, 𝟓)
O evento descrito corresponde à miragem, que também facilita a ocorrência da
ocorre de maneira análoga em regiões muito frias reflexão total.
(polares).
04. A figura representa a trajetória de um feixe de luz

13
monocromática que incide em uma lâmina de vidro, de
índice de refração igual a 𝟏, 𝟕, com ângulo de
incidência de 𝟔𝟎º e sofre um deslocamento lateral de
𝟏, 𝟎 𝒄𝒎.
01. (UFRJ) Sob certas condições atmosféricas, ocorre Considerando-
о fenômeno do "espelhismo": apôs sucessivas se a lâmina
refrações nas diversas camadas atmosféricas, a luz imersa no ar,
que vem das proximidades da superfície da Terra de índice de
acaba por sofrer reflexão total, Assim, é possível que refração igual a
uma pessoa, em um navio, veja a imagem do outro 1,0 e √3 = 1,7,
navio "flutuando“ no ar, como ilustra a figura a seguir calcule a
na qual se considerou, por simplicidade, a atmosfera espessura da
constituída apenas por algumas camadas, cada qual lâmina, em cm.
com índice de refração constante.
05. (UFRRJ) Usar 𝒈 = 𝟏𝟎 𝒎/𝒔𝟐
sempre que necessário. O
triângulo retângulo 𝑨𝑩𝑪 mostrado
na figura representa a seção
transversal de um prisma.

Um raio, proveniente do ar, incide


normalmente sobre o lado 𝑨𝑩 do
triângulo, reflete-se no lado 𝑩𝑪 e
emerge novamente no ar
tangencialmente a 𝑨𝑪. Sabendo
que o índice de refração do ar
𝒏𝒂𝒓 = 𝟏, calcule o índice de
refração do material de que é feito
o prisma.
Coloque em ordem crescente os índices de refração
𝒏𝟏 , 𝒏𝟐 e 𝒏𝟑 das camadas representadas na figura. 06. (UFG GO) Refratômetro é um instrumento ótico
utilizado para medir o índice de refração de uma
substância e para determinar a concentração de certas
02. (FATEC SP) A figura adiante representa a trajetória
substâncias, como, por exemplo, o açúcar em um fluido
de um raio de luz que incide perpendicularmente a uma
das faces do prisma e emerge paralelamente à outra. qualquer.
A figura ilustra o protótipo de
um refratômetro constituído
por um prisma de índice de
refração 𝟏, 𝟔, um orifício no
qual entra a luz de análise e
uma cavidade para colocar o
material líquido a ser
analisado. Nessas
condições, um feixe de luz
monocromático, ao entrar
pelo orifício, refrata na
Dados: sin 37° = 0,60, sin 53° = 0,80, sin 90° = 1,00. interface prisma-líquido e
Calcule o índice de refração absoluto desse prisma. atinge a escala graduada em
um ponto a 𝟒 𝒄𝒎 da origem.
03. (UFPE) Um feixe de Luz monocromática incide Considerando-se que 𝑳 =
normalmente sobre a face vertical de um prisma 𝟏𝟐 𝒄𝒎 e 𝒉 = √𝟐, calcule:
transparente de ângulo de abertura de 𝟑𝟎º, conforme a a) O índice de refração do
figura. líquido sob análise.
O índice de refração b) O menor índice de
absoluto do material refração que esse
do prisma é √𝟑. instrumento permite medir.
Qual é, em graus, o
ângulo entre o feixe
que sai do prisma e
a direção inicial de
propagação.
07. (UFRJ) Dois raios luminosos paralelos,

14
monocromáticos e de mesma frequência, incidem
sobre a superfície de uma esfera transparente. Ao
penetrar nesta esfera, os raios convergem para um
ponto 𝑷, formando entre si ângulo de 𝟔𝟎°, como ilustra
a figura.

Calcule o índice de refração do material que constitui a


esfera.

08. (UFMT) Um feixe de luz incide sobre um bloco de


vidro fazendo um ângulo de 𝟔𝟎° com a normal. O feixe
contém luz de duas cores. O índice de refração do vidro
para uma cor é √𝟔⁄𝟐 para a outra é √𝟑, e o índice de
refração do ar é 𝟏. Calcule o valor do ângulo, em graus,
entre os raios refratados.
Dados: sin 30° = 1⁄2, sin 45° = √2⁄2, sin 60° = √3⁄2.

09. (UFG GO) Como ilustrado na figura, a luz colimada


de uma fonte 𝑭 incide no espelho 𝑬, no ar, e é refletida
para a face maior do prisma reto 𝑷. A luz emerge da
face horizontal do
prisma, formando com
ela um ângulo reto. O
espelho 𝑬 é
perpendicular à face
maior do prisma.
Sabendo que a luz
incide na direção
horizontal e que 𝜶 =
𝟑𝟎°, calcule o índice de
refração do prisma.
Dado: 𝒏𝒂𝒓 = 𝟏, 𝟎

10. (UFPE) Um feixe de luz monocromática incide


perpendicularmente numa placa de vidro, transparente
e espessa, de índice de refração igual a 𝟏, 𝟓𝟎.
Determine a espessura da placa, em centímetros,
sabendo que a luz gasta 𝟏, 𝟎 ∙ 𝟏𝟎−𝟏𝟎 𝒔 para atravessá-
la.

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