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DEFINIÇÃO

Introdução aos conceitos de óptica geométrica e propriedades ondulatórias da luz.

PROPÓSITO
Compreender o que é a luz, o comportamento da luz, o conceito da formação de imagem e o
conceito da polarização da luz.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica,
ou use a calculadora de seu celular/computador.
OBJETIVOS

MÓDULO 1

Aplicar os conceitos de propagação, reflexão e refração da luz

MÓDULO 2

Reconhecer o comportamento da luz perante os mais diversos tipos de espelhos e lentes

MÓDULO 3

Empregar o conceito da polarização da luz

MÓDULO 1

 Aplicar os conceitos de propagação, reflexão e refração da luz

INTRODUÇÃO

BEM-VINDOS AO ESTUDO DA ÓPTICA E


COMPORTAMENTO DA LUZ!
Neste tema, vamos compreender como o ser humano consegue enxergar tudo o que está à sua
volta, estudando a luz e suas propriedades, por meio da Óptica.

O que é a luz? Chamamos de “luz” a radiação eletromagnética cuja frequência consegue


sensibilizar o olho humano, fazendo com que o ser humano enxergue tudo o que está a sua volta,
pois a interação da luz com a matéria, forma
imagens. Sem luz, não há imagem. O que é a óptica?
É a parte da Física que estuda o comportamento da luz. Tais fenômenos são conhecidos desde a
Antiguidade, existindo registros de 2.283 a.C.

PROPAGAÇÃO DA LUZ E CONCEITO DE


ÍNDICE DE REFRAÇÃO

A luz consegue se deslocar (propagar) no vácuo com velocidade aproximada de 3x108 m/s. As
frequências de luz que conseguem sensibilizar o olho humano são chamadas de frequências
pertencentes ao espectro visível.
O espectro visível possui comprimento de ondas entre as faixas
de 400 nm a 700 nm, como mostra a figura 1.

NM

1 nm (nanômetro) = 10-9 m

Fonte: Shutterstock
 Figura 1

Fonte: autor/shutterstock
 Figura 2

Fonte: autor/shutterstock
 Figura 3

A luz pode ser de origem natural, como aquela que vêm do Sol (figura 2), mas também artificial,
como a quem vem de lâmpadas (figura 3). Ao analisar a figura 1, podemos observar que as cores
que conhecemos estão em uma faixa
de comprimento de onda entre 400 nm e 750 nm. O verde,
por exemplo, tem um comprimento de onda médio de 550 nm. Isso ocorre por que a velocidade da
luz verde é diferente da velocidade da luz azul, por exemplo?

A RESPOSTA É NÃO! A VELOCIDADE DA LUZ VERDE É


A MESMA VELOCIDADE DA VERMELHA, DA AZUL, DA
AMARELA E DA BRANCA. ENTÃO, O QUE MUDA? A
FREQUÊNCIA!

O comprimento de onda (λ) e a frequência (f) se relacionam de forma inversamente proporcional,


compondo a velocidade, assim:
C = ΛF       (1)


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Onde λ é dado em metros (m) e a frequência é dada em Hertz (Hz). Isolando a frequência, temos:

C
F=       (2)
Λ


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Utilizando a equação (2), podemos montar uma tabela para expressar a frequência de cada cor:

Cor F (THZ) l (nm)

violeta 668–789 380–450

azul 606–668 450–495

verde 526–606 495–570

amarelo 508–526 570–590

laranja 484–508 590–620

vermelho 400–484 620–750

 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal

Tabela 1 - As cores e suas respectivas faixas de frequência e faixa de comprimento de onda


THZ

1 THz (Terahertz) = 1012Hz

Note que na tabela 1, as cores aparecem com faixas de frequência e de comprimento de onda.
Isso define a tonalidade da cor. Também podemos perceber que a cor vermelha é a que possui
menor frequência e maior comprimento de onda,
quando falamos da luz visível, e que o violeta é o
que possui maior frequência e menor comprimento de onda.

A luz branca, ou a luz pura, que é a luz proveniente do Sol, por exemplo, é uma composição de
todas as frequências de cores do espectro do visível. Ou seja, a luz branca é a mistura de todas as
cores, e isso pode
ser observado e comprovado pelo experimento chamado Disco de Newton. O
experimento recebeu esse nome devido ao fato de Isaac Newton ter afirmado que a luz branca
proveniente do Sol é composta pelas luzes que
compõem as cores do arco-íris.

 SAIBA
MAIS
Pesquise e assista ao vídeo Disco de Newton Laboratório de ensino de Física para entender
melhor o experimento.

autor/shutterstock

Essa refração é determinada em função da velocidade da luz no vácuo, e é um valor sempre maior
ou igual a um, isso porque o ÍNDICE DE REFRAÇÃO (n) é determinado pela razão entre a
velocidade da luz no vácuo (c)
e a velocidade da luz (v) no meio diferente do vácuo no qual se
propaga:

C
N=       (3)
V


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Como o índice de refração é a razão entre duas velocidades, trata-se de uma grandeza
adimensional. O índice de refração determinado na equação (1) é chamado de índice de refração
absoluto.

Além do índice de refração absoluto, também existe o índice de refração relativo. Este é obtido
pela razão entre duas velocidades da luz que se propagam entre dois meios nos quais nenhum é o
vácuo.
V1
NR =       (4)
V2


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Vamos compreender o conceito de índice de refração absoluto e relativo, e sua forma prática,
analisando os seguintes exemplos:

Exemplo 1

Considere um feixe de raio solar que viaja do Sol à Terra pelo vácuo. A velocidade da luz no vácuo

possui velocidade de 3x108 m/s, e a velocidade da luz no ar do planeta Terra é igual a 299.792.458
m/s.

Por essas informações, o índice de refração absoluta da passagem da luz do vácuo para o ar
atmosférico é igual a:

Solução:

O índice de refração absoluto é dado pela equação (3), assim:

C
N=
V


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Podemos escrever a velocidade da luz no vácuo como:

C = 3X10 8 = 300.000.000M / S


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Realizando a razão, temos:

300.000.000
N= = 1, 0006922855944561487267301434248
299.792.458

N ≈ 1, 00


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Ou seja, o índice de refração da luz, envolvendo como primeiro meio de propagação o vácuo e o
segundo o ar atmosférico é de aproximadamente 1. Isso indica que não há mudança expressiva na
velocidade em relação à mudança de
ambiente, do vácuo para o ar atmosférico.

OBVIAMENTE, A PASSAGEM DE MEIO DO AR


ATMOSFÉRICO PARA O ESPAÇO SIDERAL TAMBÉM TEM
COMO ÍNDICE DE REFRAÇÃO N=1.

Exemplo 2

Um raio de Luz é gerado em um ambiente onde existe, como meio, a água, cujo índice de refração
é igual a 1,33. Esse raio de luz se propaga e passa para o meio óleo, cujo índice de refração
é
igual a 1,46. Considerando a velocidade da luz no vácuo, determine: (a) a razão entre as
velocidades da luz na água e no óleo, e (b) o índice de refração relativo:

Veja a solução no vídeo a seguir:


ÍNDICE DE REFRAÇÃO ABSOLUTO E ÍNDICE
DE REFRAÇÃO RELATIVO

É verdade que encontramos os mesmos resultados em (a) e (b). Isso ocorreu porque o índice de
refração relativo também pode ser determinado pela razão entre os meios refratários atravessados
pela luz:

N2
NR =       (5)
N1

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Outro efeito do fenômeno da refração é um desvio experimentado pela luz, ou seja, quando a luz
passa de um meio com índice de refração n1 para outro de refração n2, ela muda sua direção.

Esse desvio é
medido em relação ao ângulo que a luz faz com uma reta normal imaginária.
Matematicamente, esse desvio é explicado pela Lei de Snell-Descartes.

LEI DE SNELL-DESCARTES
A lei de Snell-Descartes, ou simplesmente Lei de Snell, afirma que, em uma refração, o produto
entre o índice de refração do meio, no qual se encontra o raio pelo seno do ângulo que ele forma
com a reta normal à interface no
ponto de incidência, é constante. A figura 4 ilustra o caso:

 Figura 4

Matematicamente, temos:

N 1. SEN(Θ 1) = N 2. SEN(Θ 2)       (6)


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
QUANDO O SEGUNDO MEIO POSSUI UM ÍNDICE DE
REFRAÇÃO MAIOR QUE O DO PRIMEIRO, O RAIO DE
LUZ SE APROXIMA DA RETA NORMAL NO SEGUNDO,
OU SEJA, TEMOS QUE Θ 2 < Θ 1, CHAMAMOS O MEIO 2
DE MEIO MAIS REFRINGENTE. TODAVIA, SE O RAIO SE
AFASTAR DA NORMAL NO SEGUNDO MEIO, Θ 2 < Θ 1,
CHAMAMOS O MEIO 2 DE MEIO MENOS REFRINGENTE.

Vamos agora revisitar o exemplo 2 e verificar o quanto o raio de luz se aproxima da reta normal,
ao passar da água para o óleo.

Vamos considerar que, no exemplo 2, o raio adentra na interface entre a água e o óleo com um
ângulo de 30° com a reta normal, como demonstra a figura (4). Vamos utilizar os dados para
determinar o ângulo com o qual a luz deixa
essa interface, e, então, determinaremos de quanto
será o desvio da luz:

RESPOSTA

Do exemplo 2, sabemos que o índice de refração da água é n 1 = 1, 33, e o índice de refração do


óleo é n 2 = 1, 46. Utilizando a lei de Snell-Descartes, descrita em (6), temos:

n 1. sen(θ 1) = n 2. sen(θ 2)

1, 33.sen(30 o) = 1, 46.sen(θ 2)

Isolandosen(θ 2) :

1, 33.sen(30 o)
sen(θ 2) =
1, 46

Como sen(30 o) = 0, 5;

1, 33.0, 5
sen(θ 2) = = 0, 46
1, 46

Então

sen(θ 2) = 0, 46
θ 2 = arcsen(0, 46)

θ 2 = 27, 39 o

O ângulo com o qual o raio de luz deixa a interface entre a água e o óleo é de 27,39°, assim, a
alteração angular de direção é igual a:

△θ = θ 2 − θ 1

△θ = 27, 39 o − 30 o = − 2, 61 o

Onde o sinal negativo indica que o raio passou de um meio menos refringente (água) para um
meio mais refringente (óleo).

REFLEXÃO TOTAL: UM CASO ESPECIAL DA LEI


DE SNELL-DESCARTES

A reflexão total ocorre quando o ângulo de saída do feixe de luz da região de interface entre os
dois meios refringentes é igual a 90°. A figura 5 ilustra o caso. Nesse caso, o raio de luz passa a se
mover de forma paralela
à interface entre os meios, fazendo um ângulo de 90° com a normal. Isso
significa que esse raio não adentra o outro meio refringente, no caso da figura 5, o meio 2.

Fonte: Adaptada de Shutterstock.


 Figura 5

Diante disto, a Lei de Snell-Descartes assume a seguinte forma:


N 1SEN(Θ 1) = N 2SEN(90 O)


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como sen(90o)= 1:

N 1SEN(Θ 1) = N 2       (7)


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Vamos ilustrar:

Vamos utilizar novamente os meios água e óleo, cujos índices de refração são, respectivamente,
1,33 e 1,46. Se a luz passa do óleo para a água, qual deve ser o valor do ângulo de incidência da
luz na interface entre os dois
líquidos para que haja reflexão total?

RESPOSTA

Utilizando a equação (7), temos,

n 1sen(θ 1) = n 2

1, 46.sen(θ 1) = 1, 33

1, 33
sen(θ 1) = = 0, 91
1, 46

θ 1 = arcsen(0, 91)

θ 1 = 65, 51 o

Então, o raio deve incidir com um ângulo de 65,51°, do óleo para a água.
SE O RAIO PASSAR DA ÁGUA PARA O ÓLEO, EXISTE O
FENÔMENO DE REFLEXÃO TOTAL? A RESPOSTA É
NÃO.

Vamos verificar o porquê:

Ao passar da água para o óleo, o raio de luz se aproxima da reta normal, e não se afasta, podendo
formar um ângulo de 90°, como mostra a figura 5. Vamos demonstrar matematicamente,
considerando a água como o meio 1 e o óleo
como o meio 2:

N 1SEN(Θ 1) = N 2

1, 33.SEN(Θ 1) = 1, 46

1, 46
SEN(Θ 1) = = 1, 10
1, 33

Θ 1 = ARCSEN(1, 10)

Θ1 = ∄


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

O ângulo de incidência na refração, para que haja reflexão total no caso da luz passando de um
meio menos refringente para um mais refringente não existe, isso porque matematicamente:

− 1 < SENΘ < 1


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
E a natureza segue esta regra matemática.

Então, para fixar, vamos formalizar: “Só existe reflexão total quando o feixe de luz passa de um
meio mais refringente para um meio menos refringente, ou seja n1 > n2”.

REFLEXÃO DA LUZ E SUAS LEIS


A reflexão da luz é um dos fenômenos físicos mais corriqueiros e que nos passa despercebido.
Esse fenômeno ocorre quando feixes de luz incidem sobre uma superfície e retornam para seu
meio de origem. Os espelhos são as principais
ferramentas utilizadas com base na reflexão.

A reflexão da luz pode ser DIFUSA ou REGULAR.

REFLEXÃO DIFUSA

É o tipo de reflexão que ocorre quando a luz incide sobre uma superfície que não é regular. Neste
caso, os raios de luz que incidem de forma paralela, são refletidos em várias direções distintas e,
assim, perdendo o paralelismo.
Esse tipo de reflexão permite ao olho humano distinguir formas e
cores. A figura 6 ilustra o comportamento dos raios de luz sendo refletidos em uma superfície
difusa (irregular).

Fonte: Adaptada de Shutterstock.


 Figura 6

REFLEXÃO REGULAR

Na reflexão regular, os raios incidem de forma paralela na superfície e, ao serem refletidos, deixam
a superfície igualmente de forma paralela. Esse tipo de reflexão ocorre em espelhos planos. Os
espelhos planos são aqueles
que costumamos ter em casa para observar nossa aparência
enquanto penteamos o cabelo, nos maquiamos, ou verificamos se uma roupa ficou boa em nosso
corpo. Entretanto, esse tipo de reflexão também acontece quando conseguimos
observar nossa
imagem na superfície da água, como, por exemplo, a água de um lago. A figura 7 demonstra o
comportamento da luz nesse tipo de superfície.

Fonte: Adaptada de Shutterstock.


 Figura 7

Tanto a reflexão difusa quanto a reflexão angular seguem duas leis, chamadas de Leis da
Reflexão. Vamos abordá-las agora, entretanto, para compreendê-las, é necessário observar a
figura 8:

Fonte: udaix/shutterstock
 Figura 8

1A LEI DA REFLEXÃO
Os raios incidentes, a reta normal à superfície refletora e os raios refletidos pertencem ao mesmo
plano, chamado, na figura 8, de plano de incidência.

2A LEI DA REFLEXÃO
O ângulo formado entre o raio incidente com a reta normal à superfície refletora é igual ao ângulo
formado entre o raio refletido com a reta normal à superfície refletora.

Exemplo 5

A figura mostra um feixe de luz incidindo em um espelho plano muito bem polido, formando um
ângulo de 15° com ele. Qual é o seu ângulo de reflexão?
Solução:

Primeiramente devemos traçar a reta normal ao espelho e determinar o ângulo de incidência com a
normal. O ângulo de 75° foi determinado através do cálculo:

90°-15°=75°

De onde saiu esse 90°? 90° é o ângulo que a reta normal forma com a superfície do espelho.
Lembre-se que uma reta normal é ortogonal à superfície.

Como o ângulo de incidência é de 75° com a normal, o ângulo de reflexão também é de 75°, como
afirma a segunda lei da reflexão.

MÃO NA MASSA

1. UM RAIO DE LUZ INCIDE EM UMA SUPERFÍCIE COM ÂNGULO DE 10°


COM A NORMAL. SEU ÂNGULO DE REFLEXÃO É IGUAL A:

A) 80°

B) 45°

C) 30°

D) 10°

2. UM RAIO INCIDE EM UMA SUPERFÍCIE REGULAR COM ÂNGULO DE 85°


COM A SUPERFÍCIE. ASSIM, O VALOR DO ÂNGULO QUE O RAIO INCIDENTE
FAZ COM A NORMAL É IGUAL A:
A) 85°

B) 5°

C) 75°

D) 15°

3. UM RAIO DE LUZ PASSA DO AR ATMOSFÉRICO, CUJO N AR = 1, 00, PARA


UM MEIO DE REFRINGÊNCIA N = 1, 60. A VELOCIDADE DA LUZ NESSE
MEIO DIFERENTE DO AR É IGUAL A:

A) 1, 50x10 8m / s

B) 1, 88x10 8m / s

C) 3, 00x10 8m / s

D) 2, 58x10 8m / s

4. A FIGURA MOSTRA O CAMINHO DE UM RAIO LASER NO INTERIOR DE


UMA CAIXA ONDE TODAS AS SUAS PAREDES SÃO ESPELHOS PLANOS.
PODEMOS NOTAR QUE O ÂNGULO DE INCIDÊNCIA DO LASER EM
CONTATO COM A PRIMEIRA SUPERFÍCIE REFLETORA É DE 35°.

DIANTE DISSO, QUAL É O VALOR DO ÂNGULO X, QUE É O ÂNGULO DE


REFLEXÃO, DA ÚLTIMA REFLEXÃO SOFRIDA PELO LASER ANTES DE
DEIXAR A CAIXA?

A) 35°

B) 45°

C) 55°

D) 65°

5. UM HOLOFOTE FOI INSTALADO NO FUNDO DE UMA PISCINA, CUJO


ÍNDICE DE REFRAÇÃO É 1,66. PARA QUAL ANGULAÇÃO DOS RAIOS DE
LUZ QUE SAEM DO HOLOFOTE HÁ REFLEXÃO TOTAL, SABENDO QUE O
SEGUNDO MEIO É O AR, CUJO ÍNDICE DE REFRAÇÃO É 1,00?

A) 36,15o

B) 37,04o

C) 37,24o

D) 38,00o

6. UM RAIO DE LUZ PASSA DE UM MEIO, CUJO ÍNDICE DE REFRAÇÃO É N 1,


PARA OUTRO, CUJO ÍNDICE DE REFRAÇÃO É N 2. NO MEIO 1, A
VELOCIDADE DA LUZ É DE 98% DA VELOCIDADE DA LUZ NO VÁCUO, E NO
MEIO 2, É DE 95%. SE O ÂNGULO DE INCIDÊNCIA NA INTERFACE ENTRE
OS MEIOS É DE 68°, ASSINALE A OPÇÃO QUE APRESENTA O ÂNGULO DE
ABANDONO DA INTERFACE, OU SEJA, O ÂNGULO DE REFRAÇÃO:

A) 63,18°

B) 64,16°

C) 65,13°
D) 66,11°

GABARITO

1. Um raio de luz incide em uma superfície com ângulo de 10° com a normal. Seu ângulo de
reflexão é igual a:

A alternativa "D " está correta.

De acordo com a segunda lei da reflexão da luz, o ângulo formado entre o raio incidente com a reta
normal à superfície refletora é igual ao ângulo formado entre o raio refletido com a reta normal à
superfície refletora. Desse modo, o ângulo de reflexão é igual a 10°.

2. Um raio incide em uma superfície regular com ângulo de 85° com a superfície. Assim, o
valor do ângulo que o raio incidente faz com a normal é igual a:

A alternativa "B " está correta.

Para determinar o ângulo formado com a normal, temos que subtrair o ângulo que o raio faz com a
superfície de 90°, assim:

90°-85°=5

3. Um raio de luz passa do ar atmosférico, cujo n ar = 1, 00, para um meio de refringência


n = 1, 60. A velocidade da luz nesse meio diferente do ar é igual a:

A alternativa "B " está correta.

O índice de refração é determinado por:

c 3x10 8
n = v ∴ 1, 60 = v

3x10 8
v = 1 , 60 = 1, 88x10 8m / s

4. A figura mostra o caminho de um raio laser no interior de uma caixa onde todas as suas
paredes são espelhos planos. Podemos notar que o ângulo de incidência do laser em
contato com a primeira superfície refletora é de 35°.

Diante disso, qual é o valor do ângulo x, que é o ângulo de reflexão, da última reflexão
sofrida pelo laser antes de deixar a caixa?

A alternativa "A " está correta.

Assista o vídeo com a resolução comentada dessa questão.

DETERMINAÇÃO DO ÂNGULO DE REFLEXÃO

5. Um holofote foi instalado no fundo de uma piscina, cujo índice de refração é 1,66. Para
qual angulação dos raios de luz que saem do holofote há reflexão total, sabendo que o
segundo meio é o ar, cujo índice de refração é 1,00?

A alternativa "B " está correta.

Para a reflexão total, temos que a Lei de Snell-Descartes assume a seguinte característica:

( )
n 1sen ∅ 1 = n 2

Isolando ∅ 1, temos:

()
n2
∅ 1 = arcsen n

∅ 1 = arcsen
( )
1 , 00
1 , 66
= arcsen(0, 6024) = 37, 04

6. Um raio de luz passa de um meio, cujo índice de refração é n 1, para outro, cujo índice de
refração é n 2. No meio 1, a velocidade da luz é de 98% da velocidade da luz no vácuo, e no
meio 2, é de 95%. Se o ângulo de incidência na interface entre os meios é de 68°, assinale a
opção que apresenta o ângulo de abandono da interface, ou seja, o ângulo de refração:

A alternativa "B " está correta.

Assista o vídeo com a resolução comentada dessa questão.

ANGULO DE REFRAÇÃO

TEORIA NA PRÁTICA
Em uma piscina, há uma mancha no fundo, bem no centro do chão da piscina. Incomodada com
essa mancha, sua dona quer colocar uma boia de maneira a escondê-la, para que ninguém que
esteja fora da piscina consiga enxergá-la. Diante
disso, a dona da piscina chamou um engenheiro
para que fosse proposta uma solução. O engenheiro observou a mancha e percebeu que ela
possui o formado de um disco com diâmetro de 0,5 m. O engenheiro também observou que do
fundo da piscina à superfície da lâmina d’água existe uma distância de 2,5 m. Diante disso, o
engenheiro disse à dona da piscina que, para tornar a mancha invisível, é necessário colocar um
material flutuante de formato
circular que permaneça fixo sobre a mancha. Ao que ela perguntou
qual é o tamanho desse material flutuante. O engenheiro, então, demonstrou seus cálculos.

RESOLUÇÃO

Primeiro, o engenheiro fez um esboço do panorama da situação:

Fonte: Autor

Em seguida, ele explicou a Lei de Snell-Descartes para a dona da piscina e disse que é
necessário que exista um ângulo de reflexão total, para que a pessoa que observa o fundo da
piscina não consiga enxergar a mancha,
e que o material flutuante cobrirá toda a área onde não
ocorre a reflexão total, apontando no desenho onde deve haver a reflexão total, e do que é
preciso para calculá-la.

Fonte: Autor
Sabendo que o índice de refração da água é 1,33 e o índice de refração do ar é 1,00, o
engenheiro conseguiu determinar o ângulo no qual ele consegue obter a reflexão total:

n 1sen(θ 1) = n 2

1, 33sen(θ 1) = 1, 00

1, 00
θ 1 = arcsen( )
1, 33

θ 1 = arcsen(0, 7519)

θ 1 = 48, 75 o

Então, utilizando o ângulo θ 1, o engenheiro calculou o cateto oposto do triângulo retângulo no


qual se encontra este ângulo θ 1, da seguinte maneira:

Fonte: Autor

profundidadedapiscina
tg(θ 1) =
x

2, 5
tg(48, 75 o) =
x

2, 5 2, 5
x= =
tg(48, 75 o) 1, 14

x = 2, 19m

Porém, o engenheiro sabe que a distância calculada é da posição em que começa a reflexão
total, à borda da mancha. Então, para que tal distância chegue ao centro da mancha e ele
descubra o raio do material flutuante
(R) necessário para encobrir a mancha, ele deve somar
esse valor ao raio da mancha (r), assim:

R=r+x

R = 0, 25 + 2, 19 = 2, 44m
Então, o raio do material flutuante deve ser de 2,44 m, e o diâmetro do material flutuante deve ser
de:

D = 2R = 2.2, 44 = 4, 88m

Então, o engenheiro garantiu à dona da piscina que se ela posicionar o material flutuante com o
centro coincidindo com o centro da mancha, com formato de um disco com diâmetro de 4,88 m,
será impossível que alguém consiga
enxergar a mancha no fundo da piscina, graças ao
fenômeno da reflexão total.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. UM FEIXE DE LUZ EMERGE DO FUNDO DE UMA PISCINA, CUJO ÍNDICE


DE REFRAÇÃO É 1,3. PARA QUAL ANGULAÇÃO, COM A NORMAL, DE
INCIDÊNCIA NA INTERFACE ENTRE OS MEIOS DO LÍQUIDO DA PISCINA E O
AR, O FEIXE DE LUZ CONSEGUE PASSAR DA PISCINA PARA O AR SEM
SOFRER REFRAÇÃO?

A) -30,00o

B) 0,00o

C) 30,00o

D) 45,00o

2. UM RAIO DE LUZ PASSA DO AR ATMOSFÉRICO CUJO N AR = 1, 00 PARA


UM MEIO DE REFRINGÊNCIA N = 2, 00 A VELOCIDADE DA LUZ NESTE MEIO
DIFERENTE DO AR É IGUAL A:

A) 1, 50x10 8m / s

B) 1, 88x10 8m / s

C) 3, 00x10 8m / s
D) 2, 58x10 8m / s

GABARITO

1. Um feixe de luz emerge do fundo de uma piscina, cujo índice de refração é 1,3. Para qual
angulação, com a normal, de incidência na interface entre os meios do líquido da piscina e o
ar, o feixe de luz consegue passar da piscina para o ar sem sofrer refração?

A alternativa "B " está correta.

Para que não haja deflexão do raio de luz, o raio incidente deve ser paralelo à reta normal. Vamos
comprovar:

n 1sen(θ 1) = n 2sen(θ 2)

Fazendo θ 1 = 0 o, temos:

n 1sen(0) = n 2sen(θ 2)

Como sen(0) = 0, temos:

0 = n 2sen(θ 2)

Como n 2 ≠ 0, temos:

sen(θ 2) = 0

Isso só é possível se:

θ2 = 0o

Então, constatamos que θ 1 = θ 2

, o que garante que não há deflexão da luz, logo, não há refração.

2. Um raio de luz passa do ar atmosférico cujo n ar = 1, 00 para um meio de refringência


n = 2, 00 A velocidade da luz neste meio diferente do ar é igual a:

A alternativa "A " está correta.

c 3x10 8
n= ∴ 2, 00 =
v v

3x10 8
v= = 1, 50x10 8m / s
2, 00
MÓDULO 2

 Reconhecer o comportamento da luz perante os mais diversos tipos de espelhos e lentes

INTRODUÇÃO
As imagens são formadas graças ao fenômeno da reflexão da luz. Graças a ele, enxergamos
objeto, cores e também conseguimos criar projeção de imagem, como, por exemplo, hologramas.
Neste módulo, vamos estudar o ramo da física
óptica chamado de óptica geométrica e entender
melhor como a imagem é formada.

FORMAÇÃO DE IMAGEM EM UM ESPELHO


PLANO
Espelho plano é o tipo de espelho que possui a superfície de reflexão 100% plana. Os espelhos
planos são utilizados tanto domesticamente, como, por exemplo, na porta de um guarda-roupas,
como mostra a figura 9, quanto em instrumentos
ópticos sofisticados, como os telescópios de
espelhos (figura 10), que produzem imagens de qualidade muito superior às dos telescópios de
lente. A figura 11 apresenta um exemplo de como a luz se comporta em um espelho plano.

Fonte: alexandre zveiger/shuterrstock


 Figura 9

Fonte: paulista/shuterrstock
 Figura 10

Fonte: udaix/shuterrstock
 Figura 11

A principal característica de um espelho plano é a simetria entre a altura do objeto e da imagem, e


também das distâncias do objeto ao espelho, e da imagem ao espelho.

CONSTRUÇÃO DAS IMAGENS EM UM ESPELHO


PLANO

A imagem de um espelho plano é determinada como estando atrás deste espelho. Essa imagem
possui o mesmo tamanho do objeto e a mesma distância que o objeto possui em relação ao
espelho.

A figura 12 ilustra o caso. Observando-a, temos que o é o tamanho do objeto, que pode ser medido
em metros (m), decímetros (dm), centímetros (cm), milímetros (mm) etc., i é o tamanho da imagem
formada pelo
espelho, p é a distância do objeto ao espelho, p' é a distância da imagem ao espelho.

 Figura 12

No caso do espelho plano, temos que:

I = O       (8)

P = P ′       (9)


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como a imagem formada pelo espelho plano se encontra atrás dele, como mostra a figura 12, a
chamamos de imagem virtual. Trata-se, então, de uma imagem virtual direita e do mesmo
tamanho.

Por que imagem direita, por que está à direita do espelho? Não! É apenas porque ela não aparece
de cabeça para baixo, ou seja, invertida. Entenderemos isso melhor um pouco mais à frente, ao
falarmos de espelhos esféricos.

TRANSLAÇÃO DE UM ESPELHO PLANO


A translação do espelho plano é a sua movimentação, ou seja, vamos deixar o objeto parado no
mesmo lugar e movimentar o espelho, afastando-o do objeto. Para tal, vamos considerar a figura
13:

Na figura 13, temos, no primeiro momento, um objeto de tamanho , na frente de um espelho plano,
à distância d1 deste espelho, o que, por sua vez, gera uma imagem direita, de mesmo tamanho, ou

seja,o = i, e que também se encontra a uma distância d1 do espelho.

 Figura 13

Em um segundo momento, temos o espelho se deslocando a uma distância l para a direita,


deixando agora o objeto a uma distância d2 > d1 do espelho, o que faz com que a imagem também

fique a uma distância


d
2 do espelho, sofrendo um deslocamento x, em relação à imagem na

situação anterior. Ou seja, o objeto se manteve parado, e tanto o espelho quanto a imagem se
movimentaram para a direita. Vamos, então, determinar
qual é a relação da movimentação do
espelho com a da imagem.

Sobre a figura 13, podemos afirmar que:

X = 2D 2 − 2D 1


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Colocando 2 em evidência, temos:


X = 2(D 2 − D 1)       (A)


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Podemos também escrever que:

ℓ = D 2 − D 1       (B)


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Substituindo (B) em (A), temos:

X = 2ℓ       (10)


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Este resultado nos revela que para um deslocamento ℓ do espelho, a sua imagem se desloca 2ℓ
em relação à sua posição anterior.

Com esse resultado, também podemos afirmar que a velocidade de deslocamento da imagem de
um objeto é igual ao dobro da velocidade de deslocamento do espelho:

X ℓ
=2

△T △T
V IMAGEM = 2V ESPELHO       (11)


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Porém, se o objeto também se desloca em relação ao espelho, ou seja, temos o deslocamento do


objeto, espelho e imagem, a velocidade ao ser considerada é a relativa entre o objeto e o espelho:
V IMAGEM = 2V RELATIVA

      (12)


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

ASSOCIAÇÃO ENTRE DOIS ESPELHOS


PLANOS
Podemos associar dois espelhos planos de maneira a fazer com que suas superfícies refletoras
formem um ângulo α, entre si, desde que 0 o ≤ α ≤ 180 o. Ao fazermos isso, obtemos diversos
números (n i) de imagens. Este pode ser determinado matematicamente pela equação:

360 O
NI = −1
A

      (13)


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Exemplo 6

Vamos considerar a figura 14. Nesta, é possível observar que existe um objeto que é uma bola
verde, e que com dois espelhos fazendo um determinado ângulo entre si, há a formação de 4
imagens.

Diante disso, vamos determinar qual é o ângulo que propiciou a formação de 4 imagens dessa bola
verde:
 Figura 14

NÚMEROS DE IMAGENS
ESPELHOS ESFÉRICOS: OS ESPELHOS
GAUSSIANOS
É definido como espelho esférico, qualquer calota esférica polida que seja capaz de refletir a luz,
criando imagem.

Quando a superfície externa da calota esférica reflete a luz para formar a imagem, chamamos o
espelho de espelho convexo, e quando a parte interna reflete a luz para formar imagem,
chamamos de espelho côncavo.

A figura 15 ilustra os dois tipos de espelhos.

É muito importante ressaltar que as leis da reflexão funcionam também em espelhos esféricos,
sejam eles convexos ou côncavos.

Fonte: Steve Cymro/Shutterstock


 Figura 15

ESPELHOS CONVEXOS
O espelho convexo forma imagens virtuais. Assim, dizemos também que seu foco é virtual, pois se
encontra atrás do espelho e pode ser encontrado pelo prolongamento dos raios de luz que incidem
no espelho e são refletidos, como
demonstra a figura 16:

Fonte: Adaptada de Sofísica.


 Figura 16

Vamos observar agora a figura 17, imagem simplificada de um espelho convexo, para poder
apontar os seus aspectos geométricos. Na figura, podemos ver a letra V, que está ali porque
representa o Vértice do espelho. Podemos verificar
que também existe uma letra f.

Fonte: Autor
 Figura 17

Essa letra representa o foco do espelho, e no caso de um espelho convexo, o foco se encontra
atrás do espelho, sendo virtual e, por isso, formado pela prolongação dos raios refletidos no
espelho.

E por fim, mas não menos importante, temos a letra C, que é o centro de curvatura do espelho, e
este possui uma distância do vértice igual a duas vezes a distância que o foco possui do vértice, ou
seja:
C = 2F       (14)


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Vamos verificar como é possível determinar parâmetros, como tamanho da imagem ou a sua
distância em relação ao espelho. É possível relacionar a distância focal (f) com a distância do
objeto ao espelho (P) e a distância da imagem ao espelho (P ′ ) mediante a equação de Gauss:

1 1 1
= +       (15)
F P P′


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Contudo, para utilizar essa equação, devemos compreender que todas as distâncias medidas à
frente do espelho são positivas, e que todas as distâncias medidas atrás do espelho são negativas.

Agora, por meio de um exemplo, vamos compreender o conceito da formação de imagem de um


espelho convexo e a relação das distâncias.

Exemplo 7

Considere um objeto de tamanho 7 cm, em frente a um espelho convexo. Se a distância do objeto


em relação ao vértice do espelho é de P=10cm, formada a uma distância do vértice igual a metade
f
da distância focal (p ′ = 2 ), qual é a distância focal deste espelho? Para ajudar no raciocínio,
utilize a figura 18:

Figura 18. Fonte: Adaptada de PrePara Enem.


 Figura 18
Solução:

Utilizando a equação de Gauss, temos:

1 1 1
= +
F P P′


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Substituindo os valores dados no enunciado, temos:

1 1 1
= + F

F 10
2

1 1 2
= +

F 10 F

1 2 1
F
- F
= 10

1 1
- =

F 10

F = - 10 CM


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Note que o resultado foi negativo, o que já era esperado, uma vez que sabemos que o foco se
encontra atrás do espelho.

A figura 18 está mostrando duas setas na frente do espelho: uma como objeto e outra como
imagem. Existem setas pontilhadas que se encontram na ponta da seta que simboliza a imagem.
Isso não está confuso? Bem, para poder entendê-lo
com mais clareza, assista ao vídeo do
professor ensinando como formar imagens em um espelho esférico convexo.
FORMAÇÃO DE IMAGEM EM ESPELHO
CONVEXO

Outra informação que também podemos retirar de um espelho esférico é o aumento A da imagem.
Este é definido pela razão entre o tamanho da imagem e o tamanho do objeto:

A=
I
O ( )
           16

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Ou, pela razão entre o negativo da distância da imagem ao vértice do espelho, pela distância do
objeto ao vértice do espelho:

A= -
P'
P ( )
           17


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Dessa forma, podemos relacionar os tamanhos do objeto e da imagem com as distâncias do objeto
ao espelho e da imagem ao espelho, igualando (16) a (17), assim:

O
I
= -
P'
P ( )
           18


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Retornando ao exemplo 7, com os dados presentes, podemos determinar o tamanho da imagem


no espelho, pois o enunciado diz que o objeto tem tamanho de 7 cm, assim, . A distância do objeto
ao vértice do espelho é e a da imagem
ao vértice do espelho é . Assim, aplicando a equação (18),
temos:

I -5
= -

7 10

5
I=7· = 3, 5CM
10


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Note que a imagem é menor do que o objeto, como afirma a figura 18.
Uma curiosidade sobre espelhos convexos é que, apesar de eles diminuírem a imagem, são
utilizados para ampliar o campo de visão. A figura 19 exemplifica o descrito

Fonte: Autor/Shutterstock
 Figura 19

ESPELHOS CÔNCAVOS
A parte interior do espelho esférico, quando polida e refletora, é chamada de espelho côncavo. O
espelho côncavo pode formar tanto imagens virtuais (formadas atrás do espelho) quanto reais
(formadas na frente do espelho), assim
como as imagens podem ser direitas ou invertidas. Todos
esses fatores dependem somente da posição na qual o objeto é posicionado em relação ao vértice
do espelho. Para que seja possível compreender melhor, assista ao vídeo
que mostra todas essas
imagens em um espelho convexo.
DIFERENTES TIPOS DE IMAGENS EM
ESPELHOS CÔNCAVOS

Assim como no espelho convexo, as equações (14), (15), (16), (17) e (18) também são úteis para
determinação dos parâmetros do objeto e da imagem frente ao espelho.

EXEMPLO 8
Um objeto de 6 cm é colocado entre o centro de curvatura e o foco de um espelho, a uma distância
de 6 cm do foco. Se a imagem é formada a 14 cm do vértice do espelho: (a) a distância na qual
este objeto se encontra do espelho,
e (b) o tamanho da imagem são:

SOLUÇÃO:

Vamos desenhar a situação:

Fonte: Autor/Shutterstock

Agora, vamos utilizar a equação de Gauss descrita (15) para encontrar a distância focal, pois
podemos afirmar que a distância do objeto ao espelho é igual à distância focal = 6 cm:

P=F+6


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

ENTÃO, APLICANDO EM (15):


1 1 1
= +

f P P'

1 1 1
f
= f + 6 + 14

1 1 1
- =
f f+6 14
REALIZANDO O MMC:
f+6-f 1
f(f+6)
= 14

6 1
=
f(f+6) 14

MULTIPLICANDO CRUZADO, TEMOS:


f(f + 6) = 6 · 14

f 2 + 6f - 84 = 0

Note que agora temos uma equação quadrática, que podemos solucionar utilizando o método de
Báskara.

∆ = 62 - 4 · 1 · ( - 84 ) = 36 + 336 = 372

- 6 ± √372
F=
2·1


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Então, abrimos para duas soluções, uma f1, com a raiz quadrada positiva, e a segunda f2, com a

raiz quadrada negativa:

- 6 + √372 - 6 + 19 , 29 13 , 29
F1 = = = = 6, 65

2·1 2 2

- 6 - √372 - 6 - 19 , 29 -25 , 29
F2 = = = = -12, 65
2·1 2 2


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Note que temos duas possibilidades de respostas, uma positiva e outra negativa. Qual delas
iremos usar? A positiva, pois o foco se encontra na frente do espelho e as distâncias medidas são
convencionadas como positivas.

LETRA (A)
Sabendo que o foco do espelho está a 6,65 cm do vértice, podemos afirmar que o objeto está a
uma distância de:

P = f + 6

P = 6, 65 + 6 = 12, 65cm

LETRA (B)
Agora que conhecemos a distância na qual o objeto se encontra, podemos utilizar a equação (18)
para determinar o tamanho da imagem:

i P'
o
= - P

i 14
6
= - 12 , 65

Multiplicando cruzado, temos:

12, 65i = - 14 · 6

14 · 6
i= - = - 6, 64cm
12 , 65

O resultado negativo da letra (b) nos informa que essa imagem está de cabeça para baixo, ou seja,
invertida. Assim, podemos fazer a seguinte afirmação:

A IMAGEM FORMADA É REAL, INVERTIDA E MAIOR.

Veja a explicação:

A imagem é real porque se forma na frente do espelho, e o fato de a distância P’ ser positiva
garante isso.
A imagem é invertida porque se forma de cabeça para baixo, e o fato de i ser negativo
garante isso.

A imagem é maior porque o módulo de P’ é maior que o módulo de P.

LENTES
As lentes esféricas são instrumentos ópticos constituídos por três meios homogêneos e
transparentes. Neste instrumento, dois dioptros ficam associados, sendo um deles esférico e o
outro, esférico ou plano.

Com as lentes, podemos aumentar ou reduzir o tamanho de objetos, corrigir defeitos visuais e até
mesmo concentrar a luz do Sol. Alguns exemplos de instrumentos que encontramos em nosso
cotidiano que utilizam lentes são: óculos,
lupas, telescópios, câmeras fotográficas, projetores,
microscópios, etc.

TIPOS DE LENTES ESFÉRICAS

DIOPTROS

É um sistema físico formado por dois meios homogêneos e transparentes.

As lentes esféricas podem ser classificadas em convergentes ou divergentes. Isso varia de acordo
com a sua curvatura. A figura 20 demonstra uma exemplificação dos dois tipos de lentes. Note que
a lente divergente (que separa
os raios de luz) é representada com setas para dentro, enquanto a
lente convergente (que concentra os raios de luz) é representada com setas para fora.

Fonte: Autor/Shutterstock
 Figura 20

LENTES CONVERGENTES
Esse tipo de lente apresenta uma curvatura para o exterior, como mostra a figura 21. Esse tipo de
lente é utilizado para aumentar o tamanho do objeto, como em uma lupa onde a imagem é maior
do que a do objeto. Podemos
ver, na figura 21, que a lente faz com que a luz se cruze em
determinado ponto. Este é chamado de foco.

Fonte: autor/shutterstock
 Figura 21

LENTES DIVERGENTES
A figura 22 ilustra melhor o que ocorre com os raios de luz ao passarem por uma lente convexa.
Note que, nessa figura, os raios de luz se separam após passarem pela lente. E também que esse
tipo de lente apresenta uma
concavidade em ambos os lados. Esse tipo de lente é utilizado para
diminuir o tamanho de objetos.

 Figura 22

 Figura 23

A figura 23 mostra os tipos de lentes existentes. Dos tipos de lentes, temos que as lentes
biconvexas, plano-convexas e côncavo-convexas são convergentes, e que as lentes bicôncavas,
plano-côncavas e convexa-côncava
são divergentes.

Para as lentes, as equações (14), (15), (16), (17) e (18) também são válidas para compreender a
formação da imagem.

POTÊNCIA FOCAL
A potência focal de uma lente é a capacidade que ela possui de convergir ou divergir os raios de
luz. A unidade de medida dessa potência focal é a Dioptria (di).

Essa potência focal é determinada como sendo o inverso da distância focal:

P=
1
F ( )
           19


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

EXEMPLO 9

Considere que uma lente biconvexa possui uma distância focal de 0,25 m. Qual é a sua potência
focal?

SOLUÇÃO:

Pela equação (19), temos:

1
P= = 4DI
0 , 25

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

É importante ressaltar que quanto maior for a potência focal, menor é a distância focal. Isso
significa que maior é a capacidade da lente de convergir ou divergir os raios de luz.

EQUAÇÃO DOS FABRICANTES DE LENTES


Como dito anteriormente, as lentes também são utilizadas para correção de problemas de visão,
como astigmatismo e miopia. Então, para poder construir a lente, existe uma equação utilizada
pelos fabricantes. Essa equação está
disposta a seguir:

1
F
=
( )( ) ()
N2
N1
-1 ·
1
R1
+
1
R2
           20


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Essa equação é conhecida como Equação de Edmond Halley, nela, f é a distância focal, n1 é o

índice de refração do meio externo à lente, n2 é o índice de refração da lente e R1 e R2 são os

raios de curvatura das duas faces da lente.

TEORIA NA PRÁTICA
A figura 24 mostra um experimento chamado de Câmara Escura, que foi a primeira grande
descoberta da fotografia.

Fonte: Autor/Shutterstock
 Figura 24

Podemos notar nessa figura que, do lado de fora da caixa, existe uma vela. Essa caixa é toda
vedada, exceto por um orifício minúsculo que está de frente para a vela. Ali, os raios de luz que a
tangenciam conseguem atravessar
para o fundo da caixa e, então, formar a imagem da vela de
cabeça para baixo. Isso porque os raios seguem um preceito chamado de independência, onde um
raio de luz atravessa o outro, sem interagir com ele. Assim, o raio
que sai do topo da vela segue
sua trajetória retilínea, passando pelo orifício, e se choca com o fundo da caixa. O raio de luz que
sai da parte mais baixa da vela faz exatamente o mesmo trajeto. Diante disso, a imagem obtida
é
invertida e menor.

Os estudiosos de óptica da época perceberam isso e colocaram no fundo da caixa um papel de


fácil sensibilização com a luz, que hoje conhecemos como papel-filme, e passaram a utilizar essa
câmara escura para registrar imagens
na forma de fotografias. A figura 25 ilustra o esquema da
formação de imagem nessa máquina.

Fonte: Autor/Shutterstock
 Figura 25

Vamos supor que uma pessoa utilize uma máquina antiga desse tipo e fotografe um homem de
1,83 m de altura. Sabe-se que a imagem na foto deve ter 15 cm, e que a distância do orifício da
máquina ao fundo, onde se encontra o papel,
é de 50 cm. A que distância o homem deve estar da
câmera para que a foto saia perfeita?

RESOLUÇÃO

Para tal cálculo, utilizaremos a equação (18), assim:

i P'
o
= - P

0 , 15 -0,5
1 , 83
= - P

Multiplicando cruzado, temos:

0, 15P = 1, 83 · 0, 5

1 , 83 · 0 , 5
P= = 6, 1m

0 , 15

Porque a distância do orifício ao fundo da caixa foi considerada negativa? Porque é


convencionado que a distância fora da caixa é positiva e que a distância dentro da caixa é
negativa.
MÃO NA MASSA

1. A POTÊNCIA FOCAL DE UMA LENTE CUJA DISTÂNCIA FOCAL É DE 1 CM


É IGUAL A:

A) 100 di

B) 10 di

C) 1 di

D) 0, 5 di

2. A POTÊNCIA FOCAL DE UMA LENTE É DE 0, 1 DI. SUA DISTÂNCIA FOCAL


É IGUAL A:

A) 10 m

B) 5 m

C) 1 m

D) 0,1 m

3. DOIS ESPELHOS PLANOS ESTÃO DISPOSTOS DE TAL FORMA QUE


EXISTE UMA ANGULAÇÃO DE 60° ENTRE SUAS FACES REFLETORAS.
COLOCANDO UM OBJETO DE FRENTE PARA ESSES ESPELHOS, QUANTAS
IMAGENS FORAM GERADAS?

A) 3

B) 4

C) 5
D) 6

4. NA FRENTE DE UM ESPELHO ESFÉRICO CÔNCAVO, É COLOCADO UM


OBJETO DE 30 CM DE ALTURA. ENTRETANTO, UM OBSERVADOR
PERCEBE QUE NÃO HÁ IMAGEM FORMADA, REAL OU VIRTUAL. ISSO
OCORRE PORQUE:

A) O objeto está disposto em cima do centro de curvatura do espelho.

B) O objeto está disposto entre o centro de curvatura e o foco do espelho.

C) O objeto está disposto entre o foco e o vértice do espelho.

D) O objeto está disposto no foco do espelho.

5. À FRENTE DE UM ESPELHO CÔNCAVO, É COLOCADO UM OBJETO A 5


CM DO VÉRTICE. A DISTÂNCIA FOCAL DESSE ESPELHO É DE 8 CM.
BASEADO NISSO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:

A) A imagem é virtual e se encontra a 13,33 cm do vértice do espelho.

B) A imagem é real e se encontra a 13,33 cm do vértice do espelho.

C) A imagem é virtual e se encontra a 0,08 cm do vértice do espelho.

D) A imagem é real e se encontra a 0,08 cm do vértice do espelho.

6. EM UM ESPELHO CÔNCAVO, TEMOS UMA IMAGEM DE TAMANHO IGUAL


AO DO OBJETO. ASSIM, É CORRETO AFIRMAR QUE:

A) A imagem é direita e o objeto se encontra sobre o centro de curvatura.

B) A imagem é direita e o objeto se encontra sobre o foco.

C) A imagem é invertida e o objeto se encontra sobre o centro de curvatura.

D) A imagem é invertida e o objeto se encontra sobre o foco.


GABARITO

1. A potência focal de uma lente cuja distância focal é de 1 cm é igual a:

A alternativa "A " está correta.

Passando a distância focal para metros, temos:

f = 1cm = 0, 01m

Então, a potência focal é:

1 1
P= = = 100 di
f 0 , 01

2. A potência focal de uma lente é de 0, 1 di. Sua distância focal é igual a:

A alternativa "A " está correta.

A potência focal é:

1
P=

1
0, 1 =

1
f= = 10m
0,1

3. Dois espelhos planos estão dispostos de tal forma que existe uma angulação de 60° entre
suas faces refletoras. Colocando um objeto de frente para esses espelhos, quantas imagens
foram geradas?

A alternativa "C " está correta.

Sabemos que:

360
n i = α - 1

360
n i = 60 - 1 = 5

4. Na frente de um espelho esférico côncavo, é colocado um objeto de 30 cm de altura.


Entretanto, um observador percebe que não há imagem formada, real ou virtual. Isso ocorre
porque:

A alternativa "D " está correta.

Como podemos observar no vídeo explicativo sobre formação de imagem em espelhos côncavos,
quando o objeto é colocado em cima do foco do espelho, este não forma imagem, pois tanto os
seus raios refletidos quanto a prolongação destes são paralelos.

5. À frente de um espelho côncavo, é colocado um objeto a 5 cm do vértice. A distância


focal desse espelho é de 8 cm. Baseado nisso, assinale a alternativa correta:

A alternativa "A " está correta.

Utilizando a equação de espelhos esféricos de Gauss, temos:

1 1 1
= +

f P P'

1 1 1
= +

8 5 P'

1 1 1
- = P'

8 5

5-8 1
=

5·8 P'

1 3
= -

P' 40

P' = - 13, 33 cm

Como P’ é negativo, concluímos que a imagem é virtual, ou seja, se encontra atrás do espelho.

6. Em um espelho côncavo, temos uma imagem de tamanho igual ao do objeto. Assim, é


correto afirmar que:
A alternativa "C " está correta.

Quando o objeto é posicionado sobre o centro de curvatura de um espelho côncavo, o espelho


gera uma imagem de mesmo tamanho, na mesma distância que a do objeto em relação ao
espelho, porém invertida.

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. À FRENTE DE UM ESPELHO CÔNCAVO, É COLOCADO UM OBJETO A 20


CM DO VÉRTICE. A DISTÂNCIA FOCAL DESSE ESPELHO É DE 10 CM.
BASEADO NISSO, ASSINALE A OPÇÃO CORRETA:

A) A imagem é virtual e se encontra a 20 cm do vértice do espelho.

B) A imagem é real e se encontra a 20 cm do vértice do espelho.

C) A imagem é virtual e se encontra a 15 cm do vértice do espelho.

D) A imagem é real e se encontra a 10 cm do vértice do espelho.

2. EM UM ESPELHO CÔNCAVO, TEMOS UMA IMAGEM REAL E DE TAMANHO


MENOR QUE O DO OBJETO. ASSIM, É CORRETO AFIRMAR QUE:

A) A imagem é direita e o objeto se encontra sobre o centro de curvatura.

B) A imagem é direita e o objeto se encontra sobre o foco.

C) A imagem é invertida e o objeto se encontra sobre o centro de curvatura.

D) A imagem é invertida e o objeto se encontra antes do centro de curvatura.

GABARITO
1. À frente de um espelho côncavo, é colocado um objeto a 20 cm do vértice. A distância
focal desse espelho é de 10 cm. Baseado nisso, assinale a opção correta:

A alternativa "B " está correta.

Utilizando a equação de espelhos esféricos de Gauss, temos:

1 1 1
= +

f P P'

1 1 1
= +

10 20 P'

1 1 1
-
10 20
= P'

20 - 10 1
20 · 10
= P'

1 10
= -

P' 200

P' = 20 cm

Como o valor de P’ é positivo, temos que a imagem é real.

2. Em um espelho côncavo, temos uma imagem real e de tamanho menor que o do objeto.
Assim, é correto afirmar que:

A alternativa "D " está correta.

Quanto mais longe o objeto se encontra do vértice do espelho, menor é a imagem real formada.
Então, quando o objeto está antes do centro de curvatura, temos uma imagem real, invertida e
menor. Quando essa imagem chega ao centro de curvatura, a imagem é real, invertida e do
mesmo tamanho. Então, quando a imagem passa do centro de curvatura e fica entre este e o foco,
ela é real, invertida e maior.

MÓDULO 3
 Empregar o conceito da polarização da luz

INTRODUÇÃO
Como abordamos no início deste tema, a luz é uma onda eletromagnética, ou seja, possui uma
natureza eletromagnética. A luz é composta por um campo magnético e um campo elétrico, que se
propagam no mesmo sentido, com a mesma
velocidade, todavia, fazendo 90° entre si.

A figura 26 ilustra um feixe de luz:

Fonte: Autor/Shutterstock
 Figura 26

A variação do campo elétrico no tempo gera um campo magnético, e a variação do campo


magnético no tempo gera um campo elétrico. Ou seja, uma onda eletromagnética se retroalimenta
o tempo inteiro. Então, vamos compreender um
pouco mais sobre como ocorre o fenômeno da
polarização.

POLARIZAÇÃO DA LUZ
Na natureza, existem substâncias que atuam como filtro de luz, deixando passar somente uma
parte da onda luminosa que as atravessa. Quando a luz é filtrada, dizemos que ela é polarizada, e
logo, que existe o fenômeno da polarização
da luz. Isso faz com que a luz, que antes se propagava
em todos os planos, passe a se propagar somente em um único plano, como mostra a figura 27.
Nesta, observamos que a luz pura se propaga com seus campos elétrico e magnético,
vibrando
tanto na horizontal como na vertical. Entretanto, ao passar por um polarizador, como no primeiro
caso, vertical, a onda passa a vibrar somente na vertical, com os campos magnético e elétrico
vibrando somente em
uma direção.

Fonte: Autor/Shutterstock
 Figura 27

APÓS PASSAR PELO VERTICAL, OBSERVAMOS QUE


EXISTE OUTRO FILTRO POLARIZADOR HORIZONTAL E
PODEMOS PERCEBER QUE A ONDA NÃO CONSEGUE
PASSAR POR ESTE, PORQUE O POLARIZADOR
FUNCIONA COMO UM FILTRO QUE PERMITE SOMENTE
A PASSAGEM DA
ONDA HORIZONTAL, IMPEDINDO A
PASSAGEM DA VERTICAL. NO SEGUNDO CASO,
OCORRE A MESMA COISA, CONTUDO, COM OS
POLARIZADORES INVERTIDOS, OU SEJA, PRIMEIRO
POLARIZA-SE NA HORIZONTAL, E DEPOIS O FILTRO
VERTICAL IMPEDE QUE A ONDA
POLARIZADA SIGA
SEU CAMINHO.

Fonte: Autor/Shutterstock
 Figura 28

Um exemplo cotidiano da utilização de filtros polarizadores está nas lentes polaroides, utilizadas
em óculos escuros (figura 28), por exemplo, para diminuir a intensidade da luz que chega aos
olhos humanos.

Fonte: infoescola.com
 Figura 29

Vamos observar agora a figura 29.


Nela, existem dois filtros polarizadores que possuem as “fendas” polarizadoras posicionadas com
ângulo de 90°. Note que nessa figura você consegue observar o texto que está sob o filtro da
esquerda e também o que está
sob o filtro da direita, este último, porém, com um pouco mais de
dificuldade, pois o filtro aparenta ser mais escuro, e no centro, ou seja, na interseção entre os
filtros, não é possível ler qualquer texto, pois
a luz que passa pelo primeiro filtro, passa polarizada,
e então encontra o segundo filtro que possui fendas posicionadas em 90°, que impede toda a
passagem de luz, por isso, enxergamos essa aparência preta. Isso
ocorre porque os polarizadores
agem como se estivessem absorvendo toda a luz incidente.

A intensidade da luz cai pela metade após atravessar o primeiro polarizador, como mostra a
equação (30), assim:

I=
I0
2 ()
           30   


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A intensidade final da luz, após atravessar o primeiro filtro polarizador pode ser determinada
calculando a intensidade por meio do campo elétrico da luz, da seguinte maneira:

I = I 0 · COS 2(∅)           31 ( )

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Onde I é a intensidade após a luz passar pelo polarizador, I 0 é a intensidade


antes da passagem
pelo polarizador (segundo, terceiro, quarto ou quinto...), e ∅ é o ângulo que o polarizador assume,
tendo como referência a direção
de vibração da onda.

A INTENSIDADE É UMA UNIDADE FÍSICA QUE


DETERMINA A POTÊNCIA EXISTENTE EM 1 M2, ASSIM, A
SUA UNIDADE É O WATT POR METROS QUADRADOS

M2
() W
M2
.

Agora, vamos exemplificar a aplicação das equações (30) e (31).

EXEMPLO 10

Uma luz não polarizada viaja no vácuo em linha reta, com intensidade de 12 W/m2, quando passa

por um filtro polarizador que faz um ângulo de 600. Sua intensidade após a passagem pelo filtro é
igual a:

Solução:

Pela equação (30), temos:

I0
I=

12 6W
I= =
2 M2


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

EXEMPLO 11

Um feixe de luz não polarizado passa primeiro por um filtro que faz um ângulo de 30o com a

horizontal, em seguida passa por um segundo filtro que faz um ângulo de 45o com seu eixo de

oscilação, e depois
passa por mais um filtro que faz um ângulo de 15o com o eixo de vibração.
Determine a equação que apresenta a intensidade final do feixe de luz, após passar pelo terceiro
filtro.

AO PASSAR PELO PRIMEIRO FILTRO, TEMOS:


I0
I1 = 2

AO PASSAR PELO SEGUNDO FILTRO, TEMOS:


I 2 = I 1 · cos 2 45 o
( )

I2 = I1 ·
( ) √2
2
2

1
I2 = I
2 1

1
Como I 2 = I , temos:
2 0
1 1
I2 = 2 · 2 I0

1
I2 = I
4 0

Ao passar pelo terceiro filtro, temos que:

I 3 = I 2cos 2 15 o ( )
Podemos escrever o ângulo de 15o em função de ângulos notáveis, escrevendo que 45o-30o =

15o, assim:

[
I 3 = I 2 COS 45 O - 30 O ( )] 2


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Temos um arco duplo e vamos abri-lo para determinar o seu valor:


( )
COS 45 O - 30 O = COS 45 O COS 30 O + SEN 45 O SEN 30 O ( ) ( ) ( ) ( )

√2 √3 √2 √6 √2 √6 + √2
( )=
O O 1
COS 45 - 30 · + · = + =
2 2 2 2 4 4 4


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Voltando para a solução, temos:

SOLUÇÃO

I3 = I2
[ ] √6 + √2
4
2

I3 = I2
[ 6 + 2√12 + 2
16 ]

1
Como I 2 = 4 I 0, temos que:

1
I3 = 4 I0
[ 6 + 2√12 + 2
16 ]

I3 =
1
I
4 0 [ ] 8 + 2√12
16

Simplificando os termos entre colchetes por 2, temos:

I3 =
1
I
4 0 [ ] 4 + √12


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Dentro da raiz quadrada, temos o número 12, que, fatorando, é igual a 22.3, assim:
I3 =
1
I
4 0 [ ] 4+ √2 2 · 3
8

[ ]
1 4 + 2√ 3
I3 = I
4 0 8


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Simplificando novamente os termos do colchete por 2, temos:

[ ]
1 2 + √3
I3 = I
4 0 4


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Agora, multiplicando 3/8 pelos termos dos colchetes, temos:

[ ]
2 + √3
I3 = I0
16


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Esse resultado nos diz que ao passar pelo terceiro filtro, a intensidade corresponde à intensidade
2 + √3
da onda não polarizada I 0, multiplicada
pelo fator .
16

EXEMPLO 12
Considere que uma onda polarizada na vertical passa por um filtro que faz um ângulo de 180o com
a vertical. A intensidade da onda, após passar pelo filtro, é igual a:

SOLUÇÃO
A intensidade é dada por:

I = I 0cos 2(∅)

Como ∅ = 180 o, temos:

( )
I = I 0cos 2 180 o

I = I 0(- 1) 2

I = I0

TEORIA NA PRÁTICA
Os óculos de realidade 3D, que usamos no cinema, são classificados em ativos e passivos. Os
óculos passivos são aqueles que utilizam ondas de luz polarizadas. Cada frame de imagem
produzido é polarizado de acordo com
a lente dos óculos, o que faz com que a imagem seja
mostrada, simultaneamente, para ambos os olhos. Todavia, os ângulos de polarização da lente do
olho esquerdo estão em uma orientação diferente da polarização da lente
do olho direito, de tal

forma que a diferença de fase entre as duas orientações forma um ângulo de 90o. A vantagem
desses óculos é que eles não necessitam de uma fonte de energia para funcionar e visualizar o
conteúdo 3D.

RESOLUÇÃO
O fato de as ondas emitidas pelo filme 3D serem polarizadas, e estarem em fase com as lentes
dos óculos, faz com que a imagem do filme, sem a utilização dos óculos, tenha característica
embaçada, ou seja, o olho humano
não consegue interpretar de forma correta as informações das
ondas polarizadas emitidas pela tela do cinema.

W
Vamos supor que, em um cinema 3D, a intensidade da luz emitida pela tela seja de 150 . Os
m2
óculos
dados aos seus espectadores possuem duas lentes, a direita e a esquerda. O fabricante
das lentes sabe que o filtro polarizador da lente esquerda polariza a onda na vertical, e que a lente
direita polariza a onda na
horizontal. Diante disto, podemos afirmar que cada olho recebe uma
intensidade de:
I0 150 W
I esquerda = = = 75

2 2 m2

I0 150 W
I direita = = = 75
2 2 m2

Note que em ambas as lentes a intensidade é exatamente a mesma, isso porque a luz quando
passa pelo seu primeiro filtro polarizador, perde metade de sua intensidade. Após a passagem pelo
primeiro filtro polarizador, a intensidade
passa a depender do cosseno do ângulo entre as fendas
dos filtros. Se a luz passasse primeiro pela lente esquerda e depois pela direita, teríamos uma
intensidade nula e, então, o espectador não conseguiria ver o filme
em 3D, porque uma fenda

estaria na vertical e a outra na horizontal, logo, o ângulo entre elas é de 90o.

Veja:

I direita = I esquerdacos 2 90 o ( )
( )
Como cos 90 o = 0, temos:

I direita = I esquerda · 0

I direita = 0

MÃO NA MASSA

1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTENSIDADE, APÓS A


PASSAGEM POR UM FILTRO POLARIZADOR QUE FAZ 0° COM A
HORIZONTAL, DE UMA ONDA CUJA INTENSIDADE DE ONDA NÃO
POLARIZADA É IGUAL A 1000 W/M²:

A) 250 W/m²

B) 500 W/m²
C) 750 W/m²

D) 1000 W/m²

2. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTENSIDADE, APÓS A


PASSAGEM POR UM FILTRO POLARIZADOR QUE FAZ 180° COM A
HORIZONTAL, DE UMA ONDA CUJA INTENSIDADE DE ONDA NÃO
POLARIZADA É IGUAL A 1500 W/M²:

A) 250 W/m²

B) 500 W/m²

C) 750 W/m²

D) 1000 W/m²

3. UMA ONDA ELETROMAGNÉTICA NÃO POLARIZADA DE INTENSIDADE I 0


PASSA POR UM FILTRO POLARIZADOR QUE FAZ 15° COM A HORIZONTAL,
E APÓS ISSO, POR UM FILTRO QUE POSSUI UM ÂNGULO DE 105° COM A
HORIZONTAL. A INTENSIDADE FINAL TEM MÓDULO IGUAL A:

A) 0

B) I 0

I0
C)
4
I0
D) 8

4. UMA ONDA ELETROMAGNÉTICA NÃO POLARIZADA DE INTENSIDADE I0


PASSA POR UM FILTRO POLARIZADOR QUE FAZ 15° COM A HORIZONTAL,
E APÓS ISSO, POR UM FILTRO QUE POSSUI UM ÂNGULO DE 195° COM A
HORIZONTAL. A INTENSIDADE FINAL TEM MÓDULO IGUAL A:

A) 0
I0
B) 2

I0
C)
2 ( )
cos 2 15 o

I0
D)
4 ( )
cos 2 15 o

5. UMA LUZ NÃO POLARIZADA, DE INTENSIDADE IGUAL A 40 W/M², PASSA


POR UMA SEQUÊNCIA DE 3 FILTROS, ONDE O SEGUNDO FILTRO FAZ UM
ÂNGULO DE 30° COM O PRIMEIRO, E O TERCEIRO FAZ UM ÂNGULO DE
120° COM O PRIMEIRO. ASSIM, A INTENSIDADE DA LUZ APÓS O TERCEIRO
FILTRO É IGUAL A:

A) 35 W/m²

B) 25 W/m²

C) 5 W/m²

D) 0

6. UMA LUZ NÃO POLARIZADA, DE INTENSIDADE IGUAL A 580 W/M²,


PASSA POR UMA SEQUÊNCIA DE 2 FILTROS, ONDE O PRIMEIRO FAZ UM
ÂNGULO DE 30° COM A HORIZONTAL, E O SEGUNDO FAZ UM ÂNGULO DE
75° COM A HORIZONTAL. ASSIM, A INTENSIDADE DA LUZ APÓS O
TERCEIRO FILTRO É IGUAL A:

A) 535 W/m²

B) 425 W/m²

C) 355 W/m²

D) 145,0 W/m²

GABARITO

1. Assinale a alternativa que apresenta a intensidade, após a passagem por um filtro


polarizador que faz 0° com a horizontal, de uma onda cuja intensidade de onda não
polarizada é igual a 1000 W/m²:

A alternativa "B " está correta.

Temos que:

I0
I = 2

1000 500W
I= =
2 m2

2. Assinale a alternativa que apresenta a intensidade, após a passagem por um filtro


polarizador que faz 180° com a horizontal, de uma onda cuja intensidade de onda não
polarizada é igual a 1500 W/m²:

A alternativa "C " está correta.

Temos que:

I0
I=

1500
I= = 750W / m 2
2

3. Uma onda eletromagnética não polarizada de intensidade I 0 passa por um filtro


polarizador que faz 15° com a horizontal, e após isso, por um filtro que possui um ângulo de
105° com a horizontal. A intensidade final tem módulo igual a:

A alternativa "A " está correta.

Assista o vídeo com a resolução comentada dessa questão.

INTENSIDADE DE ONDA ELETROMAGNÉTICA

4. Uma onda eletromagnética não polarizada de intensidade I0 passa por um filtro

polarizador que faz 15° com a horizontal, e após isso, por um filtro que possui um ângulo de
195° com a horizontal. A intensidade final tem módulo igual a:

A alternativa "B " está correta.

( )
Se subtrairmos 195° de 15°, temos o resultado de 180°. Então, a intensidade final é I0, cos 15 o , o

que significa que o segundo filtro deixa passar toda a onda que foi polarizada pelo primeiro filtro.
Podemos verificar tal resultado matematicamente, da seguinte maneira:

Primeiro filtro:

I0
I1 = 2

Segundo filtro:

(
I 2 = I 1cos 2 180 o
)

Pois o segundo filtro possui 90° de fase em relação à orientação do primeiro. Como cos(180°) =-1,
temos que I2 é:

( )
I 2 = I 0cos 2 15 o (- 1) 2

( )
I 2 = I 0cos 2 15 o

5. Uma luz não polarizada, de intensidade igual a 40 W/m², passa por uma sequência de 3
filtros, onde o segundo filtro faz um ângulo de 30° com o primeiro, e o terceiro faz um
ângulo de 120° com o primeiro. Assim, a intensidade da luz após o terceiro filtro é igual a:
A alternativa "D " está correta.

Assista o vídeo com a resolução comentada dessa questão.

INTENSIDADE DE ONDA QUE PASSA POR MAIS DE UM FILTRO

6. Uma luz não polarizada, de intensidade igual a 580 W/m², passa por uma sequência de 2
filtros, onde o primeiro faz um ângulo de 30° com a horizontal, e o segundo faz um ângulo
de 75° com a horizontal. Assim, a intensidade da luz após o terceiro filtro é igual a:

A alternativa "D " está correta.

Assista o vídeo com a resolução comentada dessa questão.

DECAIMENTO DA INTENSIDADE

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. UMA ONDA ELETROMAGNÉTICA POLARIZADA NA VERTICAL DE


INTENSIDADE I 0 PASSA POR UM FILTRO POLARIZADOR QUE FAZ 125° COM
A HORIZONTAL, E APÓS ISSO, POR UM FILTRO QUE POSSUI UM ÂNGULO
DE 215° COM A HORIZONTAL. A INTENSIDADE FINAL TEM MÓDULO IGUAL
A:

A) 0

( )
B) I 0cos 2 45 o

C) I cos (30 )
0
2 o

(
D) I 0cos 2 135 o )

2. CONSIDERE UMA ONDA ELETROMAGNÉTICA QUE, APÓS PASSAR PELO


PRIMEIRO FILTRO, APRESENTA UMA INTENSIDADE IGUAL A 1000 W/M². EM
SEGUIDA, ELA PASSA POR UM FILTRO QUE FAZ SUA INTENSIDADE FINAL
SER DE ¼ DA INTENSIDADE ANTERIOR. O ÂNGULO DE POLARIZAÇÃO É
IGUAL A:

A) 30°

B) 45°

C) 60°

D) 75°

GABARITO

1. Uma onda eletromagnética polarizada na vertical de intensidade I 0 passa por um filtro


polarizador que faz 125° com a horizontal, e após isso, por um filtro que possui um ângulo
de 215° com a horizontal. A intensidade final tem módulo igual a:

A alternativa "A " está correta.

Se subtrairmos 215° de 125°, temos o resultado de 90°. Então, a intensidade final é I0, o que

significa que o segundo filtro não deixa passar toda a onda que foi polarizada pelo primeiro.
Matematicamente, temos:

Primeiro filtro:

I0
I1 = 2

Como a onda é polarizada na vertical, assumimos que ela vibra com um ângulo de 90° com a
horizontal.

Segundo filtro:

( )
I 2 = I 1cos 2 90 o = 0

2. Considere uma onda eletromagnética que, após passar pelo primeiro filtro, apresenta uma
intensidade igual a 1000 W/m². Em seguida, ela passa por um filtro que faz sua intensidade
final ser de ¼ da intensidade anterior. O ângulo de polarização é igual a:

A alternativa "A " está correta.

1
4
1000 = 1000cos 2(∅)

Simplificando:

1
1000 = 1000cos 2(∅)

1
cos 2(∅) = 4

1
cos(∅) = 2

∅ = 30 o

CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, vimos que a luz pode se comportar como onda e como uma partícula. Também vimos
que sua trajetória é retilínea, e que ao sofrer mudança no seu meio de propagação, sofre mudança
de velocidade, e, por fim, sofre um
desvio de trajetória. Tal fenômeno, explicado pela lei de Snell-
Descartes, é chamado de refração.

Aprendemos que a luz se comporta de maneira diferente, dependendo do tipo de espelho ou do


tipo de lente com a qual interage, podendo formar imagens virtuais ou reais, maiores, menores, ou
de mesmo tamanho do objeto, nas mais
diversas distâncias possíveis, tanto do vértice do espelho
com também do objeto.

Observamos que existe o fenômeno da polarização da luz, e que já se utiliza tecnologia de imagem
3D por meio desse efeito. Vimos que dois filtros polarizadores que formam 90° entre si barram
completamente a passagem da luz.

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
CUTNELL, J. D.; JOHNSON, K. W. Física. 9. ed. v. 2. Rio de Janeiro: LTC, 2016.

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física. 10. ed. v. 4. Rio de Janeiro:
LTC, 2016.
MOSCA, G.; TIPLER, P. A. Física para cientistas e engenheiros. 6. ed. v. 2. Rio de Janeiro: LTC,
2014.

EXPLORE+
Pesquise no site SciELO os seguintes artigos: Lei de Snell generalizada, Comprimento focal de
lentes esféricas e Análise da luz circularmente polarizada produzida por um ser vivo, e aprofunde a
sua
compreensão sobre os tópicos abordados.

CONTEUDISTA
Gabriel Burlandy Mota de Melo

 CURRÍCULO LATTES

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