LONDRINA
2021
AMANDA CRISTINA DE ARAUJO
EDUARDO GERALDO SOUSA
MAIARA MANHÃES SLONSKI
Maio
2021
OBJETIVOS
Procura-se determinar o índice de refração através do feixe de luz promovido
por um laser, utilizando-se primeiramente de um método direto e, após, de outro
método de reflexão interna total, visando obter a aplicação experimental das leis que
regem a óptica geométrica e da Lei de Snell-Descartes, assim como, determinar os
valores do índice de refração para cada cor presente em um prisma.
RESUMO
Além do mais, pode ocorrer de o raio refratado ser paralelo à interface, neste
caso, o ângulo de incidência é chamado de ângulo crítico e será indicado como θ c.
No entanto, para ângulos de incidências de valor maior que θc, não existe raio
refratado e toda luz será refletida, um fenômeno que denomina-se reflexão interna
total.
De modo análogo, na maior parte dos meios materiais, o índice de refração
diminui à medida que o comprimento de onda (λ) aumenta, fenômeno denominado
de dispersão. Assim, em um prisma o desvio de um feixe de luz depende do índice
de refração do material que o constitui variando de acordo com λ, com isso, ao
incidir sob um prisma um feixe de luz policromático, este será separado com
comprimentos de onda correspondentes ao da luz incidente, um efeito chamado de
decomposição espectral da luz, utilizado para estudar o conjunto de cores que
constituem a luz incidente, se tornando um espectrômetro óptico.
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
I – ÍNDICE DE REFRAÇÃO
1 banco óptico 40 cm
4 cavaleiro universal para banco óptico
1 fonte de luz branca
1 lente de distância focal f = 5 cm
1 lente de distância focal f = 15 cm
1 anteparo com fenda simples
1 anteparo com orifício de 2 mm
1 prisma de acrílico
1 prisma oco transparente
1 goniômetro com plataforma giratória graduada
1 régua 40 cm
1 lanterna
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Prática 3 – Medir o índice de refração com feixe de luz laser – método direto
Montou-se os cavaleiros do banco óptico conforme solicitado. Em seguida foi
fixado um laser no extremo da bancada óptica, ajustando a posição da lente até que
se focalizasse em um ponto de emissão de luz no anteparo. Deslocou-se a lente de
aproximadamente 2 mm na direção da fonte de luz, fixando-a com o foco no ponto
de emissão, obtendo um feixe de luz quase paralelo. Alinhou-se o feixe de luz na
direção longitudinal, passando pelo eixo do goniômetro. Assim, ajustou a escala
principal do goniômetro a zero.
Fixando o semicírculo de acrílico no disco giratório da plataforma, orientado
de acordo com o diagrama apresentado, incidiu-se a luz no centro da superfície
plana, alinhando os feixes de luz incidente e refletido no plano horizontal.
Ajustou-se o zero da escala secundária (do disco giratório) para o ângulo de
incidência igual a zero, variando o ângulo de incidência no intervalo de 0º até 90º,
variando em 10º por vez, medindo os ângulos de reflexão e refração com o braço
móvel e o anteparo.
Prática 4 – Medir o índice de refração com feixe de luz laser – método reflexão
interna total
Montou-se o aparato experimental de acordo com o diagrama solicitado,
substituindo a fonte de luz, as lentes e a fenda simples pelo laser, alinhando o feixe
de luz laser na direção longitudinal, passando pelo eixo do goniômetro. Ajustou-se o
zero da escala principal goniômetro, fixando o semicírculo de acrílico no disco
giratório da plataforma, qual estava orientado de acordo com o diagrama
apresentado. O feixe de luz saiu pelo centro da superfície planta.
Ajustando o zero da escala secundária (disco giratório) para o ângulo de
incidência igual a zero, variou-se os ângulos de incidência nos intervalos de 0º a 90º,
anotando os valores de reflexão e de refração com o braço móvel e o anteparo a
cada 10º. Observou-se o que aconteceu com a intensidade dos feixes de luz
refletidos e refratados com o aumento do ângulo de incidência.
(II) DISPERSÃO DA LUZ EM UM PRISMA
Prática 3 – Medir o índice de refração com o feixe de luz laser – método direto
Ângulo de Sen (θ1) Erro (±) Ângulo de Sen (θ2) Erro (±)
Incidência (°) refração (°)
0 0,00 0,03 0 0,00 0,03
10 0,17365 0,03438 3 0,05233 0,03486
20 0,34202 0,03028 6 0,10453 0,03471
30 0,50 0,03 10 0,17365 0,03437
40 0,64279 0,02674 14 0,24192 0,03387
50 0,76604 0,02244 18 0,30902 0,03198
60 0,86602 0,01745 23 0,39073 0,03213
70 0,93969 0,01194 29 0,48481 0,03053
80 0,98481 0,00606 37 0,60181 0,02786
Tabela 1: Valores obtidos para ângulo de incidência (θ1) e ângulo de refração (θ2).
Ângulo de Sen (θ1) Erro (±) Ângulo de Sen (θ2) Erro (±) Ângulo de
Incidência (°) refração (°) reflexão (°)
0 0,00 0,03 0 0,00 0,03 0
10 0,17365 0,03438 14,5 0,25038 0,03379 9,5
20 0,34202 0,03028 30,5 0,50734 0,03007 19,5
30 0,50 0,03 48,5 0,74896 0,04626 29,5
40 0,64279 0,02674 74,5 0,96363 0,02313 39,5
43 0,68199 0,02244 90 1 2x10-18 44
50 0,76604 0,00224 49
60 0,86602 0,01745 59,5
70 0,93969 0,01194 69
80 0,09841 0,00606 79,5
Tabela 2: Valores do ângulo de incidência (θ1), ângulo de refração (θ2) e ângulo de reflexão (θ1’)
Gráfico 2: Sen(θ1) em função a Sen(θ2) e seu ajuste linear, para método de reflexão total
O gráfico 2 foi ajustado pela reta y = a + bx, em que sua inclinação é igual a n
= 1,495 ± 0,004.
Para finalizar a análise, ainda é possível encontrar a velocidade do meio, a
partir do resultado da Lei de Snell do ângulo crítico. Para o cálculo será usada a
Equação 1, substituindo os valores tem se que a velocidade é igual 2,05 x 108 m/s,
que equivale a 68,33% da velocidade da luz no vácuo
Cor ʎ(nm) d(cm) Erro(± cm) Tan(D) = d/L Erro(±) Ângulo D(°) Erro(±°) Índice de Erro(±)
refração n
660 27 0,05 0,8874 0,002 41,59 0,4 2,2598 0,2
605 27,25 0,05 0,8995 0,002 41,97 0,4 2,2702 0,2
580 27,45 0,05 0,9093 0,002 42,28 0,4 2,2786 0,2
535 27,7 0,05 0,9216 0,002 42,66 0,4 2,2889 0,2
475 28,4 0,05 0,9570 0,002 43,74 0,4 2,3182 0,2
425 29,05 0,05 0,9911 0,002 44,74 0,4 2,3451 0,2
L = 37,2 (cm) A= 30 °
Tabela 3: Dados experimentais da dispersão da luz em um prisma
Pela lei de Snell, os diferentes comprimentos de onda da luz serão desviados
de ângulos diferentes e consequentemente índice de refração diferente.
O índice de refração de cada faixa de cor é proporcional à frequência da luz e
inversamente proporcional ao seu comprimento de onda. Isso indica que a luz
violeta, por exemplo, deve sofrer um desvio angular maior do que a luz vermelha.
Os dados da tabela estão dispostos nos gráficos a seguir.
(nm)
O prisma óptico é formado por um meio material transparente limitado por dois
dioptros planos não paralelos. Por não ter faces paralelas a luz branca que vem pelo
ar, quando passa por um prisma sofre um desvio, que só é possível, pois forma
ângulos de incidência, refração e reflexão o que não ocorreria se as faces do prisma
fossem paralelas. Além disso, o ângulo externo de um triângulo é igual à soma de
seus ângulos internos não adjacentes. Sendo o ângulo A formado pelo
prolongamento das normais N1 e N2 em relação às faces do prisma, mecanismo
esse que corrobora a necessidade de as faces do prisma serem não paralelas.
CONCLUSÕES
Instituto de Física de São Carlos. Laboratório de Óptica. USP, São Paulo. 2015.
Disponível em: <http://granada.ifsc.usp.br/labApoio/images/apostilas/fisicaiv-quimico
s.pdf>. Acesso: 24/05/2021