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Universidade Federal do Vale do São Francisco

Curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica

Pablo Freire Lima de Macedo

Física Experimental IV - Terceiro Experimento

Juazeiro, BA
2023
1. Introdução
A polarização da luz é um fenômeno em que a vibração das ondas
eletromagnéticas que compõem a luz é restrita a uma direção específica. A luz pode
ser polarizada naturalmente, como quando é refletida pela água ou por uma superfície
metálica, ou pode ser polarizada artificialmente, através de filtros polarizadores.

Figura 1 – Luz passando por um filtro polarizador


As lentes polarizadoras são dispositivos ópticos que contêm um material
polarizador e são capazes de controlar a direção da polarização da luz que passa por
elas. Essas lentes são usadas em uma variedade de aplicações, como na produção de
óculos de sol polarizados, na fotografia e na medição de tensões em materiais.
O ângulo de Brewster é um ângulo crítico de incidência em que a luz
polarizada perpendicularmente ao plano de incidência é totalmente refletida pela
superfície. Esse ângulo é dado por
𝑛2
arctan ( )
𝑛1
onde 𝑛1 e 𝑛2 são os índices de refração dos meios em contato.
A regra da metade é uma lei que afirma que quando a luz passa por um filtro
polarizador, a intensidade da luz transmitida é reduzida pela metade quando a direção
de polarização da luz incidente é perpendicular à direção de polarização do filtro.
Quando a direção de polarização da luz incidente é paralela à direção de polarização
do filtro, toda a luz é transmitida. A regra da metade é descrita pela seguinte equação:
𝐼 = 𝐼0 ⋅ 𝜃
onde 𝐼 é a intensidade da luz incidente no segundo polarizador, 𝐼0 , no primeiro e 𝜃 é o
ângulo entre os eixos de transmissão dos polarizadores.
2. Objetivos
Os objetivos deste experimento foram: determinar o ângulo zero de um polarizador
(ângulo de Brewster), Polarizar a luz branca, aplicando a regra da metade e polarizar
um laser, determinando seu ângulo de polarização.
3. Experimento
a. Primeira parte – Determinação do ângulo zero do polarizador (ângulo de Brewster)
Nesta etapa, a determinação do ângulo de Brewster, calibrou-se o polarizador,
observando o reflexo da lâmpada da sala, formado na mesa, modificando o ângulo
de polarização do polarizador até que o reflexo ficasse menos intenso. O
polarizador 1 teve ângulo zero de 45° e o polarizador 2 um ângulo zero de 44°.
b. Segunda parte – Polarização da luz branca
Nesta etapa, uma fonte de luz branca foi apontada para um sensor, que estava
conectado a um multímetro, de modo que fosse medida sua tensão de acordo com a
modificação da intensidade da luz com o polarizador. Nesta etapa, não se aplica a
regra da metade, pois esta apenas é válida quando se utiliza dois polarizadores.
𝜃1 V (V)
5° 0,29
15° 0,29
25° 0,288
35° 0,27
45° 0,27
55° 0,26
65° 0,258
75° 0,263
85° 0,265
95° 0,273
105° 0,278
115° 0,281
125° 0,313
135° 0,305
145° 0,301
155° 0,302
165° 0,294
Tabela 1 – Primeiro experimento

Ângulo vs. Tensão


0,32
0,3
0,28
0,26
0,24
0,22
0,2

15°
25°
35°
45°
55°
65°
75°
85°
95°
105°
115°
125°
135°
145°
155°
165°

Série 2

Figura 2 – Gráfico do primeiro experimento


Em seguida, o polarizador 2 foi adicionado à frente do polarizador 1, ficando
entre ele e o sensor. O ângulo do polarizador 1 foi mantido fixo em 138°, pois foi o
ângulo onde se obteve a máxima tensão do sensor, enquanto o polarizador 2 teve
seu ângulo alterado, sempre observando o valor da tensão no multímetro. Quando
o valor da tensão atingiu zero, significou que a passagem da luz para o sensor foi
bloqueada.
𝜃1 V (V)
14º 0,113
29º 0,15
34º 0,209
44º 0,22
54º 0,222
64º 0,209
74º 0,186
84º 0,154
94º 0,109
104º 0,079
Tabela 2 – Tabela do segundo experimento

Série 2
0,25
0,2
0,15
0,1
0,05
0
14º 29º 44º 34º 44º 54º 64º 74º 84º 94º 104º

Série 2

Figura 3 – Gráfico do segundo experimento


c. Terceira parte –
Neste experimento, foi feita a determinação do ângulo de um polarizador,
utilizando um laser a diodo, um sensor e um multímetro, alterando o ângulo do
polarizador até que a tensão fosse máxima. A tensão máxima obtida foi de 0,52 V.
𝜃1 V (V)
14º 0,297
29º 0,230
44º 0,198
59º 0,137
74º 0,079
89º 0,041
104º 0,184
119º 0,120
134º 0,054
149° 0,019
164° 0,009
Tabela 3 – Tabela do terceiro experimento

Série 2
0,35
0,3
0,25
0,2
0,15
0,1
0,05
0
14º 29º 44º 59º 74º 89º 104º 119º 134º 149° 164°

Série 2

Figura 4 – Gráfico do terceiro experimento


REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 8. ed. Rio
de Janeiro, RJ: LTC, c2009 vol 4;

TIPLER, Paul A.; MOSCA, Gene, Física para Cientistas e Engenheiros - Vol. 2, 5a ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2006.

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