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Universidade Federal do Vale do São Francisco

Curso de Bacharelado em Engenharia Elétrica

Pablo Freire Lima de Macedo

Física Experimental IV - Primeiro Experimento

Juazeiro, BA
2023
1. Introdução
Os espelhos esféricos são superfícies curvas que refletem a luz de uma maneira
diferente dos espelhos planos. São compostos de um material de vidro ou metal e seu
formato apresenta uma curvatura uniforme. Os tipos de espelhos esféricos são
convexos e côncavos.
Uma das principais características dos espelhos esféricos é o ponto focal, que é
o ponto onde todos os feixes de uma fonte de luz que incidem após serem refletidos
pelo espelho. Para o espelho côncavo, o ponto focal se encontra na frente do espelho,
já para o convexo, o ponto focal é virtual, localizado atrás do espelho.

Figura 1 – Ilustração dos feixes de luz de um objeto passando pelo ponto focal
(TIPLER)
O raio de circunferência é a medida do raio da esfera que forma o espelho e é
outra característica importante na determinação das propriedades do espelho. O valor
do raio pode ser encontrado da seguinte maneira:
𝑅𝑅 = 2 ⋅ 𝐹𝐹
Onde 𝐹𝐹 é a distância do ponto focal.
A determinação do índice de refração de um espelho é fundamental para
entender o comportamento da luz ao atravessar diferentes meios. Esta é uma
propriedade intrínseca da luz e está ligada diretamente à mudança de velocidade de
propagação da luz ao atravessar diferentes meios, causando um desvio angular.
A Lei de Snell, ou Lei da Refração descreve a mudança na direção da luz
quando ela passa de um meio para outro e obedece à seguinte equação:
𝑛𝑛1 ⋅ 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝜃𝜃1 = 𝑛𝑛2 ⋅ 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝜃𝜃2
Onde 𝑛𝑛1 e 𝑛𝑛2 são os índices de refração de cada meio e 𝜃𝜃1 e 𝜃𝜃2 são os ângulos
da luz incidente e refratada, respectivamente.
2. Objetivos
Os objetivos dos experimentos realizados na aula foram a determinação do
ponto focal dos espelhos côncavo e convexo, na primeira parte e a determinação do
índice de refração de um meio, na segunda parte.
3. Experimento
a. Primeira parte
Inicialmente, foi ligada uma fonte de luz branca com uma máscara de ranhura
em sua frente, e na frente desse equipamento, foi colocado o espelho esférico
(inicialmente o côncavo e depois o convexo), de modo que a face espelhada ficou
virada para a fonte de luz. Com uma régua, foi medida a distância do ponto focal
do espelho e a partir deste valor, foi medido o raio de curvatura. Os valores obtidos
foram os seguintes:
• Para o espelho côncavo:

Figura 2 – Experimento com o espelho côncavo


𝐹𝐹 = 58 𝑚𝑚𝑚𝑚 e 𝑅𝑅 = 116 𝑚𝑚𝑚𝑚
• Para o espelho convexo:

Figura 3 – Experimento com o espelho convexo


𝐹𝐹 = 36 mm e R = 72 mm
b. Segunda parte

Um laser de diodo foi ligado e direcionado para um aparato. Então, uma lente
foi colocada entre o laser e o aparato para que a luz do laser sofresse uma refração
no material da lente e incidisse no aparato com uma angulação diferente da que a
luz estava incidindo na lente. A lente foi rotacionada em intervalos de 15° até
atingir o valor de 75°. Em cada posição, foram medidos os ângulos incidente (𝜃𝜃1 )
refletido (𝜃𝜃𝑅𝑅 ) e refratado ( 𝜃𝜃2 ), como consta na Tabela 1.
𝜃𝜃1 𝜃𝜃𝑅𝑅 𝜃𝜃2
0° 0 0
15° 16° 10°
30° 30° 20°
45° 45° 28°
60° 60° 35°
75° 74° 40°
Tabela 1 – Experimento de refração
0,7

0,6

0,5

0,4

θi
0,3

0,2

0,1

0
0 0,2588 0,5 0,7071 0,866 0,9659
θ2

Figura 4 – Gráfico senθi x senθ2 do experimento de refração

Fazendo-se o cálculo da Lei de Snell,


𝑛𝑛𝑎𝑎𝑎𝑎 ⋅ 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠(30°) = 𝑛𝑛𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎í𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙 ⋅ 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠(20°)
𝑛𝑛𝑎𝑎𝑎𝑎 ⋅ 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠(30°)
𝑛𝑛𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎í𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙 =
𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠(20°)
1 ⋅ 0,5
𝑛𝑛𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎í𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙𝑙 = = 1,46
0,342
Na literatura, o índice de refração do acrílico é 1,49
4. Conclusões
Os experimentos se mostraram eficazes. Inicialmente na medição dos pontos
focais dos espelhos côncavo e convexo e no segundo experimento, na medição do
índice de refração do acrílico, apesar de pequenos erros apresentados nas medições.
REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 8. ed. Rio
de Janeiro, RJ: LTC, c2009 vol 4;

TIPLER, Paul A.; MOSCA, Gene, Física para Cientistas e Engenheiros - Vol. 2, 5a ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2006.

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