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1. TEXTO PRINCIPAL
O setup experimental foi constituído por um laser pointer, semicírculo de acrílico e escala angular
impressa em folha. Com isso, o objetivo do experimento foi verificar o fenômeno de refração e
analisar experimentalmente a lei de Snell.
Primeiramente, colocamos o semicírculo de acrílico na posição indicada pela graduação angular,
assim incidimos um feixe de luz, do laser, sobre o centro do semicírculo a fim de observar o
fenômeno de refração.
Como demonstrado pela lei de Snell, o comportamento da luz ao mudar de um determinado meio
para outro é descrito pela equação: 𝑛1. 𝑠𝑒𝑛θ1 = 𝑛2. 𝑠𝑒𝑛θ2 (1), onde 𝑛1 é o índice de refração do
meio 1, 𝑛2 o índice de refração do meio 2, 𝑠𝑒𝑛θ1 é o seno do ângulo do raio incidente e 2 o seno do
ângulo do raio refratado. Cabe notar que quando 𝑛1 for menor que 𝑛2 o ângulo de incidência será
maior que o ângulo de refração,com relação a normal, já quando 𝑛1 for maior que 𝑛2, θ1 será menor
do que θ2.
Dessa forma, durante o experimento a luz emitida pelo laser tem como meio inicial o ar e ao
encontrar o acrílico sofre uma refração e como o índice de refração do acrílico é maior que o do ar, o
feixe de luz sofre uma alteração em sua trajetória, diminuindo o ângulo de saída com relação a
normal, comportamento esperado como descrito acima. Assim, realizamos dez medidas diferentes e
conseguimos obter por (1) o índice de refração do acrílico como sendo: 1,358.
Contudo, é importante notar algumas fontes de erro, que diminuem a precisão do experimento,
como a posição do semicírculo de acrílico, a espessura do feixe, a dificuldade em incidir,
precisamente, o feixe de luz no centro do semicírculo e a falta de precisão da escala angular.
Na parte dois do experimento observamos a focalização do semicírculo. Para isso, incidimos o
feixe de laser e de led sobre o semicírculo.
Para analisar a distância focal do semicírculo utilizamos a equação dos fabricantes de lentes:
1 1 1
𝐹
= (𝑛 − 1)( 𝑅 − 𝑅2
) (2), onde F é a distância focal, n o índice de refração da lente, R1 o raio de
1
3. INCERTEZAS
Foram identificadas as principais fontes de incertezas: 1- A espessura do feixe de luz; 2- Graduação
angular da medida do ângulo; 3- Imperfeições na superfície da lente (incerteza bem baixa); 4-
Posição do feixe incidente na lente(incerteza baixa); 5- Graduação da régua milimetrada; 6-
Paquímetro (incerteza muito pequena).
Para a incerteza:
1- Para a medida angular, nota-se que o feixe ocupa cerca de 3º na graduação angular. Em medida
métrica, o feixe ocupa cerca de 0,3 cm (medida aproximada na régua). Considerando F.D.P triangular
𝑎
(σ𝑖 = ) e utilizando 1º e 0,1cm como mínima graduação (a), temos, respectivamente: 1º e 0,1cm.
2 6
4- Para a graduação angular, temos 1º como mínima graduação, para F.D.P triangular, temos de
incerteza : 0,3º.
5- Para a régua, temos 0,1 cm como mínima graduação, considerando F.D.P triangular: 0,03cm.
Pela lei de Snell, considerando o índice de refração do ar como 1, temos que ela se reduz à:
𝑠𝑒𝑛 î
𝑛= 𝑠𝑒𝑛 𝑟
. Combinando as incertezas de î e r (iguais), temos:
2 2
σ𝑖 = σ𝑟 = 0, 3 + 1 ≃ 1° ≃ 0, 035𝑟𝑎𝑑
𝑠𝑒𝑛 î
Para a incerteza do índice de refração, foi feita a propagação da incerteza em 𝑛 = 𝑠𝑒𝑛 𝑟
:
2 2 ∂𝑖 2
σ𝑖 = ∑ σ𝑗 ( ∂𝑗 )
𝑗
𝑐𝑜𝑠𝑖 2 2 𝑠𝑒𝑛𝑖.𝑐𝑜𝑠𝑟 2 2
σ𝑛 = ( 𝑠𝑒𝑛𝑟 ) σ𝑠𝑒𝑛𝑖 +( 2 ) σ𝑠𝑒𝑛𝑟
𝑠𝑒𝑛 𝑟
1 1 𝑅1
𝐹
= (𝑛 − 1)( 𝑅 ), para a incerteza: 𝐹 = 𝑛−1
1
1 2 2 !
𝑅 2 2 2
σ𝐹 = ( 𝑛−1 ) σ𝑅 + (( 𝑛−1 ) ) σ𝑛
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