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Experimento 4: Refração e Lentes

Bruno Carrenho Coelho - RA 238407


Gabriel Lima Correia Inglez - RA 200636
João Pedro Farias Pinheiro Mello - RA 238832
Enzo Nucci Silverio - RA-167116

1. TEXTO PRINCIPAL
O setup experimental foi constituído por um laser pointer, semicírculo de acrílico e escala angular
impressa em folha. Com isso, o objetivo do experimento foi verificar o fenômeno de refração e
analisar experimentalmente a lei de Snell.
Primeiramente, colocamos o semicírculo de acrílico na posição indicada pela graduação angular,
assim incidimos um feixe de luz, do laser, sobre o centro do semicírculo a fim de observar o
fenômeno de refração.
Como demonstrado pela lei de Snell, o comportamento da luz ao mudar de um determinado meio
para outro é descrito pela equação: 𝑛1. 𝑠𝑒𝑛θ1 = 𝑛2. 𝑠𝑒𝑛θ2 (1), onde 𝑛1 é o índice de refração do
meio 1, 𝑛2 o índice de refração do meio 2, 𝑠𝑒𝑛θ1 é o seno do ângulo do raio incidente e 2 o seno do
ângulo do raio refratado. Cabe notar que quando 𝑛1 for menor que 𝑛2 o ângulo de incidência será
maior que o ângulo de refração,com relação a normal, já quando 𝑛1 for maior que 𝑛2, θ1 será menor
do que θ2.
Dessa forma, durante o experimento a luz emitida pelo laser tem como meio inicial o ar e ao
encontrar o acrílico sofre uma refração e como o índice de refração do acrílico é maior que o do ar, o
feixe de luz sofre uma alteração em sua trajetória, diminuindo o ângulo de saída com relação a
normal, comportamento esperado como descrito acima. Assim, realizamos dez medidas diferentes e
conseguimos obter por (1) o índice de refração do acrílico como sendo: 1,358.
Contudo, é importante notar algumas fontes de erro, que diminuem a precisão do experimento,
como a posição do semicírculo de acrílico, a espessura do feixe, a dificuldade em incidir,
precisamente, o feixe de luz no centro do semicírculo e a falta de precisão da escala angular.
Na parte dois do experimento observamos a focalização do semicírculo. Para isso, incidimos o
feixe de laser e de led sobre o semicírculo.
Para analisar a distância focal do semicírculo utilizamos a equação dos fabricantes de lentes:
1 1 1
𝐹
= (𝑛 − 1)( 𝑅 − 𝑅2
) (2), onde F é a distância focal, n o índice de refração da lente, R1 o raio de
1

curvatura e R2 o segundo raio de curvatura, que no caso do semicírculo é zero.


Com a finalidade de encontrar a distância focal, foram utilizados o feixe de luz e o led, e
conseguimos observar que o feixe de luz é o mais preciso já que ele mostra precisamente onde se
encontra o ponto focal, onde o feixe refratado encontra a linha pontilhada da folha, já que trata-se de
um feixe de luz, enquanto que com o led não conseguimos precisar exatamente onde está o foco,
como observado nas imagens, uma vez que não temos um feixe, mas sim um conjunto de feixes.
Concluindo, comparamos os dados das distâncias focais estabelecidas pela equação (2) e pela
obtida experimentalmente. Pela equação (2) obtivemos uma distância focal de F = 2.79329cm e
experimentalmente chegamos a 2,45cm. Isso aconteceu devido a algumas fontes de erro como a
posição do semicírculo de acrílico, a espessura do feixe, a dificuldade em incidir, precisamente, o
feixe de luz no semicírculo, a incerteza da régua e a dificuldade para achar o encontro do pontilhado
com o feixe.
2. FIGURAS E TABELAS

Ângulo de incidência: 50º Ângulo de incidência: 40º Ângulo de incidência: 30º

Ângulo de incidência: 20º Ângulo de incidência: 10º Ângulo de incidência: 0º

Ângulo de incidência: 350º Ângulo de incidência: 330º Ângulo de incidência: 320º


Ângulo de incidência: 300º
Ângulo de incidência Ângulo de refração Índice de refração
experimental

50,0° ± 0,3° 35° ± 1° 1,33 ± 0,07

40,0° ± 0,3° 28° ± 1° 1,37 ± 0,08

30,0° ± 0,3° 22° ± 1° 1,33 ± 0,15

20,0° ± 0,3° 15° ± 1° 1,32 ± 0,21

10,0° ± 0,3° 8° ± 1° 1,25 ± 0,39

0,0° ± 0,3° 0° ± 1° n/e

350,0° ± 0,3° -8° ± 1° 1,25 ± 0,33

330,0° ± 0,3° -20° ± 1° 1,46 ± 0,13

320,0° ± 0,3° -26° ± 1° 1,47 ± 0,08

300,0° ± 0,3° -37° ± 1° 1,44 ± 0,06

3. INCERTEZAS
Foram identificadas as principais fontes de incertezas: 1- A espessura do feixe de luz; 2- Graduação
angular da medida do ângulo; 3- Imperfeições na superfície da lente (incerteza bem baixa); 4-
Posição do feixe incidente na lente(incerteza baixa); 5- Graduação da régua milimetrada; 6-
Paquímetro (incerteza muito pequena).
Para a incerteza:
1- Para a medida angular, nota-se que o feixe ocupa cerca de 3º na graduação angular. Em medida
métrica, o feixe ocupa cerca de 0,3 cm (medida aproximada na régua). Considerando F.D.P triangular
𝑎
(σ𝑖 = ) e utilizando 1º e 0,1cm como mínima graduação (a), temos, respectivamente: 1º e 0,1cm.
2 6
4- Para a graduação angular, temos 1º como mínima graduação, para F.D.P triangular, temos de
incerteza : 0,3º.
5- Para a régua, temos 0,1 cm como mínima graduação, considerando F.D.P triangular: 0,03cm.

Pela lei de Snell, considerando o índice de refração do ar como 1, temos que ela se reduz à:
𝑠𝑒𝑛 î
𝑛= 𝑠𝑒𝑛 𝑟
. Combinando as incertezas de î e r (iguais), temos:
2 2
σ𝑖 = σ𝑟 = 0, 3 + 1 ≃ 1° ≃ 0, 035𝑟𝑎𝑑
𝑠𝑒𝑛 î
Para a incerteza do índice de refração, foi feita a propagação da incerteza em 𝑛 = 𝑠𝑒𝑛 𝑟
:
2 2 ∂𝑖 2
σ𝑖 = ∑ σ𝑗 ( ∂𝑗 )
𝑗

𝑐𝑜𝑠𝑖 2 2 𝑠𝑒𝑛𝑖.𝑐𝑜𝑠𝑟 2 2
σ𝑛 = ( 𝑠𝑒𝑛𝑟 ) σ𝑠𝑒𝑛𝑖 +( 2 ) σ𝑠𝑒𝑛𝑟
𝑠𝑒𝑛 𝑟

Para a incerteza de seni e senr:


σ𝑠𝑒𝑛𝑖 = σ𝑠𝑒𝑛𝑟 = cosi σ𝑖(em rad)
Para acharmos a incerteza da distância focal:
Forma direta: Medir com a régua
Incerteza da medida da régua, ou seja: Combinando a incerteza da espessura do feixe com o da
régua, temos a incerteza:≃ 0,1 cm

Forma indireta (Eq. Fabricantes de Lente):


1 1 1
𝐹
= (𝑛 − 1)( 𝑅 − 𝑅2
) com R2 tendendo ao infinito, temos:
1

1 1 𝑅1
𝐹
= (𝑛 − 1)( 𝑅 ), para a incerteza: 𝐹 = 𝑛−1
1

1 2 2 !
𝑅 2 2 2
σ𝐹 = ( 𝑛−1 ) σ𝑅 + (( 𝑛−1 ) ) σ𝑛
1

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