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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CAMPUS CAMPINA GRANDE


CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA – CCT
UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA
FÍSICA EXPERIMENTAL II – TURMA 05
PROFESSOR: LAERSON DUARTE DA SILVA

RELATÓRIO DE REFRAÇÃO DA LUZ

Alunos:
Thiago Lucena Dias – 119110065
Wesley Oliveira de Andrade – 119110563

CAMPINA GRANDE – PB
09/07/2021
1. INTRODUÇÃO

A refração da luz se trata de um fenômeno óptico que ocorre quando existe uma
mudança de direção em um feixe de luz que atinge uma superfície que divide dois meios
diferentes. A diferença nos índices de refração dos meios ocasiona o desvio no raio que
atravessa a superfície de separação dos meios.

Um conceito bastante importante para o estudo da refração da luz, se trata do índice


de refração. Essa grandeza física se trata da razão entre a velocidade da luz no vácuo e a
velocidade da luz no meio. Vale pontuar que o índice de refração é sempre maior que a
unidade. Tal fato se justifica, pois a velocidade da luz no vácuo é sempre maior que a
velocidade da luz em qualquer meio.

Além disso, a refração também possui suas leis. No geral, este fenômeno é dividido
em duas leis. A primeira lei da refração diz que o raio refratado está no plano de
incidência, ou seja, esses raios de luz incidente e refratados, juntamente com a reta
normal, são retas coplanares. Já a segunda lei da refração, afirma que para dois meios
dados, o ângulo de incidência e o ângulo de refração possuem senos que estão numa razão
constante. Dessa forma, quando o ângulo de incidência varia, o ângulo de refração varia
de um modo que os senos dos ângulos continuam constantes.

1.1. Objetivo

Este relatório tem como objetivo evidenciar as leis da refração da luz através de
uma série de procedimentos realizados em laboratório. Bem como, avaliar
características importantes nas propriedades do feixe luminoso em diferentes lentes,
índice de refração e nos raios incidentes e refratados.

1.2. Materiais utilizados

Os materiais utilizados para a realização dos cinco experimentos de refração


foram:
● Fonte de luz branca 12V – 21W, chave liga-desliga, alimentação bivolt e sistema
de posicionamento do filamento;
● Base metálica 8 x 70 x 3cm com duas mantas magnéticas e escala lateral de
700mm;
● Superfície refletora conjugada: côncava, convexa e plana;
● Diafragma com uma fenda;
● Lente de vidro convergente plano-convexa com Ø = 60mm, DF = 120mm, em
moldura plástica com fixação magnética;
● Cavaleiro metálico;
● Suporte para disco giratório;
● Disco giratório Ø = 23cm com escala angular e subdivisões de 1°;

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● Perfil em acrílico semicircular;
● Diafragma com cinco fendas;
● Suporte metálico para o disco;
● Perfil em acrílico biconvexo;
● Lente de vidro convergente biconvexa com Ø = 50mm, DF = 50mm, em moldura
plástica com fixação magnética;
● Lente de vidro plano côncava Ø = 50mm, DF = 100mm, em moldura plástica com
fixação magnética,
● Letra F vazada em moldura plástica com fixação magnética; trena de 2m;
● Anteparo para projeção com fixador magnético.
● Perfil em acrílico retangular (dióptro plano).

2. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

2.1. Determinação do índice de refração de um material

Para a realização do procedimento, os materiais foram montados conforme a Fig.


4-6 da apostila. Após isso, o semicírculo do disco ótico deve ser posicionado de modo
que o ângulo de incidência e o ângulo de refração sejam 0°. Por fim, o disco deve ser
girado com uma variação de 10° em 10°. Para cada variação, os ângulos de refração
devem ser medidos e anotados.
Após realizar a primeira parte do procedimento, o disco deve ser girado com uma
nova variação de 5° em 5°. Para cada variação, os ângulos de refração devem ser
medidos e anotados. Por fim, para cada ângulo de incidência e de refração o seno deve
ser calculado e anotado.

2.2. Refração da luz: Lente convergente

Os materiais foram montados de acordo com a Fig.4-8 da apostila. O perfil de


acrílico biconvexo deve ser posicionado no disco ótico. Após isso, o feixe luminoso
deve ser ajustado paralelamente ao eixo da lente convergente. Por fim, os principais
elementos da lente convergente devem ser identificados e o valor do foco medido com
uma régua.

2.3. Refração da luz: Lente divergente

Em primeiro lugar os materiais foram montados conforme a Fig.4-9 da apostila.


A seguir, devemos proceder com o esboço de uma lente divergente, identificando os
seus principais elementos. Por fim, o feixe luminoso deve ser ajustado de forma
paralela ao eixo principal da lente divergente.

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2.4. Distância focal de uma lente convergente

Os materiais para o procedimento foram montados conforme a Fig.4-10 da


apostila. Após organizar os materiais, a posição do anteparo deve ser ajustada de
modo que a imagem projetada fique bem nítida. Logo após, a distância entre a imagem
e a lente deve ser medida. Por fim, a distância focal deve ser calculada e anotada, bem
como o comprimento do objeto e da imagem.

2.5. Dióptro plano

Para a realização dos procedimentos, os materiais foram montados de acordo com


a Fig.4-11 da apostila. O dióptro plano deve ser posicionado no disco ótico de tal
maneira que o ângulo de incidência seja 0°, e o ângulo de refração 0°. Logo após, uma
folha de papel em branco deve ser colocada entre o dióptro e o disco ótico. Com isso,
o disco deve ser girado até que o ângulo de incidência seja de 30°. Em seguida,
devemos proceder com o desenho do contorno do dióptro e das trajetórias dos feixes
incidentes e refratados.
Dando prosseguimento, o papel deve ser retirado para que o desenho com a
trajetória do feixe no interior do dióptro seja feito. Com isso, a espessura (t) do dióptro
e o desvio lateral (x) devem ser medidos. Por fim, devemos calcular o desvio lateral
(x) a partir da equação deduzida e comparar com o valor medido, além de calcular o
índice de refração do dióptro.

3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1. Determinação do índice de refração de um material

Observando as instruções para o desenvolvimento do experimento proposto,


obtêm-se os seguintes valores de ângulos refratados, com seus respectivos senos, os
quais constam na Tabela 1 abaixo:

Tabela 1: Ângulos de incidência e de refração, com seus respectivos senos.

Ângulo de sin 𝑖 Ângulo de sin 𝑟 sin 𝑖⁄


sin 𝑟
incidência (𝑖) refração (𝑟)
10° 0,17 6,5° 0,11 1,54
20° 0,34 13,2° 0,23 1,47
30° 0,50 19,5° 0,33 1,52
40° 0,64 25,5° 0,43 1,49
50° 0,77 29,0° 0,48 1,60

Fonte: Material de Instruções.

Mediante os procedimentos experimentais realizados, cujos resultados encontram-


se indicados na Tabela 1 acima, é possível inferir que a razão corresponde ao índice
de refração do segundo meio (onde se encontra o raio refratado) para o primeiro meio
(onde se encontra o raio incidente). Desse modo, espera-se que esse valor seja sempre
constante, uma vez que ao se fazer variar o ângulo de incidência, o ângulo refratado
varia de tal modo a manter a constância desse quociente.

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Assim, o experimento realizado corrobora os postulados ou lei da Refração da
Luz, cujos enunciados encontram-se descritos a seguir:

1ª Lei: o raio refratado está no plano de incidência;

2º Lei: Para dois meios dados, o seno do ângulo de incidência e o seno do ângulo
de refração estão numa razão constante.

Observando as instruções para o desenvolvimento do experimento proposto,


obtêm-se os seguintes valores de ângulos refratados, com seus respectivos senos, os
quais constam na Tabela 2 abaixo:

Tabela 2: Ângulos de incidência e de refração, com seus respectivos senos.

Ângulo de sin 𝑖 Ângulo de sin 𝑟 sin 𝑖⁄


sin 𝑟
incidência (𝑖) refração (𝑟)
5° 0,09 7,5° 0,13 0,69
10° 0,17 15° 0,26 0,65
15° 0,26 22,5° 0,38 0,68
20° 0,34 31,0° 0,52 0,65
25° 0,42 39,5° 0,64 0,65
30° 0,50 48,5° 0,75 0,66
35° 0,57 59,0° 0,86 0,66
40° 0,64 72,8° 0,96 0,67
45° 0,71 - - -

Fonte: Material de Instruções.

Mediante os procedimentos experimentais realizados, cujos resultados encontram-


se indicados na Tabela 2 acima, é possível inferir que a razão corresponde ao índice
de refração do segundo meio (onde se encontra o raio refratado) para o primeiro meio
(onde se encontra o raio incidente). Desse modo, espera-se que esse valor seja sempre
constante, uma vez que, ao se fazer variar o ângulo de incidência, o ângulo refratado
varia de tal modo a manter a constância desse quociente.

Experimentalmente, constatou-se ainda que não foi possível a determinação do


ângulo refratado correspondente ao ângulo incidente de 45°. Este fato ocorre porque,
para o material constituinte desta lente em específico, a saber, o vidro, o ângulo de
45° é superior ao ângulo limite de refração (cerca de 42°), para o qual não há a refração
da luz, mas apenas a sua reflexão total. Nesta situação, o ângulo refratado corresponde
a 90°, cujo seno é igual a 1. Desse modo, o seno do ângulo limite será o quociente
entre o índice de refração do meio menos refringente (neste caso, o ar) e o índice de
refração do meio mais refringente (para o caso em questão, o vidro), e qualquer
angulação superior à do ângulo limite implicará apenas na reflexão total dos raios
incidentes, sendo essa a sua condição de ocorrência. Assim, para o acrílico, por
exemplo, o ângulo limite de refração é de cerca de 42,4°.

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3.2. Refração da luz: Lente convergente

A seguir, esquematiza-se os principais elementos constituintes de uma lente


convergente:

Figura 1: Elementos de uma lente convergente. Fonte: Própria.

A partir dos procedimentos experimentais, constata-se que o ponto de cruzamento


do feixe luminoso convergente com o eixo principal de uma lente convergente é
denominado de foco.

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Figura 2: Trajetória de um feixe luminoso em uma lente convergente. Fonte: própria.

Observa-se ainda que numa lente convergente, o foco é real, uma vez que é o
resultado do cruzamento dos raios refratados propriamente ditos com o eixo principal
da lente. Desse modo, é possível elencar as propriedades do feixe luminoso para uma
lente convergente, conforme segue:

1ª Propriedade: Raio central – todo raio de luz que atravessa a lente passando pelo
centro óptico não sofre desvio;

2ª Propriedade: Raio paralelo – todo raio de luz que incide na lente paralelamente
ao seu eixo principal se refrata passando pelo foco imagem;

3ª Propriedade: Raio focal – Todo raio de luz que incide na lente passando pelo
foco do objeto se refrata paralelamente ao eixo principal.

3.3. Refração da luz: Lente divergente

A seguir, esquematiza-se os principais elementos constituintes de uma lente


divergente:

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Figura 3: Elementos de uma lente divergente. Fonte: Própria.

A partir dos procedimentos experimentais, constata-se que o ponto de cruzamento


do prolongamento do feixe luminoso com o eixo principal de uma lente divergente é
denominado de foco.

Figura 4: Trajetória de um feixe luminoso em uma lente divergente. Fonte: Própria.

Observa-se ainda que numa lente divergente, o foco é virtual, uma vez que é o
resultado do cruzamento do prolongamento dos raios refratados com o eixo principal
da lente, e não dos raios refratados propriamente ditos. Desse modo, é possível elencar
as propriedades do feixe luminoso para uma lente divergente, conforme segue:

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1ª Propriedade: Raio central – todo raio de luz que atravessa a lente passando pelo
centro óptico não sofre desvio;

2ª Propriedade: Raio paralelo – todo raio de luz que incide na lente paralelamente
ao seu eixo principal se refrata passando pela direção do foco imagem;

3ª Propriedade: Raio focal – Todo raio de luz que incide na lente passando pela
direção do foco imagem se refrata paralelamente ao eixo principal.

3.4. Distância focal de uma lente convergente

Procedendo experimentalmente, utilizando um objeto, cuja dimensão é de cerca


de 1𝑐𝑚, têm-se os valores das distâncias do objeto à lente, e da lente à imagem,
conforme consta na Tabela 3 abaixo. Nela, encontram-se, ainda, os valores das
1
distâncias focais, calculados mediante a aplicação da equação de Gauss, a saber, 𝑓 =
1 1
+ 𝐷 , bem como as frações 𝐷𝑖 /𝐷0 e 𝐼/𝑂.
𝐷0 𝑖

Utilizando os valores fornecidos, é possível a determinação da distância focal para


cada uma das situações experimentais, segundo a equação supracitada, conforme
segue:

• Para 𝐷0 = 16𝑐𝑚 e 𝐷𝑖 = 25,5𝑐𝑚, temos:


1 1 1
= + ∴ 𝑓 ≅ 9,83𝑐𝑚
𝑓 16 25,5
• Para 𝐷0 = 18𝑐𝑚 e 𝐷𝑖 = 23,5𝑐𝑚, temos:
1 1 1
= + ∴ 𝑓 = 10,19𝑐𝑚
𝑓 18 23,5
• Para 𝐷0 = 20𝑐𝑚 e 𝐷𝑖 = 21,5𝑐𝑚, temos:
1 1 1
= + ∴ 𝑓 ≅ 10,36𝑐𝑚
𝑓 20 21,5
• Para 𝐷0 = 22𝑐𝑚 e 𝐷𝑖 = 19,5𝑐𝑚, temos:
1 1 1
= + ∴ 𝑓 ≅ 10,34𝑐𝑚
𝑓 22 19,5
• Para 𝐷0 = 24𝑐𝑚 e 𝐷𝑖 = 17,5𝑐𝑚, temos:
1 1 1
= + ∴ 𝑓 ≅ 10,12𝑐𝑚
𝑓 24 17,5
• Para 𝐷0 = 26𝑐𝑚 e 𝐷𝑖 = 16,8𝑐𝑚, temos:
1 1 1
= + ∴ 𝑓 ≅ 10,21𝑐𝑚
𝑓 26 16,8

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Tabela 3: Distâncias 𝐷0 , 𝐷𝑖 e 𝑓, dimensões 𝐼 e 𝑂 e algumas relações.

𝑁 𝐷0 (𝑐𝑚) 𝐷𝑖 (𝑐𝑚) 𝑓(𝑐𝑚) 𝐼(𝑐𝑚) 𝑂(𝑐𝑚) 𝐷𝑖 𝐼⁄


⁄𝐷 𝑂
(sugerido) (simulado) (simulado) 0
1 16 25,5 9,83 1,7 1,0 1,59 1,7
2 18 23,5 10,19 1,3 1,0 1,32 1,3
3 20 21,5 10,36 1,1 1,0 1,08 1,1
4 22 19,5 10,34 1,0 1,0 0,89 1,0
5 24 17,5 10,12 0,8 1,0 0,73 0,8
6 26 16,8 10,21 0,7 1,0 0,65 0,7

Fonte: Material de Instruções. de Instruções.

A partir dos dados obtidos experimentalmente, e dos resultantes dos cálculos


executados, é possível determinar o valor médio da distância focal 𝑓, que corresponde
a 10,18𝑐𝑚. Observa-se, ainda, que as relações 𝐷𝑖 /𝐷0 e 𝐼/𝑂 são aproximadamente
iguais, em todas as repetições do experimento, denotando a permanência de
proporcionalidade entre as distâncias objeto-lente e lente-imagem, bem como entre as
dimensões do objeto e da imagem.

Além disso, como o objeto foi posicionado apenas em distâncias maiores que a
distância focal da lente, as imagens projetadas são do tipo real. Ademais, nos casos
em estudo, as imagens serão invertidas, pois esta condição da imagem ocorre quando
o objeto se encontra antes do centro de curvatura da lente, ou entre este e o foco.

Figura 5: Formação da imagem em uma lente convergente. Fonte: própria.

Mediante a representação esquemática acima, para a formação da imagem de um


objeto posicionado antes do foco de uma lente convergente, observa-se que a imagem
gerada é real, invertida e reduzida.

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3.5. Dióptro plano

Abaixo, segue a representação esquemática de um dióptro plano, no qual um raio


luminoso incidente sofre refração, com o desvio lateral 𝑥 indicado.

Figura 6: Dióptro plano e desvio lateral do raio luminoso. Fonte: própria.

Sabe-se que o ângulo de incidência, 𝜃1 mede 30°, e que o ângulo de refração 𝜃2


mede 15°, bem como a espessura 𝑡 do dióptro corresponde a 4,9𝑐𝑚. Desse modo, o
desvio lateral pode ser determinado, mediante a aplicação da expressão 𝑥 =
𝑡 sin(𝜃1 −𝜃2 )
, conforme segue:
cos 𝜃2

𝑡 sin(𝜃1 − 𝜃2 ) 4,9 × sin(30° − 15°)


𝑥= = ∴ 𝑥 ≅ 1,31𝑐𝑚.
cos 𝜃2 cos 15°
Ademais, o índice de refração do dióptro plano é dado pela expressão:
sin 𝜃1 sin 30°
𝑛= = ∴ 𝑛 = 1,93
sin 𝜃2 sin 15°

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4. CONCLUSÃO

Em linhas gerais, a partir dos experimentos realizados neste relatório, foi possível
verificar a veracidade e a importância das leis de refração da luz mediante o uso dos
diferentes tipos de lentes.
Para o procedimento de determinação do índice de refração, observou-se que este
corresponde a razão entre os senos dos ângulos incidente e refratado. E que, portanto,
permanece constante independentemente da angulação do feixe de luz, pois é uma
característica do material. Com relação a reflexão total, verificou-se que cada material
apresenta um ângulo limite para que ocorra a refração.
Tratando sobre lentes convergente, conclui-se que as mesmas possuem um foco real.
Uma vez que este é o resultado do cruzamento do feixe dos raios refratados com o eixo
principal da lente.
Na perspectiva das lentes divergente, verificou-se que o foco das mesmas é virtual.
Pois, são o resultado do cruzamento do prolongamento do feixe de raios refratados com
o eixo principal da lente.
Por fim, com relação ao dióptro plano é possível concluir que o raio incidente, ao ser
refratado pelo mesmo, sofre um desvio lateral, contudo apresenta um ângulo de refração
igual ao ângulo de incidência.

5. REFERÊNCIAS

HELERBROCK, Rafael. "Refração da luz"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-refracao-luz.htm. Acesso em 08 de julho de 2021.
NASCIMENTO, Pedro Luiz do; SILVA, Laerson Duarte da; GAMA, Marcos Jose de
Almeida; CURI, Wilson Fadlo; GAMA, Alexandre Jose de Almeida; CALDAS, Anthony
Josean C.. Laboratório de Óptica Eletricidade e Magnetismo Física Experimental II.
Campina Grande, PB: Maxgraf Editora, 2019. 273 p.

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6. ANEXOS (PREPARAÇÃO)

1) Que acontecimentos na natureza que você tenha observado podem estar


relacionados com Refração da Luz?
Na natureza, alguns fenômenos estão relacionados à refração da luz, tais quais as
ilusões de ótica que acontecem no asfalto aquecido, formando miragens; bem como a
falsa sensação do fundo de uma piscina ser menos profundo, por exemplo.
2) O que entendes por Refração da Luz? Enuncie as Leis de Refração da Luz.
A refração da luz é o fenômeno óptico no qual uma parte dos raios luminosos,
incidentes sobre uma interface que separa dois meios distintos, é parcialmente refletida,
retornando ao meio de origem, e parcialmente absorvida pelo segundo meio. Isto se dá
em virtude dos diferentes índices de refração da luz apresentados pelos meios em questão.
Assim, a Refração da Luz apresenta as seguintes leis:
1ª Lei: O raio refratado está no plano de incidência;
2ª Lei: Para dois meios dados, o seno do ângulo de incidência e o seno do ângulo de
refração estão numa razão constante, ou seja, 𝑛1 sin 𝜃1 = 𝑛2 sin 𝜃2 , conhecida como Lei
de Snell-Descartes.
3) Em Lâminas de Faces Planas e Paralelas, descreva os raios após o raio atravessar
a segunda face. De que depende o afastamento lateral (d) do raio luminoso ao atravessar
a lâmina? Qual o valor de d?
Para a situação de dos dioptros planos, ou de lâminas de faces planas e paralelas,
observa-se que os raios luminosos, tendo atravessado a segunda face plana, apresentam
ângulo refratado semelhante ao ângulo incidente na primeira face plana. Nesse sentido, o
raio luminoso sofre um desvio, que depende da largura do dioptro, bem como dos ângulos
de incidência e de refração. A expressão que fornece o valor do desvio 𝑑 sofrido pelos
𝑒×sin(𝜃1 −𝜃2 )
raios é 𝑑 = , onde 𝑒 corresponde à espessura do dioptro plano, 𝜃1 é o ângulo
cos 𝜃2
de incidência e 𝜃2 , o ângulo refratado.

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𝐷×sin(𝑖−𝑟)
4) Mostre que o afastamento lateral x será dador pela equação: 𝑥 = , onde
cos 𝑟
D é a largura do dióptro, i é o ângulo de incidência e r é o ângulo de refração.

Figura 7: Esquema do Dióptro plano.

Conforme o esquema de duas lâminas de faces planas, apresentado na imagem acima,


é possível observar, pelo triângulo retângulo 𝐴1 𝐴2 𝐴3 , que:
𝑑
sin(𝜃1 − 𝜃2 ) = 𝐴 ,
1 𝐴2

e ainda,
𝐷
cos 𝜃2 = 𝐴 .
1 𝐴2

Procedendo ao quociente entre estas duas expressões, segue:


𝑑
sin(𝜃1 −𝜃2 ) 𝐴1 𝐴2
= 𝐷 ,
cos 𝜃2
𝐴1 𝐴2

De onde vem que:


𝐷 sin(𝜃1 −𝜃2 )
𝑑= .
cos 𝜃2

5) Qual o conceito de foco real? E virtual?


No que concerne às lentes esféricas, entende-se por foco real o ponto de convergência
dos raios refratados, situado, portanto, no lado em que os mesmos convergem. Por outro
lado, o conceito de foco virtual refere-se ao ponto de convergência do prolongamento dos
raios refratados e que, por esse motivo, encontra-se no mesmo lado dos raios incidentes.
6) Qual o comportamento de um feixe luminoso que incide em uma lente
paralelamente ao eixo principal?

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Sabe-se que um feixe luminoso que incide paralelamente ao eixo principal de uma
lente apresenta o comportamento de convergência, diretamente ou por seus
prolongamentos, na direção de um ponto específico, denominado foco principal.
7) Como é possível identificar o foco de uma lente esférica côncava?
Experimentalmente.
Para a determinação experimental do foco de uma lente esférica côncava, basta fazer
incidir sobre uma de suas faces um feixe de raios luminosos, paralelamente ao eixo
principal da mesma. Dessa forma, os raios convergirão para um ponto específico, que
corresponde ao foco da lente côncava. Em virtude dessa propriedade, o foco deste tipo de
lente é real.
8) Como é possível identificar o foco de uma lente esférica convexa?
Experimentalmente.
Para a determinação experimental do foco de uma lente esférica convexa, basta fazer
incidir sobre uma de suas faces um feixe de raios luminosos, paralelamente ao eixo
principal da mesma. Dessa maneira, o prolongamento dos raios refratados convergirá para
um ponto específico, que corresponde ao foco da lente convexa, sendo, portanto, um foco
virtual.
9) Fazer ilustração dos elementos principais de uma lente delgada convergente?

Figura 8: Principais elementos da lente delgada.

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