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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

FÍSICA EXPERIMENTAL II – (1101166)

Campo Magnético da Terra

Docente:

Marcio Medeiros Soares

Discente:

Davi de Oliveira Arruda – 20180122491

Talita da Silva Cardoso – 20190078655

João Pessoa, Paraíba

12 de junho, 2022
Sumário

1. Introdução ─────────────────────────────────────────── 2

2. Fundamentação teórica ─────────────────────────────────── 2

3. Materiais utilizados ────────────────────────────────────── 4

4. Procedimento experimental ───────────────────────────────── 5

5. Resultados ────────────────────────────────────────── 7

6. Conclusão ────────────────────────────────────────── 10

7. Referências ───────────────────────────────────────── 11

8. Folha de dados ─────────────────────────────────────── 12


1. Introdução

Nessa experiência analisamos as medições de tensão, corrente, através da


utilização do multímetro. Esse estudo foi orientado pelo professor Márcio Medeiros
Soares da disciplina Física Experimental II, visando o entendimento prático do
multímetro e seu funcionamento em sistemas e de seus componentes básicos como
objetivo principal proporcionar um entendimento prático dos conceitos de Potencial
Elétrico e de Campo Elétrico e da relação entre essas duas grandezas físicas, a partir
da determinação de curvas equipotenciais em uma cuba eletrolítica, variando o
formato dos eletrodos. Veremos ainda como se comporta o potencial no interior de
um condutor.

2. Fundamentação teórica

A Terra possui um campo magnético graças a um efeito de dínamo. O núcleo


líquido de ferro que se movimenta cria correntes elétricas, enquanto a rotação da
Terra em seu próprio eixo faz com que essas correntes gerem um campo magnético
gigante.

Com isso, a Terra tem polos norte e sul magnéticos, embora eles não
coincidam com os polos geográficos. Além disso, os polos magnéticos da Terra
geralmente se movem, devido à atividade muito abaixo da superfície da Terra. Esse
deslocamento é registrado em rochas que se formam quando o magma é expelido
pela crosta terrestre e se derrama como lava.

O material da lava possui campo magnético atômico altamente maleável, por


isso, à medida que ela esfria e se torna rocha sólida, os átomos são alinhados com o
campo magnético da Terra. É assim que cientistas usam essas rochas para descobrir
a posição do campo magnético da Terra há milhares de anos.

Também acontece em algumas ocasiões a inversão dos polos magnéticos do


planeta, o que foi descoberto analisando essas rochas antigas. Mas o campo
magnético da Terra não se move rapidamente com frequência, por isso ele é

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importante para as pessoas se orientarem por bússolas (que apontam para o polo
magnético, e não geométrico).

Fig.1

O campo magnético da Terra domina a região da magnetosfera, que envolve


o planeta e sua atmosfera. Isso é importante para bloquear as partículas carregadas
do Sol, enviadas pelo vento solar, que pode prejudicar a camada de ozônio e os
componentes eletrônicos, além das correntes elétricas nas cidades.

As partículas carregadas (essencialmente, íons positivos, ou núcleos atômicos


que tiveram seus elétrons pelo calor solar) viajam em direção ao nosso planeta,
principalmente após algum evento estremo na superfície do Sol, como uma erupção
solar.

Quando chegam à magnetosfera Terra, os íons empurram o campo magnético


no lado do planeta voltado para o Sol, são conduzidas por este campo de modo que
dão a volta pelos polos, e estica o campo magnético num formato de lágrima no lado
da sombra. Esse evento é conhecido como tempestade solar.

Às vezes, algumas partículas de vento solar “escapam” dessa “armadilha”, e


atingem átomos de gás na atmosfera superior ao redor dos polos magnéticos. Isso
faz com que as auroras sejam produzidas no céu acima de lugares como Alasca,
Canadá e Escandinávia.

Nem todos os planetas possuem um campo magnético, como é o caso de


Marte. Os cientistas cogitam que isso se deve ao fato de não haver um núcleo de
ferro líquido no Planeta Vermelho, e que esse foi um dos fatores pelos quais a
atmosfera marciana escapou para o espaço.

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Definimos as variáveis das tabelas como:

DP (Diferença Percentual) como

100 × (𝑉𝑁 − 𝑉𝑀)


𝐷𝑃 = | |
𝑉𝑁

Sendo VN o valor nominal e VM o valor medido.

Incerteza (equipamento de medição Multímetro HGL-2000 N)

Fig.2

Resolução de uma escala:

É o menor valor possível de medição (digito 1 na última casa à direita, zero


nas demais).

Para a resolução dos exercícios propostos foram utilizadas as equações:

𝜇0 𝑁𝑖
𝐵𝐵 = (eq.1)
2𝑅

𝐵𝐵 𝐵𝐵
𝑡𝑎𝑛𝜃 =    ,     𝐵𝑇 = (eq.2)
𝐵𝑇 𝑡𝑎𝑛𝜃

3. Materiais Utilizados

Para realização do experimento. Foram utilizados os seguintes materiais:

• 1x – Multímetro;

• 1x – Fonte de tensão;

• 1x – Bússola;

• 1x – Bobina;

• 1x – Reostato;

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• 1x – Régua;

• 4x – Cabos de conexão.

4. Procedimento Experimental

A partir de uma visita ao laboratório de Física Experimental da Universidade


Federal da Paraíba no bloco CCEN, sendo disponibilizado os materiais (tópico 3) e
seguindo os protocolos de biossegurança e segurança operacional. Foram coletados
a partir da leitura de cada dispositivo os valores nominais, com suas respectivas
unidades (Volts, Ampere).

Ademais para coleta de dados dos valores medidos utilizamos em todas as


etapas o Multímetro Digital sem haver substituição do aparelho, garantindo a
integridade dos resultados obtidos pelo mesmo dispositivo.

Diante disso, a partir da coleta dos dados experimentais foram elaboradas


tabelas dos valores aferidos na planilha do Excel.

Nos equipamentos medidores utilizados, listamos a régua e a bussola, dada


sua incerteza pelos respectivos valores e convertendo para a utilização na equação
1 e no desvio padrão da Tan (θ) encontrada a partir da equação 2.

Incertezas Incertezas convertidas


Régua 0,5 mm 0,0005 m
Bussola 2 graus Tan (2°) = 0,034920769

Medimos o diâmetro externo e interno obtendo a média e o raio R, a fim de


usá-lo na equação 1.

Dimensionamento Dméd
Diâmetro Externo 41,5 cm 40,65 cm
Diâmetro Interno 39,8 cm Raio em CM ↓
Raio em M → 0,2033 m 20,33 cm

O número de espiras da bobina foi concedido no relatório experimental, dado


pelo valor de 154. Assim como o valor da permeabilidade magnética do vácuo (𝜇0).

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Coeficientes
𝜇0 (Tm/A) 1,25664E-06
Raio 0,20325
N De espiras 154

Montamos a partir disso a bancada experimental alinhando a agulha da


bussola com o plano da bobina. Com isso, fixamos a resistência inicialmente do
reostato em 60 Ω e o multímetro na escala de 200mA fomos variando a tensão na
fonte determinando para dez valores de corrente, que serão fornecidos na etapa 5
(Discussão dos resultados) o ângulo que agulha faz com a direção Norte-Sul.

Ademais, ajustamos a resistência no reostato 100 Ω a fim de realizar a segunda


medição, para que possamos observar como os valores alteram a partir de resistência
distintas.

As incertezas foram calculadas a partir da fórmula apresentada abaixo:

Descritas, assim, uma a uma, conforme apresentado nas fórmulas abaixo:

• Incerteza de 𝐵𝐵

𝜎𝐵𝐵 𝜎𝑖 2 𝜎𝑟é𝑔𝑢𝑎 2
= √( ) + ( )
𝐵𝐵 𝑖1 0,20

𝜎𝑖 2 𝜎𝑟é𝑔𝑢𝑎 2
𝜎𝐵𝐵 √
= 𝐵𝐵  × ( ) + ( )
𝑖1 0,20

• Incerteza de 𝐵𝑇

2
𝜎𝐵𝑇 𝜎𝐵𝐵 2 𝜎 tan(𝜃)
= √( ) +( )
𝐵𝑇 𝐵𝐵 tan(𝜃)

2
𝜎𝐵𝐵 2 𝜎 tan(𝜃)
𝜎𝐵𝑇 = 𝐵𝑇 × √( ) +( )
𝐵𝐵 tan(𝜃)

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• Incerteza da corrente

Calculada com base nas incertezas do multímetro, sendo:

𝜎𝑖 = 0,8% × 𝐿𝑒𝑖𝑡𝑢𝑟𝑎 + 1 × 𝑅𝑒𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜

5. Discussão dos Resultados

5.1 – Determinações com o Reostato em 60 Ω

Nesse processo, ajustamos o reostato para 60 Ω construímos a tabela


com valores de tan θ, e a suas incertezas, obtidos a partir da equação 1.

Construímos um gráfico versus tan(θ). Aplicando o método da regressão


linear, encontrando assim a inclinação da reta.

Com isso, encontramos a componente horizontal do campo magnético


terrestre, utilizando as equações 1 e 2 para cada medida e inserimos na
mesma tabela os seus respectivos valores obtendo a média e o desvio padrão.

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Dada a equação da reta por 𝑦 = 56416𝑥 − 0,0494

5.2 – Determinações com o Reostato em 100 Ω

Nesse processo, ajustamos o reostato para 100 Ω construímos a tabela


com valores de tan θ, 𝐵𝐵 e a suas incertezas, obtidos a partir da equação 1.

Construímos um gráfico 𝐵𝐵 versus tan(θ). Aplicando o método da


regressão linear, encontrando assim a inclinação da reta.

Com isso, encontramos a componente horizontal do campo magnético


terrestre 𝐵𝑇 , utilizando as equações 1 e 2 para cada medida e inserimos na
mesma tabela os seus respectivos valores obtendo a média e o desvio padrão.

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Dada a equação da reta por 𝑦 = 51148𝑥 + 0,0569

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5.3 – Determinação da componente horizontal do Campo Magnético em
45°

Encontramos a partir da medição que o valor da corrente necessária


para obter uma deflexão na bússola de 45° é dado por 41,7 mA.

Com isso, encontramos a partir da equação 1, o seguinte cálculo.

𝜇0 × 𝑁 × 𝑖
𝐵𝐵 =
2𝑅

1,25663706212 × 10−6 × 154 × 0,0417


𝐵𝐵 =
2 × 0,2

𝐵𝐵 = 2,017467971 × 10−5

Logo, temos que a tan(45°) é igual a 1. Por isso, 𝐵𝑇 = 2,017467971 × 10−5


sendo igual a 𝐵𝐵 .

6. Conclusão

Concluímos que ao analisar os dados nominais e comparando os valores do


experimento, podemos perceber a proximidades dos valores, nominais e
experimentais. Assim, entendendo os valores experimentais como resultados que
condizem com o esperado. Tendo em vista que havia muitas tomadas elétricas
próxima a bancada que poderiam interferir nos resultados obtidos.

Além disso, através dos experimentos realizados, desde a sua demonstração


teórica até a prática propriamente dita, foi possível adquirir bastante conhecimento
acerca do multímetro e de como a resistência se comporta frente às variações de
tensão e corrente.

Portanto, o experimento agregou bastante conhecimento acerca do Campo


Magnético e foi muito proveitoso uma vez que foi obtido valores, em sua maioria,
imediatamente próximos aos valores esperados.

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7. Referências

[01] Teoria dos erros: http://www2.fis.ufba.br/dfes/fis3/Teoria_dos_Erros.pdf

[02] Roteiros de laboratório: http://fisicaufpb.blogspot.com.br/p/roteiros-de-


fisica-experimental-i.html

[03] Apostila sobre teoria dos erros UDESC:


http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/franca/materiais/Medidas_e_Algaris
mos.pdf

[04] John R. Taylor, “Introdução à análise de erros. O estudo de incertezas em


medições físicas”, 2ed, Bookman, 2012

[05] M. H. TABACNIKS. “Conceitos Básicos Da Teoria De Erros”, Instituto de


Física da USP, São Paulo. (2003).

[06] Propagação de incertezas - Física Experimental 1 - prof. Mariana UFU -


Youtube

[07] Erros e Incertezas nas Medições - Paulo Cabral

[08] Halliday, Resnick, Walker, “Fundamentos da física”, 10ª edição, Livros


Tecnícos e Científicos

[09] http://www.if.ufrgs.br/cref/experimentocorponegro/med_temp.html

[10] https://canaltech.com.br/ciência

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