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Lais Yuko Suzuki

Leonardo Yoshiaki Abe


Renan Felipe Braga Zanin

Ensaio de teor de umidade,


massa específica do solo e
massa específica do sólidos

Relatório apresentado a disciplina de


Mecânica dos Solos do curso de
Engenharia Civil da Universidade
Estadual de Londrina.
Professora Raquel Souza Teixeira.

Data da realização do experimento:


10/03/2011 – 17/03/2011

Série/Turma: 3º ano / 1012

Londrina - PR
29 de março de 2011
1. Objetivos

Os ensaios têm como objetivo determinar o teor de umidade do solo, a massa específica do
solo e a massa específica dos sólidos.

2. Metodologia

- Preparação para ensaio de caracterização do solo (NBR 6457 – Ago, 1986)

 Coleta da amostra deformada em campo;


 Secar ao ar;
 Passar a amostra na peneira 7,6 cm, descartando o que ficar retido;
 Destorroar o solo com a mão de gral e o almofariz, tomando cuidado para não
quebrar os grãos;
 Homogeneizar a amostra;
 Passar a amostra na peneira 4,8 cm, sendo considerado pedregulho o que ficar
retido;
 Quartear a amostra;
 Identificar a amostra e reservar.

- Ensaio para determinação do teor de umidade (DNER-ME 213/94)

 Pesar as cápsulas vazias, limpas, secas e tampadas ( M c );


 Colocar, no mínimo, 3 amostras dentro das cápsulas, fechá-las e pesar o
conjunto ( M c + M );
 Destampar e por as cápsulas na estufa a uma temperatura de 110°C ± 5°C de 15
a 16 horas ou até que a massa fique constante;
 Retirar da estufa, tampar imediatamente a cápsula para evitar absorção da
umidade do ar e pesar a amostra, obtendo a massa seca mais a massa da cápsula
( M d + M c );
 Com esses dados, calcular o teor de umidade pela fórmula:


ω= .100 %
Ms
Onde:
M ω=M −M d
M s=M d

- Ensaio para determinação da massa específica dos sólidos (NBR 6508 – Out,
1984):

 Adicionar água destilada em um picnômetro, e pesar o conjunto ( M 2);


 Pesar a massa de solo utilizada no ensaio ( M s );
 Por a amostra de solo dentro do picnômetro com água pesar novamente ( M 1);
 Determinar a massa de água deslocada por:
∆ Mω
∆ M ω=∆ V ω=V s=
γω
 Determinar a massa específica dos sólidos pela fórmula:

Ms Ms
γ s= = .γ
∆ M ω M 2 + M s−M 1 ω
γω

 Caso a temperatura do experimento (T ) for diferente de 20°C, deve-se utilizar o


fator de correção K para corrigir o valor de γ s

γ ω (T)
K=
γ ω (20 °)

γ s (20° )=K . γ s(T )

- Ensaio para determinação da massa específica do solo (NBR 10838 – Mai, 1988)

 Cortar uma amostra de solo indeformado, moldar de forma esférica com


diâmetro mínimo de 5 cm e pesá-la ( M s + M ω ¿;
 Amarrar a esfera com uma linha e mergulhá-la na parafina líquida até que esteja
totalmente recoberta;
 Pesar a esfera novamente ( M solo + parafina ¿;

Figura 1 - Diagrama de funcionamento de um tubo de raios catódicos.

A parte frontal do TRC é revestida internamente por uma camada de material


fosforescente que, ao ser atingido por um feixe de elétrons, emite luz naquele ponto. A
intensidade desta luz é proporcional à intensidade do feixe de elétrons. Dependendo das
tensões aplicadas nas placas defletoras verticais e horizontais podemos deslocar o ponto
luminoso para qualquer posição na tela.
Depois que os elétrons colidem com a camada fosforescente, eles são atraídos e
coletados pelo ânodo coletor, já que este é polarizado positivamente em relação ao cátodo.
Corrente alternada ou AC (Alternating Current) é a corrente elétrica na qual a
intensidade e a direção são grandezas que variam ciclicamente, ao contrário da corrente
contínua DC (Direct Current), que tem direção bem definida e não varia com o tempo. Em
um circuito de potência de corrente alternada a forma da onda mais utilizada é a onda
senoidal, no entanto, ela pode se apresentar de outras formas como, por exemplo, a onda
triangular e a onda quadrada. A corrente alternada é utilizada em inúmeras aplicações,
principalmente em sistemas de grandes potências, indústrias e máquinas elétricas. Em
geral, os motores elétricos que equipam os eletrodomésticos como batedeiras, geladeiras e
máquinas de lavar possuem motores do tipo CA.
O formato senoidal de corrente e tensão em CA é descrita matematicamente pela
expressão:
a(t) = A.sin(ωt +φ ) (1)

Sendo, a(t) a função (tensão ou corrente) no domínio do tempo, a amplitude ou


valor máximo (valor de pico), ω a freqüência angular em radianos por segundo, t é o tempo
em segundos, φ o ângulo de fase, em radianos.
O valor máximo da tensão (corrente) é também chamado de valor de pico, Vp,
desde zero até a máxima ou a mínima amplitude. Essa diferença de amplitude é definida
como valor de pico a pico Vpp.

Vpp = Vmáx – Vmin = Vp – (- Vp) = 2 Vp

O valor eficaz de uma corrente alternada, Vef, é o valor da intensidade de uma


corrente contínua que produziria, numa resistência, o mesmo efeito calorífico que a
corrente alternada em questão. Em uma tensão elétrica de forma senoidal, a tensão eficaz é:

=A .√
A 2
V ef =
√2 2

V ef =V p . √
2
(2)
2

As Figuras de Lissajous são imagens formadas sobre a tela de um osciloscópio


quando se aplicam simultaneamente tensões em corrente alternada no formato senoidal, às
placas defletoras horizontal e vertical. Uma das principais aplicações das figuras de
Lissajous é a determinação da freqüência desconhecida de uma tensão comparando-a com
a de outra, conhecida. Os dois sinais aplicados às entradas vertical e horizontal estão
associados à freqüência de cada um deles através da relação:

f y Nx
= (3)
fx Ny

Sendo fy a freqüência do sinal aplicado na entrada vertical, fx a freqüência do sinal


aplicado na entrada horizontal, Nx = número de vezes que o sinal tangencia a horizontal, e
Ny = número de vezes que o sinal tangencia a vertical.
N y =1; N x =2 N y =3 ; N x =2 N y =3 ; N x =4 N y =5 ; N x =4

3. Descrição Experimental

1. Arranjo experimental

Neste experimento foi utilizado:


 Osciloscópio analógico de 20 MHz com 2 canais;
 Gerador de funções digital;
 Multímetro;
 Transformador de alimentação 127V/12V+12V;
 Módulo para medida de tensão DC;
 Módulo para medidas de diferença de fase;
 Cabos PB-PB;
 Cabos BNC-PB;
 Cabo BNC-jacaré.

2. Procedimento experimental

Prática 1 – Tensão em corrente contínua

Conectou-se a alimentação de 127 V na entrada 127 V do transformador de


alimentação e uma das saídas de 12 V do transformador na entrada do módulo para medida
de tensão D.C. O seletor de entrada do osciloscópio foi posicionado em gnd e o traço foi
alinhado no centro da tela. Posicionou-se o seletor de entrada em DC e mediu-se o valor da
tensão entre os pontos A-B, B-C, C-D, D-E, E-F, A-F, A-E, A-D, A-C, B-E. As mesmas
medidas foram repetidas com um multímetro na escala Vdc. Com os dados obtidos, fez-se
uma tabela.

Prática 2 – Tensão em corrente alternada

Conectou-se a alimentação de 127 V na entrada 127 V do transformador de


alimentação e uma das saídas de 12 V do transformador no Canal 1 do osciloscópio. O
seletor de entrada foi posicionado em gnd e o traço alinhado no centro da tela. Posicionou-
se o seletor de entrada em AC, e a base de tempo, a escala de tensão e o trigger, para obter
um sinal estável na tela do osciloscópio, foram ajustados. Mediu-se a tensão A.C. entre um
dos terminais 12 V do transformador, e a tensão A.C. entre os terminais 12 V+12 V do
transformador. Em seguida, conectou-se a alimentação de 127 V na entrada 220 V do
transformador de alimentação. Mediu-se a tensão A.C. entre um dos terminais 12 V do
transformador, e a tensão A.C. entre um dos terminais 12 V+12 V do transformador. Com
os dados obtidos, uma tabela foi montada.

Prática 4 – Figuras de Lissajous

A alimentação de 127 V foi conectada na entrada 127 V do transformador de


alimentação e uma das saídas de 12 V do transformador no Canal 1 do osciloscópio.
Conectou-se a saída de sinal do Gerador de Funções ao Canal 2 do osciloscópio. A base de
tempo foi posicionada em x-y. Variou-se lentamente a freqüência no gerador de ondas,
entre 20 hertz e 600 hertz e observou-se as figuras obtidas. Com os dados obtidos, foi feita
uma tabela.

4. Resultados das Medidas, Análise de Dados

Tabela 1 – Prática 1: Valores experimentais das tensões V do osciloscópio e do


multímetro e seus respectivos erros.

Ponto V osc (V) Erroosc V mult (V) Erromult


AB 0,23 0,05 0,58 0,005
BC 0,76 0,05 1,84 0,005
CD 1,08 0,05 2,58 0,005
DE 0,26 0,05 0,58 0,005
EF 0,55 0,05 1,25 0,005
AF 1,36 0,05 3,17 0,005
AE 1,82 0,05 4,44 0,005
AD 2,00 0,10 5,03 0,005
AC 0,99 0,10 2,43 0,005
BE 1,55 0,10 3,85 0,005
V osc = tensão do osciloscópio
V mult = tensão do multímetro

Escala:
De AB até AE: 0,5
De AD até BE: 1,0

Tabela 2 – Prática 2 : Valores experimentais das tensões de pico e de pico-a-pico e da


tensão eficaz do multímetro.

i +V p (V) −V p (V) Erro V p− p (V) Erro V ef (v) Erro


1 6,9 5,0 0,5 11,9 0,5 13,2 0,05
2 12,2 11,0 0,5 23,2 0,5 27,0 0,05
3 3,9 2,0 0,5 5,9 0,5 6,4 0,05
4 7,0 5,0 0,5 12,0 0,5 13,3 0,05
+V p e −V p = tensões dos picos positivos e negativos, respectivamente;
V p− p = tensão de pico-a-pico;
V ef = tensão eficaz do multímetro.

Cálculo da tensão eficaz e freqüência:


Exemplo: ponto 1

V ef =V p . √ (Eq .2)
2
2
√ 2
V ef =6 , 9. =4 , 88 V
2

Fixando no aparelho o valor de período: T =5 , 01.10−3 s ± 5.10−7 s , obtemos o valor


da freqüência do ponto 1:

1
f=
T

1
f= −3
=199 , 6 Hz
5 ,01. 10

Tabela 3 – Prática 2: Valores obtidos de tensão eficaz e freqüência:

i V p(V) V ef (V) f (Hz)


1 6,90 4,88 199,6
2 12,20 8,63 199,6
3 3,90 2,76 199,6
4 7,00 4,95 199,6
f = 199,6
σ =0

V p= tensões de pico;
V ef = tensão eficaz;
f = freqüência.

Tabela 4 – Prática 4: Valores experimentais dos lóbulos horizontais e verticais e suas


freqüências.

i Nx Ny f x (Hz) f y (Hz)
1 3 1 20,00 60,00
2 1 1 58,00 58,00
3 1 2 119,00 59,50
4 3 6 141,00 70,50
5 1 3 182,00 66,67
6 1 4 241,00 75,25
7 2 8 270,00 67,50
8 2 5 301,00 120,40
9 2 6 360,00 120,00
10 2 7 420,00 120,00
f =82 , 78
σ =25,5162301

N x = número de lóbulos horizontais;


N y = número de lóbulos verticais;
f x = freqüência aplicada pelo gerador de funções;
f y = freqüência obtida

Cálculo de f y :
Exemplo: ponto 1
f y Nx
= (Eq .3)
fx Ny

fy 3
=
20 1

f y =20.3=60 Hz

5. Conclusão

De acordo com os dados obtidos e consulta a literaturas, pôde-se verificar que o


osciloscópio, SC-6020 de 20 MHz da marca ICEL, é mais preciso que o multímetro, ET-
1110 da marca MINIPA.
O multímetro digital faz uma leitura correta do valor eficaz do sinal para
freqüências entre aproximadamente 10 Hz e 5 kHz (dependendo das características do
aparelho). No entanto, o multímetro não fornece nenhuma outra informação sobre a
grandeza a medir, nomeadamente a sua rapidez de variação, ou a forma como se processa
essa variação. Para obter esta informação adicional, que é essencial em muitas aplicações,
torna-se necessário recorrer ao osciloscópio. E como quase todas as grandezas físicas são
medidas através de um sinal elétrico, o osciloscópio é utilizado em qualquer tipo de
laboratório e em situações diversas. Sendo, em geral, um aparelho de controle e
observação, uma escolha justa das escalas permite medidas com uma precisão relativa de 2
a 5%.

7. Referências Bibliográficas e/ou Bibliografia Consultada

- Roteiro; Toginho Filho, D. O.; Pantoja, J. C. S.; Catálogo de Experimentos do


Laboratório Integrado de Física Geral – Departamento de Física; Universidade Estadual de
Londrina;
- Halliday, D.; Resnick, R.; Walker, J.; Fundamentos de Física 2 – Gravitação, ondas e
termodinâmica; 7ª edição; Rio de Janeiro: Editora LTC, 2006;

- http://www.cgul.ul.pt/lmatias/fisica-geologia/Praticas/osc-mult.pdf. Acesso em 18/11/10;

- http://wwwp.fc.unesp.br/~betog/web/cor_al.pdf. Acesso em 18/11/10;

- www.radiopoint.com.br/eletronica/datasheets/osciloscopio.pdf. Acesso 18/11/10

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