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CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA – CCT

UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA – UAF


CURSO: Engenharia Civil
DOCENTE: Laerson Duarte da Silva
GRUPO: - Francisco de Assis Correia Diniz Filho (120110764)
- Onildo Batista de Almeida Filho (120110660)

RELATÓRIO I – REFLEXÃO DE LUZ

CAMPINA GRANDE,
Maio de 2022
1. INTRODUÇÃO

Este relatório tem como objetivo discutir cerca de 5 experimentos que tem como
objetivo validar experimentalmente as leis da reflexão, sendo elas:

- Os raios de luz incidentes e refletidos precisam formar o mesmo ângulo com


relação à direção normal;

- Os raios de luz incidentes e refletidos precisam estar contidos no mesmo plano.

Tendo essas leis em mente, foram realizados cinco experimentos visando


identificar as propriedades e leis de reflexão, sendo eles:

Experimento 1: Espelhos planos – teve como objetivo verificar a primeira lei da reflexão,
que diz que o ângulo de incidência e o ângulo de reflexão devem ser iguais.

Experimento 2: Associação de Espelhos Planos – teve como objetivo observação a


formação da imagem de um objeto quando colocado entre 2 espelhos, e vendo a alteração
na quantidade de imagens formadas de acordo com o ângulo entre os 2 espelhos.

Experimento 3: Espelhos Esféricos - Espelhos Côncavos – teve como objetivo observar


o comportamento da luz quando colocada apontada para um espelho côncavo, assim como
medir experimental onde está o foco do espelho utilizado no experimento.

Experimento 4: Espelhos Esféricos - Espelhos Convexos – teve como principal objetivo


observar o comportamento da luz quando direcionada a um espelho Convexo, para com
isso identificas os elementos principais do espelho convexo e identificar onde fica
localizado o foco de um espelho convexo.

Experimento 5: Distância Focal de um Espelho Côncavo - Teve como objetivo medir a


distância focal de um espelho concavo a partir da projeção de um objeto luminoso (uma
vela) em um anteparo.

Preparação de Reflexão – ÓPTICA GEOMÉTRICA

01. Que acontecimentos na natureza que você tenha observado podem estar
relacionados com a Reflexão da Luz?
Imagens refletidas na água e até mesmo nossa simples capacidade de enxergar, já
que isso só é possível de acontecer devido a nossa capacidade de captar a luz refletida nos
objetos ao nosso redor.

02. Ao olhar sua imagem em um espelho o que você pode destacar quanto ao tamanho
de sua imagem? Quanto a distância da imagem ao espelho?

Tanto o tamanho da imagem quanto a distância da imagem ao espelho são iguais


ao tamanho e distância do observador ao espelho.

03. Sua mão esquerda em relação a sua imagem e em relação ao seu corpo? Explique.

Com relação a imagem: O espelho plano possui os lados invertidos, sendo uma
mão o reflexo da outra, por isso não podem ser sobrepostas, invertendo-se lateralmente
as imagens, caracterizando a propriedade do enantiomorfismo. Com relação ao meu
corpo: A mão esquerda se encontra ao lado esquerdo do meu corpo, diferente de com
relação a imagem que a minha mão esquerda está no lado direito da imagem refletida.

04. Ao olhar sua imagem na parte interna de uma colher o que você pode observar?

Podemos observar que, enquanto me mantive afastado (após o centro de


curvatura), a imagem foi invertida e permaneceu menor que eu. Porém à medida que me
aproximei da colher a imagem tendeu a ser do mesmo tamanho, porém permaneceu
invertida.

05. E quando olhar em relação à parte externa de uma colher o que pode ser observado?

A parte externa da colher funcionará como um espelho convexo, onde ver-se-á a


imagem virtual, maior e não invertida com relação ao objeto.

06. O que entendes por Reflexão da Luz? Enuncie as Leis de Reflexão da Luz.

Reflexão é o fenômeno em que a luz retorna para o meio onde ela mesmo estava
ao bater em um determinado corpo. Onde, na Primeira Lei, observa-se que o raio
incidente, a normal à superfície refletora no ponto de incidência e o raio refletido
pertencem ao mesmo plano. E, na Segunda Lei, o ângulo de incidência é igual ao ângulo
de reflexão.
07. Como é possível identificar o foco de um espelho esférico côncavo?
Experimentalmente.

Utilizando 1 espelho côncavo com distância focal de 20cm + vela + trena +


anteparo.
1- Coloca-se a vela entre o anteparo e o espelho. E dispõe-se a trena ao lado do sistema,
distando o espelho à 50 cm do objeto.

2- Ajusta-se o anteparo de modo a obter uma imagem da forma mais nítida possível.

3- Mede-se a distância da imagem para o espelho.

4- Por fim, faz-se uso da equação de Gauss para calcular a distância focal.

08. Fazer ilustrações dos elementos principais de um espelho côncavo? E de um espelho


convexo?

O ponto central do espelho côncavo é chamado de vértice (V), com base no qual
traçamos uma linha horizontal que separa os hemisférios do espelho e chamamos de eixo
de simetria. O ponto F é chamado de foco, e é nesse ponto que os raios
de luz cruzam-se.

A distância entre o vértice do espelho e o ponto focal é conhecida como distância


focal (f) e tem metade da distância do vértice ao ponto C, chamado de centro de curvatura.
Assim como no espelho Côncavo, no espelho
convexo existem:

1 – Ponto central do espelho chamado de Vértice (V);

2 – Linha horizontal que passa pelo vértice, chamado de Eixo de simetria (e);

3 – O ponto Foco (F), que fica exatamente entre o Vértice e o Centro de Curvatura (C).

2. MATERIAL UTILIZADO

Todo o material utilizado nos 5 experimentos se encontra na apostila


disponibilizada pelo docente da disciplina, cujo link de acesso ao material se encontra nas
referências bibliográficas ao final desse relatório.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL – ESPELHOS PLANOS

1. Montar o equipamento igual a Figura 4-1, conforme indicado nos passos 1-3 da
apostila, encontrada na referência bibliográfica.

Figura 4-1 Montagem para o experimento: Espelhos planos

Fonte: Azeheb – Lab. de Física


2. Colocar o espelho plano no disco ótico e girar o disco ótico de forma que o ângulo
de incidência varie de 10° em 10°.

3. Anotar as medidas dos ângulos de reflexão correspondentes na Tabela 1. Os dados


da primeira coluna representam os ângulos previstos e após variar o ângulo de incidência
os dados obtidos serão os da segunda coluna.

Após a realização do experimento temos a tabela com os dados previstos e dados


medidos.

Ângulo de Incidência (I) Ângulo de Reflexão (R)


(escolhido-previsto) (medidos)
0º 0º
10º 10,1º
20º 20º
30º 30º
40º 40º
50º 50º
60º 60º
70º 70º

4. Com base nos valores da Tabela 1, que relação existe entre o ângulo de incidência
e o ângulo de reflexão? Descreva.

Pode-se comprovar a primeira lei da reflexão, onde é dito que o ângulo de incidência
e o ângulo de reflexão devem ser os mesmos, mas vemos que em certos ângulos de
incidência os ângulos de reflexão não são iguais, por exemplo: Para o ângulo 10°, temos
um pequeno erro de 1%, e na maioria das amostras, o ângulo é o mesmo, também
podemos reconhecer a segunda lei da reflexão já que a luz incidente e a luz refletida são
coplanares com a normal da superfície do espelho, Pode-se dizer que o resultado é
condizente com a teoria da reflexão.

5. Com base nas observações acima escrever as leis da reflexão.

1 – O raio incidente, a normal à superfície refletora no ponto de incidência e o raio


refletido pertencem a um mesmo plano.
2 – O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL – ASSOCIAÇÃO DE ESPELHOS


PLANOS

1. Montar o equipamento conforme foto abaixo (Fig.2).

Figura. 2 – Montagem para o experimento Associação de espelhos planos

Fonte: Azeheb – Laboratórios de Física

2. Colocar os espelhos planos sobre o transferidor formando um ângulo de 90° entre eles;
3. Colocar um objeto entre os espelhos e contar o número de imagens formado pelos
espelhos.

4. Calcular o número de imagens esperado teoricamente. O resultado obtido foi o


esperado? Equação que determina as imagens formadas.

5. Realizar mesmos procedimentos para a associação de espelhos com ângulos de 30°,


45º, 60°, 90° e 120°. Preencher a Tabela 2 com os resultados.

Tabela 2 - Valores nominais e medidos (simulados) do número de imagens entre dois espelhos.

Ângulo entre os espelhos Nº Teórico Nº Medido


30º 11 11
45º 7 7
60º 5 5
90º 3 3
120º 2 2
6. O que esperaríamos no caso de 2 espelhos colocados em paralelo, um de frente para o
outro, e um objeto entre eles? Qual o número de imagens esperado? Comente.

Utilizando a formula dada podemos chegar no seguinte resultado:

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL – ESPELHOS CÔNCAVOS

1. Montar o equipamento conforme foto abaixo, utilizando a mesma montagem do


primeiro experimento e colocando no disco ótico o espelho côncavo.

Figura -4.3 Montagem para o experimento Reflexão da luz em espelhos côncavos

Fonte: Azeheb - Laboratórios de Física

2. Seguir os passos 2-4 da apostila e desenhar a figura que aparece, com a convergência
dos 5 feixes incidentes no espelho côncavo, obtendo o seguinte resultado.

Seguindo os mesmos passos que o vídeo Exp03 – Óptica: Espelho Côncavo,


sugerido pelo docente da disciplina, obtemos o seguinte resultado:
Onde, F = Foco; C = Centro da curvatura; V = Vértice.

3. Identificar os elementos principais do espelho côncavo. Simule a determinação do foco


(medindo com uma régua) o procedimento do item 2.

Depois de observar o experimento 3, pode-se usar uma régua para determinar a


posição do ponto focal do espelho, devido à situação de pandemia encontrada durante
2020.2 o experimento não pode ser realizado, portanto, a posição do foco não pode ser
medida com uma régua, todavia o valor pode ser medido ao ver a distância entre o espelho
e o ponto onde os feixes de luz se encontram. No caso dos feixes paralelos ao eixo de
simetria, o ponto onde os feixes de luz se encontrarão será o ponto focal, que fixa
localizado exatamente na metade da distância entre o vértice e o centro de curvatura.

4. Como se chama o ponto de cruzamento do feixe refletido com o eixo principal do


espelho côncavo?

Chama-se foco.

5. No espelho côncavo o foco é real ou virtual?


Em um espelho côncavo o raio refletido passa pelo foco, logo o Foco é real.
Virtual será somente no espelho convexo, visto que a PROJEÇÃO do raio que passará
pelo foco.

6. Enunciar as propriedades do raio luminoso do espelho côncavo.

Caso os raios incidam paralelamente, o espelho faz com que retornem em direção
ao foco, caso o raio incida sobre o eixo principal e reflete no vértice do espelho, o raio
retorna sobre ele mesmo.

6. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL – ESPELHOS CONVEXOS

1. Montar o equipamento conforme foto abaixo (Fig.4-4).

Figura 4-4 Montagem para o experimento Reflexão daluz em espelhos convexos

Fonte: Azeheb - Laboratórios de Física

2. Utilizar a mesma montagem do experimento anterior e colocar no disco ótico o espelho


convexo.

3. O desenho obtido, com a convergência dos 5 feixes incidentes no espelho convexo,


foi:
Nesse desenho, temos o Foco no ponto de encontro das projeções dos feixes de
luz. Sendo assim, considera se um Foco Virtual.

4. Identificar os elementos principais do espelho convexo. Simule a determinação


do foco (medindo com uma régua) o procedimento do item 3.

Assim como no experimento anterior, não foi possível simular a determinação do


foco, através da medição com uma régua, pois o experimento não pôde ser realizado
presencialmente. Contudo, utilizando do desenho virtual, conseguiu-se dar continuidade
às projeções dos raios refletidos e cheguei ao ponto de cruzamento entre o eixo de simetria
e todas as projeções, concluindo que ali seria o ponto Foco.

5. Como se chama o ponto de cruzamento do feixe refletido com o eixo principal


do espelho convexo?

Foco.

6. No espelho convexo o foco é real ou virtual? Comente sua resposta.

Este foco é virtual pois o mesmo é formado pelo prolongamento dos raios
refletidos, ou seja, por projeções.
7. Enunciar as propriedades do raio luminoso do espelho côncavo.

Se o feixe incide no eixo principal o reflexo retorna sobre ele mesmo, porém se o
feixe incide paralelamente, o prolongamento do reflexo é direcionado para o Foco Virtual
do espelho e esse “desvio” que o prolongamento tem para o foco, pode ser visto como
consequência do modo como o feixe é refletido do espelho.

7. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL – DETERMINAÇÃO DA


DISTÂNCIA FOCAL DE UM ESPELHO CÔNCAVO

1. Montar o equipamento conforme foto abaixo (Fig.4-5).

Figura 4-5 Montagem para o experimento Distância focal de um espelho côncavo

Fonte: Azeheb - Laboratórios de Física

2. Utilizar um espelho côncavo de distância focal 2


(vela acesa) no anteparo;

3. Colocar o espelho f=20cm à 50cm (D0 = 50cm) do objeto (vela acesa);

4. Ajustar a posição do anteparo para que a imagem projetada fique bem nítida
(movimentar o anteparo para frente e para trás);

5. Medir a distância da imagem ao espelho. Di = cm.

6. Utilizar a equação de Gauss para calcular a distância focal do espelho:


Onde D0 é a distância objeto-espelho e Di é a distância espelho-imagem.

7. Colocar os resultados na Tabela. 3 e completa-la para outras posições do objeto:

Tabela. 3 Tabela que relaciona os valores medidos de D0 e Di (simulado previstos) a fim de


determinar o foco da lente.

N 𝑫𝟎 (cm) 𝑫𝒊(cm) f(cm)


1 50 32,0 19,5
2 45 35,2 19,8
3 42 38,4 20,1
4 37 44,3 20,2
5 30 57,5 19,7

8. Calcular o valor médio da distância focal.

A partir da tabela, temos que: 𝒇𝒎é𝒅 = (𝟏𝟗,𝟖𝟔 ± 𝟎, 𝟏𝟐).

9. A imagem projetada no anteparo é real ou virtual? Comente.

Podemos perceber que a imagem é real pois é formada pelos raios


refletidos, e que essa imagem projetada no anteparo é uma imagem invertida.

10. A imagem projetada no anteparo é direta ou invertida?

A imagem projetada no anteparo é uma imagem invertida.

Imagem Real, Invertida e Maior.


8. RESULTADOS E DISCUSSÕES

De acordo com a teoria e também com o que foi visto na


prática, com o experimento, verifica-se a prerrogativa verdadeira de que o
raio incidente, a normal à superfície refletora no ponto de incidência e o
raio refletido pertencem a um mesmo plano. Além disso, o resultado do
experimento fecha a discussão e confirma que o ângulo de incidência é igual
ao ângulo de reflexão.

O experimento 2 abre uma discussão para tentar entender o porquê do resultado


teórico para o número de imagens formadas por 2 espelhos colocados em paralelo, um de
frente para o outro, e um objeto entre eles ser igual ao infinito.

Nos experimentos 3 e 4, coloca em prática o entendimento dos diagramas acerca


dos raios incidentes e refletidos e também de suas projeções, de forma que encontraremos
a posição exata do ponto focal.

O quinto e último experimento é interessante pelo fato de ilustrar uma situação


em que, dependendo da posição do objeto emitido dos raios luminosos, a formação da
sua imagem refletida pelo espelho será totalmente diferente.

9. CONCLUSÃO

Por fim, pode-se concluir que os 5 experimentos descritos nesse relatório


possibilitaram a observação e análise do fenômeno de reflexão da Luz, através dos
experimentos podemos analisar as mais diversas situações de reflexão em espelhos
planos, côncavos e convexos, podemos validar as leis de reflexão, sendo elas facilmente
observadas nos experimentos com espelhos planos, e os experimentos com espelhos
côncavos e convexos possibilitaram o estudo e entendimento da formação da imagem de
um objeto refletido no espelho assim como foi possível calcular, ou até mesmos medir
com uma régua, a distância na qual o foco do espelho se encontra.

Em suma todos os experimentos trouxeram resultados satisfatórios que


possibilitaram a compressão das leis e do fenômeno de reflexão da luz.
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NASCIMENTO, P. L. N.; SILVA, L. D.; GAMA, M. J. A.; CURI, W. F. C.;


GAMA, A. J. A.; CALDAS, A. J. C. Laboratório de Óptica, Eletricidade e
Magnetismo – Física Experimental II.pdf; Universidade Federal de Campina Grande
– Centro de Ciências e Tecnologia, Unidade Acadêmica de Física. Acesso em:
21/05/2022.

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