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Universidade de São Paulo - USP

Escola de Engenharia de Lorena


Júlia Rezende Lima - 9874930
Maria Eduarda de Oliveira D’Avila Gardingo - 10685240
Vitor Yang Chiba - 10685275
19 de Setembro de 2019
Segundo Relatório de Fı́sica Experimental IV
Espelhos e Lentes Esféricos
Objetivo
• Medir o raio de curvatura e a distância focal de um espelho côncavo

• Medir a distância focal de uma lente convergente

• Medir a distância focal de uma lente divergente

• Observar a formação de imagens geradas por lentes convergentes

• Observar e analisar a formação de imagens geradas por um espelho


côncavo

Resumo
A formação de imagens por espelhos e lentes pode se dar, tanto através
da reflexão, como também da refração. Esses instrumentos são usados hoje
em uma grande variedade de aplicações, desde espelhos retrovisores para car-
ros até microscópios. Os experimentos descritos nesse relatório consistiram
na análise prática desses conceitos estudados em sala, e foram realizados por
um grupo de 3 alunos. A proposta foi apresentada na disciplina Fı́sica Expe-
rimental 4, e os procedimentos foram executados no laboratório presente na
Escola de Engenharia de Lorena - Universidade de São Paulo (EEL-USP). O
experimento foi dividido em cinco partes: medida do raio de curvatura e da
distância focal de um espelho côncavo; medida da distância focal de uma lente
convergente; medida da distância focal de uma lente divergente; observação
da formação de imagens geradas por lentes convergentes e observação da
formação de imagens geradas por um espelho côncavo, realizados em dois
dias diferentes. Os experimentos obtiveram resultados satisfatórios.

3
Conteúdo
1 Introdução Teórica 5
1.1 Espelhos Esféricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2 Lentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6

2 Procedimento Experimental 8
2.1 Medida do rio de curvatura e da distância focal de um espelho
côncavo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2 Medida da distância focal de uma lente convergente . . . . . . 9
2.3 Medida da distância focal de uma lente divergente . . . . . . . 9
2.4 Observação da formação de imagens geradas por lentes con-
vergentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.5 Observação da formação de imagens geradas por um espelho
côncavo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

3 Resultados e Discussão 13
3.1 Experimento 1: Medida do raio de curvatura e da distância
focal de um espelho côncavo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2 Experimento 2: Medida da distância focal de uma lente con-
vergente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.3 Experimento 3: Medida da distância focal de uma lente diver-
gente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.4 Experimento 4: Observação da formação de imagens geradas
por lentes convergentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.5 Experimento 5: Observação da formação de imagens geradas
por um espelho côncavo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

4 Conclusão 22

4
1 Introdução Teórica
Os conhecimentos necessários para a compreensão do experimento como
um todo são relativos a formação de imagens em espelhos e lentes. Primei-
ramente trataremos dos espelhos.

1.1 Espelhos Esféricos


Os espelhos esféricos podem ser de dois tipos: côncavos ou convexos.
No espelho côncavo, a superfı́cie refletora é a parte interna de uma esfera,
enquanto no espelho convexo é a parte externa. Todo espelho esférico é
caracterizado pelo raio de curvatura, pelo centro de curvatura e pelo vértice
(que é um ponto no próprio espelho). Além disso, deve-se ter em mente as
seguintes considerações sobre a reflexão de feixes de luz em espelhos esféricos:

• Todo feixe de luz que incide paralelamente ao eixo óptico do espelho


retorna sobre o foco, que fica entre o centro de curvatura e o vértice

• Todo feixe de luz que incide sobre o vértice é refletido com o mesmo
ângulo de incidência

• Todo feixe que passa pelo centro de curvatura, volta a passar por ele
após ser refletido

Sabe-se também que o foco é o ponto médio entre o centro de curvatura


e o vértice, ou seja, r = 2f .
Para os cálculos deste experimento foram usadas a equação do espelho
e para magnificação(M):
1 1 1
= + 0
f s s

o0 s0
M= =−
o s

Sendo f = distância do vértice até o foco


s = distância do objeto até o espelho
s0 = distância da imagem até o espelho
o0 = tamanho da imagem

5
o = tamanho do objeto

Os sinais de cada elemento das equações acima podem ser determi-


nados de acordo com a tabela 1:

Tabela 1: Propriedades dos Espelhos côncavos e convexos (Ta-


bela retirada do material do laboratório de óptica de São Car-
los. Acesso:http://granada.ifsc.usp.br/labApoio/images/apostilas/fisicaiv-
quimicos.pdf)
Parâmetro Sinal Positivo Sinal Negativo
Raio (R) e foco (f ) Espelho côncavo Espelho convexo
Distância do objeto (s) Objeto real -
Distância da imagem (s0 ) Imagem real Imagem virtual
Tamanho do objeto (o) Objeto -
0
Tamanho da imagem (o ) Imagem direita Imagem invertida

Acerca da formação das imagens, devemos ter em mente que, para o


espelho côncavo, teremos 5 possibilidades:
a) Objeto entre o espelho e o foco (s < f ). Nesse caso, s0 < 0 e o0 > o > 0.
A imagem é virtual, direita e ampliada;
b) Objeto sobre o foco (s = f ). Nesse caso, s0 vai a infinito. Todos os
raios são refletidos paralelamente e não há formação de imagem;
c) Objeto entre o foco e o centro de curvatura (f < s < 2f ). Nesse caso,
s0 > 0 e o0 < 0, com |o0 | > o. A imagem é real, invertida e ampliada;
d) Objeto sobre o centro de curvatura (s = 2f ). Nesse caso, s0 > 0 e
o0 < 0, com |o0 | = o. A imagem é real, invertida e do mesmo tamanho
do objeto;
e) Objeto após o centro de curvatura (s > 2f ). Nesse caso, s0 > 0 e o0 < 0,
com |o0 | < o. A imagem é real, invertida e reduzida.

1.2 Lentes
Uma lente é um corpo transparente limitado por duas superfı́cies re-
fratoras com um eixo em comum. Aqui o foco serão as lentes delgadas, cuja

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espessura é muito menor que a distância focal.
Uma lente que faz com que os raios luminosos inicialmente paralelos ao
eixo central se aproximem do eixo é chamada lente convergente; uma lente
que faz com que os raios se afastem do eixo central é chamada de lente di-
vergente.
A equação utilizada será a chamada equação dos fabricantes de lentes:

1 1 1
= (n − 1)( + )
f R1 R2

Sendo f = distância do vértice


n = ı́ndice de refração da lente
R1 = raio de curvatura da superfı́cie da lente mais próxima do objeto
R2 = raio de curvatura da outra superfı́cie

Para determinar a imagem formada por uma lente, precisamos traçar


os raios de luz que saem de um ponto e verificar onde eles se encontrarão.
Existem alguns raios que são fáceis de saber como serão refratados:

• O raio que incide na lente descrevendo uma trajetória paralela ao eixo


ótico é refletido de forma a passar pelo foco

• O raio focal, que incide na lente passando pelo foco, é refletido parale-
lamente ao eixo ótico. Essa situação é oposta à primeira, e deriva do
princı́pio da reversibilidade dos raios de luz

• O raio que incide sobre o vértice da lente a atravessa sem sofrer desvio

A imagem formada pode ser real (quando os raios se cruzam) ou virtual


(quando apenas os prolongamentos dos raios se cruzam).
As equações (número) e (número) também são válidas para as lentes, no
entanto o sinal dos elementos são diferentes, segundo a tabela 2:
Assim como no caso do espelho côncavo, a lente convergente também pode
formar diferentes tipos de imagem conforme a posição do objeto.

• Objeto entre a lente e o foco (s < f ). Nesse caso, s0 < 0 e o0 > o > 0.
A imagem é virtual, direita e ampliada;

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Tabela 2: Propriedades das Lentes divergentes e convergentes (Ima-
gem retirada do material do laboratório de óptica de São Car-
los. Acesso:http://granada.ifsc.usp.br/labApoio/images/apostilas/fisicaiv-
quimicos.pdf)
Parâmetro Sinal Positivo Sinal Negativo
Raio (R) e foco (f ) Lente convergente Lente divergente
Distância do objeto (s) Objeto real -
0
Distância da imagem (s ) Imagem real Imagem virtual
Tamanho do objeto (o) Objeto -
Tamanho da imagem (o0 ) Imagem direita Imagem invertida

• Objeto sobre o foco (s = f ). Nesse caso, s0 vai a infinito. Todos os


raios são refratados paralelamente e não há formação de imagem;

• Objeto após o foco (s > f ). Nesse caso, s0 > 0 e o0 < 0. A imagem é real
e invertida. Será ampliada se f < s < 2f e reduzida se s > 2f . Com
lentes divergentes, a imagem será sempre virtual, direita e reduzida, da
mesma forma que ocorre com espelhos convexos.

Com lentes divergentes, a imagem será sempre virtual, direita e redu-


zida, da mesma forma que ocorre com espelhos convexos.

2 Procedimento Experimental
2.1 Medida do rio de curvatura e da distância focal de
um espelho côncavo
Foi feito o alinhamento do feixe de luz laser com o trilho óptico, utili-
zando os pinos e movendo o laser lateralmente, até a interceptação do feixe
com o pino. Deslizou-se o pino ao longo do trilho e verificou-se que o feixe
continuou a intercepta-lo, garantindo o alinhamento.
Colocou-se o conjunto de espelho e semi-espelho em um cavalete com
ajuste lateral, posicionado de modo que o feixe de luz laser pôde atravessar o
semi-espelho, para obter dois feixes a partir de uma única fonte de luz laser.
O alinhamento dos feixes com o trilho óptico foi verificado.
Em seguida um espelho côncavo foi colocado em um suporte óptico, e
esse conjunto (espelho + suporte) foi colocado no trilho óptico de modo que

8
o feixe de referência (feixe transmitido pelo semi-espelho) incidisse no centro
do mesmo.
Uma pequena régua milimetrada foi colocada em um cavalete e posi-
cionada entre o divisor de feixe e o espelho. Transladou-se o conjunto e
observou-se a posição em que o feixe de referência coincidiu como feixe late-
ral (feixe refletido pelo semi-espelho), determinando assim o ponto focal. A
distância entre esse ponto e o espelho (distância focal) foi medida.

2.2 Medida da distância focal de uma lente conver-


gente
Utilizando a mesma montagem anterior, o espelho foi substituı́do por
uma lente convergente, que foi posicionada no trilho óptico de modo que o
feixe de referência incidiu aproximadamente no centro da lente.
O cavalete com a régua transparente foi posicionado atrás da lente. Transladou-
se a régua ao longo do trilho e observou-se a posição em que o feixe de
referência coincidiu espacialmente com o feixe lateral, encontrando assim o
ponto focal. A distância entre esse ponto e o centro da lente (distância focal)
foi medida.

2.3 Medida da distância focal de uma lente divergente


Utilizando a mesma montagem do procedimento “I. Medida do rio de
curvatura e da distância focal de um espelho côncavo”, o feixe lateral foi
bloqueado e a lente foi posicionada lateralmente a lente(horizontal everti-
calmente) para que as duas reflexões do feixe incidente (de referência) em
cadaface da lente sejam superpostas. O ângulo da lente foi ajustado para
que essas duasreflexões voltem na direção do feixe incidente, garantindo que
o feixe dereferência passasse pelo vértice da lente.
Uma pequena régua milimetrada foi colocada em um cavalete e posi-
cionada entre o divisor de feixe e o espelho. Transladou-se o conjunto e
observou-se a posição em que o feixe de referência coincidiu como feixe late-
ral (feixe refletido pelo semi-espelho), determinando assim o ponto focal. A
distância entre esse ponto e o espelho (distância focal) foi medida.
A lente foi então removida, virada ao contrário e fixada novamente ao
suporte. O alinhamento dos feixes refletidos foi verificado e a distância focal
foi medida.

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2.4 Observação da formação de imagens geradas por
lentes convergentes
A montagem do experimento foi feita conforme a Figura 1.

Figura 1: Fotografia da montagem experimental para a observação


da formação de imagens geradas por lentes convergentes (Ima-
gem retirada do material do laboratório de óptica de São Carlos.
Acesso:http://granada.ifsc.usp.br/labApoio/images/apostilas/fisicaiv-
quimicos.pdf)

Uma lanterna foi posicionada no trilho óptico e um objeto com uma


fenda foi encaixado na lanterna. Um suporte com lente foi colocado a 25cm
da lanterna (situação 1), e um anteparo foi colocado atrás da lente e foi
movido sob o trilho até obter a imagem mais nı́tida possı́vel.
Foi possı́vel observar as caracterı́sticas da imagem quanto ao tamanho,
natureza e orientação. Foram medidas as distâncias s (distância do objeto
ao espelho), s0 (distância da imagem ao espelho), o0 (tamanho da imagem).
O experimento foi repetido para s = 33cm e s = 8, 2cm.

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2.5 Observação da formação de imagens geradas por
um espelho côncavo
A montagem do experimento foi feita conforme a figura 2.

Figura 2: Montagem experimental para determinação do centro de


curvatura de um espelho côncavo utilizando uma lanterna (Ima-
gem retirada do material do laboratório de óptica de São Car-
los. Acesso:http://granada.ifsc.usp.br/labApoio/images/apostilas/fisicaiv-
quimicos.pdf)

Uma fenda iluminada em forma de seta foi colocada perpendicularmente


e próximo ao eixo óptico do espelho. Moveu-se o espelho até que sua ima-
gem nı́tida foi formada no plano do objeto, e até que a posição da imagem
coincidiu com a do objeto.
Foi montado um aparato experimental conforme figura 3.

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Figura 3: Montagens experimentais para experimentos com imagens
reais formadas por espelhos côncavos utilizando uma lanterna (Ima-
gem retirada do material do laboratório de óptica de São Car-
los. Acesso:http://granada.ifsc.usp.br/labApoio/images/apostilas/fisicaiv-
quimicos.pdf)

Um espelho côncavo foi posicionado no trilho óptico em frente da fenda


iluminada (objeto). Foi colocado um pequeno anteparo num suporte, per-
mitindo que a borda superior do cartão ficasse na altura da metade do ob-
jeto. Inclinando ligeiramente para baixo o espelho, observou-se uma imagem
nı́tida se formar no cartão. Movendo ligeiramente o cartão ao longo do trilho
verificou-se a focalização da imagem (situação 1).
Moveu-se o espelho de modo que o objeto esteja posicionado entre o seu
centro de curvatura e o foco (situação 2). Neste caso, a metade inferior do
espelho ficou alinhada com o eixo óptico (como na figura 3b) e o espelho foi
inclinado ligeiramente para cima. Utilizando a equação Gauss foi determi-
nada a posição da imagem, sendo possı́vel posicionar o anteparo na posição
encontrada e ajustá-lo até obter uma imagem nı́tida.
A distância entre a imagem e o espelho foi medida, assim como o tamanho
da imagem.

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3 Resultados e Discussão
3.1 Experimento 1: Medida do raio de curvatura e da
distância focal de um espelho côncavo
• Resultados da medida da distância focal de um espelho côncavo:

– Incerteza da régua: ±0, 5cm

– Distância focal medida: 4, 2cm ± 0, 5cm


– Raio de curvatura: 8, 4cm ± 0, 5cm

3.2 Experimento 2: Medida da distância focal de uma


lente convergente
• Resultados da medida da distância focal de um espelho côncavo:

– Incerteza da régua: ±0, 5cm

– Distância focal medida: 4, 9cm ± 0, 5cm

3.3 Experimento 3: Medida da distância focal de uma


lente divergente
• Resultados da medidas de f1 e f2 :

– Incerteza da régua: ±0, 5cm


– Distância f1 : 7, 7cm
– Distância f2 : 7, 5cm

• Sabendo que R1 = 2f1 e R2 = 2f2 :

R1 = 15, 4cm

R2 = 15, 0cm

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• Pela Equação dos Fabricantes de Lentes(15), dada por:
1 1 1
= (n − 1)( + )
f R1 R2

e pelo ı́ndice de refração n = 1, 515 do vidro BK7 (dado retirado do


artigo da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), temos que:
1 1 1
= (1, 515 − 1)( + )
f 15, 4 15
1
= 0, 068
f
f = 14, 71cm

• Calculando a incerteza pelas derivadas parciais, sabendo que ϑR1 =


ϑR2 = ±0, 5cm, tem-se:
δf 2 2 δf 2 2
ϑ2f = ( ) ϑR1 + ( )ϑ
δR1 δR2 R2

1 R22 R12
ϑ2f = [( 2
2 2
) ϑR1 + ( 2
)2 ϑ2R2 ]
n − 1 (R1 + R2 ) (R1 + R2 )
1 152 15, 42
ϑ2f = [( 2
)2 2
ϑR1 + ( 2
)2 ϑ2R2 ]
1, 515 − 1 (15, 4 + 15) (15, 4 + 15)
ϑf = ±0, 25cm

Portanto:
f = 14, 71cm ± 0, 25cm

3.4 Experimento 4: Observação da formação de ima-


gens geradas por lentes convergentes
a) • A imagem obtida apresentou um tamanho reduzido, natureza real e
invertida
• Resultados da medidas de s,s0 ,o e o0 :
– s = 25, 0cm
– s0 = 8, 2cm

14
– o = 1, 5cm
– o0 = 0, 5cm
• Fazendo uso das Equações de Magnificação e de Gauss:
1 1 1
= + 0
f s s

o0 s0
M= =−
o s
Temos o f :
1 1 1
= +
f 25 8, 2
f = 6, 20cm
e o M:
s0
M =−
s
−8, 2
M=
25
M = −0, 33
• Calculando a incerteza de f pelas derivadas parciais, sabendo que
ϑs = ϑs0 = ±0, 5cm, tem-se:
δf 2 2 δf
ϑ2f = ( ) ϑs + ( )2 ϑ2s0
δs δs 0

s02 s2
ϑ2f = ( )2 2
ϑ + ( )2 ϑ20
(s + s0 )2 s (s + s0 )2 s
8, 2 252
ϑ2f = ( )2
0, 52
+ ( )2 0, 52
(25 + 8, 2)2 (25 + 8, 2)2
ϑf = ±0, 28cm

f = 6, 20cm ± 0, 28cm

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• Calculando a incerteza de M pelas derivadas parciais:
ϑM 2 ϑs0 ϑs
( ) = ( 0 )2 + ( )2
M s s
ϑM 2 0, 5 2 0, 5 2
( ) =( ) +( )
0, 33 8, 2 25
ϑM = ±0, 02

M = 0, 33 ± 0, 02

• Calculando o Erro percentual de f comparando com o foco da


parte 2 do experimento, temos:

|f − fex2 |
E% = , fex2 = 4, 9cm
fex2

|6, 2 − 4, 9|
E% =
4, 9

E% = 0, 26

b) • A imagem obtida apresentou um tamanho reduzido, natureza real e


invertida
• Resultados da medidas de s,s0 ,o e o0 :
– s = 33, 0cm
– s0 = 8, 0cm
– o = 1, 5cm
– o0 = 0, 3cm
• Fazendo uso das Equações de Magnificação e de Gauss:
1 1 1
= + 0
f s s

16
o0 s0
M= =−
o s

Temos o f :
1 1 1
= +
f 33 8, 0

f = 6, 4cm

e o M:
s0
M =−
s
−8, 0
M=
33

M = −0, 24

• Calculando a incerteza de f pelas derivadas parciais, sabendo que


ϑs = ϑs0 = ±0, 5cm, tem-se:
δf 2 2 δf
ϑ2f = ( ) ϑs + ( )2 ϑ2s0
δs δs 0

s02 s2
ϑ2f = ( )2 2
ϑ + ( )2 ϑ20
(s + s0 )2 s (s + s0 )2 s
8 332
ϑ2f = ( )2
0, 52
+ ( )2 0, 52
(33 + 8)2 (33 + 8)2
ϑf = ±0, 32cm

f = 6, 40cm ± 0, 32cm

17
• Calculando a incerteza de M pelas derivadas parciais:
ϑM 2 ϑs0 ϑs
( ) = ( 0 )2 + ( )2
M s s
ϑM 2 0, 5 2 0, 5 2
( ) =( ) +( )
0, 24 8 33
ϑM = ±0, 015

M = 0, 24 ± 0, 02

• Calculando o Erro percentual de f comparando com o foco da


parte 2 do experimento, temos:
|f − fex2 |
E% = , fex2 = 4, 9cm
fex2
|6, 4 − 4, 9|
E% =
4, 9

E% = 0, 31
c) • Por se tratar de uma posição mais próxima que o foco, pode-se afir-
mar que a imagem projetada será virtual e no mesmo lado que
o próprio objeto, sendo assim, caso seja disposta um plano entre
o objeto e a lente, a partir da definição e nitidez da imagem é
possı́vel determinar o foco

3.5 Experimento 5: Observação da formação de ima-


gens geradas por um espelho côncavo
a) • Quando o plano do objeto é posicionado em uma determinada parte
do trilho onde o tamanho da imagem é o mesmo do objeto e é
invertido pode-se dizer que encontramos o centro de curvatura do
espelho, já que devido a sua simetria, os raios de luz convergem
para a posição logo a baixo do centro de curvatura dando origem
a imagem.

18
• O valor encontrado é para o centro de curvatura C é de 7, 4cm e,
portanto, foco f de 3, 7cm, o qual se torna viável a medida que
varia em 0, 5cm do valor de fexp1 , aproximadamente, dentro da
incerteza do equipamento de ±0, 5cm.
b) • Ainda que alguns raios de luz vindos do objeto sejam barrados pelo
cartão, há raios em todo o comprimento do objeto que chegam ao
espelho e geram a imagem de forma integral.
c) Situação 1:
• A partir do f da parte 1 do experimento, pelas equações de Mag-
nificação e Gauss e pelas medidas do objeto e seu posicionamento,
já apresentadas anteriormente, temos:
– s(cm) = 19, 5cm ± 0, 5cm
– Tamanho do objeto (cm) = 1, 5cm ± 0, 5cm
– s0 (cm)(medido) = 4, 5cm ± 0, 5cm
– o0 (cm)(medido) = 0, 5cm ± 0, 5cm
– Cálculo da distância s0 :

∗ Situação 1:
1 1 1
= + 0
4, 2 19, 5 s1

s01 = 5, 40cm
∗ Situação 2:
1 1 1
= + 0
4, 2 5, 4 s2

s02 = 18, 90cm


– Calculando as devidas incertezas de s’:
δs0 2 2 δs0
ϑ2s0 = ( ) ϑf + ( )2 ϑ2s
δf δs
f2 s2
ϑ2s0 = ( )2 2
ϑ + ( )2 ϑ2
(s − f )2 s (s − f )2 f

19
∗ Situação 1:
ϑ2s01 = (0, 075)0, 25 + (1, 624)0, 25
ϑs01 = ±0, 65cm
s01 = 5, 40cm ± 0, 65cm
∗ Situação 2:
ϑ2s02 = (12, 25)0, 25 + (20, 25)0, 25
ϑs02 = ±2, 85cm
s02 = 18, 90cm ± 2, 85cm
– Cálculo da distância o0 :

∗ Situação 1:
−5, 3 o0
=
19, 5 1, 5

o01 = 0, 40cm
∗ Situação 2:
−18, 9 o0
=
15, 4 1, 5

o02 = 5, 25cm
– Calculando as devidas incertezas de o’:
δo 0 2 2 δo 0 δo 0
ϑ2o0 = ( ) ϑo + ( )2 ϑ2s0 +( )2 ϑ2s
δo δs 0 δs
s0 o s0 o
ϑ2o0 = (− )2 ϑ2o + (− )2 ϑ2s0 +( 2 )2 ϑ2s
s s s
∗ Situação 1:
ϑ2o01 = (0, 074)0, 25 + (0, 006)0, 4225 + (0, 0004)0, 25
ϑo01 = ±0, 15cm
o01 = 0, 40cm ± 0, 15cm

20
∗ Situação 2:

ϑ2o01 = (12, 25)0, 25 + (0, 278)0, 4225 + (0, 972)0, 25

ϑo02 = ±1, 85cm


o02 = 5, 25cm ± 1, 85cm
– Cálculo da distância f :

∗ Situação 1:
1 1 1
= +
f1 19, 5 4, 5

f1 = 3, 7cm
∗ Situação 2:
1 1 1
= +
f2 5, 4 18, 9

f2 = 4, 2cm
– Calculando as devidas incertezas de f :
δf 2 2 δf
ϑ2f = ( ) ϑs + ( )2 ϑ2s0
δs δs 0

s02 s2
ϑ2f = ( )2 2
ϑ + ( )2 ϑ20
(s + s0 )2 s (s + s0 )2 s
∗ Situação 1:

ϑ2f1 = (0, 045)2 0, 52 + (0, 618)2 0, 52

ϑf1 = ±0, 31cm

f1 = 3, 70cm ± 0, 31cm

21
∗ Situação 1:

ϑ2f2 = (0, 605)2 0, 52 + (0, 049)2 0, 52

ϑf2 = ±0, 30cm

f2 = 6, 20cm ± 0, 30cm
– Calculando os erros E%:
medido − exp
E% =
exp
∗ Situação 1:
De acordo com os cálculos desenvolvidos:

Es01 % = 15, 09%

Eo01 % = 25%
∗ Situação 2:
De acordo com os cálculos desenvolvidos:

Es02 % = 49, 7%

Eo02 % = 14, 3%

d) A imagem formada na situação 2 é de natureza real, maior e tem ori-


entação invertida em relação ao objeto, assim como previu a teoria.

4 Conclusão
Os experimentos realizados foram de grande importância para a con-
firmação das teorias que envolvem fenômenos ópticos.
O resultado experimental obtido na primeira parte contribuiu para a re-
alização dos cálculos na parte 5, onde foi possı́vel perceber que na situação
1 os resultados tiveram boa precisão tanto para o’ como para s’. Mas na
situação 2 nota-se um erro demasiadamente grande para s’(49,7%), apesar
do erro ser bem menor para o’ (14,3%). Tal erro pode ser atribuı́do a falta
de prática no manuseio com os equipamentos.

22
Na parte 2 do experimento foi obtido o valor experimental da distância
focal de uma lente convergente, e foi importante para a comparação com os
resultados do experimento 4, onde esse valor foi calculado. Obteve-se um
erro de 26% na situação 1 e de 31,4% na situação 2.
A medida da distância focal de uma lente divergente foi realizada na parte
3, onde foi comprovada a aplicação da equação dos fabricantes de lentes.

Referências
• SERWAY, Raymond A.; JEWETT, John W.. Princı́pios de Fı́sica 4:
Óptica e Fı́sica Moderna. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

• HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamen-


tos de Fı́sica: Óptica e Fı́sica Moderna. Rio de Janeiro: Ltc, 2012.

• INSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS (São Paulo). Univer-


sidade de São Paulo. Laboratório de Óptica. 2015. Eduardo Ri-
beiro de Azevedo e Luiz Antônio de Oliveira Nunes. Disponı́vel em:
¡http://granada.ifsc.usp.br/labApoio/images/apostilas/fisicaiv-quimicos.pdf¿.
Acesso em: 28 ago. 2019.

• PAULO RENATO ESPINDOLA (Cidade Universitária de Dourados).


Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul. DETERMINAÇÃO DO
ÍNDICE DE REFRAÇÃO EM VIDROS: ALUMINATO DE CÁLCIO
DOPADOS COM ÍONS DE Ti3+ USANDO O INTERFERÔMETRO
DE MICHELSON. 2015. Disponı́vel em: ¡https://anaisonline.uems.br¿.
Acesso em: 19 set. 2019.

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