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Resumo
A formação de imagens por espelhos e lentes pode se dar, tanto através
da reflexão, como também da refração. Esses instrumentos são usados hoje
em uma grande variedade de aplicações, desde espelhos retrovisores para car-
ros até microscópios. Os experimentos descritos nesse relatório consistiram
na análise prática desses conceitos estudados em sala, e foram realizados por
um grupo de 3 alunos. A proposta foi apresentada na disciplina Fı́sica Expe-
rimental 4, e os procedimentos foram executados no laboratório presente na
Escola de Engenharia de Lorena - Universidade de São Paulo (EEL-USP). O
experimento foi dividido em cinco partes: medida do raio de curvatura e da
distância focal de um espelho côncavo; medida da distância focal de uma lente
convergente; medida da distância focal de uma lente divergente; observação
da formação de imagens geradas por lentes convergentes e observação da
formação de imagens geradas por um espelho côncavo, realizados em dois
dias diferentes. Os experimentos obtiveram resultados satisfatórios.
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Conteúdo
1 Introdução Teórica 5
1.1 Espelhos Esféricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2 Lentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2 Procedimento Experimental 8
2.1 Medida do rio de curvatura e da distância focal de um espelho
côncavo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.2 Medida da distância focal de uma lente convergente . . . . . . 9
2.3 Medida da distância focal de uma lente divergente . . . . . . . 9
2.4 Observação da formação de imagens geradas por lentes con-
vergentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.5 Observação da formação de imagens geradas por um espelho
côncavo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3 Resultados e Discussão 13
3.1 Experimento 1: Medida do raio de curvatura e da distância
focal de um espelho côncavo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2 Experimento 2: Medida da distância focal de uma lente con-
vergente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.3 Experimento 3: Medida da distância focal de uma lente diver-
gente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.4 Experimento 4: Observação da formação de imagens geradas
por lentes convergentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.5 Experimento 5: Observação da formação de imagens geradas
por um espelho côncavo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4 Conclusão 22
4
1 Introdução Teórica
Os conhecimentos necessários para a compreensão do experimento como
um todo são relativos a formação de imagens em espelhos e lentes. Primei-
ramente trataremos dos espelhos.
• Todo feixe de luz que incide sobre o vértice é refletido com o mesmo
ângulo de incidência
• Todo feixe que passa pelo centro de curvatura, volta a passar por ele
após ser refletido
o0 s0
M= =−
o s
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o = tamanho do objeto
1.2 Lentes
Uma lente é um corpo transparente limitado por duas superfı́cies re-
fratoras com um eixo em comum. Aqui o foco serão as lentes delgadas, cuja
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espessura é muito menor que a distância focal.
Uma lente que faz com que os raios luminosos inicialmente paralelos ao
eixo central se aproximem do eixo é chamada lente convergente; uma lente
que faz com que os raios se afastem do eixo central é chamada de lente di-
vergente.
A equação utilizada será a chamada equação dos fabricantes de lentes:
1 1 1
= (n − 1)( + )
f R1 R2
• O raio focal, que incide na lente passando pelo foco, é refletido parale-
lamente ao eixo ótico. Essa situação é oposta à primeira, e deriva do
princı́pio da reversibilidade dos raios de luz
• O raio que incide sobre o vértice da lente a atravessa sem sofrer desvio
• Objeto entre a lente e o foco (s < f ). Nesse caso, s0 < 0 e o0 > o > 0.
A imagem é virtual, direita e ampliada;
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Tabela 2: Propriedades das Lentes divergentes e convergentes (Ima-
gem retirada do material do laboratório de óptica de São Car-
los. Acesso:http://granada.ifsc.usp.br/labApoio/images/apostilas/fisicaiv-
quimicos.pdf)
Parâmetro Sinal Positivo Sinal Negativo
Raio (R) e foco (f ) Lente convergente Lente divergente
Distância do objeto (s) Objeto real -
0
Distância da imagem (s ) Imagem real Imagem virtual
Tamanho do objeto (o) Objeto -
Tamanho da imagem (o0 ) Imagem direita Imagem invertida
• Objeto após o foco (s > f ). Nesse caso, s0 > 0 e o0 < 0. A imagem é real
e invertida. Será ampliada se f < s < 2f e reduzida se s > 2f . Com
lentes divergentes, a imagem será sempre virtual, direita e reduzida, da
mesma forma que ocorre com espelhos convexos.
2 Procedimento Experimental
2.1 Medida do rio de curvatura e da distância focal de
um espelho côncavo
Foi feito o alinhamento do feixe de luz laser com o trilho óptico, utili-
zando os pinos e movendo o laser lateralmente, até a interceptação do feixe
com o pino. Deslizou-se o pino ao longo do trilho e verificou-se que o feixe
continuou a intercepta-lo, garantindo o alinhamento.
Colocou-se o conjunto de espelho e semi-espelho em um cavalete com
ajuste lateral, posicionado de modo que o feixe de luz laser pôde atravessar o
semi-espelho, para obter dois feixes a partir de uma única fonte de luz laser.
O alinhamento dos feixes com o trilho óptico foi verificado.
Em seguida um espelho côncavo foi colocado em um suporte óptico, e
esse conjunto (espelho + suporte) foi colocado no trilho óptico de modo que
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o feixe de referência (feixe transmitido pelo semi-espelho) incidisse no centro
do mesmo.
Uma pequena régua milimetrada foi colocada em um cavalete e posi-
cionada entre o divisor de feixe e o espelho. Transladou-se o conjunto e
observou-se a posição em que o feixe de referência coincidiu como feixe late-
ral (feixe refletido pelo semi-espelho), determinando assim o ponto focal. A
distância entre esse ponto e o espelho (distância focal) foi medida.
9
2.4 Observação da formação de imagens geradas por
lentes convergentes
A montagem do experimento foi feita conforme a Figura 1.
10
2.5 Observação da formação de imagens geradas por
um espelho côncavo
A montagem do experimento foi feita conforme a figura 2.
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Figura 3: Montagens experimentais para experimentos com imagens
reais formadas por espelhos côncavos utilizando uma lanterna (Ima-
gem retirada do material do laboratório de óptica de São Car-
los. Acesso:http://granada.ifsc.usp.br/labApoio/images/apostilas/fisicaiv-
quimicos.pdf)
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3 Resultados e Discussão
3.1 Experimento 1: Medida do raio de curvatura e da
distância focal de um espelho côncavo
• Resultados da medida da distância focal de um espelho côncavo:
R1 = 15, 4cm
R2 = 15, 0cm
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• Pela Equação dos Fabricantes de Lentes(15), dada por:
1 1 1
= (n − 1)( + )
f R1 R2
1 R22 R12
ϑ2f = [( 2
2 2
) ϑR1 + ( 2
)2 ϑ2R2 ]
n − 1 (R1 + R2 ) (R1 + R2 )
1 152 15, 42
ϑ2f = [( 2
)2 2
ϑR1 + ( 2
)2 ϑ2R2 ]
1, 515 − 1 (15, 4 + 15) (15, 4 + 15)
ϑf = ±0, 25cm
Portanto:
f = 14, 71cm ± 0, 25cm
14
– o = 1, 5cm
– o0 = 0, 5cm
• Fazendo uso das Equações de Magnificação e de Gauss:
1 1 1
= + 0
f s s
o0 s0
M= =−
o s
Temos o f :
1 1 1
= +
f 25 8, 2
f = 6, 20cm
e o M:
s0
M =−
s
−8, 2
M=
25
M = −0, 33
• Calculando a incerteza de f pelas derivadas parciais, sabendo que
ϑs = ϑs0 = ±0, 5cm, tem-se:
δf 2 2 δf
ϑ2f = ( ) ϑs + ( )2 ϑ2s0
δs δs 0
s02 s2
ϑ2f = ( )2 2
ϑ + ( )2 ϑ20
(s + s0 )2 s (s + s0 )2 s
8, 2 252
ϑ2f = ( )2
0, 52
+ ( )2 0, 52
(25 + 8, 2)2 (25 + 8, 2)2
ϑf = ±0, 28cm
f = 6, 20cm ± 0, 28cm
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• Calculando a incerteza de M pelas derivadas parciais:
ϑM 2 ϑs0 ϑs
( ) = ( 0 )2 + ( )2
M s s
ϑM 2 0, 5 2 0, 5 2
( ) =( ) +( )
0, 33 8, 2 25
ϑM = ±0, 02
M = 0, 33 ± 0, 02
|f − fex2 |
E% = , fex2 = 4, 9cm
fex2
|6, 2 − 4, 9|
E% =
4, 9
E% = 0, 26
16
o0 s0
M= =−
o s
Temos o f :
1 1 1
= +
f 33 8, 0
f = 6, 4cm
e o M:
s0
M =−
s
−8, 0
M=
33
M = −0, 24
s02 s2
ϑ2f = ( )2 2
ϑ + ( )2 ϑ20
(s + s0 )2 s (s + s0 )2 s
8 332
ϑ2f = ( )2
0, 52
+ ( )2 0, 52
(33 + 8)2 (33 + 8)2
ϑf = ±0, 32cm
f = 6, 40cm ± 0, 32cm
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• Calculando a incerteza de M pelas derivadas parciais:
ϑM 2 ϑs0 ϑs
( ) = ( 0 )2 + ( )2
M s s
ϑM 2 0, 5 2 0, 5 2
( ) =( ) +( )
0, 24 8 33
ϑM = ±0, 015
M = 0, 24 ± 0, 02
E% = 0, 31
c) • Por se tratar de uma posição mais próxima que o foco, pode-se afir-
mar que a imagem projetada será virtual e no mesmo lado que
o próprio objeto, sendo assim, caso seja disposta um plano entre
o objeto e a lente, a partir da definição e nitidez da imagem é
possı́vel determinar o foco
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• O valor encontrado é para o centro de curvatura C é de 7, 4cm e,
portanto, foco f de 3, 7cm, o qual se torna viável a medida que
varia em 0, 5cm do valor de fexp1 , aproximadamente, dentro da
incerteza do equipamento de ±0, 5cm.
b) • Ainda que alguns raios de luz vindos do objeto sejam barrados pelo
cartão, há raios em todo o comprimento do objeto que chegam ao
espelho e geram a imagem de forma integral.
c) Situação 1:
• A partir do f da parte 1 do experimento, pelas equações de Mag-
nificação e Gauss e pelas medidas do objeto e seu posicionamento,
já apresentadas anteriormente, temos:
– s(cm) = 19, 5cm ± 0, 5cm
– Tamanho do objeto (cm) = 1, 5cm ± 0, 5cm
– s0 (cm)(medido) = 4, 5cm ± 0, 5cm
– o0 (cm)(medido) = 0, 5cm ± 0, 5cm
– Cálculo da distância s0 :
∗ Situação 1:
1 1 1
= + 0
4, 2 19, 5 s1
s01 = 5, 40cm
∗ Situação 2:
1 1 1
= + 0
4, 2 5, 4 s2
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∗ Situação 1:
ϑ2s01 = (0, 075)0, 25 + (1, 624)0, 25
ϑs01 = ±0, 65cm
s01 = 5, 40cm ± 0, 65cm
∗ Situação 2:
ϑ2s02 = (12, 25)0, 25 + (20, 25)0, 25
ϑs02 = ±2, 85cm
s02 = 18, 90cm ± 2, 85cm
– Cálculo da distância o0 :
∗ Situação 1:
−5, 3 o0
=
19, 5 1, 5
o01 = 0, 40cm
∗ Situação 2:
−18, 9 o0
=
15, 4 1, 5
o02 = 5, 25cm
– Calculando as devidas incertezas de o’:
δo 0 2 2 δo 0 δo 0
ϑ2o0 = ( ) ϑo + ( )2 ϑ2s0 +( )2 ϑ2s
δo δs 0 δs
s0 o s0 o
ϑ2o0 = (− )2 ϑ2o + (− )2 ϑ2s0 +( 2 )2 ϑ2s
s s s
∗ Situação 1:
ϑ2o01 = (0, 074)0, 25 + (0, 006)0, 4225 + (0, 0004)0, 25
ϑo01 = ±0, 15cm
o01 = 0, 40cm ± 0, 15cm
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∗ Situação 2:
∗ Situação 1:
1 1 1
= +
f1 19, 5 4, 5
f1 = 3, 7cm
∗ Situação 2:
1 1 1
= +
f2 5, 4 18, 9
f2 = 4, 2cm
– Calculando as devidas incertezas de f :
δf 2 2 δf
ϑ2f = ( ) ϑs + ( )2 ϑ2s0
δs δs 0
s02 s2
ϑ2f = ( )2 2
ϑ + ( )2 ϑ20
(s + s0 )2 s (s + s0 )2 s
∗ Situação 1:
f1 = 3, 70cm ± 0, 31cm
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∗ Situação 1:
f2 = 6, 20cm ± 0, 30cm
– Calculando os erros E%:
medido − exp
E% =
exp
∗ Situação 1:
De acordo com os cálculos desenvolvidos:
Eo01 % = 25%
∗ Situação 2:
De acordo com os cálculos desenvolvidos:
Es02 % = 49, 7%
Eo02 % = 14, 3%
4 Conclusão
Os experimentos realizados foram de grande importância para a con-
firmação das teorias que envolvem fenômenos ópticos.
O resultado experimental obtido na primeira parte contribuiu para a re-
alização dos cálculos na parte 5, onde foi possı́vel perceber que na situação
1 os resultados tiveram boa precisão tanto para o’ como para s’. Mas na
situação 2 nota-se um erro demasiadamente grande para s’(49,7%), apesar
do erro ser bem menor para o’ (14,3%). Tal erro pode ser atribuı́do a falta
de prática no manuseio com os equipamentos.
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Na parte 2 do experimento foi obtido o valor experimental da distância
focal de uma lente convergente, e foi importante para a comparação com os
resultados do experimento 4, onde esse valor foi calculado. Obteve-se um
erro de 26% na situação 1 e de 31,4% na situação 2.
A medida da distância focal de uma lente divergente foi realizada na parte
3, onde foi comprovada a aplicação da equação dos fabricantes de lentes.
Referências
• SERWAY, Raymond A.; JEWETT, John W.. Princı́pios de Fı́sica 4:
Óptica e Fı́sica Moderna. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
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