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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JATAÍ

LABORATÓRIO DE FÍSICA 4

Lentes esféricas

Ana Gabriela Machado Nunes


Edson Eduardo Borges da Silva
Reidner Costa Silva
Introdução
Lentes esféricas são sistemas ópticos capazes de promover a refração da
luz visível. São compostos por meios ópticos homogêneos e transparentes.
Nesse sistema, dois dioptros estão associados, sendo que um deles é
necessariamente esférico. Já o outro dioptro, pode ser plano ou esférico.
As lentes possuem uma grande importância nas nossas vidas, posto que
com elas podemos aumentar ou reduzir o tamanho de um objeto.
Muitos objetos do dia- a - dia utilizam lentes esféricas. Como por exemplo:
óculos, lupa, microscópios, telescópios, câmeras fotográficas, filmadoras e
projetores.
As lentes esféricas, são capazes de produzir imagens tanto virtuais, como
reais. Isso porque o índice de refração e a geometria delas alteram a direção de
propagação dos raios de luz.

Tipos de Lentes Esféricas

Dividem-se em lentes côncavas e convexas, que são, respectivamente,


lentes de bordas largas e lentes de bordas finas.
As lentes convexas, é convergente. Pois, quando a luz passa pela lente
forma um feixe cônico convergente, ou seja, os raios de luz convergem. Assim
como na imagem 1.
Imagem 1: esquema de lente convergente.

As lentes côncavas, são divergentes. Pois, quando a luz passa pela lente
forma um feixe cônico divergente, ou seja, os raios de luz se divergem. Assim
como na imagem 2.
Imagem 2: Esquema de lente divergente
Ser convergente ou divergente, está ligado ao índice de refração do material
que é feito a lente. E ao índice de refração do meio onde a lente está sendo
utilizada. Quando a espessura da lente é muito menor que os raios de curvatura
das faces esféricas, ela será chamada de lente delgada. Podemos então ter
lentes delgadas convergentes e divergeentes.
Existem seis tipos de lentes. Três formatos de lentes côncavas e três
formatos de lentes convexas. Como na imagem 3.

Imagem 3: Nomenclatura e tipos de lentes.

Lentes Convergentes
Lente biconvexa: possui duas faces convexas.
Lente plano- convexa: uma face é plana, e o outra, convexa.
Lente Côncavo-convexa: uma face é côncava, e o outra, convexa.

As imagens podem ser formadas em cinco casos:


• Imagem real, invertida e menor do que o objeto
• Imagem real, invertida e mesmo tamanho do objeto
• Imagem real, invertida e maior que o objeto
• Imagem imprópria (está no infinito
• Imagem virtual, a direita do objeto e maior do que ele.
Lentes Divergentes
Lente bicôncava: possui duas faces côncavas
Lente plano côncava: uma face é plana, e a outra, côncava
Lente convexa-côncava: uma face é convexa, e a outra, côncava
A formação de imagem é sempre: virtual, a direita do objeto e menor do que
ele.
Toda lente esférica, possuem os mesmos elementos geométricos. Assim como
na imagem 4, onde os elementos são:
C.O: centro óptico;
F e F’: foco principal objeto e foco principal imagem (F e F');
A e A’: foco antiprincipal objeto e foco antiprincipal imagem, também conhecidos
como centros de curvatura no caso dos espelhos esféricos (A e A');
Imagem 4: elementos geométricos da lente esférica.
A distância entre o centro óptico da lente e o foco principal objeto é chamada
de distância focal (f); do mesmo modo, a distância entre o centro óptico e o foco
antiprincipal objeto é chamado de raio de curvatura.
A linha que separa as duas partes da lente é chamada de eixo de simetria.
A partir do referencial de Gauss é possível definir a convenção de sinais da
lente esférica. Pontos localizados acima do eixo, terá sinal positivo, abaixo do
eixo terá sinal negativo, e pontos localizados á direita e a esquerda,
respectivamente terão sinal positivo e negativo. Assim como na imagem baixo.

Imagem 5: Referencial de Gauss para lentes esféricas.

Tanto o foco principal quanto o foco antiprincipal das lentes divergentes,


como as lentes côncavas, são negativos. E quando o tamanho da imagem tiver
o sinal negativo, isso indicará que ela está invertida. Por fim, se a posição de
uma imagem é positiva, isso indica que essa imagem é real; do contrário, se a
posição da imagem fosse negativa, essa imagem seria virtual.

Desenvolvimento
A equação dos pontos conjugados (1) fornece a posição e a altura da
imagem conjugada por uma lente esférica. Para isso, basta ter a posição e o
tamanho do objeto.
(1)
Onde:
• f – distância focal;
• p e p' – posição do objeto e da imagem;
Cada lente apresenta uma potência focal, ou seja, a capacidade de convergir
ou divergir os raios de luz. A potência focal é calculada pela fórmula:

P = 1/f (2)

Sendo,

P: potência focal
f: distância focal (da lente ao foco)

No Sistema Internacional, a potência focal é medida em Dioptria (D) e a


distância focal em metros (m).
Importante notar que nas lentes convergentes, a distância focal é positiva,
por isso também são chamadas de lentes positivas. Já nas lentes divergentes
ela é negativa, e portanto, são chamadas de lentes negativas.

Objetivo

Conceituar uma lente; selecionar as lentes conforme o grupo divergente ou


convergente; identificar os três raios incidentes principais; determinar, a partir de
uma lente esférica, as cotas de identificação dos seguintes elementos: centro
óptico; vértice; eixo óptico; raio de curvatura e
convergência da lente;

Material Utilizados
Para a realização deste experimento foram necessários os seguintes materiais:
Um painel principal (01);
Tripé delta-max (03);
2 hastes de 800 mm (04);
Perfil dióptrico em forma de meio círculo (17);
Perfil dióptrico biconvexo (17);
Perfil dióptrico bicôncavo (17);
Perfil dióptrico plano-côncavo (17);
Perfil dióptrico plano-convexo (17);
Fonte de duplo laser (23) e disco óptico girante (24).
Foi montado então um sistema com esses materiais, no qual foi fixado no centro
do painel o disco óptico girante, e posicionado no centro desse disco os perfis
dióptricos (lentes), incidindo nesses dióptricos raios de luz da fonte de duplo
laser.

Figura_06 (montagem do sistema de análise de perfis dióptricos)

Para a perfeita execução desse experimento, posicionou-se os perfis dióptricos


de forma que a luz incidente não tivesse o efeito de refração, o que mostra que
o raio incidiu perpendicular a superfície do perfil. Regulado a posição do
dióptrico, foi movido paralelamente o raio laser e observado a refração da luz,
podendo assim caracterizar o dióptrico como convergente ou divergente.
Figura_07 (raio incidente perpendicular a superfície dióptrica curva)

Posicionando um por um, os diferentes perfis dióptricos e direcionando o reio


laser em diferentes posições paralelas ao eixo principal, dessa forma será
possível descrever a trajetória dos raios refratados e, portanto, dizer se é
convergente ou divergente.
Na imagem abaixo foi utilizado um perfil (lente), plano-convexo e representado
no plano principal o foco (f), antiprincipal (A) e centro ótico (o).

Figura_08 (lente plano-convexa)


Para esse perfil dióptrico, conclui-se que se trata de uma lente convergente, pois
os raios incidentes paralelamente refratam no foco da lente.
A seguir, foi posicionado uma outra lente, também plano convexa, porém, de raio
menor. Observa-se, que para essa, mantem as características da lente expressa
na imagem anterior, portanto, é uma lente convergente.
Figura_09 (lente plano convexo)

Foi ilustrado na imagem a baixo, um lente biconvexo a qual foi incidido raio laser
de forma paralela. Para esse lente observou-se que se trata também de uma
lente convergente, onde seus raios refratados convergiam no foco.

Figura_10 (lente biconvexo)


Para esse sistema, foi utilizado uma lente bicôncava, e como nas situações
anteriores foi lançado sobre ela raio laser paralelo ao eixo principal. Nesse caso
observasse que os refratores divergem ao atravessar a lente, mas se
prolongarmos os raios refratados no sentido contrario vemos que eles passam
pelo foco, como ilustrado abaixo:

Figura_11 (lente bicôncava)

Na figura abaixo, mostra o comportamento dos raios ao incidirem em uma lente


plano-côncava. Para essa lente observou-se as mesmas características da lente
anterior, sendo assim, os raios também divergem e seu prolongamento passa
pelo foco.

Figura_12 (lente plano-côncava)


Discussão
Raios Notáveis

O comportamento dos raios de luz ao incidirem uma lente, diferenciam-se


entre as lentes convergentes (bordas finas), das lentes divergentes (bordas
grossas). Esse comportamento é ilustrado nas imagens a seguir:

Figura_13 (comportamento dos raios incidentes em uma lente convergente)

Fogura_14 (comportamento dos raios incidentes em uma lente divergente)

Os três raios principais de uma lente convergente

Trata-se de raios de luz que sempre são refratados sobre certos elementos
geométricos específicos das lentes esféricas. São importantes para entender
como funciona a formação de imagens nas lentes esféricas.
De acordo com a imagem 15, os seguintes raios são:
I. Um raio paralelo ao eixo principal refrata-se na lente passando pelo
foco;
II - Incide sobre o foco antiprincipal objeto (A)., é refratado sobre o foco principal
imagem (A'); / incide sobre o foco antiprincipal imagem (A') é refratado sobre o
foco antiprincipal objeto (A).
III. Um raio que passe pelo centro geométrico não sofre desvio porque a
lente é delgada e o centro geométrico coincide com o centro óptico;

Imagem 15:

Conclusão

As lentes esféricas, são de grande importância para o nosso meio. São


capazes de promover a refração da luz visível, e formadas por meios ópticos
homogêneos e transparentes. Dividem- se em côncavas e convexas, que são
respectivamentes de bordas largas e lentes de bordas finas. Com este trabalho,
foi possível identificar os três raios incidentes principais e conhecer os elementos
geométricos de uma lente esférica.

Referências
Helerbrock, Rafael. Lentes Esféricas. Mundo Educação.
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/lentes-esfericas.htm acesso em
16/12/2021
Domiciano, Marques. Lentes Esféricas. Brasil Escola.
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/lentes-esfericas.htm acesso em
17/12/2021
"Lentes esféricas" em Só Física. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2021.
Consultado em 18/12/2021 às 12:47. Disponível na Internet em
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Otica/Lentesesfericas/

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