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Cataguases-MG., 15 de Fevereiro de 2022.

ERRATA

A Coordenação de Normas e Padrões Construtivos (CNPC) da Gerência Técnica de


Distribuição (GTD), torna pública a Errata da Especificação Técnica 107, referente
ao Religador SE e rede de distribuição, em sua revisão vigente, homologada em 01
de Dezembro de 2020:

Errata 1

• Onde se lê:

Rodapé

• Leia-se:

Rodapé

______________________________________________________________________________________
Grupo Energisa
Religador de subestação e de rede de
distribuição

ENERGISA/GTD-NRM/N.º140/2018

Especificação Técnica Unificada


ETU – 107
______________________________________________________________________________
Versão ETU-107
6.0 - Dezembro / 2020 Versão 6.0 Dezembro / 2020

1
Apresentação

Esta Especificação Técnica apresenta as diretrizes necessárias para a padronização


das características técnicas e requisitos mecânicos mínimos exigidos para
fornecimento de religadores automáticos convencionais a serem utilizados em
subestações e em redes de distribuição, nas empresas do Grupa Energisa S.A.

Para tanto foram consideradas as especificações e os padrões do material em


referência, definidos nas Normas Brasileiras (ABNT NBR) da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) ou outras normas internacionais reconhecidas, acrescidos
das modificações baseadas nos resultados de desempenho destes materiais nas
empresas do grupa Energisa.

As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são
controladas.

A presente revisão desta Especificação Técnica é a versão 6.0, datada de Dezembro


de 2020.

João Pessoa - PB., Dezembro de 2020.

GAT - Gerência de Automação e Telecom

GTD - Gerência Técnica de Distribuição

Esta Especificação Técnica bem como as alterações, poderá ser acessada através do
código abaixo:

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ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

2
Equipe técnica de revisão da ETU-107 (versão 6.0)

Augustin Gonzalo Abreu Lopez Marcel Martins Saito


Grupa Energisa Grupa Energisa

Cassio Fernando B. Nonenmacher Natanael Rodrigues Pereira


Grupa Energisa Grupa Energisa

Dirceu Vargas Batista Filho Orcino Batista de Melo Junior


Grupa Energisa Grupa Energisa

Gilberto Teixeira Carrera


Grupa Energisa

Hitalo Sarmento de Sousa Lemos


Grupa Energisa

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ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

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Aprovação técnica

Ademálio de Assis Cordeiro Jairo Kennedy Soares Perez


Grupa Energisa Energisa Borborema / Energisa Paraíba

Amaury Antonio Damiance Juliano Ferraz de Paula


Energisa Mato Grosso Energisa Sergipe

Eduardo Alves Mantovani Paulo Roberto dos Santos


Energisa Minas Gerais/Nova Friburgo Energisa Mato Grosso do Sul

Fabrício Sampaio Medeiros Ricardo Alexandre Xavier Gomes


Energisa Rondônia Energisa Acre

Fernando Lima Costalonga Rodrigo Brandão Fraiha


Energisa Tocantins Energisa Sul-Sudeste

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ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

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Sumário

1 OBJETIVO ............................................................................................................................. 8
2 CAMPO DE APLICAÇÃO ....................................................................................................... 8
3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS .......................................................................................... 8
4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................................... 8
4.1 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO FEDERAL ............................................................................ 9
4.2 NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS ......................................................................................... 10
4.3 NORMAS TÉCNICAS INTERNACIONAIS ................................................................................... 11
5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES .......................................................................................... 13
5.1 RELIGADOR AUTOMÁTICO ................................................................................................. 13
5.2 CABINE/CUBÍCULO DO RELIGADOR ...................................................................................... 13
5.3 CONTADOR DE OPERAÇÕES................................................................................................ 13
5.4 CONTROLE DE RELIGADOR ................................................................................................. 13
5.5 DISPOSITIVO ANTIBOMBEANTE ........................................................................................... 13
5.6 INDICADOR DE POSIÇÃO .................................................................................................... 14
5.7 DISPOSITIVO PARA OPERAÇÃO MANUAL ............................................................................... 14
5.8 MANUAL DE GESTÃO DA QUALIDADE DE FORNECEDORES (MQF)............................................. 14
5.9 SUPERVISORY CONTROL AND DATA ACQUISITION (SCADA) .................................................... 14
5.10 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ................................................................................................ 14
5.11 ENSAIOS DE TIPO ............................................................................................................. 15
5.12 ENSAIOS ESPECIAIS .......................................................................................................... 15
6 REQUISITOS GERAIS .......................................................................................................... 15
6.1 LINGUAGENS E UNIDADES DE MEDIDA .................................................................................. 15
6.2 MANUAL DE INSTRUÇÕES .................................................................................................. 16
6.3 CONDIÇÕES DE SERVIÇO .................................................................................................... 17
6.4 INTERCAMBIALIDADE ........................................................................................................ 17
6.5 MECANISMOS DE OPERAÇÃO ............................................................................................. 18
7 TIPOS DE RELIGADORES .................................................................................................... 18
7.1 CÓDIGOS E EQUIPAMENTOS............................................................................................... 18
7.2 TIPOLOGIA E CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS.............................................................................. 18
8 EXTENSÃO DO FORNECIMENTO ........................................................................................ 19
9 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA ........................................................................................ 21
10 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO RELIGADOR ................................................................. 22
10.1 GERAL........................................................................................................................... 22
10.2 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DE MÉDIA TENSÃO ..................................................................... 22

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ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

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10.3 CABINES DE CONTROLE ..................................................................................................... 22
10.4 FIAÇÃO ......................................................................................................................... 24
10.5 ALIMENTAÇÃO DE CONTROLE E PROTEÇÃO EM TENSÃO ALTERNADA (VCA)................................... 25
10.6 AUTOMAÇÃO, COMUNICAÇÃO E PROTEÇÃO .......................................................................... 26
10.7 GERÊNCIA E MONITORAMENTO .......................................................................................... 33
10.7.1 Software gerenciador de conexões .................................................................... 33
10.7.2 Requisitos para funcionalidades SNMP .............................................................. 34
10.7.3 Contingências ..................................................................................................... 35
11 DEMAIS CARACTERÍSTICAS DO RELIGADOR ...................................................................... 36
11.1 RELIGADORES COM COMANDO EM 125 VCC ......................................................................... 36
11.2 RELIGADORES COM COMANDO EM 115, 127 OU 220 VCA...................................................... 36
12 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ................................................................................... 36
12.1 ESTRUTURAS SUPORTE ..................................................................................................... 36
12.1.1 Religadores de subestação (SED) ....................................................................... 36
12.1.2 Religadores de rede de distribuição ................................................................... 37
12.2 ACABAMENTO E PINTURA.................................................................................................. 37
12.3 DEMAIS CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ............................................................................ 38
12.4 CARACTERÍSTICAS DOS SERVIÇOS AUXILIARES ......................................................................... 39
12.5 SOBRESSALENTES ............................................................................................................ 39
13 HOMOLOGAÇÃO, ENSAIOS E INSPEÇÃO ........................................................................... 39
13.1 HOMOLOGAÇÃO TÉCNICA ................................................................................................. 39
13.2 ENSAIOS DE TIPO (TYPE TESTS) ........................................................................................... 43
13.3 ENSAIOS DE ROTINA (ROUTINE TESTS) .................................................................................. 48
13.4 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ................................................................................................ 52
13.5 INSPEÇÃO ...................................................................................................................... 53
13.6 RELATÓRIOS DE ENSAIO .................................................................................................... 55
13.7 PLANO DE AMOSTRAGEM .................................................................................................. 56
13.8 MATRIZ DE RESPONSABILIDADES PARA INSPEÇÃO ................................................................... 56
14 REQUISITOS DE FORNECIMENTO ...................................................................................... 56
14.1 CRONOGRAMA DE FABRICAÇÃO .......................................................................................... 56
14.2 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DE INSPEÇÃO ......................................................................... 57
14.3 DESENHOS E DOCUMENTOS FINAIS ...................................................................................... 57
14.4 EMBALAGEM E TRANSPORTE .............................................................................................. 58
14.5 ARMAZENAMENTO .......................................................................................................... 60
14.6 ACEITAÇÃO .................................................................................................................... 61
15 INSTRUÇÕES TÉCNICAS DE TREINAMENTO....................................................................... 61
16 NOTAS COMPLEMENTARES............................................................................................... 62
17 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO .................................................................. 62
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18 VIGÊNCIA ........................................................................................................................... 63
19 TABELAS............................................................................................................................. 64
TABELA 1 - Tipos de religadores e códigos ............................................................................... 64
TABELA 2 - Características técnicas por tipo ............................................................................ 66
TABELA 3 - Características técnicas do sistema ....................................................................... 67
TABELA 4 - Características principais dos religadores .............................................................. 68
TABELA 5 - Religador de SED com comando em 125 VCC ......................................................... 70
TABELA 6 - Religador de SED com comando em 115 VCA, 127 VCA ou 220 VCA......................... 72
TABELA 7 - Demais características construtivas ....................................................................... 74
TABELA 8 - Listas de materiais/amostras para homologação técnica ..................................... 75
TABELA 9 - Ensaios .................................................................................................................... 76
TABELA 10 - Plano de amostragem .......................................................................................... 78
TABELA 11 - Matriz de responsabilidades ................................................................................ 80
20 DESENHOS ......................................................................................................................... 81
DESENHO 1 - Suporte para transformadores de corrente (tc) ................................................. 81

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1 OBJETIVO

Esta Especificação Técnica estabelece os critérios e as exigências técnicas mínimas


aplicáveis à fabricação, ensaios e ao recebimento de Religadores Automáticos de
Circuito, Trifásicos, de uso externo, em classe de tensão até 36,2 kV para uso em
linhas de distribuição de média tensão (LDMT) e subestações de distribuição (SED), a
serem usados no sistema de distribuição de energia da Energisa.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Aplica-se a estruturas de religadores de linha e subestações, em classe de tensão de


15,0 kV, 24,2 kV e 36,2 kV, em áreas urbanas e rurais, previstas nas Normas Técnicas
em vigência nas empresas do Grupa Energisa.

Esta Especificação Técnica não se aplica a religadores de circuito monofásico.

3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS

Compete a áreas de planejamento, engenharia, patrimônio, suprimentos, elaboração


de projetos, construção, ligação, combate a perdas, manutenção, linha viva e
operação do sistema elétrico cumprir e fazer cumprir este instrumento normativo.

4 REFERÊNCIAS NORMATIVAS

Esta Especificação Técnica foi baseada no seguinte documento:

• IEC 62271-111, High-voltage switchgear and controlgear - Part 111: Automatic


circuit reclosers for alternating current systems up to and including 38 kV

• IEEE/IEC C37.60, IEEE/IEC International Standard - High-voltage switchgear


and controlgear - Part 111: Automatic circuit reclosers and fault interrupters
for alternating current systems up to 38 kV

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Como forma de atender aos processos de fabricação, inspeção e ensaios, os
religadores de circuito devem satisfazer às exigências desta Especificação Técnica,
bem como de todas as normas técnicas mencionadas abaixo.

4.1 Legislação e regulamentação federal

• Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social -


Capítulo VI: Do Meio Ambiente

• Lei Federal N.º 7.347, de 24/07/1985, Disciplina a ação civil pública de


responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e
dá outras providências

• Lei Federal N.º 9.605, de 12/02/1998, Dispõe sobre as sanções penais e


administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente,
e dá outras providências

• Lei Federal N.º 10.295, de 17/10/2001, Dispõe sobre a Política Nacional de


Conservação e Uso Racional de Energia e dá outras providências

• Decreto Federal N.º 41.019, de 26/02/1957, Regulamenta os serviços de


energia elétrica

• Decreto Federal N.º 73.080, de 05/11/1973, Altera o artigo 47, do Decreto


número 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, que regulamenta os serviços de
energia elétrica

• Decreto Federal N.º 6.514, de 22/07/2008, Dispõe sobre as infrações e sanções


administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo
federal para apuração destas infrações, e dá outras providências

• Resolução CONAMA N.º 1, de 23/01/1986, Dispõe sobre os critérios básicos e


diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental - RIMA

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• Resolução CONAMA N.º 237, de 19/12/1997, Regulamenta os aspectos de
licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente

4.2 Normas técnicas brasileiras

• ABNT NBR 5034, Buchas para Equipamentos Elétricos de Tensão Superior a 1


kV - Especificação

• ABNT NBR 5370, Conectores de cobre para condutores elétricos em sistemas


de potência

• ABNT NBR 5456, Eletricidade geral - Terminologia

• ABNT NBR 5460, Sistemas elétricos de potência - Terminologia

• ABNT NBR 6323, Galvanização por imersão a quente de produtos de aço e ferro
fundido - Especificação

• ABNT NBR 6856, Transformador de Corrente - Especificação

• ABNT NBR 6939, Coordenação de isolamento - Procedimento

• ABNT NBR 7397, Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por
imersão a quente - Determinação da massa do revestimento por unidade de
área - Método de ensaio

• ABNT NBR 7398, Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a
quente - Verificação da aderência do revestimento - Método de ensaio

• ABNT NBR 7399, Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a
quente - Verificação da espessura do revestimento por processo não destrutivo
- Método de ensaio

• ABNT NBR 7400, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido por imersão
a quente - Verificação da uniformidade do revestimento - Método de ensaio

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10
• ABNT NBR 8096, Material metálico revestido e não-revestido - Corrosão por
exposição ao dióxido de enxofre - Método de ensaio

• ABNT NBR 8158, Ferragens eletrotécnicas para redes aéreas urbanas e rurais
de distribuição de energia elétrica - Especificação

• ABNT NBR 8186, Guia de aplicação de coordenação de isolamento

• ABNT NBR 10296, Material isolante elétrico - Avaliação da resistência ao


trilhamento e erosão sob condições ambientais severas

• ABNT NBR 10443, Tintas e vernizes - Determinação da espessura da película


seca sobre superfícies rugosas - Método de ensaio

• ABNT NBR 11003, Tintas - Determinação da aderência

• ABNT NBR 11788, Conectores de alumínio para ligações aéreas de condutores


elétricos em sistemas de potência

• ABNT NBR IEC 60060-1, Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão - Parte 1:
Definições gerais e requisitos de ensaio

• ABNT NBR IEC 60060-2, Técnicas de ensaios elétricos de alta-tensão - Parte 2:


Sistemas de medição

• ABNT NBR IEC 60085, Isolação elétrica - Avaliação e designação térmicas

• ABNT NBR IEC 60270, Técnicas de ensaios elétricos de alta-tensão - Medição


de descargas parciais

• ABNT NBR IEC 60529, Graus de proteção providos por invólucros (Códigos IP)

4.3 Normas técnicas internacionais

• ASTM A123, Standard Specification for Zinc (Hot-Dip Galvanized) Coatings on


Iron and Steel Products

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11
• ASTM A153, Standard Specification for Zinc Coating (Hot Dip) on Iron and Steel
Hardware

• ASTM B117, Standard Practice for Operating Salt Spray (Fog) Apparatus

• ASTM B545, Standard Specification for Electrodeposited Coatings of Tin

• ASTM D870, Standard Practice for Testing Water Resistance of Coatings Using
Water Immersion

• IEEE C57.13, Standard Requirements for Instrument Transformers

• NEMA CC 1, American National Standard for Electric Power Connection for


Substations

NOTAS:

I. Todas as normas ABNT mencionadas acima devem estar à disposição do


inspetor da Energisa no local da inspeção.

II. Todos os materiais que não são especificamente mencionados nesta norma,
mas que são usuais ou necessários para a operação eficiente do equipamento,
considerar-se-ão como aqui incluídos e devem ser fornecidos pelo fabricante
sem ônus adicional.

III. A utilização de normas de quaisquer outras organizações credenciadas será


permitida, desde que elas assegurem uma qualidade igual, ou melhor, que as
anteriormente mencionadas e não contradigam a presente norma.

IV. As siglas acima referem-se a:

• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

• ABNT NBR - Norma Brasileira

• NM - Norma Mercosul

• ASTM - American Society for Testing and Materials


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• IEC - International Electrotechnical Commission

• NEMA - National Electrical Manufacturers Association

5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

A terminologia adotada nesta Especificação Técnica corresponde a das normas ABNT


NBR 5456 e IEC 62271-111, complementadas pelos seguintes termos:

5.1 Religador automático

Dispositivo de proteção automático, destinado a abrir e religar uma ou mais vezes


um circuito de corrente alternada, de acordo com uma sequência de operação
predeterminada.

5.2 Cabine/cubículo do religador

Invólucro do circuito de controle do religador, que assegura um grau de proteção


especificado contra influências externas, e um grau de proteção especificado contra
a aproximação ou contato com partes vivas ou em movimento, sem a presença de
IED (Intelligent Electronic Device) em seu interior, para fins de aplicação desta
especificação.

5.3 Contador de operações

É um dispositivo capaz de contar o número de aberturas do religador.

5.4 Controle de religador

Invólucro do circuito de controle do religador, que assegura um grau de proteção


especificado contra influências externas, e um grau de proteção especificado contra
a aproximação ou contato com partes vivas ou em movimento, com a presença de
IED (Intelligent Electronic Device) em seu interior, para fins de aplicação desta
especificação.

5.5 Dispositivo antibombeante


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Dispositivo que impede o refechamento de um dispositivo de manobra mecânico,
após uma operação de fechamento/abertura, mesmo que o dispositivo que comanda
o fechamento seja mantido na posição para fechamento.

5.6 Indicador de posição

Indicador de posição que mostra claramente do solo, se o religador está aberto ou


fechado.

5.7 Dispositivo para operação manual

Dispositivo para operações manuais de abertura e fechamento, estando ou não


energizado.

5.8 Manual de Gestão da Qualidade de Fornecedores (MQF)

Manual que visa estabelecer e comunicar os requisitos específicos do grupa Energisa


para a cadeia de fornecedores, possibilitando o claro entendimento dos
procedimentos que regem nossas relações. É fundamentalmente importante e faz
parte do objetivo do negócio que os requisitos dispostos neste manual sejam
cumpridos por todos os fornecedores do grupa Energisa.

5.9 Supervisory Control and Data Acquisition (SCADA)

São sistemas que utilizam software para monitorar e supervisionar as variáveis e os


dispositivos de sistemas de controle conectados através de servidores/drives de
comunicação específicos.

5.10 Ensaios de recebimento

O objetivo dos ensaios de recebimento é verificar as características de um material


que podem variar com o processo de fabricação e com a qualidade do material
componente. Estes ensaios devem ser executados sobre uma amostragem de
materiais escolhidos aleatoriamente de um lote que foi submetido aos ensaios de
rotina.

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5.11 Ensaios de tipo

O objetivo dos ensaios de tipo é verificar as principais características de um material


que dependem de seu projeto. Os ensaios de tipo devem ser executados somente
uma vez para cada projeto e repetidos quando o material, o projeto ou o processo
de fabricação do material for alterado ou quando solicitado pelo comprador.

5.12 Ensaios especiais

O objetivo dos ensaios especiais é avaliar materiais com suspeita de defeitos,


devendo ser executados quando da abertura de não-conformidade, sendo executados
em 5 (cinco) unidades, recolhidas em cada unidade de negócio.

6 REQUISITOS GERAIS

Os desenhos, documentos e toda correspondência relativa ao fornecimento deverão


ser encaminhados para análise e aprovação da Energisa.

Todos os entendimentos entre a Energisa e o fornecedor, somente serão válidos


quando efetuados por escrito, através de correio eletrônico, ata e/ou relatos de
reunião.

6.1 Linguagens e unidades de medida

O sistema métrico de unidades deve ser usado como referência nas descrições
técnicas, especificações, desenhos e quaisquer outros documentos. Qualquer valor,
que por conveniência, for mostrado em outras unidades de medida também deve ser
expresso no sistema métrico.

Todas as instruções, relatórios de ensaios técnicos, desenhos, legendas, manuais


técnicos etc., a serem enviados pelo fabricante, bem como as placas de
identificação, devem ser escritos em português.

NOTA:

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V. Os relatórios de ensaios técnicos, excepcionalmente, poderão ser aceitos em
inglês ou espanhol.

6.2 Manual de instruções

Os equipamentos devem estar acompanhados de manuais de operação, escritos


mandatoriamente em português (brasil), que forneçam todas as informações
necessárias ao seu manuseio. Os manuais deverão conter, no mínimo, as seguintes
informações:

a) Instruções completas cobrindo: descrição e características, manuseio,


instalação, desmontagem, operação, armazenagem, incluindo os modelos aos
quais ele se aplica;

b) Descrição detalhada de todas as funções, incluindo diagramas lógicos para o


completo entendimento das mesmas;

c) As equações de todas as curvas de atuação disponíveis no relé ou tabelar as


mesmas (correntes x tempo) quando não obtidas através de equação;

d) A listagem de todos os pontos disponíveis aos protocolos com suas respectivas


descrições;

e) Seção específica que apresente uma lista de todos os eventos que podem ser
gerados e registrados no relé, contendo a descrição detalhada do evento e
ainda todas as fontes que podem gerar estes eventos;

f) Relação completa de todos os componentes e acessórios, incluindo nome,


descrição, número de catálogo, quantidade usada, identificação do desenho;

g) Procedimentos específicos relativos ao descarte dos equipamentos propostos,


quer ao final da sua vida útil, quer em caso de inutilização por avaria;

h) Instruções para manutenção preventiva e corretiva, incluindo os respectivos


ensaios periódicos e valores de referência;

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i) Histórico de revisões do firmware indicando as alterações e correções
realizadas.

6.3 Condições de serviço

Os equipamentos serão aplicados nas áreas de concessão da Energisa, onde deverão


ser consideradas as seguintes condições meteorológicas para o projeto do
equipamento:

a) Altitude não superior a 1.500 metros acima do nível do mar;

b) Temperatura:

• Máxima do ar ambiente: 50 ºC

• Média, em um período de 24 horas: 40 ºC;

• Mínima do ar ambiente: 0 ºC;

c) Pressão máxima do vento: 700 Pa (70 daN/m²), valor correspondente a uma


velocidade do vento de 122,4 km/h;

d) Umidade relativa do ar até 100%;

e) Nível de radiação solar: 1,1 kW/m², com alta incidência de raios ultravioleta;

f) Precipitação pluviométrica: média anual de 1.500 a 3.000 milímetros;

g) Ambiente marítimo, constantemente exposto a névoa salina.

6.4 Intercambialidade

Os equipamentos do mesmo tipo e mesmas características eletromecânicas nominais


deverão ser intercambiáveis, física e eletricamente.

Os equipamentos deverão ser projetados e construídos de modo a permitir a


intercambialidade de suas partes com unidades similares do mesmo fabricante.

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6.5 Mecanismos de operação

Os religadores deverão ter condições de realizar manobras de abertura automática


ou manual, sempre que houver qualquer manobra de fechamento. Também deverão
ser possíveis, no mínimo, os bloqueios independentes e devidamente sinalizados das
funções de religamento automático, de proteção de terra, de proteção de sequência
negativa e de proteção sensível de terra, tanto na posição aberta quanto na fechada.

O religador deverá ser projetado de forma que seu mecanismo de operação tenha
alavanca externa com olhal, devidamente identificada e facilmente acionável por
meio de vara de manobra, que permita abri-lo. A abertura manual do religador por
meio desta alavanca deverá ser sempre possível, independentemente de qualquer
ajuste ou situação.

O mecanismo do indicador de posição deve mostrar claramente a situação do


religador, através de um indicador mecânico de posição externo e visível do solo. A
palavra “ABERTO”, deve ser pintada em letras brancas contra um fundo verde, e a
palavra “FECHADO”, em letras brancas contra um fundo vermelho.

Os religadores automáticos tripolares para instalação externa, montagem em


subestação ou poste, devem possuir mecanismo de abertura e fechamento baseado
em atuador magnético e interrupção a vácuo.

7 TIPOS DE RELIGADORES

7.1 Códigos e equipamentos

Esta Especificação Técnica tem também a finalidade de definir o código de compra


apropriado para cada equipamento, que serão conforme Tabela 1.

7.2 Tipologia e características técnicas

Para detalhe das características técnicas, os religadores serão identificados pela


tensão nominal, tipo de aplicação e tensão de alimentação do circuito de controle,
conforme Tabela 2 e critérios a seguir:
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a) Definição dos tipos quanto à tensão nominal:

• 1 - Para tensão nominal 15 kV;

• 2 - Para tensão nominal 24,2 kV;

• 3 - Para tensão nominal 36,2 kV.

b) Definição dos tipos quanto ao tipo de instalação:

• A e B - Para instalação em postes de redes de distribuição;

• C e D - Para instalação em estruturas suporte de subestações;

• E - Para proteção de bancos de capacitores.

c) Definição dos tipos quanto à tensão do circuito de controle:

• A, C e E - Tensão em corrente contínua (125 Vcc);

• B e D - Tensão em corrente alternada (115 Vca para religadores de redes


de distribuição e 127/220 VCA para religadores de subestações).

8 EXTENSÃO DO FORNECIMENTO

Cada equipamento deverá ser fornecido com todos os componentes e ligações


internas, necessárias para a pronta operação, de acordo com os requisitos desta
especificação, incluindo, mas não se limitando, aos itens a seguir:

a) Terminais de linha de cobre estanhado ou de alumínio extrudado próprios para


a corrente nominal do religador, com 4 (quatro) furos conforme NEMA CC 1;

b) Terminais e conectores de aterramento de liga de cobre apropriado para dois


cabos de cobre nu com bitola de 35 a 120 mm²;

c) Os terminais estanhados devem possuir espessura de camada de estanho


mínima de 8 µm individualmente e 12 µm na média das amostras e atender a
ABNT NBR 5370;
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d) Os terminais de alumínio devem atender a ABNT NBR 11788;

e) Estrutura suporte em aço galvanizado;

f) Para religadores de subestações, que exijam a instalação de transformadores


de corrente (TC) externo, deve-se observar a ETU-102 da Energisa para
aquisição a parte destes equipamentos conforme códigos, critérios e
requisitos nela estabelecidos.

g) Suporte para transformadores de corrente de uso externo (somente para


religadores de uso em subestações);

h) Suporte para fixação de para-raios. A cada fornecimento, o fornecedor deverá


fornecer suportes para para-raios, sendo que o desenho da estrutura deverá
ser submetido à aprovação da Energisa (somente para religadores de rede);

i) Cordoalhas flexíveis de cobre estanhado para conexão do religador ao


transformador de corrente, com comprimento apropriado à ligação, terminal
4 furos padrão NEMA (NEMA CC 1), capacidade mínima de 800 amperes. Deverá
fornecer os parafusos com tratamento bimetálico apropriados para fixação do
terminal do TC e do religador;

j) Para religadores de rede, o fornecimento de cabo ethernet é obrigatório


(ligação entre o rádio/modem e o relé). Já o cabo coaxial para ligação da
antena de comunicação deverá ser fornecido à parte, de acordo com a
requisição de compra.

k) Armário de controle com dispositivo de abertura/fechamento e porta-


cadeado;

l) Placa de identificação fixada em local visível, confeccionada em aço


inoxidável ou alumínio anodizado, contendo as informações do equipamento
(fabricante, nome do religador, alimentação, norma de referência, tensão
nominal, peso, tensão auxiliar, data de fabricação, frequência, número do
manual, pedido de compra, tipologia Energisa, número de série, número de

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ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

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patrimônio e local de fabricação), usando unidades do sistema métrico
decimal;

m) Réguas terminais para ligações externas devidamente identificadas, incluindo


os terminais para as ligações dos TC (para religador de subestações adquiridos
com IED embutido no cubículo de controle);

n) O cabo de comunicação entre o dispositivo de ajuste (PC) e o controle


eletrônico (relé) deverá ser fornecido com comprimento mínimo de 5,0 (cinco)
metros. O cabo deverá ser fornecido com conector usb na extremidade do PC
e no padrão adequado ao do relé na outra extremidade (preferencial que
também seja usb);

o) Aos religadores que possuem memória expansível em drive usb externo para
armazenamento de oscilografias, eventos e outras informações, será
mandatório fornecer 1 (uma) unidade de memória extra para cada controle
fornecido;

p) Ferramentas, cabos de comunicação, softwares de parametrização e controle,


dispositivos especiais para montagem e manutenção;

q) É mandatório o fornecimento de capas de proteção para as 6 (seis) buchas


presentes nos religadores;

r) Embalagem para transporte;

s) Ensaios;

t) Treinamentos;

u) Assistência técnica e operacional.

9 CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA

As características técnicas do sistema são conforme parâmetros da Tabela 3.

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10 CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO RELIGADOR

10.1 Geral

O religador deve ser trifásico, para instalação externa, isolamento a seco sólido com
extinção a vácuo, mecanismo de acionamento para abertura e/ou fechamento por
atuador magnético, para as tensões de 15,0 kV, 24,2 kV / 27,0 kV e 36,2 kV / 38,0
kV, com operação segundo as condições estabelecidas nesta especificação.

10.2 Características elétricas de média tensão

Os religadores serão designados pelos tipos 1A a 3D, conforme as características


principais previstas na Tabela 4.

10.3 Cabines de controle

O religador deverá possuir armário de controle para instalação ao tempo e a prova


de intempéries, com grau de proteção de no mínimo IP-54, tendo também proteção
de seus diversos circuitos através de mini disjuntores termomagnéticos apropriados,
protetores/supressores de surto e relés auxiliares que venham a ser necessários.

O armário de controle deverá conter basicamente:

a) Dispositivo antibombeante;

b) Indicador de posição, preferencialmente com sinalização luminosa LED em cor


vermelha indicando a posição fechado e em cor verde indicando a posição
aberto;

c) Indicação de bloqueio mecânico, preferencialmente com sinalização luminosa


led em cor laranja;

d) Contador de operações com, no mínimo, 4 (quatro) dígitos;

e) Contatos auxiliares, sendo no mínimo, 3 (três) do tipo NA (normalmente


aberto) e 3 (três) do tipo NF (normalmente fechado);

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f) Repetidores de posição dos contatos para uso em lógica de intertravamento.

g) Relé de proteção multifunção, específico do fornecedor do religador (deverá


estar homologado pela Energisa) ou de outro fabricante desde que
homologado pela Energisa, com alimentação em 24 VCC para religadores de
redes de distribuição e com alimentação em 24 V CC ou 125 VCC para
subestações. Os equipamentos em 125 VCC não deverão conter baterias
internas;

h) O equipamento de proteção deverá ter entradas analógicas para um conjunto


trifásico de TP/TC externo e um conjunto de i/o para comandos em
equipamentos externos, sendo no mínimo 6 (seis) entradas digitais e no
mínimo 4 (quatro) saídas digitais;

i) Funções principais:

• Comandos: abrir, fechar, bloqueio de neutro, bloqueio de religamento e


chave local remoto;

• Sinalização: aberto/fechado, neutro bloqueado/desbloqueado e


religamento bloqueado/desbloqueado;

j) O software de parametrização do relé deverá contemplar a comunicação


remota de forma rápida e eficaz, com capacidade mínima de coletar eventos
de oscilografia em no máximo 2 (dois) minutos com um canal de 9600 bps;

k) O software de parametrização deve possibilitar preferencialmente a


comparação entre o arquivo online com o arquivo offline de configuração e a
comparação entre dois arquivos offline. Além disso, deverá emitir o relatório
com o resumo do ajuste realizado, preferencialmente em formato editável;

l) Fonte de alimentação definida conforme o tipo do religador, que poderá ser


125 VCC, 115 VCA, 127 VCA ou 220 VCA;

m) Contato para indicação de defeito no sistema de comando e controle;

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n) Iluminação led alto brilho, tomadas 2P+T e as resistências de aquecimento
controladas por termostatos, em 220 / 127 VCA;

o) Fechadura com porta-cadeado;

p) Porta-documentos e limitador de abertura para a porta;

q) Condições de campo condizentes com o padrão da Energisa:

• Instalação ao tempo, com exposição direta aos raios solares e alta


temperatura no interior dos equipamentos;

• Instalação em locais propícios à corrosão, maresia, fungos, insetos etc.;

• Proteção contra animais que possam danificar os equipamentos, aves,


roedores etc.;

• Proteção contra vandalismo.

r) As cabines de controle deverão ser providas de tampas de chapas removíveis


na parte inferior para entrada de eletrodutos e as tampas serão furadas na
obra, caso contrário, deverão ser previstos furos adequados para as passagens
dos eletrodutos;

10.4 Fiação

Toda a fiação deverá ser executada com cabos de cobre flexíveis, formação mínima
de 20 fios, bitola de 4,0 mm² para os circuitos de corrente e 2,5 mm² para os demais
circuitos, isolados em composto termoplástico para 750 V e adequados a uma
temperatura máxima de 70 ºC em carga nominal. Os cabos deverão ser resistentes à
propagação de chama e insensíveis ao óleo e seus vapores.

Os blocos terminais utilizados na fiação deverão ser localizados de forma a


possibilitar fácil acesso e ser do tipo apropriado para permitir desfazer conexões,
sem que sejam perdidas as características de pressão e do bom contato. Blocos

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terminais tipo mola ou terminais em que o parafuso atue diretamente no fio não
serão aceitos.

As conexões aparafusadas deverão ser providas de dispositivos de travamento


adequados, de modo a evitar o seu afrouxamento.

Para a conexão dos transformadores de corrente externo deverão ser fornecidos na


cabine de controle os blocos terminais para todas as derivações, em quantidade
suficiente para as ligações, além de bloco de chave de aferição para seccionamento
do circuito de corrente.

Os blocos terminais usados para as conexões dos circuitos de corrente deverão


possuir dispositivos apropriados para, facilmente, aterrar e curto-circuitar os
secundários dos transformadores de corrente durante as mudanças de relação. Os
blocos terminais e o de chave de aferição deverão ser próprios para fixação do
condutor, através de terminal olhal sem o elemento de desconexão.

Os blocos terminais deverão ser isolados para o mínimo de 750 V, para cabos de
controle até 6,0 mm², e com corrente nominal mínima de 57 A.

Na cabine de controle, os condutores deverão ser instalados dentro de calhas


plásticas. Amarrações do tipo chicote só serão aceitas quando executadas com
espirais plásticos. Amarrações com cordão não serão aceitas.

A fiação das resistências de aquecimento deverá ser resistente a alta temperatura.

A resistência de aquecimento, caso exista, deverá ser posicionada de tal forma que
não danifique, por aquecimento, os condutores e as calhas dentro da cabine de
controle.

As conexões deverão ser realizadas através de terminais pré-isolados.

Toda a instalação elétrica de baixa tensão do religador deverá atender na íntegra a


ABNT NBR 5410, mesmo que não discriminado nesta especificação.

10.5 Alimentação de controle e proteção em tensão alternada (VCA)

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Os religadores tipo 1B, 1D, 2B, 2D, 3B E 3D deverão ser providos de dispositivo
acumulador de energia com capacidade para efetuar, ao menos, um ciclo completo
de operação.

O dispositivo acumulador de energia deverá garantir a abertura do religador pelos


relés de proteção, mesmo com a alimentação VCA temporariamente perdida.

O controle deverá gerenciar as condições operacionais das baterias, informando


qualquer anormalidade.

10.6 Automação, comunicação e proteção

Referente aos quesitos de automação, comunicação e funções de proteção deve-se


atentar minimamente para:

a) Alimentação do cubículo de controle: informar as opções de tensão para


alimentação do cubículo de controle, assim como sua autonomia em caso de
falta de energia. Detalhar como se comporta o equipamento no momento do
reestabelecimento da energia. Importante apresentar informações e opções
sobre a bateria;

b) Operação manual e local: detalhar como podem ser efetuadas operações


manuais ou locais no equipamento;

c) Proteção das portas de comunicação contra surto: as portas de comunicação


deverão ser protegidas. Quando essa proteção já fizer parte da placa de
comunicação, o fornecedor deverá informar qual é a forma de proteção e
como é a troca do dispositivo de proteção em caso de queima. Quando for
necessário algum dispositivo externo, esse deverá estar incluído no
fornecimento;

d) Facilidade de instalação do sistema de comunicação: o equipamento deverá


possuir, no mínimo, uma porta RS232 para conexão ao sistema de
comunicação, uma porta RS485, uma porta ethernet e, para religadores de
subestações, mais duas portas ópticas ethernet;

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e) Portas de comunicação: EIA-232 REAR e MULTIMODE 100BASE-FX e/ou
1000BASE-FX para religadores de subestação e 100BASE-TX e/ou 1000BASE-TX
para religadores de redes de distribuição, padrão ethernet, conectores ST, SC
e/ou LC. Para subestação, o IED já deve contemplar o módulo de comunicação
integrado no controlador;

f) Protocolos: MODBUS TCP, DNP3, DNP3 LAN/WAN, SNTP e, para subestações,


obrigatoriamente de acordo com a IEC 61850;

g) Não é desejável a utilização de conversores para a comunicação. A eventual


utilização deste tipo de equipamento só será aceita se o fornecedor
demonstrar claramente que ele não afeta a confiabilidade do sistema, ficando
a critério da Energisa aceitar ou não a solução;

h) Protocolo de comunicação: é exigido protocolo DNP3 para comunicação à


distância do equipamento com possibilidade de configuração de mensagens
não solicitadas, nível 2. Para equipamentos de rede de distribuição, o
proponente deve garantir a função “Force Unsolicited” e, será considerado
diferencial, a possibilidade de utilização da IEC 61850. Neste caso, evidenciar
como o fornecedor prevê a migração de um protocolo para o outro, sem a
utilização de conversores, inclusive relacionando a questão de prazo. Todos
os pontos de proteção e estados devem ser disponibilizados para supervisão
via protocolo;

i) Acesso remoto ao religador para configuração: é mandatório o equipamento


possibilitar configuração remota através do mesmo canal DNP utilizado para
supervisão e comandos ou por rede IP. Adicionalmente, deverá ser possível
coletar remotamente dados de eventos e oscilografia no formato COMTRADE.
Estas funcionalidades deverão ser possíveis mesmo para meios com baixa
velocidade de transmissão. O fornecedor deverá demonstrar que as referidas
operações ocorrem em tempos razoáveis, de forma ideal, inferiores a 1 (um)
minuto. Para fins de cyber-segurança, exige-se que o software de
configuração deverá dispor de senhas distintas para execução de ações, com

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pelo menos 3 (três) tipos de usuários configuráveis: operação, manutenção
proteção e manutenção tele-controle;

j) Módulo de comunicação via bluetooth: é considerado diferencial competitivo


um módulo de comunicação bluetooth para configuração e parametrização;

k) Funções disponíveis no relé multifunção: todas as funções descritas abaixo


deverão ser simultâneas e independentes, bem como deverá ser possível a
habilitação/desabilitação individualmente de todas elas, de forma local e/ou
remota:

• Proteção de tempo inverso: as curvas de tempo inverso deverão permitir


as seguintes modificações: Multiplicador, Adicional de Tempo, Tempo
mínimo e Tempo máximo de atuação;

• Proteção de tempo definido;

• Proteção instantânea: o ajuste de proteção instantânea deverá permitir a


habilitação em todas as operações do ciclo de religamento, bem como
bloquear permitir seu bloqueio após decorrida uma quantidade de
operações ajustada pelo usuário;

• Proteção de falta sensível à terra (SEF);

• Pick-up de carga fria: o multiplicador de carga fria deverá permitir o


mínimo de 1xIN e o máximo de 5xIN, com tempo de reconhecimento e o
tempo de permanência ajustáveis;

• Restrições ao Inrush: o restritor de Inrush deve permitir ajuste máximo de


30x (trinta vezes), além de permitir ajuste de tempo fixo em segundos,
admitindo ajuste centesimal;

• Proteção contra perda de fase;

• Proteção contra sub e sobre frequência (81U/O), com e sem temporização;

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• Bloqueio de Linha Viva: o bloqueio de linha viva deverá permitir alterar o
tipo de curva, temporizações e pick-ups de sobrecorrente. A habilitação
da função de linha viva deverá bloquear automaticamente a função de
religamento (ANSI 79) e, em caso de atuação, impedir o fechamento local
ou remoto do religador;

• Sobrecorrente temporizada (ANSI 51/51N);

• Sobrecorrente instantâneo (ANSI 50/50N);

• Função de Religamento (ANSI 79): tempo morto mínimo de 0,5 segundo,


com no mínimo 4 (quatro) religamentos e tempo de reset mínimo de 30
segundos;

• Fase aberta (ANSI 46);

• Sobrecorrente de sequência negativa (ANSI 51Q/50Q);

• Sobrecorrente direcional (ANSI 67/67N);

• Grupos de proteção: no mínimo 4 (quatro) grupos disponíveis;

• Proteção contra sub e sobretensão (ANSI 27, 59 e 59N);

• Check de sincronismo (ANSI 25);

• Função de falha de disjuntor (ANSI 50/62BF);

• Proteção ROCOF df/dt (ANSI 81R), com possibilidade de temporização;

• Sequencial de eventos e operações: Permitir ao usuário selecionar quais as


informações que serão necessárias para exportação, evitando a exportação
de informações que não serão necessárias;

• Perfil de carga com intervalo de integralização mínimo de 5 (cinco)


minutos, com capacidade de armazenamento de pelo menos o período de
1 (um) dia, com o registro das grandezas a seguir:

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➢ Corrente e tensão das fases (obrigatório);

➢ Corrente residual (obrigatório);

➢ Potências ativa e reativa (obrigatório);

➢ Tensão da bateria (opcional);

➢ Demais medições (opcional).

l) Possibilidade de coletar dados de oscilografia e eventos, pelo mesmo meio


utilizado na comunicação remota do equipamento. Importante que a
oscilografia disponibilizada pelo relé armazene pelo menos 12 (doze) ciclos
que precederam a falta, com uma janela de 3 segundos e uma taxa de
amostragem de no mínimo 4 amostras por ciclo, com representação dos canais
digitais;

m) Possibilidade de ajuste das curvas padrão ANSI, IEC, IEEE e TCC KYLE. Incluir
no manual as equações de todas as curvas disponíveis no relé ou tabelar as
correntes por tempo quando não obtidas por equação (com um mínimo de 60
pontos);

n) Ajuste de curvas de proteção definidas pelo usuário: deve-se possuir editor de


curvas customizadas, com o mínimo de 60 pontos;

o) Sensor de tensão nas 6 (seis) buchas: importante que o sensor informe, via
sinais analógicos, os valores de tensão nas 6 (seis) buchas, essencial para
aplicação em chaves na (normalmente abertas);

p) Check de tensão independente do check de sincronismo;

q) Flexibilidade de implementação de curvas de proteção: permitir ajuste de


mais de um grupo de proteção; permitir ajustar qualquer tipo de curva para
parametrização das curvas de fase ou terra, lenta ou rápida; possibilidade de
ajustar corrente instantânea e o bloqueio de alta corrente (HCL - High Current

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Lockout) como ajustes independentes. O ajuste do HCL não deve ser forçado,
porém flexível, permitindo ao usuário habilitá-lo ou não;

r) Flexibilidade para personalização dos targets led e pushbutton frontal do relé:


deve ser possível alterar a configuração dos targets led e a personalização da
função dos pushbutton do frontal do relé;

s) Informar se o equipamento disponibiliza, à operação, o local onde houve uma


falta, bem como a precisão dessa informação (detalhar o método usado nesse
cálculo). O localizador de falta é informação fundamental para a operação,
contudo é importante que tal recurso esteja disponível, também, quando o
equipamento operar no modo chave, ou seja, proteção bloqueada (trips
block);

t) Operação no modo chave telecomandada: quando o equipamento for operado


no modo chave (proteção bloqueada) deverá ter funções de alarme ajustáveis
para que indiquem os valores e as fases envolvidas durante defeitos entre fase
e a terra e/ou entre fases, além de manter esse valor da falta armazenado
por um tempo predeterminado ou até quando houver comando de um reset
remoto/local;

u) Operação no modo seccionalizador automático: o equipamento também


deverá ser capaz de operar no modo seccionalizador, contando as operações
do religador a montante e abrindo após um número pré-determinado. Deve
possuir ajustes independentes para fase e residual, possuir restritor de tensão
e de corrente de inrush. Quando operando neste modo, o mesmo deve acusar
alarme (previamente ajustado) para correntes de falta fase-terra e entre
fases, mantendo esse valor da falta por um tempo pré-determinado ou até a
existência de um comando de reset remoto/local;

v) Para todos os modos de operação, quando acusado um alarme por falta no


sistema elétrico, deverá ser registrado e estar disponível para envio ao
supervisório os valores das correntes de todas as fases e do neutro (residual).
Além disso, o reset dos valores de corrente e flags de falta deverá ser

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realizado por uma ou mais das opções a seguir (deverá ser opcional a
habilitação de quaisquer dessas opções):

• Via lógica;

• Via controle local/remoto;

• Via fechamento da chave;

• Via tempo pré-determinado.

w) Permitir alternar entre os grupos de ajustes do relé e seus respectivos modos


de operação, remotamente ou localmente (via pushbutton no painel frontal
do relé), sem ser necessário o upload de novos arquivos de
parametrização/ajuste para que a comutação se concretize;

x) Coordenação de sequência;

y) Deverá disponibilizar lógicas programáveis para equações de controle


avançadas. Tipo equações booleanas com temporizadores, com biestáveis,
com flip-flop etc.;

z) Nas cabines de controle sem IED deve ser prevista interface elétrica externa
para:

• Comandos de abertura/disparo proteção e fechamento;

• Supervisão da chave local/remoto;

• Supervisão da tensão de circuito de comando;

• Supervisão do circuito de controle;

• Supervisão de bloqueio mecânico.

aa) Para religadores de subestações, o IED deve possuir (no mínimo) quatro
entradas de TCS externos com relação 5,0 amperes secundários e (no mínimo)

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quatro entradas para TPS externos com detecção de presença e ausência de
tensão e sincronismo;

bb)O conjunto IED mais sensores ou TC internos devem medir e reportar valores
a partir de 1 ampere no primário e para proteção atuar com valores a partir
de 10 a para neutro (medido) e 30 a para fase, estes valores no primário.

NOTA:

VI. Será considerado diferencial a disponibilização de funções especiais não


supracitadas (self-healing, qualidade de energia, detecção de cabo rompido,
salto vetorial etc.).

10.7 Gerência e monitoramento

10.7.1 Software gerenciador de conexões

Para o software gerenciador de conexões são exigidos os seguintes requisitos básicos:

a) Conexão remota automática com os equipamentos telecomandados;

b) Monitoramento de perdas de comunicação com remotas informando o SLA por


operadora, o número de desconexões de cada operador, assim como a duração
e o motivo da desconexão;

c) Disponibilizar ao supervisório os dados no protocolo DNP3;

d) Parametrização e configuração remota dos equipamentos telecomandados;

e) Parametrização e configuração remota dos módulos de comunicação GPRS;

f) Análise de alarmes;

g) Disponibilizar informações para ferramentas de gerência de rede de mercado


através de protocolo SNMP ou outro a ser definido junto com a Energisa sobre
o status operacional de cada módulo de comunicação.

h) Descrever as características abaixo, quando aplicáveis:


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• Protocolo, aberto ou fechado: especificar os protocolos usados pelo
servidor com referida documentação. Para caso de protocolos fechados,
analisar a possibilidade de abertura e documentação específica;

• Documentação aberta do modelo de dados;

• Código fonte aberto;

• Níveis de serviço da manutenção;

• Segurança de acesso multiníveis;

• Alarmes: consultas, níveis de monitoramento proativos/detecção, funções


sistêmicas para correção remota;

• Possibilidade de funcionamento independentemente do tipo de remota de


comunicação GPRS;

• Banco de dados utilizado (ORACLE, SQL Server, outros);

• Servidor de aplicação utilizado (IIS, Apache, Tomcat, outros);

• Acesso aos equipamentos via CSD;

• Gestão das informações coletadas: especificar todos os relatórios e


consultas existentes;

• Parametrização remota dos equipamentos telecomandados.

10.7.2 Requisitos para funcionalidades SNMP

O proponente deverá garantir que os seus equipamentos, sistemas e softwares, fruto


desta especificação, deverão ter o seu sistema de gerenciamento de comunicação
compatível com o protocolo SNMP V.2 e V.3, que possibilitará a supervisão remota
dos elementos da ad a partir de um servidor SNMP.

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O objetivo deste monitoramento é fornecer ao gerente SNMP o status do estado de
comunicação de cada equipamento gerenciado.

Este status de comunicação, extraído a partir da MIB do servidor, deverá indicar:

a) Status up/down do modem;

b) A localização do modem;

c) A operadora em operação;

d) O nome da operadora;

e) O tipo da operadora (principal ou redundante).

O proponente deverá garantir a integração do seu sistema de comunicação com a


ferramenta ASG SENTRY da Energisa, responsável pelo monitoramento real time dos
elementos da automação da distribuição, garantindo as informações solicitadas no
item 1.

O proponente deverá fazer a homologação de 10 unidades com o sistema ASG da


Energisa no período de 30 (trinta) dias. A integração do sistema de comunicação dos
elementos da automação da distribuição com o ASG SENTRY, somente, será aceita
após a aprovação da Energisa.

O proponente deverá garantir que as suas configurações gerais para o SNMP,


enquanto porta Community e outros possam ser modificadas na fase de configuração.

10.7.3 Contingências

Destacar níveis de contingência existentes para os serviços de comunicação entre os


módulos e o software gerenciador de conexões:

a) Contingência do servidor;

b) Contingência da rede GPRS (segunda operadora).

NOTA:
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VII. Devem ser entregue o detalhamento de todos os procedimentos;

11 DEMAIS CARACTERÍSTICAS DO RELIGADOR

11.1 Religadores com comando em 125 VCC

A Tabela 5 deverá ser preenchida pelo fornecedor com as informações


complementares do religador considerando o tipo do religador e as tensões de
comando e controle, com tensão auxiliar de 125 VCC.

11.2 Religadores com comando em 115, 127 ou 220 VCA

A Tabela 6 deverá ser preenchida pelo fornecedor com as informações


complementares do religador considerando o tipo do religador e as tensões de
comando e controle, com tensão auxiliar de 115, 127 ou 220 VCA.

12 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

12.1 Estruturas suporte

12.1.1 Religadores de subestação (SED)

Cada religador deverá ser fornecido com sua estrutura suporte que deverá ser
construída de aço estrutural, galvanizada por imersão a quente.

As estruturas deverão ter suas bases na mesma elevação e deverão ser adequadas
para montagem sobre uma plataforma plana de concreto de 200 mm de altura em
relação ao nível do solo.

A altura da estrutura será ajustável de tal forma que o seu terminal inferior
energizado fique acima de 3 (três) metros e sua extremidade, mais elevada, não
ultrapasse 4 (quatro) metros a partir do solo.

Todas as porcas e parafusos de montagem e de aperto deverão ser travados de tal


forma que não se soltem com as vibrações incidentes durante o transporte e
operação, porém deverão permitir a desmontagem sem equipamento especial.
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Todo o conjunto do religador deverá ser projetado e construído para resistir com
segurança aos esforços de curto-circuito, que possam ser impostos ao conjunto do
religador, incluindo a velocidade máxima de vento.

A estrutura suporte deverá contemplar a fixação dos TC externos conforme padrão


fornecido pela Energisa.

12.1.2 Religadores de rede de distribuição

Cada religador deverá ser fornecido com suporte lateral para fixação em poste,
contendo inclusive o suporte para fixação de para-raios, suporte para escada e
suporte lateral, sendo a critério da contratante a solicitação de inclusão ou retirada
dos mesmos.

12.2 Acabamento e pintura

Todas as superfícies metálicas ferrosas deverão ser isentas de qualquer impureza,


não serão aceitos empolamentos e corrosões.

A construção do tanque dos religadores deve atender a todos os requisitos da norma


IEC 62271-111 e/ou IEEE/IEC C37.60.

Perfis e chapas de material ferroso, quando não pintadas, deverão ser zincadas por
processo de imersão à quente de acordo com as ABNT NBR 6323, ABNT NBR 7397,
ABNT NBR 7398, ABNT NBR 7399, ABNT NBR 7400 ou ASTM A123 e com espessura
mínima de 80 µm.

Parafusos de material ferroso, porcas, arruelas, contra porcas e similares deverão


ser zincados por processo de imersão à quente de acordo com as ABNT NBR 6323,
ABNT NBR 7397, ABNT NBR 7398, ABNT NBR 7399, ABNT NBR 7400 ou ASTM A153 ou
fornecidos em aço inox.

Todas as partes ferrosas, tanque e tampa, não zincadas e que estejam expostas à
ação do meio isolante ou do tempo, deverão ser limpas e pintadas como descrito a
seguir, ou por processo equivalente:

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a) Pintura interna:

• Após a fabricação do tanque, as impurezas deverão ser removidas através


de processo adequado;

• Aplicação subsequente de, no mínimo, duas demãos de tinta de base


anticorrosiva/antiferruginosa, com espessura seca mínima de 30 µm.

b) Pintura externa:

• Preparar a superfície com jato úmido ao padrão SA 2.1/2;

• Aplicar a tinta de fundo anticorrosiva/antiferruginosa epóxi alta espessura,


cor vermelho óxido, através de pistola, com espessura mínima de 40 µm
de película seca;

• Após a aplicação do fundo anticorrosivo, aplicar a tinta de acabamento à


base de poliuretano alifático de alta espessura, cor cinza Munsell n 6,5,
através de pistola, com espessura mínima de 80 µm de película seca;

As cabines, internamente e externamente, deverão ser pintadas na cor cinza Munsell


N6,5 com espessura de película seca mínima de 80 µm e média de 120 µm;

Os componentes das tintas utilizadas nas superfícies internas do tanque deverão ser
resistentes à ação do meio isolante e não deverão contaminá-lo;

O proponente poderá submeter à aprovação da Energisa, um esquema de pintura


distinto do especificado, desde que seja de mesma eficiência ou superior.

12.3 Demais características construtivas

Deverão ser informadas pelo proponentes as características solicitadas na tabela 7.

NOTA:

VIII. Para religadores de SED, as dimensões da base (furação) deverão ser definidas
quando da AVP (avaliação do projeto).

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38
12.4 Características dos serviços auxiliares

Os serviços auxiliares serão:

a) 1 (uma) lâmpada led alto brilho, em 220 V CA, energizada a partir da abertura
da porta do controle;

b) Resistores de aquecimento de 220 VCA, com comando manual e comando por


termostato, regulável de 20 a 60 ºC;

c) Tomada para tensão auxiliar fase-fase e outra para fase-neutro, do tipo 2P+T;

d) Baterias 24 VCC com vida útil mínima de 10 (dez) anos para equipamentos de
rede de distribuição. Para equipamentos aplicados em subestação (125 VCC) as
mesmas deverão ser dispensadas.

e) As baterias fornecidas junto aos religadores deverão, mandatoriamente, ser


de lítio ferro fosfato (lifepo4).

12.5 Sobressalentes

O proponente deverá incluir na proposta uma relação das peças sobressalentes


recomendáveis para o lote da proposta, bem como os números de catálogo e
especificação das mesmas, considerando um período de operação de 10 (dez) anos.

13 HOMOLOGAÇÃO, ENSAIOS E INSPEÇÃO

A Tabela 9 resume os ensaios necessários para o fornecimento de religadores


automáticos para a Energisa.

13.1 Homologação técnica

Para o processo de homologação do religador, o fornecedor deverá atender na


totalidade os requisitos do Manual de Gestão da Qualidade de Fornecedores (MQF),
documento disponibilizado na página da Energisa na seção dos fornecedores
(http://grupoenergisa.com.br/paginas/fornecedores/link-fornecedores.aspx).

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Cabe dizer que as homologações comercial e técnica são exigidas a todos os
fornecedores de materiais e equipamentos da Energisa, em níveis de complexidade
distinto para diferentes tipos de fornecedores.

Como complemento ao MQF no quesito que diz respeito às especificidades técnicas


dos religadores, esta especificação traz nesta seção os requisitos técnicos para a
homologação técnica deste tipo de material:

a) A documentação obrigatória a ser enviada, nesta etapa, pelo fornecedor será:

• Manual de instruções/operação;

• Especificação técnica/ data sheet;

• Relatórios dos ensaios de tipo;

• Certificados do INMETRO, se houver;

• Desenhos de vistas e dimensões do equipamento, contendo minimamente:

➢ Tipo e código do fabricante;

➢ Arranjo geral em três vistas, mostrando a localização de todos os


componentes, com indicação das dimensões gerais do tanque, estrutura
de sustentação, suportes para fixação em poste e caixa de controle;

➢ Desenhos detalhados, incluindo dimensões, das seguintes partes:


terminais, olhais e orelhas de suspensão, buchas, conectores e
terminais de aterramento;

➢ Legenda dos componentes;

➢ Desenhos de todos os dispositivos e componentes auxiliares, tais como:


indicadores, válvulas de alívio de pressão etc.;

➢ Vista expandida do mecanismo de operação, detalhando todos os


componentes;

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40
➢ Desenhos da base ou dos suportes, com dimensões e cotas, massa a
operação etc., a fim de possibilitar a preparação das fundações;

➢ Diagramas elementares e elétricos de todos os dispositivos, incluindo o


controle, transformadores de corrente e acessórios, indicando tensão e
potência requerida para operação;

➢ Desenhos construtivos e esquemas funcionais do mecanismo de


operação, mancais, articulações e transmissões;

• Desenhos de vistas e dimensões de buchas ou isoladores, contendo


minimamente:

➢ Tipo e código do fabricante;

➢ Dimensões principais;

➢ Valores nominais;

➢ Massa;

➢ Detalhes do terminal de linha e do flange para montagem;

➢ Esforços permissíveis nos terminais;

• Desenhos de vistas e dimensões das cabines, contendo minimamente:

➢ Dimensional;

➢ Localização de componentes no interior da cabine;

➢ Localização do terminal de aterramento;

➢ Localização das aletas de ventilação;

➢ Legenda dos componentes, contendo: tipo e código de fabricante;


características elétricas e função (número ANSI);

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➢ Catálogos dos componentes internos, mesmo sendo de fornecimento de
terceiros;

• Desenhos das estruturas suportes (todos os tipos para religadores de rede


e subestação, TC e escadas);

• Desenho de dimensões para transporte, contendo minimamente:

➢ Dimensões;

➢ Massa;

➢ Detalhes para içamento;

➢ Tipo de madeira e tratamento utilizado;

➢ Localização do centro de gravidade;

➢ Detalhes de fixação dos componentes dentro das embalagens;

• Desenho do gabarito para o projeto civil da fundação;

• Diagrama esquemáticos de controle;

• Diagramas trifilares;

• Diagrama de fiação (topográfico);

• Desenhos das placas de identificação;

• Listas de materiais;

• Desenhos detalhados de montagem na obra;

• Lista de desenhos;

• Esquema de tratamento e pintura das superfícies metálicas;

• Lista de equipamentos que irão requerer armazenagem especial;

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• Folhetos, catálogos dos componentes e todas as informações necessárias à
completa verificação pela Energisa.

b) Após a análise da documentação enviada pelo fornecedor, para início do


processo de homologação, a Energisa solicitará/autorizará o envio dos
equipamentos/amostras necessários ao processo. A lista de
materiais/amostras necessária à homologação técnica segue na Tabela 8. A
Energisa terá 90 (noventa) dias para instalar o equipamento em campo, em
um de seus alimentadores ou em ambiente controlado, para verificar o
comportamento do equipamento em situação real de aplicação.

c) A Energisa, por sua vez, ao receber o material enviado, verificará a existência


de todos os itens e quantidades descritos, validando o recebimento do
material e formalizando o início do processo em conformidade ao estabelecido
no MQF;

d) A responsabilidade pelo contato com o fornecedor para marcar as data das


inspeções de homologação do produto analisado é da área de qualidade da
Energisa. A avaliação técnica industrial (RATI), também conhecida como
inspeção de homologação de produto, tem como foco realizar os itens
previstos no MQF relativos a segurança, ensaios em amostras e/ou protótipos,
verificar relatórios de ensaios, verificar calibração de equipamentos, verificar
estrutura de laboratório do fornecedor, verificar o controle de matérias
primas do fornecedor, verificar os processos de fabricação, verificar o
controle de conformidade do produto e é de responsabilidade dos
departamentos de engenharia especialistas.

13.2 Ensaios de tipo (type tests)

Estes ensaios devem ser realizados em laboratório acreditado por órgão certificador
de terceira parte, seguindo os requisitos estabelecidos na norma ABNT NBR ISO/IEC
17025 (edição vigente) para os ensaios em questão ou em laboratórios habilitados
pela própria Energisa, com prazo de, no máximo, 5 (cinco) anos de realização.

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ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

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Em conformidade com a IEC 62271-111 e/ou IEEE/IEC C37.60, os ensaios de tipo
devem compreender:

a) Ensaios dielétricos:

• Condições do ar ambiente durante os testes;

• Procedimento de teste úmido;

• Arranjo do equipamento;

• Critérios para aprovação no teste;

• Aplicação da tensão de teste e condições de teste;

• Ensaios do equipamento de manobra e controle de Ur ≤ 245 kV;

• Teste do quadro e controle de Ur > 245 kV;

• Testes de poluição artificial para isoladores externos.

b) Ensaio de tensão de rádio interferência;

c) Medição da resistência:

• Medição da resistência dos contatos auxiliares classe 1, 2 e 3;

• Teste de continuidade elétrica de peças metálicas aterradas;

• Medição de resistência de contatos e conexões no circuito principal como


verificação de condição;

d) Testes de corrente contínua:

• Corrente e duração do teste;

• Medição de temperatura durante o teste;

• Resistência do circuito principal;

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• Critérios para aprovação no teste.

e) Corrente suportável de curta duração e testes de corrente suportável de pico;

f) Teste/verificação da proteção;

g) Ensaio de estanqueidade (se aplicável);

h) Ensaio de compatibilidade eletromagnética (EMC);

i) Ensaios adicionais em circuitos auxiliares e de controle;

j) Ensaio de radiação x para interruptores a vácuo;

k) Testes de corrente de carregamento de linha e de carregamento de cabos;

• Características dos circuitos de alimentação;

• Aterramento do circuito de alimentação;

• Características do circuito capacitivo a ser comutado;

• Forma de onda da corrente;

• Tensão e corrente de teste;

• Tarefas de teste;

• Critérios para aprovação no teste.

l) Levantamento da capacidade de corrente:

• Procedimento adotado no teste;

• Critérios para aprovação no teste.

m) Ensaios de corrente de interrupção de curto-circuito:

• Performance da interrupção;

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• Verificação da corrente de curto-circuito;

• Ensaio padrão de serviço operacional com capacidade nominal de kpp =


1,5, operação automática;

• Ensaios para kpp nominal = 1,3 (sistemas neutros efetivamente aterrados);

• Transient recovery voltage (TRV) relacionada à abertura de corrente de


curto-circuito nominal;

• Critérios para aprovação no teste de serviço operacional.

n) Ensaios de baixa corrente:

• Corrente de teste;

• Circuito de teste;

• Teste de baixa corrente de serviço;

• Critérios para aprovação nos testes de baixa corrente.

o) Teste de mínima corrente de disparo:

• Circuito de teste;

• Procedimentos de teste.

p) Ensaios de descarga parcial (corona):

• Tensões e limites de teste;

• Condicionamento do objeto de teste;

• Equipamento e procedimento de teste;

• Relatório de ensaio de descarga parcial.

q) Teste de corrente de surto (series-trip recloser):

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• Condições de teste;

• Procedimento de teste;

• Condição após o teste.

r) Ensaio de tempos de corrente:

• Procedimento de teste.

s) Teste de operação mecânica:

• Ensaio mecânico à temperatura ambiente;

• Ensaios mecânicos a baixa e alta temperatura.

s) Testes de capacidade de resistência a surtos (SWC - Surge Withstand


Capability) de elementos de controle:

• Testes oscilatórios e rápidos surtos transitórios;

• Teste de operação do para-raios simulado.

v) Teste de fuga térmica.

Além dos ensaios de tipo supracitados, devem ser apresentados em conformidade


com esta especificação:

a) Ensaio da Zincagem: As ferragens utilizadas nos religadores e respectivos


suportes devem ser submetidas a este ensaio, para verificação das seguintes
características:

• Aderência, conforme ABNT NBR 7398;

• Espessura da cama de zinco, conforme ABNT NBR 7399;

• Uniformidade da cama de zinco, conforme ABNT NBR 7400.

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b) Estanhagem dos Terminais: O ensaio deve ser aplicado a todos os terminais
bem como às partes estanhadas do dispositivo de aterramento, de acordo com
os procedimentos da Norma ASTM B545.

c) Medição da espessura da camada de tinta, conforme a ABNT NBR 10443.

d) Medição da aderência da camada de tinta, conforme a ABNT NBR 11003.

e) Características da Pintura: Para estes ensaios devem ser preparados, a critério


do inspetor tantos corpos-de-prova quantos forem necessários, com dimensões
aproximadas de 150x100x1,2 mm com o mesmo tratamento de chapa,
esquema de espessura das pinturas externa e interna dos religadores.

• Resistência à atmosfera úmida saturada pela presença de SO2: deve ser


realizado de acordo com a ABNT NBR 8096, porém sem o corte da pintura.
Após o ensaio, o corpo de prova não deve apresentar perda de aderência,
bolhas, ferrugem, mudança de cor ou qualquer outro tipo de defeito para
que o resultado do ensaio seja considerado satisfatório;

• Umidade a 40 ºC: o corpo de prova deve ser colocado verticalmente em


uma câmara com umidade relativa de 100% e temperatura ambiente de (40
±1) ºC. Após 240 horas de exposição continua não devem ocorrer bolhas ou
qualquer outro tipo de defeito no corpo de prova para que o resultado do
ensaio seja considerado satisfatório;

• Impermeabilidade: deve ser realizado de acordo com a norma ASTM D870.


Imergir 1/3 do corpo de prova em água destilada mantida a (37,8 ±1) ºC e,
após 72 horas, não devem ocorrer empolamentos ou defeitos similares;

• Névoa salina: deve ser realizado de acordo com a norma ASTM B117.

13.3 Ensaios de rotina (routine tests)

Os ensaios de rotina são compreendidos por:

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a) Inspeção geral: antes dos ensaios, o inspetor deve fazer uma inspeção geral,
comprovando se os religadores estão em conformidade com as exigências
desta especificação. Constitui falha a detecção de qualquer não
conformidade, conforme orientações apresentadas a seguir:

• Características construtivas: deve ser verificado se os religadores possuem


as características e todos os componentes e acessórios requeridos de
acordo com esta especificação. Além disso, as características dos
religadores deverão também estar de acordo com o projeto aprovado pela
Energisa;

• Verificação da massa: deve ser verificado a conformidade com a indicação


constante na placa de identificação. É aceitável uma variação máxima de
3% entre a massa encontrada e a indicada na placa de identificação;

• Acabamento: verificar se todas as superfícies externas dos componentes e


acessórios do religador estão lisas, sem saliências e/ou irregularidades.
Também, verificar se todas as soldas executadas na confecção do tanque
foram feitas do lado externo e de modo contínuo. Na mesma linha de
inspeção, verificar visualmente se os terminais, ferragens e a pintura
atendem aos quesitos desta especificação;

• Identificação: verificar se a identificação está de acordo com o projeto


aprovado;

• Acondicionamento: verificar se o acondicionamento dos religadores foi


efetuado de modo a garantir um transporte seguro em quaisquer condições
e limitações que possam ser encontradas. Os detalhes devem estar de
acordo com esta especificação e/ou projeto previamente aprovado.

b) Verificação dimensional: as características dimensionais dos religadores


devem ser comparadas com as dimensões correspondentes dos desenhos
previamente aprovados pela Energisa. O religador deve ser considerado

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aprovado no ensaio se suas dimensões estiverem em conformidade com as
dimensões especificadas nos desenhos.

c) Ensaio em circuitos auxiliares e de controle, conforme IEC 62271-111 e/ou


IEEE/IEC C37.60;

d) Ensaio dielétrico: somente os ensaios de tensão suportável nominal à


frequência industrial, a seco, conforme IEC 62271-111 e/ou IEEE/IEC C37.60;

e) Operação manual: deve-se impor ao religador condições que permitam a sua


operação de fechamento. Caso o religador necessite de alimentação elétrica
para esta operação, esta deve ser em tensão nominal de alimentação. O ensaio
consiste em abrir e fechar o equipamento, sem circulação de corrente, pelo
acionamento manual dos dispositivos de abertura e fechamento. O ciclo de
abertura e fechamento deve ser repetido por 10 (dez) vezes
ininterruptamente. O religador é considerado aprovado neste ensaio se
realizar a sequência completa de abertura e fechamento sem apresentar
qualquer anormalidade;

f) Operação automática: o ensaio consiste em aplicar, por 3 (três) vezes, uma


corrente igual a 110% do valor da corrente mínima de disparo do religador,
tanto para fase quanto para terra. O religador deve ser ajustado para 2 (duas)
operações na curva rápida e 2 (duas) em curva lenta, bem como os tempos de
religamento e de rearme devem ser os mais rápidos possíveis;

g) Operação do circuito de anti-pumping: com o religador fechado deve-se


pressionar o pushbutton de abertura continuamente por um tempo de no
mínimo 5 (cinco) segundos. Como resultado o religador deve abrir e
permanecer aberto uma única vez. Após isso, repetir o teste com o religador
aberto e acionando continuamente o pushbutton para fechamento,
similarmente, o religador deverá fechar uma única vez e permanecer fechado;

h) Operação do painel de proteção e controle: este ensaio consiste em verificar


se as funções do sistema de controle e proteção estão em condições normais.
Ele é executado em tensão de funcionamento e com os valores de ajustes
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conforme solicitação do inspetor e/ou recomendação do fabricante. Durante
a execução deste ensaio devem ser possíveis de se verificar as condições das
seguintes funções:

• Comutar a chave de estado “local” para “remoto”, ou vice-e-versa, e


verificar se a ação é respondida no visor do relé, repetir esta ação por 2
(duas) vezes. Verificar se ação corresponde a correta subida do ponto ao
SCADA (sistema supervisório);

• Efetuar a mudança de grupos de ajuste pelo painel do controle: verificar


se há a reação dos comandos pelo visor do relé e conferir se houve o envio
correto do sinal ao SCADA;

• Habilitar e desabilitar, sucessivamente por 3 (três) vezes, os botões que


controlam as funções de proteção, como por exemplo: botão de proteção
geral, de proteção residual, de abertura e fechamento do religador, da
função de religamento, de SEF etc., e verificar se a ação é reagida
corretamente no religador ou no visor do relé. Além disso, verificar em
todas as ações se há o correto envio dos sinais ao SCADA;

• Realizar a aplicação de corrente e tensão no religador e verificar a leitura


dos valores instantâneos das correntes de fase e de terra, através de
amperímetro portátil adequado e comparando aos valores apresentados no
visor do relé. Além disso, verificar se há o envio correto destes sinais ao
SCADA;

• Comutar a chave local/remoto para a posição “remoto” e efetuar via


SCADA simulado o envio de comandos de habilitação e/ou desabilitação
das funções de proteção e constatar pelo visor/painel do controle do
religador se houve a correta reação. Além disso, deve-se buscar constatar
que quando a chave estiver na posição “local” não há resposta aos sinais
via comando remoto, e quando na posição “remoto” não deverá haver
resposta aos comando realizados pelo painel do controle;

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• Verificar o correto funcionamento da função de linha viva ou hot line tag,
que não poderá deixar o religador efetuar operações de religamento após
a primeira abertura;

• Poderá ser testado a aplicação e resposta de lógicas avançadas de


proteção, coleta remota de oscilografias e log de eventos, o funcionamento
de funções especiais como de seccionalizador automático e chave
telecomandada e/ou outras funções de automação.

i) Teste de operação mecânica, conforme IEC 62271-111 e/ou IEEE/IEC C37.60;

j) Medição da resistência: deve ser realizada somente a medição da resistência


do circuito principal, conforme IEC 62271-111 e/ou IEEE/IEC C37.60;

k) Verificação da corrente mínima de disparo, conforme IEC 62271-111 e/ou


IEEE/IEC C37.60;

l) Medição da espessura da camada de tinta, conforme a ABNT NBR 10443;

m) Medição da aderência da camada de tinta, conforme a ABNT NBR 11003;

n) Ensaios do revestimento de zinco, conforme normas ABNT NBR 6323, ABNT


NBR 7397, ABNT NBR 7398, ABNT NBR 7399, ABNT NBR 7400 ou ASTM
A123/A153;

o) Ensaio dos transformadores de corrente (TC) (quando houver) de acordo com


as normativas competentes.

Em caso de falha nos ensaios de rotina, o proponente deverá apresentar, antes da


repetição dos ensaios, um relatório detalhado dos defeitos encontrados e como
foram corrigidos, até 7 (sete) dias antes da realização de novos ensaios. A repetição
dos ensaios, bem como todas as despesas com a nova inspeção ocorrerão por conta
exclusiva do fornecedor.

13.4 Ensaios de recebimento

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Os ensaios de recebimento deverão ser realizados na presença do inspetor da
Energisa, por ocasião do recebimento de cada lote, e seus custos deverão estar
inclusos no preço do fornecimento.

Os ensaios de recebimento devem ser realizados em amostras retiradas


aleatoriamente pelo inspetor da Energisa do lote apresentado para inspeção, em
concordância com o plano de amostragem.

Os ensaios de recebimento bem como as normas aplicáveis são os mesmos do item


12.3.

NOTA:

IX. Quando do recebimento de cada lote, os ensaios constantes nas alíneas “a”,
“d”, “e”, “f”, “h”, “i” e “j” do item 12.3 poderão ser realizados em 100% dos
componentes do lote, a critério do inspetor da Energisa;

X. Fica a critério do inspetor solicitar ensaios adicionais à esta especificação


quando julgar pertinente ao recebimento do lote.

13.5 Inspeção

A Energisa reserva-se o direito de inspecionar e ensaiar os religadores quer no


período de fabricação, quer na época de embarque, ou a qualquer momento em que
julgar necessário, isto é, a qualquer tempo ou etapa. Independentemente da
realização da inspeção, o fornecedor é o responsável pela qualidade e desempenho
do material durante o período de garantia.

O fornecedor tomará às suas expensas todas as providências para que a inspeção se


realize em condições adequadas, de acordo com as normas recomendadas e com esta
especificação. Desta forma, o fornecedor deverá propiciar todas as facilidades para
o livre acesso aos laboratórios, às dependências de fabricação, ao local de
embalagem etc., bem como fornecer pessoal legalmente habilitado que prestem
informações e executem os ensaios, além de todos os instrumentos (com selo de

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aferição emitido por órgão devidamente credenciado, com data não superior a 12
(doze) meses) e dispositivos necessários para realizar os testes/ensaios.

Ao inspetor deverá ser dada autorização para desempenhar suas funções onde quer
que o fornecimento esteja sendo processado, inclusive nas instalações de
subfornecedores, devendo o presente requisito constar sempre dos seus respectivos
contratos.

A Energisa poderá repassar ao proponente os custos devidos à não realização das


inspeções nas datas previstas, se ocasionadas por culpa do proponente ou de
qualquer subfornecedor.

Caso a inspeção venha a ser realizada em local diferente daquele originalmente


indicado, os custos adicionais serão debitados ao proponente.

A liberação dos desenhos ou de outros documentos, bem como os resultados dos


ensaios, a dispensa de inspeção (se ocorrer em alguma etapa) e a liberação dos bens
para embarque, não isentarão o proponente da obrigação do fornecimento dos bens,
rigorosamente, de acordo com o contrato, nem anularão quaisquer reclamações
posteriores da Energisa, relativas a materiais ou componentes defeituosos ou
inadequados, fornecidos pelo proponente. O inspetor atuará, especificamente, nos
seguintes pontos:

a) Avaliação dos resultados da inspeção, dos procedimentos de ensaios e inicial


do sistema de controle proposto pelo proponente;

b) Verificações periódicas dos processos de fabricação;

c) Inspeção de fabricação, homologação, rotina/recebimento e verificação dos


relatórios de ensaios de acordo com os seguintes critérios:

• Adequação das matérias-primas conforme requisitos da especificação;

• Adequação dos equipamentos à especificação, aos desenhos, aos


documentos contratuais e técnicos e à boa prática da engenharia;

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• Inspeções periódicas do andamento de produção do proponente e
elaboração de relatórios de progresso;

• Testemunho dos ensaios;

• Acompanhamento da programação de entrega;

• Adequação dos métodos de embalagem quanto à proteção necessária ao


manuseio e transporte;

• Conferência das listas de embarque para cada equipamento, inclusive


identificação e destino.

O proponente notificará a Energisa, com antecedência mínima de 15 dias, as datas


em que o equipamento estará pronto para inspeção e ensaios.

Caso a Energisa dispense a presença de seu inspetor durante as inspeções e ensaios,


por algum motivo justificável, o proponente deverá incluir no relatório de ensaios
um certificado de garantia de autenticidade dos resultados.

Nenhum material deverá ser embalado para embarque/entrega antes da conclusão


de todos os ensaios, análises de ensaios e inspeções, da aprovação do inspetor ou da
autorização por escrito da Energisa.

13.6 Relatórios de ensaio

Os relatórios dos ensaios devem ser em formulários com as indicações necessárias à


sua perfeita compreensão e interpretação conforme minimamente indicado a seguir:

a) Nome e/ou marca comercial do fabricante;

b) Identificação do laboratório de ensaio;

c) Tipo e quantidade do material do lote ensaiado;

d) Identificação completa do material ensaiado;

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e) Relação, descrição e resultado dos ensaios executados e respectivas normas
utilizadas;

f) Referência a esta especificação;

g) Número do Contrato de Fornecimento de Material (OCM);

h) Data de início e término de cada ensaio;

i) Nomes legíveis, assinaturas dos respectivos representantes do fabricante e


inspetor da Energisa;

j) Data de emissão.

O fabricante/proponente deve enviar para a Energisa os laudos dos ensaios logo após
a inspeção do lote.

13.7 Plano de amostragem

As amostras para os ensaios devem ser coletadas nos lotes prontos para entrega.
Considera-se como um lote o conjunto de religadores de mesmo tipo construtivo,
mesma tensão e potência nominais.

As quantidades de unidades de religadores para compor as amostras para os ensaios


de rotina devem estar de acordo com a Tabela 10.

13.8 Matriz de responsabilidades para inspeção

A matriz de responsabilidades para o processo de inspeção se encontra na Tabela 11.

14 REQUISITOS DE FORNECIMENTO

Neste item, e seus subitens, serão estabelecidos alguns dos requisitos gerais a serem
cumpridos durante e após a realização de fornecimento de religadores para a
Energisa.

14.1 Cronograma de fabricação


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O proponente deverá enviar aa Energisa, antes do início da fabricação e no máximo
15 dias após a assinatura do contrato ou recebimento da Autorização de
Fornecimento (AF) ou Ordem de Compra de Materiais (OCM), um cronograma de
fabricação detalhado das etapas de projeto, recebimento de matérias primas e
componentes, fabricação, montagem, ensaios e embalagens.

Componentes de maior importância tais como buchas, comutadores de derivação


etc., provenientes de subfornecedores, deverão ter, também, seus cronogramas de
fabricação apresentados.

Qualquer revisão nos cronogramas deverá ser submetida a Energisa, no máximo, 15


(quinze) dias corridos após o conhecimento das modificações.

14.2 Cronograma de atividades de inspeção

O fornecedor com religador homologado deverá submeter à Energisa, no máximo 15


(quinze) dias após a assinatura do contrato ou recebimento da autorização de
fornecimento ou ordem de compra de materiais, um cronograma das atividades de
inspeção para recebimento do lote.

Neste cronograma deverão constar todas as atividades ligadas ao controle de


qualidade do fornecedor, os ensaios de rotina e outros ensaios requeridos nesta
especificação técnica.

As atividades de inspeção deverão ser apresentadas de forma detalhada,


referenciadas às diversas etapas de fabricação e com o seu tempo de duração
estimado.

Qualquer revisão do cronograma das atividades de inspeção deverá ser submetida à


Energisa, no máximo 15 (quinze) dias corridos após o conhecimento das
modificações.

14.3 Desenhos e documentos finais

Serão considerados desenhos e documentos finais todos aqueles que receberam


aprovação integral da Energisa e contenham todas as alterações, correções e revisões
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feitas durante o processo de aprovação (homologação) até o recebimento do
equipamento, bem como aquelas apresentadas pelo fornecedor e que não
necessitem de aprovação da Energisa.

Os desenhos finais deverão conter a marcação “desenho certificado”.

Os arquivos eletrônicos dos desenhos e documentos finais deverão ser fornecidos com
extensões compatíveis com o AUTOCAD® e MSOFFICE®, respectivamente, gravados
em mídia digital, e entregues à Energisa em conformidade com o Manual de Gestão
da Qualidade de Fornecedores (MQF).

Todos os desenhos e documentos finais deverão conter, claramente indicadas, as


seguintes informações:

• Identificação do conteúdo do desenho;

• Identificação do conjunto ao qual pertence;

• Número e versão da Especificação;

• Número de série do equipamento.

Todos os desenhos, manuais de instruções, relatórios de ensaios, listas e outros


documentos fornecidos de acordo com os requisitos desta especificação, tornar-se-
ão propriedade da Energisa e seu custo será considerado como incluído no preço do
contrato. A Energisa terá o direito de copiar qualquer documento, desenho ou
informação fornecida pelo fornecedor, para uso nos trabalhos de projeto, construção
e manutenção pelo próprio, seus representantes ou por terceiros.

14.4 Embalagem e transporte

A embalagem necessária ao transporte e armazenamento do conteúdo do


fornecimento, bem como seu transporte até o local definido no contrato ou
autorização de fornecimento ou ordem de compra de materiais, serão de inteira
responsabilidade do proponente.

______________________________________________________________________________
ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

58
A embalagem deverá ser adequada ao transporte rodoviário ou ao aplicável no caso,
e deve obedecer, fundamentalmente, aos seguintes critérios:

a) Deverá ter indicações de posicionamento dos pesos de modo a garantir a


estabilidade do equipamento a ser transportado;

b) Deverá ser projetada de modo a suportar e facilitar as operações de embarque


e desembarque, sem prejuízo da segurança dos operadores e da integridade
do equipamento;

c) Deverá estar identificado na embalagem, onde aplicável, a indicação de face


superior, símbolo de içamento, centro de gravidade, símbolo de proteção
contra umidade, símbolo de frágil, número de remontagens permitidas e
quando for o caso com a tensão e potência da resistência;

d) Qualquer dano ao equipamento, devido à embalagem inadequada, será de


responsabilidade do proponente;

e) As embalagens deverão ser feitas de maneira que peças dos equipamentos que
possuam números de série de fabricação diferentes, mesmo que idênticas,
sejam embaladas em volumes distintos. Entretanto, os volumes poderão ser
agrupados, a critério do proponente, para facilitar o transporte;

f) Todos os instrumentos, relés e outras partes delicadas, que podem ser


danificados se transportados montados no equipamento deverão ser
embalados separadamente;

g) Todas as pequenas peças, bem como chaves e ferramentas, deverão ser


acondicionadas em caixas de madeira, protegidas com papel
impermeabilizado ou equivalente e, devidamente, reforçadas com tiras de aço
de dimensões apropriadas. Instrumentos, relés etc., ainda deverão ser
protegidos com uma película plástica transparente e acondicionados de forma
a protegê-los de quebras por choque ou vibração;

h) As peças sobressalentes, quando aplicável, deverão ser embaladas em


separado do fornecimento, em embalagens que suportem armazenagem, por
______________________________________________________________________________
ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

59
longos períodos, marcadas "sobressalentes" e com a indicação do conteúdo de
cada embalagem. As peças sobressalentes serão embaladas individualmente
ou em conjuntos inseparáveis, de forma a não interferirem com a embalagem
das demais sobressalentes quando forem retiradas para uso. Por conveniência
de transporte poderão ser encaixotadas, juntas, várias embalagens de
sobressalentes;

i) Cada embalagem deverá conter um exemplar do romaneio no interior da


mesma e outro preso na parte exterior, em invólucro de plástico lacrado,
resistente a intempéries, relacionando, exclusivamente, os materiais contidos
na embalagem, descrevendo todos os detalhes e seus respectivos códigos;

j) Cada embalagem deverá ser identificada, indelevelmente, minimamente,


com as seguintes inscrições:

• Nome do equipamento;

• Nome do proponente;

• Local de destino;

• Número do contrato, autorização de fornecimento ou ordem de compra de


materiais;

• Número da nota fiscal;

• Número de série do equipamento;

• Dimensões e peso.

O fornecedor deverá prioritariamente observar as cláusulas contratuais que tratam


sobre este assunto, as acimas devem ser observadas desde que não constem de
maneira expressa no contrato de fornecimento.

14.5 Armazenamento

______________________________________________________________________________
ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

60
Se o proponente antecipar a entrega de qualquer equipamento, a Energisa se reserva
o direito de não o receber. Neste caso, o proponente providenciará, às suas custas e
responsabilidade, o armazenamento até a data prevista de embarque.

14.6 Aceitação

A Energisa dará por aceito e definitivamente recebido todo o fornecimento, quando


forem satisfeitos, integralmente, todos os itens das especificações, do MQF, bem
como as demais condições do contrato e da autorização de fornecimento ou ordem
de compra de materiais.

15 INSTRUÇÕES TÉCNICAS DE TREINAMENTO

Deve estar prevista na proposta técnica de fornecimento a apresentação de


instruções técnicas de treinamento para o pessoal indicado pela Energisa a respeito
da montagem, operação, proteção e manutenção do equipamento, seus acessórios e
componentes.

Esta apresentação deve ser organizada pelo fornecedor e ser ministrada, em


português (brasil), por um ou mais supervisores qualificados do mesmo, antes da
instalação do equipamento, em local e data a serem definidos de comum acordo com
a Energisa.

Tal treinamento deve abordar, pelo menos: as instruções completas do manuseio, os


ajustes, os testes mecânicos e elétricos, a substituição de peças e utilização de
gabaritos, através de manuais e desenhos; as instruções sobre a lógica de
funcionamento dos circuitos auxiliares de comando, sinalização e proteção, quando
for o caso, baseadas nos desenhos e manual de instruções aprovados; a identificação
das peças, partes e componentes que devem ser checados quanto aos limites e
tolerâncias operacionais, por meio de check-list, relacionando tudo às periodicidades
de manutenção previstas; a relação completa de todas as partes, peças e
componentes, incluindo nomes, descrições, números de catálogos, quantidades
utilizadas e identificações nos desenhos; as instruções completas para instalação e
manuseio de todos os acessórios.
______________________________________________________________________________
ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

61
16 NOTAS COMPLEMENTARES

Em qualquer tempo e sem necessidade de aviso prévio, esta Especificação Técnica


poderá sofrer alterações, no seu todo ou em parte, por motivo de ordem técnica
e/ou devido às modificações na legislação vigente, de forma a que os interessados
deverão, periodicamente, consultar a Energisa.

A presente Especificação Técnica não invalida qualquer outra da ABNT ou de outros


órgãos competentes, mesmo a partir da data em que a mesma estiver em vigor.
Todavia, em qualquer ponto onde surgirem divergências entre esta Especificação
Técnica e as normas dos órgãos citados, prevalecerão as exigências mínimas aqui
estabelecidas.

Quaisquer críticas e/ou sugestões para o aprimoramento desta Especificação Técnica


serão analisadas e, caso sejam válidas, incluídas ou excluídas deste texto.

As sugestões deverão ser enviadas à Energisa pelo e-mail:

normas.tecnicas@energisa.com.br

17 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO

Data Versão Descrição das alterações realizadas

• Revisão geral decorrente do Projeto Malha Logística –


15/06/2015 4.0
Frente D.

• Revisão geral para compra corporativa de religadores.


• Definição de fornecimento dos religadores com rádio
digital e com portas ópticas tanto para rede quanto para
10/10/2018 5.0 SED.
• Definição do tipo de suporte de fixação em poste de rd.
• Inclusão dos códigos para as cabines de controle.
• Inclusão do desenho do suporte para TC.

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ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

62
Data Versão Descrição das alterações realizadas

• Revisão geral capitaneada pela coordenação de normas e


padrões construtivos (CNPC) da GTD em conjunto com a
GAT, visando a exclusão das referências normativas
canceladas (sem vigor);
17/11/2020 6.0
• Textos em contramão ao MQF;
• Inclusão dos detalhes para homologação técnica, ensaios
de tipo, de rotina, de modos de operação e formatação no
modelo de especificação técnica corporativa.

18 VIGÊNCIA

Esta Especificação Técnica entra em vigor na data de 01/12/2020 e revoga as


documentações anteriores.

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ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

63
19 TABELAS

TABELA 1 - Tipos de religadores e códigos

Código do
Tipo Descrição
material
Religador (Chave) de RD 15 kV, 630 A, 12,5 Ka, para
690000
1A controle em Vcc
690916 Controle de Religador – RD - VCC
Religador de RD 15 kV, 630 A, 12,5 kA, para controle em
690001
1B Vca
690917 Controle de Religador – RD - VCA
Religador (Chave) de SE 15 kV, 800 A, 16 kA, para controle
690008
em Vcc
690918 1C Controle de Religador – Subestações - VCC
1
690913 Cabine/Cubículo de Religador sem IED – Subestações - VCC
Religador (Chave) de SE 15 kV, 800 A, 16 kA, para controle
690009
em Vca
690919 1D Controle de Religador – Subestações - VCA
1
690913 Cabine/Cubículo de Religador sem IED – Subestações - VCA
Religador (Chave) para Banco de Capacitor, 15 kV, 800 A,
690914
1E 16 kA, para controle em Vcc
690911 Controle de Religador – Banco de Capacitor - VCC
Religador (Chave) de RD 24,2 kV, 630 A, 12,5 kA, para
690002
2A controle em Vcc
690916 Controle de Religador – RD - VCC
Religador (Chave) de RD 24,2 kV, 630 A, 12,5 kA, para
690003
2B controle em Vca
690917 Controle de Religador – RD - VCA
Religador (Chave) de SE 24,2 kV, 800 A, 16 kA, para
690010
2C controle em Vcc
690918 Controle de Religador – Subestações - VCC
Religador (Chave) de SE 24,2 kV, 800 A, 16 kA, para
690011
2D controle em Vca
690919 Controle de Religador – Subestações - VCA
Religador (Chave) para Banco de Capacitor, 24,2 kV, 800 A,
690915
2E 16 kA, para controle em Vcc
690911 Controle de Religador – Banco de Capacitor - VCC
Religador (Chave) de RD 36,2 kV, 630 A, 12,5 kA, para
690004
3A controle em Vcc
690916 Controle de Religador – RD - VCC
______________________________________________________________________________
ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

64
Código do
Tipo Descrição
material
Religador (Chave) de RD 36,2 kV, 630 A, 12,5 kA, para
690005
3B controle em Vca
690917 Controle de Religador – RD - VCA
Religador (Chave) de SE 36,2 kV, 800 A, 16 kA, para
690012
controle em Vcc
690918 3C Controle de Religador – Subestações - VCC
1
690912 Cabine/Cubículo de Religador sem IED – Subestações - VCC
Religador (Chave) de SE 36,2 kV, 800 A, 16 kA, para
690013
controle em Vca
690919 3D Controle de Religador – Subestações - VCA
1
690912 Cabine/Cubículo de Religador sem IED – Subestações - VCA

Observação importante:

1 - Item exclusivo para ser utilizado pela EMT nas subestações já existentes e que
necessitam deste padrão de especificação.

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ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

65
TABELA 2 - Características técnicas por tipo

Corrente Capacidade de
Tensão nominal Circuito de
Tipo nominal interrupção
controle
(kV) (A) (kA)
1A 15,0 630 12,5 125 VCC
1B 15,0 630 12,5 115 VCA
1C 15,0 800 16 125 VCC
1D 15,0 800 16 127 / 220 VCA
1E 15,0 800 16 125 VCC
2A 24,2 / 27,0 630 12,5 125 VCC
2B 24,2 / 27,0 630 12,5 115 VCA
2C 24,2 / 27,0 800 16 125 VCC
2D 24,2 / 27,0 800 16 127 / 220 VCA
2E 24,2 / 27,0 800 16 125 VCC
3A 36,2 / 38,0 630 12,5 125 VCC
3B 36,2 / 38,0 630 12,5 115 VCA
3C 36,2 / 38,0 800 16 125 VCC
3D 36,2 / 38,0 800 16 127 / 220 VCA

NOTA:

I. Os religadores 1E e 2E deverão possuir NBI 110 kV e TC relação de


transformação 600/500/400/300/200–5 A, classe de exatidão 10B200 (P-
Proteção), Ft=1,2. Serão aplicados para ligar e desligar, no máximo, 02 (dois)
bancos de capacitores trifásicos dupla estrela isolada, capacidade 3,6 MVAr
cada banco dupla estrela-isolada, total 7,20 MVar, e deverão ter as
características de corrente nominal capacitiva de manobra 400 A, Número
mínimo de operações de manobra de corrente capacitiva com valores nominais
especificados sem manutenção ou substituição da câmara: 5.000 (garantida)
e (10.000 desejada);

II. Todos os religadores de rede de distribuição (religadores de linha) deverão ter


seus controles alimentados via TP, conforme NDU-023.
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ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

66
TABELA 3 - Características técnicas do sistema

Tensão máxima (kVeficaz) 15,0 24,2 / 27,0 36,2 / 38,0


Tensão nominal (kVeficaz) 11,4 e 13,8 22,0 34,5
Número de fases 3
Frequência nominal (Hz) 60
Neutro Aterrado sem eficiência garantida
Tensão suportável à
frequência industrial (60 Hz) (kV) 34 50 70
por 1 minuto
Tensão suportável de
impulso atmosférico – onda (kVcrista) 110 150 200
plena
Tensão suportável de
impulso atmosférico – onda (kVcrista) 121 165 220
cortada

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ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

67
TABELA 4 - Características principais dos religadores

Tensão nominal eficaz do sistema (kV)

Tipo Valor
1A, 1B, 1C, 1D e 1E 11,4 e 13,8
2A, 2B, 2C, 2D e 2E 22,0
3A, 3B, 3C e 3D 34,5

Tensão nominal eficaz do sistema (kV)

Tipo Valor
1A, 1B, 1C, 1D e 1E 15
2A, 2B, 2C, 2D e 2E 24,2
3A, 3B, 3C e 3D 36,2

Tempo de interrupção total (ciclos)

Tipo Valor
Todos os tipos 3,5

Tensão suportável nominal de impulso atmosférico onda plena (kV crista)

Tipo Valor
1A, 1B, 1C, 1D e 1E 110
2A, 2B, 2C, 2D e 2E 150
3A, 3B, 3C e 3D 200

Tensão suportável nominal de impulso atmosférico onda plena, entre contatos abertos
(kV crista)
Tipo Valor
1A, 1B, 1C, 1D e 1E 121
2A, 2B, 2C, 2D e 2E 165
3A, 3B, 3C e 3D 220

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ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

68
Tensão suportável à frequência industrial 60 Hz, durante 1 minuto, no circuito de
controle (kV)
Tipo Valor
Todos os tipos 3

Corrente nominal (A)

Tipo Valor
1A, 1B, 2A, 2B, 3A e 3B 630
1C, 1D, 1E, 2C, 2D, 2E, 3C e 3D 800

Corrente suportável nominal de curta duração, 1 segundo (kA)

Tipo Valor
1A, 1B, 2A, 2B, 3A e 3B 12,5
1C, 1D, 1E, 2C, 2D, 2E, 3C e 3D 16

Ciclo de operação

Tipo Valor
Todos os tipos O – 0,3s – CO – 15s – CO

Demais generalidades (Aplica-se a todos os tipos)

Tipo Valor
Frequência nominal 60 Hz
Distância mínima de escoamento 25 mm/kV
Tensão de rádio interferência referida a 300
250 µm

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ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

69
TABELA 5 - Religador de SED com comando em 125 VCC

Item Requisito Unidade Especificado Proposto

1 Mecanismo de controle

1.1 Tensão nominal do atuador de abertura V -


1.2 Corrente nominal do atuador de abertura A -
1.3 Tensão nominal do atuador de fechamento V -
1.4 Corrente nominal do atuador de fechamento A -
Potência requerida pelas resistências de
1.5 W -
aquecimento
Descrição sobre o sistema de controle e
1.6 proteção conforme descrito nesta - Sim
especificação técnica
2 Contatos auxiliares

2.1 Quantidade - -
2.2 Tensão nominal V -
2.3 Corrente nominal A -
Corrente de interrupção para L/R = 40 ms em
2.4 A -
125 VCC
3 Buchas

3.1 Tipo - -
3.2 Fabricante - -
3.3 Massa kg -
3.4 Tensão nominal kV -
3.5 Corrente nominal A -
Tensão suportável de impulso, onda plena,
3.6 kV -
crista
3.7 Tensão suportável a 60 Hz, eficaz kV -
3.8 Distância de escoamento mm -

4 Transformadores de corrente
Estrutura suporte para os transformadores de
4.2 corrente, conforme descrito nesta - Sim
especificação técnica
Cordoalha de cobre estanhado para conexão
4.3 dos TC, conforme descrito nesta especificação - Sim
técnica
______________________________________________________________________________
ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

70
Item Requisito Unidade Especificado Proposto

5 Estrutura do suporte do religador


Informações sobre a estrutura suporte do
5.1 religador, conforme descrito nesta - Sim
Especificação Técnica

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ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

71
TABELA 6 - Religador de SED com comando em 115 VCA, 127 VCA ou 220
VCA

Item Requisito Unidade Especificado Proposto

1 Mecanismo de controle

1.1 Tensão nominal do atuador de abertura V -


1.2 Corrente nominal do atuador de abertura A -
1.3 Tensão nominal do atuador de fechamento V -
1.4 Corrente nominal do atuador de fechamento A -
Potência requerida pelas resistências de
1.5 W -
aquecimento
Descrição sobre o sistema de controle e
1.6 proteção conforme descrito nesta - Sim
especificação técnica
2 Contatos auxiliares

2.1 Quantidade - -
2.2 Tensão nominal V -
2.3 Corrente nominal A -
Corrente de interrupção para L/R = 40 ms em
2.4 A -
127 VCA ou 220 VCA
3 Buchas

3.1 Tipo - -
3.2 Fabricante - -
3.3 Massa kg -
3.4 Tensão nominal kV -
3.5 Corrente nominal A -
Tensão suportável de impulso, onda plena,
3.6 kV -
crista
3.7 Tensão suportável a 60 Hz, eficaz kV -
3.8 Distância de escoamento mm -

4 Transformadores de corrente
Estrutura suporte para os transformadores de
4.2 corrente, conforme descrito nesta - Sim
especificação técnica

______________________________________________________________________________
ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

72
Item Requisito Unidade Especificado Proposto
Cordoalha de cobre estanhado para conexão
4.3 dos TC, conforme descrito nesta - Sim
especificação técnica
5 Estrutura do suporte do religador
Informações sobre a estrutura suporte do
5.1 religador, conforme descrito nesta - Sim
Especificação Técnica

______________________________________________________________________________
ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

73
TABELA 7 - Demais características construtivas

Item Requisito Unidade Especificado Proposto

1 Massa e carga de impacto


Massa do religador completo com armário de
1.1 kg -
controle e componentes
Carga de impacto do religador, durante
1.2 kgf -
operação, na fundação
2 Carga admissível de flexão nos terminais

2.1 Permanente kgf -


2.2 Momentânea kgf -

3 Torção nos terminais

3.1 Carga admissível de torção nos terminais kgf.m -

4 Terminais de linha estanhados


Barra
4.1 Tipo -
chata
Padrão
4.2 Furação - NEMA – 4
furos
5 Furação da base da estrutura suporte para fixação dos chumbadores

5.1 Quantidade de furos - 4


5.2 Distância entre furos mm
5.3 Diâmetro dos furos mm

______________________________________________________________________________
ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

74
TABELA 8 - Listas de materiais/amostras para homologação técnica

Religador automático completo (com controle e


Materiais/equipamentos a
acessórios), padrão conforme ETU-107 (Religador de SED
serem enviados
e RD)
Quantidade mínima de cada
1
tipo

Tipo 1A, 1B, 1C, 1D, 1E 2A, 2B, 2C, 2D, 2E, 3A, 3B, 3C ou 3D

Necessário/opcional Necessário

Emissor

Referência de documento

Página do arquivo referente ao


documento solicitado

Obs.

NOTAS:

I. A normatização de referência pode ser nacional ou internacional;

II. Em caso de ensaios, o emissor será o laboratório;

III. Deverá ser encaminhado, no mínimo, 1 (um) equipamento/material para cada


tipo (1A, 1B, 1C, 1D, 1E, 2A, 2B, 2C, 2D, 2E, 3A, 3B, 3C, 3D) em processo de
homologação técnica no Grupo Energisa.

______________________________________________________________________________
ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

75
TABELA 9 - Ensaios

Norma de Ensaios
Descrição do ensaio/teste Dimensão
referência
Tipo Rotina Receb.
Corrente suportável de
curta duração e testes de IEC 62271-111 /
X Eletromecânica
corrente suportável de IEEE/IEC C37.60
pico
Ensaio de compatibilidade IEC 62271-111 /
X Eletromecânica
eletromagnética (EMC) IEEE/IEC C37.60
Ensaio de estanqueidade IEC 62271-111 /
X Eletromecânica
(se aplicável) IEEE/IEC C37.60
Ensaio de radiação X para IEC 62271-111 /
X Eletromecânica
interruptores a vácuo IEEE/IEC C37.60
Ensaio de tensão de Automação,
IEC 62271-111 /
interferência de rádio X controle e
IEEE/IEC C37.60
(RIV) comunicação
ABNT NBR 6323,
7397, 7398, 7399
Ensaio de Zincagem X X X Eletromecânica
e 7400 ou ASTM
A123, A153
Ensaio dos
Automação,
Transformadores de ABNT NBR 6821 e
X X controle e
Corrente (TC) (quando ETU-102
comunicação
houver)
Ensaios adicionais em
IEC 62271-111 /
circuitos auxiliares e de X X X Eletromecânica
IEEE/IEC C37.60
controle
IEC 62271-111 /
Ensaios de baixa corrente X Eletromecânica
IEEE/IEC C37.60
ABNT NBR 8096,
Ensaios de características
ASTM D870 e X Eletromecânica
da pintura
B117
Ensaios de corrente de
IEC 62271-111 /
interrupção de curto- X Eletromecânica
IEEE/IEC C37.60
circuito
Ensaios de descarga IEC 62271-111 /
X Eletromecânica
parcial IEEE/IEC C37.60
Automação,
Ensaios de tempos de IEC 62271-111 /
X controle e
corrente IEEE/IEC C37.60
comunicação
IEC 62271-111 /
Ensaios dielétricos X X X Eletromecânica
IEEE/IEC C37.60
Estanhagem dos terminais ASTM B-545 X Eletromecânica

Inspeção geral ETU-107 X X Eletromecânica


Levantamento da IEC 62271-111 /
X Eletromecânica
capacidade de corrente IEEE/IEC C37.60
Medição da aderência da
ABNT NBR 11003 X X X Eletromecânica
camada de tinta
Medição da espessura da
ABNT NBR 10443 X X X Eletromecânica
camada de tinta

______________________________________________________________________________
ETU-107 Versão 6.0 Dezembro / 2020

76
Norma de Ensaios
Descrição do ensaio/teste Dimensão
referência
Tipo Rotina Receb.
IEC 62271-111 /
Medição da resistência X X X Eletromecânica
IEEE/IEC C37.60
Automação,
Operação automática ETU-107 X X controle e
comunicação
Automação,
Operação do painel de
ETU-107 X X controle e
proteção e controle
comunicação
Operação manual ETU-107 X X Eletromecânica

Teste de anti-pumping ETU-107 X Eletromecânica


Teste de capacidade de
resistência a surtos (SWC - IEC 62271-111 /
X Eletromecânica
Surge Withstand IEEE/IEC C37.60
Capability)
Teste de corrente IEC 62271-111 /
X Eletromecânica
contínua IEEE/IEC C37.60
Teste de corrente de surto IEC 62271-111 /
X Eletromecânica
(series-trip recloser) IEEE/IEC C37.60
IEC 62271-111 /
Teste de fuga térmica X Eletromecânica
IEEE/IEC C37.60
Automação,
Teste de mínima corrente IEC 62271-111 /
X X X controle e
de disparo IEEE/IEC C37.60
comunicação
Teste de operação IEC 62271-111 /
X X X Eletromecânica
mecânica IEEE/IEC C37.60
Automação,
Teste/Verificação da IEC 62271-111 /
X controle e
proteção IEEE/IEC C37.60
comunicação
Testes de corrente de
carregamento de linha e IEC 62271-111 /
X Eletromecânica
de carregamentos de IEEE/IEC C37.60
cabos
Verificação dimensional ETU-107 X X Eletromecânica

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TABELA 10 - Plano de amostragem

Unidades do Amostragem
Ac Re
Lote (Qtd.)
Sequência Tamanho
1ª 5 0 2
Até 50
2ª 5 1 2
1ª 8 0 3
51 a 90
2ª 8 3 4
1ª 13 1 4
91 a 150
2ª 13 4 5
1ª 20 2 5
151 a 280
2ª 20 6 7
1ª 32 3 7
281 a 500
2ª 32 8 9
1ª 50 5 9
501 a 1.200
2ª 50 12 13

NOTAS:

I. Especificação dos planos de amostragem conforme NBR 5426, para o regime


de inspeção normal, amostragem dupla, nível geral de inspeção II e nível de
qualidade aceitável (NQA) igual a 6,5%.

II. Ac = número máximo de unidades defeituosas que ainda permite aceitar o


lote; Re = número mínimo de unidades defeituosas que implica rejeição do
lote.

III. No ensaio de aderência e espessura da pintura, caso o lote seja rejeitado,


todas as unidades devem ser pintadas e submetidas novamente a estes
ensaios.

IV. Procedimento para amostragem dupla: Ensaiar a primeira amostra, se o


número de unidades defeituosas estiver entre Ac e Re (excluindo estes dois
valores), deve-se ensaiar a segunda amostra. O número total de unidades

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defeituosas, depois de ensaiadas as duas amostras, deve ser igual ou inferior
a maior Ac especificado, para permitir a aceitação do lote.

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TABELA 11 - Matriz de responsabilidades

Setor de Automação e Setor de


Dimensão
Telecom/Proteção Engenharia/Manutenção
Documentação técnica - X
Eletromecânica - X
Automação, controle e
X -
comunicação

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20 DESENHOS

DESENHO 1 - Suporte para transformadores de corrente (TC)

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