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Para-raios de linhas de alta tensão

ENERGISA/GTD-NRM/Nº011/2021

Especificação Técnica Unificada


ETU – 128.2
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Versão 0.0 - Abril /2021
ETU-128.2 Versão 0.0 Abril / 2021

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Apresentação

Nesta Especificação Técnica apresenta as diretrizes necessárias para padronização


das características técnicas e requisitos mínimos, elétricos e mecânicos, exigidos
para fornecimento de para-raios de transmissão, para linhas de transmissão aérea,
nas tensões nominais de 69 kV, 88 kV e 138 kV, nas empresas do Grupo Energisa S.A.

Para tanto foram consideradas as especificações e os padrões do material em


referência, definidos nas Normas Brasileiras (NBR) da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), ou outras normas internacionais reconhecidas, acrescidos
das modificações baseadas nos resultados de desempenho destes materiais nas
empresas do grupo Energisa.

As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são
controladas.

A presente revisão desta Especificação Técnica é a versão 0.0, datada de Abril de


2021.

Cataguases - MG, Abril de 2021.

GTD - Gerência Técnica de Distribuição

Esta Especificação Técnica, bem como as alterações, poderá ser acessada através do
código abaixo:

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Equipe técnica de elaboração da ETU-128.2

Acassio Maximiano Mendonca Gilberto Teixeira Carrera


Grupo Energisa Grupo Energisa

Augustin Gonzalo Abreu Lopez Hitalo Sarmento de Sousa Lemos


Grupo Energisa Grupo Energisa

Danilo Maranhão de Farias Santana Ricardo Campos Rios


Grupo Energisa Grupo Energisa

Eduarly Freitas do Nascimento Ricardo Machado de Moraes


Grupo Energisa Grupo Energisa

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Aprovação técnica

Ademálio de Assis Cordeiro Juliano Ferraz de Paula


Grupo Energisa Energisa Sergipe

Amaury Antônio Damiance Marcelo Cordeiro Ferraz


Energisa Mato Grosso Dir. Suprimentos Logística

Fabio Lancelotti Paulo Roberto dos Santos


Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo Energisa Mato Grosso do Sul

Fabrício Sampaio Medeiros Ricardo Alexandre Xavier Gomes


Energisa Rondônia Energisa Acre

Fernando Lima Costalonga Rodrigo Brandão Fraiha


Energisa Tocantins Energisa Sul-Sudeste

Jairo Kennedy Soares Perez


Energisa Borborema / Energisa Paraíba

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Sumário

1 OBJETIVO................................................................................... 8
2 CAMPO DE APLICAÇÃO .................................................................... 8
3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS .......................................................... 8
4 NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES .......................................... 8
4.1 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTAÇÃO FEDERAL ................................................ 9
4.2 NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS .......................................................... 10
4.3 NORMAS TÉCNICAS INTERNACIONAIS ...................................................... 12
5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES .......................................................... 14
5.1 PARA-RAIOS DE TRANSMISSÃO ............................................................ 15
5.2 PARA-RAIOS DE TRANSMISSÃO A ÓXIDO METÁLICO SEM CENTELHADORES .................... 15
5.3 RESISTOR NÃO LINEAR A ÓXIDO METÁLICO ................................................ 15
5.4 INVÓLUCRO ............................................................................. 15
5.5 ANEL EQUALIZADOR DO PARA-RAIOS DE TRANSMISSÃO ..................................... 15
5.6 DESCARGA DISRUPTIVA .................................................................. 15
5.7 DESLIGADOR AUTOMÁTICO ............................................................... 16
5.8 FREQUÊNCIA NOMINAL DE UM PARA-RAIOS DE TRANSMISSÃO ............................... 16
5.9 NÍVEIS DE PROTEÇÃO DO PARA-RAIOS DE TRANSMISSÃO .................................... 16
5.10 TENSÃO MÁXIMA DE OPERAÇÃO CONTÍNUA (MCOV) ...................................... 17
5.11 TENSÃO DE RÁDIO INTERFERÊNCIA ........................................................ 17
5.12 TENSÃO NOMINAL DO PARA-RAIOS DE TRANSMISSÃO (UN) ................................. 17
5.13 UNIDADE DO PARA-RAIOS DE TRANSMISSÃO ............................................... 17
5.14 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ............................................................... 18
5.15 ENSAIOS DE TIPO ........................................................................ 18
5.16 ENSAIOS ESPECIAIS ...................................................................... 18
6 CONDIÇÕES GERAIS ...................................................................... 18
6.1 CONDIÇÕES DO SERVIÇO ................................................................. 18
6.2 LINGUAGENS E UNIDADES DE MEDIDA ..................................................... 19
6.3 ACONDICIONAMENTO .................................................................... 20
6.4 MEIO AMBIENTE ......................................................................... 21
6.5 EXPECTATIVA DE VIDA ÚTIL .............................................................. 22
6.6 GARANTIA .............................................................................. 22
6.7 INCORPORAÇÃO AO PATRIMÔNIO DA ENERGISA ............................................ 23
7 CARACTERÍSTICA ELÉTRICAS ............................................................ 23
7.1 CLASSIFICAÇÃO DOS PARA-RAIOS DE TRANSMISSÃO ........................................ 23
7.2 TENSÕES NOMINAIS NORMALIZADAS ....................................................... 24
7.3 FREQUÊNCIA NOMINAL ................................................................... 24
7.4 CORRENTES DE DESCARGA NOMINAIS ..................................................... 24
7.5 NÍVEIS DE PROTEÇÃO DOS PARA-RAIOS DE TRANSMISSÃO ................................... 24
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7.6 SUPORTABILIDADE DO PARA-RAIOS DE TRANSMISSÃO FRENTE A CORRENTES DE IMPULSO ..... 24
7.7 CAPACIDADE DE DESCARGA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO ................................... 25
7.8 SUPORTABILIDADE A CORRENTES DE FALTA ............................................... 25
7.9 TENSÃO DE RÁDIO INTERFERÊNCIA E TENSÃO DE IONIZAÇÃO INTERNA ....................... 25
7.10 DESCARGAS PARCIAIS .................................................................... 25
7.11 ABSORÇÃO DE ENERGIA .................................................................. 25
7.12 MOMENTO FLETOR ...................................................................... 26
7.13 ESTANQUEIDADE ........................................................................ 26
8 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS ..................................................... 26
8.1 MATERIAIS .............................................................................. 27
8.1.1 Invólucro ........................................................................... 27
8.1.2 Terminais de alta tensão ........................................................ 27
8.1.3 Terminais de aterramento ...................................................... 28
8.1.4 Anéis de equalização ............................................................. 28
8.1.5 Desligador automático ........................................................... 28
8.1.6 Contador de operações .......................................................... 28
8.2 ACABAMENTO ........................................................................... 28
8.3 IDENTIFICAÇÃO .......................................................................... 29
9 INSPEÇÃO E ENSAIOS ..................................................................... 30
9.1 GENERALIDADES ......................................................................... 30
9.2 CLASSIFICAÇÃO DOS ENSAIOS ............................................................. 35
9.2.1 Ensaios de projeto (P) ........................................................... 35
9.2.2 Ensaios de tipo (T) ............................................................... 36
9.2.3 Ensaios de recebimento (RE) ................................................... 37
9.2.4 Ensaios especiais (E) ............................................................. 37
9.3 DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS................................................................. 38
9.3.1 Inspeção visual .................................................................... 38
9.3.2 Verificação dimensional ......................................................... 39
9.3.3 Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR) .. 39
9.3.4 Medição do tempo de indução oxidativa (OIT) e da temperatura de fusão
39
9.3.5 Rigidez dielétrica ................................................................. 39
9.3.6 Termogravimétrica (TGA) ....................................................... 39
9.3.7 Ensaios mecânicos e elétricos do composto - Antes e após
envelhecimento em câmara de UV ......................................................... 39
9.3.8 Resistência ao trilhamento e erosão no composto polimérico ............. 39
9.3.9 Ensaio de flamabilidade nas saias e no revestimento ....................... 40
9.3.10 Ensaio de trilhamento e erosão nas saias e no revestimento ............ 40
9.3.11 Verificação da aderência ..................................................... 40
9.3.12 Medição da tensão de referência ............................................ 41
9.3.13 Tensão suportável de impulso atmosférico no invólucro ................. 41
9.3.14 Tensão suportável à frequência industrial no invólucro .................. 41
9.3.15 Tensão residual ................................................................. 41
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9.3.16 Corrente suportável de impulso de longa duração simulando ........... 41
9.3.17 Ciclo de operação para impulso de corrente elevada .................... 42
9.3.18 Ciclo de operação com descarga de linhas de transmissão .............. 42
9.3.19 Característica da tensão suportável à frequência industrial por tempo
43
9.3.20 Desligador automático ........................................................ 43
9.3.21 Curto-circuito................................................................... 43
9.3.22 Estanqueidade .................................................................. 43
9.3.23 Envelhecimento sob tensão de operação simulando condições
ambientais 44
9.3.24 Descargas parciais ............................................................. 44
9.3.25 Tensão residual a impulso atmosférico ..................................... 45
9.3.26 Estabilidade térmica........................................................... 45
9.3.27 Momento fletor ................................................................. 45
9.3.28 Suportabilidade às agressões do ambiente ................................. 46
9.3.29 Verificação da espessura da camada de estanho .......................... 46
9.3.30 Verificação do torque nos terminais do para-raios de transmissão de
distribuição e no desligador ................................................................. 46
9.4 RELATÓRIOS DE ENSAIOS ................................................................. 46
10 PLANOS DE AMOSTRAGEM ............................................................... 47
10.1 ENSAIOS DE TIPO ........................................................................ 47
10.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ............................................................... 48
10.3 ENSAIOS ESPECIAIS ...................................................................... 48
11 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ................................................................. 48
11.1 ENSAIOS DE TIPO ........................................................................ 48
11.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ............................................................... 48
12 NOTAS COMPLEMENTARES .............................................................. 49
13 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO ......................................... 49
14 VIGÊNCIA .................................................................................. 50
15 TABELAS ................................................................................... 51
TABELA 1 - Características nominais dos para-raios de transmissão de distribuição 51
TABELA 2 - Planos de amostragem para os ensaios de recebimento .................. 52
TABELA 3 - Relação dos ensaios ............................................................ 54
16 DESENHO .................................................................................. 57
DESENHO 1 - Para-raios de transmissão ................................................... 57

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1 OBJETIVO

Esta Especificação Técnica estabelece os requisitos técnicos mínimos exigíveis,


mecânicos e elétricos, para fabricação, ensaios e recebimento de Para-raios de
transmissão de Resistor não Linear a Óxido Metálico, Sem Centelhadores, Invólucro
Polimérico, nas tensões nominais de 69 kV, 88 kV e 138 kV, a serem usados no sistema
de distribuição de energia da Energisa.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Aplicam-se às montagens das estruturas para linhas de transmissão, em alta tensão,


em áreas urbanas e rurais, previstas nas normas técnicas em vigência nas Empresas
do Grupo Energisa.

Esta Especificação Técnica não se aplica:

• Para-raios de transmissão de distribuição de média tensão para redes de


distribuição;

• Para-raios de transmissão de estação de média tensão para subestações de


distribuição (SED);

• Para-raios de transmissão de estação de alta tensão para subestações de


distribuição (SED).

3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS

Compete a áreas de planejamento, engenharia, patrimônio, suprimentos, elaboração


de projetos, construção, ligação, combate a perdas, manutenção, linha viva e
operação do sistema elétrico cumprir e fazer cumprir este instrumento normativo.

4 NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Esta Especificação Técnica foi baseada no seguinte documento:

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• ABNT NBR 16050, Para-raios de transmissão de resistor não linear de óxido
metálico sem centelhadores, para circuitos de potência de corrente
alternada.

• IEC 60099-4, Surge arresters - Part 4: Metal-oxide surge arresters without gaps
for a.c. systems

Como forma de atender aos processos de fabricação, inspeção e ensaios, os para-


raios de transmissão devem satisfazer às exigências desta Especificação Técnica,
bem como de todas as normas técnicas mencionadas abaixo.

4.1 Legislação e regulamentação federal

• Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social -


Capítulo VI: Do Meio Ambiente

• Lei Federal N.º 7.347, de 24/07/1985, Disciplina a ação civil pública de


responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e
dá outras providências

• Lei Federal N.º 9.605, de 12/02/1998, Dispõe sobre as sanções penais e


administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente,
e dá outras providências

• Decreto Federal N.º 41.019, de 26/02/1957, Regulamenta os serviços de


energia elétrica

• Decreto Federal N.º 73.080, de 05/11/73, Altera o artigo 47, do Decreto


número 41.019, de 26 de fevereiro de 1957, que regulamenta os serviços de
energia elétrica

• Decreto Federal N.º 6.514, de 22/07/2008, Dispõe sobre as infrações e sanções


administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo
federal para apuração destas infrações, e dá outras providências

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• Resolução CONAMA N.º 1, de 23/01/1986, Dispõe sobre os critérios básicos e
diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental - RIMA

• Resolução CONAMA N.º 237, de 19/12/1997, Regulamenta os aspectos de


licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente

4.2 Normas técnicas brasileiras

• ABNT NBR 5370, Conectores de cobre para condutores elétricos em sistemas


de potência

• ABNT NBR 5456, Eletricidade geral - Terminologia

• ABNT NBR 5460, Sistemas elétricos de potência

• ABNT NBR 6323, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido -


Especificação

• ABNT NBR 6939, Coordenação de isolamento - Procedimento

• ABNT NBR 7397, Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por
imersão a quente - Determinação da massa do revestimento por unidade de
área - Método de ensaio

• ABNT NBR 7398, Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a
quente - Verificação da aderência do revestimento - Método de ensaio

• ABNT NBR 7399, Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a
quente - Verificação da espessura do revestimento por processo não destrutivo
- Método de ensaio

• ABNT NBR 7400, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido por imersão
a quente - Verificação da uniformidade do revestimento - Método de ensaio

• ABNT NBR 8158, Ferragens eletrotécnicas para redes aéreas urbanas e rurais
de distribuição de energia elétrica - Especificação

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• ABNT NBR 8186, Guia de aplicação de coordenação de isolamento

• ABNT NBR 10296, Material isolante elétrico - Avaliação de sua resistência ao


trilhamento elétrico e erosão sob severas condições ambientais

• ABNT NBR 10621, Isoladores utilizados em sistemas de alta tensão em corrente


alternada - Ensaios de poluição artificial

• ABNT NBR 15122, Isoladores-bastão compostos poliméricos para tensões acima


de 1000 V: definição método de ensaio e critério de aceitação

• ABNT NBR 15232, Isolador pilar composto para linhas aéreas de corrente
alternada com tensões acima de 1000 V

• ABNT NBR IEC 60060-1, Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão - Parte 1:
Definições gerais e requisitos de ensaio

• ABNT NBR IEC 60060-2, Técnicas de ensaios elétricos de alta-tensão - Parte 2:


Sistemas de medição

• ABNT NBR IEC 60270, Técnicas de ensaios elétricos de alta-tensão - Medição


de descargas parciais

• ABNT IEC/TS 60815-1, Seleção e dimensionamento de isoladores para alta-


tensão para uso sob condições de poluição - Parte 1: Definições informações
e princípios gerais

• ABNT IEC/TS 60815-3, Isoladores poliméricos para sistemas de corrente


alternada

• ABNT NBR NM IEC 60811-1-1, Métodos de ensaios comuns para os materiais de


isolação e de cobertura de cabos elétricos - Parte 1: Métodos para aplicação
geral - Capítulo 1: Medição de espessuras e dimensões externas - Ensaios para
a determinação das propriedades mecânicas

• ABNT IEC/TR 62039, Guia de seleção de materiais poliméricos para uso


externo sob alta-tensão
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• ABNT IEC/TS 62073, Guia da medição da hidrofobicidade nas superfícies de
isoladores

• ABNT NBR ISO 68-1, Rosca métrica ISO de uso geral - Perfil básico Parte 1:
Rosca métrica para parafusos

• ABNT NBR ISO 261, Rosca métrica ISO de uso geral - Plano geral

• ABNT NBR ISO 262, Rosca métrica ISO de uso geral - Seleção de diâmetros para
parafusos e porcas

4.3 Normas técnicas internacionais

• ASTM B545, Standard specification for electrodeposited coatings of tin

• ASTM D256, Standard test methods for determining the izod pendulum impact
resistance of plastics

• ASTM D2240, Standard test method for rubber property - durometer hardness

• ASTM D2565, Standard practice for xenon arc exposure of plastics intended
for outdoor applications

• ASTM G154, Standard practice for operating fluorescent light apparatus for uv
exposure of nonmetallic materials

• ASTM G155, Standard practice for operating xenon arc light apparatus for
exposure of nonmetallic materials

• IEC 99-3, Artificial pollution testing of AS

• IEC 60038, IEC standard voltages

• IEC 60060-2, High voltage test techniques Part 2: Measuring systems

• IEC 60068-2-11, Environmental testing - Part 2: Tests - Test kA: Salt mist

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12
• IEC 60068-2-14, Environmental testing - Part 2-14: Tests - Test N: Change of
temperature

• IEC 60068-2-17, Basic environmental testing procedures - Part 2: Tests - Test


Q: Sealing

• IEC-60068-2-42, Environmental testing - Part 2-42: Tests - Test kc: Sulphur


dioxide test for contacts

• IEC 60270, High voltage test techniques - Partial discharge measurements

• IEC 60437, Radio interference test on high-voltage insulators

• IEC 60507, Artificial pollution tests on high-voltage insulators to be used on


a.c. systems

• IEC 61109, composite insulators for ac overhead lines with a nominal voltage
greater than 1 kV - Definitions test methods and acceptance criteria

• IEC 61166, High-Voltage Alternating Current Circuit-Breakers - Guide for


seismic qualification of high-voltage alternating circuit-breakers

• IEC 61302, Electrical insulating materials - Method to evaluate the resistance


to tracking and erosion - Rotating wheel dip test

• IEC CISPR 16-2-1, Specification for radio disturbance and immunity measuring
apparatus and methods - Part 2-1: Methods of measurement of disturbance
and immunity - Conducted disturbance measurements

• IEC CISPR 18-2, Radio interference characteristics of overhead power lines and
high-voltage equipment - Part 2: Methods of measurement and procedure for
determining limits

• IEC/TS 60815-1, Selection and dimensioning of high-voltage insulators


intended for use in polluted conditions - Part 1: Definitions information and
general principles

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13
• IEC/TS 61245, Artificial pollution tests on high-voltage insulators to be used
on d.c. systems

NOTAS:

I. Todas as normas ABNT mencionadas acima devem estar à disposição do


inspetor da Energisa no local da inspeção.

II. Todos os materiais que não são especificamente mencionados nesta


Especificação Técnica, mas que são usuais ou necessários para a operação
eficiente do equipamento, considerar-se-ão como aqui incluídos e devem ser
fornecidos pelo fabricante sem ônus adicional.

III. A utilização de normas de quaisquer outras organizações credenciadas será


permitida, desde que elas assegurem uma qualidade igual, ou melhor, que as
anteriormente mencionadas e não contradigam a presente Especificação
Técnica.

IV. As siglas acima referem-se a:

• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

• NBR - Norma Brasileira

• NM - Norma Mercosul

• ASTM - American Society for Testing and Materials

• CISPR -Comité International Spécial des Perturbations Radioélectriques

• IEC - International Electrotechnical Commission

• ISO - International Standardization Organization

5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

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A terminologia adotada nesta Especificação Técnica corresponde a das normas ABNT
NBR 16050, complementadas pelos seguintes termos:

5.1 Para-raios de transmissão

Dispositivo destinado a proteger o sistema elétrico contra sobretensões transitórias


elevadas e a limitar a duração e a intensidade da corrente subsequente.

5.2 Para-raios de transmissão a óxido metálico sem centelhadores

Para-raios de transmissão composto de resistores não lineares a óxido metálico em


série e/ou em paralelo, sem quaisquer centelhadores.

5.3 Resistor não linear a óxido metálico

Componente principal do para-raios de transmissão, formado basicamente pela


sinterização de óxidos metálicos, o qual, por sua característica não linear de tensão-
corrente, apresenta uma baixa resistência frente a sobretensões, limitando desta
forma a tensão entre os terminais do para-raios de transmissão e uma alta resistência
na sua condição normal de operação sob tensão em frequência industrial.

5.4 Invólucro

Parte isolante externa do para-raios de transmissão que proporciona a distância de


escoamento necessária e abriga os componentes internos. Um invólucro pode
consistir em várias partes que propiciem resistência mecânica e proteção contra
intempéries.

5.5 Anel equalizador do para-raios de transmissão

Corpo condutor, geralmente de forma circular, cuja finalidade é modificar a


distribuição do campo elétrico ao longo do para-raios de transmissão tornando-a a
mais uniforme possível.

5.6 Descarga disruptiva

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Fenômeno associado à falha da isolação sob condições de solicitação elétrica, o qual
inclui um colapso de tensão e a passagem de corrente.

5.7 Desligador automático

Dispositivo para desligar, de modo visível, um para-raios de transmissão defeituoso


do sistema no qual está ligado, para evitar falta permanente no próprio sistema e
sinalizar a unidade defeituosa.

NOTA:

V. Este dispositivo não é geralmente previsto para interromper a corrente de


falta através do para-raios de transmissão durante a desconexão e pode não
evitar a explosão violenta do invólucro durante a descarga de correntes de
falta através para-raios de transmissão. No entanto, é recomendável que os
desligadores automáticos atuem de modo no mínimo simultâneo com os
dispositivos de proteção de retaguarda.

5.8 Frequência nominal de um para-raios de transmissão

Frequência do sistema de potência para a qual o para-raios de transmissão é


projetado para ser utilizado.

5.9 Níveis de proteção do para-raios de transmissão

Conjunto dos seguintes níveis:

a) Tensão residual para impulso de corrente íngreme;

b) Tensão residual para corrente de descarga nominal;

c) Tensão residual para a corrente de impulso de manobra.

NOTAS:

VI. O nível de proteção a impulsos atmosféricos do para-raios de transmissão é a


máxima tensão residual para a corrente de descarga nominal.

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VII. O nível de proteção a impulsos de manobra do para-raios de transmissão é a
máxima tensão residual nas correntes de impulso de manobra especificadas.

5.10 Tensão máxima de operação contínua (MCOV)

Máxima tensão eficaz permissível à frequência industrial, que pode ser aplicada
continuamente aos terminais do para-raios de transmissão.

5.11 Tensão de rádio interferência

Tensão em alta frequência, gerada por todas as fontes de corrente de ionização, que
aparece nos terminais dos equipamentos ou nos sistemas de potência.

5.12 Tensão nominal do para-raios de transmissão (Un)

Máxima tensão eficaz, de frequência industrial, aplicável entre os terminais do para-


raios de transmissão para a qual ele é projetado para operar corretamente, sob as
condições de sobretensões temporárias estabelecidas nos ensaios de ciclo de
operação.

NOTA:

VIII. A tensão nominal é utilizada como um parâmetro de referência para a


especificação das características de operação.

5.13 Unidade do para-raios de transmissão

Parte do para-raios de transmissão, completamente montada em seu invólucro, que


pode ser ligada em série e/ou em paralelo com outras unidades para construção de
um para-raios de transmissão de maior tensão nominal e/ou corrente de descarga
nominal.

NOTA:

IX. Uma unidade de um para-raios de transmissão não constitui uma seção e vice-
versa.

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5.14 Ensaios de recebimento

O objetivo dos ensaios de recebimento é verificar as características de um material


que podem variar com o processo de fabricação e com a qualidade do material
componente. Estes ensaios devem ser executados sobre uma amostragem de
materiais escolhidos aleatoriamente de um lote que foi submetido aos ensaios de
rotina.

5.15 Ensaios de tipo

O objetivo dos ensaios de tipo é verificar as principais características de um material


que dependem de seu projeto. Os ensaios de tipo devem ser executados somente
uma vez para cada projeto e repetidos quando o material, o projeto ou o processo
de fabricação do material for alterado ou quando solicitado pelo comprador.

5.16 Ensaios especiais

O objetivo dos ensaios especiais é avaliar materiais com suspeita de defeitos,


devendo ser executados quando da abertura de não-conformidade, sendo executados
em 5 (cinco) unidades, recolhidas em cada unidade de negócio.

6 CONDIÇÕES GERAIS

Os para-raios de transmissão devem:

a) Ser fornecidos completos, com todos os acessórios necessários ao seu perfeito


funcionamento;

b) Ter todas as peças correspondentes intercambiáveis, quando de mesmas


características nominais e fornecidas pelo mesmo fabricante.

c) No projeto, as matérias primas empregadas na fabricação e acabamento


devem incorporar tanto quanto possível as mais recentes técnicas e
melhoramentos.

6.1 Condições do serviço


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Os para-raios de transmissão tratados nesta Especificação Técnica devem ser
adequados para operar nas seguintes condições:

a) Altitude limitada a 1.000 metros acima do nível do mar;

b) Temperatura:

• Máxima do ar ambiente: 40 ºC;

• Média, em um período de 24 horas: 30 ºC;

• Mínima do ar ambiente: 0 ºC;

c) Pressão máxima do vento: 700 Pa (70 daN/m²), valor correspondente a uma


velocidade do vento de 122,4 km/h;

d) Umidade relativa do ar até 100%;

e) Nível de radiação solar: 1,1 kW/m², com alta incidência de raios ultravioleta;

f) Precipitação pluviométrica: média anual de 1.500 a 3.000 milímetros;

g) Ambiente marítimo, constantemente exposto a névoa salina.

6.2 Linguagens e unidades de medida

O sistema métrico de unidades deve ser usado como referência nas descrições
técnicas, especificações, desenhos e quaisquer outros documentos. Qualquer valor,
que por conveniência, for mostrado em outras unidades de medida também deve ser
expresso no sistema métrico.

Todas as instruções, relatórios de ensaios técnicos, desenhos, legendas, manuais


técnicos etc., a serem enviados pelo fabricante, bem como as placas de
identificação, devem ser escritos em português.

NOTA:

______________________________________________________________________________________
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X. Os relatórios de ensaios técnicos, excepcionalmente, poderão ser aceitos em
inglês ou espanhol.

6.3 Acondicionamento

Os para-raios de transmissão devem ser embalados, individualmente, em embalagens


apropriadas, juntamente com o (s) seus acessórios, obedecendo às seguintes
condições:

a) Serem adequadamente embalados de modo a garantir o transporte


(ferroviário, rodoviário, hidroviário, marítimo ou aéreo) seguro até o local do
armazenamento ou instalação em qualquer condição que possa ser encontrada
(intempéries, umidade, choques etc.) e ao manuseio;

b) As embalagens devem ser adequadas para armazenagem ao tempo, por


período de no mínimo um ano e, dentro deste período, manter-se em
condições de um novo transporte nas mesmas condições citadas
anteriormente;

c) O material em contato com os conectores derivação cunha otimizado não


deverá:

• Aderir a ele;

• Causar contaminação;

• Provocar corrosão quando armazenado.

• Reter umidade;

Cada volume deve ser identificado, de forma legível e indelével e contendo as


seguintes informações:

a) Nome ou logotipo da Energisa;

b) Nome ou marca comercial do fabricante;

c) Pais de origem;
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d) Mês e ano de fabricação (MM/AAAA);

e) Identificação completa do para-raios de transmissão (tipo ou modelo do para-


raios de transmissão, número de série etc.);

f) Tensão nominal (Un), em kV;

g) Máxima tensão de operação continua (MCOV), em kV;

h) Corrente de descarga nominal (In), em kA;

i) Classe de descarga de linha de transmissão (DLT), quando aplicável;

j) Corrente suportável de curto-circuito (Isc);

k) Massa liquida, em quilogramas (kg);

l) Massa bruta, em quilogramas (kg);

m) ABNT NBR 16050 ou IEC 60099-4;

n) Número e quaisquer outras informações especificadas no Ordem de Compra


de Material (OCM).

6.4 Meio ambiente

O fornecedor nacional deve cumprir, rigorosamente, em todas as etapas da


fabricação, do transporte e do recebimento dos para-raios de transmissão, a
legislação ambiental brasileira e as demais legislações federais, estaduais e
municipais aplicáveis.

No caso de fornecimento internacional, os fabricantes/fornecedores estrangeiros


devem cumprir a legislação ambiental vigente nos seus países de origem e as normas
internacionais relacionadas à produção, ao manuseio e ao transporte dos para-raios
de transmissão, até a entrega no local indicado pela Energisa. Ocorrendo transporte
em território brasileiro, os fabricantes e fornecedores estrangeiros devem cumprir a
legislação ambiental brasileira e as demais legislações federais, estaduais e
municipais aplicáveis.
______________________________________________________________________________________
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O fornecedor é responsável pelo pagamento de multas e pelas ações que possam
incidir sobre a Energisa, decorrentes de práticas lesivas ao meio ambiente, quando
derivadas de condutas praticadas por ele ou por seus subfornecedores.

A Energisa poderá verificar, junto aos órgãos oficiais de controle ambiental, a


validade das licenças de operação das unidades industriais e de transporte dos
fornecedores e dos subfornecedores.

6.5 Expectativa de vida útil

Os para-raios de transmissão devem ter vida média, mínima, de 15 (quinze) anos a


partir da data de fabricação, contra qualquer falha das unidades do lote fornecidas,
baseada nos seguintes termos e condições:

• Não se admitem falhas, no decorrer dos primeiros 5 (cinco) anos de vida útil,
provenientes de processo fabril;

• A partir do 5º ano, admite-se 0,5% de falhas para cada período de 5 (cinco)


anos, acumulando-se, no máximo, 1,0% de falhas no fim do período de vida
útil.

A aceitação do pedido de compra pelo fabricante implica na aceitação incondicional


de todos os requisitos desta Especificação Técnica.

6.6 Garantia

O período de garantia deve ser de 18 (dezoito) meses de operação satisfatória, a


contar da data de entrada em operação ou 24 (vinte e quatro) meses a partir da data
de entrega, prevalecendo o prazo que primeiro ocorrer.

Caso os para-raios de transmissão apresentem qualquer tipo de defeito ou deixem de


atender aos requisitos exigidos pela Energisa, um novo período de garantia de 12
(doze) meses de operação satisfatória, a partir da solução do defeito, deve entrar
em vigor para o lote em questão.

______________________________________________________________________________________
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As despesas com mão de obra, decorrentes da retirada e instalação de para-raios de
transmissão comprovadamente com defeito de fabricação, bem como o transporte
destes entre almoxarifado Energisa e fabricante, correrão por conta do último.

6.7 Incorporação ao patrimônio da Energisa

Somente serão aceitos para-raios de transmissão, em obras particulares, para


incorporação ao patrimônio da Energisa que atendam as seguintes condições:

a) provenientes de fabricantes cadastrados/homologados pela Energisa;

b) deverão ser novos, com período máximo de 12 (doze) meses da data de


fabricação, não se admitindo, em hipótese nenhuma, para-raios de
transmissão usados e/ou recuperadas;

c) Deverá acompanhar a (s) nota (s) fiscal (is) de origem do fabricante, bem
como, os relatórios de ensaios em fábrica, comprovando sua aprovação nos
ensaios de rotina e/ou recebimento, previstos nesta Especificação Técnica.

NOTA:

XI. A critério da Energisa, os para-raios de transmissão poderão ser ensaiados em


laboratório próprio ou em laboratório credenciado, para comprovação dos
resultados dos ensaios de acordo com os valores exigidos nesta Especificação
Técnica.

7 CARACTERÍSTICA ELÉTRICAS

7.1 Classificação dos para-raios de transmissão

Usualmente classificam-se os para-raios de transmissão em:

• Classe Transmissão - Para-raios de transmissão de 10 kA e 20 kA, classe de


descarga de linhas de transmissão 1;

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Para os fins desta especificação, serão considerados apenas os para-raios de
transmissão classe transmissão com corrente de descarga de 10 kA e classe de
descarga de linhas de transmissão igual a 1.

7.2 Tensões nominais normalizadas

As tensões nominais normalizadas dos para-raios de transmissão, em kV eficaz, são


as seguintes:

a) 60 kV para sistemas trifásicos de 69 kV;

b) 72 kV para sistemas trifásicos de 88 kV;

c) 120 kV para sistemas trifásicos de 138 kV.

Os valores de tensões suportáveis devem estar em conformidade com a Tabela 7.

7.3 Frequência nominal

A frequência nominal normalizada é 60 Hz.

7.4 Correntes de descarga nominais

As correntes de descarga nominais normalizadas, com forma de onda 8/20 µs, são de
10 kA.

7.5 Níveis de proteção dos para-raios de transmissão

As características de proteção devem estar abaixo dos valores normalizados


constantes da Tabela 1.

7.6 Suportabilidade do para-raios de transmissão frente a correntes


de impulso

Impulsos de alta corrente de curta duração, com forma de onda 4/10 µs.

Os para-raios de transmissão devem suportar uma corrente de curta duração de 100


kA (valor de crista) com forma de onda 4/10 µs, conforme Tabela 3.
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7.7 Capacidade de descarga de linhas de transmissão

Os para-raios de transmissão devem ser capazes de descarregar linhas de transmissão


com características definidas na Tabela 4.

7.8 Suportabilidade a correntes de falta

Para-raios de transmissão sem espaço interno de ar devem suportar correntes de


falta sem a ocorrência de fragmentação violenta do invólucro e, sob condições
especificadas, auto extinguir qualquer chama causada por arco elétrico. Esta
condição deve ser comprovada por intermédio de ensaio específico.

Esses para-raios de transmissão devem atender ainda ao disposto na Tabela 5.

7.9 Tensão de rádio interferência e tensão de ionização interna

As tensões limites de rádio interferência e de ionização interna, quando medidas a


1,05 vezes a tensão de operação contínua do para-raios de transmissão, na faixa
entre 500 e 2.000 kHz, referida a 300 Ω, não devem exceder 2.500 e 250 µV,
respectivamente.

Este ensaio é aplicável a para-raios de transmissão com tensões nominais 120 kV.

7.10 Descargas parciais

O nível máximo de descargas parciais quando medido a 1,05 vezes a tensão de


operação contínua do para-raios de transmissão ou unidade, deve ser menor ou igual
a 10 pC.

7.11 Absorção de energia

A capacidade de absorção de energia do para-raios de transmissão deve ser fornecida


em kJ/kV de Uc e atender as especificações mínimas apresentadas na Tabela 6. Os
fabricantes devem informar ainda o valor normalizado de J/cm³ da capacidade de
absorção de energia do bloco resistor.

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7.12 Momento fletor

O para-raios de transmissão deve suportar os valores de esforços de flexão declarados


pelo fabricante.

Na determinação da carga dinâmica aplicada a um para-raios de transmissão,


recomenda-se que o usuário considere fatores externos como vento e as forças
eletromecânicas prováveis de afetar a instalação.

Os para-raios de transmissão acondicionados em suas respectivas embalagens devem


suportar as cargas de transporte.

Os para-raios de transmissão poliméricos podem apresentar deflexões mecânicas em


serviço.

7.13 Estanqueidade

Todos os para-raios de transmissão devem ser projetados de forma a garantir total


resistência à penetração em seu interior, de substâncias que afetam seu
comportamento elétrico e/ou mecânico.

Não será permitida a utilização de dispositivos adicionais, aplicados sobre os para-


raios de transmissão, com a função exclusiva de garantir a estanqueidade.

NOTA:

XII. O fornecedor deverá fornecer à Energisa informações suficientes para avaliar


a qualidade da vedação, informar os ensaios realizados e a justificativa da
metodologia aplicada no ensaio.

8 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

Deverão ser autoportantes, montagem vertical sobre estrutura metálica ou de


concreto, uso externo, mesmo quando a superfície estiver contaminada conforme
nível de poluição leve (b) e pesada (d) da ABNT NBR IEC/TS 60815-3.

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8.1 Materiais

8.1.1 Invólucro

O invólucro deve ser de material polimérico, adequado para instalação externa,


devendo nesse caso atender os requisitos da ABNT NBR 15232 e IEC 60099-4.

O invólucro poliméricos devem:

a) Ser fabricado com borracha totalmente livre de EPDM (Ethylene Pylene


Termolyner - Monómero de Etileno-Propileno-Terpolimero “Classe M”) ou de
outras borrachas orgânicas;

b) Ser fabricados com borracha de silicone tipo HTV ou LSR, não higroscópico e
resistente a trilhamento elétrico, conforme especificado abaixo:

• HTV: um componente de borracha de silicone sólida com vulcanização a


elevada temperatura, a 200 ºC aproximadamente;

• LSR: Dos componentes de massa de silicone líquida que se mistura e


vulcaniza a elevada temperatura, entre 100 e 200 ºC.

NOTA:

XIII. Não será aceito invólucro de porcelana.

O polímero do invólucro deve ser injetado diretamente aos blocos do varistor e sobre
os terminais metálicos, de tal forma que não existam espaços entre os blocos
encapsulados e o invólucro polimérico.

A vedação do invólucro polimérico não deve permitir a entrada de umidade nas


interfaces internas do para-raios de transmissão e nos blocos de varistores.

8.1.2 Terminais de alta tensão

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Deverão ser confeccionados para utilização com grampo de suspensão, em aço inox
ou liga de cobre estanhado, com espessura mínima da camada de estanho de 8 µm,
próprios para instalação de condutores de cobre ou alumínio, conforme Desenho 1.

8.1.3 Terminais de aterramento

Deverão ser fornecidos com um terminal de aterramento de cobre, com conector


adequado para cabo de cobre ou aço-cobreado seção 25 até 95 mm².

8.1.4 Anéis de equalização

Quando solicitado deverão ser providos de anéis de equalização, visando uma


adequada distribuição de potencial.

8.1.5 Desligador automático

Os para-raios de transmissão devem ser equipados com dispositivo desligador


automático extraível, com a função de desligar automaticamente a ligação à terra
em caso de defeito elétrico no para-raios de transmissão.

8.1.6 Contador de operações

Quando requerido no processo de aquisição, o para-raios de transmissão deve ser


provido de contador de operações que permita a leitura do número de descargas em
cada para-raios de transmissão.

Os contadores de operação devem ser fornecidos com todos os acessórios para


permitir a sua instalação, incluindo bases isolantes e conectores para ligação dos
cabos de aterramento de cobre nu ou aço cobreado, de bitola variando entre 25 mm²
a 95 mm².

8.2 Acabamento

O invólucro polimérico deve ser perfeitamente vedado, de forma a assegurar


impermeabilidade total, adequada para uso em áreas poluídas, principalmente,
poluição salina (NaCl) de pouca chuva e alta temperatura média anual.

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As partes ferrosas, exceto as em aço inoxidável, devem ser zincadas por imersão a
quente conforme ABNT NBR 6323.

Os terminais e conectores em liga de cobre devem ser estanhados de maneira a


permitir tanto o uso de cabos de cobre quanto de alumínio.

A espessura mínima da camada de estanho deverá ser de 8 µm para qualquer unidade


individual e de 12 µm para a média do lote.

8.3 Identificação

A identificação deverá ser por meio de placa de aço inox, instalada na parte inferior
do para-raios de transmissão, com os dizeres em português, gravados em baixo
relevo, com no mínimo, as seguintes informações:

a) A palavra "Para-raios de transmissão";

b) Nome ou marca de fabricante;

c) Tipo ou modelo do para-raios de transmissão e número de catálogo;

d) Tipo de resistor não linear (ZNO) e sem centelhador;

e) Tensão nominal (Un), em kV;

f) Frequência nominal, em Hz;

g) Tensão de operação contínua (Uc), em kV;

h) Corrente de descarga nominal (In), em kA;

i) Tensão residual máxima para corrente de descarga com onda 8/20 µs;

j) Tensão residual máxima para corrente de impulso de manobra;

k) Capacidade de absorção de energia, kj/kV de Uc;

l) Classe de descarga de linha de transmissão (DLT);

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m) Componente resistiva da corrente de fuga medida na tensão de operação
contínua;

n) Corrente de alívio de sobrepressão (Is), quando aplicável;

o) Número de série;

p) Norma técnica aplicável;

q) Massa, em kg;

r) Mês/ano de fabricação.

NOTA:

XIV. Os para-raios de transmissão constituídos por múltiplas unidades deverão ter


as seguintes informações em cada unidade:

• Número de série;

• Nome do fabricante;

• Tipo e número de catálogo;

• Sequência de montagem, se as unidades não forem eletricamente


intercambiáveis na constituição do para-raios de transmissão.

9 INSPEÇÃO E ENSAIOS

9.1 Generalidades

a) Os para-raios de transmissão devem ser submetidos a inspeção e ensaios na


fábrica, de acordo com esta Especificação Técnica e com as normas da ABNT
aplicáveis, na presença de inspetores credenciados pela Energisa, devendo a
Energisa ser comunicada pelo fornecedor com pelo menos 15 (quinze) dias de
antecedência se fornecedor nacional e 30 (trinta) dias se fornecedor

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estrangeiro, das datas em que os lotes estiverem prontos para inspeção final,
completos com todos os acessórios.

b) A Energisa reserva-se ao direito de inspecionar e testar os para-raios de


transmissão e o material utilizado durante o período de fabricação, antes do
embarque ou a qualquer tempo em que julgar necessário. O fabricante deverá
proporcionar livre acesso do inspetor aos laboratórios e às instalações onde os
para-raios de transmissão em questão estiverem sendo fabricados,
fornecendo-lhe as informações solicitadas e realizando os ensaios necessários.
O inspetor poderá exigir certificados de procedências de matérias-primas e
componentes, além de fichas e relatórios internos de controle.

c) O fornecedor deve apresentar, para aprovação da Energisa, o seu Plano de


Inspeção e Testes, que deverá conter as datas de início da realização de todos
os ensaios, os locais e a duração de cada um deles, sendo que o período para
inspeção deve ser dimensionado pelo proponente de tal forma que esteja
contido nos prazos de entrega estabelecidos na proposta de fornecimento.

d) O plano de inspeção e testes deve indicar os requisitos de controle de


qualidade para utilização de matérias primas, componentes e acessórios de
fornecimento de terceiros, assim como as normas técnicas empregadas na
fabricação e inspeção dos para-raios de transmissão.

e) Certificados de ensaio de tipo previstos no item 7.2 para para-raios de


transmissão de características similares ao especificado, porém aplicáveis,
podem ser aceitos desde que a Energisa considere que tais dados comprovem
que os para-raios de transmissão propostos atendem ao especificado.

Os dados de ensaios devem ser completos, com todas as informações necessárias,


tais como métodos, instrumentos e constantes usadas e indicar claramente as datas
nas quais os mesmos foram executados. A decisão final, quanto à aceitação dos dados
de ensaios de tipos existentes, será tomada posteriormente pela Energisa, em função
da análise dos respectivos relatórios. A eventual dispensa destes ensaios somente
terá validade por escrito.

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f) Os ensaios para aprovação do protótipo podem ser dispensados parcial ou
totalmente, a critério da Energisa, caso já exista um protótipo idêntico
aprovado. Se os ensaios de tipo forem dispensados, o fabricante deve emitir
um relatório completo destes ensaios, com todas as informações necessárias,
tais como, métodos, instrumentos e constantes usadas. A eventual dispensa
destes ensaios pela Energisa somente terá validade por escrito.

Entretanto, é reservado à Energisa o direito de rejeitar esses relatórios,


parcialmente ou totalmente, se os mesmos não estiverem conforme prescritos nas
normas ou não corresponderem aos para-raios de transmissão especificados.

g) O fabricante deve dispor de pessoal e aparelhagem próprios ou contratados,


necessários à execução dos ensaios. Em caso de contratação, deve haver
aprovação prévia por parte da Energisa.

h) O fabricante deve assegurar ao inspetor da Energisa o direito de familiarizar-


se, em detalhes, com as instalações e equipamentos a serem utilizados,
estudar todas as instruções e desenhos, verificar calibrações, presenciar
ensaios, conferir resultados e, em caso de dúvida, efetuar novas inspeções e
exigir a repetição de qualquer ensaio.

i) Todos os instrumentos e aparelhos de medição, máquinas de ensaios etc.,


devem ter certificado de aferição emitido por instituições acreditadas pelo
INMETRO ou órgão internacional compatível, válidos por período máximo de
24 meses. Por ocasião da inspeção, devem estar ainda dentro deste período,
podendo acarretar desqualificação do laboratório o não cumprimento dessa
exigência.

j) A aceitação dos para-raios de transmissão e/ou a dispensa de execução de


qualquer ensaio:

• Não exime o fabricante da responsabilidade de fornecê-lo de acordo com


os requisitos desta Especificação Técnica;

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• Não invalida qualquer reclamação posterior da Energisa a respeito da
qualidade do material e/ou da fabricação.

Em tais casos, mesmo após haver saído da fábrica, os para-raios de transmissão


podem ser inspecionados e submetidos a ensaios, com prévia notificação ao
fabricante e, eventualmente, em sua presença. Em caso de qualquer discrepância
em relação às exigências desta Especificação Técnica, eles podem ser rejeitados e
sua reposição será por conta do fabricante.

k) Após a inspeção dos para-raios de transmissão, o fabricante deverá


encaminhar à Energisa, por lote ensaiado, um relatório completo dos ensaios
efetuados, em uma via, devidamente assinada por ele e pelo inspetor
credenciado pela Energisa.

l) Esse relatório deverá conter todas as informações necessárias para o seu


completo entendimento, tais como, métodos, instrumentos, constantes e
valores utilizados nos ensaios, além dos resultados obtidos.

m) Todas as unidades de produto rejeitadas, pertencentes a um lote aceito,


devem ser substituídas por unidades novas e perfeitas, por conta do
fabricante, sem ônus para a Energisa, sendo o fabricante responsável pela
recomposição de unidades ensaiadas, quando isto for necessário, antes da
entrega à Energisa.

n) Nenhuma modificação nos para-raios de transmissão deve ser feita "a


posteriori" pelo fabricante sem a aprovação da Energisa. No caso de alguma
alteração, o fabricante deve realizar todos os ensaios de tipo, na presença do
inspetor da Energisa, sem qualquer custo adicional.

o) A Energisa poderá, a seu critério, em qualquer ocasião, solicitar a execução


dos ensaios de tipo para verificar se os para-raios de transmissão estão
mantendo as características de projeto preestabelecidas por ocasião da
aprovação dos protótipos.

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p) Para efeito de inspeção, os para-raios de transmissão deverão ser divididos
em lotes, por tipo. A rejeição do lote, em virtude de falhas constatadas nos
ensaios, não dispensa o fabricante de cumprir as datas de entrega prometidas.
Se, na conclusão da Energisa, a rejeição tornar impraticável a entrega dos
para-raios de transmissão nas datas previstas, ou tornar evidente que o
fabricante não será capaz de satisfazer às exigências estabelecidas nesta
especificação, a mesma reserva-se ao direito de rescindir todas as obrigações
e obter o material de outro fornecedor. Em tais casos, o fabricante será
considerado infrator do contrato e estará sujeito às penalidades aplicáveis.

q) O custo dos ensaios deve ser por conta do fabricante.

r) A Energisa reserva-se ao direito de exigir a repetição de ensaios em lotes já


aprovados. Nesse aspecto, as despesas serão de responsabilidade da mesma,
caso as unidades ensaiadas forem aprovadas na segunda inspeção, caso
contrário, incidirão sobre o fabricante.

s) Os custos da visita do inspetor da Energisa, tais como, locomoção,


hospedagem, alimentação, homem-hora e administrativos, correrão por conta
do fabricante se:

• Na data indicada na solicitação de inspeção os para-raios de transmissão


não estiverem prontos;

• O laboratório de ensaio não atender às exigências citadas nas alíneas 9.1.f


até 9.1.h;

• O material fornecido necessitar de acompanhamento de fabricação ou


inspeção final em subfornecedor, contratado pelo fornecedor, em
localidade diferente da sua sede;

• O material necessitar de reinspeção por motivo de recusa;

• Os ensaios de recebimento e/ou tipo forem efetuados fora do território


brasileiro.

______________________________________________________________________________________
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34
9.2 Classificação dos ensaios

Os ensaios são classificados em:

• Ensaios de projeto;

• Ensaios de tipo;

• Ensaios de rotina;

• Ensaios de recebimento.

Estes deverão ser realizados no:

• Ensaios no composto polimérico do invólucro (ensaio de tipo/projeto);

• Ensaios no para-raios de transmissão de distribuição (ensaio de tipo, rotina e


recebimento).

Todos os ensaios relacionados estão constando na Tabela 3.

9.2.1 Ensaios de projeto (P)

Os ensaios de projeto (P) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:

a) Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR),


conforme item 9.3.3;

b) Medição do tempo de indução oxidativa (OIT) e da temperatura de fusão,


conforme item 9.3.4;

c) Rigidez dielétrica, conforme item 9.3.5;

d) Termogravimétrica (TGA), conforme item 9.3.6;

e) Ensaios mecânicos e elétricos do composto - Antes e após envelhecimento em


câmara de UV, conforme item 9.3.7;

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f) Resistência ao trilhamento e erosão no composto polimérico, conforme item
9.3.8;

g) Ensaio de flamabilidade nas saias e no revestimento, conforme item 9.3.9;

h) Ensaio de trilhamento e erosão nas saias e no revestimento, conforme item


9.3.10;

i) Verificação da aderência, conforme item 9.3.11.

9.2.2 Ensaios de tipo (T)

Os ensaios de tipo (T) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:

a) Medição da tensão de referência, conforme item 9.3.12;

b) Tensão suportável de impulso atmosférico no invólucro, conforme item


9.3.13;

c) Tensão suportável à frequência industrial no invólucro, conforme item 9.3.14;

d) Tensão residual, conforme item 9.3.15;

e) Corrente suportável de impulso de longa duração, conforme item 9.3.16;

f) Ciclo de operação para impulso de corrente elevada, conforme item 9.3.17;

g) Ciclo de operação com descarga de linhas de transmissão, conforme item


9.3.18;

h) Característica de tensão suportável à frequência industrial por tempo,


conforme item 9.3.19;

i) Desligador automático, conforme item 9.3.20;

j) Curto-circuito, conforme item 9.3.21;

k) Estanqueidade, conforme item 9.3.22;

______________________________________________________________________________________
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36
l) Ensaio de envelhecimento sob tensão de operação simulando condições
ambientais, conforme item 9.3.22;

m) Descargas parciais, conforme item 9.3.24;

n) Estabilidade térmica, conforme 9.3.26;

o) Momento fletor, conforme item 9.3.27;

p) Suportabilidade às agressões do ambiente, conforme item 9.3.28.

9.2.3 Ensaios de recebimento (RE)

São ensaios de recebimento (RE) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:

a) Inspeção visual, conforme item 9.3.1;

b) Verificação dimensional, conforme item 9.3.2;

c) Medição da tensão de referência, conforme item 9.3.12;

d) Estanqueidade, conforme item 9.3.22;

e) Descargas parciais, conforme item 9.3.24;

f) Tensão suportável à frequência industrial, conforme item 9.3.25;

g) Estabilidade térmica, conforme 9.3.26;

h) Verificação da espessura da camada de estanho, conforme item 9.3.29;

i) Verificação do torque de instalação nos terminais dos para-raios de


transmissão de distribuição, conforme item 9.3.30.

9.2.4 Ensaios especiais (E)

São ensaios especiais (E) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:

a) Medição da tensão de referência, conforme item 9.3.12;

______________________________________________________________________________________
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b) Tensão suportável de impulso atmosférico no invólucro, conforme item
9.3.13;

c) Tensão suportável à frequência industrial no invólucro, conforme item 9.3.14;

d) Tensão residual, conforme item 9.3.15;

e) Corrente suportável de impulso de longa duração, conforme item 9.3.16;

f) Ciclo de operação para impulso de corrente elevada, conforme item 9.3.17;

g) Ciclo de operação com descarga de linhas de transmissão, conforme item


9.3.18;

h) Característica de tensão suportável à frequência industrial por tempo,


conforme item 9.3.19;

i) Desligador automático, conforme item 9.3.20;

j) Curto-circuito, conforme item 9.3.21;

k) Descargas parciais, conforme item 9.3.24;

l) Estabilidade térmica, conforme 9.3.26;

9.3 Descrição dos ensaios

9.3.1 Inspeção visual

O inspetor deverá efetuar uma inspeção geral verificando:

a) Acabamento, conforme item 7.4;

b) Identificação, conforme item 7.5;

c) Acondicionamento, conforme item 6.3;

d) Manual de instruções, conforme item 6.8.

A não conformidade de qualquer um desses requisitos determinará a sua rejeição.


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38
9.3.2 Verificação dimensional

As dimensões dos para-raios de transmissão devem ser confrontadas com as


dimensões correspondentes da padronização da Energisa, conforme Desenho 1.

9.3.3 Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier


(FTIR)

O ensaio deve ser realizado conforme ASTM E 204.

9.3.4 Medição do tempo de indução oxidativa (OIT) e da temperatura


de fusão

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 13977 e ASTM D3418.

9.3.5 Rigidez dielétrica

O ensaio deve ser realizado conforme ASTM D149.

Constitui falha se os valores apresentados foram inferiores à 10 kV/mm.

9.3.6 Termogravimétrica (TGA)

O ensaio deve ser realizado conforme ASTM D6370.

O ensaio é somente comparativo e não deve apresentar diferenças de ± 5 % em cada


etapa de degradação obtida no ensaio.

9.3.7 Ensaios mecânicos e elétricos do composto - Antes e após


envelhecimento em câmara de UV

O ensaio deve ser realizado conforme ASTM G155, com duração de 2.000 horas e
devem estar em conformidade com ASTM D3182 e ASTM D412 (tipo DIE A).

Constitui falha se um aumento superior de sete pontos no valor da dureza.

9.3.8 Resistência ao trilhamento e erosão no composto polimérico


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39
O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 10296, método 1.

Constitui falha se os valores apresentados forem menores que 3,50 kV.

9.3.9 Ensaio de flamabilidade nas saias e no revestimento

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 15643.

Constitui falha se os valores medidos não estiverem aderentes a Tabela 3 da ABNT


NBR 15643.

9.3.10 Ensaio de trilhamento e erosão nas saias e no revestimento

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 15232 e estar em conformidade com
ABNT NBR 15643.

Constitui falha se:

• Ocorrer trilhamento;

• A profundidade da erosão for superior a 3 milímetros e/ou atingir o núcleo;

• Houver perfuração nas saias, no revestimento ou na interface.

9.3.11 Verificação da aderência

O ensaio de verificação da aderência analisa a qualidade da aderência nas interfaces


núcleo/revestimento e terminais integrantes/revestimento.

Com equipamento apropriado (serra, fresa etc.) deve-se fazer um corte longitudinal
no centro do núcleo do para-raios de transmissão de distribuição.

Caso o para-raios de transmissão de distribuição apresente uma distância entre


ferragens superior a 800 mm, ele deve ser cortado em seções com aproximadamente
800 mm para compor os corpos de prova. Caso o para-raios de transmissão de
distribuição apresente uma distância entre ferragens inferior ou igual a 800 mm,
todo o para-raios de transmissão de distribuição deve ser considerado corpo de
prova.
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O comprimento do corte a ser realizado em cada corpo de prova deve deixar
aproximadamente 250 mm de núcleo com revestimento.

Tencionar manualmente o revestimento, objetivando deslocá-lo do núcleo e da


ferragem. Realizar uma verificação visual para observar a existência da aderência do
revestimento nas interfaces (ferragem/revestimento e núcleo/revestimento).

O revestimento deve ter aderência em todos as amostras. Se um único para-raios


tiver uma região com falta de aderência, o projeto do para-raios deve ser rejeitado.

9.3.12 Medição da tensão de referência

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

9.3.13 Tensão suportável de impulso atmosférico no invólucro

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se:

a) Ocorrência de descarga disruptiva interna;

b) Ocorrência de 2 (duas) ou mais descargas disruptiva externa.

9.3.14 Tensão suportável à frequência industrial no invólucro

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050 e ABNT NBR 6936.

Constitui falha se os valores medidos forem diferentes da resultante da máxima


tensão residual para a corrente de descarga nominal multiplicado por 1,06.

9.3.15 Tensão residual

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

9.3.16 Corrente suportável de impulso de longa duração simulando

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

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Constitui falha se:

a) A variação dos valores da tensão residual, medidos antes e após o ensaio, for
superior a ± 5%;

b) Os componentes dos corpos de prova, em uma inspeção visual, não


apresentarem indícios de descarga disruptiva externa, trincas ou perfuração
nos resistores; ou quebra de qualquer componente;

9.3.17 Ciclo de operação para impulso de corrente elevada

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se:

a) A estabilidade térmica não for comprovada;

b) A variação dos valores da tensão residual, medidos antes e depois do ciclo de


operação, for superior a ± 5 %;

c) Os componentes dos corpos de prova, em uma inspeção visual, não


apresentarem indícios de descarga externa ou perfuração nos resistores ou
quebra de qualquer componente;

9.3.18 Ciclo de operação com descarga de linhas de transmissão

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se:

a) A estabilidade térmica não for comprovada;

b) A variação dos valores da tensão residual, medidos antes e depois do ciclo de


operação, for superior a ± 5 %;

c) Os componentes dos corpos de prova, em uma inspeção visual, não


apresentarem indícios de descarga externa ou perfuração nos resistores ou
quebra de qualquer componente;
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42
9.3.19 Característica da tensão suportável à frequência industrial por
tempo

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

O fabricante deve fornecer dados do tempo de aplicação e do valor correspondente


da tensão à frequência industrial a que o para-raios de transmissão de distribuição
pode ser submetido nas situações com e sem a aplicação de uma energia prévia,
devido a solicitações de correntes de impulso correspondentes a sua classe, sem a
ocorrência de danos ou perda de estabilidade térmica.

As curvas de sobretensão temporária devem cobrir pelo menos a faixa de tempo


entre 0,1 e 12.000 segundos.

Para as demais considerações e procedimentos a serem seguidos no levantamento


dessas características devem ser observadas as prescrições da ABNT NBR 16050.

9.3.20 Desligador automático

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha a atuação do desligador automático durante nos ensaios de corrente


suportável de longa duração e ciclo de operação.

9.3.21 Curto-circuito

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha à:

a) Ocorrência de fragmentação violenta;

b) A não auto extinção de chamas, em prazo superior a 2 minutos.

9.3.22 Estanqueidade

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

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43
Antes da realização do ensaio os para-raios de transmissão de distribuição devem ser
submetidos aos ensaios de medição de descargas parciais e resistência dos terminais
ao torque.

Constitui falha à:

a) Os valores de descargas parciais medidos, antes e depois do ensaio, variarem


mais que 5 pC, e o valor final exceder 10 pC;

b) For verificada umidade interna nos desligadores automáticos, após esses


serem desmontados e examinados minuciosamente.

9.3.23 Envelhecimento sob tensão de operação simulando condições


ambientais

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha à:

a) Não ocorrer trilhamento elétrico (ver ABNT NBR 15122);

b) A erosão sobre o invólucro não deve expor as partes internas dos corpos de
prova, tais como blocos, fibras ou outras interfaces;

c) Não ocorrer perfurações no corpo do invólucro e nas saias;

d) A tensão de referência medida antes e após o ensaio não deve reduzir mais
que 5%;

e) Os níveis de descargas parciais medidos antes e após o ensaio não devem


exceder a 10 pC.

9.3.24 Descargas parciais

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

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44
Os para-raios de transmissão com desligadores automáticos, os corpos de prova
devem ser previamente submetidos a uma aplicação de tensão residual a impulso
atmosférico com corrente nominal de descarga, antes da realização desse ensaio.

Constitui falha se os valores medidos para descargas parciais internas excederem a


10 pC.

9.3.25 Tensão residual a impulso atmosférico

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se:

a) Ocorrência de descarga disruptiva interna;

b) Ocorrência de 2 (duas) ou mais descargas disruptiva externa.

9.3.26 Estabilidade térmica

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se os valores de crista da componente resistiva da corrente de fuga,


ou a potência dissipada, ou a temperatura dos resistores não lineares, não
decrescerem de forma contínua, durante os 15 minutos após o término do ensaio.

9.3.27 Momento fletor

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se:

a) Houve ocorrência de danos mecânico visíveis;

b) A curva força versus deflexão não apresenta descontinuidades;

c) A deformação do invólucro pela aplicação do esforço após a remoção da carga


de flexão está superior a ± 5 % em relação à condição inicial antes da aplicação
da carga;

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45
d) Resultado não satisfatórios no ensaio de estanqueidade;

e) O nível de descargas parciais não excede o valor de 10 pC.

9.3.28 Suportabilidade às agressões do ambiente

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se:

a) Houver dano mecânico visível;

b) O nível de descargas parciais exceder o valor 10 pC.

9.3.29 Verificação da espessura da camada de estanho

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 5370.

Constitui falha se a espessura da camada estar em desconformidade o item 7.1.4.

9.3.30 Verificação do torque nos terminais do para-raios de


transmissão de distribuição e no desligador

Os terminais, com os condutores de maior seção para os quais foram projetados neles
instalados, devem suportar um torque mínimo de ensaio de 2,5 daN.m, aplicado
simultaneamente a ambos e mantido por pelo menos 1 minuto. Após a retirada do
mesmo não pode haver ruptura ou deformação permanente tanto nos conectores
quanto no desligador automático, perda de vedação ou qualquer tipo de dano aos
condutores.

9.4 Relatórios de ensaios

Os relatórios dos ensaios devem ser em formulários com as indicações necessárias à


sua perfeita compreensão e interpretação conforme indicado a seguir:

a) Nome do ensaio;

b) Nome e/ou marca comercial do fabricante;


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c) Identificação do laboratório de ensaio;

d) Certificados de aferições dos aparelhos utilizados nos ensaios, com validade


máxima de 24 meses;

e) Número da Ordem de Compra de Material (OCM);

f) Tipo e quantidade de material do lote e tipo e quantidade ensaiada;

g) Identificação completa do material ensaiado;

h) Dia, mês e ano de fabricação;

i) Relação, descrição e resultado dos ensaios executados e respectivas normas


utilizadas;

j) Nome do inspetor e do responsável pelos ensaios;

k) Instrumentos/equipamentos utilizados nos ensaios;

l) Indicação de normas técnicas aplicáveis;

m) Memórias de cálculo, com resultados e eventuais observações;

n) Condições ambientes do local dos ensaios;

o) Data de início e de término de cada ensaio;

p) Nomes legíveis e assinaturas dos respectivos representantes do fabricante e


do inspetor da Energisa e data de emissão do relatório.

Os materiais somente serão liberados pelo inspetor após ser entregue a ele uma via
dos relatórios de ensaios.

10 PLANOS DE AMOSTRAGEM

10.1 Ensaios de tipo

Os ensaios de tipo devem ser formados conforme ABNT NBR 16050.


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10.2 Ensaios de recebimento

A quantidade de conectores a ser submetida a cada um dos ensaios de recebimento


é conforme Tabela 2, deve ser retirada, aleatoriamente, de um lote.

Se o lote a ser fornecido for constituído por mais de 500 unidades, essa quantidade
deve ser dividida em vários lotes com menor número, cada um deles contendo entre
150 e 280 unidades.

Os conectores que tenham sido submetidos a ensaios de recebimento que possam ter
afetado suas características elétricas e/ou mecânicas não devem ser utilizados em
serviço.

10.3 Ensaios especiais

Para os ensaios especiais, deve ser retirada de cada lote, 5 (cinco) unidades em cada
Unidade de Negócio do grupo Energisa.

Se as unidades falharem em qualquer um dos ensaios especiais, deverá ser aberta de


não-conformidade.

11 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

11.1 Ensaios de tipo

Os ensaios de tipo serão aceitos se todos os resultados forem satisfatórios.

Se ocorrer uma falha em um dos ensaios o fabricante pode apresentar nova amostra
para ser ensaiada. Se esta amostra apresentar algum resultado insatisfatório, o
transformador não será aceito.

11.2 Ensaios de recebimento

Os critérios para a aceitação ou a rejeição nos ensaios complementares de


recebimento são:

a) Se nenhuma unidade falhar no ensaio, o lote será aprovado;


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b) Se apenas uma unidade falhar no ensaio, o fornecedor deverá apresentar
relatório apontando as causas da falha e as medidas tomadas para corrigi-las,
submetendo-se o lote a novo ensaio, no mesmo número de amostras conforme
Tabela 2;

c) Se duas ou mais unidades falharem no ensaio, o lote será recusado.

As unidades defeituosas constantes de amostras aprovadas nos ensaios devem ser


substituídas por novas, o mesmo ocorrendo com o total das amostras aprovadas em
ensaios destrutivos.

12 NOTAS COMPLEMENTARES

Em qualquer tempo e sem necessidade de aviso prévio, esta Especificação Técnica


poderá sofrer alterações, no seu todo ou em parte, por motivo de ordem técnica
e/ou devido às modificações na legislação vigente, de forma a que os interessados
deverão, periodicamente, consultar a Energisa.

A presente Especificação Técnica não invalida qualquer outra da ABNT ou de outros


órgãos competentes, mesmo a partir da data em que a mesma estiver em vigor.
Todavia, em qualquer ponto onde surgirem divergências entre esta Especificação
Técnica e as normas dos órgãos citados, prevalecerão as exigências mínimas aqui
estabelecidas.

Quaisquer críticas e/ou sugestões para o aprimoramento desta Especificação Técnica


serão analisadas e, caso sejam válidas, incluídas ou excluídas deste texto.

As sugestões deverão ser enviadas à Energisa pelo e-mail:

normas.tecnicas@energisa.com.br

13 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO

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Data Versão Descrição das alterações realizadas

26/11/2020 0.0 • 1ª edição.

14 VIGÊNCIA

Esta Especificação Técnica entra em vigor na data de 01/03/2021 e revoga as versões


anteriores.

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15 TABELAS

TABELA 1 - Características nominais dos para-raios de transmissão de distribuição

Invólucro
Máxima
Máxima Tensão tensão de Corrente de Distância de
Tensão Tensão Tensão
tensão do nominal operação descarga escoamento
Código nominal suportável a suportável de
sistema eficaz contínua nominal mínima entre
Energisa 60 Hz durante impulso
(MCOV) os terminais
1 minuto - atmosférico,
de linha e
mínimo valor de crista
aterramento
(kV) (kV) (kV) (kV) (kA) (kV eficaz) (kV) (mm/kV)
690887 69,0 72,5 60,0 48,0 140,0 280
690888 88,0 90,0 72,0 57,0 10,0 150,0 380 25,0
690889 138,0 145,0 120,0 96,0 230,0 560

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51
TABELA 2 - Planos de amostragem para os ensaios de recebimento

• Inspeção visual; • Tensão de referência;


• Verificação dimensional. • Descargas parciais;
• Tensão suportável a frequência
industrial;
• Estanqueidade.
Tamanho do
lote Amostragem dupla Amostragem dupla
Nível II Nível S4
NQA 4% NQA 2,5%
Amostra Amostra
Ac Re Ac Re
Seq. Tam. Seq. Tam.

Até 90 - 3 0 1 - 5 0 1

1ª 0 2
91 a 150 8 - 5 0 1
2ª 1 2
1ª 0 2 1ª 0 2
151 a 280 8 13
2ª 1 2 2ª 1 2
1ª 0 3 1ª 0 2
281 a 500 13 13
2ª 3 4 2ª 1 2

Legenda:

Seq. - Sequência de ensaios das amostras;

Tam. - Tamanho das amostras;

Ac - número de aceitação;

Re - número de rejeição.

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52
• Espessura da camada de
estanho;
• Verificação de torque de
instalação;
• Estabilidade térmica.
Tamanho
Amostragem simples
do lote
Nível S3
NQA 4%

Amostra Ac Re

Até 90 3 0 1

91 a 150 3 0 1

151 a 280 13 1 2

281 a 500 13 1 2

Legenda:

Seq. - Sequência de ensaios das amostras;

Tam. - Tamanho das amostras;

Ac - número de aceitação;

Re - número de rejeição.

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53
TABELA 3 - Relação dos ensaios

Tipo dos
Item Descrição dos ensaios
ensaios
9.3.1 Inspeção visual RE

9.3.2 Verificação dimensional RE


Espectroscopia de infravermelho com transformada de
9.3.3 P
Fourier (FTIR)
Medição do tempo de indução oxidativa (OIT) e da
9.3.4 P
temperatura de fusão
9.3.5 Rigidez dielétrica P

9.3.6 Termogravimétrica (TGA) P


Ensaios mecânicos e elétricos do composto - Antes e após
9.3.7 P
envelhecimento em câmara de UV
9.3.8 Resistência ao trilhamento e erosão no composto polimérico P

9.3.9 Ensaio de flamabilidade nas saias e no revestimento P

9.3.10 Ensaio de trilhamento e erosão nas saias e no revestimento P

9.3.11 Verificação da aderência P

9.3.12 Medição da tensão de referência T / RE / E

9.3.13 Tensão suportável de impulso atmosférico no invólucro T/E

9.3.14 Tensão suportável à frequência industrial no invólucro T/E

9.3.15 Tensão residual T/E

9.3.16 Corrente suportável de impulso de longa duração simulando T/E

9.3.17 Ciclo de operação para impulso de corrente elevada T/E

9.3.18 Ciclo de operação com descarga de linhas de transmissão T/E


Característica da tensão suportável à frequência industrial
9.3.19 T/E
por tempo
9.3.20 Desligador automático T/E

9.3.21 Curto-circuito T/E

9.3.22 Estanqueidade T / RE
Envelhecimento sob tensão de operação simulando condições
9.3.23 T
ambientais
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Tipo dos
Item Descrição dos ensaios
ensaios
9.3.24 Descargas parciais T / RE / E

9.3.25 Tensão residual a impulso atmosférico RE

9.3.26 Estabilidade térmica T / RE / E

9.3.27 Momento fletor T / RE

9.3.28 Suportabilidade às agressões do ambiente T

9.3.29 Verificação da espessura da camada de estanho RE


Verificação do torque nos terminais do para-raios de
9.3.30 RE
transmissão de distribuição e no desligador

Legenda:

T - Ensaio de tipo;

RE - Ensaio de recebimento;

E - Ensaio especial.

NOTAS:

I. Uma vez ao ano, a Energisa poderá escolher no recebimento 12 amostras para


que sejam realizados estes ensaios a custo do fornecedor;

II. Os custos dos ensaios serão de responsabilidade do fornecedor e este deverá


fornecer amostras para calibração do sistema do laboratório, caso necessário.
Se algum destes ensaios forem realizados fora do Brasil, o fornecedor será
responsável pelos custos de viagem do inspetor (translado, passagem aérea,
alimentação e hospedagem). Os resultados devem estar de acordo com a
Tabela 2, para que o fornecedor seja considerado aprovado. Em caso de
reprovação do lote será aberto um processo de tratamento de não
conformidade.

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III. Em caso de reprovação em pelo menos um dos ensaios (longa duração ou ciclo
de operação), a Energisa poderá escolher outro lote para repetir o ensaio nos
mesmos moldes do realizado anteriormente. A Energisa se reserva o direito
de escolher qualquer lote (já recebido anteriormente ou aguardar para
realizar o ensaio em algum lote futuro).

IV. Caso o fornecedor tenha dois lotes reprovados em qualquer um dos dois
ensaios (longa duração ou ciclo de operação) durante o contrato, a Energisa
poderá rescindir o contrato de fornecimento sem penalidades.

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16 DESENHO

DESENHO 1 - Para-raios de transmissão

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Corrente de Distância de Dimensões
Tensão Classe de
Código descarga escoamento
nominal tensão A B
Energisa nominal (mínimo)
(kV) (kA) (mm) (mm)
690887 69,0 72,5 1.815 660 ± 50 715 ± 50
690888 88,0 90,0 10,0 2.250 750 ± 50 805 ± 50
690889 138,0 145,0 3.625 1.120 ± 50 1.200 ± 50

NOTA:

I. Pequenas variações de forma nas partes não cotadas são admissíveis, desde
que mantidas as características eletromecânicas.

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