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Para-raios de distribuição

ENERGISA/GTD-NRM/Nº036/2019

Especificação Técnica Unificada


ETU – 128.1
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Versão 1.0 – Janeiro / 2021
ETU-128.1 Versão 1.0 Janeiro / 2021

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Apresentação

Nesta Especificação Técnica apresenta as diretrizes necessárias para padronização


das características técnicas e requisitos mínimos, elétricos e mecânicos, exigidos
para fornecimento de para-raios de distribuição, para linhas e redes de distribuição
aérea, em média tensão, nas empresas do Grupo Energisa S.A.

Para tanto foram consideradas as especificações e os padrões do material em


referência, definidos nas Normas Brasileiras Registradas (NBR) da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ou outras normas internacionais reconhecidas,
acrescidos das modificações baseadas nos resultados de desempenho destes
materiais nas empresas do grupo Energisa.

As cópias e/ou impressões parciais ou em sua íntegra deste documento não são
controladas.

A presente revisão desta Especificação Técnica é a versão 1.0, datada de janeiro de


2021.

Cataguases - MG, janeiro de 2021.

GTD - Gerência Técnica de Distribuição

Esta Especificação Técnica, bem como as alterações, poderá ser acessada através do código
abaixo:

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ETU-128.1 Versão 1.0 Janeiro / 2021

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Equipe técnica de revisão da ETU 128.1 (Versão 1.0)

Acassio Maximiano Mendonca Gilberto Teixeira Carrera


Grupo Energisa Grupo Energisa

Augustin Gonzalo Abreu Lopez Hitalo Sarmento de Sousa Lemos


Grupo Energisa Grupo Energisa

Danilo Maranhão de Farias Santana Ricardo Campos Rios


Grupo Energisa Grupo Energisa

Eduarly Freitas do Nascimento Ricardo Machado de Moraes


Grupo Energisa Grupo Energisa

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Aprovação técnica

Ademálio de Assis Cordeiro Juliano Ferraz de Paula


Grupo Energisa Energisa Sergipe

Amaury Antônio Damiance Marcelo Cordeiro Ferraz


Energisa Mato Grosso Dir. Suprimentos Logística

Fábio Lancelotti Paulo Roberto dos Santos


Energisa Minas Gerais / Energisa Nova Friburgo Energisa Mato Grosso do Sul

Fabrício Sampaio Medeiros Ricardo Alexandre Xavier Gomes


Energisa Rondônia Energisa Acre

Fernando Lima Costalonga Rodrigo Brandão Fraiha


Energisa Tocantins Energisa Sul-Sudeste

Jairo Kennedy Soares Perez


Energisa Borborema / Energisa Paraíba

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Sumário

1 OBJETIVO ............................................................................................................................. 9
2 CAMPO DE APLICAÇÃO ....................................................................................................... 9
3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS .......................................................................................... 9
4 NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES ................................................................. 9
4.1 LEGISLAÇÃO E REGULAMENTOS FEDERAIS ............................................................................. 10
4.2 NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS ......................................................................................... 10
4.3 NORMAS TÉCNICAS INTERNACIONAIS ................................................................................... 12
5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES .......................................................................................... 15
5.1 PARA-RAIOS ................................................................................................................... 15
5.2 PARA-RAIOS NÃO FRAGMENTÁRIO ...................................................................................... 15
5.3 PARA-RAIOS A ÓXIDO METÁLICO SEM CENTELHADORES ........................................................... 16
5.4 RESISTOR NÃO LINEAR A ÓXIDO METÁLICO ............................................................................ 16
5.5 INVÓLUCRO .................................................................................................................... 16
5.6 DESCARGA DISRUPTIVA ..................................................................................................... 16
5.7 DESLIGADOR AUTOMÁTICO ............................................................................................... 16
5.8 FREQUÊNCIA NOMINAL DE UM PARA-RAIOS .......................................................................... 17
5.9 NÍVEIS DE PROTEÇÃO DO PARA-RAIOS .................................................................................. 17
5.10 TENSÃO MÁXIMA DE OPERAÇÃO CONTÍNUA (MCOV)............................................................. 17
5.11 TENSÃO DE RÁDIO INTERFERÊNCIA ...................................................................................... 18
5.12 TENSÃO NOMINAL DO PARA-RAIOS (UN) .............................................................................. 18
5.13 UNIDADE DO PARA-RAIOS ................................................................................................. 18
5.14 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ................................................................................................ 18
5.15 ENSAIOS DE TIPO ............................................................................................................. 19
5.16 ENSAIOS ESPECIAIS .......................................................................................................... 19
6 CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................................... 19
6.1 CONDIÇÕES DO SERVIÇO ................................................................................................... 19
6.2 LINGUAGENS E UNIDADES DE MEDIDA .................................................................................. 20
6.3 ACONDICIONAMENTO ...................................................................................................... 20
6.4 MEIO AMBIENTE ............................................................................................................. 22
6.5 VIDA ÚTIL ...................................................................................................................... 22
6.6 GARANTIA ..................................................................................................................... 23
6.7 INCORPORAÇÃO AO PATRIMÔNIO DA ENERGISA ..................................................................... 23
6.8 MANUAL DE INSTRUÇÕES .................................................................................................. 24
7 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS .................................................................................................. 24
7.1 MATERIAIS..................................................................................................................... 24
7.1.1 Invólucro................................................................................................................. 24
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7.1.2 Braçadeira de fixação (braço de montagem) ......................................................... 25
7.1.3 Desligador automático ........................................................................................... 25
7.1.4 Terminais de linha e aterramento.......................................................................... 25
7.1.5 Cobertura isolante.................................................................................................. 26
7.2 DIMENSÕES GERAIS ......................................................................................................... 26
7.3 ACABAMENTO ................................................................................................................ 26
7.4 IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................................... 27
7.5 ESTANQUEIDADE ............................................................................................................. 28
7.6 AMBIENTES POLUÍDOS ...................................................................................................... 28
7.7 CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS............................................................................................ 28
7.7.1 Momento fletor ...................................................................................................... 28
7.7.2 Dos terminais, conectores e desligador automático ............................................. 29
7.7.3 Braçadeira de fixação ............................................................................................. 29
8 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS ............................................................................................ 29
8.1 TENSÕES NOMINAIS ......................................................................................................... 29
8.2 FREQUÊNCIA NOMINAL ..................................................................................................... 30
8.3 CORRENTES DE DESCARGA NOMINAIS .................................................................................. 30
8.4 CORRENTE DE IMPULSO ELEVADA DE CURTA DURAÇÃO ............................................................ 30
8.5 DESCARGAS PARCIAIS ....................................................................................................... 30
8.6 TENSÃO DE OPERAÇÃO CONTÍNUA (UC) ............................................................................... 30
8.7 SOBRETENSÕES TEMPORÁRIAS DE 60 HZ (TOV).................................................................... 30
8.8 TENSÕES RESIDUAIS MÁXIMAS ........................................................................................... 31
8.9 ABSORÇÃO DE ENERGIA .................................................................................................... 31
8.10 TENSÃO DE RÁDIO INTERFERÊNCIA E TENSÃO DE IONIZAÇÃO INTERNA ......................................... 31
9 INSPEÇÃO E ENSAIOS ........................................................................................................ 31
9.1 GENERALIDADES ............................................................................................................. 32
9.2 CLASSIFICAÇÃO DOS ENSAIOS ............................................................................................. 36
9.2.1 Ensaios de projeto (P) ............................................................................................ 36
9.2.2 Ensaios de tipo (T) .................................................................................................. 37
9.2.3 Ensaios de recebimento (RE).................................................................................. 38
9.2.4 Ensaios especiais (E) ............................................................................................... 38
9.3 DESCRIÇÃO DOS ENSAIOS .................................................................................................. 39
9.3.1 Inspeção visual ....................................................................................................... 39
9.3.2 Verificação dimensional ......................................................................................... 40
9.3.3 Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR)................ 40
9.3.4 Medição do tempo de indução oxidativa (OIT) e da temperatura de fusão ......... 40
9.3.5 Rigidez dielétrica .................................................................................................... 40
9.3.6 Termogravimétrica (TGA) ....................................................................................... 40
9.3.7 Ensaios mecânicos e elétricos do composto - Antes e após envelhecimento em
câmara de UV ........................................................................................................................... 40
9.3.8 Resistência ao trilhamento e erosão no composto polimérico ............................. 41
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9.3.9 Ensaio de flamabilidade nas saias e no revestimento ........................................... 41
9.3.10 Ensaio de trilhamento e erosão nas saias e no revestimento............................ 41
9.3.11 Verificação da aderência .................................................................................... 41
9.3.12 Medição da tensão de referência ....................................................................... 42
9.3.13 Tensão suportável de impulso atmosférico no invólucro .................................. 42
9.3.14 Tensão suportável à frequência industrial no invólucro .................................... 42
9.3.15 Tensão residual ................................................................................................... 42
9.3.16 Corrente suportável de impulso de longa duração simulando .......................... 43
9.3.17 Ciclo de operação para impulso de corrente elevada ........................................ 43
9.3.18 Ciclo de operação com descarga de linhas de transmissão ............................... 43
9.3.19 Característica da tensão suportável à frequência industrial por tempo ............ 44
9.3.20 Desligador automático ....................................................................................... 44
9.3.21 Curto-circuito ...................................................................................................... 44
9.3.22 Estanqueidade .................................................................................................... 45
9.3.23 Envelhecimento sob tensão de operação simulando condições ambientais .... 45
9.3.24 Descargas parciais .............................................................................................. 45
9.3.25 Tensão residual a impulso atmosférico .............................................................. 46
9.3.26 Estabilidade térmica ........................................................................................... 46
9.3.27 Momento fletor .................................................................................................. 46
9.3.28 Suportabilidade às agressões do ambiente........................................................ 47
9.3.29 Verificação da espessura da camada de estanho............................................... 47
9.3.30 Verificação do torque nos terminais do para-raios de distribuição e no
desligador 47
9.4 RELATÓRIOS DE ENSAIOS .................................................................................................. 47
10 PLANOS DE AMOSTRAGEM ............................................................................................... 48
10.1 ENSAIOS DE TIPO ............................................................................................................. 48
10.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ................................................................................................ 48
10.3 ENSAIOS ESPECIAIS .......................................................................................................... 49
11 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ..................................................................................................... 49
11.1 ENSAIOS DE TIPO ............................................................................................................. 49
11.2 ENSAIOS DE RECEBIMENTO ................................................................................................ 49
12 NOTAS COMPLEMENTARES............................................................................................... 49
13 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO .................................................................. 50
14 VIGÊNCIA ........................................................................................................................... 50
15 TABELAS............................................................................................................................. 51
TABELA 1 - Características nominais dos para-raios de distribuição ....................................... 51
TABELA 2 - Planos de amostragem para os ensaios de recebimento ...................................... 52
TABELA 3 - Relação dos ensaios ............................................................................................... 54
16 DESENHO ........................................................................................................................... 57
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DESENHO 1 - Para-raios de distribuição ................................................................................... 57

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1 OBJETIVO

Esta Especificação Técnica estabelece os requisitos técnicos mínimos exigíveis,


mecânicos e elétricos, para fabricação e recebimento de para-raios de distribuição,
de resistor não linear a óxido metálico, sem centelhadores, em invólucro polimérico,
a serem usados no sistema de distribuição de energia da Energisa.

2 CAMPO DE APLICAÇÃO

Aplicam-se às montagens das estruturas para linhas e redes aéreas de distribuição


de energia elétrica, em média tensão até 46,0 kV, em áreas urbanas e rurais,
previstas nas normas técnicas em vigência nas Empresas do Grupo Energisa.

Esta Especificação Técnica não se aplica:

• Para-raios de estação de média tensão para subestações de distribuição (SED);

• Para-raios de estação de alta tensão para subestações de distribuição (SED);

• Para-raios de transmissão de alta tensão (LDAT).

3 OBRIGAÇÕES E COMPETÊNCIAS

Compete a áreas de planejamento, engenharia, patrimônio, suprimentos, elaboração


de projetos, construção, ligação, combate a perdas, manutenção, linha viva e
operação do sistema elétrico cumprir e fazer cumprir este instrumento normativo.

4 NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Esta Especificação Técnica foi baseada no seguinte documento:

• ABNT NBR 16050, Para-raios de resistor não linear de óxido metálico sem
centelhadores, para circuitos de potência de corrente alternada.

• IEC 60099-4, Surge arresters - Part 4 - Metal-oxide surge arresters without gaps
for a.c. systems
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Como forma de atender aos processos de fabricação, inspeção e ensaios, os para-
raios devem satisfazer às exigências desta Especificação Técnica, bem como de todas
as normas técnicas mencionadas abaixo.

4.1 Legislação e regulamentos federais

• Constituição da República Federativa do Brasil - Título VIII: Da Ordem Social -


Capítulo VI: Do Meio Ambiente

• Lei N.º 7.347, de 24/07/1985, Disciplina a ação civil pública de


responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e
dá outras providências;

• Lei N.º 9.605, de 12/02/1998, Dispõe sobre as sanções penais e administrativas


derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências

• Decreto N.º 6.514, de 22/07/2008, Dispõe sobre as infrações e sanções


administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo
federal para apuração destas infrações, e dá outras providências

• Resolução CONAMA N.º, de 23/01/1986, Dispõe sobre os critérios básicos e


diretrizes gerais para o Relatório de Impacto Ambiental - RIMA

• Resolução CONAMA N.º 237, de 19/12/1997, Regulamenta os aspectos de


licenciamento ambiental estabelecidos na Política Nacional do Meio Ambiente

4.2 Normas técnicas brasileiras

• ABNT IEC/TR 62039, Guia de seleção de materiais poliméricos para uso


externo sob alta-tensão

• ABNT IEC/TS 60815-1, Seleção e dimensionamento de isoladores para alta-


tensão para uso sob condições de poluição - Parte 1: Definições informações
e princípios gerais
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• ABNT IEC/TS 60815-2, Isoladores de porcelana e de vidro para sistemas de
corrente alternada

• ABNT IEC/TS 60815-3, Isoladores poliméricos para sistemas de corrente


alternada

• ABNT IEC/TS 62073, Guia da medição da hidrofobicidade nas superfícies de


isoladores

• ABNT NBR 5370, Conectores de cobre para condutores elétricos em sistemas


de potência

• ABNT NBR 5456, Eletricidade geral - Terminologia

• ABNT NBR 5460, Sistemas elétricos de potência - Terminologia

• ABNT NBR 6323, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido -


Especificação

• ABNT NBR 6939, Coordenação de isolamento - Procedimento

• ABNT NBR 7397, Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por
imersão a quente - Determinação da massa do revestimento por unidade de
área - Método de ensaio

• ABNT NBR 7398, Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a
quente - Verificação da aderência do revestimento - Método de ensaio

• ABNT NBR 7399, Produto de aço ou ferro fundido galvanizado por imersão a
quente - Verificação da espessura do revestimento por processo não destrutivo
- Método de ensaio

• ABNT NBR 7400, Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido por imersão
a quente - Verificação da uniformidade do revestimento - Método de ensaio

• ABNT NBR 8158, Ferragens eletrotécnicas para redes aéreas urbanas e rurais
de distribuição de energia elétrica - Especificação
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• ABNT NBR 8186, Guia de aplicação de coordenação de isolamento

• ABNT NBR 10296, Material isolante elétrico - Avaliação de sua resistência ao


trilhamento elétrico e erosão sob severas condições ambientais

• ABNT NBR 10621, Isoladores utilizados em sistemas de alta tensão em corrente


alternada - Ensaios de poluição artificial

• ABNT NBR 15122, Isoladores-bastão compostos poliméricos para tensões acima


de 1000 V: definição método de ensaio e critério de aceitação

• ABNT NBR 15232, Isolador pilar composto para linhas aéreas de corrente
alternada com tensões acima de 1000 V

• ABNT NBR IEC 60060-1, Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão - Parte 1:
Definições gerais e requisitos de ensaio

• ABNT NBR IEC 60060-2, Técnicas de ensaios elétricos de alta-tensão - Parte 2:


Sistemas de medição

• ABNT NBR IEC 60270, Técnicas de ensaios elétricos de alta-tensão - Medição


de descargas parciais

• ABNT NBR ISO 261, Rosca métrica ISO de uso geral - Plano geral

• ABNT NBR ISO 262, Rosca métrica ISO de uso geral - Seleção de diâmetros para
parafusos e porcas

• ABNT NBR ISO 68-1, Rosca métrica ISO de uso geral - Perfil básico Parte 1:
Rosca métrica para parafusos

• ABNT NBR NM IEC 60811-1-1, Métodos de ensaios comuns para os materiais de


isolação e de cobertura de cabos elétricos - Parte 1: Métodos para aplicação
geral - Capítulo 1: Medição de espessuras e dimensões externas - Ensaios para
a determinação das propriedades mecânicas

4.3 Normas técnicas internacionais


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• ASTM B 545, Standard specification for electrodeposited coatings of tin

• ASTM D 256, Standard test methods for determining the izod pendulum impact
resistance of plastics

• ASTM D 2240, Standard test method for rubber property - durometer hardness

• ASTM D 2565, Standard practice for xenon arc exposure of plastics intended
for outdoor applications

• ASTM G 154, Standard practice for operating fluorescent light apparatus for
UV exposure of nonmetallic materials

• ASTM G 155, Standard practice for operating xenon arc light apparatus for
exposure of nonmetallic materials

• IEC 60038, IEC standard voltages

• IEC 60060-2, High voltage test techniques Part 2: Measuring systems

• IEC 60068-2-11, Environmental testing - Part 2: Tests - Test kA: Salt mist

• IEC 60068-2-14, Environmental testing - Part 2-14: Tests - Test N: Change of


temperature

• IEC 60068-2-17, Basic environmental testing procedures - Part 2: Tests - Test


Q: Sealing

• IEC 60099-4, Surge arresters part 4 - Metal-oxide surge arresters without gaps
for ac systems

• IEC 60270, High voltage test techniques - Partial discharge measurements

• IEC 60437, Radio interference test on high-voltage insulators

• IEC 60507, Artificial pollution tests on high-voltage insulators to be used on


a.c. systems

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• IEC 61109, composite insulators for ac overhead lines with a nominal voltage
greater than 1 kV - Definitions test methods and acceptance criteria

• IEC 61166, High-Voltage Alternating Current Circuit-Breakers - Guide for


seismic qualification of high-voltage alternating circuit-breakers

• IEC 61302, Electrical insulating materials - Method to evaluate the resistance


to tracking and erosion - Rotating wheel dip test

• IEC 99-3, Artificial pollution testing of AS

• IEC 99.4, Metal oxide surge arresters without gaps for A.C. Systems

• IEC CISPR 16-2-1, Specification for radio disturbance and immunity measuring
apparatus and methods - Part 2-1: Methods of measurement of disturbance
and immunity - Conducted disturbance measurements

• IEC CISPR 18-2, Radio interference characteristics of overhead power lines and
high-voltage equipment - Part 2: Methods of measurement and procedure for
determining limits

• IEC/TS 60815-1, Selection and dimensioning of high-voltage insulators


intended for use in polluted conditions - Part 1: Definitions information and
general principles

• IEC/TS 61245, Artificial pollution tests on high-voltage insulators to be used


on D.C. systems

• IEC-60068-2-42, Environmental testing - Part 2-42: Tests - Test kc: Sulphur


dioxide test for contacts

NOTAS:

I. Todas as normas ABNT mencionadas acima devem estar à disposição do


inspetor da Energisa no local da inspeção.

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II. Todos os materiais que não são especificamente mencionados nesta
Especificação Técnica, mas que são usuais ou necessários para a operação
eficiente do equipamento, considerar-se-ão como aqui incluídos e devem ser
fornecidos pelo fabricante sem ônus adicional.

III. A utilização de normas de quaisquer outras organizações credenciadas será


permitida, desde que elas assegurem uma qualidade igual, ou melhor, que as
anteriormente mencionadas e não contradigam a presente Especificação
Técnica.

IV. As siglas acima referem-se a:

• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas

• NBR - Norma Brasileira Registrada

• ASTM - American Society for Testing and Materials

• CISPR -Comité International Spécial des Perturbations Radioélectriques

• IEC - International Electrotechnical Commission

• IEEE - Institute of Electrical and Eletronics Engineers

• ISO - International Standardization Organization

5 TERMINOLOGIA E DEFINIÇÕES

A terminologia adotada nesta Especificação Técnica corresponde a das normas ABNT


NBR 16050, complementadas pelos seguintes termos:

5.1 Para-raios

Dispositivo destinado a proteger o sistema elétrico contra sobretensões transitórias


elevadas e a limitar a duração e a intensidade da corrente subsequente.

5.2 Para-raios não fragmentário


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É o para-raios que no caso de ocorrência de uma falha interna contempla as
características de não expelir componentes internos / externos, e, permanecer
fixado ao respectivo suporte de montagem.

NOTA:

V. Para simplificação desta norma, o termo “para-raios a óxidos metálicos, sem


centelhador, com desligador automático e invólucro polimérico” será
designado apenas por “para-raios”.

5.3 Para-raios a óxido metálico sem centelhadores

Para-raios composto de resistores não lineares a óxido metálico em série e/ou em


paralelo, sem quaisquer centelhadores.

5.4 Resistor não linear a óxido metálico

Componente principal do para-raios, formado basicamente pela sinterização de


óxidos metálicos, o qual, por sua característica não linear de tensão-corrente,
apresenta uma baixa resistência frente a sobretensões, limitando desta forma a
tensão entre os terminais do para-raios e uma alta resistência na sua condição normal
de operação sob tensão em frequência industrial.

5.5 Invólucro

Parte isolante externa do para-raios que proporciona a distância de escoamento


necessária e abriga os componentes internos. Um invólucro pode consistir em várias
partes que propiciem resistência mecânica e proteção contra intempéries.

5.6 Descarga disruptiva

Fenômeno associado à falha da isolação sob condições de solicitação elétrica, o qual


inclui um colapso de tensão e a passagem de corrente.

5.7 Desligador automático

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Dispositivo para desligar, de modo visível, um para-raios defeituoso do sistema no
qual está ligado, para evitar falta permanente no próprio sistema e sinalizar a
unidade defeituosa.

NOTA:

VI. Este dispositivo não é geralmente previsto para interromper a corrente de


falta através do para-raios durante a desconexão, e pode não evitar a explosão
violenta do invólucro durante a descarga de correntes de falta através para-
raios. No entanto, é recomendável que os desligadores automáticos atuem de
modo no mínimo simultâneo com os dispositivos de proteção de retaguarda.

5.8 Frequência nominal de um para-raios

Frequência do sistema de potência para a qual o para-raios é projetado para ser


utilizado.

5.9 Níveis de proteção do para-raios

Conjunto dos seguintes níveis:

a) Tensão residual para impulso de corrente íngreme;

b) Tensão residual para corrente de descarga nominal;

c) Tensão residual para a corrente de impulso de manobra.

NOTAS:

VII. O nível de proteção a impulsos atmosféricos do para-raios é a máxima tensão


residual para a corrente de descarga nominal.

VIII. O nível de proteção a impulsos de manobra do para-raios é a máxima tensão


residual nas correntes de impulso de manobra especificadas.

5.10 Tensão máxima de operação contínua (MCOV)

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Máxima tensão eficaz permissível à frequência industrial, que pode ser aplicada
continuamente aos terminais do para-raios.

5.11 Tensão de rádio interferência

Tensão em alta frequência, gerada por todas as fontes de corrente de ionização, que
aparece nos terminais dos equipamentos ou nos sistemas de potência.

5.12 Tensão nominal do para-raios (Un)

Máxima tensão eficaz, de frequência industrial, aplicável entre os terminais do para-


raios para a qual ele é projetado para operar corretamente, sob as condições de
sobretensões temporárias estabelecidas nos ensaios de ciclo de operação.

NOTA:

IX. A tensão nominal é utilizada como um parâmetro de referência para a


especificação das características de operação.

5.13 Unidade do para-raios

Parte do para-raios, completamente montada em seu invólucro, que pode ser ligada
em série e/ou em paralelo com outras unidades para construção de um para-raios de
maior tensão nominal e/ou corrente de descarga nominal.

NOTA:

X. Uma unidade de um para-raios não constitui uma seção e vice-versa.

5.14 Ensaios de recebimento

O objetivo dos ensaios de recebimento é verificar as características de um material


que podem variar com o processo de fabricação e com a qualidade do material
componente. Estes ensaios devem ser executados sobre uma amostragem de
materiais escolhidos aleatoriamente de um lote que foi submetido aos ensaios de
rotina.

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5.15 Ensaios de tipo

O objetivo dos ensaios de tipo é verificar as principais características de um material


que dependem de seu projeto. Os ensaios de tipo devem ser executados somente
uma vez para cada projeto e repetidos quando o material, o projeto ou o processo
de fabricação do material for alterado ou quando solicitado pelo comprador.

5.16 Ensaios especiais

O objetivo dos ensaios especiais é avaliar materiais com suspeita de defeitos,


devendo ser executados quando da abertura de não-conformidade, sendo executados
em 5 (cinco) unidades, recolhidas em cada unidade de negócio.

6 CONDIÇÕES GERAIS

Os para-raios de distribuição devem:

a) Ser fornecidos completos, com todos os acessórios necessários ao seu perfeito


funcionamento;

b) Ter todas as peças correspondentes intercambiáveis, quando de mesmas


características nominais e fornecidas pelo mesmo fabricante.

c) No projeto, as matérias primas empregadas na fabricação e acabamento


devem incorporar tanto quanto possível as mais recentes técnicas e
melhoramentos.

6.1 Condições do serviço

Os para-raios de distribuição tratados nesta Especificação Técnica devem ser


adequados para operar nas seguintes condições:

a) Altitude limitada a 1.000 metros acima do nível do mar;

b) Temperatura:

• Máxima do ar ambiente: 40 ºC;


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• Média, em um período de 24 horas: 35 ºC;

• Mínima do ar ambiente: -5 ºC;

c) Pressão máxima do vento: 700 Pa (70 daN/m²), valor correspondente a uma


velocidade do vento de 122,4 km/h;

d) Umidade relativa do ar até 100%;

e) Nível de radiação solar: 1,1 kW/m², com alta incidência de raios ultravioleta;

f) Precipitação pluviométrica: média anual de 1.500 a 3.000 milímetros;

g) Ambiente marítimo, constantemente exposto a névoa salina.

6.2 Linguagens e unidades de medida

O sistema métrico de unidades deve ser usado como referência nas descrições
técnicas, especificações, desenhos e quaisquer outros documentos. Qualquer valor,
que por conveniência, for mostrado em outras unidades de medida também deve ser
expresso no sistema métrico.

Todas as instruções, relatórios de ensaios técnicos, desenhos, legendas, manuais


técnicos etc., a serem enviados pelo fabricante, bem como as placas de
identificação, devem ser escritos em português.

NOTA:

XI. Os relatórios de ensaios técnicos, excepcionalmente, poderão ser aceitos em


inglês ou espanhol.

6.3 Acondicionamento

Os para-raios de distribuição devem ser embalados individualmente, em caixas de


papelão, juntamente com o suporte polimérico, parte integrante do para-raios de
distribuição, e o desligador automático, de maneira que possa ser manuseado,
transportado e armazenado, sem danos, obedecendo às seguintes condições:

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a) Serem adequadamente embalados de modo a garantir o transporte
(ferroviário, rodoviário, hidroviário, marítimo ou aéreo) seguro até o local do
armazenamento ou instalação em qualquer condição que possa ser encontrada
(intempéries, umidade, choques etc.) e ao manuseio;

b) O material em contato com o cabo não deverá:

• Reter umidade;

• Aderir a ele;

• Causar contaminação;

• Provocar corrosão quando armazenado.

A embalagem deve ser identificada externamente, no mínimo, com as seguintes


informações:

a) Nome ou logotipo da Energisa;

b) Nome ou marca comercial do fabricante;

c) Pais de origem;

d) Mês e ano de fabricação (MM/AAAA);

e) Identificação completa dos para-raios de distribuição (tipo ou modelo, número


de série etc.);

f) Tensão nominal, em quilo volt (kV);

g) Corrente nominal de descarga, quilo amperes (kA);

h) Massa liquida, em quilogramas (kg);

i) Massa bruta, em quilogramas (kg);

j) ABNT NBR 16050 e IEC 60099-4;

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k) Número e quaisquer outras informações especificadas no Ordem de Compra
de Material (OCM).

6.4 Meio ambiente

No caso de fornecimento nacional, os fabricantes/fornecedores devem cumprir


rigorosamente, em todas as etapas da fabricação, do transporte e do recebimento
do para-raios de distribuição, a legislação ambiental brasileira e as demais
legislações federais, estaduais e municipais aplicáveis.

No caso de fornecimento internacional, os fabricantes e fornecedores estrangeiros


devem cumprir a legislação ambiental vigente nos seus países de origem e as normas
internacionais relacionadas à produção, ao manuseio e ao transporte do para-raios
de distribuição, até a entrega no local indicado pela Energisa. Ocorrendo transporte
em território brasileiro, os fabricantes e fornecedores estrangeiros devem cumprir a
legislação ambiental brasileira e as demais legislações federais, estaduais e
municipais aplicáveis.

O fornecedor é responsável pelo pagamento de multas e pelas ações que possam


incidir sobre a Energisa, decorrentes de práticas lesivas ao meio ambiente, quando
derivadas de condutas praticadas por ele ou por seus subfornecedores.

A Energisa poderá verificar, junto aos órgãos oficiais de controle ambiental, a


validade das licenças de operação das unidades industriais e de transporte dos
fornecedores e dos subfornecedores.

6.5 Vida útil

As esferas de sinalização diurnas devem ter vida média, mínima, de 15 (quinze) anos
a partir da data de fabricação, contra qualquer falha das unidades do lote fornecidas,
baseada nos seguintes termos e condições:

• Não se admitem falhas, no decorrer dos primeiros 10 (dez) anos de vida útil,
provenientes de processo fabril;

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• A partir do 10º ano, admite-se 0,5% de falhas para cada período de 2 (dois)
anos, acumulando-se, no máximo, 1,0% de falhas no fim do período de vida
útil.

6.6 Garantia

O período de garantia dos equipamentos, deverá obedecer aos termos dispostos na


Ordem de Compra de Materiais (OCM), contra qualquer defeito de fabricação,
material e acondicionamento.

NOTA:

XII. Quando não houver disposição na Ordem de Compra de Materiais (OCM), o


prazo de garantia deverá ser de 24 (vinte e quatro) meses.

6.7 Incorporação ao patrimônio da Energisa

Somente serão aceitos para-raios de distribuição, em obras particulares, para


incorporação ao patrimônio da Energisa que atendam as seguintes condições:

a) Somente serão aceitos para-raios provenientes de fabricantes


cadastrados/homologados pela Energisa;

b) As para-raios deverão ser novas (período máximo de 12 meses da data de


fabricação), não se admitindo, em hipótese nenhuma, para-raios usados e/ou
recuperadas;

c) Deverá acompanhar as para-raios, a (s) nota (s) fiscal (is) de origem do


fabricante, bem como, os relatórios de ensaios em fábrica, comprovando sua
aprovação nos ensaios de rotina e/ou recebimento, previstos nesta
Especificação Técnica.

NOTA:

XIII. A critério da Energisa, as para-raios de distribuição poderão ser ensaiados em


laboratório próprio ou em laboratório credenciado, para comprovação dos

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resultados dos ensaios de acordo com os valores exigidos nesta Especificação
Técnica.

6.8 Manual de instruções

Os equipamentos devem estar acompanhados de manuais de operação, escritos em


português, que forneçam todas as informações necessárias ao seu manuseio. Os
manuais deverão conter no mínimo as seguintes informações:

a) Instruções completas cobrindo: descrição, funcionamento, manuseio,


instalação, ajustes, operação, incluindo os modelos aos quais ele se aplica;

b) Relação completa de todos os componentes e acessórios, incluindo nome,


descrição, número de catálogo, quantidade usada, identificação do desenho;

c) Procedimentos específicos relativos ao descarte dos equipamentos propostos,


quer ao final da sua vida útil, quer em caso de inutilização por avaria.

7 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

Usualmente classificam-se os para-raios em:

• Classe distribuição - Para-raios de 10 kA, classe de descarga de linhas de


transmissão 1.

Para os fins desta especificação, serão considerados apenas os para-raios classe


distribuição com corrente de descarga de 10 kA e classe de descarga de linhas de
transmissão igual a 1.

7.1 Materiais

7.1.1 Invólucro

Devem ser de material polimérico, de borrachas à base de silicone, adequados para


instalações externas, resistente ao trilhamento elétrico e às intempéries.
obedecendo às seguintes condições:

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a) Atender os requisitos de ensaios da norma IEC 60099-4;

b) Totalmente livre de EPDM (Ethylene Pylene Termolyner - Monómero de


Etileno-Propileno-Terpolimero “Classe M”) ou de outras borrachas orgânicas;

c) Ser fabricados com borracha de silicone tipo HTV ou LSR, não higroscópico e
resistente a trilhamento elétrico, arvorejamento, erosão, fissuras, rachaduras
e esfarelamento, conforme especificado abaixo:

• HTV: um componente de borracha de silicone sólida com vulcanização a


elevada temperatura, a 200 ºC aproximadamente;

• LSR: Dos componentes de massa de silicone líquida que se mistura e


vulcaniza a elevada temperatura, entre 100 e 200 ºC.

d) O revestimento deve ser resistente ao manuseio para evitar danos durante a


instalação e deve suportar lavagens sob pressão nas linhas de distribuição
energizadas, de acordo com a norma IEEE Std. 957.

NOTA:

XIV. Não será aceito invólucro de porcelana.

7.1.2 Braçadeira de fixação (braço de montagem)

Devem ser em material polimérico orgânico, adequados para instalações externas,


com resistência mecânica adequada e suportabilidade elétrica com resistência ao
trilhamento.

7.1.3 Desligador automático

Devem ser equipados com dispositivo desligador automático extraível, com a função
de desligar automaticamente a ligação à terra em caso de defeito elétrico no para-
raios de distribuição.

7.1.4 Terminais de linha e aterramento

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Devem ser em liga de cobre, com teor de zinco não superior a 5% e com condutividade
mínima de 30% IACS a 20 ºC, revestido em estanhado, com camada mínima de 8 µm
individualmente e de 12 µm na média das amostras.

NOTA:

XV. Alternativamente, poderá ser fornecido em aço inoxidável.

O terminal dever ser do tipo roscado, com rosca métrica, conforme ABNT NBR ISO
68-1, de diâmetro de:

• M10 x 45 – rosca 1,75 mm;

• M12 x 45 – rosca 1,75 mm;

A arruela de pressão deverá ser em aço inoxidável, compatíveis com os terminais.

As porcas sextavadas devem ser em latão estanhado, compatíveis com os terminais.

7.1.5 Cobertura isolante

Os para-raios de distribuição devem ser fornecidos com uma cobertura do terminal


de linha, contra contatos acidentais, confeccionada em material polimérico, igual
ao invólucro, resistente às intempéries, conforme indicado no Desenho 1.

7.2 Dimensões gerais

O para-raios de distribuição deve apresentar-se externamente, obedecendo às


dimensões limites, conforme Desenho 1.

7.3 Acabamento

O invólucro polimérico deve ser com:

a) Homogêneo;

b) Superfície lisa e contínua;

c) Livre de rachas, bolhas ou inclusões de materiais estranhos;


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d) De impermeabilidade total, adequada para uso em áreas poluídas,
principalmente, poluição salina (NACL) de pouca chuva e alta temperatura
média anual, devendo atender ao nível IV de poluição especificado na norma
ABNT IEC/TS 60815-1.

O polímero do invólucro deve ser injetado diretamente aos blocos de ZnO, e sobre
os terminais metálicos, de tal forma que não existam espaços entre os blocos
encapsulados e o invólucro polimérico.

Os conectores devem ser isentos de trincas e inclusões ou arestas vivas que possam
danificar os condutores.

7.4 Identificação

Os para-raios de distribuição devem ser identificados por:

• Marcação na superfície externa do próprio invólucro de forma legível e


indelével; ou

• Etiqueta adesiva irremovível; ou

• Placa irremovível de aço inoxidável ou alumínio.

Contendo as seguintes informações:

a) A palavra “PARA-RAIOS DE DISTRIBUIÇÃO”;

b) Nome ou marca de fabricante;

c) Tipo ou modelo do para-raios de distribuição;

d) Tipo de resistor não linear (ZnO) e sem centelhador;

e) Tensão nominal (Un), em kV;

f) Máxima tensão de operação continua (MCOV)

g) Corrente de descarga nominal (In), em kA;

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h) Classe de descarga de linha de transmissão (DLT), quando aplicável;

i) Corrente suportável de curto-circuito (Isc);

j) Mês/ano de fabricação.

Os desligadores automáticos e a braçadeira de fixação devem ser identificados com,


no mínimo:

a) Nome ou marca de fabricante;

b) Tipo ou modelo.

7.5 Estanqueidade

Todos os para-raios de distribuição devem ser projetados de forma a garantir total


resistência à penetração em seu interior, de substâncias que afetam seu
comportamento elétrico e/ou mecânico.

Não será permitida a utilização de dispositivos adicionais, aplicados sobre os para-


raios de distribuição, com a função exclusiva de garantir a estanqueidade.

NOTA:

XVI. O fornecedor deverá fornecer à Energisa informações suficientes para avaliar


a qualidade da vedação, informar os ensaios realizados e a justificativa da
metodologia aplicada no ensaio.

7.6 Ambientes poluídos

Os para-raios de distribuição devem suportar os ensaios descritos na IEC 99-3 e ABNT


NBR 16050.

7.7 Características mecânicas

7.7.1 Momento fletor

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O para-raios de distribuição deve suportar os valores de esforços de flexão declarados
pelo fabricante.

Na determinação da carga dinâmica aplicada a um para-raios de distribuição,


recomenda-se que o usuário considere fatores externos como vento e as forças
eletromecânicas prováveis de afetar a instalação.

Os para-raios de distribuição acondicionados em suas respectivas embalagens devem


suportar as cargas de transporte.

Os para-raios de distribuição poliméricos podem apresentar deflexões mecânicas em


serviço.

7.7.2 Dos terminais, conectores e desligador automático

Devem suportar um torque mínimo, sem sofrer ruptura ou deformação permanente,


de:

• Instalação: de 2,5 daN.m; e

• Ensaio: de 3,0 daN.m.

7.7.3 Braçadeira de fixação

Quando instalada conforme a Desenho 1, deve suportar um esforço de tração “F” em


daN, equivalente a três vezes o peso do para-raios de distribuição, não devendo
apresentar flecha superior a 5 mm, nem tampouco deformação permanente (flecha
residual) superior a 1 mm, medidas na linha de centro do para-raios de distribuição.

A braçadeira também deve suportar um torque de 3,0 daN.m aplicado ao parafuso


do Suporte L.

8 CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS

8.1 Tensões nominais

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ETU-128.1 Versão 1.0 Janeiro / 2021

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As tensões nominais normalizadas dos para-raios de distribuição, em kV eficaz, são
as seguintes:

• 10 kV, para redes de tensão nominal de 11,4 kV;

• 12 kV, para redes de tensão nominal de 13,8 kV;

• 18 kV, para redes de tensão nominal de 22,0 kV;

• 30 kV, para redes de tensão nominal de 34,5 kV; e

• 36 kV, para redes de tensão nominal de 40,0 kV.

8.2 Frequência nominal

A frequência nominal normalizada é 60 Hz.

8.3 Correntes de descarga nominais

As correntes de descarga nominais normalizadas, com forma de onda 8/20 µs, são de
10 kA.

8.4 Corrente de impulso elevada de curta duração

O valor de pico da corrente de impulso elevada de curta duração (forma de onda


4/10 μs) é de 100 kA.

8.5 Descargas parciais

O nível máximo de descargas parciais quando medido a 1,05 vezes a tensão de


operação contínua do para-raios de distribuição ou unidade, deve ser menor ou igual
a 10 pC.

8.6 Tensão de operação contínua (Uc)

As máximas tensões de operação contínua devem estar de acordo com a Tabela 1.

8.7 Sobretensões temporárias de 60 Hz (TOV)


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O fabricante deve apresentar as curvas características de "Sobretensão temporária
de 60 Hz versus Tempo" do para-raios, com e sem pré-condicionamento, até uma
duração mínima de 1.000 segundos.

a) A característica de "Sobretensão de 60 Hz versus Tempo", com pré-


condicionamento, deve ser comprovada através de ensaio, conforme a Norma
IEC 60099-4/2014 e o procedimento descrito na mesma, para os tempos de 1
segundo, 100 segundo s e 1.000 segundo s, sendo uma amostra para cada
tempo.

b) A característica de "Sobretensão de 60 Hz versus Tempo", sem pré-


condicionamento, deve ser comprovada através do ensaio referido, para os
mesmos tempos, porém, sem a aplicação do impulso de corrente elevada de
curta duração (forma de onda 4/10 μs). Os valores assim obtidos, para 1.000
segundos, devem ser superiores àqueles indicados na Tabela 1.

8.8 Tensões residuais máximas

As características de tensão residual do para-raios devem ser determinadas de


acordo com a Norma IEC 60099-4.

A tensão residual máxima de impulso de manobra do para-raios será a maior tensão


medida com correntes de 125 A e 500 A pico.

8.9 Absorção de energia

A capacidade de absorção de energia do para-raios de distribuição deverá ser igual


2,8 kJ/kVUr.

8.10 Tensão de rádio interferência e tensão de ionização interna

As tensões limites de rádio interferência e de ionização interna, quando medidas a


1,05 vezes a tensão de operação contínua do para-raios, na faixa entre 500 e 2.000
kHz, referida a 300 Ω, não devem exceder 2.500 e 250 μV, respectivamente.

9 INSPEÇÃO E ENSAIOS
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ETU-128.1 Versão 1.0 Janeiro / 2021

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9.1 Generalidades

a) Os para-raios de distribuição devem ser submetidos a inspeção e ensaios na


fábrica, de acordo com esta Especificação Técnica e com as normas da ABNT
aplicáveis, na presença de inspetores credenciados pela Energisa, devendo a
Energisa ser comunicada pelo fornecedor com pelo menos 15 (quinze) dias de
antecedência se fornecedor nacional e 30 (trinta) dias se fornecedor
estrangeiro, das datas em que os lotes estiverem prontos para inspeção final,
completos com todos os acessórios.

b) A Energisa reserva-se ao direito de inspecionar e testar os para-raios de


distribuição e o material utilizado durante o período de fabricação, antes do
embarque ou a qualquer tempo em que julgar necessário. O fabricante deverá
proporcionar livre acesso do inspetor aos laboratórios e às instalações onde os
para-raios de distribuição em questão estiverem sendo fabricados,
fornecendo-lhe as informações solicitadas e realizando os ensaios necessários.
O inspetor poderá exigir certificados de procedências de matérias-primas e
componentes, além de fichas e relatórios internos de controle.

c) O fornecedor deve apresentar, para aprovação da Energisa, o seu Plano de


Inspeção e Testes, que deverá conter as datas de início da realização de todos
os ensaios, os locais e a duração de cada um deles, sendo que o período para
inspeção deve ser dimensionado pelo proponente de tal forma que esteja
contido nos prazos de entrega estabelecidos na proposta de fornecimento.

d) O plano de inspeção e testes deve indicar os requisitos de controle de


qualidade para utilização de matérias primas, componentes e acessórios de
fornecimento de terceiros, assim como as normas técnicas empregadas na
fabricação e inspeção dos para-raios de distribuição.

e) Certificados de ensaio de tipo previstos no item 9.2 para para-raios de


distribuição de características similares ao especificado, porém aplicáveis,
podem ser aceitos desde que a Energisa considere que tais dados comprovem
que os para-raios de distribuição propostos atendem ao especificado.

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Os dados de ensaios devem ser completos, com todas as informações necessárias,
tais como métodos, instrumentos e constantes usadas e indicar claramente as datas
nas quais os mesmos foram executados. A decisão final, quanto à aceitação dos dados
de ensaios de tipos existentes, será tomada posteriormente pela Energisa, em função
da análise dos respectivos relatórios. A eventual dispensa destes ensaios somente
terá validade por escrito.

f) Os ensaios para aprovação do protótipo podem ser dispensados parcial ou


totalmente, a critério da Energisa, caso já exista um protótipo idêntico
aprovado. Se os ensaios de tipo forem dispensados, o fabricante deve emitir
um relatório completo destes ensaios, com todas as informações necessárias,
tais como, métodos, instrumentos e constantes usadas. A eventual dispensa
destes ensaios pela Energisa somente terá validade por escrito.

Entretanto, é reservado à Energisa o direito de rejeitar esses relatórios,


parcialmente ou totalmente, se os mesmos não estiverem conforme prescritos nas
normas ou não corresponderem aos para-raios de distribuição especificados.

g) O fabricante deve dispor de pessoal e aparelhagem próprios ou contratados,


necessários à execução dos ensaios. Em caso de contratação, deve haver
aprovação prévia por parte da Energisa.

h) O fabricante deve assegurar ao inspetor da Energisa o direito de familiarizar-


se, em detalhes, com as instalações e equipamentos a serem utilizados,
estudar todas as instruções e desenhos, verificar calibrações, presenciar
ensaios, conferir resultados e, em caso de dúvida, efetuar novas inspeções e
exigir a repetição de qualquer ensaio.

i) Todos os instrumentos e aparelhos de medição, máquinas de ensaios etc.,


devem ter certificado de aferição emitido por instituições acreditadas pelo
INMETRO ou órgão internacional compatível, válidos por período máximo de
24 meses. Por ocasião da inspeção, devem estar ainda dentro deste período,
podendo acarretar desqualificação do laboratório o não cumprimento dessa
exigência.

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j) A aceitação dos para-raios de distribuição e/ou a dispensa de execução de
qualquer ensaio:

• Não exime o fabricante da responsabilidade de fornecê-lo de acordo com


os requisitos desta Especificação Técnica;

• Não invalida qualquer reclamação posterior da Energisa a respeito da


qualidade do material e/ou da fabricação.

Em tais casos, mesmo após haver saído da fábrica, os para-raios de distribuição


podem ser inspecionados e submetidos a ensaios, com prévia notificação ao
fabricante e, eventualmente, em sua presença. Em caso de qualquer discrepância
em relação às exigências desta Especificação Técnica, eles podem ser rejeitados e
sua reposição será por conta do fabricante.

k) Após a inspeção dos para-raios de distribuição, o fabricante deverá


encaminhar à Energisa, por lote ensaiado, um relatório completo dos ensaios
efetuados, em uma via, devidamente assinada por ele e pelo inspetor
credenciado pela Energisa.

l) Esse relatório deverá conter todas as informações necessárias para o seu


completo entendimento, tais como, métodos, instrumentos, constantes e
valores utilizados nos ensaios, além dos resultados obtidos.

m) Todas as unidades de produto rejeitadas, pertencentes a um lote aceito,


devem ser substituídas por unidades novas e perfeitas, por conta do
fabricante, sem ônus para a Energisa, sendo o fabricante responsável pela
recomposição de unidades ensaiadas, quando isto for necessário, antes da
entrega à Energisa.

n) Nenhuma modificação nos para-raios de distribuição deve ser feita "a


posteriori" pelo fabricante sem a aprovação da Energisa. No caso de alguma
alteração, o fabricante deve realizar todos os ensaios de tipo, na presença do
inspetor da Energisa, sem qualquer custo adicional.

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o) A Energisa poderá, a seu critério, em qualquer ocasião, solicitar a execução
dos ensaios de tipo para verificar se os para-raios de distribuição estão
mantendo as características de projeto preestabelecidas por ocasião da
aprovação dos protótipos.

p) Para efeito de inspeção, os para-raios de distribuição deverão ser divididos


em lotes, por tipo. A rejeição do lote, em virtude de falhas constatadas nos
ensaios, não dispensa o fabricante de cumprir as datas de entrega prometidas.
Se, na conclusão da Energisa, a rejeição tornar impraticável a entrega dos
para-raios de distribuição nas datas previstas, ou tornar evidente que o
fabricante não será capaz de satisfazer às exigências estabelecidas nesta
especificação, a mesma reserva-se ao direito de rescindir todas as obrigações
e obter o material de outro fornecedor. Em tais casos, o fabricante será
considerado infrator do contrato e estará sujeito às penalidades aplicáveis.

q) O custo dos ensaios deve ser por conta do fabricante.

r) A Energisa reserva-se ao direito de exigir a repetição de ensaios em lotes já


aprovados. Nesse aspecto, as despesas serão de responsabilidade da mesma,
caso as unidades ensaiadas forem aprovadas na segunda inspeção, caso
contrário, incidirão sobre o fabricante.

s) Os custos da visita do inspetor da Energisa, tais como, locomoção,


hospedagem, alimentação, homem-hora e administrativos, correrão por conta
do fabricante se:

• Na data indicada na solicitação de inspeção os para-raios de distribuição


não estiverem prontos;

• O laboratório de ensaio não atender às exigências citadas nas alíneas 9.1.f


até 9.1.h;

• O material fornecido necessitar de acompanhamento de fabricação ou


inspeção final em subfornecedor, contratado pelo fornecedor, em
localidade diferente da sua sede;

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• O material necessitar de reinspeção por motivo de recusa;

• Os ensaios de recebimento e/ou tipo forem efetuados fora do território


brasileiro.

9.2 Classificação dos ensaios

Os ensaios são classificados em:

• Ensaios de projeto;

• Ensaios de tipo;

• Ensaios de rotina;

• Ensaios de recebimento.

Estes deverão ser realizados no:

• Ensaios no composto polimérico do invólucro (ensaio de tipo/projeto);

• Ensaios no para-raios de distribuição (ensaio de tipo, rotina e recebimento).

Todos os ensaios relacionados estão constando na Tabela 3.

9.2.1 Ensaios de projeto (P)

Os ensaios de projeto (P) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:

a) Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR),


conforme item 9.3.3;

b) Medição do tempo de indução oxidativa (OIT) e da temperatura de fusão,


conforme item 9.3.4;

c) Rigidez dielétrica, conforme item 9.3.5;

d) Termogravimétrica (TGA), conforme item 9.3.6;

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e) Ensaios mecânicos e elétricos do composto - Antes e após envelhecimento em
câmara de UV, conforme item 9.3.7;

f) Resistência ao trilhamento e erosão no composto polimérico, conforme item


9.3.8;

g) Ensaio de flamabilidade nas saias e no revestimento, conforme item 9.3.9;

h) Ensaio de trilhamento e erosão nas saias e no revestimento, conforme item


9.3.10;

i) Verificação da aderência, conforme item 9.3.11.

9.2.2 Ensaios de tipo (T)

Os ensaios de tipo (T) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:

a) Medição da tensão de referência, conforme item 9.3.12;

b) Tensão suportável de impulso atmosférico no invólucro, conforme item


9.3.13;

c) Tensão suportável à frequência industrial no invólucro, conforme item 9.3.14;

d) Tensão residual, conforme item 9.3.15;

e) Corrente suportável de impulso de longa duração, conforme item 9.3.16;

f) Ciclo de operação para impulso de corrente elevada, conforme item 9.3.17;

g) Ciclo de operação com descarga de linhas de transmissão, conforme item


9.3.18;

h) Característica de tensão suportável à frequência industrial por tempo,


conforme item 9.3.19;

i) Desligador automático, conforme item 9.3.20;

j) Curto-circuito, conforme item 9.3.21;


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k) Estanqueidade, conforme item 9.3.22;

l) Ensaio de envelhecimento sob tensão de operação simulando condições


ambientais, conforme item 9.3.22;

m) Descargas parciais, conforme item 9.3.24;

n) Estabilidade térmica, conforme 9.3.26;

o) Momento fletor, conforme item 9.3.27;

p) Suportabilidade às agressões do ambiente, conforme item 9.3.28.

9.2.3 Ensaios de recebimento (RE)

São ensaios de recebimento (RE) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:

a) Inspeção visual, conforme item 9.3.1;

b) Verificação dimensional, conforme item 9.3.2;

c) Medição da tensão de referência, conforme item 9.3.12;

d) Estanqueidade, conforme item 9.3.22;

e) Descargas parciais, conforme item 9.3.24;

f) Tensão suportável à frequência industrial, conforme item 9.3.25;

g) Estabilidade térmica, conforme 9.3.26;

h) Verificação da espessura da camada de estanho, conforme item 9.3.29;

i) Verificação do torque de instalação nos terminais dos para-raios de


distribuição, conforme item 9.3.30.

9.2.4 Ensaios especiais (E)

São ensaios especiais (E) são constituídos dos ensaios relacionados abaixo:

______________________________________________________________________________________
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a) Medição da tensão de referência, conforme item 9.3.12;

b) Tensão suportável de impulso atmosférico no invólucro, conforme item


9.3.13;

c) Tensão suportável à frequência industrial no invólucro, conforme item 9.3.14;

d) Tensão residual, conforme item 9.3.15;

e) Corrente suportável de impulso de longa duração, conforme item 9.3.16;

f) Ciclo de operação para impulso de corrente elevada, conforme item 9.3.17;

g) Ciclo de operação com descarga de linhas de transmissão, conforme item


9.3.18;

h) Característica de tensão suportável à frequência industrial por tempo,


conforme item 9.3.19;

i) Desligador automático, conforme item 9.3.20;

j) Curto-circuito, conforme item 9.3.21;

k) Descargas parciais, conforme item 9.3.24;

l) Estabilidade térmica, conforme 9.3.26;

9.3 Descrição dos ensaios

9.3.1 Inspeção visual

O inspetor deverá efetuar uma inspeção geral verificando:

a) Acabamento, conforme item 7.4;

b) Identificação, conforme item 7.5;

c) Acondicionamento, conforme item 6.3;

d) Manual de instruções, conforme item 6.8.


______________________________________________________________________________________
ETU-128.1 Versão 1.0 Janeiro / 2021

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A não conformidade de um isolador com qualquer um desses requisitos determinará
a sua rejeição.

9.3.2 Verificação dimensional

As dimensões dos isoladores roldana deve ser confrontado com as dimensões


correspondentes da padronização da Energisa, conforme Desenho 1.

9.3.3 Espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier


(FTIR)

O ensaio deve ser realizado conforme ASTM E 204.

9.3.4 Medição do tempo de indução oxidativa (OIT) e da temperatura


de fusão

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 13977 e ASTM D 3418.

9.3.5 Rigidez dielétrica

O ensaio deve ser realizado conforme ASTM D 149.

Constitui falha se os valores apresentados foram inferiores à 10 kV/mm.

9.3.6 Termogravimétrica (TGA)

O ensaio deve ser realizado conforme ASTM D 6370.

O ensaio é somente comparativo e não deve apresentar diferenças de ± 5 % em cada


etapa de degradação obtida no ensaio.

9.3.7 Ensaios mecânicos e elétricos do composto - Antes e após


envelhecimento em câmara de UV

O ensaio deve ser realizado conforme ASTM G 155, com duração de 2.000 horas e
devem estar em conformidade com ASTM D 3182 e ASTM D 412 (tipo DIE A).

______________________________________________________________________________________
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Constitui falha se um aumento superior de sete pontos no valor da dureza.

9.3.8 Resistência ao trilhamento e erosão no composto polimérico

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 10296, método 1.

Constitui falha se os valores apresentados forem menores que 3,50 kV.

9.3.9 Ensaio de flamabilidade nas saias e no revestimento

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 15643.

Constitui falha se os valores medidos não estiverem aderentes a Tabela 3 da ABNT


NBR 15643.

9.3.10 Ensaio de trilhamento e erosão nas saias e no revestimento

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 15232 e estar em conformidade com
ABNT NBR 15643.

Constitui falha se:

• Ocorrer trilhamento;

• A profundidade da erosão for superior a 3 milímetros e/ou atingir o núcleo;

• Houver perfuração nas saias, no revestimento ou na interface.

9.3.11 Verificação da aderência

O ensaio de verificação da aderência analisa a qualidade da aderência nas interfaces


núcleo/revestimento e terminais integrantes/revestimento.

Com equipamento apropriado (serra, fresa etc.) deve-se fazer um corte longitudinal
no centro do núcleo do para-raios de distribuição.

Caso o para-raios de distribuição apresente uma distância entre ferragens superior a


800 mm, ele deve ser cortado em seções com aproximadamente 800 mm para compor

______________________________________________________________________________________
ETU-128.1 Versão 1.0 Janeiro / 2021

41
os corpos de prova. Caso o para-raios de distribuição apresente uma distância entre
ferragens inferior ou igual a 800 mm, todo o para-raios de distribuição deve ser
considerado corpo de prova.

O comprimento do corte a ser realizado em cada corpo de prova deve deixar


aproximadamente 250 mm de núcleo com revestimento.

Tencionar manualmente o revestimento, objetivando deslocá-lo do núcleo e da


ferragem. Realizar uma verificação visual para observar a existência da aderência do
revestimento nas interfaces (ferragem/revestimento e núcleo/revestimento).

O revestimento deve ter aderência em todos as amostras. Se um único isolador tiver


uma região com falta de aderência, o projeto do isolador deve ser rejeitado.

9.3.12 Medição da tensão de referência

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

9.3.13 Tensão suportável de impulso atmosférico no invólucro

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se:

a) Ocorrência de descarga disruptiva interna;

b) Ocorrência de 2 (duas) ou mais descargas disruptiva externa.

9.3.14 Tensão suportável à frequência industrial no invólucro

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050 e ABNT NBR 6936.

Constitui falha se os valores medidos forem diferentes da resultante da máxima


tensão residual para a corrente de descarga nominal multiplicado por 1,06.

9.3.15 Tensão residual

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.


______________________________________________________________________________________
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42
9.3.16 Corrente suportável de impulso de longa duração simulando

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se:

a) A variação dos valores da tensão residual, medidos antes e após o ensaio, for
superior a ± 5%;

b) Os componentes dos corpos de prova, em uma inspeção visual, não


apresentarem indícios de descarga disruptiva externa, trincas ou perfuração
nos resistores; ou quebra de qualquer componente;

9.3.17 Ciclo de operação para impulso de corrente elevada

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se:

a) A estabilidade térmica não for comprovada;

b) A variação dos valores da tensão residual, medidos antes e depois do ciclo de


operação, for superior a ± 5 %;

c) Os componentes dos corpos de prova, em uma inspeção visual, não


apresentarem indícios de descarga externa ou perfuração nos resistores ou
quebra de qualquer componente;

9.3.18 Ciclo de operação com descarga de linhas de transmissão

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se:

a) A estabilidade térmica não for comprovada;

b) A variação dos valores da tensão residual, medidos antes e depois do ciclo de


operação, for superior a ± 5 %;

______________________________________________________________________________________
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43
c) Os componentes dos corpos de prova, em uma inspeção visual, não
apresentarem indícios de descarga externa ou perfuração nos resistores ou
quebra de qualquer componente;

9.3.19 Característica da tensão suportável à frequência industrial por


tempo

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

O fabricante deve fornecer dados do tempo de aplicação e do valor correspondente


da tensão à frequência industrial a que o para-raios de distribuição pode ser
submetido nas situações com e sem a aplicação de uma energia prévia, devido a
solicitações de correntes de impulso correspondentes a sua classe, sem a ocorrência
de danos ou perda de estabilidade térmica.

As curvas de sobretensão temporária devem cobrir pelo menos a faixa de tempo


entre 0,1 e 12.000 segundos.

Para as demais considerações e procedimentos a serem seguidos no levantamento


dessas características devem ser observadas as prescrições da ABNT NBR 16050.

9.3.20 Desligador automático

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha a atuação do desligador automático durante nos ensaios de corrente


suportável de longa duração e ciclo de operação.

9.3.21 Curto-circuito

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha à:

a) Ocorrência de fragmentação violenta;

b) A não auto extinção de chamas, em prazo superior a 2 minutos.

______________________________________________________________________________________
ETU-128.1 Versão 1.0 Janeiro / 2021

44
9.3.22 Estanqueidade

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Antes da realização do ensaio os para-raios de distribuição devem ser submetidos aos


ensaios de medição de descargas parciais e resistência dos terminais ao torque.

Constitui falha à:

a) Os valores de descargas parciais medidos, antes e depois do ensaio, variarem


mais que 5 pC, e o valor final exceder 10 pC;

b) For verificada umidade interna nos desligadores automáticos, após esses


serem desmontados e examinados minuciosamente.

9.3.23 Envelhecimento sob tensão de operação simulando condições


ambientais

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha à:

a) Não ocorrer trilhamento elétrico (ver ABNT NBR 15122);

b) A erosão sobre o invólucro não deve expor as partes internas dos corpos de
prova, tais como blocos, fibras ou outras interfaces;

c) Não ocorrer perfurações no corpo do invólucro e nas saias;

d) A tensão de referência medida antes e após o ensaio não deve reduzir mais
que 5%;

e) Os níveis de descargas parciais medidos antes e após o ensaio não devem


exceder a 10 pC.

9.3.24 Descargas parciais

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.


______________________________________________________________________________________
ETU-128.1 Versão 1.0 Janeiro / 2021

45
Os para-raios com desligadores automáticos, os corpos de prova devem ser
previamente submetidos a uma aplicação de tensão residual a impulso atmosférico
com corrente nominal de descarga, antes da realização desse ensaio.

Constitui falha se os valores medidos para descargas parciais internas excederem a


10 pC.

9.3.25 Tensão residual a impulso atmosférico

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se:

a) Ocorrência de descarga disruptiva interna;

b) Ocorrência de 2 (duas) ou mais descargas disruptiva externa.

9.3.26 Estabilidade térmica

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se os valores de crista da componente resistiva da corrente de fuga,


ou a potência dissipada, ou a temperatura dos resistores não lineares, não
decrescerem de forma contínua, durante os 15 minutos após o término do ensaio.

9.3.27 Momento fletor

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se:

a) Houve ocorrência de danos mecânico visíveis;

b) A curva força versus deflexão não apresenta descontinuidades;

c) A deformação do invólucro pela aplicação do esforço após a remoção da carga


de flexão está superior a ± 5 % em relação à condição inicial antes da aplicação
da carga;

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d) Resultado não satisfatórios no ensaio de estanqueidade;

e) O nível de descargas parciais não excede o valor de 10 pC.

9.3.28 Suportabilidade às agressões do ambiente

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 16050.

Constitui falha se:

a) Houver dano mecânico visível;

b) O nível de descargas parciais exceder o valor 10 pC.

9.3.29 Verificação da espessura da camada de estanho

O ensaio deve ser realizado conforme ABNT NBR 5370.

Constitui falha se a espessura da camada estar em desconformidade o item 7.1.4.

9.3.30 Verificação do torque nos terminais do para-raios de


distribuição e no desligador

Os terminais, com os condutores de maior seção para os quais foram projetados neles
instalados, devem suportar um torque mínimo de ensaio de 2,5 daN.m, aplicado
simultaneamente a ambos e mantido por pelo menos 1 minuto. Após a retirada do
mesmo não pode haver ruptura ou deformação permanente tanto nos conectores
quanto no desligador automático, perda de vedação ou qualquer tipo de dano aos
condutores.

9.4 Relatórios de Ensaios

Ao término da inspeção, ou quando a mesma for dispensada de acompanhamento em


fábrica, o fornecedor deverá entregar à Energisa, dois conjuntos de relatórios de
ensaios, contendo no mínimo as seguintes informações:

a) Nome do ensaio;

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ETU-128.1 Versão 1.0 Janeiro / 2021

47
b) Nome e/ou marca comercial do fabricante;

c) Identificação do laboratório de ensaio;

d) Certificados de aferições dos aparelhos utilizados nos ensaios, com validade


máxima de 24 meses;

e) Tipo e quantidade de material do lote e tipo e quantidade ensaiada;

f) Identificação completa do material ensaiado;

g) Relação, descrição e resultado dos ensaios executados e respectivas normas


utilizadas;

h) Nome do inspetor e do responsável pelos ensaios;

i) Número da Ordem de Compra de Material (OCM);

j) Data de início e de término de cada ensaio;

k) Nomes legíveis e assinaturas dos respectivos representantes do fabricante e


do inspetor da Energisa e data de emissão do relatório.

10 PLANOS DE AMOSTRAGEM

10.1 Ensaios de tipo

Os ensaios de tipo devem ser formados conforme ABNT NBR 16050.

10.2 Ensaios de recebimento

O tamanho da amostragem a ser retirada de cada lote completo deve estar de acordo
com a Tabela 2.

De cada amostra devem ser retirados corpos de prova de cabo, em número e


comprimento adequados à realização de todos os ensaios previstos, desprezando-se
sempre o primeiro metro de cabo. Se um corpo de prova for reprovado em qualquer
ensaio, este deverá ser repetido em dois outros corpos de prova da mesma amostra.

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48
10.3 Ensaios especiais

Os ensaios de especiais devem ser formados por 5 unidades, coletadas


aleatoriamente nas unidades da Energisa.

11 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

11.1 Ensaios de tipo

Os ensaios de tipo serão aceitos se todos os resultados forem satisfatórios.

Se ocorrer uma falha em um dos ensaios o fabricante pode apresentar nova amostra
para ser ensaiada. Se esta amostra apresentar algum resultado insatisfatório, o
transformador não será aceito.

11.2 Ensaios de recebimento

Os critérios para a aceitação ou a rejeição nos ensaios complementares de


recebimento são:

a) Se nenhuma unidade falhar no ensaio, o lote será aprovado;

b) Se apenas uma unidade falhar no ensaio, o fornecedor deverá apresentar


relatório apontando as causas da falha e as medidas tomadas para corrigi-las,
submetendo-se o lote a novo ensaio, no mesmo número de amostras conforme
Tabela 2;

c) Se duas ou mais unidades falharem no ensaio, o lote será recusado.

As unidades defeituosas constantes de amostras aprovadas nos ensaios devem ser


substituídas por novas, o mesmo ocorrendo com o total das amostras aprovadas em
ensaios destrutivos.

12 NOTAS COMPLEMENTARES

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Em qualquer tempo e sem necessidade de aviso prévio, esta Especificação Técnica
poderá sofrer alterações, no seu todo ou em parte, por motivo de ordem técnica
e/ou devido às modificações na legislação vigente, de forma a que os interessados
deverão, periodicamente, consultar a Energisa.

13 HISTÓRICO DE VERSÕES DESTE DOCUMENTO

Data Versão Descrição das alterações realizadas


• Esta 1ª edição cancela e substitui na Norma de Distribuição
01/08/2019 1.0 Unificada (NDU) 010, Classe 41, as quais foram
tecnicamente revisadas.
• Alteração da nomenclatura de “ETU-128” para “ETU-
128.1”;
27/07/2021 2.0 • Inclusão dos para-raios para redes de distribuição de 46,0
kV;
• Correção de informação de ensaios.

14 VIGÊNCIA

Esta Especificação Técnica entra em vigor na data de 01/01/2021 e revoga as versões


anteriores.

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50
15 TABELAS

TABELA 1 - Características nominais dos para-raios de distribuição

Invólucro Suporte isolante


Máxima Distância de
Máxima Corrente Tensão Tensão Tensão Tensão
Tensão tensão de escoamento Distância de
Tensão tensão de suportável suportável suportável suportável
nominal operação mínima escoamento
Código nominal do descarga a 60 Hz de impulso a 60 Hz de impulso
eficaz contínua entre os mínima
Energisa sistema nominal durante 1 atmosférico, durante 1 atmosférico,
(MCOV) terminais de entre furos
minuto - valor de minuto - valor de
linha e de fixação
mínimo crista mínimo crista
aterramento
(kV (kV
(kV) (kV) (kV) (kV) (kA) (kV) (mm/kV) (kV) (mm)
eficaz) eficaz)
90209 11,4 10,0 8,4
15,0 34,0 95 25,0 23 54,0 130
90210 13,8 12,0 9,6
90211 22,0 24,2 18,0 15,0 10,0 50,0 125
90212 34,5 36,2 30,0 24,0 70,0 150 25,0 40,0 97,0 200,0
91300 40,0 46,0 36,0 36,0 95,0 200

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51
TABELA 2 - Planos de amostragem para os ensaios de recebimento

• Inspeção visual; • Tensão de referência;


• Verificação dimensional. • Descargas parciais;
• Tensão suportável a frequência
industrial;
• Estanqueidade.
Tamanho do
Lote Amostragem dupla Amostragem dupla
Nível II Nível S4
NQA 4% NQA 2,5%
Amostra Amostra
Ac Re Ac Re
Seq. Tam. Seq. Tam.

Até 90 - 3 0 1 - 5 0 1

1ª 0 2
91 a 150 8 - 5 0 1
2ª 1 2
1ª 0 2 1ª 0 2
151 a 280 8 13
2ª 1 2 2ª 1 2
1ª 0 3 1ª 0 2
281 a 500 13 13
2ª 3 4 2ª 1 2
1ª 1 4 1ª 0 2
501 a 1.200 20 13
2ª 4 5 2ª 1 2
1ª 2 5 1ª 0 3
1.201 a 3.200 32 20
2ª 6 7 2ª 3 4
1ª 3 7 1ª 0 3
3.201 a 10.000 50 20
2ª 8 9 2ª 3 4

Legenda:

Seq. - Sequência de ensaios das amostras;

Tam. - Tamanho das amostras;

Ac - número de aceitação;

Re - número de rejeição.

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• Espessura da camada de
estanho;
• Verificação de torque de
instalação;
• Estabilidade Térmica.
Tamanho
Amostragem simples
do Lote
Nível S3
NQA 4%

Amostra Ac Re

Até 90 3 0 1

91 a 150 3 0 1

151 a 280 13 1 2

281 a 500 13 1 2

501 a 1.200 13 1 2

1.201 a
13 1 2
3.200

3.201 a
20 2 3
10.000

Legenda:

Seq. - Sequência de ensaios das amostras;

Tam. - Tamanho das amostras;

Ac - número de aceitação;

Re - número de rejeição.

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53
TABELA 3 - Relação dos ensaios

Tipo dos
Item Descrição dos ensaios
ensaios
9.3.1 Inspeção visual RE

9.3.2 Verificação dimensional RE


Espectroscopia de infravermelho com transformada de
9.3.3 P
Fourier (FTIR)
Medição do tempo de indução oxidativa (OIT) e da
9.3.4 P
temperatura de fusão
9.3.5 Rigidez dielétrica P

9.3.6 Termogravimétrica (TGA) P


Ensaios mecânicos e elétricos do composto - Antes e após
9.3.7 P
envelhecimento em câmara de UV
9.3.8 Resistência ao trilhamento e erosão no composto polimérico P

9.3.9 Ensaio de flamabilidade nas saias e no revestimento P

9.3.10 Ensaio de trilhamento e erosão nas saias e no revestimento P

9.3.11 Verificação da aderência P

9.3.12 Medição da tensão de referência T / RE / E

9.3.13 Tensão suportável de impulso atmosférico no invólucro T/E

9.3.14 Tensão suportável à frequência industrial no invólucro T/E

9.3.15 Tensão residual T/E

9.3.16 Corrente suportável de impulso de longa duração simulando T/E

9.3.17 Ciclo de operação para impulso de corrente elevada T/E

9.3.18 Ciclo de operação com descarga de linhas de transmissão T/E


Característica da tensão suportável à frequência industrial
9.3.19 T/E
por tempo
9.3.20 Desligador automático T/E

9.3.21 Curto-circuito T/E

9.3.22 Estanqueidade T / RE
Envelhecimento sob tensão de operação simulando condições
9.3.23 T
ambientais
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Tipo dos
Item Descrição dos ensaios
ensaios
9.3.24 Descargas parciais T / RE / E

9.3.25 Tensão residual a impulso atmosférico RE

9.3.26 Estabilidade térmica T / RE / E

9.3.27 Momento fletor T / RE

9.3.28 Suportabilidade às agressões do ambiente T

9.3.29 Verificação da espessura da camada de estanho RE


Verificação do torque nos terminais do para-raios de
9.3.30 RE
distribuição e no desligador

Legenda:

T - Ensaio de tipo;

RE - Ensaio de recebimento;

E - Ensaio especial.

NOTAS:

I. Uma vez ao ano, a Energisa poderá escolher no recebimento 12 amostras para


que sejam realizados estes ensaios a custo do fornecedor;

II. Os custos dos ensaios serão de responsabilidade do fornecedor e este deverá


fornecer amostras para calibração do sistema do laboratório, caso necessário.
Se algum destes ensaios forem realizados fora do Brasil, o fornecedor será
responsável pelos custos de viagem do inspetor (translado, passagem aérea,
alimentação e hospedagem). Os resultados devem estar de acordo com a
Tabela 2, para que o fornecedor seja considerado aprovado. Em caso de
reprovação do lote será aberto um processo de tratamento de não
conformidade.

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III. Em caso de reprovação em pelo menos um dos ensaios (longa duração ou ciclo
de operação), a Energisa poderá escolher outro lote para repetir o ensaio nos
mesmos moldes do realizado anteriormente. A Energisa se reserva o direito
de escolher qualquer lote (já recebido anteriormente ou aguardar para
realizar o ensaio em algum lote futuro).

IV. Caso o fornecedor tenha dois lotes reprovados em qualquer um dos dois
ensaios (longa duração ou ciclo de operação) durante o contrato, a Energisa
poderá rescindir o contrato de fornecimento sem penalidades.

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16 DESENHO

DESENHO 1 - Para-raios de distribuição

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Corrente
Tensão Classe de de Distância de Dimensões
Código nominal tensão descarga escoamento
Energisa nominal A B C

(kV) (kA) (mm) (mm)

90209 11,4
15,0 300 278 188
90210 13,8

90211 22,0 24,2 10,0 495 338 248 140,0

90212 34,5 36,2 750 434 352

91300 40,0 52,0 1060 500 352

NOTA:

I. P - peso do para-raios, em daN;

II. Pequenas variações de forma nas partes não cotadas são admissíveis, desde
que mantidas as características eletromecânicas.

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