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Manual de Operação para Banco de Capacitores

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MANUAL DE INSTRUÇÕES

BANCO DE CAPACITORES

MI-51853
Manual de Operação para Banco de Capacitores

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Sumário

1 - OBJETIVO 4

2 - INFORMAÇÕES GERAIS 5

2.1 - INTRODUÇÃO 5

2.2 - EQUIPAMENTOS DE SUPORTE 6

2.3 - EQUIPAMENTOS DE OPERAÇÃO 7

2.4 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO NA OPERAÇÃO DE BANCO DE CAPACITORES 7

2.5 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO NA MANUTENÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES 8

2.6 - MONTAGEM 8

3 - OPERAÇÃO 13

3.1 - ENERGIZAÇÃO 13

3.2 - CHAVEAMENTO DE CAPACITORES 13

3.3 - DESLIGAMENTO 14

3.4 - TEMPERATURA AMBIENTE 14

4 - PROTEÇÃO 15

4.1 - BANCOS DE CAPACITORES COM INTERTRAVAMENTO ELÉTRICO 15

4.2 - BANCOS CAPACITORES COM INTERTRAVAMENTO MECÂNICO 15

4.3 - RELIGAMENTO 15

5 - MANUTENÇÃO 16

5.1 - CUIDADOS COM O CAPACITOR DE POTÊNCIA 19

5.2 - MANUTENÇÃO DO CAPACITOR DE POTÊNCIA 21

5.3 - TESTES 21
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5.4 - TESTES DE CAMPO PARA CAPACITORES DE POTÊNCIA 22

6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS 27
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1 - OBJETIVO
Este Manual de Operação tem por objetivo descrever de modo geral os cuidados quanto ao
manuseio, montagem, operação, proteção e manutenção de Banco de Capacitores. Sendo possível
aplicar tais medidas para diversos tipos de instalação do equipamento como: Banco de Capacitores
Tipo Subestação (estrutura elevação e estrutura rack) e Banco de Capacitores Tipo Poste;

TODAS AS POSSÍVEIS CONTINGÊNCIAS QUE POSSAM

SURGIR DURANTE A INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO OU

MANUTENÇÃO, E TODOS OS DETALHES E VARIAÇÕES

DESSES EQUIPAMENTOS NÃO TEM O PROPÓSITO DE

SEREM COBERTOS POR ESTAS INSTRUÇÕES.

SE INFORMAÇÕES ADICIONAIS FOREM DESEJADAS

PELO COMPRADOR COM RELAÇÃO A SUA PARTICULAR

INSTALAÇÃO, OPERAÇÃO OU MANUTENÇÃO DO

EQUIPAMENTO, A BREE DEVERÁ SER CONTATADA.


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2 - INFORMAÇÕES GERAIS

2.1 - INTRODUÇÃO

A montagem de bancos de capacitores em estruturas metálicas, agrupando as unidades


capacitivas em racks é o método mais prático para se obter grandes blocos de potência reativa (kVAr)
para sistemas de alta tensão a partir de 2,3kV.

Banco Tipo Poste Banco Tipo Estrutura


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O termo rack é derivado do fato que grandes bancos são montados no campo agrupando-se
as unidades capacitivas em prateleiras que são interconectadas para formar o banco de capacitores.
Este tipo de montagem apresenta as seguintes vantagens:

A) economia

A fabricação de racks padrões resulta em baixo custo se comparada com projetos específicos
para cada instalação; ou com bancos equivalentes montados em cubículos.

B) flexibilidade

Os racks podem ser dispostos em várias combinações de tensão e potência, rápida e


economicamente, com melhor aproveitamento de espaço e em casos de alterações que se fizerem
necessárias no sistema.

O banco de capacitores é formado basicamente pelos elementos descritos nas próximas


seções.

2.2 - EQUIPAMENTOS DE SUPORTE

ESTRUTURA RACK

O rack, já citado, consiste em uma estrutura metálica, galvanizada por imersão a quente, de
tamanho padronizado, para fixação e interconexão das unidades capacitivas e respectivos acessórios
de proteção. O rack forma um conjunto rígido que permite a sobreposição de outros racks.

ESTRUTURA DE ELEVAÇÃO

Estrutura metálica fabricada com mesmo material do rack utilizada para elevá-lo a uma
determinada distância de proteção do solo, aplicável em banco de capacitores tipo subestação. Essa
estrutura também é utilizada para fixação de outros equipamentos.
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ESTRUTURA SUPERIOR E SUPORTE PARA EQUIPAMENTOS

A estrutura superior é montada sobre o rack quando eventualmente se faz necessária a


fixação especial de algum equipamento auxiliar do banco de capacitores. No caso de banco de
capacitores para poste, são fabricadas estruturas suportes para cada equipamento que o compõem.

2.3 - EQUIPAMENTOS DE OPERAÇÃO

CAPACITOR

Equipamento provido de conjunto de bobinas capacitivas, usado como fonte de reativos para
suplementar o sistema de energia no qual está submetido.

CHAVE A VÁCUO OU A ÓLEO

Equipamento destinado a operação de liga/desliga sob carga do banco de capacitores.

2.4 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO NA OPERAÇÃO DE BANCO DE CAPACITORES

CHAVE FUSÍVEL PARA DISTRIBUIÇÃO OU CONJUNTO CXP (FUSÍVEIS)

Dispositivos eletromecânicos destinados a proteção, capaz de interromper o circuito através


da fusão do elo-fusível, atuando contra sobrecargas e curto-circuito.

TRANSFORMADOR DE CORRENTE

Detecta a corrente de desbalanço entre os neutros das estrelas do banco de capacitores em


função da falta de um ou mais capacitores.
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RELÉ DE SOBRECORRENTE

Atua em função do valor da corrente no secundário do transformador de corrente, dando os


comandos de alarme e/ou desligamento do banco.

REATOR

Limita as correntes de inrush quando o banco de capacitores é ligado ao sistema, a fim de


proteger a chave a óleo (vácuo) ou disjuntor no processo de chaveamento.

PARA-RAIOS

Protege os equipamentos do banco de capacitores contra surtos de tensão da linha.

2.5 - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO NA MANUTENÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES

CHAVE DE ATERRAMENTO

Tem a função de curto-circuitar os terminais dos capacitores a fim de descarregá-los para o


trabalho de manutenção. Antes de fechar esta chave, porém, deve-se aguardar pelo menos 10 minutos
após o desligamento do banco a fim de que a tensão residual dos capacitores diminua até 50 v.

2.6 - MONTAGEM

2.6.1 RECEBIMENTO

Os capacitores são agrupados e enviados em engradados de madeira ou embalagens de


papelão. Os parafusos, porcas, arruelas, conectores, barramentos e peças miúdas que compõem a
estrutura do banco de capacitores são agrupadas em caixas de madeira de dimensões e peso
adequados. Os equipamentos de subfornecedores serão enviados em suas embalagens originais desde
que não coloquem em risco o material. Todas as caixas são identificadas (nome do fabricante, nome
do comprador, ordem de compra, etc.) A fim de assegurar uma rápida conferência com o romaneio
(que discrimina todos os componentes e os localiza nas diversas caixas) fornecido juntamente com a
nota fiscal.
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Todas as embalagens são adequadas ao manuseio por empilhadeiras. No recebimento dos


equipamentos, uma inspeção deve ser feita para verificar se nenhum isolador está rachado ou
quebrado e se não ocorreram danos durante o transporte. Qualquer dano ocorrido deve ser tratado
com cuidado para que possa ser reparado levando o equipamento a sua condição original ou para que
se possa obter a reposição da peça pelo fabricante e/ou seguradora. Recomenda-se também que o
material recebido seja separado conforme o desenho de projeto, para que se tenha certeza de que
todos os componentes estão em ordem, permitindo assim o início de sua montagem.

2.6.2 FERRAMENTAS NECESSÁRIAS PARA MONTAGEM

ESTRUTURAS METÁLICAS

Chave catraca com soquete de 19mm

Chave fixa de 19mm

ISOLADORES

Chave catraca com soquete de 15/16" e 3/4"

Chave fixa de 15/16", 3/4" e 5/8"

CAPACITORES

Chave catraca com soquete de 17mm

Chave fixa de 17mm

Chave fixa de 19mm

TUBO PORTA-FUSÍVEL

Chave fixa de 7/8"


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CONECTORES

Chave fixa de m10, m12 e m14

OUTROS

Taquímetro

Chave inglesa de 10" e soquete de 7/8"

Chave catraca com soquete de 24mm

Chave fixa de 24mm

Lima murça meia cana de 8"

Tarraxa para rosca a gás de 1"

EQUIPAMENTOS AUXILIARES

Escada e/ou andaime para altura de até 7 metros

Guincho com capacidade mínima de 2000 kg e altura da lança mínima de 8 metros

Cabo de aço para içamento dos racks e isoladores (12m de cabo de 1/2"), 4 presilhas de 5/8"
para cabo de aço 1/2"

Nota: são necessárias 02 chaves fixas para cada medida.

2.6.3 CUIDADOS NA MONTAGEM

A base de isoladores que suportará os racks deve ser montada em sapatas de concreto ou em
uma estrutura de aço provida de chumbadores, como indicado no desenho de projeto fornecido para
o trabalho. As sapatas de concreto deverão suportar os esforços especificados nos desenhos
correspondentes. Deve-se evitar impactos nos isoladores, bem como não aplicar torques excessivos
em suas conexões.
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As distâncias das diagonais entre furos da sapata deverão estar como indicadas no desenho
do banco de capacitores (com tolerância máxima de ± 1,5mm). Esta verificação deverá ser feita em
cada rack e cada coluna de isoladores. Durante a montagem, manter os parafusos frouxos até o ajuste
final de sua posição. Após o posicionamento correto dos racks e isoladores, efetuar o aperto dos
parafusos gradativamente.

2.6.4 CONEXÕES ELÉTRICAS

Torque de aperto dos parafusos:

M10...................................................................................................................3kgf x m

M12................................................................................................................4,7kgf x m

1/2".................................................................................................................4,7kgf x m

3/8"....................................................................................................................3kgf x m

A fim de se obter um ótimo desempenho da conexão, as mesmas devem ser completamente


limpas e deverá ser aplicado entre as mesmas pasta anti-óxido para conexões elétricas (tipo penetrox
da burndy ou similar).

2.6.5 INSTRUÇÕES PARA CAPACITORES DE POTÊNCIA

Após o recebimento, inspecionar cuidadosamente a unidade capacitiva com relação a


possíveis danos. Checar os dados da placa de identificação para certificar-se que a mesma preenche
os requisitos desejados. Certificar tensão de operação do capacitor e demais valores nominais de
acordo com o especificado.
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2.6.6 MONTAGEM DOS CAPACITORES

Os capacitores são apropriados para montagem individual ou em grupos e não requerem


proteção adicional contra intempéries, sob condições normais de serviço.

Os capacitores devem ser montados com as faces largas na posição vertical para se obter
maior eficiência de refrigeração. O espaçamento entre as faces deve ser de no mínimo 50 milímetros.

Conectores tipo grampo paralelo acomodarão qualquer combinação de 2 condutores, desde


a bitola de 2,5mm2 sólido até a bitola 50 mm2 cabo composto. Quando for utilizado condutor de
alumínio, recomenda-se a aplicação de um inibidor de oxidação, especialmente para ambientes
salinos ou corrosivos.

Torques acima de 2,77 kgf x m não são necessários ou recomendados. Torques no


parafuso da bucha, acima desse valor, podem resultar em danos na bucha e/ou ferimento
pessoal.

Os capacitores não devem ser levantados pelas buchas. Tal ação pode danificar o
equipamento trazendo problemas como vazamento de óleo, quebra das buchas e/ou ferimento
pessoal.
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3 - OPERAÇÃO

3.1 - ENERGIZAÇÃO

Antes de energizar o Banco de Capacitores deve-se verificar se todas as ligações foram feitas
corretamente. O elemento instantâneo e o elemento temporizado do relé de proteção deverão ser
ajustados convenientemente. Se o ciclo de operação da chave seccionadora for feito manualmente,
este deverá ser feito rapidamente e com firmeza para que não haja desgaste prematuro de seus
contatos.

Para ligar o Banco de Capacitores ao barramento principal, deve-se seguir a sequência


abaixo:

a) Certificar que a chave de aterramento está na posição aberta;

b) Certificar que as chaves de manobra a óleo (vácuo) ou disjuntor estão na posição aberta;

c) Fechar o seccionador tripolar;

d) Dar comando de fechamento às chaves de manobra a óleo (vácuo) ou disjuntor.

3.2 - CHAVEAMENTO DE CAPACITORES

As chaves de manobra a óleo (vácuo) ou disjuntor devem possuir corrente nominal 35%
superior à corrente nominal por fase do Banco. A Chave deverá ser capaz, também, de chavear
correntes capacitivas com uma baixa manutenção.

Bancos de Capacitores não apresentam ruídos quando energizados, devendo-se fazer uma
inspeção, caso houverem, para verificar se existem elementos danificados ou se estes provêm de mau
contato.
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3.3 - DESLIGAMENTO

Para retirar o Banco de Capacitores do barramento deve-se:

a) Dar comando de abertura às chaves de manobra a óleo (vácuo) ou disjuntor;

b) Abrir o seccionador tripolar;

c) Fechar a chave de aterramento, dando intervalo de tempo entre a operação "b" e esta de
no mínimo 10 (dez) minutos.

3.4 - TEMPERATURA AMBIENTE

A faixa normalizada de temperatura ambiente para operação e energização de capacitores


impregnados com óleo WEMCOL é de -5 a +50°C. Temperaturas ambientes mais elevadas irão
diminuir a vida do capacitor.

Nota: Para algumas aplicações, tais como racks auto-suportantes ou cubículos, a


temperatura dos capacitores poderá exceder a temperatura ambiente em torno dos
equipamentos. Para operações acima de 50°C, consultar a BREE.

Deve-se localizar os capacitores de forma a minimizar o aquecimento proveniente de


outros equipamentos e permitir o livre fluxo de ar em torno dos mesmos.
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4 - PROTEÇÃO
4.1 - BANCOS DE CAPACITORES COM INTERTRAVAMENTO ELÉTRICO

A Chave Tetrapolar de Aterramento possui uma caixa de contatos auxiliares com a seguinte
programação:

4.2 - BANCOS CAPACITORES COM INTERTRAVAMENTO MECÂNICO

Quando solicitado pelo cliente as Chaves de Aterramento e o Seccionador Tripolar é


acoplado ao seu mecanismo o bloqueio do tipo Kirk que permite o travamento individual ou
intertravamento entre as duas chaves.

4.3 - RELIGAMENTO

Os capacitores requerem um tempo mínimo necessário entre desligamento e religamento, o


qual está indicado na placa de identificação do banco. Deve-se tomar o cuidado de se instalar um
temporizador que possa ser regulado em até 10 minutos, de forma que o banco não possa ser
reenergizado em tempo inferior ao requerido pelo capacitor para descarregar-se.
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5 - MANUTENÇÃO
A instalação do Banco de Capacitores no que diz respeito a qualidade e acabamento dos
serviços de montagem e a operação adequada dos mesmos, em especial à tensão nominal de serviço,
sobretensões, chaveamentos e intervalos entre estes, é fator importante para que a manutenção se
torne simples, econômica e consequentemente racional.

O treinamento frequente do pessoal envolvido na realização dessas tarefas é também


importante para o bom andamento das manutenções preventivas e corretivas que se fizerem
necessárias.

Quanto à segurança do pessoal envolvido, é imprescindível que sejam tomadas todas as


providências para que o Banco de Capacitores não venha a ser energizado acidentalmente e que todo
o pessoal utilize os equipamentos de segurança individual indispensáveis (luvas, botas, capacete, etc.)

Portanto, deverá ser elaborado pelo departamento competente um plano de manutenção para
que sejam verificados periodicamente os itens abaixo relacionados:

a) Chave de Aterramento

Inspeção visual e limpeza geral

Lubrificação dos contatos principais

Reaperto geral

Verificação do estado da galvanização

Verificação da sinalização e proteção da caixa auxiliar

Verificação do aterramento à malha

b) Transformador de Corrente

- Inspeção visual e limpeza geral


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- Reaperto geral

- Verificação do sistema de aterramento à malha

c) Estruturas de elevação, rack, e suportes para acessórios

- Inspeção visual e limpeza geral dos isoladores

- Reaperto geral

- Verificação do estado da galvanização (se necessário, retocar com antiferruginoso)

- Verificação do estado dos conectores com reaperto geral

- Inspeção da caixa painel para relés

d) Unidade Capacitiva

- Inspeção visual e limpeza geral nas buchas

- Verificação do estado de pintura da caixa

- Verificação quanto a vazamento do óleo impregnante

- Verificação das conexões entre barramento e unidade capacitiva

A periodicidade desta manutenção preventiva, a priori, ficaria em torno de 1 (um) ano, sendo
que o acompanhamento do desempenho operacional e as necessidades observadas durante as
execuções preventiva ou corretiva permitem alterar ou não essa periodicidade.
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A seguir listamos alguns materiais de consumo, ferramentas e sobressalentes requeridos por


ocasião das manutenções:

Megômetro

Ponte de capacitância

Multiteste

Jogo de chaves

Torquímetro

Alicates, martelos

Escovas

Lixas

Pasta antioxidante

Vaselina industrial

Graxa lubrificante

Solventes

Tintas

Unidades capacitivas

Elos fusíveis

Conectores diversos
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5.1 - CUIDADOS COM O CAPACITOR DE POTÊNCIA

5.1.1 SEGURANÇA

Estas instruções são guia para uso de capacitores de potência. Elas não suplantam nem
tomam o lugar de qualquer código local e/ou nacional, ou requisitos de empresas seguradoras.

5.1.2 RISCO DE CHOQUE ELÉTRICO

Antes de inspecionar ou manusear os capacitores, a alimentação deve ser removida através


de um desligador visível. Após desligada a alimentação, os capacitores geralmente mantêm uma carga
que precisa ser removida antes do seu manuseio. Essa carga pode ser removida da seguinte forma:

a) Os capacitores de potência possuem resistor interno de descarga, que reduzirá a tensão


após o capacitor haver sido desenergizado para 50V em 5 minutos ou menos.

b) Após desenergizar os capacitores, aguardar 10 (dez) minutos pelo menos e então aterrar
o Banco de Capacitores através da chave de aterramento.

c) Capacitores individuais também devem ser curto-circuitados porque essa operação


somente no equipamento é ineficiente em caso de operação de um fusível ou outra desconexão de um
capacitor.

d) Após a descarga, uma conexão em curto-circuito deve ser instalada entre terminais, sendo
removida por ocasião de uma reenergização.

5.1.3 RISCO DE RUPTURA DA CAIXA

Em caso de falha, os capacitores com ou sem fusíveis estão sujeitos a se romperem. Essa
possibilidade deve ser considerada quando da escolha da localização para os capacitores ou bancos.
Durante a realização de testes em alta tensão, há também a possibilidade de ruptura, portanto o pessoal
envolvido deve ser protegido durante esses ensaios.
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Alguns capacitores danificados podem inflar consideravelmente, devido ao aumento da


pressão interna originada por gases, porém sem que haja ruptura da caixa. Recomenda-se nesse caso
que essa pressão seja aliviada antes do manuseio, através da quebra de uma bucha por meio de um
longo varão ou por um puncionamento na caixa após cobrir o capacitor com uma lona resistente. Esse
puncionamento deve ser feito onde um mínimo de vazamento do impregnante possa ocorrer. Antes
do puncionamento deve ser previsto um vasilhame para recolher o fluído que vazará.

Notas:

Com a mais moderna e segura tecnologia disponível atualmente adquirida pela BREE,
diminui-se consideravelmente a formação de gases em caso de curto-circuito interno no
capacitor, consequentemente reduziu-se o risco de ruptura da caixa. Isso se deve ao fato dessa
nova tecnologia não mais empregar papel como dielétrico.

Evitar contato do líquido com a pele; e exposição a emanações em áreas não ventiladas.

5.1.4 RISCO DE FOGO

Desde que esse produto contém um combustível líquido (OSHA III-B), a localização dos
capacitores deve ser escolhida levando-se em consideração a possibilidade de fogo e seus
abrangentes, no caso de falha do capacitor e ruptura da caixa.
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5.2 - MANUTENÇÃO DO CAPACITOR DE POTÊNCIA

O capacitor praticamente é isento de manutenção, requerendo apenas uma limpeza periódica


das buchas em caso de áreas contaminadas. Porém deve ser inspecionado regularmente. Essa
verificação pode ser feita por:

a) Verificação de indicação de operação do fusível

b) Verificação da capacitância de unidades individuais

c) Verificação da temperatura da caixa do capacitor; o capacitor que estava operando estará


mais quente que a temperatura ambiente.

NOTA:

Pequenos vazamentos, devido a danos mecânicos na caixa poderão ser reparados.


Instruções sobre retorno de unidades para reparos são obtidas na BREE.

5.3 - TESTES

Testes de campo para avaliar a condição de operação de capacitores somente devem ser
realizados se houver um problema indicado ou se o capacitor estiver danificado. Os testes de campo
são descritos na NEMA STANDARD PUBLICATION CP 1-1976 ou ABNT NBR 5060/1977.
Informações complementares para Testes de Campo estão descritas no item 7.5 - Testes de Campo
para Capacitores de Potência.

Os testes de rotina efetuados no capacitor são, basicamente:

a) Tensão aplicada entre terminais

b) Tensão aplicada entre terminais e caixa

c) Medição da capacitância
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d) Medição da resistência do dielétrico

e) Medição da resistência de isolação entre terminais e caixa

f) Vazamento

Nota:

Para realização de qualquer um desses ensaios leia atentamente as recomendações


desse capítulo, assim como o procedimento especificado nas normas acima citadas.

5.4 - TESTES DE CAMPO PARA CAPACITORES DE POTÊNCIA

5.4.1 INTRODUÇÃO

Este capítulo fornece instruções para testes de campo em unidades capacitivas de alta tensão.
Torna-se, portanto, um suplemento às instruções descritas anteriormente.

Atenção: Antes de efetuar qualquer teste ou manusear qualquer capacitor, leia as instruções
contidas na seção 7.1 Cuidados com o Capacitor de Potência.

5.4.2 INSPEÇÃO VISUAL

Inspecionar as buchas quanto a quebras e/ou vazamentos e a caixa do capacitor quanto a


retoques na pintura.

5.4.3 VERIFICAÇÃO DA CAPACITÂNCIA

A verificação da capacitância é o teste mais importante e fácil de ser efetuado no capacitor.


A leitura pode ser feita com facilidade e com precisão suficiente usando-se um medidor de
capacitância digital. O valor de capacitância medido deve situar-se entre 95 a 110% da capacitância
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nominal. O fabricante deverá ser consultado no caso de observar-se na medição capacitâncias entre
90 a 95% ou 110 a 120% da capacitância nominal para comparação com o valor original de
fabricação. Para tanto,

forneça o número de série da unidade em questão. Capacitâncias maiores que 120% da


nominal geralmente indicam que um ou mais grupos de bobinas internas estão curto-circuitados e
neste caso o capacitor deve ser considerado defeituoso. As medições de capacitâncias devem ser feitas
de preferência com o capacitor a uma temperatura em torno de 20 a 30°C.

Abaixo, a fórmula para se encontrar os valores nominais de capacitância:

5.4.4 RIGIDEZ DIELÉTRICA

O teste de rigidez dielétrica em capacitores é de preferência feito com uma tensão contínua
de 75% do valor original de teste, ou seja, 3,2 vezes a tensão nominal de placa do capacitor durante
10 (dez) segundos.

Em capacitores monofásicos esta tensão é aplicada de bucha para bucha, ou de bucha para o
terminal de terra.

Em capacitores trifásicos conectados em estrela a tensão será aplicada entre fase e neutro
com o valor de 3,2 vezes a tensão nominal fase-neutro.
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Uma alternativa para este teste é usar uma tensão alternada de 1,5 vezes a tensão nominal.
O pico de tensão transitória na energização deve ser limitado em 125% do pico da tensão em regime
permanente sendo conveniente o uso de um disjuntor para a desenergização.

Durante a aplicação da tensão se qualquer ruído for ouvido a unidade está defeituosa,
indicando arco interno.

Evite o perigo de ruptura da caixa ao pessoal envolvido no teste provendo o equipamento de


uma proteção adequada.

Após o teste, o capacitor deve ser descarregado usando-se um resistor isolado com um valor
de resistência em ohms aproximadamente igual ao pico de tensão aplicada no capacitor. Este resistor
deve também ter uma tensão e capacidade de absorção de energia suficientes.

A descarga inicial do capacitor deve ser feita em local protegido, primeiramente com o
resistor, depois com uma baixa resistência de curto.

O mesmo procedimento de curto deverá ser utilizado diretamente nos terminais de


capacitores.

O valor da capacitância deverá ser medido novamente, após o teste de sobretensão e


comparado com o valor original.

Os valores inicial e final não devem diferir de 2%.

5.4.5 RESISTOR DE DESCARGA

Os capacitores de alta tensão possuem resistores de descarga que reduzem a tensão nominal
para 50V em 5 minutos ou menos. O valor real da resistência pode variar com os diferentes projetos,
porém o máximo valor pode ser determinado a partir da fórmula que segue:
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O valor de resistência medido na faixa de 70 a 100% do valor calculado pode ser considerado
satisfatório. Se valores inferiores a este forem obtidos, consulte o fabricante para determinar a fim de
determinar os limites precisos.

5.4.6 TESTE DE VAZAMENTO

Pequenos vazamentos a temperatura ambiente não são às vezes detectados, e isto faz com
que este tipo de teste seja feito a elevadas temperaturas.

Se este teste for feito, deverá seguir a sequência abaixo:

a) As unidades deverão ser pré-examinadas batendo-se com uma chave de fenda ou uma
arruela pesada no topo do capacitor. Numa comparação de sons com outras unidades um som oco
distinguirá uma unidade com pouco óleo líquido isolante. Este teste deverá ser feito de preferência
com as unidades quentes.

b) O teste de vazamento em alta temperatura aumentará a pressão interna o que auxilia na


detecção da falha. O método preferido para elevar a temperatura é colocar o capacitor a 75°C em
estufa por 6 (seis) horas. Outro método consiste em energizar o capacitor durante 24 horas (só
eficiente em temperaturas ambientes superiores a 20°C).
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Especial atenção deverá ser dada às conexões das buchas, ao terminal de aterramento em
capacitores de uma bucha e nas soldas da caixa. Se for detectado algum vazamento, o fabricante
deverá ser consultado.
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6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este Manual de Operação apresentou os cuidados e procedimentos gerais para o manuseio,


montagem, operação e manutenção, incluindo procedimentos de teste campo, de Banco de
Capacitores Tipo Subestação e Banco de Capacitores Tipo Poste. Esse documento não tem propósito
de cobrir possíveis contingências que ocorram em campo e/ou durante a instalação, nesses casos a
BREE deverá ser contatada.

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