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ESPELHOS ESFÉRICOS

1 OBJETIVOS
• Determinar, a partir de um perfil de espelho com um lado côncavo e outro convexo o centro de
curvatura do espelho esférico, o vértice do espelho esférico, o eixo principal do espelho
esférico, o raio secundário do espelho esférico e a abertura do espelho esférico.

• Determinar o foco e medir a distância focal.

• Reconhecer o percurso dos três raios incidentes principais e seus raios refletidos.

2 MATERIAL NECESSÁRIO.
01 barramento do banco óptico – EQ045.38;

03 cavaleiros para retenção vertical, com aba – EQ045.05;

01 lente de cristal em vidro óptico corrigido plano-convexa 4 di EQ045.33,

01 lente de cristal em vidro óptico corrigido plano convexa B di – EQ045.34;

01 painel Óptico com disco de Hartle tripé EQ045.40;

01 mesa suporte acoplável a cavaleiro E0045,068;

01 multidiafragma em aço com 1 ranhura, 3 ranhuras, 3 orifícios e letra F vazada – EQ045.075,

01 perfil com espelhos côncavo e convexo de adesão magnética – EQ045.41;

01 # lanterna de luz policromática com três aberturas – EQ045.01.

3 FUNDAMENTOS
Os espelhos esféricos são superfícies refletoras curvas que podem ser côncavas ou convexas.
A óptica geométrica é amplamente utilizada para entender o comportamento dos raios de luz
refletidos por esses espelhos. A equação fundamental dos espelhos esféricos, conhecida como a
equação dos espelhos, relaciona a distância focal (f), a distância do objeto ao espelho (p) e a
distância da imagem ao espelho (q). Essa equação é expressa como:

1/f = 1/p + 1/q

Onde:

F é a distância focal do espelho;

P é a distância do objeto ao espelho (positiva se o objeto estiver na frente do espelho);

Q é a distância da imagem ao espelho (positiva se a imagem estiver do mesmo lado do objeto).

Além disso, os espelhos esféricos têm propriedades distintas de formação de imagens,


dependendo da posição do objeto em relação ao espelho e do tipo de espelho. Por exemplo, os
espelhos côncavos podem formar imagens reais ou virtuais, dependendo da posição do objeto
em relação ao foco do espelho. Enquanto isso, os espelhos convexos sempre formam imagens
virtuais e menores do que o objeto.

Essas propriedades são fundamentais na compreensão da óptica dos espelhos esféricos e são
aplicadas em diversas áreas, incluindo na construção de espelhos para telescópios, espelhos
retrovisores de veículos e até mesmo em dispositivos médicos, como espelhos utilizados em
exames oftalmológicos.

Espelhos Côncavos:

Os espelhos côncavos são curvados para dentro, ou seja, têm uma superfície refletora que se
curva para dentro em direção a um ponto central chamado de centro de curvatura ©.

Dependendo da posição do objeto em relação ao espelho, os espelhos côncavos podem formar


imagens reais ou virtuais.

Quando o objeto está localizado além do centro de curvatura, uma imagem real é formada do
outro lado do espelho. Essa imagem é invertida em relação ao objeto, menor em tamanho e pode
ser projetada em uma tela.

Quando o objeto está entre o centro de curvatura e o foco do espelho, a imagem formada é
real, invertida e ampliada.

Se o objeto estiver entre o foco e o espelho, a imagem será virtual, direita e ampliada. A
imagem será formada no mesmo lado do objeto.

Espelhos Convexos:

Os espelhos convexos têm uma superfície curvada para fora, como a casca de uma esfera.

Eles sempre formam imagens virtuais, independentemente da posição do objeto em relação ao


espelho.

As imagens formadas pelos espelhos convexos são direitas, menores em tamanho e situadas
do mesmo lado do objeto.

A distância focal de um espelho convexo é considerada negativa, pois a luz paralela incidente
é divergida após refletir no espelho.

Essas características fazem com que os espelhos côncavos e convexos sejam usados em
diversas aplicações. Os espelhos côncavos são comuns em sistemas ópticos, como telescópios e
espelhos retrovisores de automóveis. Já os espelhos convexos são frequentemente encontrados
em espelhos retrovisores de segurança, câmeras de segurança e espelhos de vigilância em lojas e
estacionamentos.

4 PROCEDIMENTOS
MONTAGEM COM POSIÇÕES E ALINHAMENTOS COMUNS AOS
EXPERIMENTOS DE ÓPTICA GEOMÉTRICA

1.1 Posicione os componentes na escala III do barramento segundo as posições indicadas –


Figura 1:
Figura 1-Componentes posicionados.

• Lanterna com a frente alinhada com o traço de marcação A em 0 mm,

• Multidiafragma na posição 55 mm.

• Cavaleiro com lente de 8 di na posição 183 mm.

• Cavaleiro com lente de 4 di na posição 570 mm.

• Posicione o painel com o disco de Hartl ao lado do barramento e levemente inclinado para
interceptar os raios luminosos.

A MESA SUPORTE E SUA FIXAÇÃO AO CAVALEIRO.

1.2 O cavaleiro com aba, barra vertical, escala e manípulos e a mesa suporte são mostrados na
Figura 2.

1.3 Salvo recomendações em contrário, fixe a mesa pelo lado de fora do cavaleiro.

O MULTIDIAFRAGMA E SUA COLOCAÇÃO NA MESA SUPORTE.


1.4 Posicione o multidiafragma na mesa suporte -Figura 3.

1.5 Para óptica geométrica, alinhe o lado de fora do cavaleiro na marca 55 mm da escala III.

A LENTE DE 8 DI E SUA FIXAÇÃO NO CAVALEIRO COM ABA.

1.6 Fixe a lente plano-convexa 8 di com moldura em aço ao cavaleiro conforme a Figura 4.

1.7 Para óptica geométrica, alinhe o lado de fora do cavaleiro na marca 183 mm da escala III.

A LENTE DE 4 DI E SUA FIXAÇÃO NO CAVALEIRO COM ABA.

1.8 Fixe a lente plano-convexa 4 di com moldura em aço ao cavaleiro conforme a Figura 5
1.9 Para óptica geométrica, alinhe o lado de fora do cavaleiro na marca 570 mm da escala III.

O AJUSTE FINAL E A COLOCAÇÃO DO PAINEL ÓPTICO.

1.10 Posicione o filamento como fonte extensa.

1.11 O multidiafragma com as três fendas posicionadas e as lentes colocadas, ligue a lanterna.

1.12 Regule o foco e suba ou desça a mesa com o multidiafragma de modo que o círculo
iluminado se posicione conforme a Figura 6.

1.13 Coloque o painel óptico ao lado do barramento e levemente inclinado para interceptar os
raios luminosos e retire o disco de Hartl Figura 7.

1.14 Retire o diafragma e desligue o conjunto

PRÉ-REQUISITOS.

Montagem conforme a instrução Montagem com posições e alinhamentos comuns aos


experimentos da óptica geométrica – 1062.004501_m.

ANDAMENTO DAS ATIVIDADES.

O ESPELHO ESFÉRICO.

O espelho esférico resulta do corte de uma casca esférica em que uma de suas superfícies é
espelhada.
Existem dois tipos de espelhos esféricos, o espelho esférico côncavo (quando a superfície
espelhada da casca esférica é a interna) e o espelho esférico convexo (quando a superfície
espelhada da casca esférica é a externa). As leis da reflexão da luz nos espelhos esféricos
obedecem às mesmas leis de reflexão da luz dos espelhos planos da óptica geométrica. Figura 1.

Figuras 1. Componentes posicionados. Cedido pelos laboratórios Cidepe.

OS TRÊS RAIOS PRINCIPAIS DO ESPELHO CÔNCAVO.

1.1 Posicione o multidiafragma para permitir a passagem somente do feixe central. Ajuste o
painel e o disco de modo que o feixe fique sobre a linha central da escala.
1.2 Coloque a espelho côncavo no disco ótico se certificando de que a reflexão do raio
incidente central retorne sobre ele mesmo e que o ponto de incidência (centro do disco)
divida em duas partes iguais o perfil do espelho – Figura 2.

1.3 Este ponto de incidência é conhecido como vértice do espelho esférico (V).
1.4 Deslize o multidiafragma permitindo a passagem de três feixes paralelos.
1.5 Represente na figura a seguir a trajetória dos raios incidentes e refletidos, identificando
estes raios – Figura 3.

O FOCO E A DISTÂNCIA FOCAL DO ESPELHO CÔNCAVO.


1.6 Assinale na figura a seguir o ponto de maior ocorrência dos raios refletidos, conhecido
como foco do espelho esférico côncavo (F) – Figura 4.
1.7 Meça a distância entre o vértice (V) e o foco (F) do espelho, conhecida como distância
focal do espelho côncavo (f).
1.8 Trace na Figura 4 uma reta r que passe por F e V, (observe que neste caso a reta r fica sobre
a escala central). Marque sobre a reta r um ponto C, distante 2f do vértice (V). O ponto C
representa o centro de curvatura do espelho esférico.

IDENTIFICANDO O EIXO PRINCIPAL DO ESPELHO ESFÉRICO.

A reta r que passa pelo centro de curvatura © e o vértice do espelho (V) é denominada de eixo
principal do espelho esférico.

O vértice do espelho esférico (V) é a interseção entre o eixo principal e o espelho esférico.

Os eixos secundários do espelho esférico é qualquer reta que passe pelo centro de curvatura e
incida sobre o espelho (menos a reta que também passa pelo vértice V definida como eixo
principal).

O ângulo de abertura do espelho esférico é o ângulo formado pelas extremidades do espelho e


delimitada pelos seus infinitos eixos secundários.

A abertura real num espelho côncavo esférico ocupa a região determinada pelo ângulo sólido
obtido pela revolução de AC em torno do eixo principal.

OS TRÊS RAIOS PRINCIPAIS NO ESPELHO ESFÉRICO CÔNCAVO.

1.9 Posicione o multidiafragma permitindo a passagem dos três feixes paralelos.


1.10 Bloqueie com um pedaço de papel (ou dedos), ora os dois raios de cima, ora os dois raios
de baixo e verifique a validade da seguinte afirmação: “Todo raio incidente paralelo ao
eixo principal que incide num espelho côncavo, tem seu raio refletido passando pelo foco”.
1.11 Posicione o multidiafragma permitindo a passagem de um só feixe (feixe central) e
verifique a validade da seguinte afirmação: “Todo raio incidente contido no eixo principal
que incide num espelho côncavo, tem seu raio refletido sobre si próprio”.
1.12 Baixe o painel até tocar no tripé. Gire o disco óptico de modo que o feixe incidente passe
pelo foco e verifique a validade da seguinte afirmação: “Todo raio incidente que passe pelo
foco que incide num espelho côncavo, tem seu raio refletido paralelo ao eixo principal”.

A CAUSTICA NUM ESPELHO ESFÉRICO CÔNCAVO.

A cáustica do espelho esférico côncavo é a envoltória dos raios de luz refletidos, ou a projeção
dessa envoltória em outra superfície.
A origem da palavra cáustica significa queimar ou queimando, devido a possibilidade de
queimaduras quando um corpo é posto nesta região do espelho que reflete luz intensa.

1.13 Remova o cavaleiro com a mesa suporte. Observe e comente a validade da lei mais geral
para o espelho côncavo: “Os raios incidentes têm seus raios refletidos tangenciando a
caustica”.

OS TRÊS RAIOS PRINCIPAIS DO ESPELHO CONVEXO.

1.14 Torne a colocar o cavaleiro com multidiafragma na posição 55 mm. Deslize o


multidiafragma permitindo a passagem de um feixe central.
1.15 Posicione corretamente o espelho com-
1.16 Vexo se certificando que a reflexão do raio incidente central retorne sobre ele mesmo e que
o ponto de incidência (centro do disco) divida em duas partes iguais o perfil do espelho
convexo – Figura 5.

1.17 Posicione o multidiafragma permitindo a passagem de 3 feixes paralelos.

1.18 Represente na figura a seguir a trajetória dos raios incidentes e refletidos, identificando
estes raios – Figura 6.

1.18 Assinale na figura o ponto de incidência central, denominado vértice do espelho convexo
(V).

O FOCO E A DISTÂNCIA FOCAL DO ESPELHO CONVEXO.

1.19 Assinale na figura o ponto de maior ocorrência do prolongamento dos raios refletidos,
denominado foco virtual do espelho convexo (F).

Observe que a única maneira de vincular os raios refletidos ao foco deste espelho é através
dos prolongamentos destes raios, razão pela qual o denominamos de foço virtual.

1.20 Determine a distância focal deste espelho convexo, justificando a presença do sinal menos
(-) e o seu significado físico.

1.21 Bloqueie com um pedaço de papel (ou dedos), ora os dois raios de cima, ora os dois raios
de baixo e verifique a validade da seguinte afirmação: “Todo raio incidente paralelo ao eixo
principal que incida num espelho convexo, tem o prolongamento do seu raio refletido passando
pelo foco”.
1.22 Posicione o multidiafragma permitindo a passagem de um só feixe (feixe central) e
verifique a validade da seguinte afirmação: “Todo raio incidente contido no eixo principal que
incida num espelho convexo, tem seu raio refletido sobre si próprio”.

1.23 Suba o painel e gire o disco óptico de modo que o prolongamento do feixe incidente passe
pelo foco e verifique a validade da seguinte afirmação: “Todo raio incidente que incida num
espelho convexo cujo prolongamento passe pelo foco, tem seu raio refletido paralelo ao eixo
principal”.

5 QUESTIONÁRIO
1.Qual é a principal diferença entre um espelho esférico côncavo e convexo?

2.Qual é o ponto focal de um espelho esférico côncavo?

3.Como se chama a linha que passa pelo centro de curvatura e o vértice de um espelho esférico?

4.Qual é a característica fundamental da imagem formada por um espelho esférico convexo?

5.Como é a imagem formada por um objeto localizado entre o centro de curvatura e o foco de
um espelho esférico côncavo? Explique como chegou a esta conclusão.

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