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Espelhos esféricos: formação de imagens

Espelhos esféricos

Os espelhos esféricos são calotas esféricas onde uma das superfícies, interna ou externa, têm alto poder de
refletir a luz incidente.

O espelho pode ser classificado em côncavo (superfície refletora interna) ou convexo (superfície refletora
externa).
Espelhos esféricos

Representação simbólica dos espelhos esféricos:

Representação de um Representação de um
espelho esférico côncavo espelho esférico convexo
Curiosidade!

Uma simples colher de aço inox pode funcionar como os espelhos esféricos, embora em geral elas não sejam
superfícies esféricas.

A face interna da colher se comporta como um espelho côncavo.

A face externa da colher se comporta como um espelho convexo.


Elementos geométricos de um espelho esférico

C (centro de curvatura) – é o centro da esfera que contém a


superfície do espelho.

F (foco) – é o ponto médio entre o centro de curvatura e o


vértice do espelho.

V (vértice do espelho) - é um ponto da calota esférica.

R (raio de curvatura) – é o raio da esfera que contém a


superfície do espelho.

α (ângulo de abertura) – é o ângulo formado entre os raios


de curvatura que passam pelas extremidades do espelho.

f (distância focal) - distância do foco ao vértice do espelho,


𝑅
onde f =
2
Espelhos esféricos gaussianos

Para que um espelho esférico forme imagens nítidas,


ele deve atender as condições de nitidez de Gauss.

1a. O espelho deve conter um ângulo de abertura


consideravelmente pequeno, ou seja, o ângulo de
abertura deve ser menor que 10° (α < 10°).

2a. Os raios incidentes devem ser paralelos ou pouco


inclinados em relação ao eixo principal do espelho
esférico.

3a. Os raios incidentes devem estar bem próximos ao


eixo principal do espelho esférico.

Caso essas condições não sejam atendidas, como na


calota da figura ao lado, as imagens terão distorções
em relação aos objetos. São as chamadas aberrações
de esfericidade.
Focos de um espelho esférico

O foco de um espelho esférico é o ponto por onde passam os raios de luz que chegam paralelos ao eixo
principal.

Em um espelho côncavo o foco é real (“fora do No espelho convexo , o foco é virtual (“dentro do
espelho”): os raios refletidos convergem em um espelho”): os raios refletidos se espalham e o foco é
ponto na frente do espelho. determinado pelo cruzamento virtual dos raios
refletidos.

espelho côncavo espelho convexo


Raios luminosos particulares

1°) Todo raio que incide paralelamente ao eixo principal do espelho reflete e passa pelo foco.
Fogão solar

O fogão solar utiliza-se dessa primeira propriedade


nos espelhos côncavos.

O Sol está localizado a uma distância muito maior


que a distância focal do espelho, então os raios de
luz incidentes podem ser considerados paralelos ao
eixo principal.

A panela deve ser colocada sobre o foco principal do


espelho, onde os raios serão refletidos.

Existem projetos como em Lima, no Peru, que


constroem fogões solares para comunidades
carentes.
Raios luminosos particulares

2°) Todo raio de luz que passa pelo foco é refletido paralelamente ao eixo principal.

espelho côncavo
espelho convexo
Os faróis dos carros

Essa segunda propriedade é utilizada pelos


faróis dos automóveis pra direcionar melhor
a luz.

A lâmpada é posicionada no foco do


espelho côncavo interno, localizado no
fundo do farol, que reflete os raios
paralelamente ao chão.
Raios luminosos particulares

3°) Todo raio de luz que passa pelo centro de curvatura reflete no espelho e retorna pelo próprio centro de
curvatura.
Raios luminosos particulares

4°) Todo raio de luz que incide sobre o vértice do espelho reflete simetricamente em relação ao eixo principal.
Formação de imagens nos espelhos esféricos

Espelhos côncavos : formam imagens reais que podem ser menores, do mesmo tamanho, ou maiores que o
objeto, e virtuais, sempre maiores que o objeto.

Espelhos convexos: apenas imagens virtuais e menores que o objeto.


Formação de imagens nos espelhos esféricos

Espelhos côncavos:

1 – Objeto além do centro de curvatura (“bem afastado do espelho”): imagem real, invertida e menor.
Formação de imagens nos espelhos esféricos

Espelhos côncavos:

2 – Objeto sobre o centro de curvatura (“não tão longe do espelho”): imagem real, invertida e de mesmo
tamanho do objeto.
Formação de imagens nos espelhos esféricos

Espelhos côncavos:

3 – Objeto entre o centro de curvatura e o foco (“um pouco mais perto”): imagem real, invertida e maior que o
objeto.
Formação de imagens nos espelhos esféricos

Espelhos côncavos:

4 – Objeto sobre o foco (“perto do espelho”): os raios refletidos não se encontram e nenhuma imagem é
formada (“imagem imprópria”).
Formação de imagens nos espelhos esféricos

Espelhos côncavos:

5 – Objeto entre o foco e o espelho (“bem pertinho do espelho”): imagem virtual, direita e maior que o objeto.
Espelhos côncavos

Esse tipo de espelho é utilizado por dentistas e por pessoas que se


maquiam, por exemplo.

A imagem produzida maior que o objeto facilita a observação dos


dentes de uma pessoa, assim como os detalhes do rosto na hora de
se maquiar ou se barbear.
Formação de imagens nos espelhos esféricos

Espelhos convexos:

A imagem formada sempre será virtual, direita e menor que o objeto.


Espelhos convexos

O fato deles fornecerem uma imagem reduzida aumenta o


campo visual e permite observar um número maior de
objetos refletidos no espelho.

São muito utilizados em carros, motos, ônibus, lojas e


edifícios.
Espelhos esféricos nos carros

Os espelhos mais usados nos automóveis


são os espelhos planos, pois dão uma boa
noção de distância entre objeto e espelho,
seja no trânsito, seja ao estacionar.

Mas em torno do carro há regiões que os


espelhos centrais e laterais não atingem,
chamadas de “pontos cegos” e são causas
de muitos acidentes de trânsito.
Espelhos esféricos nos carros

Por isso é útil a utilização de um espelho


convexo sobre o espelho plano do retrovisor,
para aumentar o campo de visão e eliminar
os pontos cegos.

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