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Lentes esféricas delgadas

Ensino Médio

Prof. Alexandro Gomes Física


O que são as Lentes esféricas
São sistemas ópticos capazes de promover a refração da luz
visível. São formadas por meios ópticos homogêneos e transparentes,
que também podem ser chamados de dioptros esféricos.

Dividem-se em lentes côncavas e convexas, que são,


respectivamente, lentes de bordas largas e lentes de bordas finas.

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Continuação...

O índice de refração e a geometria das lentes esféricas alteram a


direção de propagação dos raios de luz. Dessa forma, elas são capazes
de produzir imagens tanto virtuais como reais.

Além disso, a capacidade de uma lente defletir os raios de luz é


chamada de vergência ou dioptria, propriedade popularmente conheci-
da como o “grau” da lente.

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Propriedades das lentes esféricas
As propriedades das lentes esféricas podem variar de acordo
com o meio em que elas se encontram.
Ar Ar
N
Vidro Vidro RR
RI RI

RR N

RR N
RI RI

N RR

Quando inseridas em um meio cujo índice de refração é menor que


o da própria lente, as lentes convexas convergem a luz, enquanto as
lentes côncavas divergem a luz, assim como mostra a figura a
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acima.
No meio de cada lente é possível ver traços com setas
para dentro e para fora. Esses símbolos são usados para
representar as lentes de bordas finas (convexas) e de bordas
largas (côncavas). Ao todo, existem três formatos de lentes
côncavas e três formatos de lentes convexas. Confira sua
nomenclatura: Lentes de bordas grossas
Lentes de bordas finas

Lente Lente Lente Lente Lente Lente


biconvexa plano-convexa côncavo-convexa bicôncavo plano-côncavo convexo-côncavo
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Elementos geométricos das lentes esféricas
Toda lente esférica, seja ela côncava, seja convexa, apresenta elementos
geométricos em comum, sendo eles:
A figura a seguir mostra onde ficam
● centro óptico (O). os elementos geométricos de uma
lente esférica qualquer, observe:
● foco principal objeto e foco
principal imagem (f e f').

● foco antiprincipal objeto e foco


antiprincipal imagem, também
conhecidos como centros de
curvatura no caso dos espelhos
esféricos (A e A' ou C e C').
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Continuação...
Dizemos que a distância entre o centro óptico da lente e o foco
principal objeto é chamada de distância focal (f); do mesmo modo, a
distância entre o centro óptico e o foco antiprincipal objeto é chamado de
raio de curvatura.
Também com base na imagem do
slide, é possível observar uma linha
horizontal que separa a lente em duas
partes. Essa linha é chamada de eixo de
simetria e é a partir dela que é construído
o referencial de Gauss, usado para definir a
convenção de sinais das lentes esféricas. 7
De acordo com o referencial de Gauss:
● qualquer ponto ou elemento que A figura a seguir nos auxiliará a
esteja localizado acima do eixo de entender a convenção de sinais
simetria possui sinal positivo; segundo o referencial de Gauss.
● qualquer ponto ou elemento Confira:
localizado abaixo do eixo de simetria
possui sinal negativo;
● qualquer ponto ou elemento
localizado à direita do centro óptico
da lente possui sinal positivo;
● qualquer ponto ou elemento
localizado à esquerda do centro
óptico da lente possui sinal negativo. 8
Continuação...
Além das convenções arbitradas pelo referencial de Gauss, há
algumas informações úteis que podem ser levadas em conta na hora de
resolver exercícios.
1. Tanto o foco principal (f) quanto o foco antiprincipal (A) das lentes
divergentes, como as lentes côncavas, são negativos.

2. Além disso, quando o tamanho da imagem (i) tiver o sinal negativo, isso
indicará que ela está invertida.

3. Por fim, se descobrirmos que a posição de uma imagem (p') é positiva,


isso indica que essa imagem é real; do contrário, se a posição da imagem
fosse negativa, essa imagem seria virtual.
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Raios notáveis
Os raios notáveis são necessários para entendermos como funciona a
formação de imagens nas lentes esféricas.
I - Todo raio de luz que incide paralelamente ao eixo principal emerge
(refrata) na direção do foco principal imagem (f’).
RR

RI RI

A f O f’ A’ A’ f’ O f A
RR

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Raios notáveis
Os raios notáveis são necessários para entendermos como funciona a
formação de imagens nas lentes esféricas.
II - Todo raio de luz que incide no foco principal objeto (f) emerge
(refrata) paralelamente ao eixo principal.
RI
RR
RI

A f O f’ A’ A’ f’ O f A

RR

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Raios notáveis
Os raios notáveis são necessários para entendermos como funciona a
formação de imagens nas lentes esféricas.
III - Todo raio de luz que incide no centro óptico (O) da lente emerge
(refrata) sem sofrer desvio.

RI
RI

A f O f’ A’ A’ f’ O f A

RR RR

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Raios notáveis
Os raios notáveis são necessários para entendermos como funciona a
formação de imagens nas lentes esféricas.
IV - Todo raio de luz que incide na direção do ponto antiprincipal objeto
(A) emerge (refrata) na direção do outro ponto antiprincipal imagem (A’).

RI RR
RI RR

A f O f’ A’ A’ f’ O f A

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Construção geométrica da imagem
Lente Convergente
I - Objeto posicionado antes do ponto antiprincipal objeto (A).

RI
Objeto

RI
Imagem

RR

RR
Imagem: Menor,invertida e real. 14
Construção geométrica da imagem
Lente Convergente
II - Objeto posicionado no ponto antiprincipal objeto (A).

RI
Objeto

RI

Imagem
RR
Imagem: Mesmo tamanho, invertida e real.
RR
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Construção geométrica da imagem
Lente Convergente
III - Objeto posicionado entre o ponto antiprincipal objeto (A) e o foco
objeto (f).
RI

Objeto
RI

Imagem
RR
RR

Imagem: Maior, invertida e real. 16


Construção geométrica da imagem
Lente Convergente
IV - Objeto posicionado No foco objeto (f).

RI

Objeto
RI

RR RR

Imagem: Imprópria (Forma se muito longe da


lente, ou seja, no infinito)
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Construção geométrica da imagem
Lente Convergente
V - Objeto posicionado entre o foco objeto (f) e o centro óptico (O).

Imagem
RI

Objeto
RI

RR
RR

Imagem: Maior, direita e virtual. 18


Construção geométrica da imagem
Lente Divergente
Atenção: Para qualquer posição do objeto colocado diante de uma lente
divergente, sempre teremos um único tipo de imagem, vejamos:
RR
RI

Objeto
RI

Imagem RR

Imagem: Menor, direita e virtual. 19


Estudo analítico das imagens das lentes esféricas

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Vergência da lente esférica
Tendo-se uma lente esférica, imersa em determinado meio, define-se
vergência (V) como o inverso da sua distância focal:

Unidade no SI: 1 . = m-1 = dioptira (Di)


m

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Fórmula dos fabricantes de lentes
A fórmula dos fabricantes de lentes é a relação entre essas variáveis: ela
fornece a vergência de uma lente esférica em função dos índices de refração
(do material que a constitui e do meio onde ela está imersa) e dos raios de
curvatura de suas faces:

Para os raios de curvatura deve-se


usar a seguinte convenção de sinais:
Fase convexa: raio de curvatura
POSITIVO.
Fase côncava: raio de curvatura
NEGATIVO. 22
Fontes:
Disponível em:
https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.todoestudo.com.br%2Ffisica%2Flentes-esferic
as&psig=AOvVaw3MV8EC5xZtEYQ4dK1PpelG&ust=1633102335832000&source=images&cd=vfe&ved=0CAsQjRx
qFwoTCIjVir6Cp_MCFQAAAAAdAAAAABAE. Acesso em 30 de setembro de 2021.

Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/lentes-esfericas.htm. Acesso em 30 de setembro de


2021.

Disponível em:
https://image.slidesharecdn.com/lentessamara2014-140819071958-phpapp01/95/lentes-esfricas-2014-46-63
8.jpg?cb=1408433020. Acesso em 1° de outubro de 2021.

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