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FRENTE: FÍSICA II
EAD – ITA/IME
PROFESSOR(A): CARLOS EDUARDO
AULAS 05 E 06
ASSUNTO: ESPELHOS ESFÉRICOS
Resumo Teórico M
0 V
Espelho esférico
Espelhos esféricos são calotas polidas. Dependendo da
N
superfície polida (interna ou externa) o espelho pode ser classificado
como côncavo ou convexo, respectivamente. O ângulo α, na figura
abaixo, representa o que chamamos de abertura do espelho esférico. Nos espelhos côncavos, o centro de curvatura é ponto objeto
Nosso estudo está limitado para ângulos de abertura pequenos, caso real e ponto imagem real. Já nos espelhos convexos, o centro de
contrário, acontecem aberrações esféricas. Mais adiante falaremos curvatura é ponto objeto virtual e ponto imagem virtual.
mais sobre este assunto.
Foco de um espelho esférico
Vamos considerar um feixe de raios incidentes paralelos ao eixo
principal de um espelho esférico côncavo; o vértice do feixe dos raios
refletidos (feixe emergente) é o foco principal do espelho côncavo.
α POO
O
r v
0 P V
Sup. côncava
Centro de curvatura
A explicação deste fato se dá pela aproximação da superfície
O centro de curvatura coincide com o centro da esfera da esférica a uma superfície parabólica. Na verdade, queremos uma
qual foi formada o espelho (pois o centro de curvatura de uma esfera maneira prática para construir imagens, então, não nos preocuparemos
coincide com o centro da mesma, fato que não seria verdade se o em demonstrar isso. É interessante saber que se os raios incidentes
espelho fosse elíptico, por exemplo). Bom, um fato interessante sobre forem paralelos entre si, mas não paralelos ao eixo principal, ao
esse ponto é que todo raio que passa por este é refletido na superfície refletirem no espelho esférico, cruzam-se sobre um ponto que se
do espelho e retorna pelo mesmo caminho. Isso acontece porque a encontra sobre um plano perpendicular ao eixo principal e que passa
normal também passa pelo centro. Portanto, o ângulo de incidência pelo foco. Chamamos estes pontos de focos secundários. Tal plano é
é igual a zero. conhecido como plano focal.
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MÓDULO DE ESTUDO
A V
v r 0 P (objeto)
P’ (imagem)
Vértice
Formação de imagens nos espelhos esféricos
O vértice é o ponto que divide simetricamente o espelho
esférico. Não existe nada de novo para o vértice. Ele funciona como Conhecendo esses pontos principais e como os raios se
qualquer ponto da superfície do espelho e todos os raios que incidem comportam quando passam por eles, estamos aptos a estudar a
sobre ele, emergem formando o mesmo ângulo com a normal. Neste formação das imagens.
caso, a normal coincide com o eixo principal.
Construção da imagem
Nos espelhos esféricos, a construção gráfica de imagens é uma
aplicação das propriedades acima, sendo suficiente o traçado de dois
i=r dos três raios estudados.
i
r Na figura a seguir, observamos a imagem P’ de um ponto
I
objeto real, simbolicamente:
p(E) = P.O.R
p‘(E) = P.I.R
V
P
Condições de Gauss
Para evitar qualquer tipo de aberração, Gauss verificou que
tais espelhos devem estar nestes padrões: 0 F V
• Os raios devem ser paraxiais (pouco afastados do eixo principal);
• O ângulo de abertura deve ser menor que 10°;
P’
• A inclinação dos raios deve ser pequena.
P‘
P O F v
A V O‘
P (objeto)
P’ (imagem)
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MÓDULO DE ESTUDO
Q’
O’
O Q
0 F P v P’ O F P v P’
P y e y’
luz
O Q
V
y
f p p
O r v
f y’
p e p’
p’
Determinação analítica das imagens Q’
Nas figuras a seguir, observamos que: VP é a distância do vértice
do objeto, representada por p; VP’ é a distância do vértice à imagem,
representada por p’; PQ é o tamanho (comprimento) do objeto; P’Q’ é p
o tamanho da imagem e f é a distância do vértice ao foco do espelho.
P‘Q‘ VP‘
P’Q’ é imagem real invertida, e a distância do vértice à imagem =−
PQ VP
é VP’= p’.
001.743 - 128101/18
3 F B O N L I NE .C O M . B R
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MÓDULO DE ESTUDO
y
P’ i
V
P O F r
y’
O’
P‘Q P‘Q‘
Temos ainda que: =
OP PQ
{P‘O = R − p‘
PO = p − R
R − p‘ p‘ A) Parabólico. B) Convexo.
Substituindo, temos: = C) Côncavo. D) Os três anteriores.
p −R p
E) Plano.
1 1 1 1
− = −
p‘ R R p 04. Em certo experimento, mediram-se a distância p entre um objeto e
a superfície refletora de um espelho esférico côncavo, que obedece
Como R = 2f às condições de Gauss, e a distância p’ entre esse espelho e a
1 1 1 correspondente imagem real produzida, em vários pontos. O resultado
+ = dessas medições está apresentado no gráfico a seguir:
p p‘ f
1
p’ (10 cm )
–2 –1
Exercícios 10,0
8,0
01. Diante de uma bola de Natal que tem a superfície externa 6,0
espelhada, um observador dispõe um lápis, que é aproximado e
afastado da superfície refletora. A respeito da imagem que a bola 4,0
conjuga ao lápis, podemos afirmar que
A) é virtual, direita e reduzida, qualquer que seja a posição do 2,0
lápis.
B) pode ser real ou virtual, dependendo da posição do lápis. 0,0
2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 1
p (10 cm )
–2 –1
C) é real, invertida e aumentada, qualquer que seja a posição do
lápis.
D) é simétrica do lápis em relação à superfície refletora. Examinando cuidadosamente o gráfico, determine a distância
focal do espelho.
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MÓDULO DE ESTUDO
05. A figura a seguir mostra um triângulo retângulo ABC situado em 10. No século III a.C., Arquimedes teria liderado guerreiros da
frente a um espelho côncavo, de centro C e distância focal 6,0 cm. Sicília – na época pertencente à Magna Grécia – na defesa da
Sabendo que AB = 8,0 cm e AC = 6,0 cm, determine a área da cidade de Siracusa, vítima constante de ataques marítimos de
frotas romanas. Conta-se que ele instalava, na região costeira
imagem do triangulo ABC, fornecida pelo espelho.
da ilha, espelhos ustórios (ou incendiários), que consistiam em
enormes calotas esféricas, polidas na parte interna (côncava), que
B “concentravam” os raios solares, produzindo fogo nas galeras
inimigas. O esquema a seguir representa um desses espelhos, em
operação de acordo com as condições de Gauss, e a trajetória
seguida pela luz até um ponto fatal P, de alta concentração
energética.
A C F
Sol
Eixo
principal
06. Um espelho convexo, cuja distância focal tem módulo igual a 10 cm,
d h
está situado a 20 cm de um espelho côncavo, de distância focal
20 cm. Os espelhos estão montados coaxialmente e as superfícies
refletoras se defrontam. Coloca-se um objeto luminoso no ponto P
médio do segmento que une os vértices dos dois espelhos. Localize
a imagem fornecida pelo espelho convexo ao receber os raios
Supondo-se conhecidos os comprimentos d e h, o raio de
luminosos que partem do objeto e são refletidos pelo espelho
curvatura do espelho fica determinado por
côncavo. 1 1
A) (d2 − h2 ) 2 B) 2(d2 − h2 ) 2
07. Qual a distância focal de um espelho côncavo se, quando um 1 1
E) (h − d ) 2
2 2
l = 5cm, em direção oposta ao espelho (a partir desta distância),
a ampliação transversal é β2 = –0,25?
11. (OBF) É possível encontrar em caminhões dois espelhos retrovisores
08. Um espelho plano está colocado em frente a um espelho côncavo compostos, do lado do motorista. Na foto a seguir, o espelho
perpendicularmente ao eixo principal. Uma fonte luminosa inferior é plano. Em relação ao de cima, podemos dizer que:
pontual A, colocada sobre o eixo principal entre os dois espelhos, I. Como o do inferior, observamos a imagem atrás do espelho,
emite raios que se refletem sucessivamente nos dois espelhos e e é, portanto, uma imagem real;
formam, sobre a própria fonte A, uma imagem real desta. O raio II. A área refletida para o olho do motorista é maior que a refletida
de curvatura do espelho é 40 cm e a distância do centro da fonte pelo espelho de baixo, portanto, é uma parte de um espelho
A até o vértice do espelho esférico é de 30 cm. A distância d do côncavo;
III. Os raios de luz que incidem paralelamente ao eixo principal são
espelho plano até o vértice do espelho côncavo é, então:
desviados, afastando-se do eixo principal e seu foco é obtido
A) 20 cm
a partir do prolongamento desses raios.
B) 30 cm
C) 40 cm
D) 45 cm
E) 50 cm
30 cm A
001.743 - 128101/18
5 F B O N L I NE .C O M . B R
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MÓDULO DE ESTUDO
A B V
Resoluções
L D
01. Observando a formação da imagem de um espelho convexo,
podemos perceber que a imagem é direita, virtual e menor.
1 1 1 1 1 1
= + →− = + → p = − 20 cm
f p p’ 40 p 40 ’
Perceba que o sinal que surge (negativo) nos diz que o objeto,
ponto de encontro dos raios incidentes, é virtual.
V Resposta: C
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MÓDULO DE ESTUDO
05. A imagem do ponto B será formada em: Para que a imagem final, formada sobre o objeto A, seja de
1 1 1 natureza real, a imagem fornecida pelo espelho côncavo deve
I. = + → p ’ = 9 cm
6 18 p ’ comportar-se como objeto virtual em relação ao espelho plano.
i p’ A trajetória dos raios de luz pode ser observada no esquema a
II. = − → i = − 4 cm seguir.
o p
Como o ponto C se localiza no centro do espelho, este gera d
imagem na mesma posição. Assim, os lados serão 4 cm e 3 cm.
A área da imagem será:
b ⋅h 3⋅ 4
A= = = 6 cm2
2 2 A A’
Resposta: 6 cm 2 V F
1 1 1 1 1 1 Resposta: D
Equação de Gauss: + = ⇒ + = ⇒ p1 ’ = −20 cm
p p ’ f1 10 p1 ’ 20
09. A) Se a imagem deve ser projetada em um anteparo, sua natureza
A imagem virtual i1 produzida por E1 comporta-se como objeto é real e p’ > 0.
real em relação ao espelho convexo E2. Como p > 0 e p’ > 0 ⇒ A < 0
1 1 1 1 1 1 e a imagem é invertida.
Equação de Gauss: + = ⇒ + = p’ p’
p p’ f (20 + 20) p2 ’ − 10 B) A = − ⇒ − 4 = − ⇒ p ’ = 60 cm
p 15
Da qual: p ’2 = − 8, 0 cm
1 1 1 1 1 1
C) = + ⇒ = +
Resposta: 8,0 cm. f p p’ f 15 60
f = 12 cm
07. Na situação 1, temos:
1 1 1 10. Os raios estão convergindo para o ponto P, que fica na mesma
= +
f x − β1x vertical do foco.
Logo;
Na segunda situação, temos:
1
1 1 1
= + f 2 + h2 = d2 → f = (d2 − h2 ) 2
f x + −β2 ( x + )
Substituindo x de uma equação na outra, temos que: f = 2,5 cm Porém, a distância R do centro de curvatura é 2f,assim:
1
Resposta: f = 2,5 cm R = 2(d2 − h2 ) 2
V F C 8 cm 8 cm
25 cm
25 – 8 = 17 cm
{ {
B) Se pB ’ = D (a imagem do ponto B forma-se sobre esse mesmo p1 = 32 + p2 p = 41 cm
ponto), vem ⇒ 32 + p2 + p2 = 50 ⇒ 1
p1 + p2 = 50 p2 = 9 cm
Df
D= ⇒ D − f = f ⇒ D = 2f Assim, as respectivas distâncias da vela aos espelhos E1 e E2 são
D−f
de 41 cm e 9 cm.
L
Levando em conta a condição de C = , temos:
2 Resposta: B
L Lf 2
= ⇒ f(f + L) = 2 f 2 ⇒ f + L = 2f ⇒ L = f
2 (2f − f )(2f + L − f)
L
Portanto: =1
f
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