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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA

DISCENTE: ___________________________________________ Data: ____/____/____


SÉRIE: 2ª TURMA: TURNO:
DOCENTE: Giullyano Cordeiro Componente Curricular: Física

Material de apoio de espelhos planos

SISTEMA ÓPTICO

Denominamos sistema óptico os sistemas físicos que alteram a direção dos raios de luz. Em
relação a um sistema óptico podemos definir ponto objeto e ponto imagem.
 Ponto objeto: é o ponto de intersecção dos raios de luz que incidem no sistema.
 Ponto imagem: é o ponto de intersecção dos raios de luz que emergem do sistema.

a b
Figura 01: Ponto objeto (a) e ponto imagem (b)

Existem três tipos de pontos objetos para o sistema óptico:


 Ponto objeto real: quando os raios incidentes efetivamente passam pelo ponto P.
 Ponto objeto virtual: Se apenas os prolongamentos dos raios incidentes se cruzam no
ponto P.
 Ponto objeto impróprio: quando os raios incidentes são paralelos, dizemos, nesse
caso, que o ponto objeto está no infinito.

a b c
Figura 02: Ponto objeto real (a), ponto objeto virtual (b) e ponto objeto
impróprio (c)

Os pontos imagens também podem ser de três tipos:


 Ponto imagem real: quando os raios emergentes passam efetivamente por P.
 Ponto imagem virtual: se apenas os prolongamentos dos raios emergentes se cruzam
no ponto P.
 Ponto imagem impróprio: quando os raios emergentes são paralelos, dizemos, nesse
caso, que o ponto imagem está no infinito.

a b c
Figura 03: Ponto imagem real (a), ponto imagem virtual (b) e ponto imagem
impróprio (c)
ESPELHOS PLANOS

Espelho (do latim speculum) é uma superfície que reflete um raio luminoso em uma direção
definida, em vez de absorvê-lo ou espalhá-lo em todas as direções. Uma superfície é considerada
um espelho quando for bem polida, oferecendo aproximadamente 70 a 100 % de reflexão.
Podemos definir espelhos planos como toda superfície plana e polida, portanto, regular,
capaz de refletir a luz.

FORMAÇÃO DE IMAGENS

A imagem de um objeto real conjugada por um espelho plano parece se situar na superfície
do espelho, entretanto não é isto que ocorre. Um espelho plano sempre produz, de um objeto real,
uma imagem virtual e simétrica ao espelho.
Colocando um objeto luminoso puntiforme A (figura 05) na frente de um espelho, observamos
que os raios provenientes dele sofrem reflexão regular.
p p’ Para desenhar a imagem de um objeto pontual devemos
seguir os seguintes passos:
A A’
1. Desenhar os raios incidentes e refletidos.
(lembre-se que o raio que incide sob um ângulo
de 90° reflete sobre si mesmo).
p = p’ 2. Prolongar os raios incidentes para trás do
espelho.
Figura 05: Imagem de objeto 3. No encontro do prolongamento dos raios temos a
pontual posição da imagem do objeto.

Agora vamos representar a imagem de um objeto luminoso extenso ABC (figura 06) quando
colocado na frente de um espelho plano.
Para desenhar a imagem de um objeto extenso
A A’ devemos seguir os seguintes passos:
1. Dar nome aos pontos correspondentes aos
C C’
vértices.
2. Desenhar os raios incidentes e refletidos
B B’ relacionados a cada vértice.
Figura 06: Imagem de objeto 3. Medir a distância de cada vértice ao espelho e
extenso marcar o ponto imagem na respectiva distância.

Análise das características da imagem nos espelhos planos

I. Virtual – formada pelo prolongamento dos raios refletidos, atrás do espelho.


II. Simétricas – o eixo de simetria é vertical, isto significa: lado direito do objeto passa
para o esquerdo da imagem e vice-versa.
III. Equidistante – a distância do objeto ao espelho é igual a distância do espelho à
imagem.
IV. Tamanho – igual ao do objeto.

ENANTIOMORFISMO

Como vimos, as imagens conjugadas por espelhos planos


são simétricas aos objetos, isto é, a distância de cada ponto do
espelho ao objeto é igual à distância da imagem ao espelho, o
que nos permite concluir que apesar de a imagem ter o mesmo
tamanho do objeto, eles não são exatamente iguais. Na verdade,
a imagem fica invertida em relação ao objeto. Esse fenômeno Figura 07:
recebe o nome de enantiomorfismo (figura 07). Enantiomorfismo
CAMPO VISUAL DE UM ESPELHO PLANO

É aquela região que um observador vê ao se colocar na


frente de um espelho. Esta região limitada pelos raios que
passam nos extremos do espelho (figura 08). O campo visual
depende das dimensões do espelho e da posição do
observador em relação a ele.
Figura 08: Campo visual
ASSOCIAÇÃO DE ESPELHOS PLANOS

Quando a luz refletido por um espelho atinge um outro, dizemos que os espelhos estão
associados. Podemos ter dois tipos de associação.
a) Associação em paralelo

O número de imagens formadas do ponto A é infinito. Cada imagem de um espelho faz o


papel de um novo objeto para o outro espelho, e assim sucessivamente (figura 09).
E2 E1

A’’’’ A’’ A A’ A’’’

Figura 09: Associação em paralelo

b) Associação angular

Quando colocamos dois espelhos juntos, de maneira


a formar um certo ângulo entre si, existe um processo de
reflexões sucessivas, possibilitando a formação de várias
imagens, a depender do ângulo entre eles.
 Observa-se, que por razão de simetria, o ponto
objeto e os pontos imagens ficam sobre uma
mesma circunferência (figura 10).
 Verifica-se que o ângulo oposto pelo vértice de
 é um ângulo que não geram mais novas Figura 10: Associação
imagens. Esse ângulo é chamado de ângulo angular
morto (figura 10).
Para dois espelhos planos que formam entre si um ângulo , o número de imagens N obtidas
de um objeto colocado entre eles é:
N = 360° - 1

Sendo válida nos casos:


a) quando a relação 360/ é um número par, o objeto P pode ficar em qualquer posição
do objeto entre os dois espelhos;
b) quando a relação 360/ é um número ímpar, o objeto P está no plano bissetor do
ângulo .

TRASLAÇÃO DE UM ESPELHO PLANO

Seja P’ a imagem de um objeto P em relação a um espelho pano numa posição A. Deixemos


fixo o objeto P enquanto o espelho executa uma translação passando para uma posição B, sendo P’’
a nova imagem (figura 11). Se d é o deslocamento da imagem, temos:
A B

P P’ P’’

d’
d’ = 2.d
d

Figura 11: Translação de um espelho plano

Concluímos então que o deslocamento da imagem (d’) é o dobro do deslocamento do espelho


(d). Se levarmos em conta que os deslocamentos do espelho e da imagem ocorrem no mesmo
intervalo de tempo, podemos concluir também que a velocidade da imagem (v i) é o dobro da
velocidade do espelho (ve). Supomos essa velocidade em relação ao ponto P.

vi = 2.ve

ROTAÇÃO DE UM ESPELHO PLANO

Nossa intenção agora é a de verificar o


que acontece quando um espelho sofre uma
certa rotação. Na figura abaixo,
representamos um raio RA que incide em um
espelho plano E, com um ângulo de incidência
α, sendo então, desta forma, AD o raio
refletido.
Supondo que giremos o espelho fazendo com
que surja um ângulo Ө em torno de seu
próprio plano e supondo ainda que o raio
incidente atinja o espelho, sendo B o novo
ponto de incidência, surgindo o raio refletido
BF, o ângulo que chamamos de Δ é formado
entre os dois prolongamentos dos raios AD e
BF, e a esse ângulo damos o nome de desvio
Figura 12: Rotação de um espelho plano
angular sofrido pelo raio refletido.
Sabemos que a soma interna de
qualquer triângulo é igual a 180º. Dessa
forma, no triângulo CAB da figura temos:

Ө + (90º- α) + 2α + β = 180º
Isolando Ө teremos:
Ө = 90º - α – β
Para o triângulo GAB, temos:
Δ + 2α + 2β = 180º
Isolando Δ teremos:
Δ = 180º - 2α - 2β

Substituindo a primeira equação na segunda temos:

 = 2.

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