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Amisse Momade

Bunufacio Severino
Insa Selemane
Lima Orlando
Holinda Daniel Nivataco
Kamuera Nemane
Salimo Tuairia

RELATÓRIO DA EXPERIENCIA DO LABORATÓRIO DE MECÂNICA

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
2

Amisse Momade
Bunufacio
Severino
Insa Selemane
Lima Orlando
Holinda Daniel
Nivataco

RELATÓRIO DA EXPERIENCIA DO LABORATÓRIO DE MECÂNICA

Licenciatura em ensino de Matemática com habitações em Física

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


Laboratório de Mecânica a ser entregue no
Departamento de Ciências, Tecnologias,
Engenharias e Matemática, 3o Nível, 1o
Semestre, sob orientações do docente:

dr. Santos Amane

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2023
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Índice

Introdução ............................................................................................................................... 4

Definir a velocidade; .............................................................................................................. 4

Determinar os valores médios dos tempos medidos com suas respectivas distâncias; .......... 4

Diferenciar as velocidades encontradas em relacao as suas distâncias; ................................. 4

Calcular os erros a partir dos resultados obtidos. ................................................................... 4

Medição de uma Grandeza Física ........................................................................................... 5

Erros de medição .................................................................................................................... 6

Tipos de Erros ......................................................................................................................... 6

Materiais utilizados ................................................................................................................. 7

Procedimentos ......................................................................................................................... 8

Cálculo dos erros da experiência .......................................................................................... 11

Resultados da experiencia:.................................................................................................... 13

Conclusão.............................................................................................................................. 14

Referências bibliográficas..................................................................................................... 15
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Introdução

Experiencia Nº 2: Medição da velocidade

O presente trabalho consiste na manipulação e execução de experimentos em sala de aula


como método didáctico, a fim de determinar a fim de determinar a eficiência de um trabalho
docente de teoria e prática em paralelo. Para podermos determinar a velocidade de uma
pessoa andado, precisamos saber o comprimento da distância que ela percorre durante certo
intervalo de tempo. Foi por isso que o nosso docente, forneceu-nos o guião contendo os
valores diferentes de distância e obtemos o tempo a partir da medição com o uso do
cronómetro (telemóvel), determinando dessa forma as respectivas velocidades.

Objectivo geral

 Determinar a velocidade de um veículo através de medição da distância e de tempo.

Objectivos específicos

 Definir a velocidade;
 Determinar os valores médios dos tempos medidos com suas respectivas distâncias;
 Diferenciar as velocidades encontradas em relacao as suas distâncias;
 Calcular os erros a partir dos resultados obtidos.

Objectivo da experiência

 Determinar o coeficiente de atrito estático entre uma massa de ferro e um plano

Estrutura do Trabalho

O trabalho está estruturado a partir da presente introdução, seguida sucessivamente do


desenvolvimento dos aspectos pertinentes relacionados com o tema em análise, conclusão e
bibliografia.
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Resumo teórico

Distância

Para Baloi (2010), distância é o comprimento da trajectória desenhada no percurso desde o


ponto inicial, ou de partida, ate ao ponto final, ou de chegada, por um corpo. É uma grandeza
escalar sempre de valor positivo.

Velocidade

Segundo Baloi (2010), velocidade é uma grandeza física que caracteriza o estado do
movimento de um corpo. Indica a rapidez com que um corpo se move, ou seja, decorre a taxa
de variação de posição no tempo.

De acordo com Baloi (2010), a velocidade é uma grandeza vectorial sendo, por isso,
representada por um vector. Velocidade possui um módulo (comprimento de vector), direcção
e sentido (representado por uma seta).
 � é velocidade, a sua unidade no SI é metros por segundos (m/s)
 ∆� é a variação de espaço, a sua unidade
∆� no SI é metros (m)
�=
∆� no SI é segundos (s)
 ∆� é a variação de tempo, a sua unidade
Onde:
Medição de uma Grandeza Física

Segundo Amane (2022), medir uma grandeza física é comparar com uma outra que se toma
como padrão. A medição pode ser directa e indirecta.

Medição Directa - faz-se mediante um instrumento de medição. Ex.: podemos medir a força
de interacção de um corpo usando um dinamómetro.

Medição Indirecta - faz-se a partir de uma relação matemática com outras grandezas possíveis
de medição directa. Ex.: podemos medir a força de um corpo, medindo a massa do corpo e a
sua aceleração, através da 2a lei de Newton determinar a força, que: Fr =m.a
Onde Fr é a força resultante a é aceleração e m a massa do corpo, a
unifadede internacional da força é N.
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Erros de medição

Para Amane (2022), durante a medição o resultado que se obtém está sujeito a uma
imprecisão, pois é impossível obter o seu valor exacto.

A imprecisão se deve a vários factores que conduzem a ocorrência de erros na medição como
por ex:

 Insuficiência do material de experimentação ou medição;


 Dificuldades por parte do observador (imperfeição dos órgãos de sentido, fraca
capacidade e habilidade experimental);
 Influência negativa do meio ambiente.

Tipos de Erros

De acordo com Amane (2022), os erros podem ser:

Sistemáticos - é um erro que para as mesmas condições de experimentação, o erro é sempre


constante, e varia regularmente com a variação regular das condições de experimentação. Isto
é, acontece sempre do mesmo modo e afecta o resultado sempre no mesmo sentido.

Resulta das deficiências dos instrumentos usados para a medição, uma grandeza imperfeita,
da escala, deformação, pouca visibilidade da escala devido ao desgaste ou redução da mesma;
imperfeição dos órgãos de sentido do observador, utilização de um método inadequado.

Erros Grosseiros - é o erro que é cometido por falta de atenção ou desleixo por parte do
observador. Ele resulta de entre outros motivos, da má intenção, de mão estado emocional,
perturbação durante a leitura.

Erro Acidental – é o erro cometido casualmente. Resulta na falta de atenção do observador


ou as variações inesperadas nas condições. É imprevisível e impossível de avaliar sob ponto
de vista dos efeitos que possam produzir. A maneira como aparece nas diversas condições não
é sempre a mesma e a influência que porventura exerce no resultado também é variado.
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Materiais utilizados

 Uma (1) fita métrica (régua linear);


 Duas (2) bases de tripés;
 Um (1) carro;
 Uma (1) mesa plana;
 Um (1) cronómetro.

Figura 1: Materiais usados


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Figura 2: Esquema da experiência

Fonte: Autores

Procedimentos

1. Colocar ambas as bases a uma distância de 50cm sobre uma área plana (mesa);
2. Accionar o carro e, a uma pequena distancia, colocá-lo sobre a área de modo que vá
passar pelas duas bases de tripés;
3. Iniciar o cronómetro assim que o carro passar pela primeira base de tripé, pará-lo
assim que passar pelo segundo;
4. Inserir o tempo na tabela;
5. Repetir o experimento varias vezes para reduzir imprecisões de medição;
6. Repetir o experimento com outras distâncias.

Para o preenchimento da seguinte tabela, foi necessário em primeiro lugar determinar o tempo
em relação a distância dada.

Para distância � = ����

Nesse caso, obtemos três valores distintos do tempo t, o que nos obriga a determinar valor
médio do tempo t.
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 Valor médio do tempo t

Os erros apresentados são as causas que nos conduzem a resultados matemáticos imprecisos.
Para exprimir o resultado da medição duma certa grandeza ex. x, devemos tomar em
consideração:

 O valor médio (o valor mais provável da grandeza) - que é a razão entre a soma de
todas medições realizadas pelo número total das observações; define-se por:
i N

x i
x1  x2  x3 ....xn
x i 1
, ou,  x  ; onde:
N n
 x1 , x2 , x3 .....xn , representa o valor de cada leitura;
 n é o número total das leituras;
 �̅ representa o valor médio.

t1=1,02s, t2=1,48s e t3=1,37s

� +� +�
� =
3

� = 1.55
3

� = 3.59
3 �

197� 2
� = 1. ≈ 1. �
 Velocidade

Podemos calcular a velocidade com o uso da seguinte expressão matemática:


�=

Mas para determinar a velocidade no sistema internacional (SI), que é �⁄�, é imperativo
converter 50�� em metros.

Prosseguindo com a regra de três simples, teremos:


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1m 100cm

x 50cm

1� ∗ 50��
�=
100��

� = 0.5�

2
Feito isto, já podemos calcular a nossa velocidade: � = 1, � e � = 0.5�.

�=

0.5�
�=
2
1. �

417
� = 0. � �
Com o mesmo raciocínio, conseguimos preencher a nossa seguinte tabela para as restantes
distâncias.

Tabela 1: Exemplos de medição

Tempo Valor médio do t �


�=
Distância �
11,02s

50�� 1.26� 1.2� 0.417 �⁄�

0.78�
2.60�

100�� 1.57� 1.7� 0.6 �⁄�


0.92�
2.01�

150�� 1.10� 1.4� 1.1 �⁄�


0.97�

Fonte: Autores
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Verificando na última coluna da tabela, onde estão inseridas as velocidades obtidas, de forma
cuidadosa, podemos concluir que o automóvel para a distância de 150��
150 foi mais rápido e
para a distância de 50��
�� estava muito lento. E isso está ou fica mais claro para nós,
visualizando o seguinte gráfico que compara as tais velocidades.

Figura 3: Comparação das velocidades obtidas

Fonte: Autores

Cálculo dos erros da experiência

 Erro médio do valor aritmético médio: ∆�̅

Dá-nos o intervalo em que é provável encontrar o valor real. Por outras palavras, diz nos
quanto o valor médio �̅ está desviado do valor real �.

Para uma série de medições o valor real fica com uma probabi
probabilidade
lidade de 68,3% no intervalo de
�̅ ± |∆�̅ |.

Sendo possível calcular usando a seguinte expressão matemática:

 x  x 
2
i
x   i 1

nn  1
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Tabela 2: Cálculo de erro médio do valor aritmético médio ∆� para distancia de �� ��

� em segundos (�) |� − �̅| em � |� − �̅|

� 1.55 0.35 0.1225

� 1.26 0.06 0.0036

� 0.78 0.42 0.1764

�̅ = 1.5

Fonte: Autores

 x 2
i  x
x   i 1

n n  1 

∑ (� − �̅)
∆�̅ = ±
�(� − 1)

0.1225� + 0.0036� + 0.1764�


∆�̅ = ±
3 ∗ (3 − 1)

0.3025�
∆�̅ = ±
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∆�̅ = ± 0.05041667�
∆�̅ = ±0.225 �
O erro médio do valor aritmético médio ∆�̅ para distancia de 50 �� foi de
∆�̅ = ±0.225 �.

Para a distância de 100 �� o erro cometido na medição foi de ∆�̅ = ±0.489 �.

Para a distancia de 150 �� o erro cometido na medição foi de ∆�̅ = ±0.328 �.


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Resultados da experiencia:

Comparando se os valores percebemos que mesmo dentro do intervalo da incerteza os valores


não são iguais. Tal facto deve se aos erros em que o experimento foi cometido ou exposto,
como comentado. Lembrando que não existe valor medido sem erro.

Conseguimos verificar que as velocidades encontradas dependem do tempo gasto em relação


a sua distância. Quanto menor for o tempo maior será a velocidade do carro. E com base no
gráfico acima (figura 3), mostrou nos de forma clara, a partir das equações horárias
determinadas nesse experimento que a recta com maior inclinação (azul) indicaria maior
velocidade, consequentemente, a recta com menor inclinação (vermelha) representou o
movimento mais devagar.

O experimento realizado é muito curioso e valido. O que se percebe que aprendemos a


manusear alguns gráficos a partir desses experimentos, por isso tivemos alguns problemas em
como achar a recta representando a velocidade de cada movimento. Realmente a base
matemática dos estudantes esta muito precária, nos sentimos dificuldades em uma simples
regra de três e quando aprendemos, pensamos que somos génios.
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Conclusão

Chegando neste presente momento, concluímos que a experiência obteve resultados positivos,
pois posteriormente, quando parte dos alunos vierem a estudar o Movimento Uniforme, terão
uma visão mais concreta desse fenómeno. Ficamos impressionados com a motivação dos
estudantes para realizar a experiência, tivemos a oportunidade de estudar um fenómeno básico
e comum do dia-a-dia, além de aprenderem a simboliza-lo.

Com essa actividade experimental e toda a análise formal exposta em lousa, foi possível fazer
com que os alunos reflectissem sobre a descrição de um movimento uniforme através de um
gráfico. Tendo construído esse formalismo, eles terão mais facilidade para entender como
uma função linear se comporta, assim como o que ela pode transmitir.

Utilizando a propagação de erros, calculamos a incerteza da velocidade do nosso objecto de


estudo, usando a seguinte expressão matemática, que nos ajuda a determinar o erro cometido
na experiência:

∑ (� − �̅ )
∆�̅ = ±
�(� − 1)

Onde:

∆� é o erro médio do valor aritmético médio.

�� − � é o erro absoluto, ou seja, o desvio do valor de medição do valor real.

� é o número total de medições realizadas de um dado experimento.

Seguindo os valores exactos colectados na experiência, �̅ = 0, 71 �/� e ∆�̅ = 0,25 �/� ,


obtivemos � = (0, 71 ± 0,25) �/�, o erro na velocidade não foi tão alto, mesmo sem haver
grande quantidade de medidas de intervalos de tempo.

Entretanto, é possível confiar nesse método experimental.


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Referências bibliográficas

Amane, Santos (2023). Guião: Experiência nº 2: Medição da velocidade. Universidade


Rovuma - Extensão de Cabo Delgado, Montepuez.

Baloi, S. Mário (2010). Pré-Universitário Física 11. 1ª Edição. Maputo. Longman


Moçambique.

Amane, Santos (2022). Erros de Medição. Universidade Rovuma - Extensão de Cabo


Delgado, Montepuez.

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