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Universidade Federal do Amazonas - (UFAM)

Instituto de Ciências Exatas - (ICE)


Laboratório de Física Geral IV - (IEF819)
Professor. Dr. Haroldo de Almeida Guerreiro

Refração e Reflexão da Luz

Aluno: Edson Darlan M. Ferreira - 21950129

Manaus, 12 de agosto de 2022


Sumário
1 Introdução 5

2 Fundamentação Teórica 5
2.1 O Ângulo de Brewster . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

3 Objetivos 6

4 Parte Experimental 6
4.1 Material Necessário: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
4.2 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

5 Resultados e Discussões 8

6 Conclusão 9

Referências 9
Lista de Figuras
1 Temos o R s a refletância do feixe polarizado perpendicular e o R p a refletância do
feixe polarizado perpendicularmente. Mas esse gráfico é apenas quando n 1 < n 2 , ar
para o acrílico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2 Montagem do experimento de reflexão e refração da Luz realizado no laboratório da
UFAM. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3 Realização do experimento de reflexão e refração da Luz realizado no laboratório da
UFAM. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4 Realização do experimento de reflexão e refração da Luz realizado no laboratório da
UFAM. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Lista de Tabelas
1 Introdução
Neste relatório, na fundamentação teórica, será apresentado do que é reflexão e a re-
fração da luz na interface entre dois meios dielétricos, buscando determinar os coeficientes de
reflexão e transmissão como função do ângulo de incidência. Veremos que esses coeficientes de-
pendem da direção de polarização da luz incidente, e que existe um ângulo (ângulo de Brewster)
para o qual a luz com determinada polarização não é refletida, o que resulta no máximo de trans-
missão para uma determinada polarização. Esse é um método de produzir luz linearmente pola-
rizada. com o objetivo de determinar o ângulo de Brewster. Em seguida, falaremos sobre a parte
experimental onde e como foram feitas as medidas do experimento e assim, a partir dos dados
coletados, mostrar os resultados condizentes e compará-los com os valores teóricos e tirar uma
conclusão desse experimento.

2 Fundamentação Teórica
Se um feixe de luz polarizada paralelo ou perpendicular ao plano de incidência reflete
sobre uma superfície polida e semi-transparente (dielétrico) como o acrílico, sua intensidade pode
ser descrita pelas equações de Fresnel abaixo. Para a polarização:
Paralela TM
p
−n 2
cos θ + n 2 − sen2 θ
R p = (r p )2 = p (1)
n 2 cos θ + n 2 − sen2 θ
Perpendicular (TE)
p
2 cos θ − n 2 − sen2 θ
R s = (r s ) = p (2)
cos θ + n 2 − sen2 θ
onde R é a refletância, isto é, fração da intensidade refletida em relação à incidente. O r é o coefi-
ciente de refletividade e n é o índice de refração relativo ao ar. Por exemplo:
n acr íl i co
n= (3)
n ar
(Se a direção da incidência for ar → acrílico). O θ é o ângulo de incidência do feixe com a normal
à superfície.
Estas equações podem ser representadas graficamente conforme a figura 1.
Observa-se no gráfico que: Para o feixe paralelo a refletância vai à zero em um deter-
minado ângulo de incidência θB (Ângulo de Brewster).
2.1 O Ângulo de Brewster
No começo do século XIX, a área da óptica física viveu um grande desenvolvimento,
com contribuições de cientistas como Thomas Young, E. L. Malus,Augustin Fresnel e Sir David
Brewster. Em 1808, Malus percebeu que o coeficiente de reflexão (fração da intensidade incidente
que é refletida) dependia da polarização, mas não avançou muito no sentido de obter relações
quantitativas. Em 1815, Sir David Brewster, físico escocês, mostrou que havia um ângulo para o
qual a luz com determinada polarização não era refletida, resultando no máximo de transmissão
para uma determinada polarização. Brewster relacionou esse ângulo com o índice de refração dos
materiais; hoje, esse ângulo é conhecido como o ângulo de Brewster [2, 1].

5
Figura 1: Temos o R s a refletância do feixe polarizado perpendicular e o R p a refletância do feixe
polarizado perpendicularmente. Mas esse gráfico é apenas quando n 1 < n 2 , ar para o acrílico.

Em 1821, Fresnel mostrou que os fenômenos envolvendo polarização só podiam ser


explicados se a luz fosse tratada como uma onda puramente transversal (acreditava-se na época
que a luz tinha também uma componente longitudinal). Ele também calculou os coeficientes de
reflexão para cada uma das componentes, chegando ao que hoje é conhecido como as equações
de Fresnel [2, 1].
Quando o ângulo de incidência é igual ao ângulo de Brewster, a componente cuja po-
larização é paralela ao plano de incidência é completamente transmitida, de modo que a luz re-
fletida tem apenas a componente perpendicular. O ângulo de Brewster ocorre quando os raios
refletido e refratado fazem um ângulo de π/2:

θB = θt = π/2 (4)

Usando a lei de Snell, temos:

n 1 sen θB = n 2 sen(90◦ − θB ) = n 2 cos θB (5)


Logo,

n2 n2
µ ¶
tan θB = → θB = arctan (6)
n1 n1
Essa relação foi descoberta experimentalmente por Brewster e relaciona o ângulo de
polarização e o índice de refração. Para o caso comum em que o meio 1 é o ar (n 1 = 1) e o meio 2
tem índice de refração n 2 = n têm-se:

tan θB = n (7)

3 Objetivos
Determinar o Ângulo de Brewster.

4 Parte Experimental
4.1 Material Necessário:

6
• Fonte de Luz • Trilho Ótico

• Condensador com diafragma • Disco Ótico


• Polarizadores
• Régua graduada
• Corpo semicircular de acrílico (n acr i l i co =
1, 49) • Suportes

4.2 Procedimento Experimental


• Procedimento Experimental 1. Luz passa do ar para o acrílico, ou seja, n 1 < n 2

Foi visualizado um feixe de luz (ou do laser) sobre o disco branco de ângulos com o
corpo semicircular de acrílico de forma a poder ver os feixes incidentes, refletido e refratado, com
a direção do ar para o acrílico. Em seguida, foi feito o ajuste da primeira lei da reflexão, giramos
o disco com a meia lua que posicionamos, para um ângulo de incidência do feixe de 30◦ e ajus-
tado levemente somente a meia lua para refletir também 30◦ , para que o feixe incidente estivesse
passando exatamente pelo centro do disco, isto é, o parafuso.
O disco foi girado com o corpo semicircular de acrílico até obter (θ+φ) = 90◦ , pois nesta
situação R p se anula pela equação 5. Fizemos o feixe ficar polarizado adicionando na frente da
fenda um polarizador na direção 0◦ . Esta refletância é agora RS. O feixe incidente ficou polarizado
paralelo ao plano de incidência, que é o plano do disco branco. Girando o polarizador de 90◦ . Já o
ângulo de incidência θ ou o ângulo refletido, este é o Ângulo de Brewster θB .

Figura 2: Montagem do experimento de reflexão e refração da Luz realizado no laboratório da


UFAM.

• Procedimento Experimental 2. Luz passa do acrílico para o ar, isto é, n 1 > n 2 .

Invertemos agora a posição da meia lua de acrílico de modo que agora a luz chegue
na superfície plana deste (interface) pelo acrílico e saia para o ar. Como antes, a meia lua esteve
bem centrada e alinhada o feixe de luz, que seguirá em linha reta quando incidir perpendicular a
interface, esta é a normal.
Fizemos também o ajuste da primeira lei da reflexão, giramos o disco com a meia lua
já posicionada, para um angulo de incidência do feixe de 30◦ e ajustamos levemente somente a
meia lua para refletir também 30◦ . O feixe incidente ficou passando exatamente pelo centro do
disco, ou seja, o parafuso.

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Colocamos aqueles 90◦ do experimento 1, somente no ângulo de refração. Giramos
com a meia lua, até essa configuração. Observamos que o feixe refletido fica bem intenso (re-
flete totalmente) e permanece sempre assim a partir deste ângulo de incidência ou reflexão, este
é o ângulo crítico. E por fim, foi medido esse ângulo crítico e anotado a fim de executarmos os
cálculos.

Figura 3: Realização do experimento de reflexão e refração da Luz realizado no laboratório da


UFAM.

Figura 4: Realização do experimento de reflexão e refração da Luz realizado no laboratório da


UFAM.

5 Resultados e Discussões
Primeiramente usamos a equação 3 para determinar o índice de refração do acrílico.
Logo, obtivemos
n acr íl i co
n=
n ar
n = 1, 54

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Na segunda Parte do experimento, usamos a lei de Snell, cujo ângulo crítico foi de
θcr ít i co = 42◦ e o ângulo de refração igual a 90◦ . Logo,

n 1 sen θ1 = n 2 sen θ2
n 1 sen 42◦ = 1 × sen 90◦
1
n1 =
sen 42◦
n 1 = 1, 49

Portanto o ângulo de Brewster será:

n2
µ ¶
θB = arctan
n1
14, 9
θB = arctan
1

θB = 56, 13

6 Conclusão
Portanto, incidindo exatamente sobre o ângulo de Brewster, a luz pode sofrer polari-
zação por reflexão, na qual os raios de luz refletidos possuirão apenas uma das componentes do
campo elétrico. Ao observar a luz do Sol refletida em superfícies como vidro e água, geralmente,
pode-se observar um ponto de brilho mais intenso. Nessa região, a luz está sendo polarizada por
reflexão, de modo totalmente perpendicular ao plano de incidência. Os dados calculados estão
aproximadamente de acordo com a literatura que foi adotado.
Referências
[1] Hugh D Young and Roger A Freedman. Física iii: eletromagnetismo. São Paulo: Person Educa-
tion do Brasil, 2009.

[2] Hugh D YOUNG and Roger A FREEDMAN. Física iv; sears e zemansky: ótica e física moderna,
2016.

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