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Disciplina: Radiações ionizantes e não ionizantes

Unidade 4: Radiologia Industrial

Equipamentos e Fontes de Radiação

Produção das Radiações X

Os Raios-X

As radiações X são emitidas das camadas eletrônicas dos átomos. Essas


emissões não ocorrem deforma desordenada, mas possuem “padrão” de
emissão denominado espectro de emissão. Os Raios X, destinados ao uso
industrial, são gerados numa ampola de vidro, denominada tubo de Coolidge,
que possui duas partes distintas: o ânodo e o cátodo.

O ânodo e o cátodo são submetidos a uma tensão elétrica da ordem de


milhares de Volts, sendo o polo positivo ligado ao anodo e o negativo no
cátodo. O ânodo é constituído de uma pequena parte fabricada em tungstênio,
também denominado de alvo, e o cátodo de um pequeno filamento, tal qual
uma lâmpada incandescente, por onde passa uma corrente elétrica da ordem
de miliamperes.

Esquema de tubos convencionais de Raios X Industrial. O tubo da esquerda é um tubo


metálico e o da direita de vidro.

Quando o tubo é ligado, a corrente elétrica do filamento, se aquece e passa a


emitir espontaneamente elétrons que são atraídos e acelerados em direção ao
alvo. Nesta interação, dos elétrons com os átomos de tungstênio, ocorre a
desaceleração repentina dos elétrons, transformando a energia cinética
adquirida em Raios X.
Outros fenômenos de interação dos elétrons acelerados com as camadas
eletrônicas dos átomos de tungstênio, também são responsáveis pela emissão
dos Raios X.

Os Raios X, são gerados nas camadas eletrônicas dos átomos por variados
processos físicos. Caracteriza-se por apresentar um espectro contínuo de
emissão ao contrário das radiações gama. Em outras palavras, os Raios X
emitidos pelo aparelho apresentam uma variedade muito grande de
comprimento de onda ou seja que a energia varia de uma forma contínua.

Equipamentos de Raios X

Os Raios X são produzidos em ampolas especiais. Os tamanhos das ampolas


ou tubos são em função da tensão máxima de operação do aparelho. Do ponto
de vista da radiografia, uma atenção especial deve ser dada ao alvo, contido no
ânodo. Sua superfície é atingida pelo fluxo eletrônico, proveniente do filamento,
e denomina-se foco térmico. É importante que esta superfície seja suficiente
grande para evitar um superaquecimento local, que poderia deteriorar o ânodo,
e permitir uma rápida transmissão do calor.

Define-se “carga focal” como sendo a carga em Watts por milímetro quadrado
(por exemplo: 200 W/mm²) na área focal. Nas áreas focais de pequenas
dimensões, podem ser aplicadas uma carga relativamente mais elevada que as
grandes; esta diferença é devida a diferença no modo de transmissão do calor,
a partir do centro.

Corte transversal do ânodo, na ampola de Raios X


Para obter-se imagens com nitidez máxima, as dimensões do foco óptico
devem ser as menores possíveis. As especificações de aparelhos geralmente
mencionam as dimensões do foco óptico. O calor que acompanha a formação
de Raios X é considerável, e portanto é necessário especial atenção aos
sistemas e métodos para refrigerar o ânodo. Esta refrigeração pode ser feita de
diversas maneiras:
a) Refrigeração por irradiação: Neste caso o bloco de tungstênio, que
compõe o alvo, se aquece e o calor se irradia pelo ânodo.
b) Refrigeração por convecção: O calor irradiado pelo ânodo, se transmite
ao prolongamento de cobre, o qual está imerso em óleo ou gás, que se
refrigera por convecção natural, ou por circulação.
c) Refrigeração por circulação forçada de água: A refrigeração descrita em
(b), é limitada, principalmente se o aparelho for operado continuamente,
exposto ao sol. Neste caso, a circulação de água por uma serpentina
interna à unidade geradora, é eficaz, permitindo o uso do aparelho por
longos períodos de uso.

Unidade Geradora, Painel de Comando

Os equipamentos de Raios X industriais se dividem geralmente em dois


componentes: o painel de controle e o cabeçote, ou unidade geradora.

O painel de controle consiste em uma caixa onde estão alojados todos os


controles, indicadores, chaves e medidores, além de conter todo o
equipamento do circuito gerador de alta voltagem. E através do painel de
controle que se fazem os ajustes de voltagem e amperagem, além de comando
de acionamento do aparelho.

No cabeçote está alojada a ampola e os dispositivos de refrigeração. A


conexão entre o painel de controle e o cabeçote se faz através de cabos
especiais de alta tensão.

As principais características de um equipamento de Raios X são:


a - voltagem e amperagem máxima;
b - tamanho do ponto focal e tipo de feixe de radiação;
c - peso e tamanho;

Esses dados determinam a capacidade de operação do equipamento, pois


estão diretamente ligados ao que o equipamento pode ou não fazer. Isso se
deve ao fato dessas grandezas determinarem as características da radiação
gerada no equipamento. A voltagem se refere à diferença de potencial entre o
ânodo e o cátodo e é expressa em quilovolts (kV). A amperagem se refere à
corrente elétrica do tubo e é expressa em miliamperes (mA). Outro dado
importante se refere à forma geométrica do ânodo no tubo. Quando em forma
plana, e angulada, propicia um feixe de radiação direcional, e quando em forma
de cone, propicia um feixe de radiação panorâmico, isto é, irradiação a 360
graus, com abertura determinada.

Os equipamentos considerados portáteis, com voltagens até 400 kV, possuem


peso em torno de 40 a 80 kg, dependendo do modelo. Os modelos de tubos
refrigerados a gás são mais leves ao contrário dos refrigerados a óleo.

Raios X industrial, de até 300 kV Inspeção radiográfica de soldas em tubos (CONFAB)

Energia Máxima dos Raios X e Rendimento

Duas grandezas são geralmente usadas para descrever um determinado feixe


de Raios X: a qualidade e a intensidade de radiação. Sabemos que os Raios X
são gerados quando elétrons em alta velocidade são desacelerados no
material do alvo. Essa desaceleração se faz por meio de colisão dos elétrons
com o material do alvo. O caso mais simples ocorre quando um elétron se
choca diretamente com o núcleo de um átomo do alvo. A energia adquirida
pelo elétron, no campo elétrico entre o cátodo e o ânodo será dada pela
relação seguinte:
E = 1/2 m . v² = e . V (eq.1)

onde:
V = diferença de potencial aplicada entre o cátodo e o ânodo.
m = massa do elétron
v = velocidade do elétron quando atinge o alvo (ânodo)
e = carga do elétron = 1,6 x 10-19 C

Por outro lado a energia pode ser escrita na forma : Emax = h x fmax, sendo
fmax = c / lmin
onde: h = é a constante de Planck = 6,62 x 10-34 J.s
c = velocidade da luz = 3 x 108 m/s

Portanto podemos reescrever a eq.(1) acima na forma:


(h x c)/ lmin = e x V

lmin = (6,62 x 10-34 x 3 x 108 m)/1,6 x 10-19 x V

lmin = 1,24125 x 106 m / V

sendo 1 Angstron = 10-10 m

Portanto quando um elétron se choca com o núcleo de um átomo do alvo e


transforma toda a sua energia em radiação X, podemos determinar o
comprimento de onda mínimo da radiação gerada.

lmin = (12.412,5 / V) Angstrons, V = diferença de potencial aplicada em Volts.

O comprimento de onda encontrado é chamado de comprimento de onda


mínimo, (l min) pois representa a onda de maior energia que pode ser criada.
Quanto menor o comprimento de onda mais penetrante serão os Raios X
gerados. Assim como regra geral, para peças finas devemos utilizar maior
comprimento de onda (menor energia) do que para peças com grande
espessura.

Assim, para uma tensão máxima de 60 kV, o comprimento de onda mínimo


será de 0,2 Angstron; e para 120 kV será de 0,1 Angstron Nota-se que esse
comprimento de onda depende da voltagem aplicada ao tubo. Assim, quando
aumentamos a voltagem no tubo, estamos criando radiação com o menor
comprimento de onda, ou seja, radiação de maior energia.

Apenas uma parcela muito pequena dos elétrons que atingem o alvo troca toda
a sua energia através do choque com o núcleo. A maior parte dos elétrons
incidentes choca-se com outros elétrons orbitais, transferindo-lhes parte de sua
energia. Portanto, quando esses elétrons chegam a se chocar contra o núcleo
de um átomo, já perderam parte de sua energia, indo gerar, portanto, Raios X
de maior comprimento de onda, ou seja, de menor energia.

Dessa forma, os Raios X emitidos por uma determinado aparelho apresentam


uma grande variedade de comprimento de onda, a partir do comprimento de
onda mínimo.

O conceito de qualidade de radiação está ligado à energia do feixe de Raios X.


Quando aumentamos a voltagem do aparelho, aumentamos a energia do feixe
de radiação gerado, estamos aumentando a qualidade da radiação, com
conseqüente aumento do poder de penetração da mesma.

Os Raios X de alta energia, geralmente produzidos com voltagem superiores a


120 kV, são também chamados de raios “duros”. Os Raios X gerados com
tensão inferiores a 50 kV são chamados Raios X “moles”.

O conceito de intensidade de radiação se refere à “quantidade” de Raios X


produzidos, ou, de uma forma mais correta ao número de “fótons” produzidos.
Quando aumentamos a corrente do filamento fazemos com que ele se aqueça
mais, liberando um número maior de elétrons. Isso fará com que ocorra um
aumento na intensidade da radiação gerada, sem implicar em aumento na
qualidade dessa mesma radiação. Em outras palavras, nós conseguimos
aumentar a intensidade sem aumentar a energia do feixe de radiação.

De uma forma prática podemos dizer que a qualidade da radiação (energia) se


relaciona com a capacidade de penetração nos materiais, enquanto que a
intensidade está intimamente ligada com o tempo de exposição.

Os Raios Gama

Com o desenvolvimento dos reatores nucleares, foi possível a produção


artificial de isótopos radioativos através de reações nucleares de ativação.

O fenômeno de ativação, ocorre quando elementos naturais são colocados


junto ao núcleo de um reator e, portanto, irradiados por nêutrons térmicos, que
atingem o núcleo do átomo, penetrando nele. Isto cria uma quebra de equilíbrio
energético no núcleo, e ao mesmo tempo muda sua massa atômica,
caracterizando assim o isótopo. O estabelecimento do equilíbrio energético do
núcleo do átomo, é feito pela liberação de energia na forma de Raios gama.

Um átomo que submetido ao processo de ativação, e portanto seu núcleo se


encontra num estado excitado de energia passa a emitir radiação. É fácil ver,
portanto, que o número de átomos capazes de emitir radiação, diminui
gradualmente com o decorrer do tempo. A esse fenômeno chamamos de
Decaimento Radioativo.

Atividade de uma Fonte Radioativa

A atividade de um radioisótopo é caracterizada pelo número desintegrações


que ocorrem em um certo intervalo de tempo. Como a atividade apresentada
uma proporcionalidade com o número de átomos excitados presentes no
elemento radioativo, podemos expressa-la através de uma fórmula semelhante
à do Decaimento Radioativo, uma vez que A= l.N, ou seja:
A = Ao . e - l. t
onde:
Ao = atividade inicial do elemento radioativo.
A = atividade do elemento radioativo após transcorrido um certo
intervalo de tempo.
l = constante de desintegração.
t = tempo transcorrido.

Como demonstrado no Decaimento Radioativo, a atividade de um certo


elemento diminui progressivamente com o passar do tempo, porém nunca se
‘torna igual a zero.

A unidade padrão de atividade é o Becquerel, que é definida como sendo a


quantidade de qualquer material radioativo que sofre uma desintegração por
segundo.
1 Bq = 1 dps.
1 GBq = 109 dps.
1 kBq = 103 dps.
1 TBq = 1012 dps.

OBS.: unidade antiga : 1 Curie = 3,7 x 1010 dps. Ou 1 Ci = 3,7 x 1010 Bq = 37 GBq.

Meia Vida

Quando produzimos uma fonte radioativa, colocamos em estado excitado, um


certo número “No” de átomos na fonte. Vimos através da Lei do Decaimento
Radioativo que esse número de átomos excitado diminui com o passar do
tempo, segundo as características do elemento radioativo.

Portanto, após passado um certo intervalo de tempo, podemos ter no material


radioativo exatamente a metade do número inicial de átomos excitados.

A esse intervalo de tempo, denominamos Meia - Vida do elemento radioativo.


Como a taxa em que os átomos se desintegram é diferente de um elemento
para outro elemento a Meia - Vida também será uma característica de cada
elemento.

A Meia - Vida é representada pelo símbolo “T1/2” e pode ser determinada pela
seguinte equação:
T1/2 = 0,693/l

Nota: Não confundir com vida-média que é um parâmetro estatístico e vale 1/l

Equipamentos de Raios Gama

As fontes usadas em gamagrafia (radiografia com raios gama), requerem


cuidados especiais de segurança pois, uma vez ativadas, emitem radiação,
constantemente. Deste modo, é necessário um equipamento que forneça uma
blindagem, contra as radiações emitidas da fonte quando a mesma não está
sendo usada. De mesma forma é necessário dotar essa blindagem de um
sistema que permita retirar a fonte de seu interior, para que a radiografia seja
feita. Esse equipamento denomina-se Irradiador.

Os irradiadores compõe-se, basicamente, de três componentes fundamentais:


Uma blindagem, uma fonte radioativa e um dispositivo para expor a fonte. As
blindagens podem ser construídas com diversos tipos de materiais. Geralmente
são construídos com a blindagem, feita com um elemento (chumbo ou urânio
exaurido), sendo contida dentro de um recipiente externo de aço, que tem a
finalidade de proteger a blindagem contra choques mecânicos.

Uma característica importante dos irradiadores, que diz respeito à blindagem, é


a sua capacidade. Como sabemos, as fontes de radiação podem ser fornecidas
com diversas atividades e cada elemento radioativo possui uma energia de
radiação própria. Assim cada blindagem é dimensionada para conter um
elemento radioativo específico, com uma certa atividade máxima determinada.
Portanto, é sempre desaconselhável usar um irradiador projetado para
determinado radioisótopo, com fontes radioativas de elementos diferentes e
com outras atividades.

Esse tipo de operação só pode ser feita por profissionais especializados e


nunca pelo pessoal que opera o equipamento.

A fonte radioativa consta de uma determinada quantidade de um isótopo


radioativo. Essa massa de radioisótopo é encapsulada e lacrada dentro de um
pequeno envoltório metálico muitas vezes denominado "porta-fonte" ou
“torpedo” devido a sua forma, ou fonte selada, simplesmente.

O porta-fonte se destina a impedir que o material radioativo entre em contato


com qualquer superfície, ou objeto, diminuindo os riscos de uma eventual
contaminação radioativa.

Características Físicas e Tipo de Fontes Gama

As fontes radioativas para uso industrial, são encapsuladas em material


austenítico, de maneira tal que não há dispersão ou fuga do material radioativo
para o exterior. Um dispositivo de contenção, transporte e fixação por meio do
qual a cápsula que contém a fonte selada, está solidamente fixada em uma
ponta de uma cabo de aço flexível, e na outra ponta um engate, que permite o
uso e manipulação da fonte, é denominado de “porta fonte”. Devido a uma
grande variedade de fabricantes e fornecedores existem diversos tipos de
engates de porta-fontes.

Características das fontes seladas radioativas industriais


Embora apenas poucas fontes radiativas seladas sejam atualmente utilizadas
pela indústria moderna, daremos a seguir as principais que podem ser
utilizadas assim como as suas características físico-químicas.

(a) Cobalto - 60 (60Co , Z=27)


O Cobalto-60 é obtido através do bombardeamento por nêutrons do isótopo
estável Co-59. Suas principais características são:

· Meia - Vida = 5,24 anos


· Energia da Radiação = 1,17 e 1,33 MeV
· Faixa de utilização mais efetiva = 60 a 200 mm de aço
· Fator Gama (G) = 9,06 mC/kg.h / GBq a 1 m ou 1,35 R/h .Ci a 1m ou
0,351 mSv/h.GBq a 1m

Esses limites dependem das especificações técnicas da peça a ser examinada


e das condições da inspeção.

(b) Irídio - 192 (192Ir , Z=77)


O Iridio-192 é obtido a partir do bombardeamento com nêutrons do isótopo
estável Ir-191. Suas principais características são:
· Meia - Vida = 74,4 dias
· Energia da Radiação = 0,137 a 0,65 MeV
· Faixa de utilização mais efetiva = 10 a 40 mm de aço
· Fator Gama (G) = 3,48 mC/kg.h / GBq a 1 m ou 0,50 R/h.Ci a 1m ou
0,13 mSv/h . GBq a 1m

(c) Túlio -170 (170Tu , Z=69)


O Túlio-170 é obtido com o bombardeamento por nêutrons do isótopo estável,
Túlio-169. Como esse material é extremamente difícil de produzir, o material é
geralmente manuseado sob a forma de óxido. Suas principais características
são:
· Energia de Radiação: 0, 084 e 0,54 MeV. (O espectro do Túlio possui
também radiação de Bremsstrahlung, que é a radiação liberada pelo
freiamento dos elétrons em forma de partículas beta).
· Meia - Vida = 127 dias
· Faixa de utilização mais efetiva = 1 a 10 mm de aço
· Fator Gama ( G ) = 0,017 mC/kg.h / GBq a 1 m ou 0,0025 R/h.Ci a 1m
ou 0,0007 mSv/h .GBq a 1m

(d) Césio - 137 (137Cs , Z=55)


O Césio-137 é um dos produtos da fissão do Urânio-235. Este é extraído
através de processos químicos que o separam do Urânio combustível e dos
outros produtos de fissão. Suas principais características são:
· Meia - Vida = 33 anos
· Energia de Radiação = 0,66 MeV
· Faixa de utilização mais efetiva = 20 a 80 mm de aço
· Fator Gama (G) = 2,30 mC/kg.h / GBq a 1 m ou 0,33 R/h.Ci a 1m ou
0,081 mSv/h .GBq a 1m

É uma fonte de radiação quase sem utilidade no momento, em razão das


dificuldades de obtenção e da má qualidade do filme radiográfico.

(e) Selênio - 75 (75Se )


É um radioisótopo de uso recente na indústria, proporcionando uma qualidade
muito boa de imagem, assemelhando-se à qualidade dos Raios-X. Suas
características são:
· Meia-vida = 119,78 dias
· Energia das Radiações = de 0,006 a 0,405 MeV
· Faixa de utilização mais efetiva = 4 a 30 mm de aço
· Fator Gama (G) = 1,39 mC/kg.h / GBq a 1 m ou 0,28 R/h.Ci a 1m
Irradiador gama específico para fontes radiativas de Selênio-75.
Foto extraída do catálogo da Sauerwein

Características Físicas dos Irradiadores Gama

Os irradiadores gama são equipamentos dotados de partes mecânicas que


permitem expor com segurança a fonte radioativa. A principal parte do
irradiador é a blindagem interna, que permite proteção ao operador a níveis
aceitáveis para o trabalho, porém com risco de exposição radiológica se
armazenado em locais não adequados ou protegidos.

O que mais diferencia um tipo de irradiador de outro são os dispositivos usados


para se expor a fonte. Esses dispositivos podem ser mecânicos, com
acionamento manual ou elétrico, ou pneumático. A única característica que
apresentam em comum é o fato de permitirem ao operador trabalhar sempre a
uma distância segura da fonte, sem se expor ao feixe direto de radiação.

Os irradiadores gama são construídos através de rígidos controles e testes


estabelecidos por normas internacionais, pois o mesmo deve suportar choques
mecânicos, incêndio e inundação sem que a sua estrutura e blindagem sofram
rupturas capazes de deixar vazar radiação em qualquer ponto mais do que os
máximos exigidos.
Aparelho para gamagrafia industrial, projetado para operação com capacidade máxima de 100
Ci de Ir-192. O transito interno da fonte no interior da blindagem é feita no canal em forma de
"S".

1 = Cabo de Comando ou tele-comando; 2 = Irradiador; 3 = Tubo Guia (flexível); 4 = Blindagem


de Urânio Metálico; 5 = Canal de transito da fonte em “S”; 6 = Colimador
Esquema do Equipamento para Gamagrafia Industrial

Aparelho para Gamagrafia usando Fonte Radioativa de Cobalto-60 com atividade máxima de
30 Curie, pesando 122 kg, projetado com tipo de canal reto. Foto extraída do catálogo da
Sauerwein.
Aparelho de gamagrafia industrial projetado para operação com capacidade máxima de 130 Ci
de Ir-192. O canal interno de trânsito da fonte é do tipo de canal reto. Peso 30 kg

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