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BREVE HISTÓRICO

DA RADIOLOGIA
HISTÓRICO
 Avanços da física no século XIX
 Grande desenvolvimento em todas as áreas
científicas
 Ciência inicia seu aspecto mais público (resultados
práticos eram mais evidentes e aplicáveis)
 Grandes descobertas:
• 1895 – Röntgen descobre os Raios- X na Alemanha
• 1896 – Becquerel descobre a radioatividade na
França
• 1897 – Thomson descobre o elétron na Inglaterra
A DESCOBERTA DOS RAIOS X

 Foi precedida de uma sucessão de conquistas em


várias áreas, que tornaram possível o seu achado e
seu papel como precursor e promotor do
desenvolvimento na Física, Química, Medicina e na
Indústria
 Surgimento da chamada era da Física Moderna
A DESCOBERTA DOS RAIOS X

Em 8 de novembro de 1895,
WILHELM CONRAD RÖNTGEN,
pela observação do fenômeno
de fluorescência, descobre um
novo tipo de raios,
denominando-os de
"raios X".
Prêmio Nobel de Física (1901)

(1845 – 1923)
ROENTGEN
NATUREZA E
OBTENÇÃO DOS
RAIOS X
FUNDAMENTOS BÁSICOS SOBRE
A FÍSICA DAS RADIAÇÕES

 Átomos
 Moléculas
 Prótons (+)
 Nêutrons
 Elétrons (-)
FUNDAMENTOS BÁSICOS SOBRE
A FÍSICA DAS RADIAÇÕES

 Matéria
NÃO ESQUECER

ÁTOMOS
MOLÉCULAS
ORGANELAS
CÉLULAS
TECIDO
ÓRGÃOS
SISTEMAS
E QUAL A RELAÇÃO DESTES
CONCEITOS COM OS RAIOS X?

A GERAÇÃO, EMISSÃO E ABSORÇÃO DE RADIAÇÃO


OCORREM EM NÍVEL SUB-ATÔMICO
RADIAÇÃO
 É uma forma de energia emitida por uma
fonte e que se propaga de um ponto a outro
sob a forma de partículas ou sob a forma de
ondas magnéticas.
 É a emissão e transmissão de energia
através do espaço e da matéria.
IONIZAÇÃO

 Quando a radiação possui energia suficiente para


remover um dos elétrons orbitais de átomos neutros,
transformando-os em um par de íons, diz-se que ela é
ionizante
 O processo de converter átomos em íons é
chamado de ionização
CLASSIFICAÇÃO DAS RADIAÇÕES

Radiações corpusculares ou de partículas: são


caracterizados por possuírem massa e carga elétrica
(radiações alfa, beta e raios catódicos)
Radiações eletromagnéticas: é o movimento da energia
através do espaço com a combinação de um campo
elétrico e magnético, não possuindo massa (ondas de
rádio, tv, microondas, radiação infravermelha, luz visível,
radiação ultravioleta, raios x e raios gama)
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
(distribuição da intensidade da radiação eletromagnética)
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO

Freqüência: É o número de ondas na unidade de tempo


Lâmbda (): É o comprimento de cada onda

Velocidade = Freqüência x 
“Quanto menor o comprimento de onda, maior é a freqüência e
maior o poder de penetração através da matéria”
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
EXPOSIÇÃO COTIDIANA À RADIAÇÃO
CHERNOBYL
ALTA EXPOSIÇÃO

GUARAPARI

FUKUSHIMA
TEORIA QUÂNTICA DE PLANCK

 A transferência de energia das radiações


eletromagnéticas não se dá em forma de ondas, mas
num fluxo de pequenas quantidades de energia,
chamadas de FÓTONS
 Cada fóton possui uma quantidade de energia
dependendo do seu comprimento de onda
 “Quanto menor o comprimento de onda maior é
quantidade de energia”
RADIAÇÃO X

É uma radiação eletromagnética que se forma quando


elétrons são acelerados por uma alta voltagem, e são
freados bruscamente contra um anteparo,
caracterizando-se por apresentar curtíssimo
comprimento de onda, podendo ser produzida por
meio de dois processos:

Radiação de Bremsstrahlung
Radiação Característica
PRODUÇÃO DOS RAIOS X

A energia do fóton depende da:

 Carga do núcleo

 Distância entre elétron acelerado e o núcleo

 Energia cinética do elétron


RAIOS X
PROPRIEDADES COMUNS AO ESPECTRO VISÍVEL

 Se propagam em linha reta


 Possuem a velocidade da luz no vácuo (300.000km/s)
 São divergentes
 Não são desviados pelos campos elétricos e magnéticos
 Podem sensibilizar chapas fotográficas
RAIOS X
PROPRIEDADES PARTICULARES DOS RAIOS X
 São invisíveis
 Podem penetrar em corpos opacos
 Não sofrem reflexão e refração
 Produzem fluorescência e fosforescência em várias
substâncias
 Produzem ionização nos sistemas biológicos,
alterando o metabolismo celular, causando mitose e
produzindo quebras cromossômicas (mutações)
INTERAÇÃO DOS RAIOS X COM A MATÉRIA

 ABSORÇÃO: a energia do fóton de raios X é


convertida em energia dos elétrons absorventes

 ESPALHAMENTO: fótons de raios X para fora


da estrutura absorvente como resultado da
interação com átomos do absorvente, conhecido
como radiação secundária
TIPOS DE INTERAÇÃO COM A MATÉRIA

 Dissipação não modificada (Efeito Thomson)


 Absorção fotoelétrica (Efeito fotoelétrico)
 Dissipação modificada (Efeito Compton)
REQUISITOS PARA A PRODUÇÃO DOS RAIOS X

 Gerador de elétrons
 Acelerador de elétrons
 Alvo ou anteparo
 Vácuo
O APARELHO DE RAIOS X
Equipamento responsável pela produção dos raios X

Não possui nenhum material radioativo

Somente produzirá raios X se estiver conectado à rede


elétrica (corrente alternada)
CONSTITUINTES DO APARELHO

Base (1) 4

Corpo (2)
PAREDE

Braço articular (3) 2

Cabeçote (4)
1
CORPO
Autotransformador
Estabilizador de voltagem
Lâmpada piloto
Dispositivo sonoro
Marcador de tempo
CORPO

Marcador de Tempo (Timer)

 Controle do tempo de exposição

 Aquecimento do filamento

 Alimentação do transformador de alta tensão


CABEÇOTE

Componente blindado onde é colocada a ampola de raios X


CABEÇOTE

Ampola de raios X
Transformador de alta tensão
Transformador de baixa tensão
Óleo
Câmara de expansão
Janela
Filtro de alumínio
Diafragma de chumbo
Colimador
Cilindro localizador
CONSTITUINTES DA AMPOLA
CONSTITUINTES DA AMPOLA

Vidro plumbífero

Cátodo Ânodo
CONSTITUINTES DA AMPOLA

Cátodo

Foi idealizado por Coolidge (1913)


utilizando o princípio da “Emissão
Termo-iônica”, pela qual “todo
metal aquecido no vácuo produz
ao seu redor uma nuvem de
elétrons.”
CONSTITUINTES DA AMPOLA

Cátodo
 É o Pólo Negativo
 Refletor côncavo de
Molibdênio (Mo)
 Contém um filamento
de Tungstênio (W) com
2mm de diâmetro e 7mm
de extensão
CONSTITUINTES DA AMPOLA

Ânodo

 É o Pólo Positivo
 Área focal de Tungstênio
 Incrustada na haste de Cobre
 Angulação de 20º com a vertical
(Efeito Benson)
 Radiador de aletas
CONSTITUINTES DA AMPOLA

Cátodo Ânodo

cobre

Tungstênio
CONSTITUINTES DA AMPOLA

Requisitos da área focal (ânodo)

Alto número atômico


Tungstênio Z= 74
Alto ponto de fusão
Tungstênio: 3370ºC
Bom condutor de calor

Chumbo Z= 82, mas baixo ponto de fusão


PRODUÇÃO DOS RAIOS X

“Elétrons são acelerados por uma


diferença de potencial em meio rarefeito e
adquirem energia cinética, e quando são
freados bruscamente contra um anteparo,
sua energia cinética é transformada em
calor (mais de 99%) e em raios X (menos
de 1%)”
FREITAS et al., 2004
REFRIGERAÇÃO DO APARELHO

Ânodo

Área focal (Pastilha de Tungstênio)


Haste de cobre
Radiador de aletas
Óleo
Câmara de expansão
REFRIGERAÇÃO DO APARELHO
Radiador
de aletas

Cátodo Ânodo

e- Haste de Cobre

Dissipação do calor gerado durante a produção de raios X


REFRIGERAÇÃO DO APARELHO
Radiador
de aletas

Câmara de Câmara de
expansão expansão
Óleo
REFRIGERAÇÃO DO APARELHO

Câmara de expansão
EFEITO BENSON – PRINCÍPIO DO FOCO LINEAR
Inclinação de 20º da área focal em relação ao plano vertical,
proporcionando uma área efetiva quadrangular de uma
projeção focal retangular

Cátodo Ânodo

cobre

Efeito
20º
Benson
EFEITO BENSON – PRINCÍPIO DO FOCO LINEAR
LIGADOS À AMPOLA DE RAIOS X

Transformador de alta
tensão: tem a finalidade de
promover o campo elétrico
para aceleração dos
elétrons. Liga-se ao cátodo
e ao ânodo (Acelerador de
elétrons)
TRANSFORMADOR DE ALTA TENSÃO - kVp

Quanto maior a quilovoltagem do aparelho de raios


X, maior é a velocidade dos raios X produzidos.

A quilovoltagem está relacionada ao contraste da


imagem radiográfica
LIGADOS À AMPOLA DE RAIOS X

Transformador de baixa
tensão: vai fornecer os
elétrons através do
aquecimento do filamento
de tungstênio do cátodo.
(Fonte geradora de
elétrons)
TRANSFORMADOR DE BAIXA TENSÃO- mA

Quanto maior a miliamperagem do aparelho de raios


X, maior é a quantidade de raios X produzidos

A miliamperagem está diretamente relacionada com


a densidade da imagem radiográfica
LIGADOS À AMPOLA DE RAIOS X

Transformador de Transformador de alta


baixa tensão tensão
LIGADOS À AMPOLA DE RAIOS X
CONSTITUINTES DO CABEÇOTE

Janela

Focalizar e direcionar
o feixe de raio X
CONSTITUINTES DO CABEÇOTE

Raios X

Janela
CONSTITUINTES DO CABEÇOTE

Ampola de raios X
Transformador de alta tensão
Transformador de baixa tensão
Óleo
Câmara de expansão
Janela
Filtro de alumínio
Diafragma de chumbo
Colimador
Cilindro localizador
CONSTITUINTES DO CABEÇOTE
Ferro ou Aço Blindagem de Chumbo
CONSTITUINTES DO CABEÇOTE

Blindagem de chumbo
FILTRO DE ALUMÍNIO
Absorve os raios X de alto comprimento de onda e
baixo poder de penetração

2,5mm
Janela Disco de Alumínio
Óleo
FILTRO DE ALUMÍNIO
DIAFRAGMA DE CHUMBO
Elimina os raios X mais divergentes, evitando que a
área de incidência no paciente ultrapasse o diâmetro
de 7cm

2,5mm
Diafragma Abertura
+ 12 mm / Cilindro curto + 6 mm / Cilindro longo
COLIMADOR
Direciona o feixe de radiação aproveitando os feixes
menos divergentes

Colimador
Cilindro
Localizador
Colimador retangular Colimador circular
Segundo o fabricante reduz em
79% a área de tecido exposta sem
necessidade, diminuindo a
exposição do paciente, sendo a área
exposta com o colimador retangular
de 15,96cm2 e a área irradiada sem
necessidade é (3,25 cm2)

A área de tecido exposta


com colimador circular é
de 28,27cm2, sendo o filme
de área 12,71cm2 a área
irradiada sem necessidade
é de 15,56cm2 (55,04%)
CILINDRO LOCALIZADOR
Facilita a localização da área de incidência

Colimador Cilindro
Localizador
CILINDRO LOCALIZADOR
Inicialmente eram cones plásticos (hoje proibidos),
substituídos por cilindros abertos
OBTENÇÃO / PRODUÇÃO DOS RAIOS X
“Não sei ainda que espécie de
raio é o X. Mas sei que vai
operar milagres”
WILHELM CONRAD RÖNTGEN
(1845 – 1923)
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA

1. ALVARES, LC; TAVANO, O. Curso de Radiologia em Odontologia. São


Paulo: Santos. 5ª ed. 2009.
2. FREITAS, A; ROSA, JE; Souza, IF. Radiologia Odontológica. São Paulo:
Artes Médicas. 6ª ed. 2004.
3. LASCALA, CA. et al. Fundamentos de Odontologia. Radiologia
Odontológica e Imaginologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
(Editor: Jurandyr Panella).
4. WHAITES, E. Princípios de Radiologia Odontológica. Porto Alegre:
Artmed. 3ª ed. 2003.
5. WHITE, SC; PHAROAH, M.J. Radiologia Oral. Fundamentos e
Interpretação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
OBRIGADO PELA
ATENÇÃO

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