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Fundamentos da Radiologia

Primeiramente agradeço a Deus por mais essa oportunidade e em segunda a


minha Mãe que sempre me apoiou e foi minha maior incentivadora na vida.

Vamos iniciar uma parte muito importante dentro da Radiologia, no que


corresponde ao curso técnico. Sejam todos bem vindos e tenha a certeza que podem
contar com uma equipe altamente dedicada e comprometida com o sucesso de todos.

Quando vamos estudar sobre fundamentos em radiologia é importante ter claro


que vamos entrar em um mundo novo e cheio de desafios, serão abordados temas
importantes para entendimento do conjunto da obra, aquilo que chamo de embasamento
teórico cientifico necessário para realização de um excelente curso Técnico em
Radiologia.

Então vamos partir para leitura desse material, para que tenhamos um ótimo
desempenho é importante seguir as orientações do professor que está ministrando a
disciplina de Fundamentos, não deixe de fazer as atividades passadas e as leituras e
vídeos aulas sugeridas.

Noções de eletricidade

É de grande importância o entendimento sobre pontos importantes sobre


eletricidade, uma vez que para que possamos ter produção de raio-x precisamos de
eletricidade.

Corrente elétrica

Corresponde ao movimento ordenado de cargas elétricas em um condutor.


Existem basicamente dois tipos de corrente elétrica: continua e alternada.

Corrente elétrica continua: é o tipo corrente que se propaga em um único


sentindo, não havendo inversão de sua magnitude. Em uma tomada de corrente continua
haverá um terminal sempre positivo (+)e outro sempre negativo (-).

Corrente elétrica alternada: é um tipo de corrente que muda o sentido de


circulação, sendo que, em determinado momento está em um sentido e outro momento
está no sentido oposto.

Podemos resumir a transformação da corrente elétrica em raios X da seguinte


maneira: a corrente alternada da rede de distribuição (220V ou 380V) é modificada
mediante um transformador de alta tensão em uma corrente alternada de alta tensão
(kV), que por sua vez se converte em uma corrente contínua de alta tensão pelos
retificadores de corrente, sendo então utilizada na produção dos raios X.

Nesse primeiro momento apresento um pouco da parte elétrica básica utilizada


na formação de raio-x, de forma alguma esse conteúdo deve ser tido como a única
referencia de seu estudo, você deverá buscar outras fontes de consulta e pesquisar mais
sobre o tema, para que aumente o entendimento acerca do assunto.

Feixe útil de Radiação

Os raios X que saem pela janela da cúpula (carcaça) são denominados feixe útil
de radiação e correspondem a apenas cerca de 10% de toda a radiação gerada no tubo de
raios X. Como apenas o feixe útil de radiação tem importância na formação da imagem
radiográfica, toda referência aos raios X ou feixe de radiação corresponderá ao feixe útil
de radiação.

O feixe útil de radiação é divergente e de formato cônico. Não é uniforme em


intensidade em um plano transversal devido, basicamente, a dois fatores:

1- “Lei do inverso do quadrado da distância": a intensidade da radiação


decresce proporcionalmente ao quadrado da distância da fonte emissora. Devido ao
formato cônico do feixe de radiação, todos os seus pontos em um plano transversal não
estão a uma mesma distância do foco emissor, ou seja, os raios X periféricos estão a
uma distância maior do que o raio central.

Efeito anódio: corresponde à absorção, pelo próprio anódio, de fótons X do


feixe de radiação, que emergem rasantes no anódio, determinando uma atenuação do
feixe de radiação do lado deste.

A variação da intensidade entre as duas extremidades (catódio e anódio) do feixe


de radiação em uma exposição relativa, a uma distância foco-anteparo (chassi, filme
radiográfico),ou detector digital) de 100cm (1 m), é da ordem de 30%
aproximadamente. Esta variação de intensidade é menor com o aumento do ângulo do
anódio, com a utilização do foco grosso e com o aumento da distância foco-anteparo
(chassi, filme radiográfico, ou do detector digital).
O eixo central do feixe de radiação (raio central) pode ter as seguintes posições
relativas ao plano do anteparo.

I Perpendicular: quando o raio central incide perpendicularmente ao plano do


anteparo (chassi [filme radiográfico, tela fluoroscópica [écran] ou detector digital].).

II Oblíquo: quando o raio central incide inclinado no plano do anteparo (chassi


[filme radiográfico, tela fluoroscópica [écran] ou detector digital].). O ângulo de
incidência do raio central com o anteparo (chassi [filme radiográfico], tela fluoroscópica
[écran] ou detector digital) corresponde ao ângulo formado entre o maior eixo do tubo
de raios X com o plano do anteparo (chassi [filme radiográfico, tela fluoroscópica
[écran] ou detector digital].) e não do raio central com o plano do anteparo (chassi
[filme radiográfico], tela fluoroscópica [écran] ou detector digital). Assim, um ângulo
de incidência do raio central de 0° (sem angulação) significa que ele está incidindo
perpendicularmente no anteparo (90°).

A incidência do raio central, quando oblíqua com relação ao plano do anteparo


(chassi [filme radiográfico, tela fluoroscópica [écran] ou detector digital].), pode ter
duas direções relativas à estrutura anatômica em exame:

l Cefálica: quando o raio central incide com obliquidade em direção à cabeça ou


à extremidade proximal da estrutura anatômica.

II Podálica: quando o raio central incide com obliquidade em direção aos pés ou
extremidade distal da estrutura anatômica.
A formação da imagem radiográfica: é regida pelas leis da ótica geométrica,
ou seja, obedece a uma relação direta das distâncias relativas entre o foco (emissor de
radiação), o objeto (região do corpo em estudo) e o anteparo (chassi [filme
radiográfico], tela fluoroscópica [écran] ou detector digital).

A imagem radiográfica de um objeto colocado entre o feixe de radiação e o


anteparo corresponde a uma projeção cônica deste objeto. Esse tipo de projeção produz
uma magnificação (ampliação) da imagem.
Nitidez geométrica da imagem radiográfica A nitidez geométrica da imagem
radiográfica pode ser definida como a delimitação exata das bordas da imagem
projetada. Depende de alguns fatores, apresentados a seguir.

Tamanho do foco emissor de raios X. Quanto menor o tamanho do foco emissor


de raios X, menor será a distorção geométrica e, consequentemente, maiores serão os
detalhes e a nitidez da imagem radiográfica. Quanto maior o tamanho do foco emissor
de raios X, maior será a zona de penumbra na formação da imagem radiográfica e,
consequentemente, menores serão o detalhe e a nitidez da imagem.

A zona de penumbra: também conhecida como flou geométrico, corresponde à


falta de nitidez da imagem radiográfica, causada pela distorção geométrica. Pode ser
calculada usando-se a fórmula:

Para evitar a falta de nitidez geométrica (f/ou geométrico), devemos usar a


combinação dos seguintes parâmetros: a maior distância foco-anteparo (dFoA)
associada a menor distância objeto-anteparo (dOA) e, na medida do possível, menor
foco emissor de radiação. Assim, teremos uma imagem radiográfica mais nítida, de
melhor qualidade.

Interação do feixe de radiação com o objeto terceira etapa trajetória do


feixe de raios:

A Trajetória do feixe de raios X do foco emissor ao anteparo (chassi [filme


radiográfico], tela fluoroscópica [écran] ou detector digital), atravessando um objeto,
pode ser dividida em três etapas:

I- Primeira etapa I Corresponde ã emissão do feixe de radiação pelo foco


emissor até o objeto. Nessa etapa, o feixe de raios X tem uma estrutura
razoavelmente homogênea em qualidade e intensidade.

II- Corresponde à interação do feixe de radiação com o objeto. Nessa etapa, ira
ocorrer à atenuação do feixe de raios X, que consiste na redução da
intensidade (atenuação) do feixe de radiação incidente.

III- Corresponde ã emergência do feixe de radiação do objeto. Nessa etapa, o


feixe de radiação não e' uniforme nem em número nem na energia dos
fótons. Apenas cerca de 5%dos fótons que incidem no objeto emergem sem
sofrer alterações.

Observe a imagem onde é possível identificar as interações citadas referente o feixe útil
de Raio-x.

Atenuação do feixe de radiação:


Espessura: quanto mais espesso for o objeto irradiado, maior será a atenuação
do feixe de radição.
Densidade: qunto mais denso for o objeto irradiado, maior será a atenuação do
feixe de radiação.
Número atômico (Z): quanto maior for o número atômico do objeto irradiado,
maior será a atenuação do feixe de radiação.
Todos esses fastores estão ligados diretamente com a absorção que o objeto
radiografado faz no momento da passagem do fóton de raio-x durante a interação com o
objeto.
Absorção fotoelétrica
Absorção fotoelétrica (interação fotoelétrica) é um efeito local que consite na
deposição de energia no objeto irradiado. Corresponde à interação de um fóton de
radiação com um elétron fortemente ligado a um átomo do objeto (elétron em órbita
próxima ao núcleo do átomo).
O fóton incidente, ao chocar-se com o elétron, transfere toda a sua energia para
ele, deixando de existir a seguir. A energia transferida ao elétron determinará seu
deslocamento para outra órbita, gerando um “vazio” nesse lugar. O preenchimento
desse “vazio” deixado pela ejeção do elétron dará origem a um fóton caracteristico
(raios x caracteristico).

A energia desse fóton caracteristico é muito baixa, sendo obsorvida no local.


Essa absorção é propocional ao número atômico do átomo absorvente elevado à terceira
potência. Em suma quanto maior for o número átomico do material, e/ou quanto maior
for o comprimento de onda do feixe de raio-x (baixa energia – Baixo KV), maior será
atenução da intensidade do feixe de radição.
Produção de Pares
Ocorre quando um fóton de radição com energia superior a 1,022 MeV interagem na
vizinhanças do núcleo de um átomo. Após a interação, esse fóton pode desaparecer,
dando origem a um par de elétrons, sendo um negtivo (e -), denominado elétron, e um
positivo (e+), chamado de positron, que perde sua energia cicética no local.

Difusão
a difusão, também denominada espalhamento, corresponde à interação de um
fóton de radiação com um elétron fracamente ligado ao um átomo do objeto (elétron de
órbita mais externa do átomo). Ao contrário do efeito fotoelétrico, a difusão atua
prejudicialmente na qualidade da imagem radiográfica. Pode ser de dois tipos: difusão
elástica e difusão quântica (inelástica).

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