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Universidade Federal de Campina Grande

Centro de Ciências e Tecnologia

Unidade Acadêmica de Física

Disciplina: Complemento Física Experimental II

Complemento: Relatório Interferência, Difração


e Polarização

Aluno: Brunno Bergkamp Pereira Cordeiro

Curso: Engenharia Mecânica

Matrícula: 119210715

Professor: Pedro L. Nascimento

Campina grande – PB

Junho de 2023
Introdução

Os fenômenos ondulatórios são os diferentes tipos de comportamento


que as ondas exercem quando encontram um obstáculo, como um espelho,
outras ondas ou quando recebem certas frequências de oscilação.

Por exemplo, no caso do arco-íris, quando a luz entra em contato com as


gotículas de água (obstáculo), ocorre um fenômeno capaz de “quebrar” essa luz
branca em outras sete cores.

A difração é o fenômeno conhecido como princípio de Huygens, que


consiste na onda ser capaz de atravessar uma fenda ou contornar uma barreira,
se espalhando ou se alargando do outro lado.

A interferência é um fenômeno de superposição de ondas formando uma


onda resultante, descoberto pelo físico Thomas Young (1773‒1829). Essa
interferência pode ser construtiva, quando as ondas que se encontram são
somadas, formando uma onda resultante com amplitude maior, ou podem ser
destrutivas, quando essas ondas se anulam, diminuindo sua amplitude ou até
mesmo desaparecendo.

Na natureza existem substâncias que ao serem atravessadas pelos feixes


de luz deixam passar apenas uma parte da onda luminosa. Desse acontecimento
ocorre um fenômeno chamado de polarização da luz. A luz natural que antes se
propagava em todos os planos, agora passa a se propagar em um único plano.

Material utilizado

● Fonte de luz branca 12V - 21W, chave liga-desliga, alimentação bivolt e


sistema de posicionamento do filamento;
● Base metálica 8 x 70 x 3cm com duas mantas magnéticas e escala lateral
de 700mm;
● Diafragma com uma fenda;;
● Lente de vidro convergente biconvexa com 50mm, DF100mm, em
moldura plástica com fixação magnética;
● Lente de vidro plano biconvexa 50mm, DF 100mm, em moldura plástica
com fixação magnética;
● Lente de vidro convergente plano-convexa com 60mm, DF120mm, em
moldura plástica com fixação magnética;
● Cavaleiros metálicos;
● Anteparo para projeção com fixador magnético;
● Rede de difração 1000 fendas/mm em moldura plástica com fixação
magnética;
● Trena de 2m;
● Régua milimetrada -150mm O + 150mm;
● 2 polaroides em moldura plástica com fixação magnética;
● Disco giratório 23cm com escala angular e subdivisões de 1°;
● Suporte para disco giratório;
● Polaroide com moldura plástica com fixação magnética.

Procedimentos Experimentais

Determinação do comprimento de onda da luz

Montagem:

Figura 1 - Montagem do equipamento

Coloca na frente da fonte luminosa e à 4cm, uma lente convergente de

distância focal f=5cm. Essa lente é utilizada para iluminar a fenda; em seguida
coloca na frente da lente o diafragma com uma fenda. Utiliza-se a lente
convergente de distância focal f = 10cm para projetar a fenda no anteparo, ajusta
a a posição da lente para que a fenda projetada fique bem nítida; depois coloca
a rede de difração na frente da lente e ajustar para que o espectro fique bem
nítido e ajusta a posição da rede de difração para que fique a 14cm (a = 0,140m)
do anteparo de projeção.

Em seguida foi medido a distância do centro de cada cor até o centro da


fenda projetada, as distâncias X e “a” para a radiação vermelha, em cm, foi
calculado a constante da rede de difração (D) que tem 1000 linhas por milímetro
em nm, e foi calculado o comprimento de onda 𝜆 da radiação vermelha também
𝐷𝑋
em nm, que é obtido através da equação 𝜆 = 1 . Os valores obtidos estão
(𝑎2 +𝑋 2 )2

contidos na tabela abaixo:

Tabela 1

Cor a (m) X (m) 𝜆(𝟏𝟎−𝟗 m)

Vermelho 0,140 0,05 635,5

Laranja 0,140 0,04 599,7

Amarelo 0,140 0,04 574,7

Verde 0,140 0,03 511,0

Azul 0,140 0,03 425,1

Violeta 0,140 0,03 435,4

1. Qual a radiação que tem maior comprimento de onda?


Vermelho

2. Qual a radiação que tem maior frequência?


Violeta

3. Qual radiação sofre interferência construtiva mais afastada da raia


central?
Vermelha, pois saem em fase da rede de difração na direção da qual
estávamos observando.

4. Tabela de cores e comprimentos de onda:

Cor 𝜆(𝒏𝒎)

Vermelho 620-760

Laranja 585-620

Amarelo 550-585

Verde 510-550

Azul 450-510

Violeta 380-450

5. Os resultados encontrados foram os esperados, comparando a tabela 1


com o item 4? Comente.
Sim, os resultados estão dentro da tolerância.
Polarização da luz

Montagem:

Figura 2 - Montagem do experimento

Coloca-se sobre a base metálica um cavaleiro metálico com lente


convergente de distância focal 12cm e no cavaleiro o diafragma com uma fenda,
na extremidade da base metálica um anteparo para projeção e em seguida liga
a fonte de luz, coloca sobre a base metálica, um polaroide fixo no cavaleiro e a
10cm da lente, ajusta a posição da lente para que a fenda projetada fique bem
nítida, observa a projeção luminosa e coloca sobre a base metálica o segundo
polaroide e a 10cm do primeiro polaroide.

1. A projeção luminosa sobre o anteparo de projeção (desapareceu /


diminuiu / não se alterou)
Diminuiu a metade.

2. Girar o segundo polaroide sobre o cavaleiro num ângulo de 90° em


relação ao primeiro polaroide e observar a projeção;
Percebe-se que o feixe luminoso desaparece, devido a polarização da luz.
Polarização da Luz por Reflexão

Montagem:

Figura 3 - Montagem do equipamento

Coloca na frente da fonte de luz um cavaleiro metálico com uma lente

convergente de distância focal 12cm e o diafragma com uma fenda, liga a fonte
de luz e ajustar o raio luminoso bem no centro do transferidor, depois coloca o
semicírculo no disco ótico, conforme foto e ajusta-o no disco ótico de tal modo
que o ângulo de incidência seja igual a 0°, o ângulo de refração também 0°; em
seguida fixa em outro cavaleiro metálico um polaroide e em outro cavaleiro o
anteparo de projeção.

Depois segue os passos a seguir:

1. Gira o disco ótico 20° e observar o raio refletido, colocar na mesma


direção do raio refletido o polaroide e projetar o feixe refletido no anteparo

a 10cm do polaroide;

2. Girar o polaroide de 90° e observar a projeção do feixe luminoso e


retornar
o polaroide para a mesma posição;

3. Girar o disco ótico para 40° e observar o raio refletido, reposicionar, o


conjunto polaroide e anteparo de projeção;

4. Girar o polaroide de 90° e observar a projeção do feixe luminoso, e


retornar o polaroide para a mesma posição;

5. Repetir esses procedimentos para os ângulos entre 50° e 60°, encontrar


um
ângulo de reflexão de tal modo que girando o polaroide a projeção

desaparece;

1. Medir o ângulo de incidência que tem a luz polarizada:


θB=55°
2. Medir o ângulo entre o raio refletido e o raio refratado:
α =90°
3. Qual a direção de polarização? Comente sua resposta.
É horizontal, pois movimenta-se horizontalmente o anteparo para
determinar o ângulo de Brewster, que é o ângulo de incidência.

4. Encontrar a tangente do ângulo 𝜃𝐵 : tan θB=


1,539864964

5. Comparar esse valor com o índice de refração do material (acrílico)


encontrado no experimento anterior:
n = 1,57577256

6. Admitindo uma tolerância de erro 5%, podemos considerar que a tangente


do ângulo de Brewster é igual ao índice de refração do material?
1,57577256 − 1,539864964
𝜀= × 100 = 5,985569287%
1,57577256

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