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ITA 2023

ONDULATÓRIA (II)

AULA 07
Interferência e óptica física

Prof. Vinícius Fulconi

www.estrategiamilitares.com.br
Prof. Vinícius Fulconi

Sumário
Apresentação do Professor 4

1. INTERFERÊNCIA E DEFINIÇÕES 5

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA E INTERFERÊNCIA 5

CONDIÇÕ ES DE INTERFERÊNCIA 5
FONTES DEVEM SER COERENTES 5
MESMA FREQUÊNCIA OU COMPRIMENTO DE ONDA 6
IGUALDADE DE AMPLITUDES 6

PRINCÍPIO DE HUYGENS 6

TÓPICOS IMPORTANTES DA INTERFERÊNCIA 7


PROPRIEDADE 1 7
PROPRIEDADE 2 7

2. DIFERENÇA DE CAMINHO ÓPTICO 8


DIFERENÇA DE CAMINHO ∆𝒙 9
2.2. DIFERENÇA DE FASE ∆𝚽 9

3. EXPERIÊNCIA DE YOUNG 11

PRINCÍPIO DA EXPERIÊNCIA DE YOUNG 11

ANÁLISE TEÓRICA 12
ANÁLISE DA INTERFERÊNCIA 13
INTERFERÊNCIA CONSTRUTIVA 13
INTERFERÊNCIA DESTRUTIVA 13
POSIÇÃO DAS FRANJAS 13
NOMENCLATURA E POSIÇÃO NO ANTEPARO 14
INTERFRANJA 15
DIFERENÇA DE FASE 𝚽 15
PADRÃO DE INTENSIDADE 15

4. INTERFERÊNCIA EM FILMES FINOS 19


DIFERENÇA DE CAMINHO 20
INVERSÃO DE FASE 20
PRODUÇÃO DA INTERFERÊNCIA 20

5. ANÉIS DE NEWTON 22

6. DIFRAÇÃO 24

DIFRAÇÃO EM FENDAS SIMPL ES 26


LARGURA DO MÁXIMO CENTRAL (E) 27
INTENSIDADE NA FENDA SIMPLES 28

DIFRAÇÃO EM MÚLTIPLAS FENDAS E REDE DE DIFRAÇÃO 29


CASOS ESPECIAIS 31
REDE DE DIFRAÇÃO 33

Modelo de questões 35

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Lista de questões 41

Nível 1 41

Nível 2 42

Nível 3 54

Resolução das questões 69

Nível 1 69

Nível 2 71

Nível 3 88

Considerações finais 119

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Apresentação do Professor
Querido aluno(a), seja bem-vindo(a) à nossa primeira aula!
Sou o professor Vinícius Fulconi, tenho vinte e seis anos e estou cursando Engenharia Aeroespacial
no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Irei contar um pouco sobre minha trajetória pessoal,
passando pelo mundo dos vestibulares com minhas principias aprovações, até fazer parte da equipe de
física do Estratégia Militares.
No ensino médio, eu me comportava como um aluno mediano. No final do segundo ano do ensino
médio, um professor me desafiou com a seguinte declaração: Você nunca vai passar no ITA! Essa fala do
professor poderia ter sido internalizada como algo desestimulador e, assim como muitos, eu poderia ter
me apegado apenas ao que negritei anteriormente. Muitos desistiriam! Entretanto, eu preferi negritar e
gravar “Você vai passar no ITA!
Querido aluno(a), a primeira lição que desejo te mostrar não é nenhum conteúdo de física. Quero
que transforme seu sonho em vontade de vencer. Transforme seus medos e incapacidades em desafios a
serem vencidos. Haverá muitos que duvidarão de você. O mais importante é você acreditar! Nós do
Estratégia Militares acreditamos no seu potencial e ajudaremos você a realizar seu sonho!

Perseverânça e
Sonhos Realizações
trabalho duro

Após alguns anos estudando para o ITA, usando muitos livros estrangeiros, estudando sem
planejamento e frequentando diversos cursinhos do segmento, realizei meu sonho e entrei em umas das
melhores faculdades de engenharia do mundo. Além de passar no ITA, ao longo da minha preparação,
fui aprovado no IME, UNICAMP, Medicina (pelo ENEM) e fui medalhista na Olimpíada Brasileira de Física.
Minha resiliência e grande experiência em física, que obtive estudando por diversas plataformas
e livros, fez com que eu me tornasse professor de física do Estratégia Militares. Tenho muito orgulho em
fazer parte da família Estratégia e hoje, se você está lendo esse texto, também já é parte dela. Como
professor, irei te guiar por toda física, alertando sobre os erros que cometi na minha preparação,
mostrando os pontos em que obtive êxito e, assim, conseguirei identificar quais são seus pontos fortes e
fracos, maximizando seu rendimento e te guiando até à faculdade dos seus sonhos.
Você deve estar se perguntando: O que é necessário para começar esse curso?

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1. INTERFERÊNCIA E DEFINIÇÕES
Neste tópico, iremos apresentar as discussões sobre a ocorrência da interferência e as condições
em que ela ocorre.

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA E INTERFERÊNCIA


Na aula anterior, vimos o que acontece quando duas ondas se propagam no mesmo meio.
Quando isso ocorre, a onda total, em qualquer ponto e momento do tempo, é governada pelo
princípio da superposição.
Se uma única fonte de luz estiver presente no meio, a distribuição de energia é uniforme.
No entanto, se houver dois fornecedores adjacentes exatamente semelhantes, a distribuição não
permanecerá mais uniforme. Em alguns lugares, a energia é máxima, enquanto em outros lugares
a energia é mínima; é claro que a energia total do sistema permanece a mesma.
Esta modificação na distribuição de energia devido à presença de duas ou mais fontes,
exatamente semelhantes, é um caso específico da superposição de onda e é conhecido como
interferência.

CONDIÇÕES DE INTERFERÊNCIA
Para obter um padrão de interferência sustentado (permanente ou estável) e observável, as
seguintes condições devem ser cumpridas.

FONTES DEVEM SER COERENTES


A fim de produzir um padrão de interferência estável, as ondas individuais devem manter uma
relação de fase constante umas com as outras, isto é, as duas fontes interferentes devem emitir
ondas com uma diferença de fase constante entre elas.
Se a diferença de fase entre duas fontes não permanecer constante, os locais dos máximos e
mínimos mudarão. No caso de ondas mecânicas, é possível manter uma relação de fase constante
entre duas fontes diferentes. Mas, no caso da luz, duas fontes de luz diferentes não podem ser
coerentes. Isso ocorre pela maneira como a luz é emitida.
Em fontes de luz comuns, os átomos ganham excesso de energia por agitação térmica ou por
impacto com elétrons acelerados. Um átomo "excitado" de tal maneira começa a irradiar energia
contínua até perder toda a energia que pode, normalmente em um tempo da ordem de 10 −10 𝑠.
Os inúmeros átomos de uma fonte irradiam normalmente em uma coordenação de fase aleatória
e não sincronizada, e a luz emitida de duas fontes não tem uma coordenação de fase definida.
Portanto, para obter uma interferência estável na luz, uma única fonte é dividida em duas fontes
coerentes. Qualquer mudança de fase aleatória na fonte afeta essas fontes secundárias
igualmente e não altera sua fase relativa. A luz do laser é muito mais coerente que a luz comum,
por exemplo.

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MESMA FREQUÊNCIA OU COMPRIMENTO DE ONDA


A coordenação de fase entre duas ondas pode ser mantida constante apenas quando suas
frequências são iguais. Assim, podemos dizer que duas fontes coerentes devem ter a mesma
frequência.

IGUALDADE DE AMPLITUDES
As amplitudes de duas ondas que se interferem devem ser iguais ou aproximadamente iguais.
Caso contrário, a diferença entre as intensidades de máximos e mínimos será muito pequena e o
contraste será baixo. O contraste máximo é, no entanto, obtido quando𝐴1 = 𝐴2, porque a
intensidade mínima será zero.

PRINCÍPIO DE HUYGENS
A teoria ondulatória escrita por Huygens se baseia em construções geométricas que permitem
prever onde estará uma dada frente de onda em algum instante de tempo se conhecermos a sua
posição atual. Essas construções se norteiam pelo princípio de Huygens, que diz:

Todos os pontos de uma frente de onda se comportam como fontes pontuais de ondas secundárias.
Depois de um intervalo de tempo 𝒕, a nova posição da frente de onda é dada por uma superfície
tangente a essas ondas secundárias.

Figura 1: A propagação de uma onda plana, de acordo com Huygens.

A figura acima mostra que os pontos em cinza da primeira reta vertical se comportaram como
fontes pontuais. Esse fenômeno é exatamente o proposto por Huygens. Cada ponto da frente de
onda se comportando como um novo irradiador ondulatório.

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TÓPICOS IMPORTANTES DA INTERFERÊNCIA

PROPRIEDADE 1
Considere duas fontes coerentes 𝑆1 e 𝑆2 . As fontes emitem ondas que se superpõem no ponto P.
A diferença de fase em P é Φ (que é constante). Se a amplitude das ondas individuais em P são 𝐴1
e 𝐴2 , a amplitude resultante em P será:

𝐴 = √𝐴21 + 𝐴22 + 2𝐴2 𝐴1 𝑐𝑜𝑠Φ

Deste modo, a intensidade resultante em P é dada por:


𝑰 = 𝑰𝟏 + 𝑰𝟐 + 𝟐√𝑰𝟐 𝑰𝟏 𝒄𝒐𝒔𝚽
Se a fontes fossem incoerentes, a intensidade resultante em P seria:
𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2

PROPRIEDADE 2
Uma única fonte é dividida em duas fontes coerentes para obter interferência consistente da luz.
Isso pode ser feito de diferentes maneiras:

Figura 2: Maneiras de se obter fontes coerentes.

Assim, podemos ter fontes coerentes com:


➢ Fenda dupla.
➢ Espelho plano.
➢ Lentes esféricas.

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2. DIFERENÇA DE CAMINHO ÓPTICO


Do estudo de ondulatória e da óptica geométrica, descobrimos que o comprimento de uma
onda progressiva depende da velocidade e que a velocidade da luz em um meio depende do índice
de refração. Isto quer dizer que o comprimento de onda depende do índice de refração.
Considere que uma luz monocromática tem um comprimento de onda λ e uma velocidade
c no vácuo. A mesma luz monocromática tem comprimento𝜆 𝑛 e uma velocidade 𝑣 em um meio
de índice de refração 𝑛. A frequência da luz em ambos os meios deve ser a mesma.
𝑓 = 𝑓𝑛
𝑐 𝑣 𝑣
= ⇒ 𝜆𝑛 = λ ⋅
λ 𝜆𝑛 𝑐
𝑐
O índice de refração do material é dado por 𝑛 = , então:
𝑣

λ
𝜆𝑛 =
𝑛
A equação acima relaciona o comprimento de onda no vácuo com o comprimento de onda
em um meio de índice de refração 𝑛.
O fato de o comprimento de onda mudar com o índice de refração faz com que se possa
ter interferência de ondas devido a uma diferença de caminho óptico seguido pela luz.
Considere ondas de luz que se propagam no ar. O comprimento de onda das ondas
luminosas no ar vale λ. As ondas de luz encontram dos meios diferentes. Parte dessas ondas
atravessa o meio 1, de índice de refração 𝑛1 e comprimento 𝐿 e a outra parte dessas ondas
atravessa o meio 2, de índice de refração 𝑛 2 e comprimento 𝐿. Veja a figura abaixo.

Figura 3: Raios de onda atravessam meios diferentes.

Após as ondas deixarem os meios (1 e 2), elas voltam a ter o mesmo comprimento de onda λ no
ar. Entretanto, ao passarem pelos meios 1 e 2, os comprimentos de onda eram diferentes e,
portanto, as ondas não podem mais estar em fase.

A diferença de fase entre duas ondas luminosas pode ser alterada se elas atravessarem meios com
índices de refração diferentes.

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DIFERENÇA DE CAMINHO ∆𝒙
Para calcular a diferença de caminho é preciso definir uma grandeza chamada número de
comprimentos de onda 𝑁. Essa grandeza é a razão entre o tamanho do meio (no caso da figura 3
seria 𝐿) e o comprimento de onda da luz daquele meio.
𝑳
𝑵𝒏 =
𝝀𝒏
𝑁𝑛 é a quantidade numérica de comprimentos de onda que estão contidos (“cabem”) naquele
meio. Para os meios 1 e 2, da Figura 3, calcularemos os valores de 𝑁1 e 𝑁2 .
𝑳 𝑳 𝑳 ⋅ 𝒏𝟏
𝑵𝟏 = = =
𝝀𝟏 𝝀 𝝀
𝒏𝟏
𝑳 𝑳 𝑳 ⋅ 𝒏𝟐
𝑵𝟐 = = =
𝝀𝟐 𝝀 𝝀
𝒏𝟐
Deste modo, a diferença de caminho é definida como:
∆𝒙 = |𝑵𝟏 − 𝑵𝟐 | ⋅ 𝝀
Considerando 𝑛 2 > 𝑛1:
∆𝒙 = 𝑳(𝒏𝟐 − 𝒏𝟏 )

2.2. DIFERENÇA DE FASE ∆𝚽


Para toda diferença de caminho podemos associar uma diferença de fase. Utilizando a formula
anterior, podemos calcular a diferença de fase entre os raios emergentes dos meios 1 e 2.
∆𝚽 ∆𝒙 𝑳(𝒏𝟐 − 𝒏𝟏 )
= =
𝟐𝝅 𝝀 𝝀
𝟐𝝅𝑳(𝒏𝟐 − 𝒏𝟏 )
∆𝚽 =
𝝀

Exemplo:
Duas ondas luminosas no ar, de comprimento de onda 600 nm, estão inicialmente em
fase. As ondas passam por camadas de plástico como na figura abaixo. 𝐿 1 = 4,00 𝜇𝑚,
𝐿 2 = 3,50 𝜇𝑚, 𝑛 1 = 1,4 e 𝑛 2 = 1,6.

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Qual é a diferença de fase quando as ondas saem dos dois blocos?


Comentário:
Primeiramente, iremos encontrar o número de comprimentos de onda no plástico
superior.
𝐿 ⋅𝑛 3,5⋅10−6⋅1,6
𝑁2 = 2 2 = = 9, 3 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑜𝑛𝑑𝑎
𝜆 600⋅10−9
Agora, iremos encontrar o número de comprimentos de onda contidos na distância
𝐿 1 − 𝐿 2.
𝐿 𝐿 −𝐿 0,5⋅10−6
𝑁𝐴𝑟 = = 1 2 = = 0,83 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑜𝑛𝑑𝑎
𝜆 𝜆 600⋅10−9
Assim, para o raio superior temos uma total de:
𝑁𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 ≅ 10,17 comprimentos de onda
Para o plástico inferior:
𝐿 ⋅𝑛 4,5⋅10−6 ⋅1,4
𝑁1 = 1 1 = = 10,5 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑜𝑛𝑑𝑎
𝜆 600⋅10−9
Assim, para o raio inferior temos uma total de:
𝑁𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝑁1 = 10,5 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑜𝑛𝑑𝑎
Para encontrarmos a diferença de caminho, fazemos:
∆𝑥 = 𝐿 ⋅ |(𝑁𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 − 𝑁𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 )|
∆𝑥 = 𝐿 1 ⋅ |(𝑁𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 − 𝑁𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 )|
∆𝑥 = 3,5 ⋅ 10 −6 ⋅ |(10,17 − 10,5)|
∆𝑥 = 1,32 ⋅ 10 −6 𝑚
Para calcular a diferença de fase fazemos:
∆𝑥 ∆Φ
=
𝜆 2𝜋
∆Φ = 4,4𝜋 𝑟𝑎𝑑

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3. EXPERIÊNCIA DE YOUNG

PRINCÍPIO DA EXPERIÊNCIA DE YOUNG


A luz monocromática (comprimento de onda único) de uma fenda vertical estreita S cai
sobre duas outras fendas estreitas 𝑆1 e 𝑆2 , muito próximas umas das outras e paralelas a S. 𝑆1 e
𝑆2 , atuam como duas fontes coerentes (ambas derivadas de S). Se S, 𝑆1 e 𝑆2 , forem todas muito
estreitas, a difração (curvatura da luz em aberturas cuja largura é da ordem da onda de luz) faz
com que os feixes emergentes se espalhem para a região além das fendas.
A superposição ocorre na área sombreada, onde os feixes difratados se sobrepõem. Faixas
verticais brilhantes e escuras alternadas igualmente espaçadas (franjas de interferência) podem
ser observadas em uma tela posicionada a alguma distância das fendas. Se 𝑆1 ou 𝑆2 , for coberta,
as franjas desaparecerão.

Figura 4: Ilustração do experimento de Young.

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ANÁLISE TEÓRICA
Iremos determinar mma expressão para a separação de duas franjas brilhantes (ou
escuras).
A figura abaixo mostra as ondas de luz que atravessam 𝑆1 e 𝑆2 , e se encontram em um
ponto arbitrário P no anteparo. A distância entre as fendas é 𝑑 e elas estão separadas por uma
distância 𝐷 do anteparo. Iremos analisar a interferência em um P que dista 𝑦 da reta mediatriz ao
segmento 𝑆2 𝑆1 .
Os raios de luz vermelho e azul se encontram no P se interferindo. Entre as fendas e o
anteparo há uma diferença de caminho óptico. Essa diferença é produzida pela diferença nos
comprimentos percorridos pelos raios. Note que o raio azul percorre uma distância maior que o
raio vermelho.

Figura 5: Desenho esquemático dos elementos no experimento de Young.

A diferença de caminho entre os raios é dada por ∆𝑥. Essa diferença é dada por:
∆𝑥 = 𝑆2 𝑃 − 𝑆1 𝑃
Se considerarmos que 𝐷 ≫ 𝑑, que é de fato uma boa aproximação, temos os raios azul e vermelho
sendo praticamente paralelos. Deste fato, decorre que:
𝑆2 𝑃 − 𝑆1 𝑃 = 𝑑 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃
Desta maneira, temos:
∆𝑥 = 𝑑 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃

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ANÁLISE DA INTERFERÊNCIA
Uma diferença de caminho óptico produzida por uma diferença de caminho leva a formação de
um padrão de interferência.
Se a diferença de caminho for um número inteiro teremos sempre uma interferência construtiva.
Se a diferença de caminho for um número não inteiro teremos uma interferência destrutiva.
Podemos traduzir essas frases em expressões matemáticas.

INTERFERÊNCIA CONSTRUTIVA
Para a interferência construtiva temos:
𝑑 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝐾 ⋅ 𝜆 , 𝐾 𝜖 {0, ±1, ±2, ±3, … }
Na interferência construtiva temos a formação das franjas claras. Isso quer dizer que a há máxima
de intensidade luminosa em P para uma interferência construtiva.

INTERFERÊNCIA DESTRUTIVA
Para a interferência construtiva temos:
1
𝑑 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃 = (𝐾 + ) ⋅ 𝜆 , 𝐾 𝜖 {0, ±1, ±2, ±3, … }
2
Na interferência destrutiva temos a formação das franjas escuras. Isso quer dizer que a há míni mo
de intensidade luminosa em P para uma interferência destrutiva.

POSIÇÃO DAS FRANJAS


Para determinar a posição vertical 𝑦 das franjas, utilizaremos novamente a aproximação 𝐷 ≫ 𝑑.
Neste caso, temos:
𝒚
𝒔𝒆𝒏𝜽 ≈ 𝒕𝒈𝜽 =
𝑫
• Interferência construtiva:
𝒅𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝑲 ⋅ 𝝀

𝒚
𝒅 = 𝑲 ⋅𝝀
𝑫

𝑲⋅𝝀⋅𝑫
𝒚𝒇𝒓𝒂𝒏𝒋𝒂𝒔−𝒄𝒍𝒂𝒓𝒂𝒔 = , 𝒌 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … }
𝒅

• Interferência destrutiva:

𝟏
(𝑲 + ) ⋅ 𝝀 ⋅ 𝑫
𝒚𝒇𝒓𝒂𝒏𝒋𝒂𝒔−𝒆𝒔𝒄𝒖𝒓𝒂𝒔 = 𝟐 , 𝒌 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … }
𝒅

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NOMENCLATURA E POSIÇÃO NO ANTEPARO


As posições que as franjas ocupam no anteparo recebem uma nomenclatura própria.
• Maximo central: é o ponto em que não diferença de caminho entre os raios que
chegam ao anteparo. Normalmente, representamos esse ponto por O.
• Primeira franja clara, primeiro máximo ou máximo de ordem 1: são os pontos em
que a diferença de caminho entre os raios que chegam ao anteparo vale exatamente
𝜆.
• N-ésima franja clara, n-ésimo máximo ou máximo de ordem n: são os pontos em
que a diferença de caminho entre os raios que chegam ao anteparo vale exatamente
(𝑛 ⋅ 𝜆).
• Primeira franja escura, primeiro mínimo ou mínimo de ordem 1: são os pontos em
que a diferença de caminho entre os raios que chegam ao anteparo vale exatamente
0,5𝜆.
• N-ésima franja escura, n-ésimo mínimo ou mínimo de ordem n: são os pontos em
que a diferença de caminho entre os raios que chegam ao anteparo vale exatamente
1
([𝑛 − 1] + ) ⋅ 𝜆.
2

Figura 6: Padrão de interferência para algumas ordens.

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INTERFRANJA
Interfranja é a distância entre duas franjas consecutivas claras ou escuras. Para o experimento de
Young a interferfranja para franjas claras ou escuras é a mesma e vale 𝑤. Matematicamente:
(𝐾 − (𝐾 − 1)) ⋅ 𝜆 ⋅ 𝐷
𝑦𝐾 − 𝑦𝐾−1 = =𝑤
𝑑
𝝀⋅𝑫
𝒘=
𝒅
Percebe-se que 𝑤 ∝ 𝜆, deste modo:
• Se o experimento de Young for imerso em um líquido de índice de refração 𝑛, então
o comprimento de onda diminuirá por um fator 1/𝑛. Logo, a interfranja também
diminuirá.

DIFERENÇA DE FASE 𝚽
A diferença de caminho entre os raios produz uma diferença de caminho é dada por:
Φ 𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃
=
2𝜋 𝜆
Para os dois tipos de interferências, temos:
• Interferência construtiva:
𝟐𝝅 ⋅ (𝑲 ⋅ 𝝀)
𝚽=
𝝀

𝚽 = 𝟐𝝅𝑲, 𝑲 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … }


• Interferência destrutiva:
𝟏
𝟐𝝅 (𝑲 + ) ⋅ 𝝀
𝚽= 𝟐
𝝀

𝟏
𝚽 = 𝟐𝝅 (𝑲 + ) , 𝑲 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … }
𝟐

PADRÃO DE INTENSIDADE
Iremos analisar a intensidade da onda no anteparo. Para isso, consideraremos que as fontes são
coerentes e geram a mesma intensidade 𝐼0 . Assim, a intensidade resultante em um ponto
qualquer P é:
𝐼 = 𝐼0 + 𝐼0 + 2√𝐼0 𝐼0 𝑐𝑜𝑠Φ
Em que Φ é a diferença de fase. Desta maneira, temos:

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𝚽
𝑰 = 𝟒𝑰𝟎 ⋅ 𝒄𝒐𝒔𝟐 ( )
𝟐
• Interferência construtiva:

𝚽 = 𝟐𝝅𝑲, 𝑲 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … }

𝑰 = 𝟒𝑰𝟎 ⋅ 𝒄𝒐𝒔𝟐 (𝝅𝑲), 𝑲 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … }


Podemos notar que as intensidades são máximas e valem sempre 4𝐼0 para qualquer valor de
ordem para uma franja clara.
• Interferência destrutiva:
𝟏
𝚽 = 𝟐𝝅 (𝑲 + ) , 𝑲 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … }
𝟐

𝟏
𝑰 = 𝟒𝑰𝟎 ⋅ 𝒄𝒐𝒔𝟐 (𝝅 (𝑲 + ) ) , 𝑲 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … }
𝟐
Podemos notar que as intensidades são nulas para qualquer valor de ordem para uma franja
escura.
Desta maneira, podemos montar o seguinte diagrama para as intensidades em um
experimento de Young.

Figura 7: Padrão de intensidade no experimento de Young.

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Exemplo:
Duas fendas estão separadas por uma distância 0,32 mm. Um feixe de luz de
comprimento de onda 500 nm incide sobre as fendas, produzindo um padrão de
interferência em um anteparo. Determine o número de máximos observados no
intervalo −30° < 𝜃 < 30°.

Comentários:
O valor da interfranja vale:
𝜆𝐷
𝑤=
𝑑
E temos também:
𝐷
𝑦=
√3
Assim, o número de máximos para uma distância y é dado por:
𝐷
𝑦 √3
𝑛= = 𝜆𝐷
𝑤
𝑑
−3
𝑑 0.32⋅10
𝑛= ⇒𝑛= = 369,5
𝜆√3 500⋅10−9⋅√3
Dessa maneira, o número de máximos obtidos (incluindo o central) é:
𝑁 = 2 ⋅ 369 + 1
𝑁 = 739
Exemplo:
A distância entre duas fendas no experimento de Young é dada por 𝑑 = 20𝜆, em que
𝜆 é o comprimento de onda da luz usada no experimento. Encontre o valor de 𝜃 para
que o terceiro máximo ser obtido.

Comentários:
Os raios inicialmente não estão em fase. Assim, há uma diferença de caminho inicial
entre os raios (1) e (2).

AULA 07 17
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Antes de atingir as fendas o raio (1) percorre maior distância. Entretanto, após
passarem sobre as fendas, o raio (2) percorre maior distância. Não podemos dizer que
diferença de caminho é maior que a outra, dessa forma usaremos o módulo.
|𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑑𝑠𝑒𝑛45°| = 3𝜆
(I) Para 𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑑𝑠𝑒𝑛45 > 0 → 45° < 𝜃 < 90°:
𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑑𝑠𝑒𝑛45 = 3𝜆
20𝜆𝑠𝑒𝑛𝜃 − 20𝜆𝑠𝑒𝑛45 = 3𝜆
√2 3
𝑠𝑒𝑛𝜃 = +
2 20
𝜃 = 59°
É um valor condizente.
(II) Para 𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑑𝑠𝑒𝑛45 < 0 → 0 < 𝜃 < 45°:
𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃 − 𝑑𝑠𝑒𝑛45 = −3𝜆
20𝜆𝑠𝑒𝑛𝜃 − 20𝜆𝑠𝑒𝑛45 = −3𝜆
√2 3
𝑠𝑒𝑛𝜃 = −
2 20
𝜃 = 34°
Também é um valor condizente. Dessa maneira, para esses dois valores de 𝜃 temos um
máximo.

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4. INTERFERÊNCIA EM FILMES FINOS


As cores de uma bolha de sabão ou de uma mancha de óleo são causadas pela interferência das
ondas luminosas refletidas pelas superfícies anterior e posteirior de um filme fino. Para que ocorra
a interferência, a espessura do filme deve ser da mesma ordem que o comprimento de onda da
luz incidente.
Considere um filme fino de indice de refração 𝑛 de espessura 𝑒. O filme está entre dois meios de
índices de refração 𝑛 1 e 𝑛 2, conforme a figura abaixo. Um raio de luz de comprimento de onda 𝜆
(no ar) incide sobre o filme.

Figura 8: Representação do filme fino.

Antes de começarmos nosso estudo quantitativo em relação aos filmes finos, faremos umas
considerações:
• Os raios incidentes, refletivo externamente e refletido internamente são paralelos.
A imagem acima é uma representação que facilita a análise do sistema, entretanto,
o angulo de incidência é praticamente zero (𝜃 ≅ 0°) e, portanto, a representação
correta seria a da figura 9.

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Figura 9: Raios luminosos são praticamente perpendiculares ao filme.

• Como os raios são praticamente paralelos, não há refração nos pontos A e C.


A interferência nos filmes finos ocorre entre o raio refletido externamente e o raio refletido
internamente.

DIFERENÇA DE CAMINHO
A diferença de caminho existente entre o raio refletido externamente e o raio refletido
internamente é dada pela geometria do ∆𝐴𝐵𝐶 . Como os raios são praticamente paralalelos, o
valor de 𝑥 se aproxima do valor da espessura do filme 𝑒
Desta maneira, a diferença de caminho entre os raios é 2𝑒.
∆𝑥 = 2𝑒

INVERSÃO DE FASE
Sabemos que ao atingir uma interface entre dois meios um raio de luz refrata e reflete. A refração
não causa inversão de fase no raio luminoso. Entretanto, a reflexão pode causar a inversão de
fase.
Dado um raio de luz se propagando um meio de índice de refração 𝑛 1, em direção a um meio de
indice de refração 𝑛 2. A reflexão na interface entre o meio 1 e o meio 2:
• Inverte fase ∆Φ = 180° = 𝜋 ↔ 𝑛1 < 𝑛2
• Não inverte fase ∆Φ = 0 ↔ 𝑛1 > 𝑛 2

PRODUÇÃO DA INTERFERÊNCIA
A diferença de caminho entre os raios refletidos internamente e externamente é produzida no
interior do filme. Dessa maneira, não podemos esquecer de usar o comprimento de onda do filme
para a interferência.
Para encontrar o padrão construtivo ou destrutivo devemos saber se há ou não inversão de fase.
Para isso, faremos a tabela abaixo referente a figura 8.

AULA 07 20
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Relação
entre os Interferência
Inversão de fase Interferencia destrutiva
índices de construtiva
refração

Ocorre inversão de fase


nos pontos A e C. Desta
maneira, há inversão de
𝒏𝟏 < 𝒏 𝟐 𝝀 𝟏 𝝀
fase: 𝟐𝒆 = 𝑲 ⋅ 𝟐𝒆 = (𝑲 + ) ⋅
e 𝒏 𝟐 𝒏
∆𝚽 = 𝟐𝝅 = 𝟎
𝒏𝟐 < 𝒏 𝟑 𝑲 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … } 𝑲 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … }
Portanto, como se não
houvesse inversão de
fase.

Ocorre inversão de fase


𝒏𝟏 < 𝒏 𝟐 apenas no ponto A. Desta
maneira, há inversão de 𝟏 𝝀 𝝀
e 𝟐𝒆 = (𝑲 + ) ⋅ 𝟐𝒆 = 𝑲 ⋅
fase: 𝟐 𝒏 𝒏
𝒏𝟐 > 𝒏 𝟑
∆𝚽 = 𝝅 𝑲 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … } 𝑲 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … }

Ocorre inversão de fase


𝒏𝟏 > 𝒏 𝟐 apenas no ponto C. Desta
maneira, há inversão de 𝟏 𝝀 𝝀
e 𝟐𝒆 = (𝑲 + ) ⋅ 𝟐𝒆 = 𝑲 ⋅
fase: 𝟐 𝒏 𝒏
𝒏𝟐 < 𝒏 𝟑
∆𝚽 = 𝝅 𝑲 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … } 𝑲 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … }

𝒏𝟏 > 𝒏 𝟐 Não ocorre nenhuma


𝝀 𝟏 𝝀
e inversão de fase: 𝟐𝒆 = 𝑲 ⋅ 𝟐𝒆 = (𝑲 + ) ⋅
𝒏 𝟐 𝒏
𝒏𝟐 > 𝒏 𝟑 ∆𝚽 = 𝟎
𝑲 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … } 𝑲 𝝐 {𝟎, ±𝟏, ±𝟐, ±𝟑, … }

A tabela acima mostra todas as combinações possíveis para o filme fino que está entre dois meios
diferentes. Note que a análise principal está sobre os índices de refração e, consequentemente,
sobre as inversões de fase.

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5. ANÉIS DE NEWTON
Os anéis de Newton são um padrão de interferência cujas franjas são circulares de (raio 𝑟) e
concêntricas. Esse padrão de interferência é produzido por um filme de ar localizado entre uma
lâmina e uma lente plano-convexa de raio 𝑅 e centro O.
Raios luminosos (𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝜆 𝑛𝑜 𝑎𝑟) incidem primeiramente na lente, uma parte
refrata e a outra parte reflete. Os primeiros raios refletidos são chamados de raios refletidos
superiormente.
Agora, o raio que refratou reflete na lâmina e, posteriormente, segue seu caminho até o olho do
observador. Os raios que refletiram na lâmina e seguiram até o observador são chamados de raios
refletidos inferiormente.
Note que a diferença de caminho entre os raios refletidos superiormente e os raios refletidos
inferiormente é justamente a diferença de caminho produzida por um filme fino de ar.
Considerando que a espessura desse filme seja 𝑒, iremos encontrá-la.

Figura 10: Representação do experimento que produz os Anéis de Newton.

Utilizando a figura 10, temos o triângulo retângulo 𝐴𝑂𝐵 . Podemos aplicar o Teorema de Pitágora
nesse triângulo:
𝑅 2 = 𝑟2 + (𝑅 − 𝑒) 2

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𝑟2 + 𝑒 2 = 2𝑅𝑒
Considera-se que o raio do anel (𝑟) é muito maior que a espessura do filme fino (𝑒). Portanto,
temos:
𝑟2 + 𝑒 2 ≈ 𝑟²
𝑟2 = 2𝑅𝑒
𝑟²
2𝑒 =
𝑅
Deste modo, encontramos a diferença de caminho entre o raio refletido superiormente e o raio
refletido inferiormente. Considerando que a lâmina e a lente são feitas de materias mais
refringente que o ar, temos inversão de fase apenas na reflexão do raio refletido inferiormente.
Portanto, a inversão de fase é:
∆𝚽 = 𝝅
Assim, os padrões de interferência são:
• Interferência construtiva: formam aneis claros.
𝟏 𝒓²
𝟐𝒆 = (𝑲 + ) ⋅ 𝝀 =
𝟐 𝑹

𝟏
𝒓𝒂𝒏𝒆𝒍,𝒄𝒍𝒂𝒓𝒐 = √(𝑲 + ) ⋅ 𝝀 ⋅ 𝑹
𝟐

• Interferência destrutiva: formam aneis escuros.


𝒓²
𝟐𝒆 = 𝑲 ⋅ 𝝀 =
𝑹
𝒓𝒂𝒏𝒆𝒍,𝒆𝒔𝒄𝒖𝒓𝒐 = √𝑲 ⋅ 𝝀 ⋅ 𝑹
A Figura 11, abaixo representada, mostra os anéis formados pelo experimento da figura 9. Note
que o ponto central é uma interferência destrutiva.

Figura 11: Representação dos Anéis de Newton.

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6. DIFRAÇÃO
Quando as ondas de luz passam através de uma pequena abertura, em vez de um ponto nítido de
luz, um padrão de interferência é observado. Esse comportamento indica que a luz, depois de
passar pela abertura, se espalha para além do caminho estreito definido pela abertura para
regiões que ficarão na sombra, se a luz viajar em linha reta.

Figura 12: A esquerda não há difração. Já à direita há difração nas fendas.

Na figura 12, o desenho da esquerda mostra o que aconteceria se a onda não difratasse. O
desenho da direita mostra a difração nas fendas.
Outras ondas, como ondas sonoras e ondas de água, também têm essa propriedade de se
espalhar ao passar por aberturas ou por bordas afiadas. O fenômeno, conhecido como difração,
pode ser descrito apenas com um modelo de onda para a luz.
Em geral, a difração ocorre quando as ondas passam por pequenas aberturas, em torno de
obstáculos, ou passam por arestas vivas, como mostrado na figura 12. Quando um objeto opaco
é colocado entre uma região sombreada e uma região iluminada. A região iluminada acima da
sombra do objeto contém franjas claras e escuras alternadas. Tal exibição é chamada de padrão
de difração.

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Figura 13: Padrão de interferência devido ao objeto opaco.

Neste tópico, restringiremos nossa atenção à difração de Fraunhofer, que ocorre, por exemplo,
quando todos os raios que passam por uma fenda estreita são aproximadamente paralelos uns
aos outros. Isso pode ser alcançado experimentalmente, colocando a tela longe da abertura usada
para criar a difração ou usando uma lente convergente para focalizar os raios depois que eles
passam pela abertura, como mostrado na figura 13.

Figura 14: Difração de Fraunhofer na fenda simples.

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DIFRAÇÃO EM FENDAS SIMPLES


Até agora, assumimos que as fendas são fontes pontuais de luz. Nesta seção, abandonamos essa
suposição e vemos como a largura finita das fendas é a base para entender a difração de
Fraunhofer.
Podemos deduzir algumas características importantes desse fenômeno examinando as ondas
provenientes de várias partes da fenda, como mostra a figura 15. De acordo com o princípio de
Huygens, cada parte da fenda atua como fonte de ondas de luz. Portanto, a luz de uma porção da
fenda pode interferir com a luz de outra porção, e a intensidade da luz resultante na tela depende
da direção 𝜃.
Para analisar o padrão de difração, é conveniente dividir a fenda em duas metades, como mostra
a figura 15. Tendo em mente que todas as ondas estão em fase quando saem da fenda, considere
os raios 1 e 3. Enquanto esses dois raios viajam em direção a tela (à direita da figura 15), o raio 1
𝑎
viaja mais longe que o raio 3 em uma quantidade igual à diferença de caminho ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃, em que 𝑎
2
é a largura da fenda.
𝑎
Da mesma forma, a diferença de caminho entre os raios 2 e 4 também é ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃. Se essa
2
diferença de caminho é exatamente metade de um comprimento de onda (correspondente a uma
diferença de fase de 180 °), as duas ondas se cancelam e resultam em interferência destrutiva.
Isso é verdade para quaisquer dois raios que se originam em pontos separados pela metade da
largura da fenda, pois a diferença de fase entre dois desses pontos é de 180 °.
Portanto, as ondas da metade superior da fenda interferem destrutivamente com as ondas da
metade inferior quando:

Figura 15: Fenda simples e raios luminosos.

𝒂 𝝀
⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜽 = ⇒ 𝒂 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜽 = 𝝀
𝟐 𝟐

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Se nos dividíssemos a fenda em quatro partes e usássemos um raciocínio análogo, teríamos:


𝑎 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 2𝜆
Se nos dividíssemos a fenda em seis partes, teríamos:
𝑎 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 3𝜆
Desta maneira, a condição geral para descrever os mínimos (interferência destrutiva) é:
𝑎 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝐾 ⋅ 𝜆, 𝐾 𝜖 {0, ±1, ±2, ±3, … }
Esta equação fornece os valores de 𝜃 para os quais o padrão de difração tem intensidade de luz
zero, isto é, quando uma franja escura é formada. No entanto, nada nos diz sobre a variação na
intensidade da luz ao longo da tela.
As características gerais da distribuição de intensidade são mostradas na figura 16. É observada
uma ampla franja central brilhante; essa franja é acompanhada por franjas brilhantes muito mais
fracas, alternadas com franjas escuras.
As várias franjas escuras ocorrem nos valores de 𝜃 que satisfazem a equação acima. Cada pico de
franja brilhante fica aproximadamente a meio caminho entre seus mínimos marginais escuros.
Observe que o máximo central brilhante é duas vezes maior que o máximo secundário.

Figura 16: Padrão de intensidade da fenda simples

LARGURA DO MÁXIMO CENTRAL (E)


O máximo central tem largura corresponde ao dobro do primeiro mínimo:
𝑒 = 2 ⋅ 𝑦1
2⋅𝐿⋅𝜆
𝑒=
𝑎

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INTENSIDADE NA FENDA SIMPLES


Utilizando o conceito de fasores podemos determinar a distrubuição de intensidade de difração
para uma fenda simples. A intensidade varia da seguinte maneira:
𝛽 2
𝑠𝑒𝑛 )
(
2
𝐼 = 𝐼0 ⋅ ( )
𝛽
2
𝛽 𝜋 ⋅ 𝑎 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃
=
2 𝜆
Deste modo, temos:
𝟐
𝝅 ⋅ 𝒂 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜽
𝒔𝒆𝒏 ( )
𝑰 = 𝑰𝟎 ⋅ ( 𝝀 )
𝝅 ⋅ 𝒂 ⋅ 𝒔𝒆𝒏𝜽
𝝀

Exemplo:
(IME-2016) Uma fenda é iluminada com luz monocromática cujo comprimento de onda
é igual a 510 nm. Em um grande anteparo, capaz de refletir toda a luz que atravessa a
fenda, são observados apenas cinco mínimos de intensidade de cada lado do máximo
3
central. Sabendo que um dos mínimos se encontra em 𝜃, tal que 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑒 𝑐𝑜𝑠𝜃 =
4
√7/4, determine a largura da fenda.

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Comentários:
Para os mínimos na difração, temos:
𝑚⋅𝜆
𝑑 ⋅ 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑚 ⋅ 𝜆 ⇒ 𝑠𝑒𝑛𝜃 =
𝑑
𝜆
Perceba que os senos de 𝜃 estão em progressão aritmética de razão 𝑟 = .
𝑑
𝑠𝑒𝑛𝜃1 = 𝑟
𝑠𝑒𝑛𝜃2 = 2𝑟
𝑠𝑒𝑛𝜃3 = 3𝑟
𝑠𝑒𝑛𝜃4 = 4𝑟
𝑠𝑒𝑛𝜃5 = 5𝑟
Como são observados apenas cinco mínimos, 5𝑟 < 1 𝑒 6𝑟 > 1. Desta maneira, apenas
3
𝑠𝑒𝑛𝜃4 = 4𝑟 = satisfaz as desigualdades acima e, portanto, temos que 𝜃 corresponde
4
ao quatro mínimo.
Dessa forma, temos:
3
𝑑 ⋅ = 4 ⋅ 510 𝑛𝑚 ⇒ 𝑑 = 2,72 ⋅ 10 −6
4

DIFRAÇÃO EM MÚLTIPLAS FENDAS E REDE DE DIFRAÇÃO


No tópico anterior estudamos como a difração ocorre em uma única fenda. Na experiência de
Young estudamos como a difração ocorre em fendas duplas e gera um padrão de interferência.
Nesse módulo estudaremos como a difração ocorre para múltiplas fendas, chegando até o caso
limite quando esse número tende ao infinito, quando estudamos as redes de difração.
É bom salientar que, mesmo em um experimento com múltiplas fendas, o padrão de difração em
fenda única continuará a ocorrer. Abaixo podemos ver os gráficos da difração em fenda pura em
fenda simples, da interferência pura em fenda dupla (Experimento de Young), e da interferência
com difração em fenda dupla:

Figura 17. Difração pura em fenda simples

AULA 07 29
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Figura 18. Interferência pura em fenda dupla

Figura 19. Interferência com Difração em fenda dupla

É importante notar que nesses gráficos o 𝐼0 é a inttensidade total do feixe antes da divisão em
fendas (o 𝐼0 que utilizamos é a intensidade de cada fenda).
Veja que, considerando x como a distância vertical no anteparo:
𝑥
= tan 𝜃 ≈ sen 𝜃
𝐿
Para difração em fenda simples os mínimos se dão em:
𝑘𝜆𝐿
𝑎 sin 𝜃 = 𝑘𝜆 → 𝑥 =
𝑎
Para interferência em fenda dupla os máximos se dão em:
𝑘𝜆𝐿
𝑑 sin 𝜃 = 𝑘𝜆 → 𝑥 =
𝑑
Como 𝑑 > 𝑎 o padrão de interferência é mais estreito que o padrão de difração, conforme
podemos ver na Figura 19. O padão de difração envolve o padrão de interferência.
Vamos considerar agora a interferência pura em fenda múltipla. A diferência de fase a cada fenda
a uma distância vertical x da franja central é:
𝟐𝝅𝒅 𝐬𝐢𝐧 𝜽 𝟐𝝅𝒅𝒙
𝚫𝝓 = =
𝝀 𝑳𝝀

AULA 07 30
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A magnitude do campo elétrico resultante de todas as fendas é:


𝐸𝑟𝑒𝑠 (𝑡) = 𝐸0 sin (𝑤𝑡) + 𝐸0 sin(𝑤𝑡 + Δ𝜙) + 𝐸0 sin(𝑤𝑡 + 2Δ𝜙) + ⋯ + 𝐸0 sin(𝑤𝑡 + (𝑛 − 1)Δ𝜙)
𝐸𝑟𝑒𝑠 (𝑡) = 𝐸0 (sin (𝑤𝑡) + sin (𝑤𝑡 + Δ𝜙) + ⋯ + sin (𝑤𝑡 + (𝑛 − 1)Δ𝜙) )
Isso é uma PA de senos! A soma vale:
𝒏𝚫𝝓
𝑬𝟎 𝐬𝐢𝐧 ( )
𝑬𝒓𝒆𝒔 (𝒕) = 𝟐 𝐬𝐢𝐧 (𝒘𝒕 + (𝒏 − 𝟏)𝚫𝝓 )
𝜟𝝓 𝟐
𝐬𝐢𝐧 ( )
𝟐
A amplitude desse campo é:
𝑛Δ𝜙
𝐸0 sin (
)
𝐸𝑟𝑒𝑠 = 2
𝛥𝜙
sin ( )
2
A intensidade da onda é diretamente proporcional ao quadrado da magnitude do campo,
considerando a intensidade que passa por cada fenda como 𝐼0 :

𝑛Δ𝜙 2
sin ( )
𝐼𝑟𝑒𝑠 = 𝐼0 ( 2 )
𝛥𝜙
sin ( )
2
Semelhante à fórmula de difração em fenda simples (basta substituir a distância entre as fendas
pela largura da fenda).

CASOS ESPECIAIS
• No caso de interferência em fenda dupla:
𝚫𝝓 𝟐 𝚫𝝓 𝚫𝝓 𝟐
𝐬𝐢𝐧 (𝟐 ) 𝟐 𝐬𝐢𝐧 ( ) 𝐜𝐨𝐬 ( )
𝑰𝒓𝒆𝒔 = 𝑰𝟎 ( 𝟐 ) =𝑰 ( 𝟐 𝟐 ) = 𝟒𝑰 𝐜𝐨𝐬 𝟐 (𝚫𝝓 )
𝚫𝝓 𝟎 𝚫𝝓 𝟎
𝐬𝐢𝐧 ( ) 𝐬𝐢𝐧 ( ) 𝟐
𝟐 𝟐
𝚫𝝓
Temos interferência construtiva com 𝑰𝒓𝒆𝒔 = 𝟒𝑰𝟎 quando 𝐜𝐨𝐬 𝟐 ( ) = 𝟏, ou seja:
𝟐

𝚫𝝓 = 𝟐𝒌𝝅
𝚫𝝓
Temos interferência destrutiva com 𝑰𝒓𝒆𝒔 = 𝟎 quando 𝐜𝐨𝐬 ( ) = 𝟎, ou seja:
𝟐

𝚫𝝓 = (𝟐𝒌 + 𝟏)𝝅

• No caso de interferência em fenda tripla:


𝚫𝝓 𝟐 𝟑 𝜟𝝓 𝚫𝝓 𝟐 𝟐
𝐬𝐢𝐧 (𝟑 ) −𝟒 𝐬𝐢𝐧 ( ) + 𝟑 𝐬𝐢𝐧 ( ) 𝚫𝝓
𝑰𝒓𝒆𝒔 = 𝑰𝟎 ( 𝟐 ) = 𝑰𝟎 ( 𝟐 𝟐 𝟐
) = 𝑰𝟎 (−𝟒 𝐬𝐢𝐧 ( ) + 𝟑)
𝚫𝝓 𝚫𝝓 𝟐
𝐬𝐢𝐧 ( ) 𝐬𝐢𝐧 ( )
𝟐 𝟐

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𝟐
𝚫𝝓
= 𝑰𝟎 (𝟒 𝐜𝐨𝐬 ( ) − 𝟏) = 𝑰𝟎 (𝟐 𝐜𝐨𝐬 (𝚫𝝓) + 𝟏) 𝟐
𝟐
𝟐
Temos interferência construtiva máxima com 𝐼𝑟𝑒𝑠 = 9𝐼0 quando cos (Δ𝜙) = 1, ou seja:
Δ𝜙 = 2𝑘𝜋
Derivando a equação e igualando a zero descobrimos que temos interferência construtiva
secundária com 𝐼𝑟𝑒𝑠 = 𝐼0 em cos (Δ𝜙) = −1, ou seja:
Δ𝜙 = (2𝑘 + 1)𝜋
1
Temos interferência destrutiva com 𝐼𝑟𝑒𝑠 = 0 quando cos (Δ𝜙) = − , ou seja:
2

2(3𝑘 ± 1) 𝜋
Δ𝜙 =
3

Figura 20. Interferência pura em fenda tripla

• No caso geral:
𝒏𝚫𝝓 𝟐
𝐬𝐢𝐧 ( )
𝑰𝒓𝒆𝒔 = 𝑰𝟎 ( 𝟐 )
𝜟𝝓
𝐬𝐢𝐧 ( )
𝟐
𝑛Δ𝜙 Δ𝜙
Teremos uma interferência destrutiva com 𝐼𝑟𝑒𝑠 = 0 quando sin ( ) = 0 e sin ( ) ≠ 0,
2 2
ou seja, quando:
𝑘 𝑘
Δ𝜙 = 2 ( ) 𝜋, para ( ) ∈ ℚ\ℤ
𝑛 𝑛
No caso de Δ𝜙 = 2𝑘𝜋, por L’Hopital, temos interferência construtiva máxima com 𝐼𝑟𝑒𝑠 =
𝑛2 𝐼0
Teremos interferências construtivas menores aproximadamente entre duas interferências
destrutivas adjacentes.

AULA 07 32
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REDE DE DIFRAÇÃO
Abaixo você pode ver figuras de difração e interferência em vários tipos de fenda. A figura superior
exibe um padrão em luz monocromática e a inferior em luz branca:

Figura 21. Difração em fenda simples

Figura 22. Interferência e difração em fenda dupla

Figura 23. Interferência e difração em fenda tripla

Se você reparou bem, quanto mais fendas, mais estreita as bandas construtivas e mais fácil de
visualizar. Abaixo segue o padrão de interferência em anteparo para 7 fendas:

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Figura 23. Interferência e difração em 7 fendas

No caso em que 𝑛 → ∞ temos o que chamamos de rede de difração, que tem diversas aplicações
em monocromadores, espectrômetros e holografia. Um CD possui uma estrutura similar a uma
rede de difração, com vacâncias igualmente espaçadas. Em uma rede de difração as interferências
construtivas seguem a mesma regra da interferência em múltiplas fendas, entretanto só
conseguimos visualizar as bandas com interferência construtiva máxima, pois as interferências
construtivas parciais serão terão uma intensidade tão baixa quando 𝑛 → ∞ que não são visíveis.
Dessa forma observamos pontos brilhantes bem estreitos e fortes separados por um grande
espaço escuro. O limite para n é o tamanho da seção transversal do raio coerente usado e a
distância entre as fendas. Por exemplo, de um raio laser de 1 mm de diâmetro for utilizado em
uma rede de difração de 100 fendas por mm, n=100. As interferências construtivas máximas se
encontram em:
𝚫𝝓 = 𝟐𝒌𝝅

Figura. 24. Interferência pura para 10 fendas

Figura 25. Interferência pura para 30 fendas

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Modelo de questões
Modelo 1 - Deslocamento de franja

Uma lâmina de vidro (𝜇 = 1,5) é colocada na fenda superior no experimento de Young. O máximo
central é deslocado para a 5ª franja clara. Se 𝜆 = 5000 𝑛𝑚, determine a espessura da lâmina.

Comentários:

∆𝑥 = 5𝜆

∆𝑥 = 𝑒(𝜇 − 1)
Assim, temos:

𝑒 (𝜇 − 1) = 5𝜆

𝑒 (1,5 − 1) = 5 ⋅ 5000 ⋅ 10 −9

𝑒 = 50 𝐴̇

Modelo 2 - Quantidade de franjas

Duas fendas separadas de 0,32 mm recebem uma luz de 𝜆 = 500 𝑛𝑚. Determine o número de
máximos entre −30° < 𝜃 < 30°

Comentários:

Da geometria, temos:

𝑡𝑔30° = 𝑦/𝐷

𝐷√3
𝑦=
3
Para o experimento de Young, temos:
𝑘⋅𝐷⋅𝜆
𝑦=
𝑑
𝐷 √3 𝑘 ⋅ 𝐷 ⋅ 500 ⋅ 10 −9
=
3 0,32 ⋅ 10 −3

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𝑘 = 369,5
Portanto, temos:

𝑁 = 2 ⋅ 369 + 1 = 739

Modelo 3 - Quantidade de franjas deslocadas


Uma lâmina de vidro (𝜇 = 1,5) é colocada em uma das fendas no Young. Sabendo que foram
deslocadas 30 franjas, determine a espessura da lâmina. Dado: 𝜆 = 6 ⋅ 10 −5 𝑐𝑚

Comentários:

Da lâmina, temos:

∆𝑥 = 𝑒(𝜇 − 1)

Número de comprimentos de onda:


𝑒 (𝜇 − 1) 𝑒 (1,5 − 1)
𝑁= = 30 =
𝜆 6 ⋅ 10 −7

𝑒 = 3,6 ⋅ 10 −5 𝑚

Modelo 4 - Young horizontal

Duas fontes coerentes emitem 𝜆 na mesma fase. Qual o valor (menor possível) de x para a
intensidade em P ser a mesma em O. Considere 𝐷 ≫ 𝜆.

Comentários:

Em O, temos:

∆𝑥 = 2𝜆
O próximo máximo será em:

∆𝑥 = 𝜆

AULA 07 36
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2𝜆𝑐𝑜𝑠𝜃 = 𝜆
1
𝑐𝑜𝑠𝜃 = → 𝜃 = 60°
2
𝑥
𝑡𝑔60° =
𝐷

𝑥 = 𝐷√3

Modelo 5 - Fonte deslocada

Em um experimento de Young usa-se 𝜆 = 5000 𝐴̇.

a) Qual a ordem de interferência em P?

b) Qual a ordem de interferência em O?


c) Onde deve ser colocada uma lâmina (𝜇 = 1,5) e qual sua espessura para que em O se tenha
um máximo central?

Comentários:

Esquematizando, temos:

AULA 07 37
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• Diferença inicial:

𝑥²1 = 1 + 16 ⋅ 10 −6
{
𝑥²2 = 1 + 36 ⋅ 10 −6

𝑥1 = 1 + 8 ⋅ 10 −6

𝑥2 = 1 + 18 ⋅ 10 −6
𝑥2 − 𝑥1 = 10 ⋅ 10 −6

• Diferença depois:

𝑥1′ = 2 𝑚

100
𝑥2′ = 2 √1 + ⋅ 10 −6
4

𝑥2′ − 𝑥1′ = 25 ⋅ 10 −6

A)

Δ𝑥𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 35 ⋅ 10 −6 = 𝑘 ⋅ 𝜆 = 𝑘 ⋅ 5 ⋅ 10 −7

𝑘 = 70°
B) Só haverá a primeira diferença de caminho:

𝑥2 − 𝑥1 = 10 ⋅ 10 −6 = 𝑘 ⋅ 5 ⋅ 10 −7

𝑘 = 20°
C) Coloca-se em cima:

Antes de chegar

Δ𝑥 = 10 ⋅ 10 −6 = 𝑒(𝜇 − 1)

AULA 07 38
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10 ⋅ 10 −6 = 𝑒 ⋅ 0,5

𝑒 = 20 𝜇𝑚

Modelo 6 - Cunha invertida


A lente é iluminada com 𝜆 = 589 𝑛𝑚. Aparece um ponto escuro central circundado por anéis,
dos quais 50 são escuros, inclusive o mais externo deles. Calcule a espessura da camada de ar.

Comentários:

Ocorre uma inversão de fase.

Para a interferência destrutiva, temos:

2𝑒 = 𝑘 ⋅ 𝜆
2𝑒 = 50 ⋅ 589 ⋅ 10 −9

𝑒 = 14,7 𝜇𝑚

Modelo 7 - Cunhas sobrepostas


Uma lente plano-convexa com raio de curvatura 𝑟 = 4,00 𝑚 está colocada em uma superfície de
vidro convexa cujo raio de curvatura é 𝑅 = 12,00 𝑚 como mostra a figura. Supondo que uma luz
de 500 𝑛𝑚 incida perpendicularmente na superfície plana, determine o raio de curvatura do 100°
anel claro.

AULA 07 39
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Comentários:

Espessura da camada:
1
2𝑒 = 𝜆 ⋅ (𝑘 + )
2
1
2𝑒 = 500 ⋅ 10 −9 ⋅ (99 + )
2
𝑒 = 24,875 𝜇𝑚
Raio do anel (a):

𝑎2 = 2 ⋅ 𝑅 ⋅ 𝑒1
{ 2 → 𝑒2 − 𝑒1 = 𝑒
𝑎 = 2 ⋅ 𝑟 ⋅ 𝑒2
𝑎2 𝑎2
𝑒= −
2𝑟 2𝑅
Substituindo os valores, temos:

𝑎 ≅ 17,27 ⋅ 10 −3 𝑚

AULA 07 40
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Lista de questões

Nível 1

Questão 1.
Realiza-se a experiência de Young com um dispositivo em que os anteparos estão separados por
4,0 m e as fendas por 2,0 mm . A distância entre cada duas faixas claras consecutivas é 1,6 mm .
Determine:
a) o comprimento de onda da luz monocromática utilizada;
b) a frequência da luz, cuja velocidade no meio em questão é 3,0 × 10 8 m/s.

Questão 2.
(Mackenzie-SP) A experiência de Young, relativa aos fenômenos de interferência luminosa, veio
mostrar que:
a) a interferência só é explicada satisfatoriamente através da teoria ondulatória da luz.
b) a interferência só pode ser explicada com base na teoria corpuscular de Newton.
c) tanto a teoria corpuscular quanto a ondulatória explicam satisfatoriamente esse fenômeno.
d) a interferência pode ser explicada independentemente da estrutura íntima da luz.

Questão 3.
Determine a mínima espessura de uma película transparente de índice de refração 1,38 para
que se apresente brilhante por luz refletida e escura por luz transmitida, ao ser iluminada por
luz monocromática de comprimento de onda 5520Å no ar.
Dado: 1Å = 10 −10 m

Questão 4.
No esquema ao lado, o observador 𝑂 ve no sistema de uma lente delgada 𝐿 (planoconvexa), em
repouso sobre a superficie espelhada plana 𝐸 iluminada por luz branca, uma série de franjas

AULA 07 41
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circulares coloridas (anéis de Newton). A que é devido esse fenômeno?

a) Difração na camada de ar.


b) Polarização por reflexão.
c) Interferência de raios refletidos em superfície diferentes.
d) Refração da luz.
e) Reflexão total da luz.

Questão 5.
O fenômeno ilustrado pelos anéis de Newton é um exemplo de:
a) interferência.
b) polarização.
c) difração.
d) dispersão.
e) dupla refração.

Nível 2
Questão 1.
(AFA-2020) Considere duas fontes pontuais 𝐹1 e 𝐹2 produzindo perturbações, de mesma
frequência e amplitude, na superfície de um líquido homogêneo e ideal. A configuração de
interferência gerada por essas fontes é apresentada na figura abaixo.

AULA 07 42
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Sabe-se que a linha de interferência (C) que passa pela metade da distância de dois metros que
separa as duas fontes é uma linha nodal. O ponto P encontra-se a uma distância d1 da fonte 𝐹1 e
𝑑2 , da fonte 𝐹2 , e localiza-se na primeira linha nodal após a linha central.
Considere que a onda estacionária que se forma entre as fontes possua cinco nós e que dois
destes estejam posicionados sobre as fontes.
Nessas condições, o produto (𝑑1 ⋅ 𝑑2 ) entre as distâncias que separam as fontes do ponto P é
1
a)
2
3
b)
2
5
c)
4
7
d)
4

Questão 2.
(AFA-2019 - ADAPTADA) Um feixe de luz monocromática incide em uma interface perfeitamente
plana formada por dois índices de refração absolutos n1 e n2, com n2>n1, conforme figura abaixo.

Esse feixe dá origem a dois outros feixes, o refletido 𝑅1e o refratado 𝑅1′ , com intensidades 𝐼1 e 𝐼1′
, respectivamente.
𝜋
O ângulo de incidência 𝜃1 < , medido em relação à normal N, pode ser alterado para um valor
3
𝜋
𝜃2 com 𝜃1 < 𝜃2 < , originando dois novos feixes, o refletido 𝑅2 e o refratado 𝑅2′, de
3
intensidades, respectivamente 𝐼2 e 𝐼2′ .
Considere que os meios sejam perfeitamente homogêneos, transparentes e isótropos, que não
haja dissipação da energia incidente, nem absorção de luz na interface.

AULA 07 43
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Nessas condições, são feitas as seguintes afirmativas sobre as intensidades dos raios refletidos e
refratados.
I. I1 > I1′ e I 2< I 2′
II. I1 > I 2 e I1′> I 2′
III. I1 < I1′ e I2> I2′
IV. I1 < I2 e I1′> I2′
V. I1 < I 1′ e I2< I 2′
Assim, são corretas as afirmativas
a) I e II
b) III e IV
c) IV e V
d) II e III

Questão 3.
(AFA-2016) Uma figura de difração é obtida em um experimento de difração por fenda simples
quando luz monocromática de comprimento de onda 𝜆1 passa por uma fenda de largura 𝑑1. O
gráfico da intensidade luminosa 𝐼 em função da posição 𝑥 ao longo do anteparo onde essa figura
de difração é projetada, está apresentado na figura 1 abaixo.

Alterando-se neste experimento apenas o comprimento de onda da luz monocromática para um


valor 𝜆 2 , obtém-se o gráfico apresentado na figura 2. E alterando-se apenas o valor da largura da
fenda para um valor 𝑑2 , obtém-se o gráfico da figura 3.

Nessas condições, é correto afirmar que

AULA 07 44
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a) 𝜆 2 > 𝜆1 𝑒 𝑑2 > 𝑑1
b) 𝜆 2 > 𝜆 1 𝑒 𝑑2 < 𝑑1
c) 𝜆2 < 𝜆1 𝑒 𝑑2 > 𝑑1
d) 𝜆 2 < 𝜆 1 𝑒 𝑑2 < 𝑑1

Questão 4.
(AFA-2014) Um estudante montou um experimento com uma rede de difração de 1000 linhas por
milímetro, um laser que emite um feixe cilíndrico de luz monocromática de comprimento de onda
igual a 4.10 −7 𝑚 e um anteparo, conforme figura abaixo.

O espectro de difração, observado no anteparo pelo estudante, foi registrado por uma câmera
digital e os picos de intensidade apareceram como pequenos pontos brilhantes na imagem.
Nessas condições, a opção que melhor representa a imagem do espectro de difração obtida pelo
estudante é:

Questão 5.
(AFA-2013) A figura abaixo apresenta a configuração instantânea de uma onda plana longitudinal
em um meio ideal. Nela, estão representadas apenas três superfícies de onda 𝛼, 𝛽 𝑒 𝛾, separadas
respectivamente por 𝜆 e 𝜆/2, onde λ é o comprimento de onda da onda.

AULA 07 45
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Em relação aos pontos que compõem essas superfícies de onda, pode-se fazer as seguintes
afirmativas:
I - estão todos mutuamente em oposição de fase;
II - estão em fase os pontos das superfícies 𝛼 𝑒 𝛾 ;
III - estão em fase apenas os pontos das superfícies 𝛼 𝑒 𝛽 ;
IV - estão em oposição de fase apenas os pontos das superfícies 𝛾 𝑒 𝛽.
Nessas condições, é (são) verdadeira(s)
a) I
b) I e II
c) III
d) III e IV

Questão 6.
(AFA-2012) Uma fonte de luz monocromática ilumina um obstáculo, contendo duas fendas
separadas por uma distância 𝑑, e produz em um anteparo distante 𝐷 das fendas, tal que 𝐷 ≫ 𝑑,
uma configuração de interferência com franjas claras e escuras igualmente espaçadas, como
mostra a figura abaixo.

Considere que a distância entre os centros geométricos de uma franja clara e da franja escura,
adjacente a ela, seja x. Nessas condições, são feitas as seguintes afirmativas.
2𝑥𝑑
I - O comprimento de onda da luz monocromática que ilumina o obstáculo é obtido como
𝐷

II - A distância entre o máximo central e o segundo máximo secundário é 3𝑥


III - A diferença de caminhos percorridos pela luz que atravessa as fendas do anteparo e chegam
𝑥𝑑
no primeiro mínimo de intensidade é dado por
2𝐷

É (São) correta(s) apenas


a) I
b) II e III
c) II
d) I e III

AULA 07 46
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Questão 7.
(AFA-2010) A figura abaixo representa a variação da intensidade luminosa I das franjas de
interferência, em função da posição 𝑥, resultado da montagem experimental, conhecida como
Experiência de Young

̅̅̅̅ 𝑒 𝐵𝐶
A razão entre as distâncias 𝐴𝐵 ̅̅̅̅ é
a) 2
1
b)
3
1
c)
2

d) 3

Questão 8.
(AFA-2007) Considere uma película transparente de faces paralelas com índice de refração 𝑛
iluminada por luz monocromática de comprimento de onda no ar igual a 𝜆, como mostra a figura
abaixo

Sendo a incidência de luz pouco inclinada, a mínima espessura de película para que um
observador a veja brilhante por luz refletida é
𝜆
a)
𝑛
𝜆
b)
2𝑛
𝜆
c)
4𝑛

AULA 07 47
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𝜆
d)
5𝑛

Questão 9.
(EN-2018) Analise a figura abaixo.

Considere duas ondas planas, uma de luz visível e outra de som audível, oscilando com
comprimento de onda iguais a 𝜆 𝐿 = 10 −4 𝑐𝑚 e 𝜆 𝑆 = 1,7 𝑐𝑚, respectivamente. No mesmo
instante, ambas incidem perpendicularmente sobre um mesmo lado do anteparo plano, opaco e
bom absorvente acústico mostrado na figura acima. Atravessando o orifício circular de diâmetro
d pode-se afirmar que, na região do outro lado do anteparo:
a) apenas a onda sonora pode ser detectada se d << 1,7 cm, devido à difração.
b) apenas a onda luminosa pode ser detectada se d << 1,7 cm, devido à refração.
c) a propagação das duas ondas é aproximadamente retilínea se d >> 1,7 cm
d) a propagação das duas ondas é aproximadamente esférica se d >> 1,7 cm.
e) nenhuma das ondas pode ser plana.

Questão 10.
(EN-2017) Analise a figura abaixo.

A figura acima ilustra quatro fontes sonoras pontuais (F1 , F2 , F3, e F4 ). isotrópicas,
uniformemente espaçadas de d = 0,2 m, ao longo do eixo x. Um ponto P também é mostrado
sobre o eixo x. As fontes estão em fase e emitem ondas sonoras na frequência de 825 Hz, com
mesma amplitude A e mesma velocidade de propagação, 330 m/s. Suponha que, quando as
ondas se propagam até P, suas amplitudes se mantêm praticamente constantes. Sendo assim a
amplitude da onda resultante no ponto P é
a) zero
b) A/4
c) A/2

AULA 07 48
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d) A
e) 2A

Questão 11.

(EN-2013) Analise a figura a seguir.

Considere duas fontes sonoras puntiformes, F1 e F2, que estão separadas por uma pequena
distância d, conforme mostra a figura acima. As fontes estão inicialmente em fase e produzem
ondas de comprimento de onda λ. As ondas provenientes das fontes F1 e F2 percorrem,
respectivamente, os caminhos L1 e L2 até o ponto afastado P, onde há superposição das ondas.
Sabendo que ΔL = |L1 — L2| é a diferença de caminho entre as fontes e o ponto P, o gráfico que
pode representar a variação da intensidade da onda resultante das duas fontes, I, em função da
diferença de caminho ΔL é

a)

b)

c)

AULA 07 49
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d)

e)

Questão 12.
(EN-2006) Uma fonte emite sinal sonoro que se propaga à velocidade de 340𝑚 /𝑠 no ar. Considere
o ar em repouso. Parte do sinal segue diretamente até o detector situado a 80,0 𝑚 da fonte
enquanto outra parte segue até um anteparo situado a 60,0 𝑚, sofrendo então uma mudança de
direção e seguindo para o detector, havendo assim interferência.
a) Calcule a menor frequência audível do som para que o sinal sonoro tenha intensidade máxima
no detector. (5 pontos)
b) Considere agora somente a fonte e o anteparo, com a fonte continuando em repouso e o
anteparo se deslocando para direita com velocidade de 108 𝑘𝑚/ℎ, calcule a variação relativa de
Δ𝑓
freqüência ( ) do sinal sonoro que chega no anteparo. A frequência detectada no anteparo seria
𝑓
maior ou menor do que a da fonte? (Justifique) (5 pontos)

Questão 13.
(EN-2005) Na terra firme existem duas antenas separadas por uma distância de 30𝜆, onde 𝜆 é o
comprimento de onda. As antenas emitem ondas eletromagnéticas com a mesma amplitude, em
fase e frequência de 100MHz, que se propagam com velocidade constante de 3,00.108 𝑚/𝑠. No
mar, um mergulhador, portando um detetor dessas ondas, observa que ao nadar paralelamente
à reta que une as duas antenas, indo do ponto médio até uma delas, de acordo com a figura
abaixo, o sinal recebido varia continuamente de um máximo, no ponto médio, a um mínimo, na

AULA 07 50
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outra posição. Calcule a distância do mergulhador a cada uma das antenas, quando estiver na
4
posição onde o sinal é mínimo. Considere 𝑛 𝑎𝑔𝑢𝑎 = .
3

Questão 14.
(EFOMM-2020) Um papel com um pequeno orifício é colocado no trajeto de um feixe de laser. O
resultado que se observa no anteparo sobre o qual a luz incide após passar pelo orifício mostra
um padrão de máximos e mínimos de intensidade luminosa. O fenômeno responsável por esse
padrão é chamado de
a) refração.
b) difração.
c) dispersão.
d) interferência.
e) reflexão.

Questão 15.
(EFOMM-2012) Sinais sonoros idênticos são emitidos em fase por duas fontes pontuais idênticas
separadas por uma distância igual a 3,00 metros. Um receptor distante 4,00 metros de uma das
fontes e 5,00 metros da outra perceberá, devido à interferência destrutiva total, um sinal de
intensidade sonora mínima em determinadas frequências. Uma dessas frequências, em kHz, é:
Dado: velocidade do som, VS=340 m/s
a) 1,36
b) 1,70
c) 2,21
d) 5,10
e) 5,44

AULA 07 51
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Questão 16.
(EFOMM-2011) Observe a figura a seguir.

Dois ouvintes A e B estão em frente a dois alto-falantes C e D vibrando em fase, conforme indica
a figura acima. Sabendo que os dois alto-falantes emitem sons de mesma intensidade e frequência
igual a 171,5Hz e que as direções AC e BD são perpendiculares a CD, é correto afirmar que
Dado: velocidade do som igual a 343m/s.
a) tanto A quanto B ouvem som de máxima intensidade.
b) A ouve som de máxima intensidade e B não ouve praticamente som algum.
c) B ouve som de máxima intensidade e A não ouve praticamente som algum.
d) tanto A quanto B não ouvem praticamente som algum.
e) tanto A quanto B ouvem som de média intensidade.

Questão 17.
(EFOMM-2007) Correlacione os conceitos às suas definições e assinale a seguir a alternativa
correta.

CONCEITOS GRANDEZA OU FENÔMENO FÍSICO

I É a mudança de direção dos raios ( ) difração


luminosos quando da passagem de um
meio para outro.

II É a mudança de direção em um mesmo ( ) comprimento de onda


meio.

III É a distância entre dois picos positivos ( ) refração


consecutivos de uma onda senoidal.

IV É o inverso do período de uma onda. ( ) onda eletromagnética

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V Não depende de meio material para sua ( ) frequência


propagação.

( ) onda sonora

a) (I) (IV) (-) (III) (II) (V)


b) (II) (-) (I) (IV) (III) (V)
c) (V) (I) (II) (IV) (-) (III)
d) (II) (III) (I) (V) (IV) (-)
e) (II) (III) (-) (I) (IV) (V)

Questão 18.
Considere o filme fino mostrado abaixo. Sabe-se que há inversão nas duas reflexões. Se o
comprimento da luz no ar vale 𝜆 𝑎𝑟 e o índice de refração do filme vale n, determine a menor
espessura do filme para que a intensidade da luz que chega no observador seja mínima.

𝜆𝑎𝑟
a)
𝑛
𝜆𝑎𝑟
b)
2𝑛
𝜆𝑎𝑟
c)
4𝑛
𝜆𝑎𝑟
d)
8𝑛
𝜆𝑎𝑟
e)
16𝑛

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Nível 3

Questão 1.
(ITA-2020 – 1ª) O som produzido pelo alto-falante F (fonte) ilustrado na figura tem frequência de
10 kHz e chega a um microfone M através de dois caminhos diferentes. As ondas sonoras viajam
simultaneamente pelo tubo esquerdo FXM, de comprimento fixo, e pelo tubo direito FYM, cujo
comprimento pode ser alterado movendo-se a seção deslizante (tal qual um trombone). As ondas
sonoras que viajam pelos dois caminhos interferem-se em M. Quando a seção deslizante do
caminho FYM é puxada para fora por 0,025 m, a intensidade sonora detect ada pelo microfone
passa de um máximo para um mínimo. Assinale o módulo da velocidade do som no interior do
tubo.

a) 5,0 x 102 𝑚/𝑠


b) 2,5 x 102 𝑚/𝑠
c) 1,0 x 103 𝑚/𝑠
d) 2,0 x 103 𝑚/𝑠
e) 3,4 x 102 𝑚/𝑠

Questão 2.
(ITA-2020 – 2ª) Frentes de ondas planas de luz, de comprimento de onda 𝜆, incidem num conjunto
de três fendas, com a do centro situando-se a uma distância d das demais, conforme ilustra a
figura. A uma distância 𝐷 ≫ 𝑑, um anteparo registra o padrâo de interferência gerado pela
difração da onda devido às fendas. Calcule:
A razão entre a intensidade da franja clara central e a das franjas claras vizinhas
Os ângulos 𝜃𝑛 para os quais ocorrem franjas escuras.

AULA 07 54
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Questão 3.
(ITA-2018) Com um certo material, cujas camadas atômicas interdistam de uma distância d,
interage um feixe de radiação que é detectado em um ângulo 𝜃 conforme a figura. Tal
experimento é realizado em duas situações

(I) O feixe de raios X monocromáticos, com sua intensidade de radiação medida por um detector,
resultando numa distribuição de intensidade em função de 𝜃, com valor máximo para 𝜃 = 𝛼, e
(II) o feixe é composto por elétrons monoenergeticos, com a contagem do número de elétrons
por segundo para cada ângulo medido, resultando no seu valor máximo para 𝜃 = 𝛽.
Assinale a opção com possíveis mudanças que implicam a alteração simultânea dos ângulos 𝛼 e 𝛽
medidos.
a) Aumenta-se a intensidade do feixe de raio X e diminui-se a velocidade dos elétrons.
b) Aumenta-se a frequência dos raios X e triplica-se o número de elétrons no feixe.
c) Aumenta-se o comprimento de onda dos raios X e a energia cinética dos elétrons.
d) Dobram-se a distância entre as camadas d (pela escolha de outro material) e o comprimento
de onda dos raios X. Além disso, diminui-se a velocidade dos elétrons pela metade.
e) Diminui-se a intensidade dos raios X e aumenta-se a energia dos elétrons.

Questão 4.

AULA 07 55
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(ITA-2017) A figura mostra dois anteparos opacos à radiação, sendo um com fenda de tamanho
variável d, com centro na posição 𝑥 = 0, e o outro com dois fotodetectores de intensidade de
radiação, tal que F1 se situa em 𝑥 = 0 e F2, em 𝑥 = 𝐿 > 4𝑑 . No sistema incide radiação
eletromagnética de comprimento de onda 𝜆 constante.

Num primeiro experimento, a relação entre d e 𝜆 é tal que 𝑑 ≫ 𝜆 e são feitas as seguintes
afirmativas:
(I) Só F1 detecta radiação.
(II) F1 e F2 detectam radiação.
(III) F1 não detecta e F2 detecta radiação.
Num segundo experimento, d é reduzido até a ordem do comprimento de 𝜆 e, neste caso, são
feitas estas afirmativas:
(IV) F2 detecta radiação de menor intensidade que a detectada em F1.
(V) Só F1 detecta radiação.
(VI) Só F2 detecta radiação.
Assinale as afirmativas possíveis para a detecção da radiação em ambos os experimentos.
a) I, II e IV b) I, IV e V c) II, IV e V d) III, V e IV e) I, IV e VI

Questão 5.
(ITA-2015) Luz que pode ser decomposta em componentes de comprimento de onda com 480 nm
e 600 nm, incide verticalmente em uma cunha de vidro com ângulo de abertura 𝛼 = 3,00° e índice
de refração de 1,5, conforme a figura, formando linhas de interferência destrutivas. Qual é a
distância entre essas linhas?

AULA 07 56
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a) 11,5 𝜇𝑚
b) 12,8 𝜇𝑚
c) 16,0 𝜇𝑚
d) 22,9 𝜇𝑚
e) 32,0 𝜇𝑚

Questão 6.
(ITA-2014) Sobre uma placa de vidro plana é colocada uma lente plano-côncava, com 1,5 de índice
de refração e concavidade de 8,00 m de raio voltada para baixo. Com a lente iluminada
perpendicularmente de cima por uma luz de comprimento de onda 589 nm (no ar), aparece um
padrão de interferência com um ponto escuro central circundado por anéis, dos quais 50 são
escuros, inclusive o mais externo na borda da lente. Este padrão de interferência aparece devido
ao filme de ar entre a lente e a placa de vidro (como esquematizado na figura). A espessura da
camada de ar no centro do padrão de interferência e a distância focal da lente são,
respectivamente,

a) 14,7 𝜇𝑚 𝑒 − 10,0𝑚
b) 14,7 𝜇𝑚 𝑒 − 16,0𝑚
c) 238,0 𝜇𝑚 𝑒 − 8,0𝑚
d) 35,2 𝜇𝑚 𝑒 16,0𝑚
e) 29,4 𝜇𝑚 𝑒 − 16,0𝑚

Questão 7.
(ITA-2014)

AULA 07 57
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A figura mostra um interferômetro de Michelson adaptado para determinar o índice de refração


do ar. As características do padrão de interferência dos dois feixes incidentes no anteparo
dependem da diferença de fase entre eles, neste caso, influenciada pela cápsula contendo ar.
Reduzindo a pressão na cápsula de 1 atm até zero (vácuo), nota-se que a ordem das franjas de
interferência sofre um deslocamento de N, ou seja, a franja de ordem 0 passa a ocupar o lugar da
de ordem N, a franja de ordem 1 ocupa o lugar da de ordem N+1, e assim sucessivamente. Sen do
d a espessura da cápsula e 𝜆 o comprimento de onda da luz no vácuo, o índice de refração do ar
é igual a:
a)𝑁𝜆/𝑑
b) 𝑁𝜆/2𝑑
c) 1 + 𝑁𝜆/𝑑
d) 1 + 𝑁𝜆/2𝑑
e) 1 − 𝑁𝜆/𝑑

Questão 8.
(ITA-2014) Uma luz monocromática incide perpendicularmente num plano com três pequenos
orifícios circulares formando um triângulo equilátero, acarretando um padrão de interferência em
um anteparo paralelo ao triângulo, com o máximo de intensidade num ponto P equidistante dos
orifícios. Assinale as respectivas reduções da intensidade luminosa em P com um e com dois
orifícios tampados.
a) 4/9 e 1/9 b) 2/3 e 1/3 c) 8/27 e 1/27 d) 1/2 e 1/3 e) 1/4 e 1/9

Questão 9.
(ITA-2014) Em uma experiencia de Young, uma luz magenta, constituída por uma mistura de luz
vermelha (𝜆 = 660 𝑛𝑚) e luz azul (𝜆 = 440 𝑛𝑚) de mesma intensidade da luz vermelha, incide
perpendicularmente num plano onde atravessa duas fendas paralelas separadas de 22 𝜇𝑚 e
alcança um anteparo paralelo ao plano, a 5,00 m de distância. Neste, há um semieixo Oy
perpendicular à direção das fendas, cuja origem também está a 5,00 m de distância do ponto
médio entre estas. Obtenha o primeiro valor de 𝑦 > 0 onde há um máximo de luz magenta

AULA 07 58
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(intensidades máximas de vermelho e azul no mesmo local). Se necessário, utilize 𝑡𝑎𝑛𝜃 ≅ 𝑠𝑒𝑛𝜃,
para 𝜃 ≪ 1 𝑟𝑎𝑑.

Questão 10.
(ITA-2013) Num experimento clássico de Young, d representa a distância entre as fendas e D a
distância entre o plano destas fendas e a tela de projeção das franjas de interferência, como
ilustrado na figura. Num primeiro experimento, no ar, utiliza-se luz de comprimento de onda 𝜆 1
e, num segundo experimento, na água, utiliza-se luz cujo comprimento de onda no ar é 𝜆 2. As
franjas de interferência dos experimentos são registradas numa mesma tela. Sendo o índice de
refração da água igual a n, assinale a expressão para a distância entre as franjas de interferência
construtiva de ordem m para o primeiro experimento e as de ordem M para o segundo
experimento.

𝐷 (𝑀𝜆2−mn𝜆1 ) 𝐷 (𝑀𝜆2−m𝜆1 ) 𝐷 (𝑀𝜆2−mn𝜆1 )


a) | | b) | | c) | |
𝑛𝑑 𝑛𝑑 𝑑
𝐷 (𝑀𝜆2−m𝜆1 ) 𝐷 (𝑀𝑛𝜆2−m𝜆1 )
d) | | e) | |
𝑑 𝑑

Questão 11.
(ITA-2013) Um prato de plástico com índice de refração 1,5 é colocado no interior de um forno de
micro-ondas que opera a uma frequência de 2,5. 109 Hz. Supondo que as micro-ondas incidam
perpendicularmente ao prato, pode-se afirmar que a mínima espessura deste em que ocorre o
máximo de reflexão das micro-ondas é de:
a) 1,0 cm
b) 2,0 cm
c) 3,0 cm
d) 4,0 cm
e) 5,0 cm

Questão 12.
(ITA-2013) Dois radiotelescópios num mesmo plano com duas estrelas operam com um
interferômetro na frequência de 2,1 Ghz. As estrelas são interdistantes de 𝐿 = 5,0 𝑎𝑛𝑜𝑠 − 𝑙𝑢𝑧 e
situam-se a uma distância 𝐷 = 2,5 ⋅ 107 𝑎𝑛𝑜𝑠 − 𝑙𝑢𝑧 da Terra. Ver figura. Calcule a separação
mínima d, entre os dois radiotelescópios necessária para distinguir as estrelas. Se necessário,
utilize 𝑡𝑎𝑛𝜃 ≅ 𝑠𝑒𝑛𝜃, para 𝜃 ≪ 1 𝑟𝑎𝑑.

AULA 07 59
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Questão 12.
(ITA-2012) Em uma superfície líquida, na origem de um sistema de coordenadas encontra-se um
emissor de ondas circulares transversais. Bem distante dessa origem, elas têm a forma
𝑟
aproximada dada por ℎ1 (𝑥, 𝑦, 𝑡) = ℎ0 𝑠𝑒𝑛 (2𝜋 ( − 𝑓𝑡)), em que 𝜆 é o comprimento de onda, 𝑓
𝜆
é a frequência e r, a distância de um ponto da onda até a origem. Uma onda plana transversal
𝑥
com a forma ℎ2 (𝑥, 𝑦, 𝑡) = ℎ0 𝑠𝑒𝑛 (2𝜋 ( − 𝑓𝑡)) superpõe-se à primeira, conforme a figura. Na
𝜆
situação descrita, podemos afirmar, sendo ℤ o conjunto dos números inteiros, que

𝑦𝑝2 𝑛𝜆
a) nas posições ( − , 𝑦𝑝 ) as duas ondas estão em fase se n 𝜖 ℤ.
2𝑛𝜆 8
𝑦𝑝2 𝑛𝜆
b) nas posições ( − , 𝑦𝑝 ) as duas ondas estão em oposição de fase se n 𝜖 ℤ e 𝑛 ≠ 0.
2𝑛𝜆 2

𝑦𝑝2 (𝑛+1)𝜆
2
c) nas posições( − , 𝑦𝑝 ) as duas ondas estão em oposição de fase se n 𝜖 ℤ e 𝑛 ≠ 0.
2𝑛𝜆 2

𝑦𝑝2 (𝑛+1)𝜆
2
d) nas posições( − , 𝑦𝑝 ) as duas ondas estão em oposição de fase se n 𝜖 ℤ.
(2𝑛+1)𝜆 2

2𝑦𝑝2 𝜆
e) na posição ( − , 𝑦𝑝 ) a diferença de fase entre as ondas é de 45°.
𝜆 8

AULA 07 60
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Questão 13.
(ITA-2011) Um filme fino de sabão é sustentado verticalmente no ar por uma argola. A parte
superior do filme aparece escura quando é observada por meio de luz branca refletida. Abaixo da
parte escura aparecem bandas coloridas. A primeira banda tem cor vermelha ou azul? Justifique
sua resposta.

Questão 14.
(ITA-2010) Um feixe luminoso vertical, de 500 nm de comprimento de onda, incide sobre uma
lente plano-convexa apoiada numa lâmina horizontal de vidro, como mostra a figura. Devido à
variação da espessura da camada de ar existente entre a lente e a lâmina, torna-se visível sobre a
lente uma sucessão de anéis claros e escuros, chamados de anéis de Newton. Sabendo-se que o
diâmetro do menor anel escuro mede 2 mm, a superfície convexa da lente deve ter um raio de

a) 1,0 m
b) 1,6 m
c) 2,0 m
d) 4,0 m
e) 8,0 m

Questão 15.
(ITA-2009) Uma lâmina de vidro com índice de refração n em forma de cunha é iluminada
perpendicularmente por uma luz monocromática de comprimento de onda 𝜆. Os raios refletidos
pela superfície superior e pela inferior apresentam uma série de franjas escuras com espaçamento
𝑒 entre elas, sendo que a m-ésima encontra-se a uma distância 𝑥 do vértice. Assinale o ângulo 𝜃,
em radianos, que as superfícies da cunha formam entre si.

a)𝜃 = 𝜆⁄2𝑛𝑒

AULA 07 61
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b) 𝜃 = 𝜆⁄4𝑛𝑒
(m + 1)𝜆⁄
c) 𝜃 = 2𝑛𝑚𝑒
(2m + 1)𝜆⁄
d) 𝜃 = 4𝑛𝑚𝑒
(2m − 1)𝜆⁄
e) 𝜃 = 4𝑛𝑚𝑒

Questão 16.
(ITA-2010) Luz monocromática, com 500 nm de comprimento de onda, incide numa fenda
retangular em uma placa, ocasionando a dada figura de difração sobre um anteparo a 10 cm de
distância. Então, a largura da fenda é

a) 1,25 𝜇𝑚
b) 2,5 𝜇𝑚
c) 5,0 𝜇𝑚
d) 12,5 𝜇𝑚
e) 25,0 𝜇𝑚

Questão 17.
(ITA-2008) Um apreciador de música ao vivo vai a um teatro, que não dispõe de amplificação
eletrônica, para assistir a um show de seu artista predileto. Sendo detalhista, ele toma todas as
informações sobre as dimensões do auditório, cujo teto é plano e nivelado. Estudos comparativos
em auditórios indicam preferência para aqueles em que seja de 30 ms a diferença de tempo entre
o som direto e aquele que primeiro chega após uma reflexão. Portanto, ele conclui que deve se
sentar a 20 m do artista, na posição indicada na figura. Admitindo a velocidade do som no ar de
340 m/s, a que altura h deve estar o teto com a relação à sua cabeça?

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Questão 18.
(ITA-2008) Um feixe de luz é composto de luzes de comprimentos de ondas 𝜆 1 e 𝜆 2, sendo 𝜆 1 15%
maior que 𝜆 2. Esse feixe de luz incide perpendicularmente num anteparo com dois pequenos
orifícios, separados entre si por uma distância d. A luz que sai dos orifícios é projetada num
segundo anteparo, onde se observa uma figura de interferência. Pode-se afirmar então, que:

5𝜆1
a) o ângulo de 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) corresponde à posição onde somente a luz de comprimento de onda
𝑑
𝜆 1 é observada.
10𝜆1
b) o ângulo de 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) corresponde à posição onde somente a luz de comprimento de onda
𝑑
𝜆 1 é observada.
15𝜆1
c) o ângulo de 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) corresponde à posição onde somente a luz de comprimento de onda
𝑑
𝜆 1 é observada.
10𝜆2
d) o ângulo de 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) corresponde à posição onde somente a luz de comprimento de onda
𝑑
𝜆 2 é observada.
15𝜆2
e) o ângulo de 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) corresponde à posição onde somente a luz de comprimento de onda
𝑑
𝜆 2 é observada.

Questão 19.
(ITA-2007) A figura mostra dois alto-falantes alinhados em fase por um amplificador de áudio na
frequência de 170 Hz. Considere que seja desprezível a variação da intensidade do som de cada

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um dos alto-falantes com a distância e que a velocidade do som é de 340 m/s. A maior distância
entre dois máximos de intensidade da onda sonora formada entre os alto-falantes é igual a

a) 2 m
b) 3 m
c) 4 m
d) 5 m
e) 6 m

Questão 20.
(ITA-2006) Para se determinar o espaçamento entre duas trilhas adjacentes de um CD, forma
montados dois arranjos:

1. O arranjo da figura (1), usando uma rede de difração de 300 linhas por mm, um LASER e um
anteparo. Neste arranjo, mediu-se a distância do máximo de ordem 0 ao máximo de ordem 1 da
figura de interferência formada no anteparo.
2. O arranjo da figura (2), usando o mesmo LASER, o CD e um anteparo com um orifício para a
passagem do feixe de luz. Neste arranjo, mediu-se também a distância no máximo de ordem 0 ao
máximo de ordem 1 da figura de interferência. Considerando nas duas situações 𝜃1 𝑒 𝜃2 angulos
pequenos, a distância entre duas trilhas adjacentes do CD é de:
a) 2,7 ⋅ 10 −7 𝑚
b) 3 ⋅ 10 −7 𝑚
c) 7,4 ⋅ 10 −6 𝑚

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d) 1,5 ⋅ 10 −6 𝑚
e) 3,7 ⋅ 10 −5 𝑚

Questão 21.
(ITA-2005) Uma fina película de fluoreto de magnésio recobre o espelho retrovisor de um carro a
fim de reduzir a reflexão luminosa. Determine a menor espessura da película para que produza a
reflexão mínima no centro do espectro visível. Considere que o comprimento de onda 𝜆 =
5500 𝐴, o índice de refração do vidro 𝑛𝑉 = 1,5 e, o da película, 𝑛𝑝 = 1,3. Admita a incidência
luminosa como quase perpendicular ao espelho.

Questão 22.
(ITA-2004) Na figura F1 e F2 são fontes sonoras idênticas que emitem, em fase, ondas de
frequência f e comprimento de onda 𝜆. A distância d entre as fontes é igual a 3𝜆. Pode-se então
afirmar que a menor distância não nula, tomada a partir de F2, ao longo do eixo x, para a qual
ocorre interferência construtiva, é igual a

a) 4𝜆/5
b) 5𝜆/4
c) 3𝜆/2
d) 2𝜆
e) 4𝜆

Questão 23.
(ITA-2004) Num experimento de duas fendas de Young, com luz monocromática de comprimento
de onda 𝜆, coloca-se uma lâmina delgada de vidro (𝑛 𝑉 = 1,6) sobre uma das fendas. Isto produz
um deslocamento das franjas na figura de interferência. Considere que o efeito da lâmina é alterar
a fase da onda. Nestas circunstâncias, pode-se afirmar que a espessura d da lâmina, que provoca
o deslocamento da franja central brilhante (ordem zero) para a posição que era ocupada pela
franja brilhante de primeira ordem, é igual a:

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a) 0,38𝜆 b) 0,60𝜆 c) 𝜆 d) 1,2𝜆 e) 1,7𝜆

Questão 24.
(ITA-2000) Uma lente de vidro de índice de refração 1,6 é recoberta com um filme fino, de índice
de refração 1,3, para minimizar a reflexão de certa luz incidente. Sendo o comprimento de onda
da luz incidente no ar 𝜆𝐴𝑅 = 500 𝑛𝑚, então a espessura mínima do filme é
a) 78 nm
b) 96 nm
c) 162 nm
d) 200 nm
e) 250 nm
Questão 25.
(IME-2020 – 1ª Fase)

Uma fonte luminosa A emite uma luz com comprimento de onda 𝜆 = 500 nm, no vácuo, na direção
de um anteparo localizado em C. Em frente ao espelho localizado em B, encontra-se a película 𝑃1

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com índice de refração 𝑛1 = 1,25 e, em frente ao espelho localizado em D, encontra-se uma a


película 𝑃2 com índice de refração 𝑛 2.
Observações:
os espelhos equidistam do centro do anteparo C;
após ser emitido do ponto A, o feixe de luz reflete em direção a B e refrata em direção a D;
após refletir em B, o feixe refrata diretamente em direção a E; e
após refletir em D, o feixe volta a refletir totalmente em C em direção a E.
O menor índice de refração 𝑛 2 para que ocorra interferência totalmente destrutiva para um
observador localizado em E, é
a) 1,00
b) 1,05
c) 1,15
d) 1,20
e) 1,25

Questão 26.
(IME-2020 – 2ª Fase)

A figura mostra um sistema usado em um laboratório de física para demonstrar a difração de luz
por uma fenda. A luz de um laser de comprimento de onda 𝜆 passa por uma fenda de largura d,
formada pelo espaço entre as extremidades de duas barras de comprimento L. A outra
extremidade de cada barra é mantida fixa. Depois de passar pela fenda, a luz incide em uma tela
distante, na qual é observado um padrão de difração formado por regiões claras e escuras.
a) Dado que na tela são observados exatamente 3 mínimos de intensidade luminosa em cada lado
do máximo central de intensidade, determine o intervalo de valores da largura d da fenda que
são compatíveis com essa observação.
b) A temperatura do laboratório normalmente é mantida em 24,0 oC por um aparelho de ar
condicionado. Em um dia no qual o experimento foi realizado com o aparelho de ar condicionado
desligado, observou-se na tela apenas 1 mínimo de intensidade luminosa em cada lado do
máximo central de intensidade, o que foi atribuído à dilatação térmica das barras. Sabendo que o
coeficiente de dilatação linear das barras é 𝛼, determine o intervalo de temperaturas do

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laboratório, no dia em que o aparelho de ar condicionado foi desligado, que são compatíveis com
essa observação.
Dados:
comprimento de onda do laser: 𝜆 = 532 nm;
comprimento de cada barra a 24,0 oC: L = 50 cm;
coeficiente de dilatação linear de cada barra: 𝛼 = 10 −7 𝑜 𝐶 −1

Questão 27.
Duas fontes pontuais coerentes estão separadas de 2,0 metros e emitem em fase 𝜆 = 0,25 𝑚. Se
um detector se move em um circuito muito grande, com centro no ponto médio das fontes.
Quantos máximos ele detectará?

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Resolução das questões

Nível 1

Questão 1.
Realiza-se a experiência de Young com um dispositivo em que os anteparos estão separados por
4,0 m e as fendas por 2,0 mm . A distância entre cada duas faixas claras consecutivas é 1,6 mm .
Determine:
a) o comprimento de onda da luz monocromática utilizada;
b) a frequência da luz, cuja velocidade no meio em questão é 3,0 × 10 8 m/s.
Comentários:
Como as faixas são equidistantes, podemos considerar as duas primeiras faixas claras: a central e
a seguinte. Teremos m = 1,6 mm e N = 2. A distância entre as fendas é a = 2,0 mm e entre os
anteparos é ℓ = 4,0 m = 4,0 ⋅ 103 mm.
Aplicando a fórmula que nos dá o comprimento de onda, vem:
2am 2 ⋅ 2,0 ⋅ 1,6
𝜆= 𝜆= 𝜆 = 0,80 × 10 −3 mm
Nℓ 2 ⋅ 4,0 ⋅ 10 3
𝜆 = 8,0 × 10 −7 m
b) Sendo a velocidade dessa luz no meio considerado 𝑣 = 3,0 × 108 m/s, obtemos para sua
frequiência:
v 3,0 × 108
f= f= f = 3,75 × 1014 Hz
𝜆 8,0 × 10 −7

Questão 2.
(Mackenzie-SP) A experiência de Young, relativa aos fenômenos de interferência luminosa, veio
mostrar que:
a) a interferência só é explicada satisfatoriamente através da teoria ondulatória da luz.
b) a interferência só pode ser explicada com base na teoria corpuscular de Newton.
c) tanto a teoria corpuscular quanto a ondulatória explicam satisfatoriamente esse fenômeno.
d) a interferência pode ser explicada independentemente da estrutura íntima da luz.
Comentários:
A interferência no experimento de Young mostrou o caráter ondulatório das partículas, como é o
caso dos elétrons.
Gabarito: A
Questão 3.

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Determine a mínima espessura de uma película transparente de índice de refração 1,38 para
que se apresente brilhante por luz refletida e escura por luz transmitida, ao ser iluminada por
luz monocromática de comprimento de onda 5520Å no ar.
Dado: 1Å = 10 −10 m.
Comentários:
𝜆
A condição de interferência é 2e = N .
2

Para aparecer brilhante por luz refletida, 𝑁 deve ser ímpar. Como se pede a mínima espessura:
N = 1.
Dados:
n = 1,38
𝜆 ar = 5520Å = 5520 ⋅ 10 −10 m = 5,52 ⋅ 10 −7 m
𝜆 ar 5,52 ⋅ 10 −7
{𝜆 = n = 1,38
𝜆 = 4,00 ⋅ 10 −7 m
4,00 ⋅ 10 −7
2e = 1
2
e = 1,0 ⋅ 10 −7 m
Obviamente, se por luz refletida, a face aparecerá brilhante, por luz transmitida ela aparecerá
escura.

Questão 4.
No esquema ao lado, o observador 𝑂 ve no sistema de uma lente delgada 𝐿 (planoconvexa), em
repouso sobre a superficie espelhada plana 𝐸 iluminada por luz branca, uma série de franjas
circulares coloridas (anéis de Newton). A que é devido esse fenômeno?

a) Difração na camada de ar.


b) Polarização por reflexão.
c) Interferência de raios refletidos em superfície diferentes.

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d) Refração da luz.
e) Reflexão total da luz.
Comentários:
Esse fenômeno é causado pela interferência entre os raios refletidos na superfície externa e
interna da camada de ar.
Gabarito: C
Questão 5.
O fenômeno ilustrado pelos anéis de Newton é um exemplo de:
a) interferência.
b) polarização.
c) difração.
d) dispersão.
e) dupla refração.
Comentários:
O fenômeno nos anéis de Newton é formado pela interferência.
Gabarito: A

Nível 2
Questão 1.
(AFA-2020) Considere duas fontes pontuais 𝐹1 e 𝐹2 produzindo perturbações, de mesma
frequência e amplitude, na superfície de um líquido homogêneo e ideal. A configuração de
interferência gerada por essas fontes é apresentada na figura abaixo.

Sabe-se que a linha de interferência (C) que passa pela metade da distância de dois metros que
separa as duas fontes é uma linha nodal. O ponto P encontra-se a uma distância d1 da fonte 𝐹1 e
𝑑2 , da fonte 𝐹2 , e localiza-se na primeira linha nodal após a linha central.
Considere que a onda estacionária que se forma entre as fontes possua cinco nós e que dois
destes estejam posicionados sobre as fontes.
Nessas condições, o produto (𝑑1 ⋅ 𝑑2 ) entre as distâncias que separam as fontes do ponto P é

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1
a)
2
3
b)
2
5
c)
4
7
d)
4

Comentários:
Questão muito legal.
Lembre-se que nós são interferências destrutivas e ventres interferências construtivas.
De acordo com a figura, a distância entre uma linha nodal e uma linha ventral adjacente, contada
na reta que une as fontes é 0,25m. No caso da primeira linha nodal após a linha central, temos
uma diferença absoluta de caminho de (6 − 2) ⋅ 0,25 = 1𝑚.
Dessa forma, no ponto P:
𝑑1 − 𝑑2 = 1
𝑑12 + 𝑑22 = 22
Elevando a primeira equação ao quadrado:
𝑑12 + 𝑑22 − 2𝑑1 𝑑2 = 1
3
4 − 2𝑑1 𝑑2 = 1 → 𝑑1 𝑑2 =
2
Gabarito: B

Questão 2.
(AFA-2019 - ADAPTADA) Um feixe de luz monocromática incide em uma interface perfeitamente
plana formada por dois índices de refração absolutos n1 e n2, com n2>n1, conforme figura abaixo.

Esse feixe dá origem a dois outros feixes, o refletido 𝑅1e o refratado 𝑅1′ , com intensidades 𝐼1 e 𝐼1′
, respectivamente.
𝜋
O ângulo de incidência 𝜃1 < , medido em relação à normal N, pode ser alterado para um valor
3
𝜋
𝜃2 com 𝜃1 < 𝜃2 < , originando dois novos feixes, o refletido 𝑅2 e o refratado 𝑅2′, de
3
intensidades, respectivamente 𝐼2 e 𝐼2′ .
Considere que os meios sejam perfeitamente homogêneos, transparentes e isótropos, que não
haja dissipação da energia incidente, nem absorção de luz na interface.

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Nessas condições, são feitas as seguintes afirmativas sobre as intensidades dos raios refletidos e
refratados.
I. I1 > I1′ e I 2< I 2′
II. I1 > I 2 e I1′> I 2′
III. I1 < I1′ e I2> I2′
IV. I1 < I2 e I1′> I2′
V. I1 < I 1′ e I2< I 2′
Assim, são corretas as afirmativas
a) I e II
b) III e IV
c) IV e V
d) II e III
Comentários:
O máximo que podemos tirar desse exercício é que o ângulo de Brewster é maior que 45° pois
𝑛
arctan ( 2) > arctan 1. Mais nada pode ser dito, nem mesmo sobre o primeiro feixe, conforme
𝑛1
alguns cursinhos fizeram. Veja que, se utilizarmos as equações de Fresnel para a radiação paralela,
𝑛2 2
para > (√2 + 1) e 𝜃1 ≈ 0°, temos 𝐼1 > 𝐼1 ′. Logo não é verdade que 𝐼1 < 𝐼1 ′, isso só vale para
𝑛1
𝑛2 2
< (√2 + 1) .
𝑛1

Gabarito: S/A

Questão 3.
(AFA-2016) Uma figura de difração é obtida em um experimento de difração por fenda simples
quando luz monocromática de comprimento de onda 𝜆1 passa por uma fenda de largura 𝑑1. O
gráfico da intensidade luminosa 𝐼 em função da posição 𝑥 ao longo do anteparo onde essa figura
de difração é projetada, está apresentado na figura 1 abaixo.

Alterando-se neste experimento apenas o comprimento de onda da luz monocromática para um


valor 𝜆 2 , obtém-se o gráfico apresentado na figura 2. E alterando-se apenas o valor da largura da
fenda para um valor 𝑑2 , obtém-se o gráfico da figura 3.

AULA 07 73
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Nessas condições, é correto afirmar que


a) 𝜆 2 > 𝜆1 𝑒 𝑑2 > 𝑑1
b) 𝜆 2 > 𝜆 1 𝑒 𝑑2 < 𝑑1
c) 𝜆2 < 𝜆1 𝑒 𝑑2 > 𝑑1
d) 𝜆 2 < 𝜆 1 𝑒 𝑑2 < 𝑑1
Comentários:
Na difração por fenda simples, o primeiro mínimo ocorre em:
𝑑 𝜆 𝜆
𝑠𝑒𝑛𝜃𝑚í𝑛 = → 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑚í𝑛 =
2 2 𝑑
Logo a posição no anteparo do primeiro mínimo ocorre em:
𝐿𝜆
𝑥𝑚𝑖𝑛 = 𝐿 𝑡𝑎𝑛𝜃 ~ 𝐿 𝑠𝑒𝑛𝜃 =
𝑑
Pela figura 2, vemos que o primeiro mínimo ocorre antes:
𝑥𝑚𝑖𝑛,2 < 𝑥𝑚í𝑛 ,1
𝐿𝜆 2 𝐿𝜆 1
<
𝑑 𝑑
𝜆 2 < 𝜆1
Pela figura 3, vemos que o primeiro mínimo aparece depois:
𝑦𝑚𝑖𝑛,2 > 𝑦𝑚í𝑛 ,1
𝐿𝜆 𝐿𝜆
>
𝑑2 𝑑1
𝑑2 < 𝑑1
Gabarito: D

Questão 4.

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(AFA-2014) Um estudante montou um experimento com uma rede de difração de 1000 linhas por
milímetro, um laser que emite um feixe cilíndrico de luz monocromática de comprimento de onda
igual a 4.10 −7 𝑚 e um anteparo, conforme figura abaixo.

O espectro de difração, observado no anteparo pelo estudante, foi registrado por uma câmera
digital e os picos de intensidade apareceram como pequenos pontos brilhantes na imagem.
Nessas condições, a opção que melhor representa a imagem do espectro de difração obtida pelo
estudante é:

Comentários:
A distância entre fendas é:
10 −3
𝑑= = 10 −6 𝑚
1000
Dessa forma, para uma interferência construtiva:
𝑑 sin 𝜃 = 𝑘𝜆
𝑘𝜆
sin 𝜃 = = 0,4𝑘
𝑑
Como o valor máximo para o seno é 1:
0,4𝑘 < 1 → 𝑘 < 2,5
Temos interferência construtiva em:
𝑘 = 0, 1, 2
Portanto são 3 pontos brilhantes.
Gabarito: A

Questão 5.

AULA 07 75
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(AFA-2013) A figura abaixo apresenta a configuração instantânea de uma onda plana longitudinal
em um meio ideal. Nela, estão representadas apenas três superfícies de onda 𝛼, 𝛽 𝑒 𝛾, separadas
respectivamente por 𝜆 e 𝜆/2, onde λ é o comprimento de onda da onda.

Em relação aos pontos que compõem essas superfícies de onda, pode-se fazer as seguintes
afirmativas:
I - estão todos mutuamente em oposição de fase;
II - estão em fase os pontos das superfícies 𝛼 𝑒 𝛾 ;
III - estão em fase apenas os pontos das superfícies 𝛼 𝑒 𝛽 ;
IV - estão em oposição de fase apenas os pontos das superfícies 𝛾 𝑒 𝛽.
Nessas condições, é (são) verdadeira(s)
a) I
b) I e II
c) III
d) III e IV
Comentários:
Como 𝛼 e 𝛽 estão separadas de um comprimento de onda, as superfícies estão em fase. Como 𝛾
e 𝛽 estão separadas de meio comprimento de onda, as duas superfícies estão em oposição de
fase. Como 𝛼 está em fase com 𝛽, 𝛼 também está em oposição de fase com 𝛾.

Gabarito: C

Questão 6.
(AFA-2012) Uma fonte de luz monocromática ilumina um obstáculo, contendo duas fendas
separadas por uma distância 𝑑, e produz em um anteparo distante 𝐷 das fendas, tal que 𝐷 ≫ 𝑑,
uma configuração de interferência com franjas claras e escuras igualmente espaçadas, como
mostra a figura abaixo.

Considere que a distância entre os centros geométricos de uma franja clara e da franja escura,
adjacente a ela, seja x. Nessas condições, são feitas as seguintes afirmativas.
2𝑥𝑑
I - O comprimento de onda da luz monocromática que ilumina o obstáculo é obtido como
𝐷

AULA 07 76
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II - A distância entre o máximo central e o segundo máximo secundário é 3𝑥


III - A diferença de caminhos percorridos pela luz que atravessa as fendas do anteparo e chegam
𝑥𝑑
no primeiro mínimo de intensidade é dado por
2𝐷

É (São) correta(s) apenas


a) I
b) II e III
c) II
d) I e III
Comentários:
A. Verdadeira. A diferença de caminho ótico vale:
𝑑𝑦
𝛿 = 𝑑 sin 𝜃 ≈
𝐷
No caso de uma franja clara e uma franja escura adjacente, a diferença de caminho ótico deve ser
𝜆
, logo:
2
𝑑𝑥 𝜆 2𝑑𝑥
= →𝜆=
𝐷 2 𝐷
B. Falsa. A distância entre o máximo central e o secundário vale 2 vezes a distância entre um
máximo e um mínimo, ou seja, 2𝑥
𝑑𝑥
C. Falsa. Conforme visto na letra a, a diferença de caminho ótico vale
𝐷

Gabarito: A

Questão 7.
(AFA-2010) A figura abaixo representa a variação da intensidade luminosa I das franjas de
interferência, em função da posição 𝑥, resultado da montagem experimental, conhecida como
Experiência de Young

̅̅̅̅ 𝑒 𝐵𝐶
A razão entre as distâncias 𝐴𝐵 ̅̅̅̅ é
a) 2

AULA 07 77
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1
b)
3
1
c)
2

d) 3
Comentários:
Sabemos que na experiência de Young o gráfico é igualmente espaçado, logo:
𝐴𝐵 1
=
𝐵𝐶 3
Isso não aconteceria para fendas triplas por exemplo.

Gabarito: B

Questão 8.
(AFA-2007) Considere uma película transparente de faces paralelas com índice de refração 𝑛
iluminada por luz monocromática de comprimento de onda no ar igual a 𝜆, como mostra a figura
abaixo

Sendo a incidência de luz pouco inclinada, a mínima espessura de película para que um
observador a veja brilhante por luz refletida é
𝜆
a)
𝑛
𝜆
b)
2𝑛
𝜆
c)
4𝑛
𝜆
d)
5𝑛

Comentários:
A interferência deve ser construtiva. Para resolver esse exercício é fundamental saber qual o
material que se encontra abaixo da película. Se tiver um índice de refração maior que a película
ocorrerá inversão de fase, mas se não tiver não ocorrerá. Vamos considerar que o material abaixo
é ar. Consequentemente não ocorre inversão de fase no raio que viaja pela película, mas ocorre
inversão de fase no raio de reflete na mesma. Além disso, iremos considerar que o raio atingiu a
película perpendicular:

AULA 07 78
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2𝑑 ⋅ 2𝜋
Δ𝜙 = +𝜋
𝜆′
Onde:
𝜆
𝜆′ =
𝑛
A primeira interferência construtiva ocorre em:
Δ𝜙 = 2𝜋
4𝜋𝑑𝑛 𝜆
+ 𝜋 = 2𝜋 → 𝑑 =
𝜆 4𝑛
Gabarito: C

Questão 9.
(EN-2018) Analise a figura abaixo.

Considere duas ondas planas, uma de luz visível e outra de som audível, oscilando com
comprimento de onda iguais a 𝜆 𝐿 = 10 −4 𝑐𝑚 e 𝜆 𝑆 = 1,7 𝑐𝑚, respectivamente. No mesmo
instante, ambas incidem perpendicularmente sobre um mesmo lado do anteparo plano, opaco e
bom absorvente acústico mostrado na figura acima. Atravessando o orifício circular de diâmetro
d pode-se afirmar que, na região do outro lado do anteparo:
a) apenas a onda sonora pode ser detectada se d << 1,7 cm, devido à difração.
b) apenas a onda luminosa pode ser detectada se d << 1,7 cm, devido à refração.
c) a propagação das duas ondas é aproximadamente retilínea se d >> 1,7 cm
d) a propagação das duas ondas é aproximadamente esférica se d >> 1,7 cm.
e) nenhuma das ondas pode ser plana.
Comentários:
Sabemos que se o comprimento da fenda é muito maior que o da onda, a difração é quase
inexistente, o que leva a alternativa C.
Gabarito: C

Questão 10.
(EN-2017) Analise a figura abaixo.

AULA 07 79
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A figura acima ilustra quatro fontes sonoras pontuais (F1 , F2 , F3, e F4 ). isotrópicas,
uniformemente espaçadas de d = 0,2 m, ao longo do eixo x. Um ponto P também é mostrado
sobre o eixo x. As fontes estão em fase e emitem ondas sonoras na frequência de 825 Hz, com
mesma amplitude A e mesma velocidade de propagação, 330 m/s. Suponha que, quando as
ondas se propagam até P, suas amplitudes se mantêm praticamente constantes. Sendo assim a
amplitude da onda resultante no ponto P é
a) zero
b) A/4
c) A/2
d) A
e) 2A
Comentários:
𝑣 = 𝜆𝑓
330 = 𝜆 ⋅ 825
𝜆 = 0,4𝑚
Como a distância entre as fontes é de 0,2m, fontes adjacentes interferem destrutivamente. Dessa
forma a primeira interfere destrutivamente na segunda e a terceira destrutivamente na quarta.
Gabarito: A

Questão 11.

(EN-2013) Analise a figura a seguir.

Considere duas fontes sonoras puntiformes, F1 e F2, que estão separadas por uma pequena
distância d, conforme mostra a figura acima. As fontes estão inicialmente em fase e produzem
ondas de comprimento de onda λ. As ondas provenientes das fontes F1 e F2 percorrem,
respectivamente, os caminhos L1 e L2 até o ponto afastado P, onde há superposição das ondas.
Sabendo que ΔL = |L1 — L2| é a diferença de caminho entre as fontes e o ponto P, o gráfico que
pode representar a variação da intensidade da onda resultante das duas fontes, I, em função da
diferença de caminho ΔL é

AULA 07 80
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a)

b)

c)

d)

e)
Comentários:
2𝜋
Δ𝜙 = Δ𝑥 ⋅
𝜆
𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 + 2√𝐼1 𝐼2 cos Δ𝜙
Fazendo 𝐼1 = 𝐼2 = 𝐼0
π ⋅ Δx
𝐼 = 2𝐼0 (1 + cos Δ𝜙 ) = 4𝐼0 cos 2
λ
Para Δ𝑥 = 0 → 𝐼 = 4𝐼0
𝜆
Para Δ𝑥 = →𝐼= 0
2

A alternativa D está correta, entretanto em nenhum momento foi dito que a intensidade das
fontes eram idênticas, o que torna a alternativa B correta.
Gabarito: D ou B

AULA 07 81
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Questão 12.
(EN-2006) Uma fonte emite sinal sonoro que se propaga à velocidade de 340𝑚 /𝑠 no ar. Considere
o ar em repouso. Parte do sinal segue diretamente até o detector situado a 80,0 𝑚 da fonte
enquanto outra parte segue até um anteparo situado a 60,0 𝑚, sofrendo então uma mudança de
direção e seguindo para o detector, havendo assim interferência.
a) Calcule a menor frequência audível do som para que o sinal sonoro tenha intensidade máxima
no detector. (5 pontos)
b) Considere agora somente a fonte e o anteparo, com a fonte continuando em repouso e o
anteparo se deslocando para direita com velocidade de 108 𝑘𝑚/ℎ, calcule a variação relativa de
Δ𝑓
freqüência ( ) do sinal sonoro que chega no anteparo. A frequência detectada no anteparo seria
𝑓
maior ou menor do que a da fonte? (Justifique) (5 pontos)

Comentários:
Alternativa A.
O som que sai da fonte e chega diretamente ao detector percorre 80 m, enquanto que o com que
reflete no anteparo percorre:

𝑥 = 60 + √602 + 802 = 160𝑚


A diferença de fase vale:
160 − 80
Δ𝜙 = 𝜋 + ⋅ 2𝜋
𝜆
Para interferência construtiva:
Δ𝜙 = 2𝑘𝜋
160
𝜆=
2𝑘 − 1
𝑣 = 𝜆𝑓
160 17 (2𝑘 − 1)
340 = ( )𝑓 → 𝑓 =
2𝑘 − 1 8
Como a menor frequência audível é 20Hz:
𝑓 = 23,375 𝐻𝑧
Alternativa B.

AULA 07 82
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𝑣𝑠 − 𝑣𝑜 Δ𝑓 𝑣𝑜 40 2
𝑓 = 𝑓0 ⋅ → =− =− =−
𝑣𝑠 𝑓0 𝑣𝑠 340 17
A frequência diminui porque o anteparo se afasta.

Gabarito: A. 23,375 HzB. -2/17

Questão 13.
(EN-2005) Na terra firme existem duas antenas separadas por uma distância de 30𝜆, onde 𝜆 é o
comprimento de onda. As antenas emitem ondas eletromagnéticas com a mesma amplitude, em
fase e frequência de 100MHz, que se propagam com velocidade constante de 3,00.108 𝑚/𝑠. No
mar, um mergulhador, portando um detetor dessas ondas, observa que ao nadar paralelamente
à reta que une as duas antenas, indo do ponto médio até uma delas, de acordo com a figura
abaixo, o sinal recebido varia continuamente de um máximo, no ponto médio, a um mínimo, na
outra posição. Calcule a distância do mergulhador a cada uma das antenas, quando estiver na
4
posição onde o sinal é mínimo. Considere 𝑛 𝑎𝑔𝑢𝑎 = .
3

Comentários:
Δ𝑥 = √(30𝜆) 2 + 𝑑 2 − 𝑑
Δ𝑥
Δ𝜙 = ⋅ 2𝜋 = 𝜋
𝜆
𝑛
𝜆 3𝜆
Δ𝑥 = =
2𝑛 8
3𝜆
√(30𝜆) 2 + 𝑑 2 − 𝑑 =
8
10 8
𝑑 = 1200𝜆 = 1200 ⋅ 3 ⋅ = 3,6 𝑘𝑚
10 8
Gabarito: 3,6 km

Questão 14.
(EFOMM-2020) Um papel com um pequeno orifício é colocado no trajeto de um feixe de laser. O
resultado que se observa no anteparo sobre o qual a luz incide após passar pelo orifício mostra
um padrão de máximos e mínimos de intensidade luminosa. O fenômeno responsável por esse
padrão é chamado de

AULA 07 83
Prof. Vinícius Fulconi

a) refração.
b) difração.
c) dispersão.
d) interferência.
e) reflexão.
Comentários:
Essa pergunta é extremamente confusa. O examinador adotou a linha em que se chama de
difração os padrões de interferência gerados pelo mesmo feixe de luz, quando esse passa por uma
fenda, e dispersa espacialmente pelo princípio de Huygens. E chamou de interferência quando os
feixes são diferentes. Na verdade, os dois fenômenos estão acontecendo ao mesmo tempo e
ambas as alternativas estão corretas. Para ilustrar melhor a questão exponho abaixo duas
passagens dos dois livros mais consagrados de ondulatória:
“No one has ever been able to define the difference between interference and diffraction
satisfactorily. It is just a quest of usage, and there is no specific, important physical difference
between them. The best we can do is, roughly speaking, is to say that when there are only a few
sources, say two interference sources, then the result is usually called interference, but if there is
a large number of them, it seems that the word diffraction is more often used.”1
“We should point out that there is not much of a difference between the phenomenon of
interference and diffraction, indeed, interference corresponds to the situation when we consider
the superposition of waves coming out from a number of point sources and diffraction
corresponds to the situation when we consider waves coming out from an area sources like a
circular or rectangular aperture or even a large number of rectangular apertures (like the
diffraction grating)”2
Créditos: 1Feynman Lectures on Physics 2Optics-Ajoy Ghatak.

Gabarito: B ou D

Questão 15.
(EFOMM-2012) Sinais sonoros idênticos são emitidos em fase por duas fontes pontuais idênticas
separadas por uma distância igual a 3,00 metros. Um receptor distante 4,00 metros de uma das
fontes e 5,00 metros da outra perceberá, devido à interferência destrutiva total, um sinal de
intensidade sonora mínima em determinadas frequências. Uma dessas frequências, em kHz, é:
Dado: velocidade do som, VS=340 m/s
a) 1,36
b) 1,70
c) 2,21
d) 5,10
e) 5,44

AULA 07 84
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Comentários:
A diferença de caminho ótico vale 1 metro, logo:
(2𝑘 + 1) 𝜆 2
1= →𝜆 =
2 2𝑘 + 1
(2𝑘 + 1) 𝑣
𝑣 = 𝜆𝑓 → 𝑓 = = 0,17 (2𝑘 + 1) 𝑘𝐻𝑧
2
Das alternativas, a única que gera um k inteiro é a C.
Gabarito: C

Questão 16.
(EFOMM-2011) Observe a figura a seguir.

Dois ouvintes A e B estão em frente a dois alto-falantes C e D vibrando em fase, conforme indica
a figura acima. Sabendo que os dois alto-falantes emitem sons de mesma intensidade e frequência
igual a 171,5Hz e que as direções AC e BD são perpendiculares a CD, é correto afirmar que
Dado: velocidade do som igual a 343m/s.
a) tanto A quanto B ouvem som de máxima intensidade.
b) A ouve som de máxima intensidade e B não ouve praticamente som algum.
c) B ouve som de máxima intensidade e A não ouve praticamente som algum.
d) tanto A quanto B não ouvem praticamente som algum.
e) tanto A quanto B ouvem som de média intensidade.
Comentários:
A diferença de caminho ótico do som que chega em A vale:

Δ𝛿 = √82 + 42 − 8 = 0,94𝑚
A diferença de caminho ótico do som que chega em B vale:

Δ𝛿 = √42 + 32 − 3 = 2𝑚
O comprimento de onda vale:

AULA 07 85
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𝑣
𝜆= = 2𝑚
𝑓
Logo B ouve o som com interferência construtiva e A ouve o som com interferência quase 100%
destrutiva.
Gabarito: C

Questão 17.
(EFOMM-2007) Correlacione os conceitos às suas definições e assinale a seguir a alternativa
correta.

CONCEITOS GRANDEZA OU FENÔMENO FÍSICO

I É a mudança de direção dos raios ( ) difração


luminosos quando da passagem de um
meio para outro.

II É a mudança de direção em um mesmo ( ) comprimento de onda


meio.

III É a distância entre dois picos positivos ( ) refração


consecutivos de uma onda senoidal.

IV É o inverso do período de uma onda. ( ) onda eletromagnética

V Não depende de meio material para sua ( ) frequência


propagação.

( ) onda sonora

a) (I) (IV) (-) (III) (II) (V)


b) (II) (-) (I) (IV) (III) (V)
c) (V) (I) (II) (IV) (-) (III)
d) (II) (III) (I) (V) (IV) (-)
e) (II) (III) (-) (I) (IV) (V)
Comentários:
I. Refração
II. Difração (definição bem ruim)
III. Comprimento de Onda
IV. Frequência
V. Onda eletromagnética
Gabarito: D
Questão 18.

AULA 07 86
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Considere o filme fino mostrado abaixo. Sabe-se que há inversão nas duas reflexões. Se o
comprimento da luz no ar vale 𝜆 𝑎𝑟 e o índice de refração do filme vale n, determine a menor
espessura do filme para que a intensidade da luz que chega no observador seja mínima.

𝜆𝑎𝑟
a)
𝑛
𝜆𝑎𝑟
b)
2𝑛
𝜆𝑎𝑟
c)
4𝑛
𝜆𝑎𝑟
d)
8𝑛
𝜆𝑎𝑟
e)
16𝑛

Comentários:
Para um filme fino, os raios terão uma diferença de caminho equivalente a duas vezes à espessura
do filme.

Dependendo das relações entre os índices de refração, poderá ocorrer ou não inversão de fase
nas reflexões:
Para o número de inversão sendo par, temos:
I) Interferência construtiva – Número par de inversão – Intensidade máxima

AULA 07 87
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𝜆 𝑎𝑟
2𝐿 = 𝐾 ⋅ 𝜆𝑓𝑖𝑙𝑚𝑒 → 2𝐿 = 𝐾 ⋅ 𝐾 = 0,1,2,3,4, …
𝑛
Assim, o menor valor de L para esse caso, diferente de zero é dada por 𝐾 = 1:
𝜆 𝑎𝑟
𝐿=
2𝑛
Para o número de inversão sendo ímpar, temos:
II) Interferência destrutiva – Número ímpar de inversão – Intensidade mínima
1 1 𝜆 𝑎𝑟
2𝐿 = (𝐾 + ) ⋅ 𝜆𝑓𝑖𝑙𝑚𝑒 → 2𝐿 = (𝐾 + ) ⋅ 𝐾 = 0,1,2,3,4, …
2 2 𝑛
Assim, o menor valor de L para esse caso, diferente de zero é dada por 𝐾 = 0:
𝜆 𝑎𝑟
𝐿=
4𝑛
Assim, para ambas as hipóteses, temos que o menor valor de L é dado por:
𝜆 𝑎𝑟
𝐿=
4𝑛

Nível 3
Questão 1.
(ITA-2020 – 1ª) O som produzido pelo alto-falante F (fonte) ilustrado na figura tem frequência de
10 kHz e chega a um microfone M através de dois caminhos diferentes. As ondas sonoras viajam
simultaneamente pelo tubo esquerdo FXM, de comprimento fixo, e pelo tubo direito FYM, cujo
comprimento pode ser alterado movendo-se a seção deslizante (tal qual um trombone). As ondas
sonoras que viajam pelos dois caminhos interferem-se em M. Quando a seção deslizante do
caminho FYM é puxada para fora por 0,025 m, a intensidade sonora detect ada pelo microfone
passa de um máximo para um mínimo. Assinale o módulo da velocidade do som no interior do
tubo.

a) 5,0 x 102 𝑚/𝑠


b) 2,5 x 102 𝑚/𝑠

AULA 07 88
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c) 1,0 x 103 𝑚/𝑠


d) 2,0 x 103 𝑚/𝑠
e) 3,4 x 102 𝑚/𝑠
Comentários:
A diferença de caminho do som é:
Δ𝑥 = 2 ⋅ 0,025 = 0,05𝑚
𝜆 𝑉𝑠𝑜𝑚 1000𝑚
Δ𝑥 = = → 𝑉𝑠𝑜𝑚 = 2𝑓Δ 𝑥 =
2 2𝑓 𝑠
Gabarito: C
Questão 2.
(ITA-2020 – 2ª) Frentes de ondas planas de luz, de comprimento de onda 𝜆, incidem num conjunto
de três fendas, com a do centro situando-se a uma distância d das demais, conforme ilustra a
figura. A uma distância 𝐷 ≫ 𝑑, um anteparo registra o padrâo de interferência gerado pela
difração da onda devido às fendas. Calcule:
A razão entre a intensidade da franja clara central e a das franjas claras vizinhas
Os ângulos 𝜃𝑛 para os quais ocorrem franjas escuras.

Comentários:
2𝜋
Δ𝜙 = 𝑑 sin 𝜃 ⋅
𝜆
𝐸𝑟𝑒𝑠 = 𝐸0 cos (𝑤𝑡 + Δ𝜙) + 𝐸0 cos(𝑤𝑡) + 𝐸0 cos(𝑤𝑡 − Δ𝜙)
𝐸𝑟𝑒𝑠
= 𝐸0 (cos 𝑤𝑡 cos Δ𝜙 − sin 𝑤𝑡 sin Δ𝜙 + cos (𝑤𝑡) + cos (𝑤𝑡) cos (Δ𝜙) + sin (𝑤𝑡) sin (Δ𝜙) )
( ) ( ) ( ) ( )
𝐸𝑟𝑒𝑠 = 𝐸0 cos (𝑤𝑡) (1 + 2 cos (Δ𝜙))
A amplitude desse campo vale:
1 + 2cos (Δ𝜙)
Como a intensidade é proporcional ao quadrado da amplitude:
𝐼 = 𝐼0 (1 + 2 cos (Δ𝜙))2

AULA 07 89
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A franja clara central tem cos (Δ𝜙) = 1 → 𝐼 = 9𝐼0 , enquanto que as vizinhas tem cos (Δ𝜙) =
−1 → 𝐼 = 𝐼0
1. Razão = 9
2. Para ocorrer uma franja escura:
1
cos(Δ𝜙) = −
2
Logo:
2𝜋 (3𝑛 ± 1)
Δ𝜙 =
3
2𝜋
Δ𝜙 = 𝑑 sin 𝜃 ⋅
𝜆
𝜆Δϕ
sin 𝜃 =
2πd
(3𝑛 ± 1) 𝜆 (3𝑛 ± 1) 𝜆
sin 𝜃 = → 𝜃𝑛 = arcsin ( )
3𝑑 3𝑑

(𝟑𝒏±𝟏)𝝀
Gabarito: 1. 92. 𝐚𝐫𝐜𝐬𝐢𝐧 ( )
𝟑𝒅

Questão 3.
(ITA-2018) Com um certo material, cujas camadas atômicas interdistam de uma distância d,
interage um feixe de radiação que é detectado em um ângulo 𝜃 conforme a figura. Tal
experimento é realizado em duas situações

(I) O feixe de raios X monocromáticos, com sua intensidade de radiação medida por um detector,
resultando numa distribuição de intensidade em função de 𝜃, com valor máximo para 𝜃 = 𝛼, e
(II) o feixe é composto por elétrons monoenergeticos, com a contagem do número de elétrons
por segundo para cada ângulo medido, resultando no seu valor máximo para 𝜃 = 𝛽.
Assinale a opção com possíveis mudanças que implicam a alteração simultânea dos ângulos 𝛼 e 𝛽
medidos.
a) Aumenta-se a intensidade do feixe de raio X e diminui-se a velocidade dos elétrons.

AULA 07 90
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b) Aumenta-se a frequência dos raios X e triplica-se o número de elétrons no feixe.


c) Aumenta-se o comprimento de onda dos raios X e a energia cinética dos elétrons.
d) Dobram-se a distância entre as camadas d (pela escolha de outro material) e o comprimento
de onda dos raios X. Além disso, diminui-se a velocidade dos elétrons pela metade.
e) Diminui-se a intensidade dos raios X e aumenta-se a energia dos elétrons.
Comentários:
O comprimento de onda comportamento ondulatório do elétron é de:
ℎ ℎ
𝜆1 = =
𝑝 𝑚⋅𝑣
O comprimento de onda dos raios X é 𝜆 2. Assim, para interferência construtiva no primeiro
máximo detectado:
𝜆2
cos 𝛼 =
2⋅𝑑
𝜆1 ℎ
cos 𝛽 = =
2⋅ 𝑑 2 ⋅𝑚 ⋅ 𝑑⋅ 𝑣
Ao aumentar-se o comprimento de onda dos raios X e a energia cinética dos elétrons (↑ 𝑣 ↑ 𝜆 2),
varia-se os ângulos 𝛼 e 𝛽.

Gabarito: C
Questão 4.
(ITA-2017) A figura mostra dois anteparos opacos à radiação, sendo um com fenda de tamanho
variável d, com centro na posição 𝑥 = 0, e o outro com dois fotodetectores de intensidade de
radiação, tal que F1 se situa em 𝑥 = 0 e F2, em 𝑥 = 𝐿 > 4𝑑 . No sistema incide radiação
eletromagnética de comprimento de onda 𝜆 constante.

Num primeiro experimento, a relação entre d e 𝜆 é tal que 𝑑 ≫ 𝜆 e são feitas as seguintes
afirmativas:
(I) Só F1 detecta radiação.
(II) F1 e F2 detectam radiação.
(III) F1 não detecta e F2 detecta radiação.

AULA 07 91
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Num segundo experimento, d é reduzido até a ordem do comprimento de 𝜆 e, neste caso, são
feitas estas afirmativas:
(IV) F2 detecta radiação de menor intensidade que a detectada em F1.
(V) Só F1 detecta radiação.
(VI) Só F2 detecta radiação.
Assinale as afirmativas possíveis para a detecção da radiação em ambos os experimentos.
a) I, II e IV b) I, IV e V c) II, IV e V d) III, V e IV e) I, IV e VI
Comentários:
No primeiro experimento, como 𝑑 ≫ 𝜆, não ocorre difração da onda. (Para a difração 𝑑 ≅ 𝜆).
Portanto, somente 𝐹1 detecta radiação considerando que a onda segue propagando-se reta.
No segundo experimento, existe difração. Entretanto, devido à falta de informações acerca de 𝐿,
𝑑 e as demais grandezas associadas ao problema, não tem como saber se 𝐹2 é um ponto de
mínimo, nesse caso 𝐹2 não detectaria radiação. Caso não seja ponto de mínimo, será detectado
radiação, entretanto, sua intensidade será menor.
Logo as alternativas corretas são: I, IV V.
Gabarito: B

Questão 5.
(ITA-2015) Luz que pode ser decomposta em componentes de comprimento de onda com 480 nm
e 600 nm, incide verticalmente em uma cunha de vidro com ângulo de abertura 𝛼 = 3,00° e índice
de refração de 1,5, conforme a figura, formando linhas de interferência destrutivas. Qual é a
distância entre essas linhas?

a) 11,5 𝜇𝑚
b) 12,8 𝜇𝑚
c) 16,0 𝜇𝑚
d) 22,9 𝜇𝑚
e) 32,0 𝜇𝑚
Comentários:

AULA 07 92
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A interferência destrutiva é formada pela sobreposição de duas ondas. A primeira é a onda


refletida na interface ar-cunha. Como a cunha apresenta um índice de refração maior, a onda
refletida inverte sua fase. A segunda onda é a onda refletida na interface cunha-ar.
Como a cunha apresenta maior índice, não ocorre inversão de fase. Portanto, tem -se ondas em
oposição de fase com interferência destrutiva. Isso implica que:
Δ𝑥 = 𝑛 ⋅ 𝜆 (𝑛 𝑝𝑒𝑟𝑡𝑒𝑛𝑐𝑒 𝑎𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 )
A diferença de caminho foi de 2 ⋅ 𝑒 onde 𝑒 é a espessura do prisma. Como a diferença de caminho
ocorreu dentro do prisma, para a equação mostrada anteriormente deve utilizar-se o lambda da
cunha, ou seja:
2 ⋅ 𝑒 = 𝑛 ⋅ 𝜆𝑣
Onde 𝜆 𝑣 é o comprimento de onda no vidro.
𝜆𝑣
𝑒 =𝑛⋅
2
𝑒
𝑡𝑔 𝛼 = ⇒ 𝑒 = 𝑑 ⋅ 𝑡𝑔 𝛼
𝑑
Onde 𝑑 é a distância até a aresta do prisma.
𝜆𝑣 𝑛 𝑎𝑟 𝑛 𝑎𝑟
= ⇒ 𝜆 𝑣 = 𝜆 𝑎𝑟 ⋅
𝜆 𝑎𝑟 𝑛𝑣 𝑛𝑣
Juntando as equações:
𝑛 𝑛 𝑎𝑟
⋅ 𝜆 𝑎𝑟 ⋅ = 𝑑 ⋅ 𝑡𝑔 𝛼
2 𝑛𝑣
Mas, 𝛼 = 3° é muito pequeno, portanto, utiliza-se a aproximação para pequenos ângulos:
𝜋
𝑡𝑔 𝛼 ≅ 𝛼 =
60
Assim:
30 ⋅ 𝑛 ⋅ 𝜆 𝑎𝑟 ⋅ 𝑛 𝑎𝑟
𝑑=
𝑛𝑣 ⋅ 𝜋
Esta é a distância medida a partir da aresta do prisma em que ocorre interferência destrutiva.
Para que ocorra interferência para a luz de comprimento 480 𝑛𝑚:
30 ⋅ 𝑛 𝑎𝑟
𝑑480 = 𝑛1 ⋅ 480 ⋅ 10 −9 ⋅
𝑛𝑣 ⋅ 𝜋
Para a luz de comprimento 600 𝑛𝑚:
30 ⋅ 𝑛 𝑎𝑟
𝑑600 = 𝑛 2 ⋅ 600 ⋅ 10 −9 ⋅
𝑛𝑣 ⋅ 𝜋
Assim, para que ocorra uma franja completamente escura:
𝑑480 = 𝑑600
Isto é, ocorre interferência destrutiva para ambas as ondas. Assim:
𝑛 1 ⋅ 480 = 𝑛 2 ⋅ 600

AULA 07 93
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5
𝑛1 = ⋅𝑛
4 2
Portanto, para a franja escura 4𝑘 da onda de 600 𝑛𝑚, ocorre também a franja escura 5𝑘 da onda
de 480 𝑛𝑚. Assim, a distância entre duas franjas escuras seguidas será a distância de 4 franjas
escuras para a onda de 600 𝑛𝑚 ou de 5 franjas para a onda de 480 𝑛𝑚. Assim:
30 ⋅ 𝑛 𝑎𝑟
𝐷 = 5 ⋅ 480 ⋅ 10 −9 ⋅ ≅ 15,27 𝜇𝑚
𝑛𝑣 ⋅ 𝜋
Gabarito: C
Questão 6.
(ITA-2014) Sobre uma placa de vidro plana é colocada uma lente plano-côncava, com 1,5 de índice
de refração e concavidade de 8,00 m de raio voltada para baixo. Com a lente iluminada
perpendicularmente de cima por uma luz de comprimento de onda 589 nm (no ar), aparece um
padrão de interferência com um ponto escuro central circundado por anéis, dos quais 50 são
escuros, inclusive o mais externo na borda da lente. Este padrão de interferência aparece devido
ao filme de ar entre a lente e a placa de vidro (como esquematizado na figura). A espessura da
camada de ar no centro do padrão de interferência e a distância focal da lente são,
respectivamente,

a) 14,7 𝜇𝑚 𝑒 − 10,0𝑚
b) 14,7 𝜇𝑚 𝑒 − 16,0𝑚
c) 238,0 𝜇𝑚 𝑒 − 8,0𝑚
d) 35,2 𝜇𝑚 𝑒 16,0𝑚
e) 29,4 𝜇𝑚 𝑒 − 16,0𝑚
Comentários:

AULA 07 94
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Os raios refletidos foram desenhados com um ângulo apenas para diferenciá-los. Na realidade,
voltam por onde vieram. Em 𝐴 ocorre reflexão sem inversão de fase, enquanto em 𝐵 ocorre
reflexão com inversão de fase. Portanto, para que ocorra interferência destrutiva entre o raio
refletido em 𝐴 e o refletido em 𝐵, é necessário que haja uma diferença de percurso é de:
Δ𝑥 = 𝑛 ⋅ 𝜆
Como a diferença de percurso ocorre no ar, utiliza-se o comprimento da onda no ar. Sabe-se
também que a diferença de caminho é de 2 vezes a espessura da camada de ar. Logo:
2⋅𝑒=𝑛⋅𝜆
𝑛
𝑒= ⋅𝜆
2
Para o escuro central, 𝑛 = 50:
50
𝑒𝑚á𝑥 = ⋅ 589 ⋅ 10 −9 = 14,725 𝜇𝑚
2
Pela equação dos fabricantes de lente:
1 𝑛 𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 1 1
=( − 1) ⋅ ( + )
𝑓 𝑛 𝑚𝑒𝑖𝑜 𝑅1 𝑅2
1 1,5 1
=( − 1) ⋅ ( )
𝑓 1 −8
1 1
=−
𝑓 16
𝑓 = −16 𝑐𝑚
Gabarito: B
Questão 7.

AULA 07 95
Prof. Vinícius Fulconi

(ITA-2014)

A figura mostra um interferômetro de Michelson adaptado para determinar o índice de refração


do ar. As características do padrão de interferência dos dois feixes incidentes no anteparo
dependem da diferença de fase entre eles, neste caso, influenciada pela cápsula contendo ar.
Reduzindo a pressão na cápsula de 1 atm até zero (vácuo), nota-se que a ordem das franjas de
interferência sofre um deslocamento de N, ou seja, a franja de ordem 0 passa a ocupar o lugar da
de ordem N, a franja de ordem 1 ocupa o lugar da de ordem N+1, e assim sucessivamente. Sen do
d a espessura da cápsula e 𝜆 o comprimento de onda da luz no vácuo, o índice de refração do ar
é igual a:
a)𝑁𝜆/𝑑
b) 𝑁𝜆/2𝑑
c) 1 + 𝑁𝜆/𝑑
d) 1 + 𝑁𝜆/2𝑑
e) 1 − 𝑁𝜆/𝑑
Comentários:
Para a cápsula com vácuo, a diferença de fase entre as ondas refletidas no espelho 1 e espelho 2
fica:
2⋅𝑑 2 ⋅𝑑
Δϕ = ⋅2 ⋅ 𝜋− ⋅2⋅𝜋
𝜆 𝑎𝑟 𝜆 𝑣á𝑐𝑢𝑜
1 1
Δ𝜙 = 4 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑑 ⋅ ( − )
𝜆 𝑎𝑟 𝜆 𝑣á𝑐𝑢𝑜
Mas:
𝜆 𝑎𝑟 𝑛 𝑣á𝑐𝑢𝑜
=
𝜆 𝑣á𝑐𝑢𝑜 𝑛 𝑎𝑟
𝑛 𝑣á𝑐𝑢𝑜
𝜆 𝑎𝑟 = 𝜆 𝑣á𝑐𝑢𝑜 ⋅
𝑛 𝑎𝑟
4⋅𝜋⋅𝑑 𝑛 𝑎𝑟
Δ𝜙 = ⋅( − 1)
𝜆 𝑣á𝑐𝑢𝑜 𝑛 𝑣á𝑐𝑢𝑜
Substituindo 𝑛 𝑣á𝑐𝑢𝑜 = 1 e 𝜆 𝑣á𝑐𝑢𝑜 = 𝜆:

AULA 07 96
Prof. Vinícius Fulconi

4⋅ 𝜋 ⋅𝑑
Δ𝜙 = ⋅ ( 𝑛 𝑎𝑟 − 1)
𝜆
Para ordem 𝑁:
4⋅ 𝜋 ⋅𝑑
2⋅𝜋⋅𝑁 = ⋅ (𝑛 𝑎𝑟 − 1)
𝜆
𝑁 ⋅𝜆
𝑛 𝑎𝑟 = 1 +
2⋅𝑑
Gabarito: D
Questão 8.
(ITA-2014) Uma luz monocromática incide perpendicularmente num plano com três pequenos
orifícios circulares formando um triângulo equilátero, acarretando um padrão de interferência em
um anteparo paralelo ao triângulo, com o máximo de intensidade num ponto P equidistante dos
orifícios. Assinale as respectivas reduções da intensidade luminosa em P com um e com dois
orifícios tampados.
a) 4/9 e 1/9 b) 2/3 e 1/3 c) 8/27 e 1/27 d) 1/2 e 1/3 e) 1/4 e 1/9
Comentários:
Para 𝑛 fontes coerentes e iguais (mesma frequência e potência), a intensidade resultante é:
𝐼𝑛 = 𝑛2 ⋅ 𝐼1
Em que:
- 𝐼𝑛 é a intensidade resultante de 𝑛 fontes;
- 𝐼1 é a intensidade de uma fonte.
Assim, para todos os orifícios destampados:
𝐼3 = 9 ⋅ 𝐼1
Para um orifício tampado:
𝐼2 = 4 ⋅ 𝐼1
Para dois orifícios tampados:
𝐼1 = 𝐼1
A redução para um orifício tampado fica:
𝐼2 4
=
𝐼3 9
A redução para dois orifícios tampado fica:
𝐼1 1
=
𝐼3 9
Gabarito: A
Questão 9.

AULA 07 97
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(ITA-2014) Em uma experiencia de Young, uma luz magenta, constituída por uma mistura de luz
vermelha (𝜆 = 660 𝑛𝑚) e luz azul (𝜆 = 440 𝑛𝑚) de mesma intensidade da luz vermelha, incide
perpendicularmente num plano onde atravessa duas fendas paralelas separadas de 22 𝜇𝑚 e
alcança um anteparo paralelo ao plano, a 5,00 m de distância. Neste, há um semieixo Oy
perpendicular à direção das fendas, cuja origem também está a 5,00 m de distância do ponto
médio entre estas. Obtenha o primeiro valor de 𝑦 > 0 onde há um máximo de luz magenta
(intensidades máximas de vermelho e azul no mesmo local). Se necessário, utilize 𝑡𝑎𝑛𝜃 ≅ 𝑠𝑒𝑛𝜃,
para 𝜃 ≪ 1 𝑟𝑎𝑑.
Comentários:
Para um experimento de Young, a diferença de caminho vinda de cada orifício pode ser
aproximada por:
𝑦
Δ𝑥 ≅ 𝑎 ⋅
𝐷
Em que:
- 𝑎 é a distância entre os orifícios;
- 𝑦 é a distância vertical medida a partir do centro do anteparo;
- 𝐷 é a distância entre a placa de orifícios e o anteparo.
Para que ocorra interferência construtiva:
Δ𝑥 = 𝑛 ⋅ 𝜆
𝑦
𝑛 ⋅𝜆 = 𝑎 ⋅
𝐷
𝑦
𝑛 ⋅ 𝜆 = 22 ⋅ 10 −6 ⋅
5
Para interferência construtiva da luz vermelha e azul:
𝑛 𝑎𝑧𝑢𝑙 ⋅ 𝜆 𝑎𝑧𝑢𝑙 = 𝑛𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜 ⋅ 𝜆 𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜
𝑛 𝑎𝑧𝑢𝑙 ⋅ 440 = 𝑛 𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜 ⋅ 660
3
𝑛 𝑎𝑧𝑢𝑙 =
⋅𝑛
2 𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜
Como os 𝑛’s devem ser números inteiros, o primeiro máximo ocorre para o terceiro máximo do
azul ou para o segundo máximo do vermelho. Substituindo na expressão anterior:
5 ⋅ 𝑛 𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜 ⋅ 𝜆 𝑣𝑒𝑟𝑚𝑒𝑙ℎ𝑜 5 ⋅ 2 ⋅ 660 ⋅ 10 −9
𝑦= = = 0,3 𝑚
22 ⋅ 10 −6 22 ⋅ 10 −6
Gabarito: 30 cm
Questão 10.
(ITA-2013) Num experimento clássico de Young, d representa a distância entre as fendas e D a
distância entre o plano destas fendas e a tela de projeção das franjas de interferência, como
ilustrado na figura. Num primeiro experimento, no ar, utiliza-se luz de comprimento de onda 𝜆 1
e, num segundo experimento, na água, utiliza-se luz cujo comprimento de onda no ar é 𝜆 2. As
franjas de interferência dos experimentos são registradas numa mesma tela. Sendo o índice de

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refração da água igual a n, assinale a expressão para a distância entre as franjas de interferência
construtiva de ordem m para o primeiro experimento e as de ordem M para o segundo
experimento.

𝐷 (𝑀𝜆2−mn𝜆1 ) 𝐷 (𝑀𝜆2−m𝜆1 ) 𝐷 (𝑀𝜆2−mn𝜆1 )


a) | | b) | | c) | |
𝑛𝑑 𝑛𝑑 𝑑
𝐷 (𝑀𝜆2−m𝜆1 ) 𝐷 (𝑀𝑛𝜆2−m𝜆1 )
d) | | e) | |
𝑑 𝑑

Comentários:
Utilizando a fórmula da questão anterior, para interferências construtivas:
𝑛⋅𝜆⋅𝐷
𝑦=
𝑑
Para a interferência de ordem 𝑚 no ar:
𝑚 ⋅ 𝜆1 ⋅ 𝐷
𝑦1 =
𝑑
Para a interferência de ordem 𝑀 na água:
𝑀 ⋅ 𝜆 á𝑔𝑢𝑎 ⋅ 𝐷
𝑦2 =
𝑑
E:
𝜆 á𝑔𝑢𝑎 𝑛 𝑎𝑟 1
= ⇒ 𝜆 á𝑔𝑢𝑎 = 𝜆 2 ⋅
𝜆 𝑎𝑟 𝑛 á𝑔𝑢𝑎 𝑛
Assim:
𝑀 ⋅ 𝜆2 ⋅ 𝐷
𝑦2 =
𝑛⋅𝑑
A diferença entre os dois é dado por:
𝐷(𝑀 ⋅ 𝜆 2 − 𝑚 ⋅ 𝜆 1 ⋅ 𝑛)
|𝑦1 − 𝑦2 | = | |
𝑛⋅𝑑
Gabarito: A
Questão 11.
(ITA-2013) Um prato de plástico com índice de refração 1,5 é colocado no interior de um forno de
micro-ondas que opera a uma frequência de 2,5. 109 Hz. Supondo que as micro-ondas incidam
perpendicularmente ao prato, pode-se afirmar que a mínima espessura deste em que ocorre o
máximo de reflexão das micro-ondas é de:
a) 1,0 cm

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b) 2,0 cm
c) 3,0 cm
d) 4,0 cm
e) 5,0 cm
Comentários:
O máximo de reflexão ocorre na interferência construtiva. A mínima espessura do prato é
suficiente para que haja a primeira interferência construtiva. As ondas que interferem são: a que
reflete na interface ar-prato (com inversão de fase) e a que reflete na “saída” do prato (sem
inversão de fase).
Para que haja interferência construtiva de ondas com diferença de fase:
𝜆
Δ𝑥 = 𝑛 𝑖 ⋅
2
Em que:
- Δ𝑥 é a diferença de percurso;
- 𝑛 𝑖 é um número ímpar;
- 𝜆 é o comprimento de onda no meio.
Como a diferença de caminho ocorre no prato plástico:
𝜆 𝑝𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜
Δ𝑥 =
2
Mas:
𝑐
𝜆 𝑓 3 ⋅ 108
𝜆 𝑝𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜 = = = = 0,08
𝑛 𝑝𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜 𝑛 𝑝𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜 2,5 ⋅ 109 ⋅ 1,5
A diferença de caminho é duas vezes a espessura do prato:
Δ𝑥 = 2 ⋅ 𝑒
Logo:
𝜆 𝑝𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜 8
𝑒= = ⋅ 10 −2 = 2 𝑐𝑚
4 4
Gabarito: B
Questão 12.
(ITA-2013) Dois radiotelescópios num mesmo plano com duas estrelas operam com um
interferômetro na frequência de 2,1 Ghz. As estrelas são interdistantes de 𝐿 = 5,0 𝑎𝑛𝑜𝑠 − 𝑙𝑢𝑧 e
situam-se a uma distância 𝐷 = 2,5 ⋅ 107 𝑎𝑛𝑜𝑠 − 𝑙𝑢𝑧 da Terra. Ver figura. Calcule a separação
mínima d, entre os dois radiotelescópios necessária para distinguir as estrelas. Se necessário,
utilize 𝑡𝑎𝑛𝜃 ≅ 𝑠𝑒𝑛𝜃, para 𝜃 ≪ 1 𝑟𝑎𝑑.

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Comentários:
Aproximando o sistema à um experimento de fenda dupla, dois pontos de máxima consecutivos
distam de um valor 𝑦 dado por:
𝐷
𝑦=𝜆⋅
𝐿
E:
𝑐 3 ⋅ 10 8 1
𝜆= = = 𝑚
𝑓 2,1 ⋅ 109 7
1 2,5 ⋅ 10 7 1
𝑦= ⋅ = ⋅ 107
7 5 14
Para realizar a distinção, entretanto, é necessário que um radiotelescópio esteja sobre um ponto
de máximo enquanto o outro está sobre um ponto de mínimo. Assim:
𝑦 1
𝑑= = ⋅ 107 ≅ 357 𝑘𝑚
2 28
Gabarito: 357 km
Questão 12.
(ITA-2012) Em uma superfície líquida, na origem de um sistema de coordenadas encontra-se um
emissor de ondas circulares transversais. Bem distante dessa origem, elas têm a forma
𝑟
aproximada dada por ℎ1 (𝑥, 𝑦, 𝑡) = ℎ0 𝑠𝑒𝑛 (2𝜋 ( − 𝑓𝑡)), em que 𝜆 é o comprimento de onda, 𝑓
𝜆
é a frequência e r, a distância de um ponto da onda até a origem. Uma onda plana transversal
𝑥
com a forma ℎ2 (𝑥, 𝑦, 𝑡) = ℎ0 𝑠𝑒𝑛 (2𝜋 ( − 𝑓𝑡)) superpõe-se à primeira, conforme a figura. Na
𝜆
situação descrita, podemos afirmar, sendo ℤ o conjunto dos números inteiros, que

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𝑦𝑝2 𝑛𝜆
a) nas posições ( − , 𝑦𝑝 ) as duas ondas estão em fase se n 𝜖 ℤ.
2𝑛𝜆 8
𝑦𝑝2 𝑛𝜆
b) nas posições ( − , 𝑦𝑝 ) as duas ondas estão em oposição de fase se n 𝜖 ℤ e 𝑛 ≠ 0.
2𝑛𝜆 2

𝑦𝑝2 (𝑛+1)𝜆
2
c) nas posições( − , 𝑦𝑝 ) as duas ondas estão em oposição de fase se n 𝜖 ℤ e 𝑛 ≠ 0.
2𝑛𝜆 2

𝑦𝑝2 (𝑛+1)𝜆
2
d) nas posições( − , 𝑦𝑝 ) as duas ondas estão em oposição de fase se n 𝜖 ℤ.
(2𝑛+1)𝜆 2

2𝑦𝑝2 𝜆
e) na posição ( − , 𝑦𝑝 ) a diferença de fase entre as ondas é de 45°.
𝜆 8

Comentários:
Utilizando o princípio da superposição para ambas as ondas:
ℎ (𝑥, 𝑦, 𝑡) = ℎ1 (𝑥, 𝑦, 𝑡) + ℎ2 (𝑥, 𝑦, 𝑡)
𝑟 𝑥
ℎ (𝑥, 𝑦, 𝑡) = ℎ0 ⋅ (𝑠𝑒𝑛 (2 ⋅ 𝜋 ⋅ ( − 𝑓 ⋅ 𝑡) ) + 𝑠𝑒𝑛 (2 ⋅ 𝜋 ⋅ ( − 𝑓 ⋅ 𝑡) ))
𝜆 𝜆

Com:
𝑎+𝑏 𝑎−𝑏
𝑠𝑒𝑛 𝑎 + 𝑠𝑒𝑛 𝑏 = 𝑠𝑒𝑛 ⋅ cos
2 2
𝑟+𝑥 𝑟−𝑥
ℎ(𝑥, 𝑦, 𝑡) = ℎ0 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 (2 ⋅ 𝜋 ⋅ ( − 2 ⋅ 𝑓 ⋅ 𝑡) ) ⋅ cos (2 ⋅ 𝜋 ⋅ )
𝜆 2⋅𝜆
O termo cossenoidal, independente do tempo, é o responsável por definir se as ondas estão em
fase ou em oposição de fase. As ondas estarão em oposição de fase para um ponto 𝑃 = (𝑥𝑝 ,𝑦𝑝 )
quando:
𝑟 − 𝑥𝑝
cos (𝜋 ⋅ )=0
𝜆
𝑟 − 𝑥𝑝 𝜋
𝜋⋅ = + 𝑘 ⋅𝜋
𝜆 2

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1
𝑟 − 𝑥𝑝 = 𝜆 ⋅ ( + 𝑘 )
2
1
𝑟 = 𝑥𝑝 + 𝜆 ⋅ ( + 𝑘 )
2
Mas:

𝑟 = √𝑥𝑝2 + 𝑦𝑝2

Logo:
1
𝑥𝑝2 + 𝑦𝑝2 = 𝑥𝑝2 + 𝑥𝑝 ⋅ 𝜆 ⋅ (1 + 2𝑘 ) + 𝜆2 ⋅ ⋅ (1 + 2𝑘 ) 2
4
𝜆2
𝑦𝑝2 − ⋅ (1 + 2𝑘 ) 2 = 𝑥𝑝 ⋅ 𝜆 ⋅ (1 + 2𝑘 )
4
𝑦𝑝2 𝜆
𝑥𝑝 = − ⋅ (1 + 2𝑘 )
(2𝑘 + 1) ⋅ 𝜆 4
𝑦𝑝2 𝜆 1
𝑥𝑝 = − ⋅ (𝑘 + )
(2𝑘 + 1) ⋅ 𝜆 2 2
Assim, o ponto de interferência destrutiva é:
𝑦𝑝2 𝜆 1
𝑃(𝑥𝑝 , 𝑦𝑝 ) = ( − ⋅ (𝑘 + ) , 𝑦𝑝 )
(2𝑘 + 1) ⋅ 𝜆 2 2
Gabarito: D
Questão 13.
(ITA-2011) Um filme fino de sabão é sustentado verticalmente no ar por uma argola. A parte
superior do filme aparece escura quando é observada por meio de luz branca refletida. Abaixo da
parte escura aparecem bandas coloridas. A primeira banda tem cor vermelha ou azul? Justifique
sua resposta.
Comentários:
Ocorrem duas reflexões, uma na interface ar-sabão (com inversão de fase) e uma na interface
sabão-ar (sem inversão de fase). Para que ocorra interferência construtiva entre ondas em
oposição de fase:
𝜆
Δ𝑥 = 𝑛 𝑖 ⋅
2
Em que:
- Δ𝑥 é a diferença de percurso;
- 𝑛 𝑖 é um número ímpar;
- 𝜆 é o comprimento de onda no meio.
Como a diferença de caminho ocorre no prato plástico:

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𝜆 𝑠𝑎𝑏ã𝑜
Δ𝑥 = 𝑛 𝑖 ⋅
2
E:
Δ𝑥 = 2 ⋅ 𝑑
Onde 𝑑 é a espessura da película.
𝜆 𝑠𝑎𝑏ã𝑜
2 ⋅ 𝑑 = 𝑛𝑖 ⋅
2
4⋅𝑑
= 𝜆 𝑠𝑎𝑏ã𝑜
𝑛𝑖
Considerando que se analisa apenas para as primeiras interferências construtivas:
4 ⋅ 𝑑 = 𝜆 𝑠𝑎𝑏ã𝑜
Como a espessura vai crescendo de cima para baixo, o comprimento de ondas com interferência
construtiva vai crescendo. Portanto, a primeira cor visível será aquela com menor 𝜆, ou seja, o
azul.
Gabarito: Azul
Questão 14.
(ITA-2010) Um feixe luminoso vertical, de 500 nm de comprimento de onda, incide sobre uma
lente plano-convexa apoiada numa lâmina horizontal de vidro, como mostra a figura. Devido à
variação da espessura da camada de ar existente entre a lente e a lâmina, torna-se visível sobre a
lente uma sucessão de anéis claros e escuros, chamados de anéis de Newton. Sabendo-se que o
diâmetro do menor anel escuro mede 2 mm, a superfície convexa da lente deve ter um raio de

a) 1,0 m
b) 1,6 m
c) 2,0 m
d) 4,0 m
e) 8,0 m
Comentários:
Para discos de Newton:
𝑟 = √2 ⋅ 𝑅 ⋅ 𝑑
Em que:
- 𝑟 é o raio do anel;
- 𝑅 é o raio de curvatura da lente;
- 𝑑 é a diferença de caminho.

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Para interferência destrutiva:


2⋅𝑑 = 𝑛⋅𝜆
Assim:
𝑟 = √𝑅 ⋅ 𝑛 ⋅ 𝜆
Logo, o diâmetro é dado por:
𝐷 = 2 ⋅ √𝑅 ⋅ 𝑛 ⋅ 𝜆
Substituindo:

2 ⋅ 10 −3 = 2 ⋅ √𝑅 ⋅ 1 ⋅ 500 ⋅ 10 −9
10 −6 = 𝑅 ⋅ 0,5 ⋅ 10 −6
𝑅 =2𝑚
Gabarito: C
Questão 15.
(ITA-2009) Uma lâmina de vidro com índice de refração n em forma de cunha é iluminada
perpendicularmente por uma luz monocromática de comprimento de onda 𝜆. Os raios refletidos
pela superfície superior e pela inferior apresentam uma série de franjas escuras com espaçamento
𝑒 entre elas, sendo que a m-ésima encontra-se a uma distância 𝑥 do vértice. Assinale o ângulo 𝜃,
em radianos, que as superfícies da cunha formam entre si.

a)𝜃 = 𝜆⁄2𝑛𝑒

b) 𝜃 = 𝜆⁄4𝑛𝑒
(m + 1)𝜆⁄
c) 𝜃 = 2𝑛𝑚𝑒
(2m + 1)𝜆⁄
d) 𝜃 = 4𝑛𝑚𝑒
(2m − 1)𝜆⁄
e) 𝜃 = 4𝑛𝑚𝑒
Comentários:
Ocorrem duas ondas refletidas. A primeira, com inversão de fase, ocorre na superfície superior, a
segunda, sem inversão de fase, ocorre na superfície inferior. Para uma interferência destrutiva:
Δ𝑥 = 𝑘 ⋅ 𝜆

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Em que:
- Δ𝑥 é a diferença de caminho;
- 𝑘 é um número inteiro;
- 𝜆 é o comprimento de onda no meio.
Logo:
𝜆
𝜆 𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎 =
𝑛
E, a diferença de caminho Δ𝑥 é dado por duas vezes a espessura da cunha.
Δ𝑥 = 2 ⋅ 𝑑
Mas, a espessura da cunha (𝑑) é dado por:
𝑑 = 𝑙 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃
Onde 𝑙 é a distância medida sobre a superfície superior da cunha até a aresta e 𝜃 ≪ 1, logo 𝜃 ≅
𝑠𝑒𝑛 𝜃 ≅ 𝑡𝑔 𝜃. Juntando os resultados, para a 𝑚-ésima franja escura:
𝜆
2⋅𝑚⋅𝑒⋅𝜃 = 𝑚⋅
𝑛
𝜆
𝜃=
2⋅𝑒⋅𝑛
Gabarito: A
Questão 16.
(ITA-2010) Luz monocromática, com 500 nm de comprimento de onda, incide numa fenda
retangular em uma placa, ocasionando a dada figura de difração sobre um anteparo a 10 cm de
distância. Então, a largura da fenda é

a) 1,25 𝜇𝑚
b) 2,5 𝜇𝑚
c) 5,0 𝜇𝑚
d) 12,5 𝜇𝑚
e) 25,0 𝜇𝑚
Comentários:
Para interferência destrutiva em fenda simples:

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𝑎 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑛 ⋅ 𝜆
E:
𝑦
𝑠𝑒𝑛 𝜃 ≅ 𝑡𝑔 𝜃 =
𝐷
Assim:
𝑦
𝑎⋅ =𝑛⋅𝜆
𝐷
Em que:
- 𝑎 é o tamanho da fenda;
- 𝑦 é a distância ao centro do anteparo de um dado ponto;
- 𝐷 é a distância do anteparo ao orifício;
- 𝑛 é a ordem da franja;
- 𝜆 é o comprimento de onda.
Substituindo os dados da figura (𝑦 = 1 𝑐𝑚 e 𝑛 = 1):
10 −2
𝑎⋅ = 1 ⋅ 5 ⋅ 10 −7
10 −1
𝑎 = 5 ⋅ 10 −6
Gabarito: C
Questão 17.
(ITA-2008) Um apreciador de música ao vivo vai a um teatro, que não dispõe de amplificação
eletrônica, para assistir a um show de seu artista predileto. Sendo detalhista, ele toma todas as
informações sobre as dimensões do auditório, cujo teto é plano e nivelado. Estudos comparativos
em auditórios indicam preferência para aqueles em que seja de 30 ms a diferença de tempo entre
o som direto e aquele que primeiro chega após uma reflexão. Portanto, ele conclui que deve se
sentar a 20 m do artista, na posição indicada na figura. Admitindo a velocidade do som no ar de
340 m/s, a que altura h deve estar o teto com a relação à sua cabeça?

Comentários:
O som que vai direto ao espectador leva um tempo 𝑇1 :
20 1
𝑇1 = = 𝑠
340 17

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O som que reflete uma vez no teto leva um tempo 𝑇2 :


𝑇2 = 𝑇1 + 3 ⋅ 10 −2 𝑠
Mas:

𝑇2 ⋅ 𝑣𝑠 = 2 ⋅ √100 + ℎ 2
(𝑇1 + 3 ⋅ 10 −2 ) ⋅ 340 = 2 ⋅ √100 + ℎ 2

30,2 ≅ 2 ⋅ √100 + ℎ 2
ℎ 2 = 15,12 − 100
ℎ ≅ 11,31 𝑚
Gabarito: 11,3 m
Questão 18.
(ITA-2008) Um feixe de luz é composto de luzes de comprimentos de ondas 𝜆 1 e 𝜆 2, sendo 𝜆 1 15%
maior que 𝜆 2. Esse feixe de luz incide perpendicularmente num anteparo com dois pequenos
orifícios, separados entre si por uma distância d. A luz que sai dos orifícios é projetada num
segundo anteparo, onde se observa uma figura de interferência. Pode-se afirmar então, que:

5𝜆1
a) o ângulo de 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) corresponde à posição onde somente a luz de comprimento de onda
𝑑
𝜆 1 é observada.
10𝜆1
b) o ângulo de 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) corresponde à posição onde somente a luz de comprimento de onda
𝑑
𝜆 1 é observada.
15𝜆1
c) o ângulo de 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) corresponde à posição onde somente a luz de comprimento de onda
𝑑
𝜆 1 é observada.
10𝜆2
d) o ângulo de 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) corresponde à posição onde somente a luz de comprimento de onda
𝑑
𝜆 2 é observada.
15𝜆2
e) o ângulo de 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) corresponde à posição onde somente a luz de comprimento de onda
𝑑
𝜆 2 é observada.
Comentários:
Para o experimento de Young, a interferência construtiva ocorre para:

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𝑑 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑛 ⋅ 𝜆
Para a onda 1:
𝑛 ⋅ 𝜆1
𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( )
𝑑
Para a onda 2:
𝑛 ⋅ 𝜆2
𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( )
𝑑
Os pontos de interferência destrutiva são dados por:
𝜆
𝑑 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑛 𝑖 ⋅
2
Onde 𝑛 𝑖 são números ímpares.
Para a onda 1:
𝑛𝑖 ⋅ 𝜆1
𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( )
2 ⋅𝑑
Para a onda 2:
𝑛𝑖 ⋅ 𝜆2
𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( )
2 ⋅𝑑
Para que somente a onda 1 seja visível, ocorre interferência construtiva para a onda 1 e destrutiva
para a onda 2:
𝜆1 𝜆2
𝑛⋅ = 𝑛𝑖 ⋅
𝑑 2⋅𝑑
2 ⋅ 𝑛 ⋅ 1,15 ⋅ 𝜆 2 = 𝑛 𝑖 ⋅ 𝜆 2
2,3 ⋅ 𝑛 = 𝑛 𝑖
Como 𝑛 e 𝑛 𝑖 pertencem aos naturais, 𝑛 deve ser múltiplo de 10. Portanto, se 𝑛 = 10𝑘, observa-
se somente o comprimento de onda 𝜆 1. Assim, a letra B está correta.

Gabarito: B
Questão 19.
(ITA-2007) A figura mostra dois alto-falantes alinhados em fase por um amplificador de áudio na
frequência de 170 Hz. Considere que seja desprezível a variação da intensidade do som de cada
um dos alto-falantes com a distância e que a velocidade do som é de 340 m/s. A maior distância
entre dois máximos de intensidade da onda sonora formada entre os alto-falantes é igual a

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a) 2 m
b) 3 m
c) 4 m
d) 5 m
e) 6 m
Comentários:
Para que ocorra um máximo de intensidade, a diferença de fase entre as ondas deve ser um
número inteiro de comprimentos de onda. Assim:
𝑣
Δ𝑥 = 𝑛 ⋅ 𝜆 = 𝑛 ⋅ = 2 ⋅ 𝑛
𝑓
Portanto, a diferença de caminho entre os máximos é de 2 ⋅ 𝑛 metros, onde 𝑛 pertence aos
naturais.
2⋅𝑛 ≤ 7
𝑛 ≤ 3,5
𝑛=3
Δ𝑥 = 6 𝑚
Gabarito: E
Questão 20.
(ITA-2006) Para se determinar o espaçamento entre duas trilhas adjacentes de um CD, forma
montados dois arranjos:

1. O arranjo da figura (1), usando uma rede de difração de 300 linhas por mm, um LASER e um
anteparo. Neste arranjo, mediu-se a distância do máximo de ordem 0 ao máximo de ordem 1 da
figura de interferência formada no anteparo.
2. O arranjo da figura (2), usando o mesmo LASER, o CD e um anteparo com um orifício para a
passagem do feixe de luz. Neste arranjo, mediu-se também a distância no máximo de ordem 0 ao

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máximo de ordem 1 da figura de interferência. Considerando nas duas situações 𝜃1 𝑒 𝜃2 angulos


pequenos, a distância entre duas trilhas adjacentes do CD é de:
a) 2,7 ⋅ 10 −7 𝑚
b) 3 ⋅ 10 −7 𝑚
c) 7,4 ⋅ 10 −6 𝑚
d) 1,5 ⋅ 10 −6 𝑚
e) 3,7 ⋅ 10 −5 𝑚
Comentários:
Para interferência construtiva em uma rede de difração:
𝑑 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑛 ⋅ 𝜆
Em que:
- 𝑑 é a distância entre dois orifícios;
- 𝜃 é o ângulo entre a direção do feixe e a horizontal;
- 𝑛 é a ordem da franja;
- 𝜆 é o comprimento de onda.
Para a situação 1, utilizando-se 𝑠𝑒𝑛 𝜃1 ≅ 𝑡𝑔 𝜃1:
1 100
⋅ 10 −3 ⋅ = 1 ⋅𝜆
300 500
𝜆 = 6,67 ⋅ 10 −7 𝑚
Portanto, descobriu-se o comprimento de onda do laser. Agora, analisar-se-á a situação 2.
Para interferência construtiva, mantém-se a relação 𝑑 ⋅ 𝑠𝑒𝑛 𝜃 = 𝑛 ⋅ 𝜆. Assim, utilizando-se
novamente a aproximação 𝑠𝑒𝑛 𝜃2 ≅ 𝑡𝑔 𝜃2:
33
𝑑⋅ = 1 ⋅ 6,67 ⋅ 10 −7
74
𝑑 = 1,495 ⋅ 10 −6 𝑚
Gabarito: D
Questão 21.
(ITA-2005) Uma fina película de fluoreto de magnésio recobre o espelho retrovisor de um carro a
fim de reduzir a reflexão luminosa. Determine a menor espessura da película para que produza a
reflexão mínima no centro do espectro visível. Considere que o comprimento de onda 𝜆 =
5500 𝐴, o índice de refração do vidro 𝑛𝑉 = 1,5 e, o da película, 𝑛𝑝 = 1,3. Admita a incidência
luminosa como quase perpendicular ao espelho.
Comentários:
Ocorrem duas reflexões, sendo uma entre o ar e o fluoreto de magnésio e a outra entre o fluoreto
de magnésio de o vidro. Ambas ocorrem com inversão de fase, portanto, ambas as ondas
refletidas estão em fase. Para que ocorra interferência destrutiva:

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𝜆
Δ𝑥 = 𝑛 𝑖 ⋅
2
Para o fluoreto de magnésio:
5500
𝜆= 𝐴
1,3
E, a diferença de caminho é de:
Δ𝑥 = 2 ⋅ 𝑒
Logo:
5500
2 ⋅ 𝑒 = 𝑛𝑖 ⋅
2,6
Para a espessura mínima, 𝑛 𝑖 = 1. Assim:
5500
𝑒= ≅ 1057,7 𝐴
5,2
Gabarito: 1058 A
Questão 22.
(ITA-2004) Na figura F1 e F2 são fontes sonoras idênticas que emitem, em fase, ondas de
frequência f e comprimento de onda 𝜆. A distância d entre as fontes é igual a 3𝜆. Pode-se então
afirmar que a menor distância não nula, tomada a partir de F2, ao longo do eixo x, para a qual
ocorre interferência construtiva, é igual a

a) 4𝜆/5
b) 5𝜆/4
c) 3𝜆/2
d) 2𝜆
e) 4𝜆
Comentários:
Para que ocorra interferência construtiva, a diferença da distância percorrida deve ser um número
inteiro de comprimentos de onda.
𝑑1 − 𝑑2 = 𝑛 ⋅ 𝜆
√𝑥 2 + 𝑑 2 − 𝑥 = 𝑛 ⋅ 𝜆

AULA 07 112
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𝑥 2 + 𝑑 2 = 𝑛2 ⋅ 𝜆2 + 2 ⋅ 𝑥 ⋅ 𝑛 ⋅ 𝜆 + 𝑥 2
𝑑 2 = 𝑛2 ⋅ 𝜆2 + 2 ⋅ 𝑥 ⋅ 𝑛 ⋅ 𝜆
Substituindo 𝑑 = 3 ⋅ 𝜆 e rearranjando:
(9 − 𝑛2 ) ⋅ 𝜆
𝑥=
2⋅𝑛
𝑛 = 0 → 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙
𝑛 = 1 → 𝑥 = 4 ⋅𝜆
5
𝑛=2→𝑥= ⋅𝜆
4
𝑛=3→𝑥=0
𝑛 ≥ 4 → 𝑥 < 0 (𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑣é𝑚)
5
Logo, a menor distância é 𝑥 = ⋅ 𝜆
4

Gabarito: B
Questão 23.
(ITA-2004) Num experimento de duas fendas de Young, com luz monocromática de comprimento
de onda 𝜆, coloca-se uma lâmina delgada de vidro (𝑛 𝑉 = 1,6) sobre uma das fendas. Isto produz
um deslocamento das franjas na figura de interferência. Considere que o efeito da lâmina é alterar
a fase da onda. Nestas circunstâncias, pode-se afirmar que a espessura d da lâmina, que provoca
o deslocamento da franja central brilhante (ordem zero) para a posição que era ocupada pela
franja brilhante de primeira ordem, é igual a:

a) 0,38𝜆 b) 0,60𝜆 c) 𝜆 d) 1,2𝜆 e) 1,7𝜆


Comentários:
Para deslocar-se a franja central, a lâmina de vidro deve gerar uma diferença de fase de 2 ⋅ 𝜋. A
diferença de fase gerada pela lâmina é dada por:
𝑒 𝑒
| − | ⋅ 2 ⋅ 𝜋 = Δ𝜙
𝜆 𝑎𝑟 𝜆 𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜

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E:
𝑛 𝑎𝑟 1
𝜆 𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜 = 𝜆 𝑎𝑟 ⋅ =𝜆⋅
𝑛 𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜 1,6
Assim:
𝑒 𝑒
| − ⋅ 1,6| ⋅ 2 ⋅ 𝜋 = 2 ⋅ 𝜋
𝜆 𝜆
𝑒
⋅ 0,6 = 1 ⇒ 𝑒 = 𝜆 ⋅ 1,67
𝜆
Gabarito: E
Questão 24.
(ITA-2000) Uma lente de vidro de índice de refração 1,6 é recoberta com um filme fino, de índice
de refração 1,3, para minimizar a reflexão de certa luz incidente. Sendo o comprimento de onda
da luz incidente no ar 𝜆𝐴𝑅 = 500 𝑛𝑚, então a espessura mínima do filme é
a) 78 nm
b) 96 nm
c) 162 nm
d) 200 nm
e) 250 nm
Comentários:
Ocorrem duas reflexões, sendo uma entre o ar e o filme e a outra entre o filme e a lente. Ambas
ocorrem com inversão de fase, portanto, ambas as ondas refletidas estão em fase. Para que
ocorra interferência destrutiva:
𝜆
Δ𝑥 = 𝑛 𝑖 ⋅
2
Para o filme:
500
𝜆= 𝐴
1,3
E, a diferença de caminho é de:
Δ𝑥 = 2 ⋅ 𝑒
Logo:
500
2 ⋅ 𝑒 = 𝑛𝑖 ⋅
2,6
Para a espessura mínima, 𝑛 𝑖 = 1. Assim:
500
𝑒= ≅ 96 𝑛𝑚
5,2
Gabarito: B

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Questão 25.
(IME-2020 – 1ª Fase)

Uma fonte luminosa A emite uma luz com comprimento de onda 𝜆 = 500 nm, no vácuo, na direção
de um anteparo localizado em C. Em frente ao espelho localizado em B, encontra-se a película 𝑃1
com índice de refração 𝑛1 = 1,25 e, em frente ao espelho localizado em D, encontra-se uma a
película 𝑃2 com índice de refração 𝑛 2.
Observações:
os espelhos equidistam do centro do anteparo C;
após ser emitido do ponto A, o feixe de luz reflete em direção a B e refrata em direção a D;
após refletir em B, o feixe refrata diretamente em direção a E; e
após refletir em D, o feixe volta a refletir totalmente em C em direção a E.
O menor índice de refração 𝑛 2 para que ocorra interferência totalmente destrutiva para um
observador localizado em E, é
a) 1,00
b) 1,05
c) 1,15
d) 1,20
e) 1,25
Comentários:
Como ambos os feixes refletem duas vezes, a diferença de fase vale:
2𝑑𝐵 2𝑑𝐷
𝛿 = |2𝜋 ⋅ − 2𝜋 ⋅ |=𝜋
𝜆𝐵 𝜆𝐷
Além disso:

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𝜆
𝜆′ =
𝑛
Dessa forma, a primeira equação pode ser simplificada para:
𝜆
|𝑑𝐵 𝑛 𝐵 − 𝑑𝐷 𝑛 𝐷| =
4
Substituindo
|2000𝑛 𝐵 − 2500𝑛 𝐷 | = 125
De onde chegamos a duas solucões:
16𝑛 𝐵 − 1
𝑛𝐷 = = 0,95
20
16𝑛 𝐵 + 1
𝑛𝐷 = = 1,05
20
Como não existe índice de refração menor que um, somente a segunda raiz é válida.

Gabarito: B
Questão 26.
(IME-2020 – 2ª Fase)

A figura mostra um sistema usado em um laboratório de física para demonstrar a difração de luz
por uma fenda. A luz de um laser de comprimento de onda 𝜆 passa por uma fenda de largura d,
formada pelo espaço entre as extremidades de duas barras de comprimento L. A outra
extremidade de cada barra é mantida fixa. Depois de passar pela fenda, a luz incide em uma tela
distante, na qual é observado um padrão de difração formado por regiões claras e escuras.
a) Dado que na tela são observados exatamente 3 mínimos de intensidade luminosa em cada lado
do máximo central de intensidade, determine o intervalo de valores da largura d da fenda que
são compatíveis com essa observação.
b) A temperatura do laboratório normalmente é mantida em 24,0 oC por um aparelho de ar
condicionado. Em um dia no qual o experimento foi realizado com o aparelho de ar condicionado
desligado, observou-se na tela apenas 1 mínimo de intensidade luminosa em cada lado do
máximo central de intensidade, o que foi atribuído à dilatação térmica das barras. Sabendo que o
coeficiente de dilatação linear das barras é 𝛼, determine o intervalo de temperaturas do

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laboratório, no dia em que o aparelho de ar condicionado foi desligado, que são compatíveis com
essa observação.
Dados:
comprimento de onda do laser: 𝜆 = 532 nm;
comprimento de cada barra a 24,0 oC: L = 50 cm;
coeficiente de dilatação linear de cada barra: 𝛼 = 10 −7 𝑜 𝐶 −1
Comentários:
A. O terceiro mínimo ocorre em 2,5𝜆 e o quarto em 3,5𝜆, logo:
2,5𝜆 < 𝑑 sin 𝜃 < 3,5𝜆
No caso limite, o terceiro mínimo ocorre em 𝜃 = 90° (caso contrário outros mínimos seriam
observados).
2,5𝜆 < 𝑑 sin 𝜃 < 3,5𝜆
1,33𝜇𝑚 < 𝑑 < 1,86𝜇𝑚
B. O primeiro mínimo ocorre em 0,5𝜆 e o segundo em 1,5𝜆
0,5𝜆 < 𝑑′ < 1,5𝜆
Além disso:
𝑑 ′ = 𝑑 − 2𝐿𝛼Δ𝑇
0,5𝜆 < 𝑑 − 2𝐿𝛼Δ𝑇 < 1,5𝜆
𝑑 − 0,5𝜆 > 2𝐿𝛼Δ𝑇 > 𝑑 − 1,5𝜆
3,5𝜆 − 0,5𝜆 > 𝑑 − 0,5𝜆 > 2𝐿𝛼Δ𝑇 > 𝑑 − 1,5𝜆 > 2,5𝜆 − 1,5𝜆
3𝜆 𝜆
> Δ𝑇 >
2𝐿𝛼 2𝐿𝛼
15,96°𝐶 > Δ𝑇 > 5,32°𝐶

Gabarito: A. 𝟏, 𝟑𝟑𝝁𝒎 < 𝒅 < 𝟏, 𝟖𝟔𝝁𝒎B. 𝟏𝟓, 𝟗𝟔°𝑪 > 𝚫𝑻 > 𝟓, 𝟑𝟐°𝑪
Questão 27.
Duas fontes pontuais coerentes estão separadas de 2,0 metros e emitem em fase 𝜆 = 0,25 𝑚. Se
um detector se move em um circuito muito grande, com centro no ponto médio das fontes.
Quantos máximos ele detectará?
Comentários:
Considere 𝐹1 e 𝐹2 como sendo as fontes:
𝐹1 𝑃 − 𝐹2 𝑃 = 𝐾 ⋅ 𝜆
Essa diferença de caminho mostra a definição de lugar geométrico de uma hipérbole. Desta
maneira, temos:
𝐾 ⋅ 𝜆 = 2𝑎

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𝜆
𝑎 =𝐾⋅
2

Temos que:
𝜆
𝑎≤1 → 𝐾⋅
≤1
2
Desta maneira, temos:
0,25
𝐾⋅ ≤1
2
𝐾≤8
𝐾=0 → 𝐷𝑢𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑠𝑒𝑐çõ𝑒𝑠
𝐾 = 1,2,3,4,5,6,7 → 𝑄𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑠𝑒𝑐çõ𝑒𝑠
𝐾=8 → 𝐷𝑢𝑎𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑠𝑒𝑐çõ𝑒𝑠
Desta maneira, temos:
𝑁 = 2 + 7 ⋅ 4 + 2 = 32
Gabarito: 32

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Considerações finais

Querido aluno(a),
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Conte comigo,
Vinícius Fulconi

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