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ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Física
2024
Aula 01 – Fenômenos Ondulatórios e
Acústica Exasi
u
Prof. Henrique Goulart

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 1


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ESTRATÉGIA VESTIBULARES

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 4

RESUMO DA AULA ANTERIOR 5

1) FENÔMENOS ONDULATÓRIOS 9

1.1. Reflexão 9
1.1.1 Reflexão de Ondas Planas - Bidimensionais 11
1.1.2 Reflexão em Cordas 13

1.2. Refração 14
1.2.1 Refração em Cordas 18

1.3. Difração 22

1.4. Interferência 24
1.4.1 Interferência Construtiva 24
1.4.2 Interferência Destrutiva 25
1.4.3 Condições de Interferência 28
1.4.4 O Experimento Dupla-Fenda de Thomas Young 29

1.5. Polarização 36

1.6. Efeito Doppler 41

2) ACÚSTICA: ONDAS SONORAS 47

2.1. Espectro Sonoro 47

2.2. Propriedades das Ondas Sonoras 49


2.2.1 Altura e Intensidade 49
2.2.2 Timbre 51

2.3. Fenômenos Sonoros 55


2.3.1 Reflexão de Ondas Sonoras 55
2.3.2 Batimentos 57
2.3.3 Ressonância 59

2.4. Sons e Música 60


2.4.1 Sons em Cordas 60
2.4.2 Sons em Tubos 65
2.4.3 Notas Musicais 72

2.5. Nível de Intensidade Sonora 73

3) RESUMO DA AULA 78

4) LISTA DE EXERCÍCIOS 91

Gabarito 109

5) LISTA DE EXERCÍCIOS RESOLVIDA E COMENTADA 110

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CONSIDERAÇÕES FINAIS 145

VERSÕES DA AULA 146

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 146

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INTRODUÇÃO

Faaaaala, guerreira! Faaaaala, guerreiro! Tudo bem contigo?!

Eu sou o Professor Henrique Goulart, um dos professores de Física aqui do


Estratégia Vestibulares.

Seja muito bem-vindo à nossa Aula 01 do Curso de Física!

Estou muito feliz em ver que você conseguiu vencer todos os tópicos da aula anterior com
sucesso!

Nesta aula, vamos continuar falando sobre Ondulatória, mais especificamente sobre
Fenômenos Ondulatórios, como Reflexão, Refração, Difração, Interferência, Polarização, Efeito
Doppler, entre outros. Além disso, teremos um capítulo específico para falar sobre as Ondas
Sonoras, que são exemplos de ondas Mecânicas longitudinais.

Minha guerreira, meu guerreiro, não esqueça que ao mesmo tempo que você tem este
livro digital, em PDF, você também pode conferir a videoaula!

Ah, também não esqueça que qualquer dúvida pode ser tirada diretamente pelo fórum de
dúvidas!

Ao finalizar esta aula, é esperado que você tenha desenvolvido e adquirido todas as
ferramentas teóricas e práticas e seja capaz de resolver os exercícios específicos da banca da
sua prova de vestibular.

Prepara o café e o chocolate e vem comigo!

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RESUMO DA AULA ANTERIOR

A Física estuda a Natureza de forma idealizada. Além disso, todo conhecimento científico
é metafórico.

O conhecimento é uma conquista pessoal que depende da sua predisposição e esforço,


além de uma orientação qualificada e de um material adequado. E, sim! Qualquer pessoa pode
aprender Física!

“Qualquer pessoa é capaz de aprender Física!”

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A Análise de Proporcionalidade e a Análise Dimensional são as duas ferramentas


essenciais para aprender Física.

Ondulatória é o estudo das ondas e seus fenômenos. Onda é Energia.

Existem ondas Mecânicas, que podem ser longitudinais ou transversais, e ondas


Eletromagnéticas, que são todas transversais.

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Todas as ondas Eletromagnéticas podem ser separadas em sete faixas: Espectro


Eletromagnético.

Grandezas físicas associadas às ondas: Comprimento de Onda, Amplitude, Período,


Frequência e Velocidade de Propagação.

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1) FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

Como vimos na aula anterior, uma onda nada mais é que propagação de Energia. Esta
Energia que se propaga pode sofrer ou causar diversos fenômenos físicos, como ser refletida ao
encontrar um obstáculo, refratada ao trocar de meio, difratada ao contornar um obstáculo, ou se
misturar com outras ondas semelhantes, como no fenômeno da Interferência.

Os principais fenômenos ondulatórios que aparecem em nossas provas são: Reflexão,


Refração, Difração, Interferência, Polarização e Efeito Doppler. Além desses, também
estudaremos, nesta e na próxima aula, outros fenômenos como o Espalhamento, a Dispersão,
Reverberação, Eco e Ressonância.

1.1. Reflexão
Quando uma onda encontra um obstáculo que não permite a propagação da Energia e,
também, não a absorve, ocorre o fenômeno da Reflexão. A Energia incide sobre o obstáculo,
bate e volta, retornando para o mesmo meio no qual se propagava antes.

Embora a onda possa retornar em uma direção diferente da direção incidente, a rapidez
de propagação da onda não se modifica, pois ela continua a se propagar no mesmo meio. Assim,
o Comprimento de Onda, Frequência e Período, também são mantidos.

Esse fenômeno é o responsável pela produção de imagens em espelhos ou superfícies


refletoras de luz, conforme estudaremos mais detalhadamente na nossa próxima aula, sobre
Óptica Geométrica.

Um feixe de luz pode ser representado por um conjunto de raios que se propagam em
linha reta independentemente dos demais. Por exemplo, se o feixe de luz emitido por uma
lanterna for refletido em uma superfície de um espelho, podemos representar este feixe de duas
maneiras: com o uso de raios retilíneos ou pelo uso de frentes de onda. Veja as figuras que
seguem.

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Figura 1: Feixe de luz emitido por uma lanterna sendo refletido por um espelho.

Figura 2: Feixe de luz representado por raios retilíneos.

Figura 3: Feixe de luz representado por frentes de onda.

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Tanto a representação por raios ou por frentes de onda são equivalentes. É importante
perceber que os raios e as frentes são perpendiculares entre si. Além disso, enquanto as frentes
de onda representam as cristas das ondas, os raios de onda indicam a direção e o sentido de
propagação. Dependendo do fenômeno estudado, pode ser mais interessante analisar com uma
ou outra representação, como veremos nos próximos capítulos.

1.1.1 Reflexão de Ondas Planas - Bidimensionais


Quando uma pessoa joga uma pedra na superfície de um lago com águas calmas, uma
parte da Energia Mecânica do impacto se propaga pela superfície, na forma de ondas
transversais com padrão circular, como pode ser representado na figura abaixo.

Figura 4: Formação de ondas circulares na superfície de um líquido (esquerda). Representação por frentes e raios de onda
(direita).

Quando estas ondas encontram um obstáculo, a energia acaba sendo refletida, formando
um padrão que pode ser representado por frentes de onda, conforme apresentado na figura
abaixo.

Figura 5: Ondas circulares sendo refletidas por um obstáculo.

Confira só esse exercício que caiu em uma prova de vestibular que está relacionado a
este contexto, exigindo a ideia de propagação e reflexão de uma frente de onda.

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Exemplo: UNESP 1982

Provoca-se uma perturbação no centro de um recipiente quadrado contendo líquido, produzindo-


se uma frente de onda circular. O recipiente tem 2 m de lado e a velocidade da onda é de 1 m/s.
Qual das figuras abaixo melhor representa a configuração da frente de onda, 1,2 segundos após
a perturbação?

A)

B)

C)

D)

E)

Comentários

Como o recipiente tem 2 m de lado e a onda é criada no centro da figura, há uma distância
de 1 m para ser percorrida pela onda antes desta sofrer reflexão.

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O tempo tomado para a medida do padrão de propagação da onda é de 1,2 s. Levando-


se em conta que a velocidade de propagação da onda é de 1 m/s, a onda estará iniciando o
processo de reflexão. Observe a figura abaixo na qual é representada a propagação da frente
de onda ao longo do tempo.

Note que as duas últimas figuras acima à direita representam a onda já sofrendo o
fenômeno da reflexão. Dessa forma, a figura que mais se aproxima da sequência representada
para a propagação da onda é aquela descrita na alternativa D.

Gabarito: “D”

1.1.2 Reflexão em Cordas


Quando uma onda encontra um obstáculo, como a extremidade de uma corda, ela pode
ser refletida. Existem dois tipos de situações que podem ocorrer: quando a extremidade da corda
está fixa ou quando ela está livre para se mover. No caso da corda com a extremidade fixa,
quando o pulso da onda é refletido, sua forma é invertida e a fase da onda também é invertida.
Em outras palavras, o pulso da onda é "virado de cabeça para baixo" quando é refletido. Isso é
chamado de reflexão com inversão de fase.

Figura 6: Reflexão de um pulso em uma corda com a extremidade fixa.

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A Fase de uma onda é uma característica que é utilizada para indicar se um pulso é para
cima ou para baixo. Por exemplo, a diferença de fase entre uma crista e um vale é de 180°, pois
a crista é o ponto de máxima elongação superior, enquanto o vale é o ponto de máxima
elongação inferior. Veja que a fase pode servir justamente para indicar a posição específica de
um ponto em uma vibração a partir da comparação com um ângulo.

O ponto fixo de vibração impede que a corda vibre. Quando o pulso com fase para cima
atinge este ponto, a corda, ao tentar subir, acaba sendo forçada para baixo. Esta reação do ponto
fixo, resistindo e impedindo o movimento ascendente da corda, acaba invertendo a fase do pulso
refletido.

Por outro lado, quando a corda possui extremidade livre para movimentar-se
transversalmente, como na situação em que a extremidade da corda é presa a um anel, a
reflexão se dá sem inversão de fase. O pulso refletido terá a mesma concavidade do inicial.

Figura 7: Reflexão de um pulso em uma corda com a extremidade livre.

1.2. Refração
A Refração ocorre quando uma onda modifica sua Velocidade ao trocar de meio de
propagação. Como a Velocidade de propagação de uma onda depende das propriedades físicas
e químicas do meio onde ela se propaga, então, quando estas propriedades mudam, sua
Velocidade muda.

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Portanto, uma onda sofre Refração sempre que as propriedades de um meio se


modificarem durante sua propagação. Esta mudança de Velocidade também pode vir
acompanhada de uma mudança de direção de propagação, além de uma mudança de
Comprimento de Onda.

Além disso, é importante mencionar aqui que sempre que uma onda sofre Refração, uma
parte dela sofre Reflexão. Ou seja, quando uma onda troca de meio, uma parte da onda segue
para o meio seguinte e outra parte retorna ao meio incidente. Mesmo assim, nem sempre a parte
refletida da onda é relevante para a solução de um problema. É comum em questões envolvendo
Refração que somente a parte do feixe refratado seja representado.

Sempre que uma onda sofre Refração, também sofre Reflexão. Ou


seja, quando uma onda troca de meio, uma parte da onda segue e
outra parte retorna ao meio incidente.

Nós vimos, na aula anterior, que a relação entre a Velocidade de Propagação, o


Comprimento de Onda e a Frequência de uma onda periódica é dada pela seguinte relação:

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Lembre-se que a Frequência da onda não se modifica na troca de meio, permanecendo


fixa na Refração. Assim, a Velocidade e o Comprimento de Onda se modificarão na mesma
proporção. Se a Velocidade aumentar, o Comprimento de Onda também aumentará na mesma
proporção direta. Se a Velocidade diminuir, o Comprimento de Onda também diminuirá na
mesma proporção direta.

A FREQUÊNCIA de uma onda é uma característica da FONTE, de


forma que ela não sofre qualquer alteração durante a Refração,

F
permanecendo FIXA.
requência
onte
ixa

Se uma onda passa de um Meio 1 para um Meio 2, sofrendo Refração, acaba por
modificar sua V1 e λ1 para uma velocidade V2 e λ2, de forma que a razão entre as velocidades é
igual à razão entre os comprimentos, pois as frequências f 1 e f2 são iguais.

𝑓1 = 𝑓2

𝑉1 𝑉2
=
𝜆1 𝜆2

𝑉1 𝜆1
=
𝑉2 𝜆2

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OBS: No contexto da Ondulatória, o mais importante é que você consiga reconhecer, em


cada contexto, o fenômeno apresentado, conseguindo escrever algumas relações básicas. Em
nossa próxima aula, Aula 02, iremos falar sobre Óptica Geométrica. No contexto da Óptica,
veremos as leis específicas da Reflexão e da Refração (Lei de Snell-Descartes), aprofundando
estes dois fenômenos especificamente, além de verificar outros fenômenos relacionados e todos
os processos de formações de imagens.

Exemplo: UFRRJ 2007

A ilustração a seguir reproduz a figura formada por uma onda estacionária, produzida na
superfície da água colocada em uma cuba. A cuba foi construída de modo que a profundidade
em uma parte é diferente da profundidade na outra parte.

a) Qual a razão 𝑓1 /𝑓2 entre a frequência 𝑓1 da onda na parte 1 da cuba e a frequência 𝑓2 da onda
na parte 2?

b) Com base nas informações contidas na figura, determine a razão 𝑣1 /𝑣2 entre as velocidades
de propagação da onda v1 (na parte 1) e v2 (na parte 2).

Comentários

a)

A Frequência da onda depende somente da fonte que a gerou. Dessa forma, não será
alterada pela profundidade da cuba. Logo, a razão pedida vale 1.

𝑓1
=1
𝑓2

b)

Perceba que o comprimento de onda na parte 1, 𝜆1 , vale 2 cm, e o comprimento de onda


na parte 2, 𝜆2 , vale 1,5 cm.

Assim, podemos escrever:

𝑉1 𝜆1
=
𝑉2 𝜆2

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𝑉1 2 4
= =
𝑉2 1,5 3

Gabarito: “a) 1. b) 4/3.”

1.2.1 Refração em Cordas


A Velocidade de propagação de uma onda transversal em uma corda, conforme vimos na
aula anterior, é dada pela Equação de Taylor, sendo diretamente proporcional à raiz quadrada
da Força Tensora e inversamente proporcional à raiz quadrada da Densidade Linear da corda.

A Densidade Linear indica a quantidade de Massa por unidade de comprimento, em kg/m,


conforme a relação abaixo.

𝑚
𝜇𝐿 =
𝐿
Quanto mais forte a corda estiver tensionada e menos massa por unidade de
comprimento, mais rapidamente ondas se propagam nela.

Considere uma corda, de Massa Específica constante ao longo de seu comprimento,


seção reta constante, massa 𝑚 e comprimento 𝐿. Ao ser submetida a uma Força Tensora T,
teremos a Velocidade de propagação dada pela Equação de Taylor.

𝑇
𝑉=√
𝜇𝐿
Quando um pulso ou uma onda que se propaga em uma corda passa para outra corda,
com diferente Densidade Linear, temos a Refração, com a mudança da Velocidade de
propagação. Além disso, lembre-se que, quando uma onda sofre Refração, uma parte dela
também sofre Reflexão.

Para o caso em que uma corda está conectada na outra, a Força Tensora é igual em
ambas. Entretanto, na corda de MAIOR Densidade Linear, a Velocidade é menor. Da mesma
forma, na corda de menor Densidade Linear, a Velocidade é MAIOR.

Teremos duas situações possíveis: a Refração ocorrer a partir da corda com menor
Densidade Linear, ou a partir da corda com maior Densidade Linear, conforme apresentado na
Figura 8 e na Figura 9, na sequência.

Quando um pulso transversal produzido em uma corda de menor Densidade Linear atinge
o ponto de ligação com outra corda, de Densidade maior, ocorre, SIMULTANEAMENTE, a
formação de um pulso refletido e de um pulso refratado. A Reflexão ocorre com inversão de fase
e a Refração ocorre sem a inversão de fase. Veja a Figura 8.

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A corda com maior Densidade Linear é a mais grossa, indicada pela cor azul.

Neste caso, o pulso sofre uma resistência ao passar da corda com menor para a de maior
Densidade Linear, fazendo com que o pulso refletido sofra a inversão de Fase.

Figura 8: Pulso refratado a partir de uma corda com menor Densidade Linear.

Quando um pulso transversal produzido em uma corda de maior Densidade Linear atinge
o ponto de ligação com outra corda, de menor Densidade Linear, ocorre, SIMULTANEAMENTE,
a formação de um pulso refletido e de um pulso refratado. A Reflexão ocorre sem inversão de
fase, assim como a Refração. Veja a Figura 9.

Figura 9: Pulso refratado a partir de uma corda com maior Densidade Linear.

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Já neste caso, o pulso não sofre resistência ao passar da corda com maior para a de
menor Densidade Linear, fazendo com que o pulso refletido mantenha a mesma Fase do pulso
incidente.

Exemplo: UFRGS 2011

Uma corda é composta de dois segmentos de densidades de massa bem distintas. Um pulso é
criado no segmento de menor densidade e se propaga em direção à junção entre os segmentos,
conforme representa a figura abaixo.

Assinale, entre as alternativas, aquela que melhor representa a corda quando o pulso refletido
está passando pelo mesmo ponto x indicado no diagrama acima.

A)

B)

C)

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D)

E)

Comentários

Em cordas com diferentes Densidades, o pulso que se propaga pela primeira corda sofrerá
Refração ao atingir a corda mais densa, sendo parcialmente refletido.

A parte do pulso que refrata passa com mesma fase. Porém, a parte do pulso que é
refletida sofre uma inversão de Fase.

Esta inversão de Fase ocorre porque o pulso incide a partir de uma corda com menor
Densidade Linear, de forma que, ao atingir o ponto em que a corda de maior Densidade Linear
começa, ele sofre uma resistência à vibração, refletindo parcialmente o pulso como se fosse um
ponto fixo de vibração.

Até aqui, podemos eliminar as alternativas A e B.

Para destacar a alternativa correta entre as três que sobraram, precisamos saber que a
Velocidade de propagação de um pulso transversal em uma corda é inversamente proporcional
à raiz quadrada da Densidade Linear, conforme a Equação de Taylor:

𝑇
𝑉=√
𝜇𝐿

Assim, a parte do pulso refletida que se propaga pela corda de menor Densidade Linear
tem maior Velocidade que a parte do pulso refratada, que, por se propagar em uma corda com
maior Densidade Linear, tem menor Velocidade de propagação, de forma que, quando o pulso
refletido passa novamente pela posição X, o pulso refratado se deslocou menos, estando mais
próximo do ponto de conexão entre as cordas.

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A Velocidade de propagação também depende da Força Tensora na corda. Como as


cordas estão presas uma na outra, então ambas estão submetidas à mesma tensão.

Gabarito: E

1.3. Difração
A Difração se caracteriza pela deformação de uma frente de onda ao contornar um
obstáculo. Quando uma onda encontra um obstáculo e o contorna, sua frente de onda pode
sofrer uma mudança significativa, característica deste fenômeno.

Se um trem de ondas planas, representado por suas frentes de onda, atinge um obstáculo
que possui uma fenda, a parte da onda que passa pela fenda acaba sofrendo uma mudança no
formato da frente de onda que, de plana, passa a ser curvada. Veja a figura abaixo.

Figura 10: Difração de um trem de ondas planas ao passar por uma fenda.

Este efeito é observado, por exemplo, em ondas do mar que passam entre duas ilhas, ou
em um trem de ondas que passa por baixo de uma ponte ou viaduto, como apresentado na
Figura 11. Observe o padrão arredondado que se forma logo depois das ondas saírem da
abertura abaixo da ponte.

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A Difração também ocorre quando uma onda contorna um obstáculo, passando por um
canto, uma borda, ou passando ao seu redor.

Um detalhe importante sobre este fenômeno é que ele sempre ocorre quando uma onda
passa por um obstáculo. Mas, nem sempre ele é perceptível. Quanto mais o tamanho do
obstáculo for comparável, em ordem de grandeza, com o Comprimento de Onda da onda, mais
evidente fica o fenômeno, podendo ser facilmente detectável.

Por exemplo, se uma onda de Rádio de comprimento igual a 100m passa por um poste,
contornando-o, pouco se percebe a possível deformação na frente de onda. Já se for o caso de
um feixe de Laser, de comprimento igual a 500nm, ao passar por um fio de cabelo, que tem cerca
de cerca de 0,5μm, o efeito pode ser facilmente percebido poucos metros após o obstáculo.

Figura 11: Difração de ondas a passar por baixo de uma ponte.

O forno de Micro-ondas, para não deixar as Ondas Eletromagnéticas saírem pelo vidro da
porta, por onde a pessoa pode olhar o alimento enquanto esquenta, tem uma grade metálica
cheia de orifícios.
Os diâmetros dos orifícios medem cerda de 2mm. O interessante desta media é o de que ela
é bem menor que os 12cm do Comprimento de Onda das Micro-ondas utilizadas para o
aquecimento dos alimentos, o que impossibilita sua passagem pela grade.
Entretanto, esse diâmetro é muito maior que o Comprimento de Onda da luz Visível, que
difrata e passa pelos orifícios, possibilitando a visualização através do vidro da porta do forno.

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Assim, podemos afirmar, de modo geral:

• Quanto maior for o Comprimento de Onda, mais capaz uma onda é de contornar um
obstáculo.

• Quanto mais próximo o tamanho do obstáculo for do Comprimento de Onda, mais


perceptível fica o fenômeno.

• No caso de uma fenda ou orifício, se ele for muito menor que o Comprimento de Onda,
podemos considerar este orifício uma barreira fechada.

Além disso, como a onda difratada somente deforma sua frente de onda, sua Velocidade
de propagação, Comprimento de Onda e Frequência permanecem inalteradas.

Figura 12: Trem de ondas passando por uma fenda bem maior que seu Comprimento de Onda (esquerda); comparável ao seu
Comprimento de Onda (centro); e semelhante ao seu Comprimento de Onda (direita).

1.4. Interferência
Quando dois ou mais pulsos de ondas de mesma natureza se encontram e se cruzam, se
forma no local, uma onda resultante da superposição desses pulsos, resultado da Interferência
entre eles.

1.4.1 Interferência Construtiva


Imagine dois pulsos em uma corda se movendo em direções opostas, cada um com a
mesma largura, mas amplitudes diferentes: 𝐴1 e 𝐴2 , onde 𝐴1 é maior que 𝐴2 . Quando os dois
pulsos se encontram, eles se somam e criam uma onda resultante com uma nova amplitude, 𝐴,
que é a soma das amplitudes dos pulsos individuais.

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Assim, quando os dois pulsos se sobrepõem, cada ponto da corda é afetado pela soma
das elongações que cada pulso produziria sozinho nesse ponto. A crista resultante da onda tem
uma amplitude maior do que qualquer um dos pulsos individuais. Esse é o caso chamado de
Interferência Construtiva.

Após o encontro dos pulsos, cada um continua a se propagar pela corda como se o outro
pulso nunca tivesse existido, sem nenhuma alteração em sua forma ou velocidade. Esse
comportamento se explica pelo Princípio da Independência da Propagação Ondulatória, que diz
que as ondas não afetam umas às outras quando se propagam no mesmo meio.

1.4.2 Interferência Destrutiva


Quando dois pulsos se encontram em oposição de fase em uma corda, cada ponto da
região de superposição será igual à diferença das elongações que cada pulso produziria sozinho
nesse ponto. A amplitude resultante também será igual à diferença das amplitudes individuais
desses pulsos. Isso é chamado de Interferência Destrutiva.

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É importante notar que, se os dois pulsos tiverem a mesma amplitude, 𝐴1 = 𝐴2, a


amplitude resultante da interferência entre eles será nula no ponto de encontro. Isso não é um
problema, pois os pulsos continuam a se propagar normalmente após a superposição, sem
nenhuma alteração em suas propriedades particulares, como se o encontro nunca tivesse
acontecido.

Exemplo: FAMERP 2017

Dois pulsos transversais, 1 e 2, propagam-se por uma mesma corda elástica, em sentidos
opostos, com velocidades escalares constantes e iguais, de módulos 60 𝑐𝑚/𝑠. No instante 𝑡 =
0, a corda apresenta-se com a configuração representada na figura 1.

Após a superposição desses dois pulsos, a corda se apresentará com a configuração


representada na figura 2.

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Considerando a superposição apenas desses dois pulsos, a configuração da corda será a


representada na figura 2, pela primeira vez, no instante

A) 2,5 s.

B) 1,0 s.

C) 1,5 s.

D) 3,0 s.

E) 2,0 s.

Comentários

Na figura 2 ocorre a Interferência Destrutiva entre o vale do pulso 1 e a crista do pulso 2.


Note que, inicialmente, a distância entre o vale do pulso 1 e a crista do pulso 2 é de 120 𝑐𝑚.

Isso significa que cada pulso terá que percorrer uma distância de 60 𝑐𝑚 até que seus
pontos de máxima elongação (vale e crista) se alinhem. Sabemos que a Velocidade de cada
pulso é de 60 𝑐𝑚/𝑠.

Com isso, o tempo até que a configuração apresentada na Figura 2 ocorra é de 1 𝑠, como
podemos conferir no cálculo abaixo:

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𝑑
𝑉=
𝑡
60
60 =
𝑡
60
𝑡= =1𝑠
60
Gabarito: B.

1.4.3 Condições de Interferência


A Interferência Construtiva ocorre quando, em um mesmo ponto, duas ondas se
sobrepõem com mesmas fases, somando suas amplitudes, formando uma onda resultante mais
ampla.

Vamos supor que duas ondas partem de pontos distintos, produzidas por duas fontes
coerentes, F1 e F2, que emitem ondas idênticas, com iguais frequências e amplitudes iniciais,
viajando em um mesmo meio e tendo, assim, iguais comprimentos de onda, mas que irão se
encontrar e produzir Interferência no ponto P após percorrerem as distâncias d 1 e d2, conforme
a Figura 13.

A Interferência será construtiva no ponto P quando ocorrer a superposição das cristas


ou dos vales das ondas. Assim, a diferença de caminho ∆𝐿 = |𝑑1 − 𝑑2 | percorrido pelas ondas
deve ser igual a um múltiplo inteiro do Comprimento de Onda λ. Assim, podemos escrever a
seguinte relação:

∆𝐿 = 𝑁º𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 ⋅ 𝜆

Figura 13: Ondas idênticas emitidas por duas fontes causando Interferência no ponto P.

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A diferença entre as distâncias percorridas por cada onda até o ponto P deve ser igual a
um múltiplo inteiro (1, 2, 3, 4, 5...) de Comprimento de Onda para que ocorra a superposição de
duas cristas e dois vales, produzindo a Interferência construtiva. Ou seja, uma das ondas pode
se atrasar ou se adiantar em relação à outra uma distância igual a exatamente um Comprimento
de Onda, de forma que elas coincidam suas cristas e seus vales.

A Interferência será destrutiva no ponto P quando ocorrer a superposição da crista de


uma onda com o vale da outra. Assim, a diferença de caminho ∆𝐿 = |𝑑1 − 𝑑2 | percorrido pelas
ondas deve ser igual a um múltiplo inteiro ímpar e maior que zero, da metade do Comprimento
de Onda λ. Assim, podemos escrever a seguinte relação:

𝜆
∆𝐿 = 𝑁º𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 ⋅
í𝑚𝑝𝑎𝑟 2
Veja que, neste caso, a diferença entre as distâncias percorridas por cada onda até o
ponto P deve ser igual a um múltiplo inteiro ímpar e maior que zero (1, 3, 5, 7...) de metade de
Comprimento de Onda para que ocorra a superposição da crista de uma onda com o vale da
outra, produzindo a Interferência destrutiva. Ou seja, uma das ondas pode se atrasar ou se
adiantar em relação à outra uma distância igual a exatamente meio Comprimento de Onda, ou
um e meio, ou dois e meio, etc., de forma que elas coincidam a crista de uma com o vale da
outra.

Se definirmos 𝑛 = 0, 1, 2, 3, 4, 5 …, então podemos escrever estas relações mais


formalmente:

𝜆
∆𝐿𝐼𝑛𝑡.𝐶𝑜𝑛𝑠 = 𝑛 ⋅ 𝜆 ∆𝐿𝐼𝑛𝑡.𝐷𝑒𝑠𝑡 = (2 ⋅ 𝑛 + 1) ⋅
2

1.4.4 O Experimento Dupla-Fenda de Thomas Young


Em 1801, Thomas Young foi capaz de demonstrar o fenômeno da Interferência luminosa.
Em seu ensaio foram usados três anteparos. No primeiro havia uma fenda, no qual ocorria a
primeira Difração de luz monocromática (única cor e Frequência pura). No segundo anteparo,
novas difrações ocorriam em duas fendas posicionadas lado a lado. A luz, que já chegava em
fase, fazia com que as fendas pudessem ser consideradas fontes coerentes, já que eram
atravessadas por uma mesma frente de onda.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 29


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Figura 14: Representação do experimento de Young e a formação de franjas claras e escuras no anteparo III.

Este experimento foi extremamente importante para a história da Ciência por mostrar que
a luz, como já se suspeitava, era Onda Eletromagnética, pois sofria fenômenos ondulatórios
como os da Difração e Interferência.

Após passar pela dupla-fenda, cada parte de frente de onda emerge de cada fenda
difratada, superpondo-se com a parte que emergiu da outra fenda e produzindo uma região de
Interferência até chegar ao terceiro anteparo, onde se pode observar franjas claras e escuras,
relativas às regiões de Interferência construtiva e de Interferência destrutiva, respectivamente.

Este mesmo efeito pode ser obtido em uma superfície líquida, com o uso de duas hastes
ou dois dedos, ao se perturbar duas regiões próximas simultaneamente. Cada onda produzida
em cada haste (ou dedo) acaba se superpondo à outra, formando na superfície um padrão
resultante de Interferência, com faixas bem definidas de Interferência construtiva intercaladas
com faixas de Interferência destrutiva.

Nas regiões de Interferência construtiva, temos a superfície com maior Amplitude de


vibração, enquanto que nas regiões onde as ondas se encontram com fases opostas, a
Amplitude fica nula. Veja a Figura 15.

Ao se incidir um feixe de Laser por um obstáculo, como um fio de cabelo, também se


consegue este mesmo efeito. Cada parte do feixe que passa de cada lado do cabelo se difrata,
deformando e desviando sua frente de onda sobre a do outro, formando uma região de
Interferência logo após o obstáculo, com pontos de máximos e mínimos intercalados. Veja a
Figura 16.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 30


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Figura 15: Interferência na superfície de um líquido.

Neste caso do Laser contornando um obstáculo, não posso deixar de destacar o fato de
que a região com maior intensidade é justamente aquela que está exatamente atrás do
obstáculo, onde o esperado seria a formação de uma sobra. Porém, a difração faz com que a
sombra atrás do obstáculo dê lugar a uma região de Interferência construtiva, formando um
máximo de intensidade.

Figura 16: Representação por frentes de onda de um feixe de Laser sofrendo Difração e Interferência.

Os pontos de máximo e mínimo são as posições centrais das franjas ou faixas onde são
produzidas as interferências construtivas e destrutivas, respectivamente.

A posição destes pontos se dá a partir da diferença de caminho que cada frente de onda
percorre até o respectivo ponto, conforme as condições de Interferência que vimos na seção
anterior.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 31


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Figura 17: Esquema representativo do experimento de dupla-fenda.

A diferença de caminho de cada frente de onda que passa por cada fenda irá depender
da distância entre as fendas a do ângulo θ medido em relação à direção que liga o ponto médio
entre as fontes e o anteparo.

a
x

Figura 18: Diferença de caminho para um ponto de máximo ou mínimo de Interferência.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 32


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Assim, podemos escrever as seguintes relações:

𝑥 ∆𝐿
tan 𝜃 = sen 𝜃 = ∆𝐿 = 𝑎 ⋅ sen 𝜃
𝐷 𝑎
A partir das condições de Interferência construtiva e destrutiva, ficamos:

𝜆
∆𝐿𝐼𝑛𝑡.𝐶𝑜𝑛𝑠 = 𝑛 ⋅ 𝜆 ∆𝐿𝐼𝑛𝑡.𝐷𝑒𝑠𝑡 = (2𝑛 + 1) ⋅
2
Onde ∆𝐿 = |𝑑1 − 𝑑2 | e 𝑛 = 0, 1, 2, 3, 4, 5 …

Pontos de Interferência construtiva: 𝑎 ⋅ sen 𝜃 = 𝑛 ⋅ 𝜆

𝜆
Pontos de Interferência destrutiva: 𝑎 ⋅ sen 𝜃 = (2𝑛 + 1) ⋅
2

Experimento de Dupla-Fenda de Young

Pontos de Interferência construtiva:


∆𝑳𝑰𝒏𝒕.𝑪𝒐𝒏𝒔 = 𝒂 ⋅ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 = 𝒏 ⋅ 𝝀

Pontos de Interferência destrutiva:


𝝀
∆𝑳𝑰𝒏𝒕.𝑫𝒆𝒔𝒕 = 𝒂 ⋅ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 = (𝟐𝒏 + 𝟏) ⋅
𝟐

Onde ∆𝑳 = |𝒅𝟏 − 𝒅𝟐 | e 𝒏 = 𝟎, 𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓 …

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 33


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: UFRGS 2018

A figura I, abaixo, representa esquematicamente o experimento de Young. A luz emitida pela


fonte F, ao passar por dois orifícios, dá origem a duas fontes de luz 𝐹1 e 𝐹2 , idênticas, produzindo
um padrão de interferência no anteparo A. São franjas de interferência, compostas de faixas
claras e escuras, decorrentes da superposição de ondas que chegam no anteparo.

A figura II, abaixo, representa dois raios de luz que atingem o anteparo no ponto P. A onda
oriunda do orifício 𝐹1 percorre uma distância maior que a onda proveniente do orifício 𝐹2 . A
diferença entre as duas distâncias é Δ𝐿.

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do enunciado abaixo, na ordem em


que aparecem.

Se, no ponto P, há uma franja escura, a diferença Δ𝐿 deve ser igual a um número .........................
de comprimentos de onda.

No ponto central O, forma-se uma franja .............................. decorrente da interferência


.............................. ondas.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 34


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

A) Inteiro – escura - destrutiva

B) Inteiro – escura - construtiva

C) Inteiro – clara - construtiva

D) semi-inteiro – escura - destrutiva

E) semi-inteiro – clara - construtiva

Comentários

As franjas escuras são fruto de Interferências destrutivas ocorridas entre as ondas


oriundas dos orifícios 𝐹1 e 𝐹2 . Lembre-se que, para que a interferência seja destrutiva, a diferença
de caminho entre as fontes deve ser proporcional a um número inteiro ímpar de metade do
Comprimento de Onda 𝜆/2, conforme a equação abaixo.

𝜆
∆𝐿 = 𝑁º𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 ⋅
í𝑚𝑝𝑎𝑟 2

𝜆
∆𝐿𝐼𝑛𝑡.𝐷𝑒𝑠𝑡 = (2𝑛 + 1) ⋅
2

Perceba que um número inteiro ímpar dividido por dois será sempre um semi-inteiro.
Assim, podemos escrever:

𝑁º𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜
𝜆 í𝑚𝑝𝑎𝑟
∆𝐿 = 𝑁º𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 ⋅ = ⋅ 𝜆 = 𝑁º𝑠𝑒𝑚𝑖−𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 ⋅ 𝜆
í𝑚𝑝𝑎𝑟 2 2

Então, se, no ponto P, há uma franja escura, a diferença Δ𝐿 deve ser igual a um número
semi-inteiro de comprimentos de onda.

Já no ponto central O, forma-se uma franja clara decorrente da interferência construtiva


entre as ondas, pois, com a diferença de caminho Δ𝐿 = 0, ambas ondas chegam no ponto O com
mesma fase, formando um ponto de máximo.

Gabarito: “E”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 35


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

1.5. Polarização
Até agora, falamos sobre os fenômenos da Reflexão, da Refração, Difração e
Interferência. Todos esses fenômenos podem acontecer com qualquer tipo de onda, de qualquer
natureza. A Polarização é o único fenômeno ondulatório que não ocorre com todas as ondas.
Todas as ondas eletromagnéticas podem ser polarizadas, mas somente algumas ondas
mecânicas também podem, pois somente ondas transversais podem ser polarizadas.

Somente ondas TRANSVERSAIS podem sofrer POLARIZAÇÃO!

Ondas Sonoras não podem ser polarizadas, pois são longitudinais.

Enquanto as ondas de Rádio, Micro-ondas, Infravermelho, Luz Visível, Ultravioleta, Raios


X e Raios Gama podem ser polarizadas, somente as ondas mecânicas transversais também
podem. Ondas Sonoras não podem ser polarizadas, pois são exemplos de ondas mecânicas
longitudinais.

A Polarização é um fenômeno ondulatório associado à seleção de uma direção de


vibração transversal. Uma onda transversal não polarizada tem vibração em todas as direções
de forma aleatória. Uma onda polarizada é aquela que somente apresenta uma direção de
vibração. Ou seja, polarizar uma onda não polarizada significa selecionar uma direção de
vibração transversal para ela.

Fontes luminosas, como o Sol, lâmpadas e lanternas, emitem Luz não polarizada, que
vibra em todas as direções de forma aleatória. Pode-se utilizar um filtro polarizador que acaba
por deixar somente uma destas direções passar. Veja a Figura 19.

Figura 19: Luz sendo polarizada ao passar por um filtro polarizador.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 36


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Filtros polarizadores são amplamente utilizados para fotografia e em óculos com lente
antirreflexo. Na fotografia, os filtros são acoplados na frente da lente, enquanto que, nos óculos,
eles são integrados às lentes.

O uso desses polarizadores tem a finalidade de reduzir a quantidade de luz que entra na
câmera ou passa pelos óculos, principalmente o excesso de luz que pode ser refletida em
superfícies claras, como em líquidos, concreto ou neve. Isso é possível porque, ao sofrer
Reflexão, a luz fica parcialmente polarizada, possibilitando sua absorção.

Figura 20: Fotos sem e com filtro polarizador.

Na Figura 20, perceba que, com um filtro polarizador, consegue-se reduzir o excesso de
luz causado pela Reflexão. Os filtros acoplados em câmeras estão mostrados na Figura 21.

Filtros polarizadores acoplados a câmeras fotográficas são bastante utilizados por repórteres,
fotógrafos de celebridades e agentes policiais. Estes filtros podem ajudar a observar um alvo,
objeto ou pessoa através de vidros, como os de para-brisas de automóveis. Quando a luz
passa pelo vidro frontal de um carro, ela é parcialmente refletida. Esta luz refletida, além de
ser, também, parcialmente polarizada, acaba ofuscando a visibilidade de fora para dentro do
veículo. Com um polarizador, o agente, ou fotógrafo, gira o filtro até absorver boa parte da luz
refletida, melhorando a visibilidade para dentro do veículo.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 37


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Figura 21: Filtro polarizadores para câmeras fotográficas.

Cada filtro polarizador tem uma direção de polarização, na qual ele não absorve a onda,
deixando-a passar. Todas as outras direções são absorvidas.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 38


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Uma onda não polarizada, ao atravessar um filtro alinhado verticalmente, tem somente
sua direção vertical passando. Se o filtro estiver alinhado horizontalmente, somente a direção
horizontal de vibração é a que passa. Se ele estiver inclinado, uma parte da componente
horizontal e uma parte da componente vertical passam simultaneamente.

Nesta hora você deve estar se perguntando: hum! Então se eu pegar dois polarizadores,
colocar um na vertical e o outro na horizontal, a luz não vai passar? EXATAMENTE!!!

Se combinarmos dois polarizadores perpendiculares entre si, podemos absorver


completamente a luz, pois o primeiro irá deixar passar somente uma componente de vibração
que será totalmente absorvida pelo segundo filtro, alinhado perpendicularmente ao primeiro. Veja
a Figura 22.

Figura 22: Dois filtros polarizadores absorvendo completamente uma luz não polarizada.

Se você não acredita, então eu te espero na videoaula, onde eu faço uma demonstração
utilizando um óculos com lente polarizada e um filtro de câmera fotográfica!

Prepara o café e o chocolate e vem comigo!

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 39


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: ENEM 2016

Nas rodovias, é comum motoristas terem a visão ofuscada ao receberem a luz refletida na água
empoçada no asfalto. Sabe-se que essa luz adquire polarização horizontal. Para solucionar esse
problema, há a possibilidade de o motorista utilizar óculos de lentes constituídas por filtros
polarizadores. As linhas nas lentes dos óculos representam o eixo de polarização dessas lentes.

Quais são as lentes que solucionam o problema descrito?

A)

B)

C)

D)

E)

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 40


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Comentários

O Sol emite luz não polarizada, com direções aleatórias de vibração transversal.

Quando a luz do sol é refletida por uma superfície como a de uma poça de água, a parte
do feixe que é refletida fica polarizada parcialmente ou totalmente na direção paralela à
superfície.

A luz polarizada horizontalmente, como indicado no enunciado, pode ser absorvida por
um filtro polarizador da lente de um óculos de sol que esteja orientado perpendicularmente à
direção da polarização da luz incidente.

Assim, um óculos com seu filtro orientado verticalmente irá absorver, não deixando
passar, todas as luzes polarizadas horizontalmente.

Gabarito: “A”

1.6. Efeito Doppler


O Efeito Doppler se trata de um fenômeno ondulatório que causa uma mudança no valor
da Frequência percebida por um receptor quando existe um movimento relativo dele com a fonte
de ondas.

Este fenômeno é bastante perceptível no dia-a-dia e possui diversas aplicações


tecnológicas. Ele é utilizado desde a Astronomia até a Medicina, além de radares e em
equipamentos de telecomunicação.

Sempre que uma fonte emite ondas com determinada Frequência, um receptor ou detector
receberá ondas com esta mesma Frequência somente se ele não se mover em relação a esta
fonte. Se a fonte e o receptor estiverem se afastando, a Frequência percebida será menor que a

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 41


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

emitida pela fonte. Se a fonte e o receptor estiverem se aproximando, a Frequência percebida


será, então, maior que a emitida pela fonte.

Figura 23: Efeito Doppler.

Este fenômeno ocorre com qualquer tipo de onda, desde ondas sonoras até ondas
eletromagnéticas.

Um detalhe importante a se destacar aqui, é que esta diferença entre a Frequência emitida
e a detectada é acentuada quanto maior for a velocidade relativa fonte-receptor quando
comparada com a Velocidade propagação da onda. Ou seja, em velocidades cotidianas, de
carros e aviões, por exemplo, podemos perceber o Efeito Doppler com as ondas sonoras, mas
não percebemos qualquer efeito para as ondas luminosas, pelo fato de as ondas
eletromagnéticas terem velocidades muito maiores que as velocidades relativas desses veículos.

O Efeito Doppler com as ondas sonoras é facilmente percebido quando veículos, como
carros de som, veículos que emitam sirene, como ambulâncias e corpo de bombeiros, e até
mesmo veículos com motores barulhentos, passam por nós. O som que percebemos quando o
veículo se aproxima muda quando o veículo se afasta. Quanto mais rapidamente o veículo se
move ao passar por nós, mais acentuado fica o efeito, como podemos perceber com aviões e
carros de Fórmula 1, que fazem aquele característico “INHÓUM” quando passam.

Esse “INHÓUM” se caracteriza pela mudança da Frequência no Som percebido, que é


maior na aproximação, fazendo o “INH”, e menor no afastamento, mudando para um “ÓUM”.

Velocidades cotidianas são comparáveis à Velocidade das ondas sonoras, o que torna o
fenômeno evidente. O Efeito Doppler da Luz somente se torna evidente quando as velocidades
relativas fontes-receptores são comparáveis à Velocidade de Luz. Com equipamentos
eletrônicos bem sensíveis, como os que são utilizados em radares, por exemplo, pode-se medir
o Efeito Doppler com ondas eletromagnéticas.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 42


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Caso o Efeito Doppler da Luz fosse perceptível e evidente em nosso dia-a-dia, assim como
o Som muda quando um veículo passa por nós, perceberíamos esses veículos mudando de cor!
Um carro amarelo poderia parecer mais azulado na aproximação e mudaria para avermelhado
no afastamento! Seria louco! Hahahaha

Entretanto, este efeito é evidente quando estudamos o Universo. Ao se observar estrelas


com características semelhantes ao nosso Sol, que é, aparentemente branco-amarelado,
percebemos um desvio das frequências de todas as ondas eletromagnéticas emitidas por uma
estrela em afastamento para frequências menores do que o padrão esperado. Este caso é
chamado de “desvio para o Vermelho”, ou Redshift, em inglês. O efeito oposto ocorre se a estrela
estiver se aproximando. Daí o efeito é chamado de “desvio para o azul”, ou Blueshift, em inglês.

A partir da diferença entre as frequências originais e detectada, se consegue medir a


Velocidade relativa do objeto em relação a nós. Este princípio é utilizado na Astronomia para
determinação de velocidades de estrelas, galáxias e estudar a rotação de massas de gás e
poeira cósmica.

No início do século XX, Vesto Slipher (1875 – 1969) investigou e mediu os espectros de mais
de 40 galáxias, constatando que eles apresentavam um desvio para o vermelho.
Alguns anos depois, Milton Humason (1891 – 1972) e Edwin Hubble (1889 – 1953)
determinaram distâncias de algumas nebulosas e acabaram constatando que, quanto mais
distante estava a galáxia na qual a nebulosa pertencia, mais acentuado era o desvio para o
vermelho. Ou seja, quanto mais distante, mais rapidamente a galáxia se afastava de nós.
Esta Velocidade de recessão é chamada, hoje, de Constante de Hubble, que é a constante
de proporcionalidade que relaciona diretamente a Velocidade relativa com a Distância. Esta
relação é chamada de Lei de Hubble.
Esta conclusão foi feita por um cientista chamado de Georges Lemaitre (1894 – 1966), que
propôs a Teoria do Big Bang, que descreve a evolução e expansão do Universo.
Portanto, é a partir do Efeito Doppler que sabemos que o Universo está em expansão!

Em radares, como os radares móveis que são utilizados por policiais ou fiscais de trânsito,
utilizam um sinal de Micro-ondas que atinge o veículo, sofrendo Reflexão. Ao refletir o sinal
eletromagnético, o veículo se comporta como uma fonte emissora (de ondas refletidas), de forma
que o sinal que retorna ao aparelho de radar corresponde a uma Frequência relativa ao
movimento relativo fonte (automóvel) e receptor (aparelho de radar).

Se o veículo estiver em repouso, a Frequência da onda refletida será a mesma da onda


emitida inicialmente pelo aparelho. Veja a Figura24.

Se o veículo estiver se aproximando do radar, a Frequência da onda refletida será maior


que a da onda emitida inicialmente pelo aparelho. Veja a Figura 25.

E, se o veículo estiver se afastando do radar, a Frequência da onda refletida será menor


que a da onda emitida inicialmente pelo aparelho. Veja a Figura 26.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 43


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

A diferença entre as frequências emitida e recebida pelo aparelho de radar, o equipamento


calcula a velocidade relativa entre o equipamento e o veículo. Se a Velocidade medida for acima
da permitida pela via, o mesmo aparelho ainda tira uma fotografia, registrando a Velocidade e
identificação do veículo.

Figura 24: Frequência refletida por um corpo em repouso é igual à Frequência do radar.

Figura 25: Frequência refletida por um corpo em aproximação é maior que a Frequência do radar.

Figura 26: Frequência refletida por um corpo em afastamento é menor que a Frequência do radar.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 44


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

As equações para o Efeito Doppler para as ondas sonoras e para as ondas


eletromagnéticas são raramente exigidas em provas. Embora a chance de aparecer em nossas
provas seja muito pequena, é melhor garantir!

Efeito Doppler para o Som: relação entre a Frequência detectada pelo observador ou
receptor fo, a Velocidade das ondas sonoras no meio, sem vento, com a fonte e o observador
alinhados, e a Frequência e a Velocidade da fonte emissora.

𝑓𝑜 𝑓𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒
=
(𝑉𝑆𝑜𝑚 ± 𝑉𝑜 ) (𝑉𝑆𝑜𝑚 ∓ 𝑉𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 )
Em caso de aproximação, utilizar os sinais superiores (+ e -). Em caso de afastamento,
utilizar os sinais inferiores (- e +).

Efeito Doppler para a Luz: relação entre a Frequência detectada pelo observador ou
receptor fo, a Velocidade das ondas eletromagnéticas no meio, com a fonte e o observador
alinhados, e a Frequência e a Velocidade da fonte emissora.

𝑓𝑜 𝑓𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒
=
(𝑉𝐿𝑢𝑧 ± 𝑉𝑜 ) (𝑉𝐿𝑢𝑧 ∓ 𝑉𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 )
Em caso de aproximação, utilizar os sinais superiores (+ e -). Em caso de afastamento,
utilizar os sinais inferiores (- e +).

Se as velocidades da fonte e do observador forem pequenas quando comparadas à


Velocidade da Luz e ∆𝑉 = 𝑉𝑜 − 𝑉𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 , a equação pode ser escrita como:

∆𝑉
𝑓𝑜 = (1 + ) ⋅ 𝑓𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒
𝑉𝐿𝑢𝑧

No caso dos radares, por exemplo, onde se determina a Velocidade de um veículo em


relação ao aparelho de radar, em repouso, onde as ondas se propagam com Velocidade
aproximada à Velocidade da Luz do vácuo, 𝑉𝐿𝑢𝑧 ≅ 𝑐, e ∆𝑓 = 𝑓𝑜 − 𝑓𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 , a equação pode ser
escrita como:

∆𝑉
∆𝑓 = ( ) ⋅ 𝑓𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒
𝑐
Lembre-se que, neste caso do radar móvel, fo é a Frequência que o aparelho detecta após
o sinal ter sido refletido pelo veículo e 𝑐 = 3 ⋅ 108 𝑚/𝑠.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 45


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: UFRGS 2014

A frequência do som emitido pela sirene de certa ambulância é de 600Hz. Um observador em


repouso percebe essa frequência como sendo de 640Hz. Considere que a velocidade da onda
emitida é de 1200km/h e que não há obstáculos entre o observador e a ambulância.

Com base nos dados acima, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do
enunciado abaixo, na ordem em que aparecem.

A ambulância ____________________ do observador com velocidade de ______________.

(A) afasta-se - 75 km/h (D) aproxima-se - 80 km/h

(B) afasta-se - 80 km/h (E) aproxima-se - 121km/h

(C) afasta-se - 121km/h

Comentários

Como o observador, que está em repouso, percebe uma Frequência maior que a emitida
originalmente pela fonte, então fonte e receptor se aproximam.

Com esta conclusão, conforme o Efeito Doppler para as ondas sonoras, podemos eliminar
as alternativas (A), (B) e (C).

Para se obter o valor da Velocidade, podemos aplicar a equação geral para o Efeito
Doppler.

𝑓𝑜 𝑓𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒
=
(𝑉𝑆𝑜𝑚 ± 𝑉𝑜 ) (𝑉𝑆𝑜𝑚 ∓ 𝑉𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 )

Em caso de aproximação, utilizar os sinais superiores (- e +). Em caso de afastamento,


utilizar os sinais inferiores (+ e -).

Como o observador está em repouso, a Frequência percebida vale 640Hz, a Frequência


da fonte vale 600Hz e a Velocidade de propagação do Som vale 1200km/h = 1200/3,6 m/s =
333,3 m/s, temos:

640 600
=
(333,3 + 0) (333,3 − 𝑉𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 )

600 ⋅ 333,3
(333,3 − 𝑉𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 ) =
640
(333,3 − 𝑉𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 ) = 312,5

𝑉𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 = 333,3 − 312,5 = 20,8 𝑚/𝑠 ≅ 75 𝑘𝑚/ℎ

Embora não tenha alternativa que apresente uma velocidade igual a 75km/h, ficamos com
a que apresenta a resposta mais próxima.

Gabarito: “D”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 46


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2) ACÚSTICA: ONDAS SONORAS

A Acústica é a área da Física que estuda o Som e suas propriedades.

Como vimos em nossa aula anterior e revisamos no início desta, o Som é um exemplo de
onda Mecânica longitudinal, cuja vibração se dá na mesma direção de propagação.

Todo corpo que vibra no interior de um meio material, acaba “apertando” e “soltando” as
partículas desse meio, gerando regiões de compressão e rarefação que se propagam para longe
da fonte, como se fosse uma bolha de vibração, que se afasta tridimensionalmente do objeto
vibrante, carregando e propagando Energia Mecânica. Essa propagação de Energia que
chamamos de Onda Sonora.

Quando estas frentes de onda atingem nossa orelha, elas são direcionadas, através do
canal auditivo, para atingir o tímpano, que é uma membrana sensível a vibrações do meio. Estas
vibrações fazem o tímpano vibrar. Estas vibrações, em nosso ouvido, são convertidas em pulsos
elétricos, amplificadas e enviadas para o cérebro, onde serão reconhecidas e interpretadas.

Entretanto, o sistema auditivo humano não é capaz de captar todas as ondas sonoras que
o atinge. Ondas muito fracas ou que não estejam dentro da região audível do Espectro Sonoro
não são detectadas.

2.1. Espectro Sonoro


O Espectro Sonoro representa todas as frequências de ondas sonoras que podem se
propagar em um meio. Ele é dividido em três faixas: Infrassom, Som Audível e Ultrassom.

O Infrassom compreende uma faixa com frequências de até 20Hz. Aqui entram, por
exemplo, vibrações musculares e vibrações de terremotos. A partir de 20Hz (20 vibrações por
segundo) nosso sistema auditivo humano já é capaz de detectar ruídos que entrem em nosso
ouvido, causando uma sensação. Sons audíveis por nós, humanos, vão até cerca de 20000Hz

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 47


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(20000 vibrações por segundo). Acima de 20000Hz, compreendendo sons já fora da audição
humana, temos a faixa do Ultrassom.

Diversos animais se comunicam na região do Ultrassom, como baleias e golfinhos. Felinos


e caninos possuem um espectro audível mais amplo que o humano. Eles são capazes de ouvir
sons na região do Infrassom e do Ultrassom. Tanto que se utilizam apitos ultrassônicos para
adestramento de cães, por exemplo.

Os morcegos são mamíferos voadores que utilizam ruídos ultrassônicos para localizar presas
e obstáculos. Sua capacidade de visão é bastante limitada. Porém, seu sistema auditivo é
extremamente desenvolvido!
Eles produzem estalos ultrassônicos que se propagam pelo ambiente e são refletidos por
objetos, obstáculos ou outros animais ou presas, e que, ao retornarem, possibilitam a sua
localização. Esse sistema funciona como um sonar, que nada mais é que um radar, mas com
ondas sonoras.
Quanto mais fraco é o sinal sonoro refletido, menor é o objeto e mais distante ele pode estar,
pois as ondas sonoras enfraquecem conforme se propagam.
Além disso, a distância também é confirmada, além da intensidade, a partir do tempo que leva
para o Som emitido retornar. Quanto mais demora para o retorno, mais distante está o objeto.
Esse sistema de sonar desenvolvido pelos morcegos também consegue diferenciar objetos
que se aproximam ou se afastam pela diferença entre a Frequência emitida pelo morcego e
a do sinal refletido: quando um objeto se aproxima, a Frequência de retorno é maior que a
emitida, assim como o sinal refletido por um obstáculo que se afasta retorna com Frequência
menor que a emitida, conforme o Efeito Doppler.
Incrível!!!

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 48


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2.2. Propriedades das Ondas Sonoras


As principais propriedades associadas às ondas sonoras são Altura, Intensidade e Timbre.

2.2.1 Altura e Intensidade


As duas principais propriedades fisiológicas das ondas sonoras são a Altura e a
Intensidade. A Altura de um som é a propriedade que nos permite diferenciar sons graves e
agudos, enquanto que a Intensidade é a propriedade que nos permite diferenciar um som forte
de um som fraco.

Ao comparar duas ondas sonoras, a mais grave tem Frequência menor que a mais aguda.
Eu não sei qual é o seu grau de intimidade com música, mas, pessoas com um ouvido musical
desenvolvido consegue diferenciar facilmente sons graves de sons agudos. Se você não tem
esta habilidade desenvolvida, não se preocupe, não é necessário ter um ouvido musical para
acertar as questões de Som e música em nossas provas. Vou te ajudar!

Quando escutamos um som mais grave que outro, temos a sensação de que este som é
mais “grosso”, tipo aquelas vozes de radialista que informa a data e a hora nas rádios de notícias.
Já um som mais agudo é mais “fininho”, tipo um choro de nenê ou miado de gatos filhotes.

Já, ao comparar duas ondas sonoras pelas suas intensidades, a onda mais forte, mais
intensa, é aquela com maior Amplitude, assim como a de menor intensidade, mais fraca, tem
menor Amplitude.

Veja que, o termo alto ou baixo para um som está relacionado à diferença entre agudo e
grave, diferenciando sons de diferentes frequências, e não sons mais fortes ou mais fracos.

O termo Volume, muito utilizado cotidianamente, precisa ser utilizado com cuidado. A
Altura e a Intensidade de um som são propriedades fisiológicas, de percepção, caracterizando
como indivíduos podem diferenciar sons fortes de fracos e agudos de graves, respectivamente.
O Volume também é uma propriedade fisiológica de percepção, mas ela integra a percepção de
cada indivíduo percebe sons de diferentes frequências e amplitudes combinadas.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 49


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Portanto, enquanto a Altura e a Intensidade são propriedades fisiológicas associadas à


percepção, Frequência e Amplitude são propriedades físicas objetivas associadas a determinada
onda. Sons de maiores frequências são reconhecidos como mais altos, mais agudos, assim
como sons com maiores amplitudes são percebidos como mais fortes, mais intensos.

Muito cuidado com o termo Volume!


Cotidianamente, utilizamos este termo para diferenciar sons fortes de sons
fracos.
Quando pedimos para alguém baixar o volume do aparelho de som, por
exemplo, queremos, na verdade, que ela reduza a Intensidade do som emitido.
O termo Volume, tecnicamente, está relacionado com a percepção sonora de
cada indivíduo, que depende da combinação da Intensidade para diferentes
Alturas. Ou seja, é uma propriedade fisiológica e particular, indicando a
percepção do quão forte é percebido um som para diferentes valores de
frequências.

Exemplo: UEMG 2005

Um cantor, ao interpretar uma canção, faz com que sua voz passe da emissão de sons graves
para sons agudos.

Aponte a alternativa que mostra CORRETAMENTE as alterações ocorridas na emissão das


ondas sonoras.

A) O comprimento de onda diminuiu e a frequência aumentou.

B) O comprimento de onda e a frequência diminuíram.

C) O comprimento de onda aumentou e a frequência diminuiu.

D) O comprimento de onda e a frequência aumentaram.

Comentários

Ao modificar a emissão de sons graves para sons agudos, o cantor passou a emitir sons
mais altos, com maiores frequências.

Quando uma fonte de ondas aumenta as frequências das ondas sonoras emitidas para
um mesmo meio, as velocidades de propagação são mantidas e os comprimentos de ondas são
reduzidos. Quanto maior a Frequência, menor é o Comprimento de Onda associado às ondas
sonoras.

Gabarito: “A”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 50


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: PUC-RS 2015

Nossos sentidos percebem de forma distinta características das ondas sonoras, como
frequência, timbre e amplitude. Observações em laboratório, com auxílio de um gerador de áudio,
permitem verificar o comportamento dessas características em tela de vídeo e confrontá-las com
nossa percepção.

Após atenta observação, pode-se reconhecer que as características que determinam a altura do
som e a sua intensidade são, respectivamente,

A) frequência e timbre.

B) frequência e amplitude.

C) amplitude e frequência.

D) amplitude e timbre.

E) timbre e amplitude.

Comentários

A Altura de uma onda sonora é uma propriedade diretamente relacionada à Frequência,


nos permitindo diferenciar sons graves e agudos, enquanto que a Intensidade de uma onda
sonora está relacionada diretamente à Amplitude, nos permitindo diferenciar um som forte de um
som fraco.

O Timbre é uma propriedade que permite a diferenciação de sons de diferentes fontes,


mesmo que elas emitam sons com iguais Amplitudes e Frequências.

Gabarito: “B”

2.2.2 Timbre
Timbre é uma propriedade relacionada ao padrão sonoro completo emitido por uma fonte.
Este padrão é formado pelo conjunto de todas as frequências sonoras emitidas com suas
respectivas intensidades. Como cada fonte tem características particulares, o som emitido por
cada fonte pode ser diferenciado pelo timbre, mesmo que fontes emitam sons com iguais
intensidades e frequências fundamentais.

Quando uma fonte de ondas vibra e emite ondas sonoras que se propagam em um
determinado meio, estas ondas são compostas, geralmente, por mais de uma Frequência ao
mesmo tempo, de forma o som de maior Intensidade e Comprimento de Onda associado é
chamado de Som Fundamental, com sua respectiva Frequência característica. Todos os outros
sons mais fracos que são emitidos juntos são chamados de Harmônicos. Falaremos sobre
Harmônicos nas próximas seções.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 51


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

O timbre de um som é a percepção humana característica causada pela presença de sons


fundamentais acompanhada de seus respectivos harmônicos. Como cada fonte, devido às suas
propriedades e características próprias, conforme seus possíveis modos de vibração, reforçam
de maneira diferente os harmônicos que acompanham o som fundamental. Esta propriedade
permite a caracterização de fontes sonoras.

Uma mesma nota musical emitida por diferentes instrumentos, ainda que tenha a mesma
intensidade, nos causa uma percepção sonora diferente. Isso acontece pela diferença de timbre
de cada instrumento.

A voz que fica fina com gás Hélio!


O som produzido pelo sistema vocal produz sons com diversas frequências, reforçadas
diferentemente, formando o timbre vocal.
A mudança do ar para o Hélio na região das membranas vocais, causa um aumento na
Velocidade do som, fazendo com que os sons de maiores frequências sofram um reforço,
modificando o timbre da voz, que fica parecendo mais “fina”.
A troca por um gás que reduz a velocidade do som faz com que sons de frequências menores
sejam reforçados, modificando o timbre da voz. As frequências produzidas são as mesmas,
mas as respectivas intensidades é que são modificadas, modificando o timbre.

Assim como diferentes instrumentos musicais são reconhecidos por seus timbres
característicos, pessoas também podem ser reconhecidas por seus timbres vocais. Quando duas
pessoas cantam a mesma música, emitindo a mesma sequência de notas, com mesmas
frequências fundamentais e com mesmas intensidades, mesmo assim conseguimos saber
quando é uma ou outra que está cantando. Esta diferenciação é possível a partir desta
propriedade que chamamos de Timbre.

Exemplo: UNIPAM 2013

O som é uma das mais importantes interfaces do ser humano com o mundo em que vive e está
relacionado ao seu sentido da audição. A respeito das propriedades e características do som, é
CORRETO afirmar:

A) O Som é uma onda mecânica transversal de pressão, cuja frequência audível (ouvido
humano) compreende entre 20 Hz e 20000 Hz.

B) A Altura do som está relacionada à propriedade do som que nos permite diferenciar sons
fracos de sons fortes.

C) A Intensidade do som está relacionada à sua frequência e nos ajuda a separar sons graves
de sons agudos.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 52


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

D) O Timbre é uma propriedade sonora que está relacionada à forma das ondas sonoras e nos
permite distinguir sons de fontes diferentes.

Comentários

A) INCORRETA.

O Som é uma onda Mecânica longitudinal, cuja frequência audível está entre 20Hz e
20kHz.

B) INCORRETA.

A Altura do som é uma propriedade que está relacionada à Frequência, permitindo a


diferenciação de sons graves e agudos.

C) INCORRETA.

A Intensidade de uma onda sonora está relacionada diretamente à Amplitude, nos


permitindo diferenciar um som forte de um som fraco.

D) CORRETA.

O Timbre é uma propriedade que permite a diferenciação de sons de diferentes fontes,


mesmo que elas emitam sons com iguais Amplitudes e Frequências.

Gabarito: “D”

Exemplo: IFRS

O som é a propagação de uma onda mecânica longitudinal apenas em meios materiais. O som
possui qualidades diversas que o ouvido humano normal é capaz de distinguir. Associe
corretamente as qualidades fisiológicas do som apresentadas na coluna da esquerda com as
situações apresentadas na coluna da direita.

Qualidades fisiológicas

(1) Intensidade

(2) Timbre

(3) Frequência

Situações

( ) Abaixar o volume do rádio ou da televisão.

( ) Distinguir uma voz aguda de mulher de uma voz grave de homem.

( ) Distinguir sons de mesma altura e intensidade produzidos por vozes de pessoas diferentes.

( ) Distinguir a nota Dó emitida por um violino e por uma flauta.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 53


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

( ) Distinguir as notas musicais emitidas por um violão.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

a) 1 – 2 – 3 – 3 – 2

b) 1 – 3 – 2 – 2 – 3

c) 2 – 3 – 2 – 2 – 1

d) 3 – 2 – 1 – 1 – 2

e) 3 – 2 – 2 – 1 – 1

Comentários

( 1 ) Abaixar o volume do rádio ou da televisão.

O termo Volume é utilizado cotidianamente para indicar o que, na Física, tecnicamente, é


indicado pela Intensidade de um som. A Intensidade está relacionada diretamente à Amplitude
da onda sonora, nos permitindo diferenciar um som forte de um som fraco.

( 3 ) Distinguir uma voz aguda de mulher de uma voz grave de homem.

A Altura do som é uma propriedade que está relacionada à Frequência, permitindo a


diferenciação de sons graves e agudos.

( 2 ) Distinguir sons de mesma altura e intensidade produzidos por vozes de pessoas


diferentes.

Cada pessoa possui um timbre vocal próprio. O Timbre é uma propriedade que permite a
diferenciação de sons de diferentes fontes, mesmo que elas emitam sons com iguais Amplitudes
e Frequências.

( 2 ) Distinguir a nota Dó emitida por um violino e por uma flauta.

Cada instrumento musical possui seu timbre característico.

( 3 ) Distinguir as notas musicais emitidas por um violão.

As notas musicais são diferenciadas a partir de suas frequências fundamentais. Notas


mais agudas e notas mais graves são diferenciadas por suas frequências.

Gabarito: “B”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 54


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

2.3. Fenômenos Sonoros


As ondas sonoras podem sofrer todos os fenômenos ondulatórios que estudamos até
aqui, exceto o da Polarização. Uma onda sonora pode ser refletida por um obstáculo, pode trocar
de meio de propagação, refratando; pode difratar, contornando obstáculos; pode se interferir com
outras ondas sonoras; e, como já vimos, pode sofrer o Efeito Doppler.

Nesta seção, falaremos de algumas particularidades relacionadas aos fenômenos


ondulatórios que ocorrem com as ondas sonoras, além de aprofundar e adicionar alguns
fenômenos à nossa lista.

2.3.1 Reflexão de Ondas Sonoras


A Reflexão de ondas sonoras pode causar dois efeitos: a Reverberação e o Eco
perceptível.

A Reverberação ocorre quando as ondas são refletidas em obstáculos relativamente


próximos, de forma que os sons que retornam acabam se misturando com os sons emitidos
causando um reforço sonoro no ambiente. A Reverberação é desejável em salas de aula por
exemplo. Porém, este é um efeito não desejável em estúdios ou ambientes musicais, pois, ao
mesmo tempo que o som é reforçado, ele também fica por mais tempo no ambiente, podendo
causar confusão ou misturas indesejadas de notas em uma determinada música.

Em estúdios para videoaulas ou shows musicais, por exemplo, esse tempo de


reverberação é reduzido ao se instalar espumas, carpetes e outros materiais que absorvam as
ondas sonoras, melhorando o tratamento acústico do ambiente.

Já o Eco perceptível ocorre quando os sons refletidos retornam em um tempo


suficientemente grande para serem percebidos separados dos que foram emitidos. Isto ocorre
quando as ondas são refletidas por obstáculos relativamente distantes. Este efeito não é
desejável em grandes teatros, auditórios, igrejas ou centros de shows de música, pois, quando
ocorre, o som do eco e o som posterior emitido se misturam, causando um desconforto sonoro
para as pessoas no ambiente.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 55


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Nossa percepção auditiva é capaz de distinguir sons emitidos de recebidos de forma


descontínua se eles forem captados em um intervalo maior que 0,1s. Ou seja, se o som que
emitimos ao falar for refletido por um obstáculo e retornar em até 0,1s (um décimo de segundo),
perceberemos o efeito da Reverberação. Se o som demorar mais que 0,1s para retornar,
perceberemos o Eco.

A menor distância que um obstáculo deve estar para que um eco seja percebido, ou a
maior distância que esse mesmo obstáculo deve estar para que seja percebida a Reverberação,
dependerá da Velocidade de propagação da onda. Para este cálculo, podemos utilizar a seguinte
relação entre Distância, Tempo e Velocidade:

𝑑
𝑉=
𝑡
No ar, ao nível do mar e temperatura ambiente, a Velocidade de propagação das ondas
sonoras vale cerca de V = 340m/s. A distância que a onda deve percorrer, indo até o obstáculo
e voltando é igual a duas vezes a distância da fonte até o obstáculo. Se chamarmos a distância
limite de Xlimite, d = 2 Xlimite. Como o tempo total de ida e volta deve ser, neste limite entre
Reverberação e Eco vale, para nós humanos, cerca de 0,1s, esta distância X limite fica:

𝑑
𝑉=
𝑡
2 ⋅ 𝑋𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒
340 =
0,1
0,1 ⋅ 340 = 2 ⋅ 𝑋𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒

34 = 2 ⋅ 𝑋𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒
34
= 𝑋𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒
2
𝑋𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 = 17 𝑚
No ar, obstáculos a menos de 17m de distância de nós, produzirão o efeito da
Reverberação, enquanto que obstáculos mais distantes que 17m produzirão um Eco perceptível.

Dentro da água, onde as ondas sonoras se propagam com velocidades de 1200m/s, esta
distância seria de 60m. No interior de um metal, como o alumínio, onde as velocidades de
propagação do som chegam a 5000m/s, esta distância limite seria de 250m.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 56


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: UTFPR 2008

Sobre ondas sonoras, considere as seguintes afirmações:

I – As ondas sonoras são ondas transversais.

II – O eco é um fenômeno relacionado com a reflexão da onda sonora.

III – A altura de um som depende da frequência da onda sonora.

Está(ão) correta(s) somente:

a) I

b) II

c) III

d) I e II

e) II e III

Comentários

I – INCORRETA.

As ondas sonoras são exemplos de ondas Mecânicas longitudinais.

II – CORRETA.

O Eco e a Reverberação são efeitos relacionados ao fenômeno da Reflexão de ondas


sonoras.

III – CORRETA.

A Altura do som é uma propriedade que está relacionada à Frequência, permitindo a


diferenciação de sons graves e agudos.

Gabarito: “E”

2.3.2 Batimentos
O fenômeno de batimentos consiste em uma série de reforços e cancelamentos
alternados produzidos pela Interferência de duas ondas com frequências próximas. É percebida
como uma pulsação na Intensidade do som resultante. Os reforços são resultado da Interferência
construtiva, enquanto que os cancelamentos são resultado da Interferência destrutiva.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 57


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Se duas ondas, A e B, de frequências próximas f A e fB, se interferem entre si, a onda


resultante R apresentará uma Frequência fR que é a própria Frequência dos batimentos f bat.
Assim, podemos escrever:

𝑓𝑏𝑎𝑡 = |𝑓𝐴 − 𝑓𝐵 |

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 58


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Veja que a Frequência dos batimentos é igual à diferença entre as frequências das ondas
sobrepostas. Assim, não se percebe batimentos caso as duas ondas tenham iguais frequências!
O interessante deste fato é que muitos músicos e instrumentistas utilizam esta ideia para afinar
seus instrumentos.

Por exemplo, uma pessoa percebe que uma das cordas de seu violão está desafinada.
Ela pode usar uma corda que esteja afinada para ajustar a que está fora de afinação. Basta que
ela toque na corda afinada a nota que a corda desafinada deve ter e, simultaneamente, também
tocar a corda desafinada.

Se as frequências estiverem próximas, a pessoa irá ouvir uma pulsação no som resultante,
característica de batimentos, de forma que a Frequência da pulsação é igual à diferença entre
as respectivas frequências das cordas.

Assim, basta que, com as duas cordas tocadas simultaneamente, a pessoa ajuste a corda
desafinada até que a Frequência de batimentos chegue a zero, pois, neste caso, a corda que
estava inicialmente desafinada está, agora, com a mesma Frequência do som produzido na outra
corda.

2.3.3 Ressonância
Todo sistema físico é capaz de vibrar naturalmente. Alguns corpos são capazes de vibrar
somente em uma Frequência característica, chamada de Frequência Natural. Essa Frequência
Natural pode ser facilmente medida ou percebida ao percussionar o corpo, pois, naturalmente,
um corpo vibra reproduzindo sua Frequência Natural acompanhada de seus harmônicos
naturais.

O fenômeno da ressonância ocorre quando um sistema físico recebe Energia através de


vibrações de mesma Frequência de suas vibrações naturais. Com essa chegada de Energia, o
corpo tende a vibrar com amplitudes cada vez maiores. Quando sobre um corpo incide uma onda
Mecânica cujas frequências principal e harmônicos coincidem com as frequências naturais e/ou
harmônicos de um corpo, esse corpo responde absorvendo grande quantidade de Energia
Mecânica dessa onda.

A ressonância é um fenômeno que resulta em grande taxa de absorção de energia quando


uma onda tem propriedades físicas que combinam com as
propriedades físicas de um corpo sobre a qual ela incide.

Você já deve ter ouvido falar sobre a possibilidade de se


quebrar objetos como vidros de janelas, copos ou taças com
voz. Vários programas de TV já ofereceram até prêmios para
quem conseguisse quebrar uma taça de vidro com a voz. Enfim,
isso é, sim, possível!

Para quebrar uma taça com a voz, é necessário que a


pessoa emita um som que coincida com a Frequência Natural
da taça, fazendo-a vibrar. Mas, para que ela quebre, este som
precisa ser, ao mesmo tempo o mais forte possível!

E, sim, várias pessoas já conseguiram!

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 59


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

2.4. Sons e Música


Grande parte dos instrumentos musicais produzem sons específicos a partir da formação
de ondas estacionárias resultantes de vibrações em cordas ou vibrações em tubos.

2.4.1 Sons em Cordas


Instrumentos de cordas, como violão, guitarra, piano, violino, baixo, contrabaixo, harpa e
violoncelo, por exemplo, produzem sons a partir da percussão em uma corda, onde se formam
ondas estacionárias características e emitindo uma nota musical com Frequência fundamental
específica.

Figura 27: Ondas em uma corda de violão.

As ondas estacionárias se formam devido a dois fenômenos ondulatórios: a Reflexão e a


Interferência, formando modos de vibração ressonantes.

Quando uma corda de um instrumento é tocada, uma onda acaba se refletindo em suas
extremidades fixas, onde a corda está presa, e cada onda refletida em cada extremidade fixa
que retorna com a fase invertida, acaba se interferindo de modo a formar um padrão de vibração
característico que chamamos de Onda Estacionária.

Uma corda fixa em suas extremidades pode formar diversos padrões de vibração. O
padrão com maior Comprimento de Onda (menor Frequência), é chamado de Fundamental ou
Primeiro Harmônico. O som associado a este modo é o de maior Amplitude, sendo, assim, o de
maior Intensidade, caracterizando a nota musical associada a ele.

Vamos supor que uma corda, de Densidade Linear μ L, está fixa entre dois pontos distantes
L entre si, submetida a uma Força Tensora T, onde as ondas se propagam com Velocidade V,
os cinco primeiros modos de vibração que podem ocorrer estão representados na Figura 28.
Perceba que um modo de vibração compatível sempre deve ter um número inteiro de ventres
completos, de forma que sempre se tenha nós nas extremidades fixas.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 60


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Figura 28: Modos de vibração em uma corda fixa em suas extremidades.

Um som produzido por uma corda vibrante contém a nota fundamental, mais intensa,
acompanhada de seus harmônicos, com menores intensidades. Logo, o som que se destaca é
o de Frequência fundamental.

Ao se manter fixa a Força Tensora na corda, também se mantém fixa a Velocidade de


propagação, conforme a Equação de Taylor. Assim, o Comprimento de Onda associado a cada
modo de vibração pode ser obtido a partir da relação do quadro abaixo.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 61


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Um Comprimento de Onda é igual ao dobro da distância entre dois


nós de uma onda estacionária.
λ = 2dnós

Assim, temos, para cada harmônico, a seguinte relação:

• 1º Harmônico ou Fundamental:

𝜆1 = 2 ⋅ 𝐿
• 2º Harmônico:

𝐿
𝜆2 = 2 ⋅ =𝐿
2
• 3º Harmônico:

𝐿
𝜆3 = 2 ⋅
3
• 4º Harmônico:

𝐿 𝐿
𝜆4 = 2 ⋅ =
4 2
• 5º Harmônico:

𝐿
𝜆5 = 2 ⋅
5
Ao se observar estas relações, podemos escrever uma equação geral para os
comprimentos de onda dos respectivos modos de vibração, onde cada harmônico pode ser
identificado por um índice n = 1, 2, 3, 4, 5...

𝐿
𝜆𝑛 = 2 ⋅
𝑛

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 62


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: UDESC 2016

A figura abaixo ilustra uma montagem experimental para estudo de ondas estacionárias em
cordas esticadas, retratando um dos harmônicos de onda estacionária possível de ser gerada
pelo experimento.

Para gerar ondas estacionárias, entre os pontos A e B, o experimento permite ajustes na tensão
da corda (controle manual), e na frequência de perturbação periódica (controle via regulagem do
motor).

Considere a montagem experimental retratada na figura apresentada, o conhecimento sobre


ondas estacionárias, e analise as proposições.

I. As ondas estacionárias não são ondas de propagação, mas resultam da interferência entre as
ondas incidentes (propagando-se de A para B) e das ondas refletidas pelo ponto fixo B
(propagando-se de B para A). Portanto, em determinadas condições de ajustes de frequência e
tensão na corda, ocorrerá a ressonância e, consequentemente, a formação de harmônicos de
onda estacionária.

II. A densidade linear de massa da corda utilizada no experimento não interfere na geração das
ondas estacionárias, isto é, cordas mais espessas ou menos espessas, submetidas às mesmas
condições de perturbação e tensão, gerarão o mesmo harmônico de onda estacionária.

III. Fixando a frequência de perturbação da corda, e partindo-se de um estado de ressonância, é


possível atingir outro harmônico apenas mediante o aumento da tensão da corda.

IV. Ondas estacionárias não são decorrentes de fenômenos de interferência e ressonância.

Assinale a alternativa correta:

A) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.

B) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.

C) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.

D) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 63


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

E) Somente a afirmativa II é verdadeira.

Comentários

I – CORRETA.

As ondas estacionárias resultam da Interferência entre as ondas que se propagam na


corda, refletidas nas extremidades fixas.

Como a Velocidade de propagação das ondas na corda depende da Força Tensora


(Equação de Taylor) e a Frequência pode ser ajustada pela regulagem do motor, então, para
determinados valores de frequências e velocidades, poderemos ter valores de respectivos
comprimentos de onda compatíveis com a distância AB, formando um dos modos possíveis de
vibração estacionária na corda.

II –INCORRETA.

Conforme a Equação de Taylor, a Velocidade de propagação de ondas transversais em


uma corda depende da Força Tensora e da Densidade Linear. A Densidade Linear indica a
quantidade de Massa por unidade de comprimento, em kg/m, enquanto a Força Tensora indica
a intensidade da força, em N, que traciona a corda.

𝑇
𝑉=√
𝜇𝐿

III – CORRETA.

A relação entre Velocidade, Comprimento de Onda e Frequência é dada pela equação


abaixo:

𝑉 =𝜆⋅𝑓

Ao se manter fixa a Frequência, um aumento na Força Tensora ocasionará um aumento


na Velocidade de propagação. Esse aumento na Velocidade resultará em um aumento, na
mesma proporção direta, no Comprimento de Onda associado, possibilitando atingir outras
configurações de modos de vibração ressonantes na mesma corda.

IV – INCORRETA.

Ondas estacionárias são decorrentes dos fenômenos de Reflexão e Interferência, de


forma que os modos de vibração possíveis resultam da Ressonância da onda que se propaga
na corda com as suas frequências naturais características.

Gabarito: “C”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 64


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

2.4.2 Sons em Tubos


De forma semelhante aos instrumentos de corda, os instrumentos de sopro, como a flauta,
saxofone, oboé, trompa, trompete e trombone, assim como apito e órgão, por exemplo, produzem
sons a partir da formação de ondas estacionárias características e emitem uma nota musical
com Frequência fundamental específica.

Figura 29: Sequência de tubos de um órgão (piano de tubos) em uma igreja.

Entretanto, no caso de sons produzidos em tubos, teremos duas possibilidades: sons em


tubos abertos nas duas extremidades ou em tubos fechados em somente uma das extremidades.
Em ambos casos teremos sons fundamentais e harmônicos.

Vamos supor que um tubo de comprimento L, aberto nas duas extremidades, está em um
local onde a Velocidade do Som vale V. Os quatro primeiros modos de vibração que podem
ocorrer estão representados na Figura 30. Perceba que um modo de vibração compatível sempre
deve ter um ventre de deslocamento na extremidade aberta do tubo.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 65


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Figura 30: Modos de vibração em tubos abertos nas duas extremidades.

Assim, temos, para cada harmônico, a seguinte relação:

• 1º Harmônico ou Fundamental:

𝜆1 = 2 ⋅ 𝐿
• 2º Harmônico:

𝐿
𝜆2 = 2 ⋅ =𝐿
2

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 66


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

• 3º Harmônico:

𝐿
𝜆3 = 2 ⋅
3
• 4º Harmônico:

𝐿 𝐿
𝜆4 = 2 ⋅ =
4 2
Ao se observar estas relações, podemos escrever uma equação geral para os
comprimentos de onda dos respectivos modos de vibração, onde cada harmônico pode ser
identificado por um índice n = 1, 2, 3, 4, 5...

𝐿
𝜆𝑛 = 2 ⋅
𝑛
OBS: Veja que a relação para tubos abertos nas duas extremidades é idêntica à relação
para cordas fixas nas duas extremidades.

Agora, vamos supor que um tubo de comprimento L está fechado em somente uma das
suas extremidades e em um local onde a Velocidade do Som vale V. Neste caso os modos de
vibração que podem ocorrer estão representados na Figura 31. Como um modo de vibração
compatível sempre deve ter um ventre de deslocamento na extremidade aberta do tubo, então
somente harmônicos de ordem ímpar serão compatíveis.

Assim, temos, para cada harmônico, a seguinte relação:

• 1º Harmônico ou Fundamental:

𝜆1 = 4 ⋅ 𝐿
• 2º Harmônico: incompatível.

• 3º Harmônico:

𝐿
𝜆3 = 4 ⋅
3
• 4º Harmônico: incompatível.

• 5º Harmônico:

𝐿
𝜆5 = 4 ⋅
5

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 67


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Ao se observar estas relações, podemos escrever uma equação geral para os


comprimentos de onda dos respectivos modos de vibração, onde cada harmônico pode ser
identificado por um índice nímpar= 1, 3, 5, 7, 9...

𝐿
𝜆𝑛 = 4 ⋅
𝑛í𝑚𝑝𝑎𝑟

Figura 31: Modos de vibração em tubos fechados em uma das extremidades.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 68


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Exemplo: ENEM 2015

Em uma flauta, as notas musicais possuem frequências e comprimentos de onda (λ) muito bem
definidos. As figuras mostram esquematicamente um tubo de comprimento 𝐿, que representa de
forma simplificada uma flauta, em que estão representados: em A o primeiro harmônico de uma
nota musical (comprimento de onda λ𝐴 ), em B seu segundo harmônico (comprimento de onda
λ𝐵 ) e em C o seu terceiro harmônico (comprimento de onda λ𝐶 ), onde λ𝐴 > λ𝐵 > λ𝐶 .

Em função do comprimento do tubo, qual o comprimento de onda da oscilação que forma o


próximo harmônico?

a) 𝐿/4

b) 𝐿/5

c) 𝐿/2

d) 𝐿/8

e) 6𝐿/8

Comentários

A equação geral para os comprimentos de onda dos respectivos modos de vibração em


tubos com duas extremidades abertas, em função do comprimento L do tubo, vale:

𝐿
𝜆𝑛 = 2 ⋅
𝑛

Cada harmônico pode ser identificado por um índice n = 1, 2, 3, 4, 5...

A partir da figura apresentada no enunciado, o próximo harmônico será o de número 4.

Assim, podemos escrever:

𝐿 𝐿
𝜆4 = 2 ⋅ =
4 2

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 69


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Gabarito: “C”

Exemplo: IME 2019

Considerando as Figuras 1 e 2 acima e, com relação às ondas sonoras em tubos, avalie as


afirmações a seguir:

Afirmação I. as ondas sonoras são ondas mecânicas, longitudinais, que necessitam de um meio
material para se propagarem, como representado na Figura 1.

Afirmação II. uma onda sonora propagando-se em um tubo sonoro movimenta as partículas do
ar no seu interior na direção transversal, como representado na Figura 2.

Afirmação III. os tubos sonoros com uma extremidade fechada, como representado na Figura 2,
podem estabelecer todos os harmônicos da frequência fundamental.

É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.

b) II, apenas.

c) I e II, apenas.

d) II e III apenas.

e) I e III, apenas.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 70


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Comentários

I – CORRETA.

Ondas sonoras são exemplos de Onda Mecânica longitudinal, cuja vibração se dá na


mesma direção de propagação.

Ondas mecânicas somente se propagam em meios materiais.

II – INCORRETA.

Uma onda sonora movimenta as partículas do meio na mesma direção da propagação,


longitudinalmente à direção que a Energia se propaga.

III – INCORRETA.

Um tubo sonoro com uma das extremidades fechada somente é capaz de formar os
harmônicos de ordem ímpar.

A equação geral para os comprimentos de onda dos respectivos modos de vibração em


tubos fechados em uma das suas extremidades é dada pela relação abaixo:

𝐿
𝜆𝑛 = 4 ⋅
𝑛í𝑚𝑝𝑎𝑟

Onde cada harmônico pode ser identificado por um índice n ímpar= 1, 3, 5, 7, 9...

Gabarito: “A”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 71


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

2.4.3 Notas Musicais


Cada nota musical se caracteriza por um valor de Frequência fundamental. Veja a tabela
abaixo.
Tabela 1: Frequências de notas musicais.

Nesta escala apresentada na Tabela 1, a primeira nota é a Lá, de Frequência igual a


27,5Hz. Na sequência de notas, temos Si, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol e, novamente, outro Lá, com o
dobro da Frequência da anterior, 55Hz.

Uma nota de mesmo nome, mas com o dobro da Frequência da anterior, é caracterizada
como uma nota “uma oitava acima” da anterior. Da mesma forma, uma nota de mesmo nome
com a metade da Frequência da outra, é “uma oitava abaixo” da primeira.

Cada linha da Tabela 1 representa a sequência de notas em uma mesma oitava. A nota
Lá 440Hz é considerada uma nota padrão, usada como referência para afinação de diversos
instrumentos.

Portanto, cada nota musical é diferenciada pela sua Frequência, dentro de uma mesma
sequência de oitavas.

A Figura 32 apresenta um gráfico esquemático dos alcances das notas possíveis de serem
produzidas em diversos instrumentos musicais, de tubos, como os metais, madeira e órgão, e
de cordas, como violão, guitarra, contrabaixo, violoncelo, viola e violino, além da classificação
vocal, soprano, contralto, tenor e baixo. Todas elas comparadas com as notas das teclas de um
piano.

Cada nota musical possui um símbolo, chamado de cifra, indicada por uma letra maiúscula
seguida de um número. As letras A, B, C, D, E, F e G indicam as notas Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá e
Sol, respectivamente. O número que pode acompanhar a cifra indica a oitava na qual aquela
nota pertence. Por exemplo, a cifra A0 indica a nota Lá da oitava zero, de Frequência igual a
27,5Hz, assim como a cifra C4 indica a nota Dó da quarta sequência de oitavas, que tem
Frequência de aproximadamente 262Hz.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 72


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Figura 32: Esquema do espectro de notas musicais para diferentes instrumentos musicais.

2.5. Nível de Intensidade Sonora


A Intensidade de uma onda é definida pela razão entre a Potência emitida pela Área na
qual esta Taxa de Energia está distribuída.

𝑃
𝐼=
𝐴
[𝑃 ] 𝑊 𝐽 𝑁 𝑘𝑔
[𝐼] = = = = =
[𝐴] 𝑚2 𝑠 ⋅ 𝑚2 𝑠 ⋅ 𝑚 𝑠 3
Quanto maior a distância até uma fonte sonora, mais fraco é o som percebido. A
Intensidade sonora de uma fonte pontual é inversamente proporcional ao quadrado da distância
até ela. Uma fonte pontual é aquela que tem seu tamanho desprezível quando comparada à
distância até ela. Assim, podemos escrever a seguinte relação

1
𝐼∝
𝑑2
Neste caso de fonte pontual, a Potência incide sobre uma área de superfície esférica.
Assim, como a emissão de ondas é uniforme em todas as direções, a Energia a uma distância
𝑑 = 𝑟 da fonte é distribuída uniformemente por uma superfície esférica de raio 𝑟 e de área igual
a 4𝜋𝑟².Veja a figura que segue.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 73


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Figura 33: Distribuição da Energia emitida por uma fonte pontual, de tamanho desprezível.

Assim, ao substituir a área de uma superfície esférica na definição de Intensidade,


podemos facilmente verificar a relação com o inverso da distância ao quadrado.

𝑃
𝐼=
4 ⋅ 𝜋 ⋅ 𝑑2
A menor Intensidade sonora capaz de sensibilizar nosso sistema auditivo, para a
Frequência de 1kHz, vale 𝐼0 = 1 ⋅ 10−12 𝑊/𝑚2 . Este é um valor assumido como padrão, usado
como referência.

Por outro lado, uma Intensidade de 𝐼𝑑𝑜𝑟 = 1 𝑊/𝑚2 pode causar dor e uma exposição
prolongada ao som nesse nível danificará os ouvidos de uma pessoa. Como o intervalo de
intensidade sobre o qual temos sensibilidade tem 12 ordens de grandeza entre o limiar da
audibilidade e o limite da dor, então é conveniente se usar uma escala logarítmica para
especificar e comparar intensidades.

Esta escala logarítmica é chamada de Nível de Intensidade Sonora, a NIS. Esta escala
vai de zero a 120, de forma que o zero indica o limiar da audibilidade e o 120 indica o limiar da
dor. A Unidade de medida utilizada para o NIS é o decibel, cujo símbolo é o dB.

𝐼
𝑁𝐼𝑆 (𝑑𝐵) = 10 ⋅ log
𝐼0

Intensidade Logarítmo NIS

10−12
Limiar da Audição 𝐼0 = 1 ⋅ 10−12 𝑊/𝑚2 10 ⋅ log −12 0 dB
10

1
Limite da Dor 𝐼𝑑𝑜𝑟 = 1 𝑊/𝑚2 10 ⋅ log 120 dB
10−12

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 74


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

A tabela abaixo indica alguns valores típicos de NIS para diferentes situações cotidianas.

Som Nível de intensidade (dB)

Sussurrar 20

Sala silenciosa 30

Fala normal 65

Barulho dos carros nas ruas 80

Britadeira 100

Trovão 110

Show de Rock 120

Exemplo: UEL 2014

A poluição sonora em grandes cidades é um problema de saúde pública. A classificação do som


como forte ou fraco está relacionada ao nível de intensidade sonora I, medido em watt/m 2. A
menor intensidade audível, ou limiar de audibilidade, possui intensidade 𝐼0 = 10−12 𝑤𝑎𝑡𝑡/𝑚2,
para a frequência de 1000 Hz. A relação entre as intensidades sonoras permite calcular o nível
𝐼
sonoro, NS, do ambiente, em decibéis (dB), dado pela fórmula 𝑁𝑆 = 10 ⋅ 𝑙𝑜𝑔 (𝐼 ). A tabela a
0
seguir mostra a relação do nível sonoro com o tempo máximo de exposição a ruídos.

Com base nessa tabela, no texto e supondo que o ruído em uma avenida com trânsito
congestionado tenha intensidade de 10−3 𝑤𝑎𝑡𝑡/𝑚2, considere as afirmativas a seguir.

I. O nível sonoro para um ruído dessa intensidade é de 90 dB.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 75


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

II. O tempo máximo em horas de exposição a esse ruído, a fim de evitar lesões auditivas
irreversíveis, é de 4 horas.

III. Se a intensidade sonora considerada for igual ao limiar de audibilidade, então o nível sonoro
é de 1 dB.

IV. Sons de intensidade de 1 watt/m² correspondem ao nível sonoro de 100dB.

Assinale a alternativa correta.

A) Somente as afirmativas I e II são corretas.

B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.

C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.

D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.

E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

Comentários

I – CORRETA.

A equação para o nível de intensidade sonoro foi fornecida no enunciado. Com a


intensidade igual a 10-3watt/m², temos:

𝐼
𝑁𝑆 = 10 ⋅ 𝑙𝑜𝑔 ( )
𝐼0

10−3
𝑁𝑆 = 10 ⋅ 𝑙𝑜𝑔 ( )
10−12

𝑁𝑆 = 10 ⋅ 𝑙𝑜𝑔(109 )

𝑁𝑆 = 10 ⋅ 9 ⋅ 𝑙𝑜𝑔(10)

𝑁𝑆 = 10 ⋅ 9 ⋅ 1 = 90 𝑑𝐵

II – CORRETA.

Com um ruído de 90dB, o tempo máximo de exposição é de 4h, conforme a tabela


fornecida.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 76


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

III – INCORRETA.

O NS no limiar de audibilidade é igual a zero, pois a Intensidade 𝐼0 = 10−12 𝑤𝑎𝑡𝑡/𝑚2 .

IV – INCORRETA.

A Intensidade de 1watt/m² corresponde ao NS = 120dB, no limiar da dor.

Gabarito: “A”

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ESTRATÉGIA VESTIBULARES

3) RESUMO DA AULA

Os principais fenômenos ondulatórios que aparecem em nossas provas são: Reflexão,


Refração, Difração, Interferência, Polarização e Efeito Doppler.

Quando uma onda encontra um obstáculo que não permite a propagação da Energia e,
também, não a absorve, ocorre o fenômeno da Reflexão.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 78


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

No caso da corda com extremidade fixa, o pulso tem sua concavidade invertida ao ser
refletido, causando uma reflexão com inversão de fase.

Quando a corda possui extremidade livre para movimentar-se transversalmente, como na


situação em que a extremidade da corda é presa a um anel, a reflexão se dá sem inversão de
fase.

A Refração ocorre quando uma onda modifica sua Velocidade ao trocar de meio de
propagação.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 79


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Sempre que uma onda sofre Refração, também sofre Reflexão. Ou


seja, quando uma onda troca de meio, uma parte da onda segue e
outra parte retorna ao meio incidente.

A FREQUÊNCIA de uma onda é uma característica da FONTE, de


forma que ela não sofre qualquer alteração durante a Refração,

F
permanecendo FIXA.
requência
onte
ixa

𝑓1 = 𝑓2

𝑉1 𝜆1
=
𝑉2 𝜆2
Para o caso em que uma corda está conectada na outra, a Força Tensora é igual em
ambas. Entretanto, na corda de MAIOR Densidade Linear, a Velocidade é menor. Da mesma
forma, na corda de menor Densidade Linear, a Velocidade é MAIOR.

𝑇
𝑉=√
𝜇𝐿

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 80


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

A Difração se caracteriza pela deformação de uma frente de onda ao contornar um


obstáculo. Quando uma onda encontra um obstáculo e o contorna, sua frente de onda pode
sofrer uma mudança significativa, característica deste fenômeno.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 81


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Quando dois ou mais pulsos de ondas de mesma natureza se encontram e se cruzam, se


forma no local, uma onda resultante da superposição desses pulsos, resultado da Interferência
entre eles.

A Interferência será construtiva no ponto P quando ocorrer a superposição das cristas


ou dos vales das ondas. Assim, a diferença de caminho ∆𝐿 = |𝑑1 − 𝑑2 | percorrido pelas ondas
deve ser igual a um múltiplo inteiro do Comprimento de Onda λ.

∆𝐿 = 𝑁º𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 ⋅ 𝜆
A Interferência será destrutiva no ponto P quando ocorrer a superposição da crista de
uma onda com o vale da outra. Assim, a diferença de caminho ∆𝐿 = |𝑑1 − 𝑑2 | percorrido pelas
ondas deve ser igual a um múltiplo inteiro ímpar e maior que zero, da metade do Comprimento
de Onda λ.

𝜆
∆𝐿 = 𝑁º𝑖𝑛𝑡𝑒𝑖𝑟𝑜 ⋅
í𝑚𝑝𝑎𝑟 2
Se definirmos 𝑛 = 0, 1, 2, 3, 4, 5 …, então podemos escrever estas relações mais
formalmente:

𝜆
∆𝐿𝐼𝑛𝑡.𝐶𝑜𝑛𝑠 = 𝑛 ⋅ 𝜆 ∆𝐿𝐼𝑛𝑡.𝐷𝑒𝑠𝑡 = (2 ⋅ 𝑛 + 1) ⋅
2

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 82


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Experimento de Dupla-Fenda de Young

Pontos de Interferência construtiva:


∆𝑳𝑰𝒏𝒕.𝑪𝒐𝒏𝒔 = 𝒂 ⋅ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 = 𝒏 ⋅ 𝝀

Pontos de Interferência destrutiva:


𝝀
∆𝑳𝑰𝒏𝒕.𝑫𝒆𝒔𝒕 = 𝒂 ⋅ 𝐬𝐞𝐧 𝜽 = (𝟐𝒏 + 𝟏) ⋅
𝟐

Onde ∆𝑳 = |𝒅𝟏 − 𝒅𝟐 | e 𝒏 = 𝟎, 𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓 …

A Polarização é um fenômeno ondulatório associado à seleção de uma direção de


vibração transversal. Uma onda transversal não polarizada tem vibração em todas as direções
de forma aleatória. Uma onda polarizada é aquela que somente apresenta uma direção de
vibração. Ou seja, polarizar uma onda não polarizada significa selecionar uma direção de
vibração transversal para ela.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 83


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Somente ondas TRANSVERSAIS podem sofrer POLARIZAÇÃO!

Ondas Sonoras não podem ser polarizadas, pois são longitudinais.

O Efeito Doppler se trata de um fenômeno ondulatório que causa uma mudança no valor
da Frequência percebida por um receptor quando existe um movimento relativo dele com a fonte
de ondas.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 84


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Efeito Doppler para o Som: relação entre a Frequência detectada pelo observador ou
receptor fo, a Velocidade das ondas sonoras no meio, sem vento, com a fonte e o observador
alinhados, e a Frequência e a Velocidade da fonte emissora.

𝑓𝑜 𝑓𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒
=
(𝑉𝑆𝑜𝑚 ± 𝑉𝑜 ) (𝑉𝑆𝑜𝑚 ∓ 𝑉𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 )
Em caso de aproximação, utilizar os sinais superiores (+ e -). Em caso de afastamento,
utilizar os sinais inferiores (- e +).

____________________________________________________________________________

A Acústica é a área da Física que estuda o Som e suas propriedades.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 85


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

As duas principais propriedades fisiológicas das ondas sonoras são a Altura e a


Intensidade. A Altura de um som é a propriedade que nos permite diferenciar sons graves e
agudos, enquanto que a Intensidade é a propriedade que nos permite diferenciar um som forte
de um som fraco.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 86


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

O fenômeno da ressonância ocorre quando um sistema físico recebe Energia através de


vibrações de mesma Frequência de suas vibrações naturais. Com essa chegada de Energia, o
corpo tende a vibrar com amplitudes cada vez maiores.

As ondas estacionárias se formam devido a dois fenômenos ondulatórios: a Reflexão e a


Interferência, formando modos de vibração ressonantes.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 87


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Um Comprimento de Onda é igual ao dobro da distância entre dois


nós de uma onda estacionária.
λ = 2dnós

Ao se observar estas relações, podemos escrever uma equação geral para os


comprimentos de onda dos respectivos modos de vibração, onde cada harmônico pode ser
identificado por um índice n = 1, 2, 3, 4, 5...

𝐿
𝜆𝑛 = 2 ⋅
𝑛
Esta equação vale para sons em cordas fixas nas duas extremidades e para sons em
tubos abertos nas duas extremidades.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 88


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Ao se observar estas relações, podemos escrever uma equação geral para os


comprimentos de onda dos respectivos modos de vibração, onde cada harmônico pode ser
identificado por um índice nímpar= 1, 3, 5, 7, 9...

𝐿
𝜆𝑛 = 4 ⋅
𝑛í𝑚𝑝𝑎𝑟
Esta relação é válida para sons em tubos fechados em uma das extremidades.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 89


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Cada nota musical se caracteriza por um valor de Frequência fundamental.

A Intensidade de uma onda é definida pela razão entre a Potência emitida pela Área na
qual esta Taxa de Energia está distribuída.

𝑃
𝐼=
𝐴
[𝑃 ] 𝑊 𝐽 𝑁 𝑘𝑔
[𝐼] = = = = =
[𝐴] 𝑚2 𝑠 ⋅ 𝑚2 𝑠 ⋅ 𝑚 𝑠 3
A Intensidade sonora de uma fonte pontual é inversamente proporcional ao quadrado da
distância até ela.

1
𝐼∝ 2
𝑑
Nível de Intensidade Sonora, a NIS. Esta escala vai de zero a 120, de forma que o zero
indica o limiar da audibilidade e o 120 indica o limiar da dor. A Unidade de medida utilizada para
o NIS é o decibel, cujo símbolo é o dB.

𝐼
𝑁𝐼𝑆 (𝑑𝐵) = 10 ⋅ log
𝐼0

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 90


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

4) LISTA DE EXERCÍCIOS

1. (UFAM) Considere as seguintes afirmativas sobre as ondas sonoras:


I. O som audível é uma onda mecânica progressiva longitudinal cuja frequência está
compreendida, aproximadamente, entre 20Hz e 20kHz.
II. O ouvido humano é capaz de distinguir dois sons de mesma frequência e mesma
intensidade desde que as formas das ondas sonoras correspondentes a esses sons
sejam diferentes. Os dois sons têm timbres diferentes.
III. A altura de um som é caracterizada pela frequência da onda sonora. Um som de
pequena frequência é grave (baixo) e um som de grande frequência é agudo (alto).
IV. Uma onda sonora com comprimento de onda de 10 mm é classificada como
ultrassom.
V. A intensidade do som é tanto maior quanto menor for a amplitude da onda sonora.
Assinale a alternativa correta:
DADO: Quando necessário, adote o valor de 340 m/s para a velocidade do som no ar.
a) Somente as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
b) Somente as afirmativas II, III e V estão corretas.
c) Somente as afirmativas I, III, IV e V estão corretas.
d) Somente as afirmativas II, III, IV e V estão corretas.
e) Somente as afirmativas I, II, IV e V estão corretas.

2. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um guitarrista, durante


uma Jam Session, fez um solo de improviso e emitiu duas notas musicais: Lá, de
frequência 220Hz, e outra nota Lá uma oitava acima. Se a velocidade de propagação
das ondas sonoras no local valia 340m/s, o comprimento de onda associado à nota Lá
emitida pela guitarra de maior frequência foi de
(A) 38,6 cm
(B) 77,3 cm
(C) 154,5 cm
(D) 309,1 cm
(E) 618,2 cm

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 91


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

3. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) O violoncelo é um


instrumento da família dos instrumentos de corda, como o violino, viola, violão,
guitarra, contrabaixo, etc. Geralmente é tocado com arco e na posição vertical (em pé).
A afinação de suas cordas (Do 2: 65.4 Hz; Sol2: 97.99 Hz; Re3: 148.8 Hz e Lá3: 220 Hz) é
exatamente uma oitava mais grave que as de uma viola.
Ao se comparar a afinação de uma viola com de um violoncelo, percebe-se que o
violoncelo deve ter as extremidades de suas cordas
a) com a mesmas distâncias que as de uma viola.
b) com metade das distâncias que as de uma viola.
c) com mesmas distâncias que as de um violino.
d) com metade das distâncias que as de um contrabaixo.
e) com o dobro das distâncias que as de uma viola.

4. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um carro do Corpo de


Bombeiros está em repouso para combater o fogo que ataca um prédio residencial com
a sirene ligada, emitindo um sinal sonoro contínuo. Um motociclista passa pela mesma
rua e percebe que o som sofre, ao se aproximar, um aumento de intensidade e, ao se
afastar, uma redução de intensidade, ao mesmo tempo que percebe uma redução da
altura no sinal. Esta mudança na altura do sinal sonoro ocorreu devido ao
(A) movimento relativo da fonte e receptor, chamado de Efeito Doppler.
(B) movimento relativo do som e o receptor, chamado de Efeito Kepler.
(C) movimento das ondas sonoras pelo ar, chamado de Efeito Euler.
(D) ao fato de o som ser mais forte próximo à fonte.
(E) fato de o ar causar um amortecimento nas ondas sonoras, reduzindo sua intensidade.

5. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um feixe de luz


monocromática incide, a partir do ar, na superfície de um lago de águas cristalinas e é
parcialmente refletido.
Assinale a alternativa correta.
A) O feixe difratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo seu comprimento de onda
ao entrar na água.
B) O feixe difratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo sua frequência ao entrar
na água.
C) O feixe refletido não sofre qualquer alteração de cor, mantendo sua velocidade de
propagação ao entrar na água.
D) O feixe refratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo sua frequência ao entrar
na água.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 92


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

E) O feixe refratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo seu comprimento de onda
ao entrar na água.

6. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um técnico em acústica


fez a detecção de dois sinais sonoros para testar a qualidade acústica de um auditório,
onde uma orquestra estava pronta para se apresentar. Ele pediu, então para que uma
pessoa com uma flauta tocasse a nota Lá, de frequência igual a 440Hz, e, depois, pediu
para que alguém com um violino também emitisse a mesma nota.
Os dois sinais foram registrados no gráfico abaixo.

Conforme as condições termodinâmicas da sala, o valor da velocidade de propagação


das ondas sonoras era de 354m/s.
É correto afirmar que
A) Ambos instrumentos emitem um som de comprimento de onda fundamental igual a 180cm,
apresentando um sinal característico de sua amplitude particular.
B) Ambos instrumentos emitem um som de amplitude de onda fundamental igual a 80cm,
apresentando um sinal característico de seu volume particular.
C) Ambos instrumentos emitem um som de comprimento de onda fundamental igual a 124cm,
apresentando um sinal característico de seu timbre particular.
D) Ambos instrumentos emitem um som de comprimento de onda fundamental igual a 80cm,
apresentando um sinal característico de seu timbre particular.
E) Ambos instrumentos emitem um som de comprimento de onda fundamental igual a 124cm,
apresentando um sinal característico de sua afinação particular.

7. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um astrônomo mira seu


telescópio para uma galáxia muito distante e percebe que a luz das estrelas do lado
direito da galáxia, vista de perfil, tem espectros característicos todos deslocados para
valores de frequências maiores, enquanto que a luz das estrelas do lado esquerdo tem
espectros característicos todos deslocados para valores de frequências menores.
A partir desta informação, o astrônomo pode concluir que
A) a galáxia está em rotação, de forma que as estrelas do lado direito da galáxia se
aproximam da Terra, enquanto as do lado esquerdo se afastam.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 93


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

B) a galáxia não está em rotação, de forma que a diferença nas frequências se dá pelo fato
de as estrelas emitirem luz de maneira diferente, conforme suas temperaturas e tamanhos.
C) a galáxia está em rotação, de forma que as estrelas do lado esquerdo da galáxia se
aproximam da Terra, enquanto as do lado direito se afastam.
D) a galáxia está em rotação, de forma que as estrelas do lado direito apresentam um efeito
óptico devido às lentes gravitacionais.
E) a galáxia não apresenta rotação e certamente seus equipamentos estão descalibrados.

8. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Quando um motor de um


carro que estava para conserto atingiu 2400rpm, um copo que estava sobre a mesa da
oficina mecânica começou a vibrar. O fenômeno ondulatório que caracteriza este efeito
é o da
A) Refração, devido ao fato de o índice de refração natural do copo ser igual a 40.
B) Refração, devido ao fato de o comprimento de onda natural do copo ser de 40m.
C) Ressonância, devido ao fato de o comprimento de onda natural do copo ser de 40cm.
D) Ressonância, devido ao fato de a frequência natural do copo conter a frequência de
144kHz.
E) Ressonância, devido ao fato de a frequência natural do copo conter a frequência de 40Hz.

9. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma onda sonora gerada


por um carro de som à beira da praia acabou afugentando peixes e aves que estavam
próximas. Embora a origem do ruído tenha sido no ar, à beira da praia, os peixes foram
capazes de detectar essas ondas pelo fato de
A) as ondas sonoras serem parcialmente refletidas ao se refratarem para dentro da água.
B) as ondas sonoras serem concentradas para o ouvido dos peixes.
C) as ondas sonoras se propagarem mais rapidamente dentro da água que no ar.
D) as ondas sonoras serem difratadas pelas ondas ao entrar na água.
E) as ondas sonoras serem ondas longitudinais.

10. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) Um ciclista utiliza sua


buzina para chamar a atenção de um pedestre que estava sobre a ciclovia. A sirene foi
tocada três vezes: antes de passar pelo pedestre, no exato instante que o ciclista passa
ao lado do pedestre, e após ter passado pelo pedestre. A sirene emite um ruído sonoro
de frequência igual a fo.
Assim, durante a passagem do ciclista, é correto afirmar que
A) enquanto o ciclista percebe os três sinais com frequência igual a f o, o pedestre percebe os
mesmos três sinais com frequências maior, igual e menor que f o, respectivamente.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 94


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

B) enquanto o ciclista percebe os três sinais com frequência igual a f o, o pedestre percebe os
mesmos três sinais com frequências menor, maior e menor que f o, respectivamente.
C) enquanto o ciclista percebe os três sinais com frequência igual a f o, o pedestre percebe os
mesmos três sinais com frequências menor, igual e maior que f o, respectivamente.
D) ambos percebem os três sinais com frequências iguais a f o.
E) enquanto o pedestre percebe os três sinais com frequência igual a fo, o ciclista percebe os
mesmos três sinais com frequências maior, igual e menor que f o, respectivamente.

11. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Os instrumentos musicais


convencionais podem ser classificados em três categorias: aqueles em que cordas
vibrantes produzem o som, aqueles em que colunas de ar em vibração produzem o
som e aqueles em que o som é produzido pela vibração de uma superfície
bidimensional.
Em um instrumento de sopro, como as flautas, o músico sopra o ar contra a borda de
um buraco. Nessa situação o som é uma vibração de uma coluna de ar no interior do
instrumento. Essa vibração causa o estabelecimento de ondas estacionárias causadas
por reflexão na extremidade do instrumento.
Suponha que um músico deseja criar sons a partir da percussão de uma colher em um
copo parcialmente preenchido com água. À medida que o copo está sendo preenchido
com água o que ocorre com o som ouvido pelo músico?
A) A intensidade do som aumenta.
B) A altura do som aumenta.
C) A velocidade do som diminui.
D) A altura do som diminui.
E) A intensidade do som diminui.

12. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A figura abaixo indica um


feixe de luz que passa pela fenda I, depois, pela fenda II e incide sobre o anteparo III.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 95


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Assinale a alternativa que apresenta corretamente os fenômenos que ocorrem com o


feixe representado pelo trem de frentes de onda da figura ao passar pelas fendas nos
obstáculos I e II.
A) Refração e Difração.
B) Refração e Interferência.
C) Interferência e Interferência.
D) Difração e Difração.
E) Difração e Refração.

13. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A figura abaixo indica um


feixe de luz que passa pela fenda I, depois, pela fenda II e incide sobre o anteparo III,
onde se formam franjas intercaladas claras e escuras.

Selecione a alternativa que explica corretamente a formação de franjas no anteparo III.


A) As franjas claras se formam devido à Interferência construtiva e as franjas escuras devido
à Interferência destrutiva.
B) A refração das ondas após passar pelas fendas no anteparo II faz com que elas se difratem
destrutiva e construtivamente.
C) As franjas claras e escuras ocorrem por Efeito Doppler construtivo e destrutivo.
D) A Difração construtiva forma ondas claras, enquanto a Difração destrutiva forma ondas
escuras.
E) As franjas claras se formam devido à Refração construtiva e as franjas escuras devido à
Refração destrutiva.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 96


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

14. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um feixe de luz passa


pelas fendas nos anteparos I e II e incide sobre o anteparo III, conforme apresentado
abaixo.

O fenômeno ondulatório que ocorre com o feixe logo após ter passado pelo anteparo
II é o da
A) Difração.
B) Refração.
C) Interferência.
D) Polarização.
E) Reflexão.

15. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um tubo aberto em uma


das suas extremidades, de comprimento L, apresenta um modo de vibração
estacionário com ventres e nós conforme apresentado pela figura abaixo.

Sabendo que a rapidez de propagação do som no local vale V, a frequência associada


a este som vale
A) 5V/4L
B) 4L/5V

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 97


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

C) 4V/5L
D) 5L/4V
E) 2V/5L

16. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Lucas Costa) Um sinal sonoro é emitido por
uma sirene com frequência fundamental igual a 51000min-1. Sabe-se que a velocidade
de propagação das ondas sonoras no local vale 1224km/h. O comprimento de ondas
associado a este sinal sonoro vale
a) 2,4km
b) 0,24m
c) 0,024m
d) 40cm
e) 0,4cm

17. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) Um músico está afinando


uma corda de um violão que precisa atingir uma configuração que a faça emitir uma
nota musical Lá de frequência fundamental igual a 110Hz. Um afinador eletrônico indica
que a corda está emitindo um som de frequência fundamental igual a 190Hz.
Para atingir a afinação desejada, o músico deve
a) aumentar o comprimento de onda ao pressionar a corda em diferentes casas no braço do
violão.
b) aumentar o comprimento de onda na corda reduzindo a força tensora, fazendo com a
frequência fundamental sofra uma redução.
c) modificar a velocidade de propagação das ondas na corda a partir da redução da força
tensora, fazendo com que a frequência fundamental também diminua, até atingir a afinação.
d) modificar a amplitude de vibração das ondas na corda ao reduzir a força tensora, fazendo
com que a frequência fundamental também diminua, até atingir a afinação.
e) diminuir o comprimento de onda na corda aumentando a força tensora, fazendo com que
a frequência fundamental reduza até atingir afinação.

18. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) Um diapasão produz uma


onda sonora periódica de frequência fundamental igual a 440Hz. A velocidade de
propagação do som no ambiente vale 335m/s. O comprimento de onda e o período
associados a esta onda sonora valem, respectivamente,
A) 76m e 2,27s.
B) 13,1cm e 2,27min.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 98


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

C) 76cm e 2,27s.
D) 76cm e 2,27ms.
E) 13,1cm e 2,27ms.

19. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um trem de ondas planas


periódicas incide sobre uma fenda F, conforme apresentado na figura abaixo, e sofre
_______________ . Após passar pela fenda F, o trem passa por duas outras fendas, F 1
e F2, sofrendo _______________ . Após passar por todas as fendas, as ondas incidem
sobre o anteparo A, que apresenta um padrão _______________________ de
intensidade devido ao fenômeno da ___________________ .

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto acima na ordem


em que aparecem.
A) Refração – Refração – de máximos e mínimos – Interferência.
B) Difração – Difração – de máximos e mínimos – Interferência.
C) Difração – Difração – contínuo – Refração.
D) Refração – Refração – de máximos e mínimos – Polarização.
E) Difração – Difração – contínuo – Interferência.

20. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um tubo de L=1m vibrou


em ressonância com um ruído ambiente e formou em seu interior uma onda
estacionária como a apresentada abaixo.

Como a rapidez de propagação do som no local vale 340m/s, o Comprimento de Onda


e a frequência associados a esse ruído valem, respectivamente,

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 99


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

A) 0,4m e 850Hz.
B) 0,6m e 567Hz.
C) 0,8m e 425Hz.
D) 1,0m e 340Hz.
E) 1,25m e 272Hz.

21. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma corda presa em suas


extremidades vibra formando, em seu primeiro harmônico, ou modo fundamental, um
ventre de vibração entre os dois nós, afastados por 1 metro, conforme apresentado na
figura abaixo.

Nestas mesmas condições, essa corda pode apresentar outros modos de vibração,
como o segundo harmônico apresentado abaixo.

O quarto modo de vibração para essa corda e seu respectivo comprimento de onda
estão apresentados corretamente na alternativa

A) 1 m

B) 2/3 m

C) 3/2 m

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 100


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

D) 1/2 m

E) 3/4 m

22. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Exercícios físicos tendem a


promover benefícios como a melhora do condicionamento, equilíbrio, coordenação
motora, capacidade cardiorrespiratória e cardiovascular, além do aumento de força.
Determinados tipos de treino envolvem o uso da corda naval.
Suponha que uma academia exista duas dessas cordas, sendo uma presa de forma
fixa na parede, e a outra fixada em um anel móvel. Ao criar um pulso de mesma
intensidade nas duas cordas, é possível perceber que
a) não há diferença no pulso refletido entre as cordas.
b) na corda com a extremidade móvel ocorre uma polarização, já na corda com a extremidade
fixa nada ocorre.
c) na corda com a extremidade móvel ocorre uma reflexão sem mudança de fase, já na corda
com a extremidade fixa, a fase é invertida.
d) na corda com extremidade móvel não ocorre reflexão, pois a energia é dissipada pelo anel.
Por outro lado, na corda com a extremidade fixa há reflexão com mudança de fase.
e) na corda com a extremidade fixa a energia é absorvida pela parede, fazendo com que a
onda retorne com menor amplitude. Enquanto na corda com a extremidade móvel a amplitude
da onda aumenta.

23. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Tubos sonoros podem criar


ondas sonoras estacionárias, capazes de exercer forças em objetos e mantê-los
suspensos no ar, num processo conhecido como levitação acústica. Suponha um tubo
fechado nas duas extremidades com comprimento igual a 𝟔, 𝟖 𝒄𝒎 no qual é formada
uma onda estacionária com 5 nodos de deslocamento.
Se a velocidade de propagação do som no ar, no interior do tubo citado, for de 𝟑𝟒𝟎 𝒎/𝒔,
a frequência, em 𝑯𝒛, de ressonância acústica nessa estrutura será próxima de

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 101


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

a) 𝟏, 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟒
b) 𝟐, 𝟔 ⋅ 𝟏𝟎𝟐
c) 𝟒, 𝟐 ⋅ 𝟏𝟎𝟑
d) 𝟓, 𝟐 ⋅ 𝟏𝟎𝟓
e) 𝟑, 𝟔 ⋅ 𝟏𝟎𝟏

24. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa)


Qual foi o som mais alto da história?
No dia 27 de agosto de 1883, pastores de ovelhas da região de Alice Springs, na
Austrália, ouviram dois tiros de rifle vindos do Noroeste. Mas não havia sinal do
atirador. É que o som vinha de além do horizonte: 3,5 mil quilômetros além. Era a
erupção mais devastadora do Krakatoa, o vulcão na Indonésia.
Os registros barométricos da época indicam que o som tinha 172 decibéis a 150
quilômetros do vulcão. Parece pouco. Uma britadeira na orelha, por exemplo, emite 100
decibéis, e não chega a parecer do dia do Juízo Final.
https://super.abril.com.br/ciencia/o-som-mais-alto-da-historia/
Acesso em 08/05/2020
Com base em seus conhecimentos, e no texto, temos que
a) Para a Física, o som mais alto é aquele de maior frequência, tendo sido essa a premissa
usada pelo autor ao escrever o texto.
b) O som mais agudo é aquele de maior frequência, e foi esse o tipo de som emitido pelo
Krakatoa.
c) Para a Física, o som mais alto é aquele de maior frequência, tendo o autor tentado fazer
referência ao som de maior intensidade supostamente já registrado.
d) A intensidade sonora pode ser medida em uma escala linear, cuja unidade são os decibéis.
e) O som emitido pelo vulcão é 1,72 vezes mais intenso que o percebido quando uma
britadeira é operada próxima a um ser humano.

25. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Considere as afirmações


abaixo, sobre o fenômeno da difração.
I - A difração não é um fenômeno ondulatório exclusivo de ondas mecânicas.
II - A difração que ocorre quando uma onda atravessa uma fenda é tanto mais
acentuada quanto menor for a largura da fenda.
III- A difração que ocorre quando uma onda atravessa uma fenda é tanto mais
acentuada quanto maior for o comprimento de onda da onda.
Quais estão corretas?

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 102


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.

26. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa)

Uma frente de ondas retas, no interior de uma cuba, atinge uma barreira que possui
uma fenda. O trem de ondas, ao encontrar a barreira tende a
a) continuar a sua propagação em direção retilínea, em função do princípio retilíneo de
propagação de ondas.
b) sofrer reflexão e voltar sem ser capaz de atravessar a barreira devido ao fenômeno da
refração.
c) sofrer difração e avançar em todas as direções na superfície da água, fenômeno que ocorre
de forma mais expressiva quando o comprimento de onda é próximo ao tamanho da fenda
d) sofrer difração e avançar em todas as direções na superfície da água, fenômeno
enfraquecido quando o comprimento de onda é próximo ao tamanho da fenda
e) sofrer difração e avançar em todas as direções na superfície da água, fenômeno indiferente
em relação ao comprimento de onda e ao tamanho da fenda

27. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Em um deserto, um drone com


um emissor e receptor de som é arrastado por um vento forte de 𝟐𝟎, 𝟎 𝒎/𝒔 contra a
base de uma duna bastante alta. A frequência do som emitido pelo drone é de 𝟔𝟒𝟎 𝑯𝒛.
A frequência refletida pela montanha e registrada no receptor do drone é de
a) 𝟔𝟒𝟎 𝑯𝒛
b) 𝟕𝟐𝟎 𝑯𝒛
c) 𝟖𝟏𝟎 𝑯𝒛

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 103


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

d) 𝟖𝟗𝟎 𝑯𝒛
e) 𝟗𝟑𝟎 𝑯𝒛
Note e adote:
A velocidade do som no ar é de 𝟑𝟒𝟎 𝒎/𝒔.
As dimensões do drone podem ser desprezadas.

28. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Considere um sistema


formado por duas cordas com diferentes densidades lineares, 𝒅𝑨 e 𝒅𝑩 , tal que 𝒅𝑨 < 𝒅𝑩 .
Na corda A é produzido um pulso que se desloca com velocidade constante.

Após um certo intervalo de tempo, percebe-se que o pulso refratado percorreu uma
distância 5 vezes menor que a distância percorrida pelo pulso refletido.
Acerca da situação proposta, podemos afirmar que
a) 𝝁𝑨 = 𝝁𝑩 /𝟐𝟓, o pulso refletido sofre inversão de fase e o refratado não.
b) 𝝁𝑨 = 𝝁𝑩 /𝟓, o pulso refletido sofre inversão de fase e o refratado não.
c) 𝝁𝑨 = 𝝁𝑩 /𝟐𝟓, o pulso refratado sofre inversão de fase e o refletido não.
d) 𝝁𝑨 = 𝝁𝑩 /𝟓, o pulso refratado sofre inversão de fase e o refletido não.
e) 𝝁𝑨 = 𝟓 ⋅ 𝝁𝑩 o pulso refletido sofre inversão de fase e o refratado não.
Note e adote:
As trações nas duas cordas têm mesmo módulo.

29. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Duas fontes produzem


simultaneamente um único pulso transversal em cada uma das extremidades de uma
corda. O segundo encontro dos pulsos formados se dá depois de
a) 𝟏𝟐, 𝟗 𝒎𝒔
b) 𝟑𝟑, 𝟒 𝒎𝒔
c) 𝟒𝟖, 𝟏 𝒎𝒔
d) 𝟕𝟓, 𝟐 𝒎𝒔
e) 𝟗𝟑, 𝟖 𝒎𝒔
Note e adote:
A corda é ideal, de secção transversal constante, homogênea, comprimento de 𝟐𝟓𝟎 𝒄𝒎,
𝟒𝟎𝟎 𝒈 de massa e tracionada por uma força de 𝟐𝟓𝟔 𝑵. As fontes são simples e ideais.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 104


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

30. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Os tubos sonoros são


classificados em abertos e fechados. Instrumentos musicais que se utilizam de tubos
abertos possuem as duas extremidades abertas, uma delas com a embocadura e a
outra livre. Por outro lado, os que usam tubos fechados possuem a embocadura em
uma das extremidades e a outra fechada.
Considere as seguintes afirmações sobre as ondas estacionárias formadas em tubos
sonoros.
I. Para descobrirmos o harmônico dentro de um tubo fechado nas duas extremidades,
podemos olhar o número de nós formado.
II. Um tubo fechado em uma das extremidades cria ventres de deslocamento nas
extremidades abertas, ao passo que os nós se formam nas extremidades fechadas.
III. Os tubos abertos apenas emitem o som fundamental e os harmônicos de ordem
ímpar.
Está correto apenas o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

31. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Um motorista dirige por uma


estrada retilínea com velocidade 𝒗𝒄 = 𝟗𝟎 𝒌𝒎/𝒉 quando escuta o barulho de uma
ambulância vindo em seu sentido, a partir de um ponto o qual ele já havia percorrido.
A ambulância emite ondas sonoras com velocidade 𝒗𝒔 = 𝟑𝟒𝟎 𝒎/𝒔 e comprimento de
onda 𝝀𝒔 = 𝟓𝟎 𝒄𝒎. Usando um sensor, a frequência que o motorista observa das ondas
emitidas pela sirene da ambulância vale aproximadamente 𝒇𝒂𝒑 ≅ 𝟎, 𝟕𝟎 𝒌𝑯𝒛.
A velocidade relativa entre a ambulância e o carro do motorista em questão é próxima
de
a) 𝟑𝟓 𝒎/𝒔
b) 𝟒𝟓 𝒎/𝒔
c) 𝟓, 𝟎 𝒎/𝒔
d) 𝟐𝟎 𝒎/𝒔
e) 𝟗, 𝟎 𝒎/𝒔

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 105


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

32. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) A ilustração a seguir mostra a


vista superior de um reservatório na qual se propaga uma onda estacionária, produzida
na superfície da água armazenada. A cuba foi construída de modo que a profundidade
em uma parte é diferente da profundidade na outra parte.
A distância entre os traços verticais representa a distância entre duas cristas
consecutivas.

A razão 𝒇𝑨 /𝒇𝑩 entre a frequência 𝒇𝑨 da onda na parte 𝑨 da cuba e a frequência 𝒇𝑩 da


onda na parte 𝑩 é
a) 2/3
b) 3/2
c) 4/3
d) 3/4
e) 1

33. (UFLA-MG/2009) 10. (UFLA MG/2009) Uma ambulância desloca-se ao longo de uma
estrada retilínea com velocidade constante, soando sua sirene S (figura abaixo). O
esquema CORRETO indicado nas alternativas abaixo que representa a propagação das
ondas sonoras dessa sirene é:

A)

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 106


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

B)

C)

D)

34. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma corda de violão deve


ser devidamente instalada no instrumento musical de forma a obter a afinação com
harmônico fundamental em 330Hz. A corda é feita de aço, com diâmetro de 0,010”.

Escala do Violão

Fonte: Shutterstock.
A Força Tensora para se obter a afinação adequada está mais próximo de
a) 1200N

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 107


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

b) 276N
c) 7000N
d) 70N.
e) 7N
Note e Adote
1” = 2,5cm
Tamanho total da escala do violão: 65cm.
Densidade do aço: 8g/cm³
A corda tem geometria cilíndrica.
Assuma π=3.

35. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Em uma aula de física um


professor decide demonstrar os diferentes padrões de ondas estacionarias em cordas
para seus alunos. Para tal ele conecta uma corda de densidade linear 𝟎, 𝟏𝒌𝒈/𝒎 a um
oscilador que produz uma frequência constante de 500 Hz. A corda passa por uma
roldana e na outra extremidade é suspenso um cubo C de 5 cm de aresta e, cuja
densidade corresponde à 𝟐𝒈/𝒄𝒎³. Tal configuração cria o padrão de ondas
representado na figura.

Caso o recipiente no qual o cubo C está contido seja completamente preenchido com
um líquido de densidade igual a 𝟏, 𝟓 𝒈/𝒄𝒎³, qual o harmônico será estabelecido na
corda?
A) 1º Harmônico
B) 2º Harmônico
C) 3º Harmônico
D) 4º Harmônico
E) 5º Harmônico

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 108


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Gabarito

1) A 2) B 3) E

4) A 5) D 6) D

7) A 8) E 9) A

10) A 11) D 12) D

13) A 14) C 15) A

16) D 17) C 18) D

19) B 20) C 21) D

22) C 23) A 24) C

25) E 26) C 27) B

28) A 29) E 30) D

31) E 32) E 33) A

34) D 35) B

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 109


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

5) LISTA DE EXERCÍCIOS RESOLVIDA E COMENTADA


1. (UFAM) Considere as seguintes afirmativas sobre as ondas sonoras:
I. O som audível é uma onda mecânica progressiva longitudinal cuja frequência está
compreendida, aproximadamente, entre 20Hz e 20kHz.
II. O ouvido humano é capaz de distinguir dois sons de mesma frequência e mesma
intensidade desde que as formas das ondas sonoras correspondentes a esses sons
sejam diferentes. Os dois sons têm timbres diferentes.
III. A altura de um som é caracterizada pela frequência da onda sonora. Um som de
pequena frequência é grave (baixo) e um som de grande frequência é agudo (alto).
IV. Uma onda sonora com comprimento de onda de 10 mm é classificada como
ultrassom.
V. A intensidade do som é tanto maior quanto menor for a amplitude da onda sonora.
Assinale a alternativa correta:
DADO: Quando necessário, adote o valor de 340 m/s para a velocidade do som no ar.
a) Somente as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.
b) Somente as afirmativas II, III e V estão corretas.
c) Somente as afirmativas I, III, IV e V estão corretas.
d) Somente as afirmativas II, III, IV e V estão corretas.
e) Somente as afirmativas I, II, IV e V estão corretas.
Comentários
I – CORRETA.
O Som é uma Onda Mecânica longitudinal. A parte do Espectro Sonoro audível está
compreendido entre 20Hz e 20kHz = 20000Hz.
II – CORRETA.
O Timbre é uma propriedade que permite a diferenciação de sons de diferentes fontes,
mesmo que elas emitam sons com iguais Amplitudes e Frequências.
III – CORRETA.
A Altura do som é uma propriedade que está relacionada à Frequência, permitindo a
diferenciação de sons graves e agudos.
IV – CORRETA.
As ondas sonoras da faixa do Ultrassom são aquelas com frequências maiores que
20000Hz.
Para determinar a Frequência associada à onda sonora de Comprimento de Onda igual a
10mm = 10. 10-3m e que se propaga com Velocidade igual a 340m/s, usamos a seguinte relação:

𝑉 =𝜆⋅𝑓

340 = 10 ⋅ 10−3 ⋅ 𝑓

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 110


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

340
=𝑓
10 ⋅ 10−3
𝑓 = 340 ⋅ 102 = 34000 𝐻𝑧 > 20000𝐻𝑧
V – INCORRETA.
A Intensidade de uma onda sonora está relacionada diretamente à Amplitude, nos
permitindo diferenciar um som forte de um som fraco.
Gabarito: “A”

2. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um guitarrista, durante


uma Jam Session, fez um solo de improviso e emitiu duas notas musicais: Lá, de
frequência 220Hz, e outra nota Lá uma oitava acima. Se a velocidade de propagação
das ondas sonoras no local valia 340m/s, o comprimento de onda associado à nota Lá
emitida pela guitarra de maior frequência foi de
(A) 38,6 cm
(B) 77,3 cm
(C) 154,5 cm
(D) 309,1 cm
(E) 618,2 cm
Comentários
Uma nota “uma oitava acima” tem exatamente o dobro da frequência da nota de
referência. Ou seja, se a nota de referência é a Lá com 220Hz, a próxima lá, uma oitava acima,
tem 440Hz.
Assim, o comprimento de onda dessa segunda nota, fica:
𝑉 =𝜆⋅𝑓
340 = 𝜆 ⋅ 440
340
𝜆= = 0,7727 𝑚 ≈ 77,3 𝑐𝑚
440
Gabarito: “B”

3. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) O violoncelo é um


instrumento da família dos instrumentos de corda, como o violino, viola, violão,
guitarra, contrabaixo, etc. Geralmente é tocado com arco e na posição vertical (em pé).
A afinação de suas cordas (Do2: 65.4 Hz; Sol2: 97.99 Hz; Re3: 148.8 Hz e Lá3: 220 Hz) é
exatamente uma oitava mais grave que as de uma viola.
Ao se comparar a afinação de uma viola com de um violoncelo, percebe-se que o
violoncelo deve ter as extremidades de suas cordas
a) com a mesmas distâncias que as de uma viola.
b) com metade das distâncias que as de uma viola.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 111


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

c) com mesmas distâncias que as de um violino.


d) com metade das distâncias que as de um contrabaixo.
e) com o dobro das distâncias que as de uma viola.
Comentários
O fato de as cordas dos violoncelos terem uma afinação padrão com uma oitava abaixo
significa que elas têm metade das respectivas frequências das cordas em violas.
Uma maneira de se obter sons com menores frequências em cordas é, justamente,
afastando seus pontos de fixação.
Para metade das frequências, deve-se dobrar as distâncias de fixação das extremidades.
Gabarito: “E”.

4. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um carro do Corpo de


Bombeiros está em repouso para combater o fogo que ataca um prédio residencial com
a sirene ligada, emitindo um sinal sonoro contínuo. Um motociclista passa pela mesma
rua e percebe que o som sofre, ao se aproximar, um aumento de intensidade e, ao se
afastar, uma redução de intensidade, ao mesmo tempo que percebe uma redução da
altura no sinal. Esta mudança na altura do sinal sonoro ocorreu devido ao
(A) movimento relativo da fonte e receptor, chamado de Efeito Doppler.
(B) movimento relativo do som e o receptor, chamado de Efeito Kepler.
(C) movimento das ondas sonoras pelo ar, chamado de Efeito Euler.
(D) ao fato de o som ser mais forte próximo à fonte.
(E) fato de o ar causar um amortecimento nas ondas sonoras, reduzindo sua intensidade.
Comentários
O aumento, ao se aproximar, e redução, ao se afastar, da Intensidade sonora ocorreu
porque o ar amortece as ondas sonoras, atenuando e reduzindo sua Amplitude. A Intensidade
sonora é sempre mais intensa mais próximo à fonte emissora.
Entretanto, a redução da altura do sinal se deve ao Efeito Doppler, onde a Frequência do
sinal sonoro é maior que o emitido pela fonte ao se aproximar e, consequentemente menor ao
se afastar do receptor.
Neste caso, a fonte estava parada e o receptor que se moveu em relação a ela,
percebendo sons de mais altos (com maiores frequências) ao se aproximar e, após passar pelo
carro dos bombeiros, percebendo uma redução nas frequências da sirene.
Gabarito: “A”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 112


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

5. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um feixe de luz


monocromática incide, a partir do ar, na superfície de um lago de águas cristalinas e é
parcialmente refletido.
Assinale a alternativa correta.
A) O feixe difratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo seu comprimento de onda
ao entrar na água.
B) O feixe difratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo sua frequência ao entrar
na água.
C) O feixe refletido não sofre qualquer alteração de cor, mantendo sua velocidade de
propagação ao entrar na água.
D) O feixe refratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo sua frequência ao entrar
na água.
E) O feixe refratado não sofre qualquer alteração de cor, mantendo seu comprimento de onda
ao entrar na água.
Comentários
A Refração é um fenômeno ondulatório que ocorre quando uma onda sofre uma mudança
de meio. Esta mudança de meio modifica a velocidade de propagação e, consequentemente, o
comprimento de onda, não alterando a frequência.
Sempre que uma onda sofre Refração, uma parte também é refletida. A parte refletida
volta para o meio incidente.
Portanto, o feixe de luz monocromática que refrata e passa a se propagar no interior da
água do lago mantém sua cor, pois mantém sua frequência inalterada.
Gabarito: “D”

6. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um técnico em acústica


fez a detecção de dois sinais sonoros para testar a qualidade acústica de um auditório,
onde uma orquestra estava pronta para se apresentar. Ele pediu, então para que uma
pessoa com uma flauta tocasse a nota Lá, de frequência igual a 440Hz, e, depois, pediu
para que alguém com um violino também emitisse a mesma nota.
Os dois sinais foram registrados no gráfico abaixo.

Conforme as condições termodinâmicas da sala, o valor da velocidade de propagação


das ondas sonoras era de 354m/s.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 113


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

É correto afirmar que


A) Ambos instrumentos emitem um som de comprimento de onda fundamental igual a 180cm,
apresentando um sinal característico de sua amplitude particular.
B) Ambos instrumentos emitem um som de amplitude de onda fundamental igual a 80cm,
apresentando um sinal característico de seu volume particular.
C) Ambos instrumentos emitem um som de comprimento de onda fundamental igual a 124cm,
apresentando um sinal característico de seu timbre particular.
D) Ambos instrumentos emitem um som de comprimento de onda fundamental igual a 80cm,
apresentando um sinal característico de seu timbre particular.
E) Ambos instrumentos emitem um som de comprimento de onda fundamental igual a 124cm,
apresentando um sinal característico de sua afinação particular.
Comentários
Com a velocidade de propagação e a frequência da nota fundamental do som emitido
pelos dois instrumentos, podemos calcular o comprimento de onda associado com a equação
abaixo:
𝑉 =𝜆⋅𝑓
Dados: V=354m/s f=440Hz
354 = 𝜆 ⋅ 440
354
𝜆= = 0,8 𝑚 = 80 𝑐𝑚
440
Os sinais registrados pela detecção mostram uma composição de frequências que,
embora ambos instrumentos emitam a mesma nota musical de frequência fundamental, cada
curva é característica de cada particularidade do instrumento em produzir sons, tendo timbres
diferentes.
Gabarito: “D”

7. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um astrônomo mira seu


telescópio para uma galáxia muito distante e percebe que a luz das estrelas do lado
direito da galáxia, vista de perfil, tem espectros característicos todos deslocados para
valores de frequências maiores, enquanto que a luz das estrelas do lado esquerdo tem
espectros característicos todos deslocados para valores de frequências menores.
A partir desta informação, o astrônomo pode concluir que
A) a galáxia está em rotação, de forma que as estrelas do lado direito da galáxia se
aproximam da Terra, enquanto as do lado esquerdo se afastam.
B) a galáxia não está em rotação, de forma que a diferença nas frequências se dá pelo fato
de as estrelas emitirem luz de maneira diferente, conforme suas temperaturas e tamanhos.
C) a galáxia está em rotação, de forma que as estrelas do lado esquerdo da galáxia se
aproximam da Terra, enquanto as do lado direito se afastam.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 114


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

D) a galáxia está em rotação, de forma que as estrelas do lado direito apresentam um efeito
óptico devido às lentes gravitacionais.
E) a galáxia não apresenta rotação e certamente seus equipamentos estão descalibrados.
Comentários
Conforme o Efeito Doppler, um receptor que se aproxima de uma fonte emissora de ondas
percebe uma frequência maior que as ondas emitidas originalmente pela fonte, enquanto que
um receptor que se afasta de uma fonte percebe uma frequência menor que as emitidas
originalmente pela fonte.
As frequências das ondas percebidas ou detectadas por um receptor somente serão
idênticas às emitidas pela fonte se eles não se moverem entre si.
Como o lado direito da galáxia tem espectros luminosos característicos deslocados para
valores de frequências maiores, então este lado está em aproximação com o astrônomo aqui na
Terra. Da mesma forma, as estrelas do lado esquerdo estão em afastamento, fazendo com que
se conclua o fato da galáxia estar rotacionado.
Gabarito: “A”

8. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Quando um motor de um


carro que estava para conserto atingiu 2400rpm, um copo que estava sobre a mesa da
oficina mecânica começou a vibrar. O fenômeno ondulatório que caracteriza este efeito
é o da
A) Refração, devido ao fato de o índice de refração natural do copo ser igual a 40.
B) Refração, devido ao fato de o comprimento de onda natural do copo ser de 40m.
C) Ressonância, devido ao fato de o comprimento de onda natural do copo ser de 40cm.
D) Ressonância, devido ao fato de a frequência natural do copo conter a frequência de
144kHz.
E) Ressonância, devido ao fato de a frequência natural do copo conter a frequência de 40Hz.
Comentários
Quando o motor do carro atingiu 2400rpm, rotações por minuto, que se equivale a uma
frequência de 40Hz (basta dividir o valor em rpm por 60), o copo começou a vibrar por
Ressonância.
Um corpo vibra espontaneamente quando incidido por uma onda quando a frequência
dessa onda coincide com sua frequência natural de vibração.
Refração ocorre quando uma onda troca de meio.
Gabarito: “E”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 115


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

9. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma onda sonora gerada


por um carro de som à beira da praia acabou afugentando peixes e aves que estavam
próximas. Embora a origem do ruído tenha sido no ar, à beira da praia, os peixes foram
capazes de detectar essas ondas pelo fato de
A) as ondas sonoras serem parcialmente refletidas ao se refratarem para dentro da água.
B) as ondas sonoras serem concentradas para o ouvido dos peixes.
C) as ondas sonoras se propagarem mais rapidamente dentro da água que no ar.
D) as ondas sonoras serem difratadas pelas ondas ao entrar na água.
E) as ondas sonoras serem ondas longitudinais.
Comentários
Os peixes foram capazes de detectar o ruído com origem fora da água pelo fato de as
ondas sonoras sofrerem Refração ao entrarem e se propagarem dentro da água.
Sempre que uma onda sofre Refração ao trocar de meio, ela é parcialmente refletida na
interface que separa esses meios.
As ondas sonoras não são concentradas nos ouvidos dos peixes. Elas simplesmente se
propagam e se dissipam pelo ambiente, pelo ar, pela água e pelo solo.
As ondas sonoras são exemplos de ondas mecânicas longitudinais que se propagam mais
rapidamente pela água que pelo ar, mas estes fatos não respondem ao comando do enunciado.
A Difração ocorre quando uma onda contorna um obstáculo. Os peixes detectam as ondas
que se refrataram para a água.
Gabarito: “A”

10. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) Um ciclista utiliza sua


buzina para chamar a atenção de um pedestre que estava sobre a ciclovia. A sirene foi
tocada três vezes: antes de passar pelo pedestre, no exato instante que o ciclista passa
ao lado do pedestre, e após ter passado pelo pedestre. A sirene emite um ruído sonoro
de frequência igual a fo.
Assim, durante a passagem do ciclista, é correto afirmar que
A) enquanto o ciclista percebe os três sinais com frequência igual a f o, o pedestre percebe os
mesmos três sinais com frequências maior, igual e menor que f o, respectivamente.
B) enquanto o ciclista percebe os três sinais com frequência igual a f o, o pedestre percebe os
mesmos três sinais com frequências menor, maior e menor que f o, respectivamente.
C) enquanto o ciclista percebe os três sinais com frequência igual a f o, o pedestre percebe os
mesmos três sinais com frequências menor, igual e maior que fo, respectivamente.
D) ambos percebem os três sinais com frequências iguais a f o.
E) enquanto o pedestre percebe os três sinais com frequência igual a f o, o ciclista percebe os
mesmos três sinais com frequências maior, igual e menor que f o, respectivamente.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 116


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Comentários
Por efeito Doppler, quando um receptor se aproxima da fonte, ele percebe uma frequência
maior que a originalmente emitida pela fonte. Quando um receptor de afasta, ele percebe uma
frequência menor que a originalmente emitida pela fonte. Se não houver movimento relativo entre
fonte e receptor, então não há diferença entre a frequência percebia e a emitida.
Assim, para o ciclista, que se move junto à buzina, não há qualquer alteração da
frequência percebida em relação à emitida, fazendo com que perceba, durante as situações de
aproximação, passagem e afastamento do pedestre, a mesma frequência f o.
Já o pedestre irá perceber uma frequência maior que f o durante a aproximação, uma
frequência igual a fo durante a passagem, e uma frequência menor que f o durante o afastamento
do ciclista.
Gabarito: “A”

11. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Os instrumentos musicais


convencionais podem ser classificados em três categorias: aqueles em que cordas
vibrantes produzem o som, aqueles em que colunas de ar em vibração produzem o
som e aqueles em que o som é produzido pela vibração de uma superfície
bidimensional.
Em um instrumento de sopro, como as flautas, o músico sopra o ar contra a borda de
um buraco. Nessa situação o som é uma vibração de uma coluna de ar no interior do
instrumento. Essa vibração causa o estabelecimento de ondas estacionárias causadas
por reflexão na extremidade do instrumento.
Suponha que um músico deseja criar sons a partir da percussão de uma colher em um
copo parcialmente preenchido com água. À medida que o copo está sendo preenchido
com água o que ocorre com o som ouvido pelo músico?
A) A intensidade do som aumenta.
B) A altura do som aumenta.
C) A velocidade do som diminui.
D) A altura do som diminui.
E) A intensidade do som diminui.
Comentários:
À medida que o copo é preenchido com água os sons originados no copo, que são
produzidos por meio das vibrações das paredes do copo, apresentam uma diminuição em sua
frequência. Ou seja, o som se torna mais grave, apresentando uma menor altura.
Esse comportamento decorre do fato de que preencher o copo com água se assemelha a
aumentar a massa da parede vibrante do copo e, esse aumento da massa faz aumentar a inércia
das paredes vibrantes, diminuindo a frequência de vibração. De forma análoga, ao aumentar a
massa de um sistema massa-mola, esta passa a oscilar mais lentamente.
Gabarito: “D”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 117


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

12. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A figura abaixo indica um


feixe de luz que passa pela fenda I, depois, pela fenda II e incide sobre o anteparo III.

Assinale a alternativa que apresenta corretamente os fenômenos que ocorrem com o


feixe representado pelo trem de frentes de onda da figura ao passar pelas fendas nos
obstáculos I e II.
A) Refração e Difração.
B) Refração e Interferência.
C) Interferência e Interferência.
D) Difração e Difração.
E) Difração e Refração.
Comentários
Uma onda sofre Difração ao contornar um obstáculo, como uma fenda, por exemplo.
Portanto, ao passar pela fenda do obstáculo I e pelas fendas do obstáculo II, a luz sofreu
Difração nos dois casos.
Gabarito: “D”.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 118


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

13. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) A figura abaixo indica um


feixe de luz que passa pela fenda I, depois, pela fenda II e incide sobre o anteparo III,
onde se formam franjas intercaladas claras e escuras.

Selecione a alternativa que explica corretamente a formação de franjas no anteparo III.


A) As franjas claras se formam devido à Interferência construtiva e as franjas escuras devido
à Interferência destrutiva.
B) A refração das ondas após passar pelas fendas no anteparo II faz com que elas se difratem
destrutiva e construtivamente.
C) As franjas claras e escuras ocorrem por Efeito Doppler construtivo e destrutivo.
D) A Difração construtiva forma ondas claras, enquanto a Difração destrutiva forma ondas
escuras.
E) As franjas claras se formam devido à Refração construtiva e as franjas escuras devido à
Refração destrutiva.
Comentários
Ao passar pela fenda do obstáculo I e pelas fendas do obstáculo II, a luz sofreu Difração.
Após o anteparo com a fenda dupla, as ondas se interferem e atingem o anteparo III. Onde
ocorre Interferência construtiva, forma-se uma franja clara. Onde ocorre Interferência destrutiva,
forma-se uma franja escura.
Gabarito: “A”.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 119


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

14. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um feixe de luz passa


pelas fendas nos anteparos I e II e incide sobre o anteparo III, conforme apresentado
abaixo.

O fenômeno ondulatório que ocorre com o feixe logo após ter passado pelo anteparo
II é o da
A) Difração.
B) Refração.
C) Interferência.
D) Polarização.
E) Reflexão.
Comentários
Ao passar pelo anteparo com a fenda dupla, anteparo II, as ondas se interferem e atingem
o anteparo III, caracterizando o fenômeno da Interferência.
Ao passar pela fenda do obstáculo I e pelas fendas do obstáculo II, a luz sofreu Difração.
Portanto, logo após ter passado pelo anteparo II, temos o fenômeno da Interferência.
A Reflexão se caracteriza pelo retorno de uma onda ao atingir um obstáculo.
A Difração se caracteriza pela mudança de meio de propagação.
A polarização ocorre quando se seleciona uma direção de vibração transversal.
Gabarito: “C”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 120


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

15. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um tubo aberto em uma


das suas extremidades, de comprimento L, apresenta um modo de vibração
estacionário com ventres e nós conforme apresentado pela figura abaixo.

Sabendo que a rapidez de propagação do som no local vale V, a frequência associada


a este som vale
A) 5V/4L
B) 4L/5V
C) 4V/5L
D) 5L/4V
E) 2V/5L
Comentários
Um Comprimento de Onda se equivale à distância entre três nodos (nós) consecutivos,
formando dois ventres completos.

Comprimento de Onda λ
Então, podemos escrever a seguinte relação:
4
𝜆 = ⋅𝐿
5
Para calcular a frequência, usamos:
𝑉 =𝜆⋅𝑓
4
𝑉= ⋅𝐿⋅𝑓
5
5⋅𝑉
𝑓=
4⋅𝐿
Gabarito: “A”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 121


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

16. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Lucas Costa) Um sinal sonoro é emitido por
uma sirene com frequência fundamental igual a 51000min -1. Sabe-se que a velocidade
de propagação das ondas sonoras no local vale 1224km/h. O comprimento de ondas
associado a este sinal sonoro vale
a) 2,4km
b) 0,24m
c) 0,024m
d) 40cm
e) 0,4cm
Comentários
O comprimento de onda associado a um sinal sonoro de frequência f que se propaga com
velocidade V pode ser obtido a partir da relação abaixo:
𝑉 =𝜆⋅𝑓
Uma frequência de 51000min-1 se equivale a 850Hz, pois 1min-1 é equivalente a 60s-1,
que é 60Hz.
1 min-1 -------------------- (1/60) Hz = (1/60) s-1
51000 min-1 -------------------- f
Assim, a frequência do sinal da sirene vale f = 850Hz.
Como a velocidade de propagação das ondas sonoras no local vale 1224km/h, o
comprimento de onda fica:
Dados: V=1224km/h=1224/3,6=340m/s f=850Hz
340 = 𝜆 ⋅ 850
340
=𝜆
850
1
𝜆= = 0,4𝑚 = 40𝑐𝑚
2,5
Gabarito: “D”.

17. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) Um músico está afinando


uma corda de um violão que precisa atingir uma configuração que a faça emitir uma
nota musical Lá de frequência fundamental igual a 110Hz. Um afinador eletrônico indica
que a corda está emitindo um som de frequência fundamental igual a 190Hz.
Para atingir a afinação desejada, o músico deve
a) aumentar o comprimento de onda ao pressionar a corda em diferentes casas no braço do
violão.
b) aumentar o comprimento de onda na corda reduzindo a força tensora, fazendo com a
frequência fundamental sofra uma redução.
c) modificar a velocidade de propagação das ondas na corda a partir da redução da força
tensora, fazendo com que a frequência fundamental também diminua, até atingir a afinação.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 122


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

d) modificar a amplitude de vibração das ondas na corda ao reduzir a força tensora, fazendo
com que a frequência fundamental também diminua, até atingir a afinação.
e) diminuir o comprimento de onda na corda aumentando a força tensora, fazendo com que
a frequência fundamental reduza até atingir afinação.
Comentários
No caso de um violão, a frequência fundamental de vibração de uma corda é modificada
pelo músico a partir da mudança no “aperto” da corda.
Esse “aperto” nada mais é que a força tensora na corda.
Modificar a força tensora na corda fará com que a velocidade de propagação das ondas
seja modificada, conforme a relação apresentada pela Equação de Taylor.

𝐹𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜
𝑉𝑜𝑛𝑑𝑎𝑠 = √
𝑐𝑜𝑟𝑑𝑎 𝜇

Ao se reduzir a força de tensão na corda, a velocidade de propagação das ondas também


se reduz.
Assim, conforme a relação 𝑉 = 𝜆 ⋅ 𝑓 , uma redução na velocidade de propagação causa
uma redução da frequência de vibração da corda.
Isto ocorre devido ao fato de que o comprimento de onda em uma corda de violão depende
da distância entre os pontos de fixação das extremidades da corda, que são fixos.
Portanto, para reduzir a frequência de 190Hz para a frequência de afinação desejada igual
a 110Hz, o músico deve reduzir o “aperto” da corda, reduzindo a força tensora na qual ela está
submetida, que reduzirá a velocidade de propagação das ondas e, consequentemente, também
reduzirá a frequência da nota fundamental emitida.
A frequência de vibração de uma corda independe da amplitude de oscilação.
Gabarito: “C”

18. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/ Prof. Henrique Goulart) Um diapasão produz uma


onda sonora periódica de frequência fundamental igual a 440Hz. A velocidade de
propagação do som no ambiente vale 335m/s. O comprimento de onda e o período
associados a esta onda sonora valem, respectivamente,
A) 76m e 2,27s.
B) 13,1cm e 2,27min.
C) 76cm e 2,27s.
D) 76cm e 2,27ms.
E) 13,1cm e 2,27ms.
Comentários
O comprimento de onda pode ser obtido diretamente pela equação abaixo:
𝑉 =𝜆⋅𝑓
Dados: V=335m/s f=440Hz

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 123


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

335 = 𝜆 ⋅ 440
335
𝜆= = 0,76 = 76 𝑐𝑚
440
O período pode ser obtido pela seguinte relação:
1
𝑇=
𝑓
1
𝑇= = 2,27 ⋅ 10−3 = 2,27 𝑚𝑠
440
Gabarito: “D”

19. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um trem de ondas planas


periódicas incide sobre uma fenda F, conforme apresentado na figura abaixo, e sofre
_______________ . Após passar pela fenda F, o trem passa por duas outras fendas, F 1
e F2, sofrendo _______________ . Após passar por todas as fendas, as ondas incidem
sobre o anteparo A, que apresenta um padrão _______________________ de
intensidade devido ao fenômeno da ___________________ .

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto acima na ordem


em que aparecem.
A) Refração – Refração – de máximos e mínimos – Interferência.
B) Difração – Difração – de máximos e mínimos – Interferência.
C) Difração – Difração – contínuo – Refração.
D) Refração – Refração – de máximos e mínimos – Polarização.
E) Difração – Difração – contínuo – Interferência.
Comentários
Uma onda sofre Difração ao contornar um obstáculo, como ocorre com as frentes de onda
ao passar pelas fendas F, F1 e F2.
Após passar pelas fendas, as frentes que seguiram em direção ao anteparo A se
sobrepuseram, caracterizando o fenômeno da Interferência.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 124


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Devido à Interferência, no anteparo, as frentes formarão um padrão de máximos e


mínimos intercalados de intensidade: máximos onde as frentes se interferem construtivamente e
mínimos onde as frentes se interferem destrutivamente.
Refração ocorre quando uma onda troca de meio de propagação, mudando sua
velocidade.
Polarização, que só ocorre com ondas transversais, é a seleção de uma direção de
vibração de uma onda transversal.
Gabarito: “B”

20. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Um tubo de L=1m vibrou


em ressonância com um ruído ambiente e formou em seu interior uma onda
estacionária como a apresentada abaixo.

Como a rapidez de propagação do som no local vale 340m/s, o Comprimento de Onda


e a frequência associados a esse ruído valem, respectivamente,
A) 0,4m e 850Hz.
B) 0,6m e 567Hz.
C) 0,8m e 425Hz.
D) 1,0m e 340Hz.
E) 1,25m e 272Hz.
Comentários
Um Comprimento de Onda se equivale à distância entre três nodos (nós) consecutivos,
formando dois ventres completos.

Comprimento de Onda λ

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 125


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Então, podemos escrever a seguinte relação:


4
𝜆 = ⋅𝐿
5
Assim, temos:
4
𝜆 = ⋅ 1 = 0,8 𝑚
5
Para calcular a frequência, usamos:
𝑉 =𝜆⋅𝑓
Dados: V=340m/s λ=0,8m
340 = 0,8 ⋅ 𝑓
340
𝑓= = 425 𝐻𝑧
0,8
Gabarito: “C”

21. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma corda presa em suas


extremidades vibra formando, em seu primeiro harmônico, ou modo fundamental, um
ventre de vibração entre os dois nós, afastados por 1 metro, conforme apresentado na
figura abaixo.

Nestas mesmas condições, essa corda pode apresentar outros modos de vibração,
como o segundo harmônico apresentado abaixo.

O quarto modo de vibração para essa corda e seu respectivo comprimento de onda
estão apresentados corretamente na alternativa
A) 1 m

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 126


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

B) 2/3 m

C) 3/2 m

D) 1/2 m

E) 3/4 m

Comentários
Como as extremidades da corda estão afastadas por 1 m, os comprimentos de onda
associados aos harmônicos ficam:

1º Harmônico - Fundamental

2º Harmônico

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 127


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

3º Harmônico

4º Harmônico

Gabarito: “D”

22. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Exercícios físicos tendem a


promover benefícios como a melhora do condicionamento, equilíbrio, coordenação
motora, capacidade cardiorrespiratória e cardiovascular, além do aumento de força.
Determinados tipos de treino envolvem o uso da corda naval.
Suponha que uma academia exista duas dessas cordas, sendo uma presa de forma
fixa na parede, e a outra fixada em um anel móvel. Ao criar um pulso de mesma
intensidade nas duas cordas, é possível perceber que
a) não há diferença no pulso refletido entre as cordas.
b) na corda com a extremidade móvel ocorre uma polarização, já na corda com a extremidade
fixa nada ocorre.
c) na corda com a extremidade móvel ocorre uma reflexão sem mudança de fase, já na corda
com a extremidade fixa, a fase é invertida.
d) na corda com extremidade móvel não ocorre reflexão, pois a energia é dissipada pelo anel.
Por outro lado, na corda com a extremidade fixa há reflexão com mudança de fase.
e) na corda com a extremidade fixa a energia é absorvida pela parede, fazendo com que a
onda retorne com menor amplitude. Enquanto na corda com a extremidade móvel a amplitude
da onda aumenta.
Comentários
a) Incorreta. Quando imprimimos um pulso em cordas de extremidade fixa, o pulso
refletido terá inversão de fase. Na corda de extremidade móvel, não ocorrerá a inversão de fases.
b) Incorreta. Polarização é o fenômeno onde ondas transversais atravessam um filtro que
só deixa passar ondas de um plano específico. Como a onda nessa corda só está em um plano,
não ocorre polarização. E sim reflexão.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 128


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

c) Correta. A corda com a extremidade móvel, a onda será refletida sem mudança de fase,
enquanto na corda com a extremidade fixa, ocorrerá a mudança de fase.
d) Incorreta. Ocorrerá reflexão em ambas as cordas. Na corda com extremidade móvel
haverá reflexão com mudança de fase.
e) Incorreta. Na reflexão não há mudança na amplitude da onda.
Gabarito: “C”

23. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Tubos sonoros podem criar


ondas sonoras estacionárias, capazes de exercer forças em objetos e mantê-los
suspensos no ar, num processo conhecido como levitação acústica. Suponha um tubo
fechado nas duas extremidades com comprimento igual a 𝟔, 𝟖 𝒄𝒎 no qual é formada
uma onda estacionária com 5 nodos de deslocamento.
Se a velocidade de propagação do som no ar, no interior do tubo citado, for de 𝟑𝟒𝟎 𝒎/𝒔,
a frequência, em 𝑯𝒛, de ressonância acústica nessa estrutura será próxima de
a) 𝟏, 𝟑 ⋅ 𝟏𝟎𝟒
b) 𝟐, 𝟔 ⋅ 𝟏𝟎𝟐
c) 𝟒, 𝟐 ⋅ 𝟏𝟎𝟑
d) 𝟓, 𝟐 ⋅ 𝟏𝟎𝟓
e) 𝟑, 𝟔 ⋅ 𝟏𝟎𝟏
Comentários
Para descobrirmos o harmônico dentro de um tubo fechado nas duas extremidades,
podemos pensar no número de nós, ou nodos de deslocamento formados. No caso em questão
temos 𝑁 = 6. Finalmente:
𝑁⋅𝑣
𝑓=
2⋅𝐿
5 ⋅ 340
𝑓= = 2,5 ⋅ 50 ⋅ 102 = 125 ⋅ 102
2 ⋅ 6,8 ⋅ 10−2
𝑓 = 1,25 ⋅ 104 𝐻𝑧 ≅ 1,3 ⋅ 104 𝐻𝑧
Gabarito: “A”

24. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa)


Qual foi o som mais alto da história?
No dia 27 de agosto de 1883, pastores de ovelhas da região de Alice Springs, na
Austrália, ouviram dois tiros de rifle vindos do Noroeste. Mas não havia sinal do
atirador. É que o som vinha de além do horizonte: 3,5 mil quilômetros além. Era a
erupção mais devastadora do Krakatoa, o vulcão na Indonésia.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 129


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Os registros barométricos da época indicam que o som tinha 172 decibéis a 150
quilômetros do vulcão. Parece pouco. Uma britadeira na orelha, por exemplo, emite 100
decibéis, e não chega a parecer do dia do Juízo Final.
https://super.abril.com.br/ciencia/o-som-mais-alto-da-historia/
Acesso em 08/05/2020
Com base em seus conhecimentos, e no texto, temos que
a) Para a Física, o som mais alto é aquele de maior frequência, tendo sido essa a premissa
usada pelo autor ao escrever o texto.
b) O som mais agudo é aquele de maior frequência, e foi esse o tipo de som emitido pelo
Krakatoa.
c) Para a Física, o som mais alto é aquele de maior frequência, tendo o autor tentado fazer
referência ao som de maior intensidade supostamente já registrado.
d) A intensidade sonora pode ser medida em uma escala linear, cuja unidade são os decibéis.
e) O som emitido pelo vulcão é 1,72 vezes mais intenso que o percebido quando uma
britadeira é operada próxima a um ser humano.
Comentários
a) Incorreta. Para a Física, o som mais alto é aquele de maior frequência. Contudo, o autor
quis fazer referência ao suposto som de maior intensidade já registrado, e o não e de maior
altura.
b) Incorreta. O som mais agudo é aquele de maior frequência, mas não temos certeza da
frequência do som emitido pelo vulcão. O que o autor tentou citar, foi um som de grande
intensidade.
c) Correta. Para a Física, o som mais alto é aquele de maior frequência, tendo o autor
tentado fazer referência ao som de maior intensidade supostamente já registrado. Temos como
evidência disso, o fato dele ter citado a escalada de intensidade sonora em decibéis ainda no
texto.
d) Incorreta. A intensidade sonora pode ser medida em uma escala logarítmica, cuja
unidade são os decibéis.
e) Incorreta. A escala de intensidade sonora não é linear. Sendo assim, devemos assumir
que o som emitido pelo vulcão será bem mais intenso que somente 1,72 vezes o percebido
quando uma britadeira é operada próxima a um ser humano.
Gabarito: “C”

25. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Considere as afirmações


abaixo, sobre o fenômeno da difração.
I - A difração não é um fenômeno ondulatório exclusivo de ondas mecânicas.
II - A difração que ocorre quando uma onda atravessa uma fenda é tanto mais
acentuada quanto menor for a largura da fenda.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 130


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

III- A difração que ocorre quando uma onda atravessa uma fenda é tanto mais
acentuada quanto maior for o comprimento de onda da onda.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III.
(E) I, II e III.
Comentários
I – Correta. A difração pode ocorrer tanto em ondas mecânicas, como as sonoras, quanto
em ondas eletromagnéticas, como a luz.
II – Correta. O fenômeno da difração ocorre de maneira mais acentuada se o obstáculo,
como a fenda, tiver tamanho da mesma ordem de grandeza do comprimento da onda, ou menor.
III – Correta. Quanto maior o comprimento da onda, ou menor o comprimento da fenda,
mais pronunciado será o fenômeno da difração.
Gabarito: “E”

26. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa)

Uma frente de ondas retas, no interior de uma cuba, atinge uma barreira que possui
uma fenda. O trem de ondas, ao encontrar a barreira tende a
a) continuar a sua propagação em direção retilínea, em função do princípio retilíneo de
propagação de ondas.
b) sofrer reflexão e voltar sem ser capaz de atravessar a barreira devido ao fenômeno da
refração.
c) sofrer difração e avançar em todas as direções na superfície da água, fenômeno que ocorre
de forma mais expressiva quando o comprimento de onda é próximo ao tamanho da fenda
d) sofrer difração e avançar em todas as direções na superfície da água, fenômeno
enfraquecido quando o comprimento de onda é próximo ao tamanho da fenda

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 131


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

e) sofrer difração e avançar em todas as direções na superfície da água, fenômeno indiferente


em relação ao comprimento de onda e ao tamanho da fenda
Comentários
Uma onda é capaz de contornar um obstáculo que intercepte a sua propagação. Esse
fenômeno é denominado difração, e prova ser incorreta a generalização de que os raios de onda
são retilíneos, ainda que em meios homogêneos.
Imagine um trem de ondas se propagando na superfície da água, no interior de uma cuba,
até que uma barreira com uma fenda é atingida. Caso a propagação fosse retilínea, as ondas
permaneceriam com direção e sentido constantes, entretanto, é observado que as ondas
avançam em todas as direções na superfície da água.

Quando o comprimento de onda é próximo ao tamanho da fenda, a difração ocorre de


forma mais expressiva.

À medida que o comprimento da fenda diminui, e se aproxima do comprimento de onda


dos pulsos incidentes, mais observável é o fenômeno da difração.
Gabarito: “C”

27. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Em um deserto, um drone com


um emissor e receptor de som é arrastado por um vento forte de 𝟐𝟎, 𝟎 𝒎/𝒔 contra a
base de uma duna bastante alta. A frequência do som emitido pelo drone é de 𝟔𝟒𝟎 𝑯𝒛.
A frequência refletida pela montanha e registrada no receptor do drone é de
a) 𝟔𝟒𝟎 𝑯𝒛
b) 𝟕𝟐𝟎 𝑯𝒛

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 132


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

c) 𝟖𝟏𝟎 𝑯𝒛
d) 𝟖𝟗𝟎 𝑯𝒛
e) 𝟗𝟑𝟎 𝑯𝒛
Note e adote:
A velocidade do som no ar é de 𝟑𝟒𝟎 𝒎/𝒔.
As dimensões do drone podem ser desprezadas.
Comentários
A onda recebida pela duna é refletida e retorna ao drone. Portanto, ocorre efeito Doppler
para a frequência que chega à duna, já que o drone é uma fonte móvel.
𝑣𝑠
𝑓1 = 𝑓0 ⋅
𝑣𝑠 − 20
Em seguida, temos o efeito Doppler para a frequência que chega até o drone.
𝑣𝑠 + 20
𝑓2 = 𝑓1 ⋅
𝑣𝑠
Finamente:
𝑣𝑠 + 20
𝑓2 = 𝑓0 ⋅
𝑣𝑠 − 20
340 + 20
𝑓2 = 𝑓0 ⋅
340 − 20
360
𝑓2 = 640 ⋅ = 2 ⋅ 360 = 720 𝐻𝑧
320
Gabarito: “B”

28. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Considere um sistema


formado por duas cordas com diferentes densidades lineares, 𝒅𝑨 e 𝒅𝑩 , tal que 𝒅𝑨 < 𝒅𝑩 .
Na corda A é produzido um pulso que se desloca com velocidade constante.

Após um certo intervalo de tempo, percebe-se que o pulso refratado percorreu uma
distância 5 vezes menor que a distância percorrida pelo pulso refletido.
Acerca da situação proposta, podemos afirmar que
a) 𝝁𝑨 = 𝝁𝑩 /𝟐𝟓, o pulso refletido sofre inversão de fase e o refratado não.
b) 𝝁𝑨 = 𝝁𝑩 /𝟓, o pulso refletido sofre inversão de fase e o refratado não.
c) 𝝁𝑨 = 𝝁𝑩 /𝟐𝟓, o pulso refratado sofre inversão de fase e o refletido não.
d) 𝝁𝑨 = 𝝁𝑩 /𝟓, o pulso refratado sofre inversão de fase e o refletido não.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 133


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

e) 𝝁𝑨 = 𝟓 ⋅ 𝝁𝑩 o pulso refletido sofre inversão de fase e o refratado não.


Note e adote:
As trações nas duas cordas têm mesmo módulo.
Comentários

Quando indo de uma corda de menor densidade linear para outra de densidade linear
maior., o pulso refletido sofre inversão de fase e o refratado não. Com isso ficamos entre as
alternativas “a”, “b” e “e”.
Devemos usar a equação de Taylor para relacionarmos as massas específicas das duas
cordas:
𝐹𝑇
𝑣𝑓𝑖𝑜 = √
𝜇𝑙
Como nos foi dito que o pulso refratado percorreu uma distância 5 vezes menor que a
distância percorrida pelo pulso refletido:
𝑣𝐴 = 5 ⋅ 𝑣𝐵
𝐹𝑇 𝐹𝑇
√ =5⋅√
𝜇𝐴 𝜇𝐵
𝐹𝑇 𝐹𝑇
= 25 ⋅
𝜇𝐴 𝜇𝐵
𝐹𝑇 𝐹𝑇
= 25 ⋅
𝜇𝐴 𝜇𝐵
𝜇𝐵
𝜇𝐴 =
25
Gabarito: “A”

29. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Duas fontes produzem


simultaneamente um único pulso transversal em cada uma das extremidades de uma
corda. O segundo encontro dos pulsos formados se dá depois de
a) 𝟏𝟐, 𝟗 𝒎𝒔

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 134


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

b) 𝟑𝟑, 𝟒 𝒎𝒔
c) 𝟒𝟖, 𝟏 𝒎𝒔
d) 𝟕𝟓, 𝟐 𝒎𝒔
e) 𝟗𝟑, 𝟖 𝒎𝒔
Note e adote:
A corda é ideal, de secção transversal constante, homogênea, comprimento de 𝟐𝟓𝟎 𝒄𝒎,
𝟒𝟎𝟎 𝒈 de massa e tracionada por uma força de 𝟐𝟓𝟔 𝑵.
As fontes são simples e ideais.
Comentários
Para determinarmos a velocidade de propagação dos pulsos, devemos recorrer a
equação de Taylor. Precisamos calcular a massa específica linear da corda através da razão
entre sua massa e seu comprimento.
𝑚
𝜇𝑙 =
𝐿
Substituindo a massa, convertida para 𝑘𝑔, e o comprimento em metros. Temos:
400 ⋅ 10−3 4 ⋅ 102 ⋅ 10−3
𝜇𝑙 = = = 1,6 ⋅ 10−1 𝑘𝑔/𝑚
250 ⋅ 10−2 2,5 ⋅ 102 ⋅ 10−2
Agora podemos aplicar a equação de Taylor:
𝐹𝑇
𝑣𝑓𝑖𝑜 = √
𝜇𝑙
Substituindo-se os valores fornecidos:
256 256 ⋅ 102 16 ⋅ 10
𝑣𝑓𝑖𝑜 = √ = √ = = 40 𝑚/𝑠
1,6 ⋅ 10−1 16 4
No segundo encontro dos pulsos, cada um deles terá percorrido 1,5 vezes o comprimento
da corda, daí:
∆𝑆 ∆𝑆
𝑣= ⇒ ∆𝑡 =
∆𝑡 𝑣
1,5 ⋅ 𝐿 1,5 ⋅ 2,5
∆𝑡 = = = 0,09375 𝑠 ≅ 93,8 𝑚𝑠
𝑣𝑝𝑢𝑙𝑠𝑜 40
Gabarito: “E”

30. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Os tubos sonoros são


classificados em abertos e fechados. Instrumentos musicais que se utilizam de tubos
abertos possuem as duas extremidades abertas, uma delas com a embocadura e a
outra livre. Por outro lado, os que usam tubos fechados possuem a embocadura em
uma das extremidades e a outra fechada.
Considere as seguintes afirmações sobre as ondas estacionárias formadas em tubos
sonoros.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 135


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

I. Para descobrirmos o harmônico dentro de um tubo fechado nas duas extremidades,


podemos olhar o número de nós formado.
II. Um tubo fechado em uma das extremidades cria ventres de deslocamento nas
extremidades abertas, ao passo que os nós se formam nas extremidades fechadas.
III. Os tubos abertos apenas emitem o som fundamental e os harmônicos de ordem
ímpar.
Está correto apenas o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
Comentários
I – Correta. Em um tubo fechado nas duas extremidades, o número de nós se relaciona
com o harmônico formado.
II – Correta. Para um tubo fechado os ventres de deslocamento devem estar nas
extremidades abertas e os nós nas extremidades fechadas.

III – Incorreta. São os tubos fechados em uma das extremidades que apenas emitem o
som fundamental e os harmônicos de ordem ímpar.
Gabarito: “D”

31. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) Um motorista dirige por uma


estrada retilínea com velocidade 𝒗𝒄 = 𝟗𝟎 𝒌𝒎/𝒉 quando escuta o barulho de uma
ambulância vindo em seu sentido, a partir de um ponto o qual ele já havia percorrido.
A ambulância emite ondas sonoras com velocidade 𝒗𝒔 = 𝟑𝟒𝟎 𝒎/𝒔 e comprimento de
onda 𝝀𝒔 = 𝟓𝟎 𝒄𝒎. Usando um sensor, a frequência que o motorista observa das ondas
emitidas pela sirene da ambulância vale aproximadamente 𝒇𝒂𝒑 ≅ 𝟎, 𝟕𝟎 𝒌𝑯𝒛.
A velocidade relativa entre a ambulância e o carro do motorista em questão é próxima
de
a) 𝟑𝟓 𝒎/𝒔
b) 𝟒𝟓 𝒎/𝒔
c) 𝟓, 𝟎 𝒎/𝒔

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 136


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

d) 𝟐𝟎 𝒎/𝒔
e) 𝟗, 𝟎 𝒎/𝒔
Comentários
Na questão há um movimento relativo entre a fonte emissora de ondas e o observador,
logo, existe aí o Efeito Doppler, que trata da variação da frequência aparente da onda devido à
essa movimentação. Devemos, primeiramente, encontrar a frequência real 𝑓𝑟 que as ondas
sonoras da sirene estão sendo emitidas (lembrando sempre de colocar as unidades no Sistema
Internacional).
𝑣𝑠 = 𝜆𝑠 ⋅ 𝑓𝑟
340
𝑓𝑟 = = 680 𝐻𝑧
0,5
Agora, a partir da equação geral do Efeito Doppler para movimentação mútua da fonte
emissora das ondas e do observador, temos:
𝑣𝑠 ± 𝑣𝑐
𝑓𝑎𝑝 = ⋅𝑓
𝑣𝑠 ± 𝑣𝑎 𝑟
Onde 𝑣𝑎 é a velocidade da ambulância.
Para a questão, temos o observador se afastando da fonte, logo, faremos a subtração das
velocidades. A fonte (ambulância) se aproxima do carro, por isso, a subtração também será
utilizada no denominador.
340 − 25
700 = ⋅ 680
340 − 𝑣𝑎
315 700
=
340 − 𝑣𝑎 680
214200 = 238000 − 700 ⋅ 𝑣𝑎
(238000 − 214200)
𝑣𝑎 = = 34
700
O módulo da velocidade relativa entre a ambulância e o observador será então:
𝑣𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 = |25 − 34| = 9,0 𝑚/𝑠
Gabarito: “E”

32. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Lucas Costa) A ilustração a seguir mostra a


vista superior de um reservatório na qual se propaga uma onda estacionária, produzida
na superfície da água armazenada. A cuba foi construída de modo que a profundidade
em uma parte é diferente da profundidade na outra parte.
A distância entre os traços verticais representa a distância entre duas cristas
consecutivas.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 137


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

A razão 𝒇𝑨 /𝒇𝑩 entre a frequência 𝒇𝑨 da onda na parte 𝑨 da cuba e a frequência 𝒇𝑩 da


onda na parte 𝑩 é
a) 2/3
b) 3/2
c) 4/3
d) 3/4
e) 1
Comentários
A frequência da onda depende somente da fonte que a gerou, dessa forma, não será
alterada pela profundidade da cuba. Logo, a razão pedida vale 1.
Gabarito: “E”

33. (UFLA-MG/2009) 10. (UFLA MG/2009) Uma ambulância desloca-se ao longo de uma
estrada retilínea com velocidade constante, soando sua sirene S (figura abaixo). O
esquema CORRETO indicado nas alternativas abaixo que representa a propagação das
ondas sonoras dessa sirene é:

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 138


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

A)

B)

C)

D)
Comentários
Ao emitir ondas sonoras e se mover para a direita, as frentes de onda ficarão comprimidas
na parte da frente da ambulância, caracterizando o Efeito Doppler, conforme apresentado na
alternativa A.

Embora a alternativa C também apresente uma compressão das frentes de onda na parte
frontal, neste caso somente teríamos a configuração desta alternativa se a ambulância se

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 139


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

movesse muito rapidamente, quase na mesma velocidade do som, comprimindo todas as frentes
de onda em uma única.
Gabarito: “A”

34. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Uma corda de violão deve


ser devidamente instalada no instrumento musical de forma a obter a afinação com
harmônico fundamental em 330Hz. A corda é feita de aço, com diâmetro de 0,010”.

Escala do Violão

Fonte: Shutterstock.
A Força Tensora para se obter a afinação adequada está mais próximo de
a) 1200N
b) 276N
c) 7000N
d) 70N.
e) 7N
Note e Adote
1” = 2,5cm
Tamanho total da escala do violão: 65cm.
Densidade do aço: 8g/cm³
A corda tem geometria cilíndrica.
Assuma π=3.
Comentários
Para o cálculo da Força Tensora sobre a corda, devemos utilizar a Equação de Taylor:
2
𝑇
𝑉𝑃𝑟𝑜𝑝 =
𝜇
Onde μ é a Densidade Linear de Massa:

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 140


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

𝑚
𝜇=
𝐿
L é o tamanho da escala do violão e a massa pode ser obtida pela definição de Densidade
Volumétrica:
𝑚
𝑑=
𝑉
Como a corda tem geometria cilíndrica, seu volume pode ser calculado:
𝑉 = 𝐴𝑆𝑒çã𝑜 ⋅ 𝐿
Assim, temos que:
𝜋 ⋅ 𝐷2
𝑉= ⋅𝐿
4
A massa fica:
𝜋 ⋅ 𝐷2
𝑚= ⋅𝐿⋅𝑑
4
A Densidade Linear de Massa fica:
𝜋 ⋅ 𝐷2
𝜇= ⋅𝑑
4
Para determinarmos a Velocidade de Propagação, podemos utilizar a equação abaixo:
𝑉𝑃𝑟𝑜𝑝 = 𝜆 ⋅ 𝑓
O comprimento de onda associado à frequência do primeiro harmônico fundamental de
vibração da corda tem o dobro do tamanho da escala do violão.
Assim,
𝑉 = 2⋅𝐿⋅𝑓
Assim, ficamos com a expressão final:
2
𝑇 = 𝜇 ⋅ 𝑉𝑃𝑟𝑜𝑝
𝜋 ⋅ 𝐷2
𝑇= ⋅ 𝑑 ⋅ (2 ⋅ 𝐿 ⋅ 𝑓 ) 2
4
𝑇 = 𝜋 ⋅ 𝐷2 ⋅ 𝑑 ⋅ 𝐿2 ⋅ 𝑓 2
Dados: π=3 D=0,010”=0,025cm=0,00025m d=8g/cm³=8000kg/m³
L=65cm=065m f=330Hz
𝑇 = 3 ⋅ 0,00025 ⋅ 8000 ⋅ 0,652 ⋅ 3302 = 69𝑁
2

Gabarito: “D”

35. (2020/ESTRATÉGIA VESTIBULARES/Prof. Henrique Goulart) Em uma aula de física um


professor decide demonstrar os diferentes padrões de ondas estacionarias em cordas
para seus alunos. Para tal ele conecta uma corda de densidade linear 𝟎, 𝟏𝒌𝒈/𝒎 a um
oscilador que produz uma frequência constante de 500 Hz. A corda passa por uma
roldana e na outra extremidade é suspenso um cubo C de 5 cm de aresta e, cuja
densidade corresponde à 𝟐𝒈/𝒄𝒎³. Tal configuração cria o padrão de ondas
representado na figura.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 141


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Caso o recipiente no qual o cubo C está contido seja completamente preenchido com
um líquido de densidade igual a 𝟏, 𝟓 𝒈/𝒄𝒎³, qual o harmônico será estabelecido na
corda?
A) 1º Harmônico
B) 2º Harmônico
C) 3º Harmônico
D) 4º Harmônico
E) 5º Harmônico
Comentários
A velocidade de uma onda em uma corda tensionada é calculada pela tensão aplicada na
corda e pela densidade linear da corda.
𝐹𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜
𝑣=√
𝜇𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟
Já a força de tensão na corda corresponde ao peso do cubo C suspenso. Sua massa
corresponde à:
𝑚 =𝑑∙𝑉
Sendo o volume de um cubo o valor de sua aresta ao cubo:
𝑚 = 2 ∙ 5³
𝑚 = 250 𝑔
Sabendo que a densidade linear da corda corresponde a 0,1 kg/m, a velocidade de
propagação da onda na corda equivale à:
𝑚𝑔
𝑣=√
𝜇𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟

0,25 ∙ 10
𝑣=√
0,1

2,5
𝑣=√
0,1
𝑣 = √25

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 142


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

𝑣 = 5 𝑚/𝑠
Assim, o comprimento de onda de uma onda nesta corda vale:
𝑣 =𝜆∙𝑓
5 = 𝜆 ∙ 500
5
𝜆=
500
1
𝜆=
100
𝜆 = 1 × 10−2 𝑚
Na figura percebemos o primeiro harmônico, o que corresponde a meio comprimento de
onda. Assim, o comprimento da corda, na região em que a onda é formada é de 0,5 × 10−2 𝑚.
Ao preencher o recipiente com água agem sobre o cubo C a força peso e o empuxo. O
valor do empuxo é de:
𝐸 = 𝜌𝑙𝑖𝑞 𝑔𝑉𝑠𝑢𝑏
A densidade do líquido equivale a 1500 kg/m³ e o volume submerso do cubo C ao seu
volume total.
𝐸 = 1500 ∙ 10 ∙ (5 × 10−2 )3
𝐸 = 15 × 103 ∙ 125 × 10−6
𝐸 = 1875 × 10−3
𝐸 = 1,875 𝑁
A nova força de tração sobre a corda será a diferença das forças peso e empuxo. Portanto,
a nova velocidade de propagação da onda na corda será:
𝑃−𝐸
𝑣=√
𝜇𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟

2,5 − 1,875
𝑣=√
0,1

0,625
𝑣=√
0,1
𝑣 = √6,25
𝑣 = √625 × 10−2
𝑣 = 25 × 10−1
𝑣 = 2,5 𝑚/𝑠
O novo comprimento de onda estabelecido na corda será:
𝑣 =𝜆∙𝑓
2,5 = 𝜆 ∙ 500
2,5
𝜆=
500
25
𝜆=
5000
5
𝜆=
1000
𝜆 = 5 × 10−3 𝑚

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 143


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

Como a corda apresenta um comprimento de 0,5 × 10−2 𝑚, então basta utilizarmos o fato
de que o comprimento de onda de qualquer harmônico em uma corda será:
2𝐿
𝜆𝑁 =
𝑁
Sendo L o comprimento da corda e N o número do correspondente harmônico.
−3
2 ∙ 0,5 × 10−2
5 × 10 =
𝑁
1 × 10−2
𝑁=
5 × 10−3
𝑁 = 0,2 × 101
𝑁=2
Assim, estabeleceremos o segundo harmônico.
Gabarito: “B”

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 144


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

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imediata!

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trilhar com você o caminho até a aprovação!

Prepara o café e o chocolate e até a próxima!

Super abraço do

Prof. Henrique Goulart.

Prepara o café e o chocolate e até a próxima!

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 145


ESTRATÉGIA VESTIBULARES

VERSÕES DA AULA

Caro aluno! Para garantir que o curso esteja atualizado, sempre que alguma modificação ou
correção no conteúdo da aula for necessária, uma nova versão será disponibilizada.

• Versão 1: 30/03/2023.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• HEWITT, Paul G. Física Conceitual. 13.ed. Tradução de Trieste Ricci. Porto Alegre:
Bookman, 2002.

• HEWITT, Paul G. Fundamentos de Física Conceitual. 1.ed. Tradução de Trieste Ricci. Porto
Alegre: Bookman.

• GASPAR, Alberto. Física. 2.ed. São Paulo: Editora Ática, 2009, Todos os Volumes.

• MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Curso de Física. 5.ed. São Paulo: Scipione,
2000, Todos os Volumes.

• RESNICK, HALLIDAY, Jearl Walker. Fundamentos de Física. 10ª ed. LTC. Todos os
Volumes.

FÍSICA – PROF. HENRIQUE GOULART 146

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