Nelito Abacar Atumane

Fenómenos Ondulatórios: Interferência, difracção, dispersão e polarização das ondas

(Curso de Licenciatura em Ensino de Física - EaD)

Universidade Rovuma

Nampula

2023
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Nelito Abacar Atumane

Fenómenos Ondulatórios: Interferência, difracção, dispersão e polarização das ondas

Trabalho de campo de Carácter Avaliativo

referente a Cadeira de Laboratório de
Oscilações, Ondas e Óptica, a ser
Apresentado na Faculdade de Ciências
Naturais, Matemática e Estatística, Orientado
pelo Docente: MA. Jorge Caroa José

Universidade Rovuma

Nampula

2023
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 3

2. Fenómenos ondulatórios .............................................................................................................. 4

2.1. Interferência .............................................................................................................................. 4

2.1.1. Interferência construtiva ........................................................................................................ 4

2.1.2. Interferência destrutiva .......................................................................................................... 5

2.2. Difracção .................................................................................................................................. 5

2.3. Dispersão .................................................................................................................................. 6

2.4. Polarização das ondas ............................................................................................................... 7

2.4.1. Tipos de Polarização de Ondas .............................................................................................. 8

3. Conclusão .................................................................................................................................... 9

4. Bibliografia ................................................................................................................................ 10
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Introdução
O trabalho versa sobre fenómenos ondulatórios, que é uma das partes fundamentais do estudo da
física e desempenham um papel crucial em diversos aspectos do nosso mundo natural. Desde a
luz que ilumina o nosso ambiente até o som que ouvimos, passando pelas ondas do oceano, as
ondas estão presentes em várias formas e manifestações ao nosso redor. Embora existam sete
tipos de fenómenos ondulatórios, o presente trabalho dará a ênfase as seguintes propriedades das
ondas: Interferência, difracção, dispersão e polarização das ondas.
O presente trabalho tem como objectivo principal descrever os fenómenos ondulatórios e sua
impotência na linhagem científica assim como ao nível social.
Em relação a metodologia do trabalho, esta estruturada da seguinte maneira: quanto a finalidade é
uma pesquisa básica, quanto ao objectivo é uma pesquisa descritiva e quanto a bordagem é
qualitativa.
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2. Fenómenos ondulatórios
2.1. Interferência
O fenómeno da interferência é típico de movimentos oscilatórios quando superpostos e, em
particular, movimentos ondulatórios. Ele pode ocorrer com qualquer tipo de onda e se manifesta
quando da superposição de duas ou mais ondas. Para observar tal efeito basta respingar água em
alguns pontos de uma piscina contendo água. Amplitude da onda resultante atinge maiores
valores, enquanto há também a formação de regiões nas quais a amplitude é reduzida.
Ocorre interferência, por exemplo, quando duas ondas provenientes da mesma fonte, percorrem
caminhos diferentes e, depois, convergem para um mesmo ponto do espaço. Nesse caso,
dependendo de determinadas condições, formam-se regiões nas quais, por exemplo, a intensidade
da luz atinge um máximo, intercaladas por regiões nas quais a intensidade da luz atinge valores
mínimos (Vannucci, 2014, p. 34).

Figura 1: Electromagnetismo – Licenciatura. Fonte: (Vannucci, 2014, p. 34).

A interferência de ondas consiste na superposição de duas ondas no espaço. Esse fenómeno pode
ser classificado de duas formas: interferência construtiva ou destrutiva.

2.1.1. Interferência construtiva

Ocorre quando as duas ondas que se superpõem têm a mesma fase e uma reforça a outra, tendo
como resultado uma onda maior que as que lhe deram origem.
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Figura 2: Interferência construtiva. Fonte: (Vannucci, 2014, p. 35).

Pode-se ver nessa figura que a onda resultante da combinação das duas outras ondas tem a
amplitude resultante dada pela soma das amplitudes individuais. Matematicamente:
Aresultante = A1 + A2
Após o encontro, as duas ondas voltam a propagar-se com as suas características iniciais.

2.1.2. Interferência destrutiva

Ocorre quando duas ondas que se encontram têm fases diferentes, de forma que uma aniquila a
outra.

Figura 3: Interferência destrutiva. Fonte: (Vannucci, 2014, p. 35).

2.2. Difracção
Difracção é um fenómeno que ocorre quando uma onde encontra um obstáculo. Como
consequência a onda contorna esse obstáculo. A difracção é mais perceptível quando a abertura é
da ordem do comprimento de onda da onda incidente ( Morais, 2018, p. 16).
A difracção é um efeito ondulatório, ou seja, acontece porque a luz é uma onda e também é
observada em ondas sonoras, na água e outros tipos de ondas. Ocorre difracção sempre que a fase
ou a amplitude de parte da frente de onda se altera, após a interacção com obstáculo, não está
limitada a situações em que a onda passa por uma abertura estreita, como uma fenda ou um orifício
(Santana, 2014 , p. 20).
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Quando uma onda difracta em um orifício o comportamento da onda difractada depende da

relação entre o comprimento de onda e o tamanho do orifício. Quando o orifício é muito maior
que o comprimento de onda a difracção ocorre sem alterar drasticamente a frente de onda
(imagem da esquerda). Se o orifício for pequeno em relação ao comprimento de onda, a difracção
ocorre transformando o orifício em uma nova fonte sonora circular.

Figura 4: Difracção da onda. Fonte: (Prants, 2020, p. 23)

Durante a difracção, a onda se curva ao redor do obstáculo ou passa pela abertura, causando o seu
espalhamento em várias direcções. A forma e a intensidade do padrão de difracção dependem da
geometria do obstáculo ou da abertura, bem como do comprimento de onda da onda incidente.
A difracção de ondas é um fenómeno fundamental e tem diversas aplicações práticas. Por
exemplo, a difracção de raios X é amplamente utilizada em cristalografia para determinar a
estrutura atómica de materiais, enquanto a difracção de luz é responsável por muitos efeitos
ópticos, como as cores observadas em uma bolha de sabão (Pedrotti, Pedrotti, & Pedrotti, 2017,
p. 30).

2.3. Dispersão
A Dispersão, é um fenómeno que acontece quando uma onda, resultante da superposição de
várias outras entra num meio onde a velocidade de propagação seja diferente para cada uma de
suas componentes. Consequentemente a forma da função de onda inicial muda, sendo que sua
forma é uma função do tempo.

Figura 5: Fenómeno de dispersão. Fonte: (Vannucci, 2014, p. 19)

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A dispersão da onda é um fenómeno em que as diferentes componentes de uma onda se

propagam com velocidades diferentes, resultando na separação espacial dessas componentes.
Esse fenómeno ocorre em diversos tipos de ondas, como ondas sonoras, ondas de luz e ondas em
meios materiais.
A dispersão pode ser causada por várias razões, dependendo do tipo de onda e do meio em que ela
se propaga. Uma das principais razões para a dispersão é a variação da velocidade de propagação
da onda em relação à frequência ou ao comprimento de onda. Isso pode ocorrer devido às
propriedades do meio, como a sua densidade, elasticidade ou índice de refracção. Um exemplo
comum de dispersão é observado na luz branca ao passar através de um prisma. A luz branca é
composta por diferentes comprimentos de onda correspondentes às diferentes cores do espectro
visível. Quando a luz atravessa o prisma, ocorre uma dispersão, pois os diferentes comprimentos de
onda são desviados em ângulos diferentes, separando-se em um espectro de cores (Santana, 2014 ,
p. 56).
A dispersão da onda tem diversas aplicações em várias áreas. Na óptica, por exemplo, a dispersão
da luz é fundamental para a formação de arco-íris, espectroscopia e comunicações ópticas. Na
acústica, a dispersão do som é explorada em instrumentos musicais, como flautas e clarinetes,
para produzir diferentes notas musicais.

2.4. Polarização das ondas

Em meios dielétricos, costuma-se definir a polarização de uma onda electromagnética pela
orientação do vector campo eléctrico instantâneo (ou do fasor) à medida que esta se propaga num
meio material.
A polarização das ondas é um fenómeno em que a direcção da oscilação da onda é restrita a uma
determinada direcção em relação à direcção de propagação. Em outras palavras, a polarização
refere-se à orientação do campo eléctrico de uma onda em relação à direcção de propagação
(Kitano, 2017, p. 23).

Figura 6: Fenómeno de polarização de uma onda. Fonte: (Kitano, 2017, p. 23).

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2.4.1. Tipos de Polarização de Ondas

Existem diferentes tipos de polarização, sendo os mais comuns a polarização linear, a polarização
circular e a polarização elíptica.

Polarização Linear
Nesse tipo de polarização, a direcção do campo eléctrico da onda oscila em um único plano, que
é perpendicular à direcção de propagação. Isso significa que a onda se propaga ao longo de uma
linha recta e o campo eléctrico vibra em uma única direcção. A luz emitida por uma fonte não
polarizada pode ser polarizada usando filtros polarizadores.

Polarização Circular
Na polarização circular, o campo eléctrico da onda descreve um movimento circular ao longo do
tempo. Essa polarização pode ser de dois tipos: polarização circular à direita (no sentido horário)
ou polarização circular à esquerda (no sentido anti-horário). Essa polarização é observada em
algumas fontes naturais de luz, como algumas estrelas, ou pode ser gerada por meios ópticos
especiais.

Polarização Elíptica
Na polarização elíptica, o campo eléctrico da onda descreve uma trajectória elíptica. Essa
polarização é uma combinação de polarização linear e polarização circular. A forma da trajectória
elíptica pode variar, de uma elipse alongada a uma elipse achatada, dependendo das
características da onda.

Figura 7: Tipos de polarização. (a) Linear. (b) Circular. (d) Elíptico. Fonte: (Kitano, 2017, p. 23).
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3. Conclusão
Em jeito de desfecho do presente trabalho, conclui-se que, reconhece-se a importância desses
fenómenos na compreensão do mundo natural e no desenvolvimento de tecnologias inovadoras.
Através de pesquisas contínuas e avanços na área, é importante continuar a desvendar os segredos
das ondas e a explorar seu potencial ilimitado. As ondas estão em toda parte, e nosso
conhecimento delas nos permite ampliar nossos horizontes científicos e melhorar nossas vidas.
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4. Bibliografia
Morais, P. V. (2018). Interferência. Rio de Janeiro: Unesp.

Kitano, C. (2017). Polarização de Ondas, Polarizadores e Aplicações. Ilha Solteira:

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA.

Pedrotti, F. L., Pedrotti, L. S., & Pedrotti, L. M. (2017). ntroduction to Optics. Englatera:
Cambridge University Press.

Prants, W. (2020). Movimento Ondulatório – Refração da onda, Difração e Interferência. Sao

Paulo: UFRG.

Santana, F. (2014 ). Construção e Caracterização De Redes De Difração Confeccionada Com

“Compact Disk”. Santana: Feira de Santana-Ba.

Vannucci, A. (2014). Eletromagnetismo – Licenciatura: 20ª Aula. Sao Paulo.