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ESCOLA SECUNDARIA 12 DE OUTUBRO – NAMPULA

Petróleo e Gás Natural

Adélia Rafique Rodrigues n º 6

Airito Domingos T. L. Talausse n º 15

Albertina Guilherme n º 17

Alzira Albertino

Matilde Momada n º 75

Naira Jose Magalhães

Sifa Marcelino n º 100

Nampula

2023
ESCOLA SECUNDARIA 12 DE OUTUBRO – NAMPULA

Petróleo e Gás Natural

Adélia Rafique Rodrigues n º 6

Airito Domingos T. L. Talausse n º 15

Albertina Guilherme n º 17

Trabalho em Grupo de Carácter


Alzira Albertino
Avaliativo, Referente a Disciplina de
Matilde Momada n º 75 Química, a ser Apresentado na 10ª classe,
Turma 6. Orientado pelo Docente:
Naira Jose Magalhães

Sifa Marcelino n º 100

Nampula

2023
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Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 3

2. Petróleo e gás ............................................................................................................................... 4

2.1. Petróleo bruto ........................................................................................................................... 4

2.1.1. Composição química ............................................................................................................. 4

2.1.2. Ocorrência na natureza .......................................................................................................... 5

2.1.3. Prospecção ............................................................................................................................. 5

2.1.4. Exploração do petróleo .......................................................................................................... 5

2.1.5. O transporte e a refinação ...................................................................................................... 6

2.1.6. Destilação do petróleo ........................................................................................................... 7

2.1.6.1. Produtos derivados do petróleo bruto ................................................................................. 8

2.2. Gás natural ................................................................................................................................ 8

2.2.1. Gás Natural em Moçambique ................................................................................................ 9

2.2.1.1. Importância do Gás Natural .............................................................................................. 11

2.2.1.2. O Gás natural e o ambiente .............................................................................................. 11

a) Vantagens ambientais do gás natural: ....................................................................................... 12

b) Desafios e preocupações ambientais do gás natural.................................................................. 12

3. Conclusão .................................................................................................................................. 13

4. Referências bibliográficas ......................................................................................................... 14

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1. Introdução
Moçambique é considerado um dos países do continente africano com um grande crescimento ao
longo das duas últimas décadas na indústria extractiva e mineira.
O presente trabalho versa sobre petróleo e gás natural, na qual entende-se que no período
compreendido entre 2010 e 2016, a economia de Moçambique recebeu um grande impulso
quando a empresa internacional de hidrocarbonetos Anadarko descobriu grandes reservas de gás
natural em 2010. Mesmo ainda não tendo sido discutidos acordos oficiais na altura, já estava
previsto um certo avanço do segmento na economia do país.
Estes fenómenos já se apresentavam a nível nacional como internacional como uma fonte
interessante de se capitalizar e viabilizar vários projectos de investimentos em recursos como gás,
petróleo e LNG, contribuindo de certa forma, não só para o mercado financeiro, mas para outros
segmentos da economia nacional.

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2. Petróleo e gás
2.1. Petróleo bruto
O petróleo é uma substância oleosa, inflamável, menos densa que a água, com cheiro
característico e de cor variando entre o negro e o castanho-escuro (Afonso, Xavier, & Gimo, p.
52).
Embora objecto de muitas discussões no passado, hoje tem-se como certa a sua origem orgânica,
sendo uma combinação de moléculas de carbono e hidrogénio.
Admite-se que esta origem esteja ligada à decomposição dos seres que compõem o plâncton
(organismos em suspensão nas águas doces ou salgadas tais como protozoários, celenterados e
outros) causada pela pouca oxigenação e pela acção de bactérias.
Estes seres decompostos foram, ao longo de milhões de anos, se acumulando no fundo dos mares
e dos lagos, sendo pressionados pelos movimentos da crosta terrestre e transformaram-se na
substância oleosa que é o petróleo. Ao contrário do que se pensa, o petróleo não permanece na
rocha em que foi gerado - a rocha matriz - mas desloca-se até encontrar um terreno apropriado
para se concentrar. Estes terrenos são denominados bacias sedimentares, formadas por camadas
ou lençóis porosos de areia, arenitos ou calcários. O petróleo aloja-se ali, ocupando os poros
rochosos como forma "lagos". Ele acumula-se, formando jazidas. Ali são encontrados o gás
natural, na parte mais alta, e petróleo e água nas mais baixas. (Afonso, Xavier, & Gimo, p. 53).
O petróleo bruto, por conter hidrocarbonetos é actualmente um dos recursos naturais do qual a
sociedade vive dependente, devido a grande variedade de produtos que são fabricados a partir do
petróleo como matéria-prima (Figueiredo & Guiamba, 2017, p. 89).

2.1.1. Composição química


De acordo com Figueiredo & Guiamba (2017, p. 90), petróleo é uma mistura formada
fundamentalmente por hidrocarbonetos (compostos orgânicos exclusivamente formados por
átomos de carbono e hidrogénio) com diferentes massas moleculares.
A predominância de determinados hidrocarbonetos varia de acordo com localização do petróleo e
faz com que os petróleos sejam classificados em:
 Parafínicos (hidrocarbonetos de cadeia aberta: alcenos e alcenos).
 Neoténicos (naftaleno e seus derivados).
 Aromáticos (hidrocarbonetos aromáticos).
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 Mistos (hidrocarbonetos parafínicos e neoténicos).
No petróleo, há em pequenas quantidades substâncias contendo nitrogénio, oxigénio e enxofre e
outras impurezas tais como água, sais minerais e impurezas mecânicas.

2.1.2. Ocorrência na natureza


O petróleo encontra-se em zonas profundas: umas vezes em terra firme (mas sobre a água
salgada), outras abaixo do fundo do mar. Geralmente vem acompanhado de água salgada e de gás
natural.
Embora os seus jazigos sejam encontrados em todos os continentes, a sua distribuição não é
equitativa. As maiores reservas conhecidas encontram-se no Médio Oriente, onde se encontra
mais de metade do petróleo extraído a nível mundial (Figueiredo & Guiamba, 2017, p. 91).

2.1.3. Prospecção
A prospecção do petróleo consiste em técnicas de trabalho feitas para a sua localização. Essas
técnicas são feitas de varias formas, mas o método mais comum consiste em explorar terrenos
sedimentares com cargas explosivas, medindo em seguida as ondas de choque reflectidas pelas
várias camadas do subsolo. O estudo e análise dessas ondas mostrará a possibilidade de
existência do petróleo.
Actualmente, são usados outros meios mais modernos tais como, aviões e satélites artificiais que
ajudam a definir as regiões de maior probabilidade de ocorrência do petróleo. Uma vez
confirmada a existência de petróleo segue-se a sua extracção (Figueiredo & Guiamba, 2017, p.
91).
Em Moçambique existem algumas zonas de prospecção do petróleo: bacia do Rovuma,
principalmente nos distritos de Mocimboa da praia e Palma, na Província de Cabo Delgado.

2.1.4. Exploração do petróleo


A exploração de depósitos de petróleo com interesse comercial depende da existência de rochas
sedimentares no subsolo ou rochas impermeáveis com espaços vazios.
A exploração pressupõe uma investigação de regiões com tais características, o que é feito a
partir do estudo do relevo da região, de estudos geológicos da superfície e de processos
geofísicos.
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A perfuração, em função do tipo de solo, é programada para profundidades que variam de 800 a
5000 m e é feita com o auxílio de brocas de tungsténio ou diamante para rochas muito duras, ou
brocas de dentes ou lâminas para rochas menos resistentes.
Quando a perfuração é feita no mar, na chamada plataforma continental, utilizam-se plataformas
de aço ou navios-sonda. Essa plataformas atingem 150m ou mais de comprimento e sua altura
pode ser regulada por complexos sistemas eléctricos e hidráulicos, podendo ser rebocadas e
colocadas na posição adequada (MINEDH, 2017, p. 88).

Figura 1: Plataforma de extracção de petróleo. Fonte: (Afonso, Xavier, & Gimo, p. 50)

2.1.5. O transporte e a refinação


Após a extracção do petróleo, o transporte dá-se por oleodutos até os portos de embarque.
Grandes petroleiros dão sequência ao transporte até os terminais marítimos a que se destinam,
onde, novamente, através de oleodutos, o petróleo é bombeado até as refinarias.
Como o petróleo é uma mistura de milhares de hidrocarbonetos cujos pontos de ebulição estão
muito próximos, seria impossível separá-los um a um; então, a separação é feita em grupos de
hidrocarbonetos, chamados fracções do petróleo. Cada fracção do petróleo é ainda uma mistura
de hidrocarbonetos formada por um número menor de substâncias, e sua separação só é possível
porque as fracções apresentam diferentes pontos de ebulição.
Inicialmente o petróleo é aquecido num forno, sendo praticamente vaporizado, e direccionado
para uma coluna de fraccionamento provida de várias bandejas. A temperatura da coluna varia
em função da altura, sendo que no topo encontra-se a menor temperatura.
Os hidrocarbonetos de massas molares maiores, ainda líquidos, permanecem no fundo e são
separados para sofrerem, posteriormente, uma destilação a pressão reduzida. Os mais leves, no

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estado gasoso, tendem a subir na coluna, resfriando-se. Quando esses vapores atingem uma
bandeja com temperatura inferior ao ponto de ebulição de uma das fracções, eles se condensam e
são retirados da coluna (Afonso, Xavier, & Gimo, p. 54).
Os vapores restantes borbulham através dessa fracção já líquida e passam para a bandeja superior,
onde o mesmo processo se repete e outra fracção é liquefeita e retirada; isso ocorre
sucessivamente ao longo de toda uma coluna, que pode estar equipada até com 50 bandejas.
Na verdade, é impossível separar de uma maneira eficiente as fracções na primeira vez em que
este processo é efectuado, por isso ele deve ser repetido. Uma parte dos vapores que deveriam se
liquefazer na primeira bandeja sobe para a segunda e só então se liquefaz.
Existem comunicações externas à coluna, entre as bandejas, que permitem que o líquido obtido
na segunda bandeja retorne à primeira. Nessa primeira bandeja ocorre a revaporização dos
componentes que vieram da segunda bandeja, mas os componentes da primeira bandeja
permanecem líquidos e são retirados. Este processo se repete várias vezes em cada bandeja.

2.1.6. Destilação do petróleo


Para separarmos uma mistura de produtos, utilizamos de uma propriedade físico-química: o ponto
de ebulição, ou seja, a certa temperatura o produto irá evaporar. A destilação fraccionada é um
processo de aquecimento, separação e esfriamento dos produtos. Veja o processo na integra:

Figura 2: Coluna de Fraccionamento e principais derivados do petróleo. Fonte: (MINEDH, 2017, p. 88)

1º - Retirada do sal e da água, que se misturaram ao petróleo.


2º - Aquecimento do óleo a 320ºC e então, começa a separar-se.
3º - Na coluna atmosférica, o petróleo é aquecido junto com vapor de água, para facilitar a
destilação.
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4º - Saída dos produtos, já separados.
5º - Produtos consumíveis.

2.1.6.1. Produtos derivados do petróleo bruto


Tabela 1. Características principais derivados do petróleo bruto.
Fracção Ponto de ebulição Composição Aplicações
aproximada
Gás residual ------ C1-C2 Gás combustível
Gás liquefeito do Até 40 C3-C4 Contém propano e butano que são
petróleo - GLP engarrafados sem botijas como
domestico e industrial.
Gasolina 40 - 175 C5-C10 Combustível de automóveis e
solvente de gordura.
Querosene 175 - 235 C11 – C12 Óleos usados em lampiões para
iluminação e como combustível de
aviões a jacto de foguetões.
Gasóleo leve (diesel) 235 - 305 C13 – C17 É empregue em motores a diesel
como combustível.
Gasóleo pesado 305 - 400 C18 – C25 Combustível e matéria-prima para
lubrificantes.
Gasóleo lubrificante Óleos usados na lubrificação de
vários tipos de máquinas.
Vaselina Tem aplicação farmacêutica na
400 - 510 C26 – C38 composição de pomadas.
Parafina Usadas no fabrico de velas, gomas de
mascar, ceras para o chão,
lubrificantes, etc.
Alcatrão Acima de 510 C38 – C Utilizado na pavimentação de
estradas. Quando oxidado é usado
como revestimento
impermeabilizante.
Fonte: Figueiredo & Guiamba (2017, p. 93).

2.2. Gás natural


É uma mistura de gases que se aprisiona no subsolo em jazigos semelhantes aos do petróleo ou a
ele associado, por isso supõe-se que tem a sua origem a partir de restos de antigos organismos
marinhos.
Tabela 2: As 10 maiores reservas de gás natural do mundo.
Países Reservas de gás natural Percentagem do total de
Triliões/m3 reservas mundiais (%)
Rússia 47,57 25
8
Irão 29,6 15,57
Catar 25,47 13,39
Turcomenistão 7,5 3,95
Arabia Saudita 7,46 3,92
Estados Unidos 6,93 3,64
Emirados Árabes Unidos 6,07 3,19
Nigéria 5,25 2,76
Venezuela 4,98 2,62
Argélia 4,5 3,37
Fonte: Figueiredo & Guiamba (2017, p. 94).

Embora a sua composição seja variável, dependendo do local onde se encontra, o constituinte
maioritário é sempre o metano. Outros componentes são etano, propano, butano e alguns gases
inorgânicos.

2.2.1. Gás Natural em Moçambique


Moçambique, ainda considerado um dos países mais pobres do mundo e com as finanças públicas
pressionadas, com uma crise económica e social ainda não estabilizada vem em contrapartida
assistindo a vários acordos assinados, parcerias e um leque de investimentos ente várias
multinacionais e as principais empresas estrangeiras de exploração e gás e petróleo, carvão e mais
recursos (Boane, 2018, p. 34).
A Anadarko e a ENI por exemplo destacam-se no volume de investimentos. As duas companhias
anunciaram, o maior investimento de sempre em Moçambique: 50 mil milhões de dólares para a
construção de dez fábricas de gás natural liquefeito (LNG). A dimensão destes investimentos
podem oferecer benefícios complementares que apoiam o desenvolvimento do conteúdo local e
estrangeiro onde investimento social estratégico beneficia tanto o investidor (ou seja, governo,
empresa e/ou organização internacionais) assim como a comunidade envolvida.
Considerado como o aumento no valor de um activo entre o tempo ou período em que este é
adquirido e quando ele é vendido, o conceito mais-valias, foi adoptado na economia por Karl
Marx. Em Moçambique, as indústrias extractivas (mineira, de Petróleo e de gás natural)
contribuem com uma porção significativa e cada vez mais crescente para os rendimentos do
governo destinados aos diversos sectores de desenvolvimento. Perante este cenário há uma
grande relevância do imposto de mais-valias em Moçambique aplicáveis aos investimentos das
empresas do sector extractivo.
Em 2014 Moçambique arrecadou o equivalente a 9% do PIB com a aplicação do imposto sobre
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mais-valias às transacções de participações em projectos de exploração de recursos minerais.
No presente ano, o Governo moçambicano fechou o contrato de tributação de mais-valias,
geradas pela venda de participações da ENI na Área 4 da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado
com a Exxon Mobil, relativas a exploração de gás natural liquefeito, está tributação de mais
valias ascende por volta dos 354 milhões de dólares segundo dados fornecidos pela ministra dos
Recursos Minerais e Energia Leticia Klemens. Perante estes factos conclui-se que a venda de
licenças e concessões é particularmente importante durante as fases de exploração e
desenvolvimento e está concessão resulta em parte do domínio que Exxon Mobil detém no
mercado global da exploração de gás onde através desta o país poderá ganhar ainda mais em
receitas e contribuir no desenvolvimento dos diverso sectores, diversificando assim a economia.
Esta descoberta onshore foi feita pela Gulf Oil através do furo Pande-1 em 1961 e a
posteriormente avaliada pelos furos de avaliação entre 1962 e 1966. O campo de gás de Pande,
localiza-se a cerca de 40 km a noroeste de Campo Temane e a 80 km a noroeste de Vilanculos.
Entre 1990 e 2003, foram realizadas nos campos de Pande e Temane actividades de pesquisa,
incluindo a aquisição sísmica 2D e perfuração de oito poços pioneiros (1) (seis em terra e dois em
alto mar).
Os recursos de gás em terra na Província de Inhambane têm sido explorados desde 2004. O gás
natural é exportado para a África do Sul e também é usado para abastecer o mercado local de
Moçambique (Parque Industrial da Matola na Província de Maputo). Nas Províncias de Sofala e
Inhambane, as actividades de pesquisa (sísmica e /ou de perfuração) foram realizadas nos
Blocos M-10 e Sofala em 1998 e 2007 pela Arco e Bang, respectivamente.
Ambos os blocos foram já adquiridos e mantêm-se as actividades de pesquisa sísmica e de
perfuração dentro dos blocos 16 e 19 e M-10 e Sofala, nas Províncias de Sofala e Inhambane.
Para a Área A em terra firme, na Província de Inhambane, foi proposta a realização de aquisição
sísmica seguida de perfuração de poços pesquisa.
A pesquisa de hidrocarbonetos na Província de Cabo Delgado, no norte de
Moçambique, e especificamente nos Distritos de Mocímboa da Praia e Palma, começaram na
década de 1980 por empresas francesas e americanas, e os resultados foram posteriormente
analisados pela Artumas. Em 2008, a Artumas levou a cabo a aquisição sísmica e perfuração de
poços de pesquisapara confirmar se existiam ou não hidrocarbonetos em quantidades

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comercialmente viáveis no Bloco Terrestre da Bacia do Rovuma. Gás natural foi encontrado num
poço perfurado em Mocímboa da Praia (MOC-1). Este
Bloco foi adquirido pela AMA1, que realizou actividades de pesquisa semelhantes ao longo dos
últimos anos.
Na Bacia do Rovuma em alto mar, as actividades de pesquisa foram realizadas recentemente por
vários de operadores em blocos em alto mar, nomeadamente: AMA1 (Área 1), eni (Área 4),
Statoil (Áreas 2 e 5) e Petronas Carigali Mozambique Rovuma Basin Limited (PCMRB) (Áreas 3
e 6). Foram descobertas quantidades de gás comercialmente significativas nas Áreas 1 e 4.

2.2.1.1. Importância do Gás Natural


Em 2011, Moçambique publicou a terceira edição da sua estratégia nacional de desenvolvimento
a médio prazo conhecido como o Plano de Acção de Redução da Pobreza (PARP), 2011 a 2014.
A estratégia dá ênfase à necessidade de crescimento económico como um meio de redução da
pobreza. Para atingir o objectivo de um crescimento económico alargado, o Governo definiu
objectivos gerais, para os quais os esforços do Governo serão direccionados.
Estes são os seguintes:
 Aumentar a produção e produtividade nos sectores da agricultura e das pescas;
 Promover o emprego;
 Promover o desenvolvimento humano e social, mantendo um foco conjunto nas matérias
de administração e assuntos macroeconómicos e gestão fiscal.
Outro aspecto que aumenta a importância do gás natural é ele também ser interessante para o
meio ambiente — e não apenas para a economia. Em uma época em que a preocupação com o
futuro é tão grande, contar com matérias que geram menos danos é essencial.
Por realizar a combustão completa, o gás emite bem menos poluentes para a atmosfera e, assim,
contribui menos para o efeito estufa, se comparado ao carvão e o petróleo. Esse combustível
também tem densidade menor que a do ar, o que facilita a dispersão em caso de vazamentos
(Carvalho, 2020, p. 18).

2.2.1.2. O Gás natural e o ambiente


O gás natural é frequentemente considerado uma fonte de energia mais limpa em comparação
com os combustíveis fósseis tradicionais, como o carvão e o petróleo, devido a várias razões. No
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entanto, ainda possui impactos ambientais e considerações que precisam ser abordadas. Aqui
estão alguns pontos relevantes sobre o gás natural e o ambiente:

a) Vantagens ambientais do gás natural:


 Menos emissões de dióxido de carbono (CO2): O gás natural produz menos dióxido de
carbono por unidade de energia quando queimado em comparação com carvão e petróleo.
Isso o torna uma opção mais limpa para a geração de electricidade e aquecimento.
 Emissões de poluentes atmosféricos mais baixas: O gás natural queima mais
eficientemente, resultando em menores emissões de poluentes atmosféricos, como
enxofre, óxidos de nitrogénio e partículas, em comparação com o carvão e o petróleo.
 Redução do impacto climático: Devido à menor emissão de CO2, o gás natural é
frequentemente visto como uma opção de transição para reduzir o impacto climático até
que fontes de energia verdadeiramente renováveis estejam mais amplamente disponíveis.

b) Desafios e preocupações ambientais do gás natural


 Vazamentos de metano: O metano é o componente principal do gás natural e é um potente
gás de efeito estufa. Vazamentos de metano durante a produção, transporte e distribuição de
gás natural podem anular os benefícios climáticos do gás em comparação com outras fontes
de energia.
 Impactos na extracção: A extracção de gás natural pode ter impactos negativos no meio
ambiente, como desmatamento, perturbação da vida selvagem, poluição da água e do solo, e
danos aos ecossistemas locais.
 Fraturamento hidráulico ("fracking"): O método de extracção de gás natural conhecido
como fraturamento hidráulico é controverso devido aos possíveis riscos para a água
subterrânea e a liberação de produtos químicos nocivos.
 Dependência contínua de combustíveis fósseis: Embora o gás natural seja mais limpo que
algumas outras fontes de energia fóssil, ainda é uma fonte não renovável. A dependência
contínua de combustíveis fósseis pode atrasar a transição para fontes de energia
verdadeiramente sustentáveis.

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3. Conclusão
Conclui-se no presente trabalho que, o gás natural tem vantagens ambientais em relação a outras
fontes de energia fóssil, principalmente devido às suas menores emissões de CO2 e poluentes
atmosféricos. No entanto, os impactos negativos associados à extracção, transporte e uso do gás
natural também precisam ser considerados e gerenciados para minimizar os impactos no meio
ambiente e no clima.

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4. Referências bibliográficas
Afonso, A., Xavier, J. L., & Gimo, P. C. (s.d.). Material de Estudo de Química 10ª Classe.
Maputo: IEDA/MINEDH.

Boane, H. M. (2018). Como pode Moçambique utilizar os recursos de gás e LNG para
diversificar a economia nacional. Moçambique.

Carvalho, M. D. (2020). a cadeia do gás natural em Moçambique: sistemas de acções e objectos


na produção de um novo espaço geográfico.

Figueiredo, C., & Guiamba, C. (2017). Q10, Química 10a Classe. Maputo: Textos Editores.

MINEDH. (2017). Programa do Ensino Secundário a Distancia (PESD) 1o Ciclo, Modulo 5 de


Química. Maputo: MINEDH.

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