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Albertina Guilherme n º 17
Alzira Albertino
Matilde Momada n º 75
Nampula
2023
ESCOLA SECUNDARIA 12 DE OUTUBRO – NAMPULA
Albertina Guilherme n º 17
Nampula
2023
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Índice
1. Introdução .................................................................................................................................... 3
3. Conclusão .................................................................................................................................. 13
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1. Introdução
Moçambique é considerado um dos países do continente africano com um grande crescimento ao
longo das duas últimas décadas na indústria extractiva e mineira.
O presente trabalho versa sobre petróleo e gás natural, na qual entende-se que no período
compreendido entre 2010 e 2016, a economia de Moçambique recebeu um grande impulso
quando a empresa internacional de hidrocarbonetos Anadarko descobriu grandes reservas de gás
natural em 2010. Mesmo ainda não tendo sido discutidos acordos oficiais na altura, já estava
previsto um certo avanço do segmento na economia do país.
Estes fenómenos já se apresentavam a nível nacional como internacional como uma fonte
interessante de se capitalizar e viabilizar vários projectos de investimentos em recursos como gás,
petróleo e LNG, contribuindo de certa forma, não só para o mercado financeiro, mas para outros
segmentos da economia nacional.
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2. Petróleo e gás
2.1. Petróleo bruto
O petróleo é uma substância oleosa, inflamável, menos densa que a água, com cheiro
característico e de cor variando entre o negro e o castanho-escuro (Afonso, Xavier, & Gimo, p.
52).
Embora objecto de muitas discussões no passado, hoje tem-se como certa a sua origem orgânica,
sendo uma combinação de moléculas de carbono e hidrogénio.
Admite-se que esta origem esteja ligada à decomposição dos seres que compõem o plâncton
(organismos em suspensão nas águas doces ou salgadas tais como protozoários, celenterados e
outros) causada pela pouca oxigenação e pela acção de bactérias.
Estes seres decompostos foram, ao longo de milhões de anos, se acumulando no fundo dos mares
e dos lagos, sendo pressionados pelos movimentos da crosta terrestre e transformaram-se na
substância oleosa que é o petróleo. Ao contrário do que se pensa, o petróleo não permanece na
rocha em que foi gerado - a rocha matriz - mas desloca-se até encontrar um terreno apropriado
para se concentrar. Estes terrenos são denominados bacias sedimentares, formadas por camadas
ou lençóis porosos de areia, arenitos ou calcários. O petróleo aloja-se ali, ocupando os poros
rochosos como forma "lagos". Ele acumula-se, formando jazidas. Ali são encontrados o gás
natural, na parte mais alta, e petróleo e água nas mais baixas. (Afonso, Xavier, & Gimo, p. 53).
O petróleo bruto, por conter hidrocarbonetos é actualmente um dos recursos naturais do qual a
sociedade vive dependente, devido a grande variedade de produtos que são fabricados a partir do
petróleo como matéria-prima (Figueiredo & Guiamba, 2017, p. 89).
2.1.3. Prospecção
A prospecção do petróleo consiste em técnicas de trabalho feitas para a sua localização. Essas
técnicas são feitas de varias formas, mas o método mais comum consiste em explorar terrenos
sedimentares com cargas explosivas, medindo em seguida as ondas de choque reflectidas pelas
várias camadas do subsolo. O estudo e análise dessas ondas mostrará a possibilidade de
existência do petróleo.
Actualmente, são usados outros meios mais modernos tais como, aviões e satélites artificiais que
ajudam a definir as regiões de maior probabilidade de ocorrência do petróleo. Uma vez
confirmada a existência de petróleo segue-se a sua extracção (Figueiredo & Guiamba, 2017, p.
91).
Em Moçambique existem algumas zonas de prospecção do petróleo: bacia do Rovuma,
principalmente nos distritos de Mocimboa da praia e Palma, na Província de Cabo Delgado.
Figura 1: Plataforma de extracção de petróleo. Fonte: (Afonso, Xavier, & Gimo, p. 50)
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estado gasoso, tendem a subir na coluna, resfriando-se. Quando esses vapores atingem uma
bandeja com temperatura inferior ao ponto de ebulição de uma das fracções, eles se condensam e
são retirados da coluna (Afonso, Xavier, & Gimo, p. 54).
Os vapores restantes borbulham através dessa fracção já líquida e passam para a bandeja superior,
onde o mesmo processo se repete e outra fracção é liquefeita e retirada; isso ocorre
sucessivamente ao longo de toda uma coluna, que pode estar equipada até com 50 bandejas.
Na verdade, é impossível separar de uma maneira eficiente as fracções na primeira vez em que
este processo é efectuado, por isso ele deve ser repetido. Uma parte dos vapores que deveriam se
liquefazer na primeira bandeja sobe para a segunda e só então se liquefaz.
Existem comunicações externas à coluna, entre as bandejas, que permitem que o líquido obtido
na segunda bandeja retorne à primeira. Nessa primeira bandeja ocorre a revaporização dos
componentes que vieram da segunda bandeja, mas os componentes da primeira bandeja
permanecem líquidos e são retirados. Este processo se repete várias vezes em cada bandeja.
Figura 2: Coluna de Fraccionamento e principais derivados do petróleo. Fonte: (MINEDH, 2017, p. 88)
Embora a sua composição seja variável, dependendo do local onde se encontra, o constituinte
maioritário é sempre o metano. Outros componentes são etano, propano, butano e alguns gases
inorgânicos.
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comercialmente viáveis no Bloco Terrestre da Bacia do Rovuma. Gás natural foi encontrado num
poço perfurado em Mocímboa da Praia (MOC-1). Este
Bloco foi adquirido pela AMA1, que realizou actividades de pesquisa semelhantes ao longo dos
últimos anos.
Na Bacia do Rovuma em alto mar, as actividades de pesquisa foram realizadas recentemente por
vários de operadores em blocos em alto mar, nomeadamente: AMA1 (Área 1), eni (Área 4),
Statoil (Áreas 2 e 5) e Petronas Carigali Mozambique Rovuma Basin Limited (PCMRB) (Áreas 3
e 6). Foram descobertas quantidades de gás comercialmente significativas nas Áreas 1 e 4.
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3. Conclusão
Conclui-se no presente trabalho que, o gás natural tem vantagens ambientais em relação a outras
fontes de energia fóssil, principalmente devido às suas menores emissões de CO2 e poluentes
atmosféricos. No entanto, os impactos negativos associados à extracção, transporte e uso do gás
natural também precisam ser considerados e gerenciados para minimizar os impactos no meio
ambiente e no clima.
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4. Referências bibliográficas
Afonso, A., Xavier, J. L., & Gimo, P. C. (s.d.). Material de Estudo de Química 10ª Classe.
Maputo: IEDA/MINEDH.
Boane, H. M. (2018). Como pode Moçambique utilizar os recursos de gás e LNG para
diversificar a economia nacional. Moçambique.
Figueiredo, C., & Guiamba, C. (2017). Q10, Química 10a Classe. Maputo: Textos Editores.
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