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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE


PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM DINÂMICA DOS OCEANOS E
DA TERRA

RELATÓRIO TÉCNICO PARA PROPOSTA DE


IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROGRAMA DE MONITORAMENTO
AMBIENTAL NA PLATAFORMA PETROLÍFERA NAMORADO 2
(PNA-2)

DISCENTES
Alain Alves Póvoa
Luiza Reis de Souza
Mariana Gonçalves Tavares
Rodrigo Soares Pessanha D’almeida

DISCIPLINA
Instrumentação Oceanográfica

NITERÓI
2022
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1. Introdução

O petróleo, chamado também de “ouro negro”, de origem natural, é um recurso não


renovável e de ocorrência limitada, do qual a sociedade moderna é extremamente dependente,
sendo uma fonte de energia imprescindível. O petróleo é definido como uma mistura orgânica
complexa de hidrocarbonetos, ou seja, compostos formados por carbono e hidrogênio. Esses
hidrocarbonetos podem ser gasosos, líquidos e sólidos com pequenas quantidades de
compostos orgânicos sulfurados, nitrogenados, oxigenados e organometálicos (Campos e
Leontisins, 1990; Foroulis 1982, Petrobrás 2003). Os óleos de diferentes reservatórios
possuem características diferentes, como cor, viscosidade, densidade, acidez, teor de enxofre,
entre outros, dependendo de sua composição e são mais recomendados para a produção de
diferentes materiais derivados como gasolina, querosene, óleo diesel, entre outros (Szklo et
al., 2012).
De acordo com a Norma Brasileira NBR ISO 14001 (1996, apud BACCI et al., 2006),
o aspecto ambiental pode ser definido como “elemento das atividades, produtos e serviços de
uma organização que pode interagir com o meio ambiente” e impacto ambiental como
“qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em
parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização”. Esses efeitos ambientais
estão associados à exploração e produção de petróleo offshore, visto que cada uma das etapas
possui um grupo de atividades que geram aspectos e impactos no ambiente. Tais efeitos
possuem uma natureza complexa e se manifestam sob a forma de distúrbios físicos, químicos
e biológicos na coluna d’água, no sedimento e na atmosfera (Patin, 1999).
O petróleo pode ser encontrado em diferentes ecossistemas na natureza, tanto no
ambiente marinho quanto no terrestre (Wagener et al., 2011; Ines et al., 2013). O petróleo é
formado pela decomposição de restos de vegetais, algas, matéria orgânica, organismos
marinhos, entre outros, por centenas de milhões de anos na história geológica do planeta
Terra (Pimentel et al., 2010). O petróleo é gerado e extraído de uma rocha, principalmente,
óleo e gás. Estes materiais migram por meio de rochas adjacentes e porosas até encontrar uma
rocha selante, estrutura geológica que impede a migração de hidrocarbonetos e prossegue até
o reservatório, local que ocorre a acumulação de óleo e gás em uma rocha impermeável
(Pimentel et al., 2010).
O Brasil é um dos maiores produtores de petróleo do mundo, produzindo em média 3
barris de petróleo por dia, principalmente devido a produção em alto mar, por meio das
plataformas petrolíferas (BRASIL, 2022). As plataformas petrolíferas presentes em alto mar
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separam e extraem os fluidos petrolíferos. Neste momento, o petróleo é transportado para


terminais no litoral por meio de um navio aliviador e segue para as refinarias. Nas refinarias,
o petróleo é transformado em diversos produtos utilizados pela sociedade (PETROBRÁS,
2022). A presença de grandes reservatórios de petróleo, principalmente, no ambiente
marinho, deve-se a três fatores: a vida exuberante pela contínua deposição de sedimentos,
principalmente por argilas concomitantes com a queda de seres vivos mortos ao fundo da
bacia sedimentar e com o rebaixamento progressivo desse fundo, para que possam ser
acumulados mais sedimentos e matéria orgânica sobre o material já depositado (Pimentel et
al., 2010).
As plataformas petrolíferas são estruturas gigantescas presentes em alto mar que
ajudam na produção e na exploração de óleo e gás (Chaves, 2012). Segundo a Petrobrás
(2009), ao longo da região costeira brasileira existem 111 plataformas, na qual 33 são fixas,
enquanto 78 são flutuantes. No Brasil, existem sete tipos de plataformas petrolíferas, as quais
são classificadas como fixas (utilizadas na perfuração de poços de petróleo off-shore), auto-
eleváveis, semi-submersíveis, FPSO, TLWP e navio sonda (Barboza, 2020). De acordo com a
legislação, as plataformas instaladas no ambiente marinho não podem permanecer sem
providências, com o abandono do poço (ANP, 2002, 2006). Nos últimos anos, diversos
campos petrolíferos têm chegado ao final da sua vida útil, que costuma ser em torno de 20 a
30 anos em média, por meio de desastres ambientais (Mimmi et al., 2015).
Diversos desastres ambientais ocorrem em plataformas petrolíferas como rompimento
de tubulações que permitem o extravasamento de petróleo, substâncias inflamáveis que
podem gerar incêndio e atingir o ecossistema local, com a degradação do mesmo (Britto et
al., 2016). Nas atividades petrolíferas, os riscos ambientais estão presentes no cotidiano em
diversas etapas, como na perfuração, produção, transporte e armazenamento (Britto et al.,
2016). Para que não ocorra nenhum tipo de acidente marítimo é necessário conferir os
diversos equipamentos das plataformas, assim como as tecnologias desses equipamentos e
verificar as exigências de segurança, que são descritas para diminuir os acidentes (Issakov,
2013).
Desta forma, o monitoramento de plataformas petrolíferas é essencial para a
otimização de processos, a geração de dados, relatórios e falhas em tempos reais para as
necessárias tomadas de decisão sobre os problemas ambientais em questão que atingem o
entorno das plataformas petrolíferas, após a ocorrência de acidentes ambientais distintos
(Costa et al., 2022).
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2. Objetivos

2.1 Objetivo Geral: Realizar estudo de monitoramento ambiental do entorno da Plataforma


Petrolífera Namorado-2 (PNA-2) situada na Bacia de Campos.

2.2. Objetivos Específicos:

● Avaliar a natureza e a extensão dos impactos ambientais associados às atividades da


Plataforma Namorado-2 (PNA-2);

● Avaliar a concentração de hidrocarbonetos presentes na água e no sedimento do


entorno da Plataforma de Namorado-2 (PNA-2);

● Caracterizar a área do entorno da Plataforma Namorado-2 (PNA-2) quanto a


batimetria, ao regime meteorológico e oceanográfico;
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3. Área de Estudo

O estudo será realizado na Bacia de Campos em uma plataforma específica. A Bacia


de Campos possui uma área de 100 mil quilômetros quadrados, se estendendo do centro-norte
do estado do Rio de Janeiro até a região Sul do Espírito Santo, na região Sudeste do Brasil
(Figura 1). A Bacia de Campos apresenta uma área offshore de 100.000 Km² e onshore de
500 Km² (Castro e Picolini, 2015). Esta bacia é proveniente do acúmulo de restos de
organismos marinhos depositados no fundo do mar e submetidos a alta pressão e temperatura
ao longo de milhões de anos (IBP, 2022).

Figura 1 - Mapa com a localização da Bacia de Campos e seus campos de petróleo.


Fonte: www.petrobras.com.br

A indústria petrolífera na Bacia de Campos é baseada em diversas operações offshore


de produção e exploração em águas ultraprofundas e profundas, incluindo atividades de
perfuração, produção, escoamento e atividades sísmicas. As atividades marítimas em
operação na Bacia de Campos reúnem aproximadamente 40 mil pessoas, com atendimento às
plataformas por meio de diversas embarcações que prestam os serviços de apoio. Além disso,
apresenta 1000 poços conectados em 4200 Km de dutos no fundo marinho (IBP, 2022). A
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Bacia de Campos apresenta inúmeras plataformas petrolíferas, dentre elas a Plataforma


Namorado (PNA-2), plataforma escolhida para ser monitorada.
A plataforma NAMORADO 2 (22º 27’ 02’’ S; 40º 24’ 42’’W) é uma plataforma fixa,
localizada na Bacia de Campos, a 80 Km da costa, no município de Campos dos Goytacazes,
na região Norte do estado do Rio de Janeiro. Esta plataforma é de bandeira brasileira,
construída em 1984 e em funcionamento até ao atual momento, com atividades econômicas
ou de serviços ligados à indústria do petróleo, o material do seu casco é feito de concreto, a
sua área de navegação é o mar aberto, sendo o proprietário e o armador a Petróleo Brasileiro
S/A, a Petrobrás, com número de IRIN (Indicativo Rádio Internacional) 9 PPY (Figura 3 a).
A documentação da plataforma foi emitida pela DelMacae, com uma declaração provisória
para operação da plataforma que apresentou vencimento na data de 18/01/2019. Desde
20/07/2017, a empresa DelMacae oferece um cartão de tripulação de segurança que apresenta
validade indeterminada (Figura 3b) (MARINHA DO BRASIL, 2018).

Figura 2 - Mapa batimétrico e Modelo Digital do Terreno da Bacia de Campos.


Indicação dos limites Norte, Central e Sul e das divisões geomorfológicas da bacia.
Localização da Plataforma NAMORADO 2 (PNA-2).(Adaptado de Schreiner et al., 2015)
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Figura 3 - Dados e Documentação da Plataforma Petrolífera Namorado-2. Fonte:


DHN, 2018.

A plataforma NAMORADO 2 está localizada entre as cotas batimétricas de 140 a 250


metros. Esta bacia apresenta sedimentos de arenitos conglomerados, maciços e turbiditos de
origem geológica distintos (Barboza, 2004). Os ventos da região são provenientes dos
quadrantes Sul, Sudeste e Nordeste, sendo a maioria das ondulações provenientes de
Sudoeste, após a entrada de frentes frias (Dias et al., 2021). Esta plataforma é influenciada
pela Corrente do Brasil, que se origina da Corrente Sul Equatorial e desloca através do
Atlântico de leste a oeste formando três ramos entre 7º e 17º S na região costeira brasileira.
Além disso, a Corrente do Brasil é influenciada por três massas de água: Água Tropical (AT),
Água Central Do Atlântico Sul (ACAS) e Água Intermediária Antártica (AIA) (Figura 2)
(Marroni, 2019).
A massa de água do AT é quente e salina que ocupa a superfície do Atlântico
Tropical Sul. Essa massa de água é formada pela radiação intensa e pelo excesso de
evaporação em relação à precipitação. A temperatura dessa massa de água é acima de 20°C e
salinidade acima de 36 PSU ao largo do sudeste brasileiro (Emílsson, 1961; Marroni 2019). A
massa de água da ACAS flui na profundidade da termoclina, ou seja, do estrato intermediário
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de água, com temperaturas variando entre 6° a 20°C e salinidade entre 34,6 a 36


PSU(Miranda, 1985; Marroni 2019). A ACAS entra como parte do giro subtropical,
circulando abaixo da AT com as correntes do Atlântico Sul, Oceânica de Benguela, atingindo
a costa da América do Sul ao ser transportada pela Corrente Sul Equatorial (CSE) (Silveira et
al., 2000; Marroni, 2019).A AIA apresenta temperaturas variando entre 3° a 6°C e de
salinidade de 34,2 a 34,6 PSU. Esta massa d’água se incorpora à CB em 28°S, proveniente do
ramo sul da bifurcação da CSE (Müller et al., 1998; Silveira et al., 2000; Marroni, 2019).

4. Metodologia
A exploração de petróleo offshore inicia-se a partir da prospecção geológica do
ambiente com potencial de acúmulo de petróleo, com o uso de métodos geofísicos, como o
uso de perfiladores monofeixe ou multifeixes, que são usados para inferir a estrutura das
rochas na sub-superfície (Bock, 2007). Caso haja condições para o acúmulo de petróleo,
inicia-se a perfuração.

4.1. Parâmetros físico-químicos


Existem diversos parâmetros físico-químicos na natureza que podem ser medidos in
situ ou ex situ como água, oxigênio dissolvido, pH e nutrientes. Alcalinidade total, pH,
nutrientes, oxigênio dissolvido são indicadores críticos da qualidade da água de lagoas
costeiras até mesmo as bacias oceânicas (Ramos e Silva et al. 2017). Essas análises
dependem de diferentes etapas do processo e serão realizadas a limpeza de materiais, coleta
das amostras, acondicionamento e análises químicas (Ramos e Silva, 2011). A coleta desses
parâmetros pode ser realizada por meio de diversos equipamentos. No momento da coleta dos
parâmetros citados, as amostras devem ser congeladas para manter as propriedades
inalteradas (Millero, 2006).
As amostras de água para a obtenção de parâmetros físico-químicos devem ser
realizadas por meio das garrafas de Niskin. Essas garrafas evitam a contaminação de
amostras e permitem uma melhor representatividade dos elementos químicos presentes na
água (Ramos e Silva, 2011). As garrafas de Niskin são constituídas de um cilindro plástico
com uma tampa em cada extremidade e são tensionadas por um elástico. O fechamento da
garrafa ocorre pelo impacto de um mensageiro, que aciona o giro de um disco e ocasiona a
inversão dos termômetros colocados em suportes de plástico. Essas garrafas são vantajosas,
pois conseguem medir diversas propriedades físico-químicas (Moller Jr. & Abe, 2011).
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As outras propriedades físico-químicas (profundidade, salinidade e temperatura) serão


aferidas por uma rossete acoplada a um CTD. A rossete consiste em um sistema de válvulas
que realiza o fechamento de diversas garrafas oceanográficas. O CTD é considerado o
equipamento padrão para a obtenção de dados de salinidade, profundidade e temperatura.
Este equipamento apresenta uma bomba que faz a passagem da água por diversos sensores
sem alterar as propriedades (Moller Jr. & Abe, 2011).
As outras propriedades como o pH, o oxigênio dissolvido e os nutrientes serão
medidos por meio de pHmetro, oxímetro, gravimetria de volatilização e espectrofotometria
de luz visível. Para a coleta desses materiais é necessário seguir a seguinte ordem de
medição: Oxigênio dissolvido, pH, alcalinidade total e nutrientes (amônia, clorofila e outros)
(Ramos e Silva, 2011). O phmetro é um equipamento utilizado para medição de pH com a
utilização de um eletrodo de vidro e com calibração e medição das amostras a ser realizadas
de acordo com as instruções do fabricante (Manzolli et al., 2011). Já o oxímetro, é um
equipamento usado para averiguar a concentração de oxigênio dissolvido, sendo os mais
utilizados os de membranas permeáveis (Manzolli et al., 2011). As coletas de nutrientes
presentes na coluna de água usam o método de filtração das amostras em uma membrana de
0,45 micrometros para a retirada de impurezas (Ramos e Silva, 2011).
A direção e a velocidade serão aferidas por meio de um ADCP. O ADCP é um
equipamento considerado como um perfilador acústico utilizado na medição da velocidade e
direção das correntes por meio da transmissão de um sinal sonoro de alta frequência que é
refletido de volta por partículas em suspensão na coluna de água (Moller Jr. & Abe, 2011).

4.2. Sedimentação Marinha


Sedimentos marinhos apresentam variabilidade tanto em forma quanto em
composição. Existem como fragmentos líticos (produtos de desintegração derivados dos
vários tipos de rochas continentais intemperizadas); carapaças de organismos marinhos (tanto
animais como vegetais); na forma de sais (óxidos e hidróxidos precipitados da água do mar);
cinza vulcânica, ou ainda como partículas cósmicas, oriundas do espaço exterior. Os
sedimentos podem ser constituídos de partículas minerais, tais como o quartzo (sílica
inorgânica), ou orgânicas, como o carbonato de cálcio (fragmentos de conchas). Os
sedimentos marinhos podem se originar do continente, sendo transportados até o oceano por
rios, ventos ou geleiras (sedimentos alóctones), mas também podem ser formados e
depositados no próprio oceano (autóctones). (Calliari, 2017).
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Ao longo de séculos, a morfologia e a estrutura do fundo dos oceanos e os animais


que nele vivem sempre foram um atrativo científico. Para a obtenção de informações sobre
tais aspectos, são utilizados métodos diretos de coleta como, por exemplo, busca-fundo,
testemunhador e draga ( Calazans e Griep, 2017).
Os métodos diretos costumam coletar uma pequena amostra do fundo, que pode ser
levada a um processamento laboratorial. Em uma amostra de fundo inconsolidado, por
exemplo, as análises podem envolver determinações de granulometria, mineralogia,
micropaleontologia, geotécnica, geoquímica e estudos dos organismos associados. Os
métodos indiretos baseiam-se nos princípios da acústica. Assim, a geofísica marinha busca
informações da natureza do fundo e subfundo submarino através de suas propriedades físicas.
Na maioria das vezes, por não se mostrarem conclusivas, as pesquisas necessitam de
informações complementares, proporcionadas pela coleta de amostras do fundo e subfundo.
Para o estudo de sedimentos e organismos bentônicos, existem três tipos básicos de
amostradores, que são o busca-fundo, o testemunhador (utilizados com a embarcação parada)
e as dragas de arrasto (usadas com a embarcação em movimento).
Denominam-se de busca-fundo os equipamentos que tocam o fundo e apanham uma
amostra superficial e pontual, sendo que a maioria dos busca-fundos pode ser utilizada com a
embarcação parada ou em movimento lento (1 a 4 nós). Os principais busca-fundos para
utilização com a embarcação parada são: Van Veen: é o mais utilizado quando é necessário
amostrar grandes volumes de material. Tem um peso de aproximadamente 70 kg e
capacidade volumétrica de 36 litros e o Ekmann, por ser um dos melhores amostradores para
sedimentos lamosos/areia fina em águas rasas, sendo construído em formato de caixa. O box
corer (caixa amostradora), desenvolvido por Hessler e Jumars (1974), é um dos mais eficazes
instrumentos para o trabalho de amostragem de sedimentos. Deve ser empregado quando se
quer obter uma amostra não-perturbada das primeiras camadas do sedimento (30 a 100 cm) e
um volume de material apropriado. O box corer pode ser considerado uma mescla entre um
busca-fundo e um pequeno testemunhador.
Os testemunhadores são usados para obter coletas de secções estratigráficas dos
pacotes sedimentares que formam o fundo e subfundo oceânico, em estudos estratigráficos
em que o interesse são os processos responsáveis pela formação da geologia submarina em
uma determinada área. Trata-se de um equipamento fundamental para o entendimento da
sismoestratigrafia mais superficial, obtida por instrumentos como os perfiladores sísmicos
rasos de alta resolução e baixa penetração (ex.: 3,5 kHz ou CHIRPs). Existem diversos
modelos de testemunhadores e podem ser classificados como a gravidade e a pistão.
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Os vibro-corers são semelhantes aos testemunhadores a pistão, mas têm


características que os aproximam dos equipamentos de perfuração para prospecção de
petróleo. Diferentemente de testemunhadores, são sistemas em que a penetração da tubulação
é feita por meio de um motor vibratório, posicionado em cima do equipamento, impulsionado
elétrica ou hidraulicamente (mecanismo forçante). São operados em profundidades de até 30
m.
Para coletas feitas com a embarcação em movimento, são utilizadas as dragas de
arrasto, com formatos cilíndrico, triangular e retangular, usadas em geral em fundos duros
para coleta de sedimentos e organismos bentônicos. São estruturas com coletores reforçados,
pois é necessário arrancar a amostra de fundos como, por exemplo, afloramentos rochosos do
próprio embasamento e beach-rock, rocha comum na plataforma continental .

Existem várias razões para coleta de amostras de sedimentos e uma variedade de


estratégias para diferentes situações amostrais. Para fins deste trabalho, serão utilizados
equipamentos com o objetivo de apenas confirmar a litologia existente no entorno da
Plataforma P 22 e obter amostras para defini-la nas três áreas delimitadas. Por tratar-se de
uma plataforma, imóvel, optou-se por utilizar o busca-fundo do tipo Van Veen e o Box corer.
E também, testemunhadores. Descritos a seguir:
O Van Veen é o busca-fundo mais utilizado quando é necessário amostrar grandes
volumes de material. Tem um peso de aproximadamente 70 kg e capacidade volumétrica de
36 litros. É um equipamento usado preferencialmente em águas rasas (menos de 50 m),
podendo coletar lama, areia e biodetritos. Porém, o uso deste equipamento é proposto aqui
pois há o registro de num levantamento estatístico da GEOMAR IV E VI, o van Veen
recuperou até 500m de profundidade; no Projeto Talude, realizado pela FURG em 1996,
recuperando amostras na profundidade de 700 metros.
O box corer é uma caixa amostradora e um dos mais eficazes instrumentos para o
trabalho de amostragem de sedimentos. Deve ser empregado quando se quer obter uma
amostra não-perturbada das primeiras camadas do sedimento (30 a 100 cm) e um volume de
material apropriado. O box corer pode ser considerado uma mescla entre um busca-fundo e
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um pequeno testemunhado. Este amostrador consiste em uma caixa metálica encaixada em


uma estrutura, que sustenta o seu mecanismo de fechamento na descida, sua base permite o
correto assentamento do equipamento sobre o fundo. Quando isso acontece, a tensão do cabo
é aliviada, o que libera o braço que sustenta a caixa coletora, fazendo a sua penetração na
camada sedimentar. Uma vez iniciada a subida, a alavanca que passa a sustentar o
equipamento provoca o fechamento pela pá. Uma das vantagens deste equipamento é que seu
interior pode ser revestido com teflon ou similar; preservação e visualização da sequência
estratigráfica superficial; capacidade de preservar a superfície amostrada; permite análises
geoquímicas; e coleta organismos do meio e microbentos.
Para a coleta de amostras de sedimentos lamosos e arenosos, será utilizada o auxílio
de uma embarcação com guincho. Os testemunhadores são usados para obter coletas de
secções estratigráficas dos pacotes sedimentares que formam o fundo e subfundo oceânico,
em estudos estratigráficos em que o interesse são os processos responsáveis pela formação da
geologia submarina em uma determinada área. Trata-se de um equipamento fundamental para
o entendimento da sismoestratigrafia mais superficial, obtida por instrumentos como os
perfiladores sísmicos rasos de alta resolução e baixa penetração. Os testemunhadores podem
ser a gravidade ou a pressão.

4.3 Amostras faunísticas


Diversas amostragens são realizadas para o monitoramento da fauna marinha na
ocorrência de acidentes ambientais (Calazans et al., 2011). As amostragens serão realizadas
de forma quantitativa, para determinar a abundância dos organismos que estão presentes em
um determinado ecossistema (Calazans et al., 2011). Os principais organismos presentes no
ambiente marinho são considerados planctônicos, bentônicos e alguns são considerados
participantes do nécton, como os mamíferos marinhos, por exemplo (Pereira & Soares-
Gomes, 2009, Calazans et al., 2011). O plâncton é uma comunidade de organismos que
apresentam um poder limitado de locomoção e que podem ser carreados de forma passiva por
movimentos da água ou pelas correntes, enquanto os organismos bentônicos são aqueles que
vivem aderidos a um determinado substrato, sendo este substrato consolidado, não-
consolidado e artificial (Pereira & Soares-Gomes, 2009).
As amostras da comunidade planctônica serão realizadas com redes de arrasto de
diferentes formas e posições como cilíndrico-cônica e as do tipo bongo. As redes cilíndrico-
cônica geralmente apresentam 50 centímetros de abertura de boca, com malha de 200
micrômetros e comprimento de 1,8 metros. Além disso, essa rede possui um centrado em sua
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boca e um fluxômetro mecânico para estimar o volume de água filtrado pela rede, sendo
vantajosas para a detecção de espécies raras, modelos diversificados e fácil manuseio, entre
outros (Brandini, 2006). As redes classificadas como bongo são de aço inoxidável ou fibras
de vidro e apresentam duas bocas unidas por um eixo central, com 60 cm de diâmetro e 30
cm de profundidade. Devido a composição de um cilindro diferenciado com duas bocas, essa
rede permite realizar arrastos diferenciados (Calazans et al., 2011).

5. Resultados e Discussão

A presença/funcionamento de uma estrutura antrópica de tamanho significativo como


a PNA-2 pode provocar alterações igualmente significativas na sua área de implantação. É
neste contexto que se faz necessária a realização de um Programa de Monitoramento
Ambiental (PMA), que permite avaliar a natureza e extensão dos impactos ambientais
associados às atividades da plataforma (Buffagni et al., 2013). Uma ação incipiente na
elaboração do PMA é a caracterização da oceanografia física do ambiente, pois é a
responsável por gerar os dados primários necessários para que todas as etapas seguintes
sejam devidamente planejadas. A hidrografia da área está entre os primeiros parâmetros
analisados, pois o padrão de circulação das massas d’água é determinante na delimitação da
área de influência do empreendimento (Sánchez, 2020). O equipamento frequentemente
utilizado para este fim é o perfilador de correntes acústico por Efeito Doppler (ADCP). São
os dados levantados por este equipamento que irão alimentar modelos preditivos que
permitem antecipar o destino, efeitos e possíveis riscos das emissões do empreendimento
(Dias, 2005) e assim auxiliar na definição da malha amostral (Freitas et al., 2004).
Com base nos dados hidrográficos, podemos definir as estações de coleta para água e
plâncton, sendo uma delas a 1000m a montante da plataforma. É importante definir uma
estação de controle para eliminar a influência de outros fatores que não fazem parte do
empreendimento (HABTEC, 2000; HRT – Petroleum, 2006). As demais estações podem ser
distribuídas da seguinte forma; uma estação a 100m a jusante da plataforma, três estações a
500m em ângulo de 15º entre si, e três estações, no mesmo ângulo de 15º entre si, a 1000m.
Essas estações servirão para entender a dispersão do impacto da plataforma pelo ambiente.
Com o auxílio de um CTD com uma rosette acoplada, farão-se quatro pontos de
amostragem com três réplicas da água: superfície, acima da termoclina, termoclina e abaixo
da termoclina. Sempre buscando amostrar o núcleo da massa d’água, evitando a interferência
da camada de mistura. Serão medidos oxigênio dissolvido e pH in situ, com o oxímetro e
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phmetro acoplados ao CTD. Em laboratório, serão medidos amônia, clorofila a, sulfetos,


carbono orgânico total, nitrogênio amonical, nitrato, nitrito, fósforo total, silicato, material
particulado em suspensão, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, hidrocarbonetos totais de
petróleo, n-alcanos e mistura complexa não-resolvida, fenóis e BTEX. Enquanto que algumas
análises são para entender a saúde do local, como as análises de nutrientes e material em
suspensão, outras são para diagnosticar possíveis pequenos escapes de petróleo durante a
exploração deste. Anteriormente a essas análises, seria importante também um estudo piloto
medindo as mesmas variáveis, para comparação com os dados pós-início da exploração, além
do supracitado controle.
Concomitantemente, com auxílio de garrafas Niskin acopladas ao CDT, serão feitas
coletas de fitoplâncton nas mesmas quatro profundidades, e 50ml serão colocadas em
câmaras de sedimentação. As amostras retiradas das câmaras serão triadas em sua totalidade
com auxílio de microscópio óptico, identificando os organismos até o menor grupo
taxonômico possível, estimando também abundância e composição específica de cada táxon.
Já o zooplâncton será coletado com arrastos horizontais de superfície e oblíquos na
coluna d’água, com profundidade no início da termoclina, com uma rede cilindro-cônicas de
malha de 200μm e diâmetro de boca de 60cm, com um fluxômetro acoplado a esta. As
amostras serão igualmente triadas, com abundância e composição específica de cada
categoria taxonômica estimadas, identificando os organismos até o menor grupo taxonômico
possível.
As amostras de ictioplâncton serão coletadas em arrastos horizontais de superfície e
oblíquos, da termoclina à superfície, com auxílio de uma rede bongô de malhas 300 e 500μm,
com boca de 60cm e fluxômetro acoplado à esta. As amostras serão então triadas em
estereomicroscópio para separar ovos e larvas de peixe, identificando os mesmos até a menor
categoria taxonômica possível. Toda biota aquática será avaliada quanto às diferenças de
distribuição nas diferentes estações, comparando também com o estudo piloto e outros
estudos feitos na área. Análises estatísticas como one-way ANOVA, para dados normais, e
Kruskall-Wallis ANOVA, para dados sem distribuição normal, serão realizados para entender
as variâncias e, quando identificada uma diferença entre as amostras, análises par a par, como
Tukey HSD e teste de medianas, serão realizadas. Para finalizar e entender os ambientes,
serão realizados testes multivariados, como a análise de clusters.
A malha de amostragem do sedimento será diferente da de água e plâncton: será
posicionado um ponto a montante da plataforma como controle, e pontos a 50, 100, 250, 500
e 1000m a jusante da plataforma para entender o impacto desta no sedimento e em sua fauna.
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Será utilizado um box corer de área da boca de 0,25m², será retirada a água sobrenadante e
em seguida separadas as sub-amostras do sedimento para análise granulométrica, de
hidrocarbonetos, metais, demanda química de oxigênio (DQO), zoobentos e ensaios de
biodegradabilidade, além da escolha de dois organismos bons bioindicadores para testes de
toxicidade aguda e crônica. As mesmas análises estatísticas usadas no plâncton serão
utilizadas aqui para explicar a composição faunística e a estrutura da comunidade.
Por fim, com o uso de ROVs, a plataforma será continuamente analisada para falhas
nas estruturas e bioincrustação. A análise com ROV é útil também para monitorar possíveis
áreas sensíveis, como bancos de corais e algas calcárias no sedimento. O monitoramento das
espécies incrustantes na plataforma é relevante para avaliar a possível chegada de espécies
exóticas. Estruturas de navegação (que estarão presentes em vários momentos do
empreendimento) estão entre os principais vetores de espécies exóticas (Ruiz & Carlton,
2003) principalmente espécies do zoobentos (Railkin, 2003; Ferreira et al., 2004).

6. Conclusão

Atualmente, a maior parte das fontes de energia utilizadas no mundo é derivada dos
hidrocarbonetos, que contribuem com aproximadamente 60% (petróleo e gás) para a matriz
energética mundial. O aumento global da população e a grande demanda econômica dos
países emergentes, altamente populosos, requerem a descoberta de novos recursos minerais.
Assim como a energia, os recursos minerais são fundamentais para as economias em
desenvolvimento. A necessidade crescente de matéria-prima e de alguns minerais, têm levado
a novas descobertas nos continentes e também nos oceanos. Apesar de cobrir três quartos da
superfície do globo e com profundidades superiores a 2.000 m em média, a vastidão dos
oceanos ainda é pouco conhecida (Callieri, 2017).
A extração do petróleo liderou a exploração em direção ao mar profundo em meados
do século XX. Hoje, cerca de um terço da produção mundial de petróleo vem do mar e está
aumentando à medida que a tecnologia permite instalações em áreas cada vez mais
profundas.
Enquanto outras fontes de energia não substituírem o petróleo e seus derivados, estes
continuarão a ter efeitos porventura negativos sobre o ambiente. Deste modo, faz-se
necessária a reabilitação dos ambientes impactados pelas atividades associadas à indústria do
petróleo, necessitando de rigorosa fiscalização e controle.
16

7. Referências

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